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A arte de interpretar textos

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Site: WWW.deividxavier.com.br / Email: deivid_xavier@yahoo.com.br / Facebook: Deivid Xavier 1 
 
TEXTO 1 
 
(ANALISTA TRE-CE) 
 
Língua Portuguesa 
Atenção: As questões de números 1 a 2, referem-se ao 
texto abaixo. 
O tempo, como o dinheiro, é um recurso escasso. 
Isso poderia sugerir que ele se presta, portanto, à 
aplicação do cálculo econômico visando o seu melhor 
proveito. O uso racional do tempo seria aquele que 
maximiza a utilidade de cada hora do dia. Diante 
de cada opção de utilização do tempo, a pessoa delibera 
e escolhe exatamente aquela que lhe proporciona a 
melhor relação entre 
custos e benefícios. 
Ocorre que a aplicação do cálculo econômico às 
decisões sobre o uso do tempo é neutra em relação aos 
fins, mas exigente no tocante aos meios. Ela cobra uma 
atenção alerta e um exercício constante de avaliação 
racional do valor do tempo gasto. O problema é que isso 
tende a minar uma certa disposição à entrega e ao 
abandono, os quais são essenciais nas atividades que 
envolvem de um modo mais pleno as faculdades 
humanas. A atenção consciente à passagem das horas e a 
preocupação com o seu uso racional estimulam a adoção 
de uma atitude que nos impede de fazer o melhor uso do 
tempo. 
Valéry investigou a realidade dessa questão nas 
condições da vida moderna: “O lazer aparente ainda 
permanece conosco e, de fato, está protegido e 
propagado por medidas legais e pelo progresso 
mecânico. O nosso ócio interno, todavia, algo muito 
diferente do lazer cronometrado, está desaparecendo. 
Estamos perdendo aquela vacuidade benéfica que traz a 
mente de volta à sua verdadeira liberdade. As demandas, 
a tensão, a pressa da existência moderna perturbam esse 
precioso repouso.” 
O paradoxo é claro. Quanto mais calculamos o 
benefício de uma hora “gasta” desta ou daquela 
maneira, mais nos afastamos de tudo aquilo que 
gostaríamos que ela fosse: um momento de entrega, 
abandono e plenitude na correnteza da vida. Na amizade 
e no amor; no trabalho criativo e na busca do saber; no 
esporte e na fruição do belo − as horas mais felizes de 
nossas vidas são precisamente aquelas em que perdemos 
a noção da hora. 
(Adaptado de Eduardo Giannetti. O valor do amanhã. 
São Paulo, Cia. das Letras, 2005, p.206-209) 
 
 
 
1. O posicionamento crítico adotado pelo autor em 
relação ao emprego do cálculo econômico sobre a 
utilização do tempo está em: 
 
(A) O uso racional do tempo seria aquele que maximiza 
a utilidade de cada hora do dia. 
(B) Diante de cada opção de utilização do tempo, a 
pessoa delibera e escolhe exatamente aquela que lhe 
proporciona a melhor relação entre custos e benefícios. 
(C) A atenção consciente à passagem das horas e a 
preocupação com o seu uso racional estimulam a adoção 
de uma atitude que nos impede de fazer o melhor uso do 
tempo. 
(D) Isso poderia sugerir que ele se presta, portanto, à 
aplicação do cálculo econômico visando o seu melhor 
proveito. 
(E) O lazer aparente ainda permanece conosco e, de fato, 
está protegido e propagado por medidas legais e pelo 
progresso mecânico. 
 
2. O paradoxo a que o autor se refere está corretamente 
resumido em: 
 
(A) O tempo despendido na busca de conhecimento é 
recompensado pelo saber. 
(B) Os momentos de relaxamento pleno advêm do bom 
planejamento do uso do tempo. 
(C) A criatividade confere maior qualidade ao tempo 
despendido com o trabalho. 
(D) O controle do uso do tempo compromete o seu 
aproveitamento prazeroso. 
(E) As horas de maior prazer são aquelas empregadas em 
atividades bem planejadas. 
 
A questão de número 3 refere-se ao texto abaixo. 
 
Setembro de 2005 
Woody Allen acabou de montar Scoop − O 
grande furo. Agora vai tentar elaborar seu próximo filme, 
mas não sabe onde ele será feito. Londres foi um prazer 
inesperado, e ele pretendia fazer o terceiro filme seguido 
lá, mas o sucesso crítico e financeiro de 
Match Point deu origem a outras possibilidades. 
− Vou esperar até ver Scoop para perguntar 
mais, mas você gostaria de fazer alguma observação? 
− Tenho um papel no filme porque é uma 
comédia, automaticamente mais leve. Houve um tempo 
em que eu, mais jovem, estava ligado em comédia e 
pensava: Ah, isto é engraçado. Mas não sinto mais a 
mesma coisa. Foi divertido fazer Match Point e fiquei 
muito envolvido como espectador enquanto fazia o filme. 
Adorei o fato de não atuar nele, adorei o fato dele ser 
 
 
 
 
Site: WWW.deividxavier.com.br / Email: deivid_xavier@yahoo.com.br / Facebook: Deivid Xavier 2 
 
sério, e, quando foi lançado, me deu uma sensação boa, 
fiquei orgulhoso. Já por uma comédia, em especial uma 
comédia em que atuo, dificilmente eu 
me interesso. 
 
(Adaptado de Eric Lax. Conversas com Woody Allen. Trad. José Rubens 
Siqueira. São Paulo, Cosac Naify, 2009, p.69) 
 
 
3. O livre comentário sobre o filme Match Point que foi 
redigido com clareza, correção e lógica está em: 
 
(A) Com o grande sucesso de crítica e público alcançados 
quando foi exibido em Cannes, Match Point, a despeito 
de outros projetos realizados pelo cineasta, à medida em 
que obteve considerável retorno financeiro, configura-se, 
assim, como um dos filmes mais sombrios feito por 
Woody Allen. 
(B) Match Point, um dos filmes mais sombrios de Woody 
Allen, cujo grande sucesso de crítica e público foram 
alcançados quando exibido em Cannes, a despeito de 
outros projetos realizados pelo cineasta, obteve 
considerável retorno financeiro. 
(C) Um dos filmes mais sombrios de Woody Allen, 
Match Point, cujo o grande sucesso de crítica e público 
seriam alcançados em sua exibição em Cannes, difere de 
outros projetos realizados pelo cineasta, conquanto 
obteve considerável retorno financeiro. 
(D) Match Point, um dos filmes mais sombrios de 
Woody Allen, alcançou grande sucesso de crítica e 
público quando foi exibido em Cannes e, ao contrário de 
outros projetos realizados pelo cineasta, obteve 
considerável retorno financeiro. 
(E) A despeito de ser um dos filmes mais sombrios feitos 
por Woody Allen, quando foi exibido em Cannes Match 
Point, diferentemente de outros projetos realizados pelo 
cineasta, que obteve considerável retorno financeiro, 
alcança grande sucesso de crítica e público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEXTO 2 
(ANALISTA TJ PE) 
Língua Portuguesa 
Atenção: Para responder às questões de números 1 a 4, 
considere o texto abaixo. 
 
As sociedades modernas da Europa ocidental, ou 
dos continentes e espaços colonizados ou profundamente 
influenciados por ela, que hoje abrangem quase todo o 
globo terrestre, podem ser descritas sucintamente por 
5 alguns traços gerais: o Estado-nação, o capitalismo, 
a forma industrial de organização da produção; a 
convivência e sociabilidade urbanas; e os valores 
jurídicos constitucionais de liberdade e igualdade. Tais 
traços, por si sós, entretanto, não eliminaram seus 
10 contrários – solidariedades étnicas, formas pré-
capitalistas de produção, a vida rural ou as hierarquias 
sociais. A novidade moderna consiste, antes, na 
rearticulação, em todos os planos, das formas e relações 
sociais antigas sob a égide desses novos traços. 
15 Assim, noque diz respeito à organização social, 
as hierarquias, os privilégios, as deferências e os outros 
modos de expressão das desigualdades entre os seres 
humanos passaram, para serem aceitos, a depender de 
outras lógicas de construção e justificação. Tornaram-se, 
20 do mesmo modo, fontes permanentes de contestação, 
propiciadoras de lutas libertárias de emancipação 
e fermento de novas identidades sociais. 
 
(Antonio Sérgio Alfredo Guimarães. “Desigualdade e diversidade: os sentidos 
contrários da ação”. In Agenda brasileira: temas de uma sociedade em 
mudança. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 168) 
 
1. É INCORRETO afirmar: 
(A) a expressão no que diz respeito à organização social 
(linha 15) traduz, no contexto, uma circunstância, 
implicando um traço restritivo. 
 
(B) a ideia de que hierarquias, privilégios e deferências 
(linha 16) expressam desigualdades entre os seres humanos 
está presente no texto, mas de modo subentendido. 
 
(C) em sociedades modernas, europeias ou não, houve 
uma ampla reorganização da ordem social quando formas 
de ação conservadoras conseguiram se sobrepujar aos 
modernos modos de articulação social, forma de 
produção e valores jurídicos. 
 
(D) em aparente contradição, em quase todo o mundo, as 
desigualdades entre os seres humanos são 
concomitantemente admitidas e rejeitadas, recusa esta 
que instiga alterações na organização social. 
 
(E) compreende-se do texto que grupos humanos buscam 
legitimar as desigualdades (linha 17) entre os seus 
componentes encadeando-as coerentemente nas 
convenções da sua peculiar organização social. 
 
 
 
 
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Atenção: Para responder às questões de números 1 a 3, 
considere o texto que segue. 
 
O destino cruzou o caminho de D. Pedro em 
situação de desconforto e nenhuma elegância. Ao se 
aproximar do riacho do Ipiranga, às 16h30 de 7 de 
setembro de 1822, o príncipe regente, futuro imperador 
5 do Brasil e rei de Portugal, estava com dor de barriga. 
A causa dos distúrbios intestinais é desconhecida. 
Acredita- se que tenha sido algum alimento mal 
conservado ingerido no dia anterior em Santos, no litoral 
paulista, ou a água contaminada das bicas e chafarizes 
10 que abasteciam as tropas de mula na serra do Mar. 
Testemunha dos acontecimentos, o coronel Manuel 
Marcondes de Oliveira Melo, subcomandante da guarda 
de honra e futuro barão de Pindamonhangaba, usou em 
suas memórias um eufemismo para descrever a situação 
15 do príncipe. Segundo ele, a intervalos regulares D. 
Pedro se via obrigado a apear do animal que o 
transportava para “prover-se” no denso matagal que 
cobria as margens da estrada. 
 
(Laurentino Gomes, 1822: como um homem sábio, uma 
princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram 
D. Pedro a criar o Brasil, um país que tinha tudo para dar 
errado. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010. p. 29) 
 
2. É correto afirmar sobre o excerto: 
 
(A) Formas verbais empregadas, como, por exemplo, 
cruzou (linha 1) e estava (linha 5), denotam que o autor, 
nesse trecho, limita-se a citar fatos passados concebidos 
por ele como contínuos. 
 
(B) A presença concomitante de certas formas verbais, 
como, por exemplo, cruzou (linha 1) e é (linha 6), 
evidencia que o autor, nesse trecho, mescla segmentos 
narrativos com comentários a respeito dos fatos. 
 
(C) Transformando a oração reduzida Ao se aproximar 
do riacho do Ipiranga (linhas 2 e 3) em desenvolvida, 
obtém-se “Aproximando-se do riacho do Ipiranga”. 
 
(D) Transpondo a frase Testemunha dos acontecimentos, 
o coronel Manuel Marcondes de Oliveira Melo [...] usou 
em suas memórias um eufemismo (linhas 11 a 14) para a 
voz passiva, obtém-se a forma verbal “tinha usado”. 
 
(E) Considerado o contexto, a substituição do modo 
subjuntivo pelo modo indicativo em tenha sido (linha 
 
 
 
 
7) não interfere no sentido original, pois em nada fica 
alterada a atitude do falante em relação ao fato citado. 
 
3. A análise do texto legitima a seguinte afirmação: 
 
(A) A organização da frase inicial exige que se considere 
o termo subentendido “sem” (“sem nenhuma elegância”), 
única possibilidade de torná-la sintaticamente adequada. 
 
(B) Os segmentos futuro imperador do Brasil e rei de 
Portugal e o coronel Manuel Marcondes de Oliveira 
Melo exercem a mesma função sintática nas frases em 
que estão inseridos. 
 
(C) As aspas em “prover-se” sinalizam o sentido 
pejorativo que o coronel Manuel Marcondes de Oliveira 
Melo emprestou à expressão. 
 
(D) Ainda que não tenha impedido a compreensão, a 
ausência do plural no segundo substantivo da expressão 
tropa de mula só pode ser entendida como um deslize, 
pois não há possibilidade de o padrão culto acatar essa 
formulação. 
 
(E) Considerando que futuro significa “que ainda está 
por vir”, nota-se que, nos casos em que a palavra foi 
usada (linhas 4 e 13), se toma como “presente” do que 
está por vir o dia do fato a que o autor se refere. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEXTO 3 
 
(ANALISTA TRT-11°) 
 
Língua Portuguesa 
Atenção: As questões de números 1 a 4 referem-se ao 
texto seguinte. 
Fotografias 
 
Toda fotografia é um portal aberto para outra 
dimensão: o passado. A câmara fotográfica é uma 
verdadeira máquina do tempo, transformando o que é 
naquilo que já não é mais, porque o que temos diante dos 
olhos é transmudado imediatamente em passado no 
momento do clique. Costumamos dizer que a fotografia 
congela o tempo, preservando um momento passageiro 
para toda a eternidade, e isso não deixa de ser verdade. 
Todavia, existe algo que descongela essa imagem: 
nosso olhar. Em francês, imagem e magia contêm as 
mesmas cinco letras: image e magie. Toda imagem é 
magia, e nosso olhar é a varinha de condão que 
descongela o instante aprisionado nas geleiras eternas 
do tempo fotográfico. 
Toda fotografia é uma espécie de espelho da 
Alice do País das Maravilhas, e cada pessoa que 
mergulha nesse espelho de papel sai numa dimensão 
diferente e vivencia experiências diversas, pois o lado de 
lá é como o albergue espanhol do ditado: cada um só 
encontra nele o que trouxe consigo. Além disso, o 
significado de uma imagem muda com o passar do 
tempo, até para o mesmo observador. 
Variam, também, os níveis de percepção de uma 
fotografia. Isso ocorre, na verdade, com todas as artes: 
um músico, por exemplo, é capaz de perceber dimensões 
sonoras inteiramente insuspeitas para os leigos. Da 
mesma forma, um fotógrafo profissional lê as imagens 
fotográficas de modo diferente daqueles que desconhecem a 
sintaxe da fotografia,a “escrita da luz”. Mas é difícil 
imaginar alguém que seja insensível à magia de uma foto. 
 
(Adaptado de Pedro Vasquez, em Por trás daquela foto. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2010) 
 
1. O segmento do texto que ressalta a ação mesma da 
percepção de uma foto é: 
 
(A) A câmara fotográfica é uma verdadeira máquina do tempo. 
 
(B) a fotografia congela o tempo. 
 
(C) nosso olhar é a varinha de condão que descongela o 
instante aprisionado. 
 
(D) o significado de uma imagem muda com o passar do 
tempo. 
 
(E) Mas é difícil imaginar alguém que seja insensível à 
magia de uma foto. 
2. No contexto do último parágrafo, a referência aos 
vários níveis de percepção de uma fotografia remete 
 
(A) à diversidade das qualidades intrínsecas de uma 
foto. 
(B) às diferenças de qualificação do olhar dos 
observadores. 
(C) aos graus de insensibilidade de alguns diante de 
uma foto. 
(D) às relações que a fotografia mantém com as outras 
artes. 
(E) aos vários tempos que cada fotografia representa 
em si mesma. 
 
 
3. Atente para as seguintes afirmações: 
 
I. Ao dizer, no primeiro parágrafo, que a fotografia 
congela o tempo, o autor defende a ideia de que a 
realidade apreendida numa foto já não pertence a tempo 
algum. 
II. No segundo parágrafo, a menção ao ditado sobre o 
albergue espanhol tem por finalidade sugerir que o olhar 
do observador não interfere no sentido próprio e 
particular de uma foto. 
III. Um fotógrafo profissional, conforme sugere o terceiro 
parágrafo, vê não apenas uma foto, mas os recursos de 
uma linguagem específica nela fixados. 
Em relação ao texto, está correto o que se afirma 
SOMENTE em 
 
(A) I e II. 
(B) II e III. 
(C) I. 
(D) II. 
(E) III.

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