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Aula 01 -19/05/2015 Contratação Direta - Caráter excepcional - Depende de um processo de justificação pelo ordenador de despesas. - Impropriedade técnica a expressão “contratação direta”, pois não há licitação, mas há processo administrativo de justificação. Dispensa - Competição possível e viável. - Legislador determinou que o administrador não licita. - Rol taxativo – numerus clausus. Dispensada - Já se encontra dispensada pela lei. - Mesmo que o administrador queria ele não pode licitar. - Art. 17 Dispensável - Discricionariedade - O administrador licita se quiser - Art. 24 *Fracionamento de despesas – fraude à licitação se evitar a licitação pelo fracionamento. A concorrência deve ser feita toda de uma vez (um único lote). Inexigibilidade - Competição inviável - Art. 25 - Rol exemplificativo Inviabilidade Pressuposto lógico – para haver competição, deve haver pluralidade de fornecedores. a.1) Singularidade do objeto - Caráter absoluto - Caráter pessoal - Eventos externos a.2) Singularidade do serviço - Art. 13 - Notória especialização a.3) Pressuposto jurídico – interesse público. a.4) Pressuposto fático – interesse de mercado. * Processo de justificação Procedimento Administrativo Fase interna (perante a administração) Autuação – dar capa e número do processo, numerar páginas... Demonstração de necessidade Reserva de recurso orçamentário Nomeação de comissão de licitação – art. 51 Elaboração do edital - Minuta de contrato Parecer jurídico Autorização formal Aula 02 – 23/05/2015 Procedimento concorrência Edital Habilitação Classificação Homologação Adjudicação Procedimento Pregão Edital Classificação Habilitação Adjudicação Homologação A prova começa daqui ↓ Contratos Administrativos Contratos administrativos x contratos da administração – nem todo contrato da administração é administrativo. Contrato da administração é qualquer contrato com a presença do Estado, que pode ser particular. O contrato administrativo tem as prerrogativas do Estado. Características: Participação do Estado Contrato formal – princípio da legalidade. No direito administrativo, o formalismo é regra, ao contrário do direito civil. *Instrumento de contrato. Contrato consensual – acordo de vontades. O contrato se aperfeiçoa na assinatura (doutrina majoritária) ou quando entra na licitação (doutrina minoritária). Contrato comutativo – direitos e obrigação preestabelecidos. Contrato personalíssimo – a lei é omissa e, portanto, não pode. Foram as condições da ganhadora que a fizeram ganhar a licitação (regularidade fiscal etc). O STF só admite a subcontratação se não for a atividade fim, não haver a subcontratação de todo o objeto e a subcontratada deve cumprir os mesmos requisitos da ganhadora. Do contrário, entende-se como fraude a licitação. A subcontratação deve estar prevista no edital e deve ser autorizada pela administração e não se pode subcontratar todo o objeto. *Subcontratação Contrato de adesão – o contratado não pode fazer ressalvas ao contrato. Formalidades Licitações públicas Exigência de forma escrita – exceção: pronta entrega e pronto atendimento até o limite de R$ 4 mil (mas é documentado como nota de serviço). Publicações obrigatória: - 20 dias da assinatura, desde que não ultrapasse o 5º dia útil do mês subsequente. - Requisito de eficácia. Instrumento de contrato - Obrigatório para os valores das modalidades concorrência e tomada de preço. - Facultativo para o valor do convite, desde que substituído por outro documento (ordem de serviço ou nota de emprenho). Cláusulas necessárias – devem estar escritas no contrato. - Essenciais – art. 55. a) Garantia do contrato administrativo - Forma de prestar é liberdade do contrato a.1) Caução em dinheiro a.2) Título da dívida pública a.3) Fiança bancária – banco fiador. a.4) Seguro garantia - 5% do contrato - 10% se houver riscos para administração Duração de contrato – não pode ser com prazo indeterminado. - Art. 57 - Duração da LOA (um ano) Exceções: I – Previsão do PPA (plano plurianual). II – Contrato de previsão contínua – 60 meses prorrogável por mais 12 meses. Aluguel de equipamentos de informática – até 48 meses. Dispensa de licitação – até 120 meses. Concessão de serviço público – depende da lei do serviço. Contrato a título gratuito. 26/05/2015 Cláusulas exorbitantes – art. 58 - Não são cláusulas necessárias (as necessárias são aquelas que devem constar obrigatoriamente). - Implícitas. - Num contrato civil, as cláusulas exorbitantes seriam nulas de pleno direito, como as cláusulas abusivas nas relações de consumo. a) Rescisão unilateral de contrato. a.1) Inadimplemento do particular – não cabe indenização. a.2) Interesse público. * Lei 8.987 (concessão de serviço público) dá o nome de caducidade e encampação. b) Alteração unilateral do contrato – art. 65. * Alteração bilateral não é exorbitante. b.1) Alteração qualitativa – permitida desde que não altere o objeto total do contrato. b.2) Alteração quantitativa - Limite de 25% (redução máxima). - Reforma ampliativa – 50% * Alteração bilateral I – Regime de execução. II – Substituição da garantia. III – Forma de pagamento. * Equilíbrio Econômico Financeiro – teoria da imprevisão. I – Fato do Príncipe - Atuação geral e abstrata – todos são atingidos, contratando com a administração ou com o particular. Ex.: aumento do ICMS. - Alteração reflexa – reflexo da atuação geral. II – Fato da Administração - Atuação concreta – atinge apenas quem presta o serviço. - Alteração direta – atinge o contrato diretamente. III – Interferência ou sujeições imprevistas - Situações preexistentes – situações desconhecidas pela administração e pelo prestador. IV – Caso fortuito e força maior c) Fiscalização - Poder / dever - Art. 71, §1º - administração pública não responde pelos débitos trabalhistas. * Súmula 331 TST – revogada; Dizia que respondia pelos débitos trabalhistas. - STF ADC nº 17 - TST reeditou a súmula e determinou que a Administração Público responde caso seja omissa na fiscalização. d) Aplicação de penalidades I – Advertências II – Multa III – Suspensão de contratos com o poder público. - Atinge os sócios (desconsideração da personalidade jurídica). Os sócios poderiam abrir outra empresa e atuar no mesmo ramo. - Máximo de dois anos IV – Declaração de Inidoneidade - Máximo de dois anos - Amplitude – atinge a esfera de todo ente federado que declara a inidoneidade. - Reabilitação Ocupação provisória de bens - Princípio da continuidade - Possibilidade de aquisição dos bens pelo Poder Público (reversão). 30/05/2015 Formas de Pagamento – modalidades de recomposição do equilíbrio do contrato, para garantir a margem de lucro do contratado: Correção monetária (atualização monetária) – diz respeito exclusivamente à inflação. Reajustamento de preços - Alteração de custos nos insumos - Previsível e previsto no contrato Recomposição de preço – Alteração que decorre da teoria da imprevisão. Evento imprevisível. Exceptio non adimplementi contractus no contrato administrativo – Exceção do contrato não cumprido; O descumprimento de uma parte exime a obrigação da outra parte. Exceção no sentido de defesa. *Divergência doutrinária Doutrina clássica – Hely Lopes Meireles defendia que não se aplicava. Princípio da continuidade: mesmo sem o pagamento pela Administração, o contratado deve continuar. Doutrina moderada – Celso Antônio Bandeira de Melo - Defende como cabível - Art. 78, XV da Lei 8.666/93. - Inadimplência deve ser tolerada por noventa dias. - Após os 90 dias, o contratado pode requerer do judiciário a rescisão do contrato, pois só a Administração pode rescindir unilateralmente. Extinção contratual Natural a.1) Conclusão do objeto a.2) Advento do termo – cumprimento do prazo. Não se aplica a contratos de obra, apenas para trato sucessivo. b) Desaparecimento do contrato– se a pessoa desaparece, põe fim ao contrato. A decretação de falência não extingue o contrato, apenas na fase de liquidação. c) Rescisão c.1) Rescisão administrativa ou unilateral – causada pela Administração – Por interesse público ou inadimplência do contratado. c.2) Rescisão consensual, amigável ou bilateral. c.3) Rescisão judicial – causada pelo particular, mas decretada pelo juiz. c.4) Rescisão de pleno direito d) Anulação – por vício de legalidade. Pode se dar por via judicial ou pela Administração ou requerida pelo MP. Serviços Públicos Conceito – Comodidade, necessidade ou utilidade material, prestada com o objetivo de satisfazer a coletividade em geral, assumido pelo Estado como um dever (*analogia com as benfeitorias: úteis, necessárias e voluptuárias). Princípios, art. 6º da Lei 8.794: Generalidade – não deve discriminar ninguém ao prestar o serviço; Deve ser prestada e forma genérica. Segurança – o serviço deve ser prestado da forma mais segura ao usuário; A responsabilidade do estado é objetiva. Atualidade – deve ser prestado com as técnicas mais modernas. Modicidade – Não se presta ao enriquecimento do Estado os preços deve ser acessíveis. Cortesia – deve ser prestado de forma cortês. *Fora o princípio da continuidade que é constitucional. Classificação dos serviços Quanto à especialidade – Doutrina clássica – Hely Lopes Meireles a.1) Próprio – essencial, que não admite delegação. Ex.: segurança pública. a.2) Impróprio ou de utilidade pública – não essenciais, admitindo delegação. É serviço útil. Quanto aos destinatários b.1) Gerais – Indivisível. Ex.: Segurança; Não é possível especificar quem usa mais ou menos. b.2) Individuais ou específicos – Divisíveis b.2.1) Compulsórios. Ex.: taxa de lixo. - Prestação não pode ser recusada pelo usuário. - Remunerados mediante taxa. b.2.2) Facultativos - Usuário pode recusar sua prestação. - Remunerados mediante tarifa. * Tarifa ≠ taxa – taxa é tributo, tarifa não. * TIP ≠ CIP – Taxa x Contribuição de iluminação pública. * Pedágio – STF e STJ afirmam que é tarifa, pois poderia optar por não passar. 02/06/2015 Estrutura Constitucional – competência para prestação do serviço Serviços obrigatórios prestados com exclusividade por parte do Estado - Art. 21, X - EBCT – ADPF nº 46 Serviços obrigatórios prestados sem exclusividade por parte do Estado - Saúde e educação – cabe mandado de segurança. Serviços obrigatórios com outorga obrigatória do Estado – art. 223, CF88. Serviços obrigatórios com outorga facultativa por parte do Estado. - Discricionariedade Delegação de Serviço Público - Art. 175, CF88 - Hipóteses de concessão, permissão e autorização de serviço público. Concessão de Serviço público - Lei 8.987/95 e 11.079/04 Concessão Comum - Delegação da execução, restando a titularidade para a Administração – pessoa jurídica ou consórcio de empresas. a) Formalização - Contrato Administrativo - Depende de previsão legal - Licitação na modalidade concorrência (diferenciada). *Excepcionalmente pode ser realizada a modalidade leilão (PND – Programa Nacional de Desestatização) b) Remuneração - tarifa do usuário *Rádio e TV (sem tarifa; financiada por propaganda); Exceção. - Estado pode ajudar no custeio. c) Responsabilidade civil – art. 37, §6º - objetiva d) Contrato com terceiro x contrato de concessão - Risco da empresa – a empresa assume o risco. e) Extinção da Concessão - Advento do termo - Rescisão Administrativa - Encampação (Interesse Público) - Caducidade (Inadimplência) - Rescisão consensual - Extinção de pleno direito - Anulação 6.1.2. Concessão Especial - Parceria Público-Privadas – Lei 11.079/04 a) Concessão especial patrocinada – o custo sairia muito caro se fosse financiado pela tarifa. - Recurso público obrigatório. Ex.: Metrô. b) Concessão administrativa – própria administração é usuária. Ex.: Cadeias privadas. 6.2. Permissão de serviço público - Art. 2º e 40 da Lei. 8.987/95. - Pessoa jurídica ou pessoa física. a) Formalização - Contrato administrativo b) Características - Procedimento licitatório sem exigência de modalidade específica. Deve ser escolhida pelo valor. - Independe de autorização legislativa prévia - Contrato Precário* - não tem direito a indenização nem gera direito adquirido. - Erro legislativo - STF: tem direito à indenização (mas não gera direito adquirido. 06/06/2015 Revisão, serviços públicos: - Necessidade material – concessão (concorrência / leilão) - Utilidade material – permissão (licitação, qualquer modalidade) - Comodidade – autorização (ato administrativo unilateral) Permissão de Serviço Público - Lei 8.987/95 - Art. 2º e 40 - Delegação de serviço – transferência apenas da execução do serviço, diferente da outorga. - Delegação feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica. Formalização – contrato administrativo precário. *Divergência doutrinária: - Celso Antônio defende que as missões são concedidas por ato unilateral. Características: - Exige procedimento licitatório, mas não determina modalidade específica. - Prazo determinado. - Natureza precária, mas com indenização. Autorização de Serviço Público - Fundamentação do art. 175. - Constitui-se por ato unilateral discricionário e precário. - Pequenos serviços e situações vigentes. - Ex.: Despachante *Taxi – José dos Santos não reconhece. *Celso Antônio Bandeira de Melo – não reconhece essa modalidade
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