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1 APLICAÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS NO SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE DE UNAÍ NO PERÍODO DE 2010 A 2013. APPLICATION OF FINANCIAL RESOURCES IN THE SYSTEM OF MUNICIPAL HEALTH UNAÍ THE PERIOD 2010 TO 2013. Lucas Samuel Gomes da Silva1 Olemar Guilherme Cunha2 Talita Julia Frade3 RESUMO O artigo seguinte buscou englobar questões a respeito da atividade financeira, retratando apenas a realidade exposta no Sistema de Informação Sobre Orçamento Público de Saúde-SIOPS, excluindo-se a opinião por parte dos pesquisadores, resguardando esse direito ao leitor, para que desperte em si o espírito de pesquisador e cidadão tirando conclusões dos dados que serão expostos. Os dados expostos tem como base Constituição Federal (1988), nos art. nº 196 ao art. nº 200, no qual discorrem os princípios das obrigações governamentais das esferas Bipartite, visando à organização e o cumprimento das delimitações financeiras sobre suas funções orçamentárias em ações e serviços, criado por meio da Emenda Constitucional 29/2000 no qual expôs diretrizes do Sistema de Informação sobre Orçamento Público de Saúde SIOPS. O estudo buscará resposta para assuntos financeiros do SUS em nível municipal num período de tempo fechado de quatro anos (2010, 2011, 2012 e 2013). Palavras chave: SIOPS. SUS. Atividade Financeira. ABSTRACT The following article sought to encompass issues regarding financial activity, portraying just the reality exposed in the Information System On Public-Health Budget SIOPS, excluding the opinion on the part of researchers, safeguarding this right to the reader, to awaken the spirit of researcher and citizen drawing conclusions from the data that will be exposed. The data displayed is based on Constitution Federal (1988), in art. n° 196 art. paragraph 200, in which discuss the principles of governmental obligations of Bipartite spheres, aiming at organization and compliance with budgetary functions over their financial stakes in actions and services, created through the Constitutional Amendment 29/2000 in which exposed information system guidelines SIOPS public health. The study will seek to answer for financial affairs of the SUS in municipal level over a period of time closed four years (2010, 2011, 2012 and 2013). Keywords: SIOPS. SUS. Financial Activity 1Instituto de Ensino Superior Cenecista – INESC. Graduando em Direito no Instituto de Ensino Superior Cenecista (INESC). Endereço: Rua das Margaridas nº 146, Jardim. Telefone: (38) 9953 7151. E-mail: lucassamuel.gs@hotmail.com. 2 Instituto de Ensino Superior Cenecista – INESC. Graduando em Direito no Instituto de Ensino Superior Cenecista (INESC). E-mail: gui.cunha23@hotmail.com 3 Instituto de Ensino Superior Cenecista – INESC. Graduando em Direito no Instituto de Ensino Superior Cenecista (INESC). E-mail: talita.jhulia@gmail.com 22 1 INTRODUÇÃO A presente pesquisa será baseada conforme disposto na Constituição Federal (1988), nos art. nº 196 ao art. nº 200, no qual discorre os princípios das obrigações governamentais das esferas Bipartite, quanto às responsabilidades da saúde pública do brasil. Serão abordados as Leis nº 8080/1990 e nº 8146/1990, que posteriormente com sua implantação tornou-se o sistema de saúde público mais amplo as devidas obrigatoriedades, facilitando as gestões nos manuseios das aplicações em ações e serviços. No Início da década de 1990, os movimentos ocasionados pela retração profunda dos recursos alocados no Sistema Único de Saúde-SUS, o art. nº 198 da Constituição Federal passou a ser cobrado quanto aos seus respectivos deveres. Assim visando à organização e o cumprimento das delimitações financeiras sobre suas funções orçamentarias em ações e serviços, cria-se por meio da Emenda Constitucional 29/2000 as diretrizes do Sistema de Informação sobre Orçamento Público de Saúde SIOPS. No período de 2000 até os dias atuais esses sistema tem sofrido diversas modificações através de portarias, resoluções, deliberações (leis esparsas) entre outras, a fim de promover o perfeito funcionamento e acompanhamento dos gastos financeiros dentro das áreas orçamentárias presentes no Sistema Único de Saúde-SUS. Com todas essas coordenadas a presente pesquisa tem como tema “aplicações dos recursos financeiros no sistema municipal de saúde de Unaí no período de 2010 a 2013”. Os estudos seguintes buscam englobar questões a respeito da atividade financeira, retratando apenas a realidade exposta no Sistema de Informação Sobre Orçamento Público de Saúde-SIOPS, excluindo-se qualquer possibilidade de opinião por parte dos pesquisadores, resguardando esse direito ao leitor, para que tire as conclusões dos dados que serão expostos. Será levantada então a seguinte questão: Como são aplicados os recursos financeiros de saúde no município de Unaí no período de 2010 a 2013? Com base na questão exposta a pesquisa visou como objetivo geral descrever a aplicação dos recursos financeiros no sistema de saúde pública de Unaí no período de 2010 a 2013. Primeiramente identificando se o percentual mínimo constitucional dos recursos próprios aplicados na saúde vem sendo cumprido pelo município, pois essa informação é o mínimo que todo cidadão deveria saber, tamanha é suasimplicidade e importância. 33 Em segundo lugar a pesquisa buscou inferir sobre as despesas com saúde por habitante/ano, com medicamentos e pessoal pois são valores significativamente importantes na sua tangibilidade do cotidiano com os usuários do sistema de saúde pública municipal. E por fim viu-se a necessidade de descrever a aplicação dos recursos financeiros por subfunções vinculadas (Atenção Básica, Assistência Hospitalar e Ambulatorial, Suporte Profilático e Terapêutico, Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Alimentação e Nutrição), já que a população não faz ideia de como chegam os recursos financeiros e em que serviços são aplicados. Assim a pesquisa teve como fundamento informar a população sobre a realidade das finanças de saúde pública de Unaí durante 2010-2013, sobre os métodos administrativos, as aplicações e repasse de recursos e a avaliação de serviços de acordo com dados gerados pelo Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS). Devido à falta de interesse da população em investigar a forma que está sendo administrados e aplicados os recursos, esta pesquisa procura fazer junção dos dados envolvidos na administração financeira do sistema de saúde pública para que estes tenham acesso e a curiosidade de atuar de forma mais imperativa junto aos órgãos administrativos. Diante dos fatos expostos, trazer uma base de conhecimento que possibilite inspirar nos acadêmicos as qualidades e características da postura científica a fim de formá-los melhores cientistas e pessoas, utilizando esse tema que faz parte do cotidiano de todos. A pesquisa propôs ajudar, por meio da apresentação dos dados explícitos propostos nos objetivos específicos da aplicação de recursos financeiros da saúde pública de Unaí, aos pesquisadores, cientistas, legisladores e acadêmicos em seus trabalhos a fim de buscar possíveis melhorias no sistema citado, utilizando os dados dessa pesquisa como base do conhecimento da realidade. 2 REFERENCIAL TEÓRICO Todos os passos dados pelos pesquisadores, sendo cientistas do Direito, serão apoiados e baseados na Carta Magna da República, sendo essa a criadora e reguladora do SUS. Ideias de Roberto Lyra Filho foram usadas para inspirar uma das justificativas da pesquisa, a de despertar na população o senso crítico e político para fiscalizar o sistema, afinal de contas, o SUS é um bem da população! O Conselho Nacionalde Secretários de Saúde – CONASS ajudará com muitos conceitos básicos para que possa ter melhor compreensão do SUS no papel. 44 Utilizando dessas bases, é possível compreender claramente que primeiro será buscado o entendimento sobre como deve funcionar o SUS, sendo o “dever ser” do Sistema Único de Saúde descrito pelas leis (CF, de leis esparsas), para posteriormente, com uma análise documental (orçamentos, receitas, avaliações), desenhar a atual realidade financeira do sistema. 2.1 Das Leis A presente pesquisa buscará embasamento teórico nas leis Lei nº 8080/90, Lei nº 8142/90, EC 29 para conhecer qual a forma regulamentada na lei para a aplicação dos recursos financeiros e como são formados os fundos. Conforme afirma a Constituição Federal do Brasil (1988) “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição” que deve por sua vez fazer valer seus direitos nos diversos campos de assistência básica. Terá enfoque nesta pesquisa o campo da saúde que os cidadãos por muitas vezes acreditam apenas nas promessas de seus representantes que podem ser “apenas demagógica e palavrosa” (LYRA FILHO, 1982, p. 05) e não buscam saber se realmente os processos financeiros estão ocorrendo conforme disposto em leis. Então conforme disposto no parágrafo único do Art. 2 da lei Nº 8.142 “os recursos [...] destinam-se a investimentos na rede de serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais ações de saúde”, dessa forma as aplicações financeiras devem seguir critérios rigorosos para que não haja uso com programas desnecessários. Assim poderá atender melhor a população, sempre que os recursos financeiros que possam ser economizados poderão ser utilizados para melhorias nas estruturas de centros de atendimentos que já existem e até mesmo na construção de novos. Então serão analisadas a receita e a despesa do município, para que seja possível verificar se esse tem cumprido com suas obrigações mínimas. 2.2 Financiamento Público da Saúde Para definir o orçamento anual o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentaria (LDO) deve ser enviado pelo Executivo ao Legislativo no máximo até a data de 15 de abril de cada ano (CONASS, 2009). Para compreender sobre a manutenção das verbas destinadas à saúde conforme disposto na lei 8080/90 Art. 33 que “os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde – SUS serão depositados em conta especial, em cada esfera de atuação, e movimentados sob a fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde” (CESMG, 2013, p.41). 55 Então percebe que os Conselhos de Saúde são responsáveis pela distribuição das finanças destinadas à saúde na esfera municipal. Mas é necessário conhecer como são formados os fundos financeiros de manutenção da saúde. E para regular os meios de captação de fundos para financiar a saúde pública a seguinte formulação da porcentagem de acordo com os meios de captação de impostos foi proposto pela Emenda Constitucional 29 (EC-29) disposta no CESMG, “Dos recursos da União apurados nos termos deste artigo, quinze por cento no mínimo serão aplicados nos Municípios segundo o critério populacional, em ações e serviços básicos de saúde na forma da lei” (2013, p. 83). Dessa forma cabe agora indicar qual é a porcentagem sobre os impostos arrecadados que cabe aos Municípios e Estados repassar para a conta especial do SUS para o financiamento dos serviços prestados. Conforme disposto na EC – 29 ao que compete aos Estados e Distrito Federal “doze por cento do produto da arrecadação dos impostos [...]” e aos Municípios de Distrito Federal “quinze por cento do produto da arrecadação dos impostos” (CESMG, 2013, p.83), a serem destinados para a saúde. 2.3 Despesas com saúde por habitante/ano Contribuir com a manutenção das despesas com saúde é obrigação das três esferas de governo Federal, Estadual e Municipal como já foi descrito em estudos anteriores cada nível do governo tem suas obrigações financeiras com o SUS. A partir desse conhecimento há então a necessidade de saber quais são os valores estipulados para serem gastos com habitante ao ano. Será retratado mais à frente qual o valor destinado à Assistência Farmacêutica na Atenção Básica por habitante. Há então um teto mínimo para gastos com habitantes ao ano em Assistência Farmacêutica na Atenção Básica que está definido como componente básico da assistência farmacêutica conforme está definido pelo CESMG dos transgênicos. O Componente Básico da Assistência Farmacêutica consiste na aplicação de valores per capita mínimos, sendo que cabe à União: R$ 5,10 por habitante/ano; II – Estados e Distrito Federal: R$ 1,86 por habitante/ano e III - Municípios: R$ 1,86 por habitante/ano. (2011, p.112). Desta forma pode-se perceber o quão mínimo são os gastos com medicamentos por habitante. 66 2.4 Despesa com Pessoal O CESMG (2013, p.60) citando a subseção I, art. 18 da lei complementar nº 101/2000, define despesa com pessoal: O somatório dos gastos do ente de Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos efetivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e membros do Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificação e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência. A mesma lei define no art. 19 o gasto máximo com pessoal como de 60%, sendo 54% para o executivo e 6% para o Judiciário. A pesquisa pretende, portanto verificar qual a porcentagem de despesa com pessoal e encargos sociais mediante a despesa total. 2.5 Blocos de Financiamentos Os blocos de financiamentos são divisões consolidadas pelo Pacto pela Vida. De acordo com a Portaria nº 399 GM/MS, de 22 de fevereiro de 2006, “O pacto pela Vida está constituído por um conjunto de compromissos sanitários, expressos em objetivos de processos e resultados e derivados da análise da situação de saúde do País e das prioridades definidas pelos governos federais estaduais e municipais” (Ministério da Saúde, apud CESMG. p, 137). Ou seja, são um compromisso entre as três esferas visando organizar as aplicações na saúde por diferentes níveis de complexidade. As responsabilidades do Pacto pela Vida, voltadas aos financiamentos das ações e serviços são monitoradas pelo Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS), como vimos anteriormente o SIOPS é um “instrumento de acompanhamento, fiscalização e controle da aplicação dos recursos vinculados em ações e serviços públicos de saúde” (Ministério da Saúde. 2004, p. 24.), regido por meio de artigos constitucionais, leis esparsas, portarias e resoluções, que traçam claramente todas as coordenadas, a fim de orientar como deve ser feito para atingir o pleno funcionamento financeiro na saúde pública do país. As divisões dos blocos são estabelecidas nas seguintes divisões. 2.6 Bloco Atenção Básica O apuramento das despesas da Atenção básica é classificado em duas fases, sendo a primeira o Piso de Atenção básica-PAB este “consiste em um montante de recursos financeiros, que agregam as estratégias de ações à atenção básica a saúde”. Os 77 recursos são transferidos mensalmente de forma regular e automática. (Ministério da Saúde, apud CESMG, 2006 p.154). Já a segunda fase é classificada como Piso de Atenção básica Variável- PAB Variável “consiste em um montante de recursos financeiros, destinados ao custeio de estratégias específicas desenvolvidasno âmbito de atenção básica em saúde”. O financiamento da variável é separado estrategicamente nas áreas de saúde da família, agentes comunitários de saúde, saúde bucal, compensação de especialidades regionais, fator de incentivo da atenção básica aos povos, indígenas. (Ministério da Saúde, apud CESMG, 2006 p. 154). “Os recursos do PAB Variável serão transferidos aos municípios que aderir e implementar as estratégias específicas a que se destina e a utilização desses recursos deve estar definida no Plano Municipal de Saúde”. (Ministério da Saúde, apud CESMG, 2006, p.155). 2.7 Assistência Hospitalar e Ambulatorial O custeio do bloco de Assistência Hospitalar e Ambulatorial é feito pelo Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC), que é de uso exclusivo deste bloco e se destinam ao financiamento dos procedimentos destacados pelo Ministério da Saúde. Procedimentos regulados pela CNRAC – Central Nacional de Regulação da Alta Complexidade; II. Transplantes; III. Ações Estratégicas Emergenciais, de caráter temporário, implementadas com prazo pré- definido; IV. Novos procedimentos: cobertura financeira de aproximadamente seis meses, quando da inclusão de novos procedimentos, sem correlação à tabela vigente, até à formação de série histórica para a devida agregação ao MAC. (2006, p.26). Porém, não é definida qual a porcentagem financeira que é destinada para este bloco das três esferas de governo, os indicadores apresentam apenas os valores que foram investidos. 2.8 Vigilância em Saúde Esse bloco financeiro representa um agrupamento das ações do sistema de saúde dividido em dois componentes, Vigilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde e Vigilância Sanitária. O primeiro que diz respeito aos recursos destinados ao controle de doenças. Assim dispõe a Portaria nº 204/GM de 2007 na seção III dos artigos 20 e 21: Art. 20. O Componente da Vigilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde refere-se aos recursos federais destinados às ações de Vigilância, Prevenção e Controle de Doenças, composto pelo atual Teto Financeiro de Vigilância em Saúde – TFVS e também pelos seguintes incentivos: I - Subsistema de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar; II - Laboratórios de Saúde Pública; III - Atividade de 88 Promoção à Saúde; IV - Registro de Câncer de Base Populacional; V - Serviço de Verificação de Óbito; VI - Campanhas de Vacinação; VII - Monitoramento de Resistência a Inseticidas para o Aedes aegypti; VIII - Contratação dos Agentes de Campo; IX - DST/Aids; e X - outros que venham a ser instituídos por meio de ato normativo específico. § 1º Os recursos federais destinados à contratação de pessoal para execução de atividades de campo no combate ao vetor transmissor da dengue serão alocados ao Componente da Vigilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde, na medida em que se comprove a efetiva contratação dos agentes de campo. § 2º Serão incorporados ao item II deste artigo - Laboratórios de Saúde Pública, os recursos da Vigilância Sanitária destinados a ações de apoio laboratorial. Art. 21. No Componente Vigilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde também estão incluídos recursos federais, provenientes de acordos internacionais, destinados às seguintes finalidades: I - fortalecimento da Gestão da Vigilância em Saúde nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios (VIGISUS II); e II - Programa DST/AIDS. O segundo componente desse bloco é o de Vigilância Sanitária, e ele tem uma portaria específica que regulamenta o repasse de recursos financeiros destinados à execução das ações de vigilância sanitária. A quantidade de recursos destinados a essa área é denominado Teto Financeiro de Vigilância Sanitária – TFVISA, e no âmbito municipal é definido pela portaria nº 1.998, de 21 de agosto de 2007 em seu art. 5º da seguinte forma: Art. 5º O Teto Financeiro de Vigilância Sanitária – TFVISA de cada Município será definido, mediante: I - Piso Estruturante, calculado pelo valor per capita à razão de R$ 0,36 (trinta e seis centavos)por habitante/ano ou Piso Municipal de Vigilância Sanitária, no valor de R$ 7.200,00 (sete mil e duzentos reais)/ano para Municípios, cujo valor per capita configurar um teto abaixo desse valor, conforme Anexo II e II-A, composto por recursos financeiros oriundos da ação orçamentária constante do artigo 6º, em seus incisos I alínea "a" e inciso II alínea "a", e refere-se ao segmento Estruturante do Elenco Norteador das Ações de VISA (Anexo IV); e II - Piso Estratégico, calculado pelo valor per capita à razão de R$ 0,20 (vinte centavos) por habitante/ano (Anexo III e Anexo IIIA), composto por recursos financeiros oriundos da ação orçamentária constante do artigo 6º, em seus incisos I alínea "b" e inciso II alíneas "a" e "b", pactuados na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), conforme critérios definidos no Anexo IV, que compõem o segmento de Gerenciamento de Risco do Elenco Norteador das Ações de VISA. 2.9 Alimentação e Nutrição Fica então definido pela Portaria nº 2349/ 2012 que alimentação e nutrição também são reponsabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS) que delimita em seu 99 Art. 1º Ficam definidos recursos financeiros da ação Alimentação e Nutrição para a Saúde para incentivar a estruturação e implementação das ações de Alimentação e Nutrição por parte das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. (PORTARIA. 2349, 2012) Destarte, pode-se entender que a preocupação com transtornos alimentares também é tomada pelos órgãos públicos principalmente pelo Ministério da Saúde. Há também uma portaria interministerial do Ministério da Educação e Ministério da Saúde que trata deste assunto em seu Art. 6º Determinar que as responsabilidades inerentes ao processo de implementação de alimentação saudável nas escolas sejam compartilhadas entre o Ministério da Saúde/Agência Nacional de Vigilância Sanitária e o Ministério da Educação/Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. (PORTARIA 1010,2006) Entretanto, para ter um conhecimento da situação de investimentos destinados à alimentação e nutrição, a primeira portaria aqui referida trata de valores destinados anualmente para manutenção do programa em seu. Art. 10. Os recursos orçamentários, objeto desta Portaria, correrão por conta do orçamento do Ministério da Saúde, como parte integrante do Bloco de Financiamento de Gestão do SUS, [...] - Segurança Alimentar e Nutricional na Saúde no valor total de R$ 9.745.000,00 (nove milhões setecentos e quarenta e cinco mil reais). (PORTARIA 2349, 2012). A seguir será retratado dever-ser das questões do suporte profilático e terapêutico que está enquadrado na função 10 e subfunção 303, funções que foram designadas pelo Ministério do Orçamento e Gestão. 2.10 Suporte Profilático e Terapêutico O suporte profilático terapêutico é uma subfunção que “abrange as ações voltadas para produção, distribuição e suprimento” (TCU, p.13), portanto tem papel vital no controle de epidemias e distribuição de medicamentos. Engloba-se então no bloco de assistência farmacêutica. Portanto serão abordadas duas vezes durante a análise de dados, descrever os gastos pela subfunção 303 utilizando a RREO e quando abordados os indicadores por ente federado nos gastos com medicamentos. Entretanto vale observar qual é o montante destinado ao financiamento do suporte profilático e terapêutico, que não fica estabelecido na Portaria 399/2006 a qual regula esta subfunção conforme pode ser observado no CESMG. 10 10 A Assistência Farmacêutica será financiada pelos três gestores do SUS devendo agregar a aquisição de medicamentos e insumos e a organização das ações de assistência farmacêutica necessárias, de acordo com aorganização de serviços de saúde. (2013, p.156) Contudo o financiamento da assistência farmacêutica é subdividido e duas partes, parte financeira fixa e parte financeira variável. A primeira é destinada ao financiamento em valores per capita para obtenção de medicamentos e insumos da assistência farmacêutica da atenção básica. O segundo destina-se ao custeio dos Programas Hipertensão e Diabetes, Asma e Rinite, Saúde Mental, Saúde da Mulher, Alimentação e Nutrição e Combate ao Tabagismo. 3 METODOLOGIA A máxima desse estudo foi à inexistência de interferência por parte dos pesquisadores na análise dos dados, caracterizando assim uma pesquisa descritiva. E se tratando de dados numéricos, a pesquisa foi feita a partir de uma abordagem quantitativa comparando esses dados entre os anos os quais foram estipulados, limitando-se em descrevê-los com um objetivo informativo além do didático, pois além de informar a população ao verificar se os percentuais mínimos estão sendo cumprida, deixa aos futuros pesquisadores do tema tais percentuais e suas referências para apoiar em pesquisas futuras. 3.1 Tipo e descrição geral da pesquisa (técnicas de pesquisa ou estratégias escolhidas para coletar os dados) Seguindo o raciocínio lógico do objetivo geral da pesquisa, que é descrever a aplicação dos recursos financeiros no sistema de saúde pública de Unaí no período de 2010 a 2013, destaca-se logo que se trata de um estudo do tipo descritivo, já que “os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira neles” (ANDRADE, 2010, p.112). Esses “fatos” foram índices percentuais específicos sobre os recursos financeiros que foram considerados de maior relevância, retirados do SIOPS resguardando-se os dados ao período de tempo proposto, para que pudesse ser feita uma comparação entre os anos, caracterizando assim uma abordagem quantitativa. Ao usar esses índices específicos de maior relevância aos objetivos de pesquisa, buscando alcançar, a partir desses, o objetivo geral, caracterizou-se pelo uso do método indutivo, que “possibilita o desenvolvimento de enunciados gerais sobre as observações acumuladas de casos específicos [...]” (OLIVEIRA, 1999, p.60). 11 11 Esses dados foram transcritos pelos pesquisadores em tabelas e gráficos, porém quanto a sua origem são de fonte documental secundária, definindo o presente estudo como de fontes secundárias, que consiste em todo trabalho feito com base em outro de fonte original ou primária. A característica que os difere é o fato de não produzir uma informação original, mas sobre ela trabalhar, procedendo à análise, ampliação, comparação. 3.2 Caracterização da organização, setor ou área do objeto de estudo Como é o capital público que financia toda a infraestrutura do SUS, é de interesse da população saber como esse dinheiro vem sendo empregado, e se as obrigações mínimas estipuladas pela lei vêm sendo cumpridas por seus representantes na administração do bem público. Assim, com o objetivo de disponibilizar informações sobre a atividade financeira da saúde de todos os entes federados, foi institucionalizado em 2000, o SIOPS. Esse sistema é totalmente digital, e os resultados são contabilizados de acordo com as porcentagens as quais estão dispostas nas legislações fiscais como o § 3º do art. 198 da Constituição Federal, incluído pela EC 29/2000, e regulamentado pela LC 141/2012. Ademais esses dados da receita e despesa total do município são inseridos no sistema através do preenchimento de um formulário no software, esse que faz automaticamente toda a formulação ou contabilização de acordo com o predisposto nas leis acima citadas obtendo o resultado dos mesmos dados voltados unicamente à área da saúde. A presente pesquisa utilizou desse sistema extraindo indicadores por ente federado e o Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) que possibilitaram a analise documental para conferir se a aplicação mínima dos recursos prevista por lei está sendo cumprida pelo município. 3.3 Instrumentos de pesquisa Como explicitado no item anterior, à pesquisa utilizou o sistema público SIOPS para buscou informações que contribuiriam para alcançar os objetivos da pesquisa. Esse sistema possui diversos tipos de informações sobre a atividade financeira do sistema de saúde em todas as esferas de governo, incluindo a esfera municipal a qual o presente estudo se limita a abordar. Tais informações estão disponibilizadas em dois instrumentos usados para quantificar dados sobre as finanças. Instrumentos esses que os pesquisadores julgaram necessários para que os objetivos pudessem ser alcançados são os Indicadores por ente federado e o RREO. 12 12 Sobre os indicadores, a Secretaria Executiva do Ministério da Saúde apresenta um quadro que está presente em ANEXO A e explica de sua composição em nota técnica (2009, p.2): Os indicadores são majoritariamente índices, constituídos por contas contábeis no numerador e no denominador, que visam atingir objetivos específicos. Os indicadores foram implementados no SIOPS em 2002, sendo que os iniciados pelo dígito 1 referem-se às receitas; os iniciados pelo dígito 2 referem-se às despesas e os iniciados pelo dígito 3, correlacionam receitas e despesas. Também explica sobre o funcionamento de um dos instrumentos (RREO) a Secretaria do Tesouro Nacional (2009, p.6), explicitando que é uma obrigação dos entes federados executarem tal relatório, ressaltando que tal ente responsável no município de Unaí é a Secretaria Municipal de Saúde: O RREO e seus demonstrativos abrangerão os órgãos da Administração Direta e entidades da Administração Indireta, de todos os Poderes, constituídos pelas autarquias, fundações, fundos especiais, empresas públicas e sociedades de economia mista que recebem recursos dos Orçamentos Fiscais e da Seguridade Social, inclusive sob a forma de subvenções para pagamento de pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária. O RREO será elaborado e publicado pelo Poder Executivo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. O RREO deverá ser assinado pelo Chefe do Poder Executivo que estiver no exercício do mandato na data da publicação do relatório, ou por pessoa a quem ele tenha legalmente delegado essa competência, qualquer dos dois deve fazê-lo em conjunto com o profissional de contabilidade responsável pela elaboração do relatório. Utilizando de tais instrumentos, a pesquisa fez a seleção de tais indicadores que colaboraram para o alcance dos objetivos. Esse processo de seleção de dados será detalhadamente demonstrado no item 3.4. 3.4 Procedimentos de coleta e de análise de dados Utilizando de dados tabulados pelo sistema online que são informações sobre a saúde, a pesquisa buscou analisar o conteúdo para filtrar as informações que fossem relevantes aos objetivos que se propôs a alcançar. Mas primeiro, foi necessário que se buscassem esses dados brutos online. Esse processo foi feito da seguinte forma. Primeiro, com acesso ao portal do SIOPS, clicava-se no ícone “indicadores”, seguindo para os municipais para ter acesso aos indicadores por ente federado, selecionando todos, copiando e colando esses dados no programa Microsoft Excel 2010 para prosseguir o tratamento. Teve-se acesso aos dados RREO pelo ícone “demonstrativo” escolhendo da mesma forma os demonstrativos municipais e copiando as tabelas para tratamento no Excel. 13 13 Feito o tratamento segundo o propósito de alcançar os objetivos específicos foram usadas as tabelas que passavam as informaçõesmais sucintas, de forma a facilitar a leitura e o entendimento a primeira vista a todos, mesmo que não sejam conhecedores do sistema. 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS A partir dos instrumentos, técnicas e dados brutos apresentam-se neste item os resultados adquiridos na análise de dados das tabelas adquiridas no sistema SIOPS e filtradas de acordo com os objetivos da pesquisa. Em casa ponto primeiro é apresentado cada objetivo específico seguindo a ordem cronológica na qual esses objetivos estão dispostos. São apresentadas as tabelas que contendo os dados que possibilitam o alcance daqueles objetivos e posteriormente a cada tabela analisada e é comentado um pouco sobre os dados nela contidos. Identificar se o percentual constitucional dos recursos próprios aplicados na saúde está sendo cumprido; Como a lei exige que o município aplique no mínimo 15% de sua receita total na área de saúde. Percebe-se na tabela que o município de Unaí tem cumprido sua obrigação quanto aos percentuais mínimos a serem a aplicados na área da saúde. Inferir sobre as despesas com saúde por habitante/ano, com medicamentos e pessoal; Tabela 2: Indicadores de despesa por: Habitante/ano; com pessoal; com medicamentos Fonte: SIOPS A partir desses dados verifica-se um gasto muito pequeno com medicamentos, em vista do alto gasto com funcionários da saúde. Nota-se também uma brusca queda na despesa 3.2 Participação da receita própria aplicada em Saúde conforme a LC141/2012 29,01% 28,06% 27,58% 23,84% Tabela 1: Indicadores por ente federado de cumprimento do percentual legal Fonte: SIOPS Fonte: SIOPS 2013 2012 2011 2010 2.1 Despesa total com Saúde, em R$/hab., sob a responsabilidade do Município, por habitante. R$ 383,95 R$ 475,05 R$ 404,49 R$ 353,93 2.2 Participação da despesa com pessoal na despesa total com Saúde 79,28 % 81,99 % 80,34 % 76,98 % 2.3 Participação da despesa com medicamentos na despesa total com Saúde 0,73 % 0,81 % 1,67 % 0,01 % 14 14 por Habitante/ano no ano de 2013, depois de uma crescente nos três anos anteriores a esse. Descrever a aplicação dos recursos financeiros por subfunções vinculadas (Atenção Básica, Assistência Hospitalar e Ambulatorial, Suporte Profilático e Terapêutico, Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Alimentação e Nutrição). DESPESAS COM SAÚDE (por subfunção) 2010 DESPESAS EXECUTADAS (7) LIQUIDADAS Jan a Dez (d) INSCRITAS EM RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS (e) % ((d+e)/c) Atenção Básica 6.621.562,64 230.301,12 25,08 Assistência Hospitalar e Ambulatorial 12.534.992,92 111.409,73 46,29 Suporte Profilático e Terapêutico 2.080.816,62 90.103,23 7,94 Vigilância Sanitária 299.157,06 3.462,30 1,1 Vigilância Epidemiológica 1.018.141,94 67.812,11 3,97 Alimentação e Nutrição 0 0 0 Outras Subfunções 4.205.314,80 54.156,56 15,59 TOTAL 26.759.985,98 557.245,05 100 Tabela 3: Despesas com saúde por subfunção 2010 Fonte: SIOPS DESPESAS COM SAÚDE (por subfunção) 2011 DESPESAS EXECUTADAS (5) LIQUIDADAS Jan a Dez (d) INSCRITAS EM RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS (e) % ((d+e) /c) Atenção Básica 7.111.527,53 10.550,43 23,07 Assistência Hospitalar e Ambulatorial 14.650.932,69 14.683,61 47,5 Suporte Profilático e Terapêutico 2.319.445,85 22.455,33 7,58 Vigilância Sanitária 298.144,25 725,83 0,96 Vigilância Epidemiológica 1.103.429,28 2.685,69 3,58 Alimentação e Nutrição 0 0 0 Outras Subfunções 5.269.750,21 64.179,67 17,27 TOTAL 30.753.229,81 115.280,56 100 Tabela 4: Despesas com saúde por subfunção Fonte: SIOPS 15 15 DESPESAS COM SAÚDE (por subfunção) 2012 DESPESAS EXECUTADAS (5) LIQUIDADAS Jan a Dez (d) INSCRITAS EM RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS (e) % ((d+e)/c) Atenção Básica 8.311.736,06 728.255,87 24,08 Assistência Hospitalar e Ambulatorial 16.249.365,82 211.377,41 43,85 Suporte Profilático e Terapêutico 2.560.162,28 27.485,46 6,89 Vigilância Sanitária 341.252,26 2.897,04 0,91 Vigilância Epidemiológica 1.498.634,92 22.535,21 4,05 Alimentação e Nutrição 0 0 0 Outras Subfunções 7.543.990,98 32.643,19 20,18 TOTAL 36.505.142,32 1.025.194,18 100 Tabela 5: Despesa com saúde por subfunção 2012 Fonte: SIOPS DESPESAS COM SAÚDE (Por Subfunção) DESPESAS EXECUTADAS Liquidadas Até o Bimestre (l) Inscritas em Restos a Pagar não Processados (m) % / total (l+m)]x100 Atenção Básica 8.530.514,80 446.627,97 22,54 Assistência Hospitalar e Ambulatorial 19.892.551,14 879.583,56 52,17 Suporte Profilático e Terapêutico 191.408,00 0 0,48 Vigilância Sanitária 384.985,81 26.799,18 1,03 Vigilância Epidemiológica 1.799.993,34 120.012,13 4,82 Alimentação e Nutrição 0 0 0 Outras Subfunções 7.403.634,99 143.044,66 18,95 TOTAL 39.819.155,58 100 Tabela 6 Despesa com saúde por subfunção 2013 Fonte: SIOPS Analisando as tabelas retiradas do RREO no SIOPS, percebe-se que as subfunções nas quais mais se tem ações de saúde são primeiro a de assistência hospitalar, e segundo a de atenção básica. Em terceiro lugar estão as ações de suporte terapêutico e profilático, seguidas pelas ações de vigilância epidemiológica. Verifica-se também um almente crescente dos gastos totais por subfunções vinculadas em todos os quatro anos, partindo de uma despesa de R$26.759.985,98 no ano de 2010 à despesa total de R$39.819.155,58, um aumento de R$13.059.169,60. 16 16 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com base nos dados que foram expostos, o que se conclui ao identificar se o percentual constitucional dos recursos próprios aplicados na saúde está sendo cumprido. Percebe- se na Tabela 7 que o município de Unaí tem cumprido com sua obrigação quanto aos percentuais mínimos a serem a aplicados na área da saúde. Que são de acordo com a Lei Complementar nº 141/2012 no mínimo 15 % de sua receita total na área de saúde. Quanto ao segundo objetivo especifico que foi inferir sobre as despesas com saúde por habitante/ano, com medicamentos e pessoal. A partir dos dados da Tabela 8 verifica-se um gasto muito pequeno com medicamentos, em vista do alto gasto com funcionários da saúde. Nota-se também uma brusca queda na despesa por Habitante/ano no ano de 2013, depois de uma crescente nos três anos anteriores. A conclusão quanto a isso é que a alta porcentagem da despesa com funcionários impede que tal capital seja empregado em outra melhora qualquer do sistema. Implicando assim apenas numa manutenção da situação que já possui frequentes dificuldades monótonas. Então, após ter analisado as tabelas retiradas do RREO no SIOPS, percebe-se que as subfunções nas quais mais se tem ações de saúde são primeiro a de assistência hospitalar, e segundo a de atenção básica. Em terceiro lugar estão as ações de suporte terapêutico e profilático, seguidas pelas ações de vigilância epidemiológica. Verifica-se também um aumento crescente dos gastos totais por subfunções vinculadas em todos os quatro anos, partindo de uma despesa de R$26.759.985,98 no ano de 2010 à despesa total de R$39.819.155,58. Um aumento de mais de 13 milhões de reais. Apesar de haver um crescimento nos valores investidos nas questões de saúde, ainda há muito que melhorar. Podem ser observados os altos gastos com pessoal, que poderia haver meios de fiscalização dos gastos para que alguns setores não recebam mais investimentos que o necessário, para que haja mais recursos para investir na infraestrutura, beneficiando assim os usuários do SistemaÚnico de Saúde. Destarte é possível entender que a problemática obteve sua resposta utilizando dos dados buscados pelos objetivos da pesquisa, utilizando-se dos dados mais relevantes e dos suportes legais do qual qualquer pessoa tem o poder para pesquisar e se efetivar como cidadão ativo e participante. Cabe então à população que é a principal parte interessada nessa pesquisa ter mais preocupação com a forma que repasses financeiros estão sendo aplicados para que haja um resultado satisfatório dos serviços prestados pelo SUS. 17 17 REFERÊNCIAS ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico: elaboração de trabalhos na graduação. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. BRASIL. CONASS. Gestão Administrativa e Financeira do SUS. 1. ed. Brasília: CONASS, 2011. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988. BRASIL. Diário Oficial da União. Lei 8142/90. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Brasília DF, 28 de dezembro de1990. BRASIL. Emenda Constitucional nº 29, de13 de setembro de 2000. Altera os art. 34, 35, 156, 160, 167 e 198 da Constituição Federal e acrescenta artigo ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para assegurar os recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde. Diário Oficial da União, Brasília, 13 de setembro de 2000. BRASIL. Lei n.º 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 set. 1990. p. 018055. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.349, de 10 de outubro de 2012. Estabelece o repasse anual fundo a fundo para a estruturação e implementação das ações de Alimentação e Nutrição no âmbito das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde com base na Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Diário Oficial da União: 10 de outubro de 2012. BRASIL. Ministério da Saúde; Departamento Nacional De Auditoria – DENASUS. Manual de Auditoria na Gestão dos Recursos Financeiros do SUS. Brasília, 2004. CESMG, Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais. Legislação do Sistema Único de Saúde. 9. ed. Belo Horizonte: SES, 2013. GOVERNO DE MINAS. Manual para o gestor Municipal de Saúde 2009. Edição Única. Belo Horizonte, 2009. 18 18 LYRA FILHO, Roberto. O Que é Direito. 11. ed. São Paulo: editora brasiliense, 2000. MINAS GERAIS. Ministério do Estado da Saúde; Ministério do Estado da Educação. Portaria interministerial nº 1.010, de 8 de maio de 2006. Institui as diretrizes para a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas de educação infantil, fundamental e nível médio das redes públicas e privadas, em âmbito nacional. Diário Oficial da União: 8 de maio de 2006. MINAS GERAIS. Ministério Estadual da Saúde. Portaria nº 204/GM, de 29 de Janeiro de 2007. Regulamenta o Financiamento e a Transferência dos Recursos Federais para as ações e serviços de Saúde, na forma de blocos de financiamento, com o respectivo monitoramento e controle. Belo Horizonte: 29 de Janeiro de 2007. MINAS GERAIS. Ministério Estadual de Saúde. Portaria GM/MS 399, de 22 de fevereiro de 2006. Divulga o pacto pela saúde2006- Consolidação do SUS a aprova diretrizes operacionais do referido pacto. Belo Horizonte: 22 de fevereiro de 2006. OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de Metodologia Científica: Projetos de Pesquisas, TGI, TCC, Monografias, Dissertações e teses. 2. Ed. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2002. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Relatório de levantamento – FiscSaúde TC nº 032.624/2013-1. Disponível em <www.portal2.tcu.gov.br> Acesso em: 15/11/2014. 1 INTRODUÇÃO 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Das Leis 2.2 Financiamento Público da Saúde 2.3 Despesas com saúde por habitante/ano 2.4 Despesa com Pessoal 2.5 Blocos de Financiamentos 2.6 Bloco Atenção Básica 2.7 Assistência Hospitalar e Ambulatorial 2.8 Vigilância em Saúde 2.9 Alimentação e Nutrição 2.10 Suporte Profilático e Terapêutico 3 METODOLOGIA 3.1 Tipo e descrição geral da pesquisa (técnicas de pesquisa ou estratégias escolhidas para coletar os dados) 3.2 Caracterização da organização, setor ou área do objeto de estudo 3.3 Instrumentos de pesquisa 3.4 Procedimentos de coleta e de análise de dados
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