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APLICAÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS NO SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE DE UNAÍ NO PERÍODO DE 2010 A 2013

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1 
 
 
APLICAÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS NO SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE 
DE UNAÍ NO PERÍODO DE 2010 A 2013. 
 
APPLICATION OF FINANCIAL RESOURCES IN THE SYSTEM OF MUNICIPAL HEALTH 
UNAÍ THE PERIOD 2010 TO 2013. 
 
Lucas Samuel Gomes da Silva1 
Olemar Guilherme Cunha2 
Talita Julia Frade3 
 
RESUMO 
 
O artigo seguinte buscou englobar questões a respeito da atividade financeira, retratando 
apenas a realidade exposta no Sistema de Informação Sobre Orçamento Público de 
Saúde-SIOPS, excluindo-se a opinião por parte dos pesquisadores, resguardando esse 
direito ao leitor, para que desperte em si o espírito de pesquisador e cidadão tirando 
conclusões dos dados que serão expostos. Os dados expostos tem como base 
Constituição Federal (1988), nos art. nº 196 ao art. nº 200, no qual discorrem os 
princípios das obrigações governamentais das esferas Bipartite, visando à organização e 
o cumprimento das delimitações financeiras sobre suas funções orçamentárias em ações 
e serviços, criado por meio da Emenda Constitucional 29/2000 no qual expôs diretrizes 
do Sistema de Informação sobre Orçamento Público de Saúde SIOPS. O estudo buscará 
resposta para assuntos financeiros do SUS em nível municipal num período de tempo 
fechado de quatro anos (2010, 2011, 2012 e 2013). 
 
Palavras chave: SIOPS. SUS. Atividade Financeira. 
 
 
ABSTRACT 
 
The following article sought to encompass issues regarding financial activity, portraying 
just the reality exposed in the Information System On Public-Health Budget SIOPS, 
excluding the opinion on the part of researchers, safeguarding this right to the reader, to 
awaken the spirit of researcher and citizen drawing conclusions from the data that will be 
exposed. The data displayed is based on Constitution Federal (1988), in art. n° 196 art. 
paragraph 200, in which discuss the principles of governmental obligations of Bipartite 
spheres, aiming at organization and compliance with budgetary functions over their 
financial stakes in actions and services, created through the Constitutional Amendment 
29/2000 in which exposed information system guidelines SIOPS public health. The study 
will seek to answer for financial affairs of the SUS in municipal level over a period of time 
closed four years (2010, 2011, 2012 and 2013). 
 
Keywords: SIOPS. SUS. Financial Activity 
 
 
 
 
 
 
 
 
1Instituto de Ensino Superior Cenecista – INESC. Graduando em Direito no Instituto de Ensino 
Superior Cenecista (INESC). Endereço: Rua das Margaridas nº 146, Jardim. Telefone: (38) 9953 
7151. E-mail: lucassamuel.gs@hotmail.com. 
2
Instituto de Ensino Superior Cenecista – INESC. Graduando em Direito no Instituto de Ensino 
Superior Cenecista (INESC). E-mail: gui.cunha23@hotmail.com 
3
Instituto de Ensino Superior Cenecista – INESC. Graduando em Direito no Instituto de Ensino 
Superior Cenecista (INESC). E-mail: talita.jhulia@gmail.com 
22 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
A presente pesquisa será baseada conforme disposto na Constituição Federal (1988), 
nos art. nº 196 ao art. nº 200, no qual discorre os princípios das obrigações 
governamentais das esferas Bipartite, quanto às responsabilidades da saúde pública do 
brasil. Serão abordados as Leis nº 8080/1990 e nº 8146/1990, que posteriormente com 
sua implantação tornou-se o sistema de saúde público mais amplo as devidas 
obrigatoriedades, facilitando as gestões nos manuseios das aplicações em ações e 
serviços. 
No Início da década de 1990, os movimentos ocasionados pela retração profunda dos 
recursos alocados no Sistema Único de Saúde-SUS, o art. nº 198 da Constituição 
Federal passou a ser cobrado quanto aos seus respectivos deveres. Assim visando à 
organização e o cumprimento das delimitações financeiras sobre suas funções 
orçamentarias em ações e serviços, cria-se por meio da Emenda Constitucional 29/2000 
as diretrizes do Sistema de Informação sobre Orçamento Público de Saúde SIOPS. 
No período de 2000 até os dias atuais esses sistema tem sofrido diversas modificações 
através de portarias, resoluções, deliberações (leis esparsas) entre outras, a fim de 
promover o perfeito funcionamento e acompanhamento dos gastos financeiros dentro das 
áreas orçamentárias presentes no Sistema Único de Saúde-SUS. 
Com todas essas coordenadas a presente pesquisa tem como tema “aplicações dos 
recursos financeiros no sistema municipal de saúde de Unaí no período de 2010 a 2013”. 
Os estudos seguintes buscam englobar questões a respeito da atividade financeira, 
retratando apenas a realidade exposta no Sistema de Informação Sobre Orçamento 
Público de Saúde-SIOPS, excluindo-se qualquer possibilidade de opinião por parte dos 
pesquisadores, resguardando esse direito ao leitor, para que tire as conclusões dos 
dados que serão expostos. Será levantada então a seguinte questão: Como são 
aplicados os recursos financeiros de saúde no município de Unaí no período de 2010 a 
2013? 
Com base na questão exposta a pesquisa visou como objetivo geral descrever a 
aplicação dos recursos financeiros no sistema de saúde pública de Unaí no período de 
2010 a 2013. Primeiramente identificando se o percentual mínimo constitucional dos 
recursos próprios aplicados na saúde vem sendo cumprido pelo município, pois essa 
informação é o mínimo que todo cidadão deveria saber, tamanha é suasimplicidade e 
importância. 
33 
 
Em segundo lugar a pesquisa buscou inferir sobre as despesas com saúde por 
habitante/ano, com medicamentos e pessoal pois são valores significativamente 
importantes na sua tangibilidade do cotidiano com os usuários do sistema de saúde 
pública municipal. 
E por fim viu-se a necessidade de descrever a aplicação dos recursos financeiros por 
subfunções vinculadas (Atenção Básica, Assistência Hospitalar e Ambulatorial, Suporte 
Profilático e Terapêutico, Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Alimentação e 
Nutrição), já que a população não faz ideia de como chegam os recursos financeiros e 
em que serviços são aplicados. 
Assim a pesquisa teve como fundamento informar a população sobre a realidade das 
finanças de saúde pública de Unaí durante 2010-2013, sobre os métodos administrativos, 
as aplicações e repasse de recursos e a avaliação de serviços de acordo com dados 
gerados pelo Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS). 
Devido à falta de interesse da população em investigar a forma que está sendo 
administrados e aplicados os recursos, esta pesquisa procura fazer junção dos dados 
envolvidos na administração financeira do sistema de saúde pública para que estes 
tenham acesso e a curiosidade de atuar de forma mais imperativa junto aos órgãos 
administrativos. 
Diante dos fatos expostos, trazer uma base de conhecimento que possibilite inspirar nos 
acadêmicos as qualidades e características da postura científica a fim de formá-los 
melhores cientistas e pessoas, utilizando esse tema que faz parte do cotidiano de todos. 
A pesquisa propôs ajudar, por meio da apresentação dos dados explícitos propostos nos 
objetivos específicos da aplicação de recursos financeiros da saúde pública de Unaí, aos 
pesquisadores, cientistas, legisladores e acadêmicos em seus trabalhos a fim de buscar 
possíveis melhorias no sistema citado, utilizando os dados dessa pesquisa como base do 
conhecimento da realidade. 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
Todos os passos dados pelos pesquisadores, sendo cientistas do Direito, serão apoiados 
e baseados na Carta Magna da República, sendo essa a criadora e reguladora do SUS. 
Ideias de Roberto Lyra Filho foram usadas para inspirar uma das justificativas da 
pesquisa, a de despertar na população o senso crítico e político para fiscalizar o sistema, 
afinal de contas, o SUS é um bem da população! O Conselho Nacionalde Secretários de 
Saúde – CONASS ajudará com muitos conceitos básicos para que possa ter melhor 
compreensão do SUS no papel. 
44 
 
Utilizando dessas bases, é possível compreender claramente que primeiro será buscado 
o entendimento sobre como deve funcionar o SUS, sendo o “dever ser” do Sistema Único 
de Saúde descrito pelas leis (CF, de leis esparsas), para posteriormente, com uma 
análise documental (orçamentos, receitas, avaliações), desenhar a atual realidade 
financeira do sistema. 
2.1 Das Leis 
A presente pesquisa buscará embasamento teórico nas leis Lei nº 8080/90, Lei nº 
8142/90, EC 29 para conhecer qual a forma regulamentada na lei para a aplicação dos 
recursos financeiros e como são formados os fundos. 
Conforme afirma a Constituição Federal do Brasil (1988) “Todo o poder emana do povo, 
que o exerce por meio de seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta 
Constituição” que deve por sua vez fazer valer seus direitos nos diversos campos de 
assistência básica. Terá enfoque nesta pesquisa o campo da saúde que os cidadãos por 
muitas vezes acreditam apenas nas promessas de seus representantes que podem ser 
“apenas demagógica e palavrosa” (LYRA FILHO, 1982, p. 05) e não buscam saber se 
realmente os processos financeiros estão ocorrendo conforme disposto em leis. 
Então conforme disposto no parágrafo único do Art. 2 da lei Nº 8.142 “os recursos [...] 
destinam-se a investimentos na rede de serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e 
hospitalar e às demais ações de saúde”, dessa forma as aplicações financeiras devem 
seguir critérios rigorosos para que não haja uso com programas desnecessários. Assim 
poderá atender melhor a população, sempre que os recursos financeiros que possam ser 
economizados poderão ser utilizados para melhorias nas estruturas de centros de 
atendimentos que já existem e até mesmo na construção de novos. Então serão 
analisadas a receita e a despesa do município, para que seja possível verificar se esse 
tem cumprido com suas obrigações mínimas. 
2.2 Financiamento Público da Saúde 
Para definir o orçamento anual o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentaria (LDO) deve 
ser enviado pelo Executivo ao Legislativo no máximo até a data de 15 de abril de cada 
ano (CONASS, 2009). Para compreender sobre a manutenção das verbas destinadas à 
saúde conforme disposto na lei 8080/90 Art. 33 que “os recursos financeiros do Sistema 
Único de Saúde – SUS serão depositados em conta especial, em cada esfera de 
atuação, e movimentados sob a fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde” 
(CESMG, 2013, p.41). 
55 
 
Então percebe que os Conselhos de Saúde são responsáveis pela distribuição das 
finanças destinadas à saúde na esfera municipal. Mas é necessário conhecer como são 
formados os fundos financeiros de manutenção da saúde. 
E para regular os meios de captação de fundos para financiar a saúde pública a seguinte 
formulação da porcentagem de acordo com os meios de captação de impostos foi 
proposto pela Emenda Constitucional 29 (EC-29) disposta no CESMG, “Dos recursos da 
União apurados nos termos deste artigo, quinze por cento no mínimo serão aplicados nos 
Municípios segundo o critério populacional, em ações e serviços básicos de saúde na 
forma da lei” (2013, p. 83). 
Dessa forma cabe agora indicar qual é a porcentagem sobre os impostos arrecadados 
que cabe aos Municípios e Estados repassar para a conta especial do SUS para o 
financiamento dos serviços prestados. 
Conforme disposto na EC – 29 ao que compete aos Estados e Distrito Federal “doze por 
cento do produto da arrecadação dos impostos [...]” e aos Municípios de Distrito Federal 
“quinze por cento do produto da arrecadação dos impostos” (CESMG, 2013, p.83), a 
serem destinados para a saúde. 
2.3 Despesas com saúde por habitante/ano 
Contribuir com a manutenção das despesas com saúde é obrigação das três esferas de 
governo Federal, Estadual e Municipal como já foi descrito em estudos anteriores cada 
nível do governo tem suas obrigações financeiras com o SUS. 
A partir desse conhecimento há então a necessidade de saber quais são os valores 
estipulados para serem gastos com habitante ao ano. Será retratado mais à frente qual o 
valor destinado à Assistência Farmacêutica na Atenção Básica por habitante. 
Há então um teto mínimo para gastos com habitantes ao ano em Assistência 
Farmacêutica na Atenção Básica que está definido como componente básico da 
assistência farmacêutica conforme está definido pelo CESMG dos transgênicos. 
O Componente Básico da Assistência Farmacêutica consiste na 
aplicação de valores per capita mínimos, sendo que cabe à União: R$ 
5,10 por habitante/ano; II – Estados e Distrito Federal: R$ 1,86 por 
habitante/ano e III - Municípios: R$ 1,86 por habitante/ano. (2011, 
p.112). 
Desta forma pode-se perceber o quão mínimo são os gastos com medicamentos por 
habitante. 
66 
 
2.4 Despesa com Pessoal 
O CESMG (2013, p.60) citando a subseção I, art. 18 da lei complementar nº 101/2000, 
define despesa com pessoal: 
O somatório dos gastos do ente de Federação com os ativos, os inativos 
e os pensionistas, relativos a mandatos efetivos, cargos, funções ou 
empregos, civis, militares e membros do Poder, com quaisquer espécies 
remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, 
subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive 
adicionais, gratificação e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem 
como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades 
de previdência. 
 A mesma lei define no art. 19 o gasto máximo com pessoal como de 60%, sendo 54% 
para o executivo e 6% para o Judiciário. A pesquisa pretende, portanto verificar qual a 
porcentagem de despesa com pessoal e encargos sociais mediante a despesa total. 
2.5 Blocos de Financiamentos 
Os blocos de financiamentos são divisões consolidadas pelo Pacto pela Vida. De acordo 
com a Portaria nº 399 GM/MS, de 22 de fevereiro de 2006, “O pacto pela Vida está 
constituído por um conjunto de compromissos sanitários, expressos em objetivos de 
processos e resultados e derivados da análise da situação de saúde do País e das 
prioridades definidas pelos governos federais estaduais e municipais” (Ministério da 
Saúde, apud CESMG. p, 137). Ou seja, são um compromisso entre as três esferas 
visando organizar as aplicações na saúde por diferentes níveis de complexidade. 
As responsabilidades do Pacto pela Vida, voltadas aos financiamentos das ações e 
serviços são monitoradas pelo Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em 
Saúde (SIOPS), como vimos anteriormente o SIOPS é um “instrumento de 
acompanhamento, fiscalização e controle da aplicação dos recursos vinculados em ações 
e serviços públicos de saúde” (Ministério da Saúde. 2004, p. 24.), regido por meio de 
artigos constitucionais, leis esparsas, portarias e resoluções, que traçam claramente 
todas as coordenadas, a fim de orientar como deve ser feito para atingir o pleno 
funcionamento financeiro na saúde pública do país. As divisões dos blocos são 
estabelecidas nas seguintes divisões. 
2.6 Bloco Atenção Básica 
O apuramento das despesas da Atenção básica é classificado em duas fases, sendo a 
primeira o Piso de Atenção básica-PAB este “consiste em um montante de recursos 
financeiros, que agregam as estratégias de ações à atenção básica a saúde”. Os 
77 
 
recursos são transferidos mensalmente de forma regular e automática. (Ministério da 
Saúde, apud CESMG, 2006 p.154). 
Já a segunda fase é classificada como Piso de Atenção básica Variável- PAB Variável 
“consiste em um montante de recursos financeiros, destinados ao custeio de estratégias 
específicas desenvolvidasno âmbito de atenção básica em saúde”. O financiamento da 
variável é separado estrategicamente nas áreas de saúde da família, agentes 
comunitários de saúde, saúde bucal, compensação de especialidades regionais, fator de 
incentivo da atenção básica aos povos, indígenas. (Ministério da Saúde, apud CESMG, 
2006 p. 154). 
“Os recursos do PAB Variável serão transferidos aos municípios que aderir e implementar 
as estratégias específicas a que se destina e a utilização desses recursos deve estar 
definida no Plano Municipal de Saúde”. (Ministério da Saúde, apud CESMG, 2006, 
p.155). 
2.7 Assistência Hospitalar e Ambulatorial 
O custeio do bloco de Assistência Hospitalar e Ambulatorial é feito pelo Fundo de Ações 
Estratégicas e Compensação (FAEC), que é de uso exclusivo deste bloco e se destinam 
ao financiamento dos procedimentos destacados pelo Ministério da Saúde. 
Procedimentos regulados pela CNRAC – Central Nacional de Regulação 
da Alta Complexidade; II. Transplantes; III. Ações Estratégicas 
Emergenciais, de caráter temporário, implementadas com prazo pré-
definido; IV. Novos procedimentos: cobertura financeira de 
aproximadamente seis meses, quando da inclusão de novos 
procedimentos, sem correlação à tabela vigente, até à formação de série 
histórica para a devida agregação ao MAC. (2006, p.26). 
Porém, não é definida qual a porcentagem financeira que é destinada para este bloco 
das três esferas de governo, os indicadores apresentam apenas os valores que foram 
investidos. 
2.8 Vigilância em Saúde 
Esse bloco financeiro representa um agrupamento das ações do sistema de saúde 
dividido em dois componentes, Vigilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde e 
Vigilância Sanitária. O primeiro que diz respeito aos recursos destinados ao controle de 
doenças. Assim dispõe a Portaria nº 204/GM de 2007 na seção III dos artigos 20 e 21: 
Art. 20. O Componente da Vigilância Epidemiológica e Ambiental 
em Saúde refere-se aos recursos federais destinados às ações de 
Vigilância, Prevenção e Controle de Doenças, composto pelo atual Teto 
Financeiro de Vigilância em Saúde – TFVS e também pelos seguintes 
incentivos: I - Subsistema de Vigilância Epidemiológica em Âmbito 
Hospitalar; II - Laboratórios de Saúde Pública; III - Atividade de 
88 
 
Promoção à Saúde; IV - Registro de Câncer de Base Populacional; V - 
Serviço de Verificação de Óbito; VI - Campanhas de Vacinação; VII - 
Monitoramento de Resistência a Inseticidas para o Aedes aegypti; VIII - 
Contratação dos Agentes de Campo; IX - DST/Aids; e X - outros que 
venham a ser instituídos por meio de ato normativo específico. 
§ 1º Os recursos federais destinados à contratação de pessoal 
para execução de atividades de campo no combate ao vetor transmissor 
da dengue serão alocados ao Componente da Vigilância Epidemiológica 
e Ambiental em Saúde, na medida em que se comprove a efetiva 
contratação dos agentes de campo. 
§ 2º Serão incorporados ao item II deste artigo - Laboratórios de 
Saúde Pública, os recursos da Vigilância Sanitária destinados a ações 
de apoio laboratorial. 
Art. 21. No Componente Vigilância Epidemiológica e Ambiental em 
Saúde também estão incluídos recursos federais, provenientes de 
acordos internacionais, destinados às seguintes finalidades: I - 
fortalecimento da Gestão da Vigilância em Saúde nos Estados, no 
Distrito Federal e nos Municípios (VIGISUS II); e II - Programa 
DST/AIDS. 
O segundo componente desse bloco é o de Vigilância Sanitária, e ele tem uma portaria 
específica que regulamenta o repasse de recursos financeiros destinados à execução 
das ações de vigilância sanitária. A quantidade de recursos destinados a essa área é 
denominado Teto Financeiro de Vigilância Sanitária – TFVISA, e no âmbito municipal é 
definido pela portaria nº 1.998, de 21 de agosto de 2007 em seu art. 5º da seguinte 
forma: 
Art. 5º O Teto Financeiro de Vigilância Sanitária – TFVISA de cada 
Município será definido, mediante: 
I - Piso Estruturante, calculado pelo valor per capita à razão de R$ 0,36 
(trinta e seis centavos)por habitante/ano ou Piso Municipal de Vigilância 
Sanitária, no valor de R$ 7.200,00 (sete mil e duzentos reais)/ano para 
Municípios, cujo valor per capita configurar um teto abaixo desse valor, 
conforme Anexo II e II-A, composto por recursos financeiros oriundos da 
ação orçamentária constante do artigo 6º, em seus incisos I alínea "a" e 
inciso II alínea "a", e refere-se ao segmento Estruturante do Elenco 
Norteador das Ações de VISA (Anexo IV); e 
II - Piso Estratégico, calculado pelo valor per capita à razão de R$ 0,20 
(vinte centavos) por habitante/ano (Anexo III e Anexo IIIA), composto por 
recursos financeiros oriundos da ação orçamentária constante do artigo 
6º, em seus incisos I alínea "b" e inciso II alíneas "a" e "b", pactuados na 
Comissão Intergestores Bipartite (CIB), conforme critérios definidos no 
Anexo IV, que compõem o segmento de Gerenciamento de Risco do 
Elenco Norteador das Ações de VISA. 
2.9 Alimentação e Nutrição 
Fica então definido pela Portaria nº 2349/ 2012 que alimentação e nutrição também são 
reponsabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS) que delimita em seu 
99 
 
Art. 1º Ficam definidos recursos financeiros da ação Alimentação e 
Nutrição para a Saúde para incentivar a estruturação e implementação 
das ações de Alimentação e Nutrição por parte das Secretarias 
Estaduais e Municipais de Saúde. (PORTARIA. 2349, 2012) 
Destarte, pode-se entender que a preocupação com transtornos alimentares também é 
tomada pelos órgãos públicos principalmente pelo Ministério da Saúde. Há também uma 
portaria interministerial do Ministério da Educação e Ministério da Saúde que trata deste 
assunto em seu 
Art. 6º Determinar que as responsabilidades inerentes ao 
processo de implementação de alimentação saudável nas escolas sejam 
compartilhadas entre o Ministério da Saúde/Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária e o Ministério da Educação/Fundo Nacional de 
Desenvolvimento da Educação. (PORTARIA 1010,2006) 
Entretanto, para ter um conhecimento da situação de investimentos destinados à 
alimentação e nutrição, a primeira portaria aqui referida trata de valores destinados 
anualmente para manutenção do programa em seu. 
Art. 10. Os recursos orçamentários, objeto desta Portaria, correrão 
por conta do orçamento do Ministério da Saúde, como parte integrante 
do Bloco de Financiamento de Gestão do SUS, [...] - Segurança 
Alimentar e Nutricional na Saúde no valor total de R$ 9.745.000,00 (nove 
milhões setecentos e quarenta e cinco mil reais). (PORTARIA 2349, 
2012). 
A seguir será retratado dever-ser das questões do suporte profilático e terapêutico que 
está enquadrado na função 10 e subfunção 303, funções que foram designadas pelo 
Ministério do Orçamento e Gestão. 
2.10 Suporte Profilático e Terapêutico 
O suporte profilático terapêutico é uma subfunção que “abrange as ações voltadas para 
produção, distribuição e suprimento” (TCU, p.13), portanto tem papel vital no controle de 
epidemias e distribuição de medicamentos. Engloba-se então no bloco de assistência 
farmacêutica. 
Portanto serão abordadas duas vezes durante a análise de dados, descrever os gastos 
pela subfunção 303 utilizando a RREO e quando abordados os indicadores por ente 
federado nos gastos com medicamentos. 
Entretanto vale observar qual é o montante destinado ao financiamento do suporte 
profilático e terapêutico, que não fica estabelecido na Portaria 399/2006 a qual regula 
esta subfunção conforme pode ser observado no CESMG. 
10
10 
 
 
A Assistência Farmacêutica será financiada pelos três gestores do SUS 
devendo agregar a aquisição de medicamentos e insumos e a 
organização das ações de assistência farmacêutica necessárias, de 
acordo com aorganização de serviços de saúde. (2013, p.156) 
Contudo o financiamento da assistência farmacêutica é subdividido e duas partes, parte 
financeira fixa e parte financeira variável. A primeira é destinada ao financiamento em 
valores per capita para obtenção de medicamentos e insumos da assistência 
farmacêutica da atenção básica. O segundo destina-se ao custeio dos Programas 
Hipertensão e Diabetes, Asma e Rinite, Saúde Mental, Saúde da Mulher, Alimentação e 
Nutrição e Combate ao Tabagismo. 
3 METODOLOGIA 
A máxima desse estudo foi à inexistência de interferência por parte dos pesquisadores na 
análise dos dados, caracterizando assim uma pesquisa descritiva. E se tratando de 
dados numéricos, a pesquisa foi feita a partir de uma abordagem quantitativa 
comparando esses dados entre os anos os quais foram estipulados, limitando-se em 
descrevê-los com um objetivo informativo além do didático, pois além de informar a 
população ao verificar se os percentuais mínimos estão sendo cumprida, deixa aos 
futuros pesquisadores do tema tais percentuais e suas referências para apoiar em 
pesquisas futuras. 
3.1 Tipo e descrição geral da pesquisa (técnicas de pesquisa ou estratégias 
escolhidas para coletar os dados) 
Seguindo o raciocínio lógico do objetivo geral da pesquisa, que é descrever a aplicação 
dos recursos financeiros no sistema de saúde pública de Unaí no período de 2010 a 
2013, destaca-se logo que se trata de um estudo do tipo descritivo, já que “os fatos são 
observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o 
pesquisador interfira neles” (ANDRADE, 2010, p.112). 
Esses “fatos” foram índices percentuais específicos sobre os recursos financeiros que 
foram considerados de maior relevância, retirados do SIOPS resguardando-se os dados 
ao período de tempo proposto, para que pudesse ser feita uma comparação entre os 
anos, caracterizando assim uma abordagem quantitativa. 
Ao usar esses índices específicos de maior relevância aos objetivos de pesquisa, 
buscando alcançar, a partir desses, o objetivo geral, caracterizou-se pelo uso do método 
indutivo, que “possibilita o desenvolvimento de enunciados gerais sobre as observações 
acumuladas de casos específicos [...]” (OLIVEIRA, 1999, p.60). 
11
11 
 
 
Esses dados foram transcritos pelos pesquisadores em tabelas e gráficos, porém quanto 
a sua origem são de fonte documental secundária, definindo o presente estudo como de 
fontes secundárias, que consiste em todo trabalho feito com base em outro de fonte 
original ou primária. A característica que os difere é o fato de não produzir uma 
informação original, mas sobre ela trabalhar, procedendo à análise, ampliação, 
comparação. 
3.2 Caracterização da organização, setor ou área do objeto de estudo 
Como é o capital público que financia toda a infraestrutura do SUS, é de interesse da 
população saber como esse dinheiro vem sendo empregado, e se as obrigações mínimas 
estipuladas pela lei vêm sendo cumpridas por seus representantes na administração do 
bem público. Assim, com o objetivo de disponibilizar informações sobre a atividade 
financeira da saúde de todos os entes federados, foi institucionalizado em 2000, o 
SIOPS. 
Esse sistema é totalmente digital, e os resultados são contabilizados de acordo com as 
porcentagens as quais estão dispostas nas legislações fiscais como o § 3º do art. 198 da 
Constituição Federal, incluído pela EC 29/2000, e regulamentado pela LC 141/2012. 
Ademais esses dados da receita e despesa total do município são inseridos no sistema 
através do preenchimento de um formulário no software, esse que faz automaticamente 
toda a formulação ou contabilização de acordo com o predisposto nas leis acima citadas 
obtendo o resultado dos mesmos dados voltados unicamente à área da saúde. 
A presente pesquisa utilizou desse sistema extraindo indicadores por ente federado e o 
Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) que possibilitaram a analise 
documental para conferir se a aplicação mínima dos recursos prevista por lei está sendo 
cumprida pelo município. 
3.3 Instrumentos de pesquisa 
Como explicitado no item anterior, à pesquisa utilizou o sistema público SIOPS para 
buscou informações que contribuiriam para alcançar os objetivos da pesquisa. Esse 
sistema possui diversos tipos de informações sobre a atividade financeira do sistema de 
saúde em todas as esferas de governo, incluindo a esfera municipal a qual o presente 
estudo se limita a abordar. Tais informações estão disponibilizadas em dois instrumentos 
usados para quantificar dados sobre as finanças. Instrumentos esses que os 
pesquisadores julgaram necessários para que os objetivos pudessem ser alcançados são 
os Indicadores por ente federado e o RREO. 
12
12 
 
 
Sobre os indicadores, a Secretaria Executiva do Ministério da Saúde apresenta um 
quadro que está presente em ANEXO A e explica de sua composição em nota técnica 
(2009, p.2): 
Os indicadores são majoritariamente índices, constituídos por contas 
contábeis no numerador e no denominador, que visam atingir objetivos 
específicos. Os indicadores foram implementados no SIOPS em 2002, 
sendo que os iniciados pelo dígito 1 referem-se às receitas; os iniciados 
pelo dígito 2 referem-se às despesas e os iniciados pelo dígito 3, 
correlacionam receitas e despesas. 
Também explica sobre o funcionamento de um dos instrumentos (RREO) a Secretaria do 
Tesouro Nacional (2009, p.6), explicitando que é uma obrigação dos entes federados 
executarem tal relatório, ressaltando que tal ente responsável no município de Unaí é a 
Secretaria Municipal de Saúde: 
O RREO e seus demonstrativos abrangerão os órgãos da Administração 
Direta e entidades da Administração Indireta, de todos os Poderes, 
constituídos pelas autarquias, fundações, fundos especiais, empresas 
públicas e sociedades de economia mista que recebem recursos dos 
Orçamentos Fiscais e da Seguridade Social, inclusive sob a forma de 
subvenções para pagamento de pessoal ou de custeio em geral ou de 
capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de 
participação acionária. O RREO será elaborado e publicado pelo Poder 
Executivo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. O 
RREO deverá ser assinado pelo Chefe do Poder Executivo que estiver 
no exercício do mandato na data da publicação do relatório, ou por 
pessoa a quem ele tenha legalmente delegado essa competência, 
qualquer dos dois deve fazê-lo em conjunto com o profissional de 
contabilidade responsável pela elaboração do relatório. 
Utilizando de tais instrumentos, a pesquisa fez a seleção de tais indicadores que 
colaboraram para o alcance dos objetivos. Esse processo de seleção de dados será 
detalhadamente demonstrado no item 3.4. 
3.4 Procedimentos de coleta e de análise de dados 
Utilizando de dados tabulados pelo sistema online que são informações sobre a saúde, a 
pesquisa buscou analisar o conteúdo para filtrar as informações que fossem relevantes 
aos objetivos que se propôs a alcançar. Mas primeiro, foi necessário que se buscassem 
esses dados brutos online. Esse processo foi feito da seguinte forma. 
Primeiro, com acesso ao portal do SIOPS, clicava-se no ícone “indicadores”, seguindo 
para os municipais para ter acesso aos indicadores por ente federado, selecionando 
todos, copiando e colando esses dados no programa Microsoft Excel 2010 para 
prosseguir o tratamento. Teve-se acesso aos dados RREO pelo ícone “demonstrativo” 
escolhendo da mesma forma os demonstrativos municipais e copiando as tabelas para 
tratamento no Excel. 
13
13 
 
 
Feito o tratamento segundo o propósito de alcançar os objetivos específicos foram 
usadas as tabelas que passavam as informaçõesmais sucintas, de forma a facilitar a 
leitura e o entendimento a primeira vista a todos, mesmo que não sejam conhecedores 
do sistema. 
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS 
A partir dos instrumentos, técnicas e dados brutos apresentam-se neste item os 
resultados adquiridos na análise de dados das tabelas adquiridas no sistema SIOPS e 
filtradas de acordo com os objetivos da pesquisa. Em casa ponto primeiro é apresentado 
cada objetivo específico seguindo a ordem cronológica na qual esses objetivos estão 
dispostos. São apresentadas as tabelas que contendo os dados que possibilitam o 
alcance daqueles objetivos e posteriormente a cada tabela analisada e é comentado um 
pouco sobre os dados nela contidos. 
 Identificar se o percentual constitucional dos recursos próprios aplicados na saúde 
está sendo cumprido; 
Como a lei exige que o município aplique no mínimo 15% de sua receita total na área de 
saúde. Percebe-se na tabela que o município de Unaí tem cumprido sua obrigação 
quanto aos percentuais mínimos a serem a aplicados na área da saúde. 
 Inferir sobre as despesas com saúde por habitante/ano, com medicamentos e 
pessoal; 
 
Tabela 2: Indicadores de despesa por: Habitante/ano; com pessoal; com medicamentos 
Fonte: SIOPS 
A partir desses dados verifica-se um gasto muito pequeno com medicamentos, em vista 
do alto gasto com funcionários da saúde. Nota-se também uma brusca queda na despesa 
3.2 
Participação da receita própria aplicada em Saúde 
conforme a LC141/2012 
29,01% 28,06% 27,58% 23,84% 
Tabela 1: Indicadores por ente federado de cumprimento do percentual legal 
Fonte: SIOPS 
 
 
 
Fonte: SIOPS 
2013 2012 2011 2010 
2.1 
Despesa total com Saúde, em R$/hab., sob a 
responsabilidade do Município, por habitante. 
R$ 
383,95 
R$ 
475,05 
R$ 
404,49 
R$ 
353,93 
2.2 
Participação da despesa com pessoal na despesa 
total com Saúde 
79,28 % 81,99 % 80,34 % 76,98 % 
2.3 
Participação da despesa com medicamentos na 
despesa total com Saúde 
0,73 % 0,81 % 1,67 % 0,01 % 
14
14 
 
 
por Habitante/ano no ano de 2013, depois de uma crescente nos três anos anteriores a 
esse. 
 Descrever a aplicação dos recursos financeiros por subfunções vinculadas (Atenção 
Básica, Assistência Hospitalar e Ambulatorial, Suporte Profilático e Terapêutico, 
Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Alimentação e Nutrição). 
DESPESAS COM 
SAÚDE 
(por subfunção) 2010 
DESPESAS EXECUTADAS (7) 
LIQUIDADAS Jan a 
Dez (d) 
INSCRITAS EM RESTOS A PAGAR 
NÃO PROCESSADOS (e) 
% 
((d+e)/c) 
Atenção Básica 6.621.562,64 230.301,12 25,08 
Assistência Hospitalar e 
Ambulatorial 
12.534.992,92 111.409,73 46,29 
Suporte Profilático e 
Terapêutico 
2.080.816,62 90.103,23 7,94 
Vigilância Sanitária 299.157,06 3.462,30 1,1 
Vigilância 
Epidemiológica 
1.018.141,94 67.812,11 3,97 
Alimentação e Nutrição 0 0 0 
Outras Subfunções 4.205.314,80 54.156,56 15,59 
TOTAL 26.759.985,98 557.245,05 100 
Tabela 3: Despesas com saúde por subfunção 2010 
Fonte: SIOPS 
 
DESPESAS COM SAÚDE 
(por subfunção) 2011 
DESPESAS EXECUTADAS (5) 
LIQUIDADAS 
Jan a Dez (d) 
INSCRITAS EM RESTOS A 
PAGAR NÃO PROCESSADOS (e) 
% ((d+e) 
/c) 
Atenção Básica 7.111.527,53 10.550,43 23,07 
Assistência Hospitalar e 
Ambulatorial 
14.650.932,69 14.683,61 47,5 
Suporte Profilático e 
Terapêutico 
2.319.445,85 22.455,33 7,58 
Vigilância Sanitária 298.144,25 725,83 0,96 
Vigilância Epidemiológica 1.103.429,28 2.685,69 3,58 
Alimentação e Nutrição 0 0 0 
Outras Subfunções 5.269.750,21 64.179,67 17,27 
TOTAL 30.753.229,81 115.280,56 100 
Tabela 4: Despesas com saúde por subfunção 
Fonte: SIOPS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15
15 
 
 
DESPESAS COM SAÚDE 
(por subfunção) 2012 
DESPESAS EXECUTADAS (5) 
LIQUIDADAS 
Jan a Dez (d) 
INSCRITAS EM RESTOS A PAGAR 
NÃO PROCESSADOS (e) 
% 
((d+e)/c) 
Atenção Básica 8.311.736,06 728.255,87 24,08 
Assistência Hospitalar e 
Ambulatorial 
16.249.365,82 211.377,41 43,85 
Suporte Profilático e 
Terapêutico 
2.560.162,28 27.485,46 6,89 
Vigilância Sanitária 341.252,26 2.897,04 0,91 
Vigilância Epidemiológica 1.498.634,92 22.535,21 4,05 
Alimentação e Nutrição 0 0 0 
Outras Subfunções 7.543.990,98 32.643,19 20,18 
TOTAL 36.505.142,32 1.025.194,18 100 
Tabela 5: Despesa com saúde por subfunção 2012 
Fonte: SIOPS 
 
DESPESAS COM SAÚDE 
(Por Subfunção) 
DESPESAS EXECUTADAS 
Liquidadas Até o 
Bimestre (l) 
Inscritas em Restos a Pagar 
não Processados (m) 
% 
/ total 
(l+m)]x100 
Atenção Básica 8.530.514,80 446.627,97 22,54 
Assistência Hospitalar e 
Ambulatorial 
19.892.551,14 879.583,56 52,17 
Suporte Profilático e 
Terapêutico 
191.408,00 0 0,48 
Vigilância Sanitária 384.985,81 26.799,18 1,03 
Vigilância Epidemiológica 1.799.993,34 120.012,13 4,82 
Alimentação e Nutrição 0 0 0 
Outras Subfunções 7.403.634,99 143.044,66 18,95 
TOTAL 39.819.155,58 100 
Tabela 6 Despesa com saúde por subfunção 2013 
Fonte: SIOPS 
Analisando as tabelas retiradas do RREO no SIOPS, percebe-se que as subfunções nas 
quais mais se tem ações de saúde são primeiro a de assistência hospitalar, e segundo a 
de atenção básica. Em terceiro lugar estão as ações de suporte terapêutico e profilático, 
seguidas pelas ações de vigilância epidemiológica. Verifica-se também um almente 
crescente dos gastos totais por subfunções vinculadas em todos os quatro anos, partindo 
de uma despesa de R$26.759.985,98 no ano de 2010 à despesa total de 
R$39.819.155,58, um aumento de R$13.059.169,60. 
 
 
 
16
16 
 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Com base nos dados que foram expostos, o que se conclui ao identificar se o percentual 
constitucional dos recursos próprios aplicados na saúde está sendo cumprido. Percebe-
se na Tabela 7 que o município de Unaí tem cumprido com sua obrigação quanto aos 
percentuais mínimos a serem a aplicados na área da saúde. Que são de acordo com a 
Lei Complementar nº 141/2012 no mínimo 15 % de sua receita total na área de saúde. 
Quanto ao segundo objetivo especifico que foi inferir sobre as despesas com saúde por 
habitante/ano, com medicamentos e pessoal. A partir dos dados da Tabela 8 verifica-se 
um gasto muito pequeno com medicamentos, em vista do alto gasto com funcionários da 
saúde. Nota-se também uma brusca queda na despesa por Habitante/ano no ano de 
2013, depois de uma crescente nos três anos anteriores. A conclusão quanto a isso é 
que a alta porcentagem da despesa com funcionários impede que tal capital seja 
empregado em outra melhora qualquer do sistema. Implicando assim apenas numa 
manutenção da situação que já possui frequentes dificuldades monótonas. 
Então, após ter analisado as tabelas retiradas do RREO no SIOPS, percebe-se que as 
subfunções nas quais mais se tem ações de saúde são primeiro a de assistência 
hospitalar, e segundo a de atenção básica. Em terceiro lugar estão as ações de suporte 
terapêutico e profilático, seguidas pelas ações de vigilância epidemiológica. Verifica-se 
também um aumento crescente dos gastos totais por subfunções vinculadas em todos os 
quatro anos, partindo de uma despesa de R$26.759.985,98 no ano de 2010 à despesa 
total de R$39.819.155,58. Um aumento de mais de 13 milhões de reais. 
Apesar de haver um crescimento nos valores investidos nas questões de saúde, ainda há 
muito que melhorar. Podem ser observados os altos gastos com pessoal, que poderia 
haver meios de fiscalização dos gastos para que alguns setores não recebam mais 
investimentos que o necessário, para que haja mais recursos para investir na 
infraestrutura, beneficiando assim os usuários do SistemaÚnico de Saúde. 
Destarte é possível entender que a problemática obteve sua resposta utilizando dos 
dados buscados pelos objetivos da pesquisa, utilizando-se dos dados mais relevantes e 
dos suportes legais do qual qualquer pessoa tem o poder para pesquisar e se efetivar 
como cidadão ativo e participante. 
Cabe então à população que é a principal parte interessada nessa pesquisa ter mais 
preocupação com a forma que repasses financeiros estão sendo aplicados para que haja 
um resultado satisfatório dos serviços prestados pelo SUS. 
17
17 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico: 
elaboração de trabalhos na graduação. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
BRASIL. CONASS. Gestão Administrativa e Financeira do SUS. 1. ed. Brasília: 
CONASS, 2011. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 
DF: Senado, 1988. 
BRASIL. Diário Oficial da União. Lei 8142/90. Dispõe sobre a participação da 
comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências 
intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. 
Brasília DF, 28 de dezembro de1990. 
BRASIL. Emenda Constitucional nº 29, de13 de setembro de 2000. Altera os art. 34, 
35, 156, 160, 167 e 198 da Constituição Federal e acrescenta artigo ao Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias, para assegurar os recursos mínimos para o 
financiamento das ações e serviços públicos de saúde. Diário Oficial da União, Brasília, 
13 de setembro de 2000. 
BRASIL. Lei n.º 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a 
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos 
serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 
20 set. 1990. p. 018055. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.349, de 10 de outubro de 2012. Estabelece 
o repasse anual fundo a fundo para a estruturação e implementação das ações de 
Alimentação e Nutrição no âmbito das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde com 
base na Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Diário Oficial da União: 10 de 
outubro de 2012. 
BRASIL. Ministério da Saúde; Departamento Nacional De Auditoria – DENASUS. Manual 
de Auditoria na Gestão dos Recursos Financeiros do SUS. Brasília, 2004. 
CESMG, Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais. Legislação do Sistema Único 
de Saúde. 9. ed. Belo Horizonte: SES, 2013. 
GOVERNO DE MINAS. Manual para o gestor Municipal de Saúde 2009. Edição Única. 
Belo Horizonte, 2009. 
18
18 
 
 
LYRA FILHO, Roberto. O Que é Direito. 11. ed. São Paulo: editora brasiliense, 2000. 
MINAS GERAIS. Ministério do Estado da Saúde; Ministério do Estado da Educação. 
Portaria interministerial nº 1.010, de 8 de maio de 2006. Institui as diretrizes para a 
Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas de educação infantil, fundamental e 
nível médio das redes públicas e privadas, em âmbito nacional. Diário Oficial da União: 8 
de maio de 2006. 
MINAS GERAIS. Ministério Estadual da Saúde. Portaria nº 204/GM, de 29 de Janeiro 
de 2007. Regulamenta o Financiamento e a Transferência dos Recursos Federais para 
as ações e serviços de Saúde, na forma de blocos de financiamento, com o respectivo 
monitoramento e controle. Belo Horizonte: 29 de Janeiro de 2007. 
MINAS GERAIS. Ministério Estadual de Saúde. Portaria GM/MS 399, de 22 de fevereiro 
de 2006. Divulga o pacto pela saúde2006- Consolidação do SUS a aprova diretrizes 
operacionais do referido pacto. Belo Horizonte: 22 de fevereiro de 2006. 
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de Metodologia Científica: Projetos de Pesquisas, 
TGI, TCC, Monografias, Dissertações e teses. 2. Ed. São Paulo: Pioneira Thompson 
Learning, 2002. 
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Relatório de levantamento – FiscSaúde TC nº 
032.624/2013-1. Disponível em <www.portal2.tcu.gov.br> Acesso em: 15/11/2014. 
	1 INTRODUÇÃO
	2 REFERENCIAL TEÓRICO
	2.1 Das Leis
	2.2 Financiamento Público da Saúde
	2.3 Despesas com saúde por habitante/ano
	2.4 Despesa com Pessoal
	2.5 Blocos de Financiamentos
	2.6 Bloco Atenção Básica
	2.7 Assistência Hospitalar e Ambulatorial
	2.8 Vigilância em Saúde
	2.9 Alimentação e Nutrição
	2.10 Suporte Profilático e Terapêutico
	3 METODOLOGIA
	3.1 Tipo e descrição geral da pesquisa (técnicas de pesquisa ou estratégias escolhidas para coletar os dados)
	3.2 Caracterização da organização, setor ou área do objeto de estudo
	3.3 Instrumentos de pesquisa
	3.4 Procedimentos de coleta e de análise de dados

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