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Escolas Penais
As escolas penais são escolas que tinham concepções diferentes sobre a esfera penal. No entanto dividem - se em três escolas. São elas: Escola Clássica, Escola Positiva e Escola Eclética.
A Escola Clássica
Sua principal característica é o seu pensamento ser individualista e extremamente burguês. Seu ideal perdurou por mais de um século, e quando houve a necessidade de um combate mais eficiente do crime, deixou de atender as necessidades da sociedade.
Os pensadores desta escola apresentavam linhas de racíonio distintas entre si e, no entanto interligadas e coerentes entre si sobre determinados temas.
A definição de crime da escola penal em evidência mostra – se como sendo um ente jurídico acima de tudo. A responsabilidade penal é fundamentada no livre-arbítrio, na vontade de praticar o crime. A pena é o mal justo ¾ necessário ¾ que se contrapõe ao mal praticado pelo criminoso.
O seu principal pensador é Cesare BECCARIA, seu principal escrito data do ano de 1764 e denomina - se Dos delitos e das penas fundamentado na teoria do contrato social, reivindica um Direito Penal que contenha leis claras e precisas, para que o povo possa entendê-las, um juiz que somente a aplique, o fim da tortura, das penas cruéis, da pena de morte. A responsabilidade penal deveria ser medida pelo dano causado à sociedade, e não pela intenção. Seu pensamento é um grito de revolta contra os absurdos que permeavam o ordenamento jurídico de sua época, pois representa um desejo de justiça e humanidade.
A Escola Positiva
O enfoque principal é a investigação científica do crime, passando deste modo a ser amparada por profissionais da área médica (psicólogos, psiquiatras e médicos de hospícios), esta nova maneira de analisar o crime irá originar as ciências criminais.  
Os autores dessa escola propuseram-se a considerar o criminoso de acordo com sua realidade biológico-social, a encarar o crime como um fato determinado por fatores sociais, biológicos e antropológicos, a responsabilidade penal como uma responsabilidade social e a pena como um instrumento de defesa social, pois passaram a levar em conta a periculosidade criminal do agente.
Os principais pensadores da escola positiva são Cesare Lombroso que considerava que o criminoso já nasce assim, Henrique Ferri sendo este o criador da Sociologia Criminal e Garofalo que considerava que o caráter criminoso é determinado por uma anomalia moral, e não orgânica
A Escola Eclética
A escola eclética primava pela conciliação das ideologias das escolas anteriores, ou que deram seguimento ao classicismo aceitando pensamentos do positivismo.
A primeira escola eclética surge na Itália, a “terza scuola”, principais pensadores CARNEVALE, ALIMENA e IMPALLOMENI. Para essa escola a responsabilidade moral tinha uma importância fundamental na responsabilidade penal, mas não o livre-arbítrio. O crime é um fenômeno social e individual e a finalidade da pena é a defesa social.
A escola fundada por VON LISZT, a escola moderna da Alemanha, é uma das mais importantes da corrente eclética. VON LISZT defendia a pena como uma defesa social, assim como a escola clássica. Segundo ele, não existe criminoso nato, mas por trás dele há uma realidade social (condição social), humana e econômica. A diferenciação entre imputável e inimputável não está no critério do livre-arbítrio, mas na normalidade de determinação do sujeito.

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