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HOBSBAWM - Cap.12

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Hobsbawm
A reunião dos estados independentes causava preocupação, pois se tornavam maiores demograficamente e poderia exercer pressão coletivamente. A partir da década de 1940 a taxa de mortalidade caiu nos países pobres e a de natalidade continuou a crescer, isso devido aos avanços na medicina e na tecnologia, permitindo maior produção de remédios. O PIB, em contrapartida, não cresce no mesmo ritmo, pois tem-se uma maior parte da população que é menor de 15 anos ainda, logo não podiam produzir e colaborar com o PIB.
Os países surgidos no pós-guerras acabavam por adotar sistemas políticos derivados de seus antigos impérios ou colonizadores, poucos adotaram o modelo soviético. A predominância de regimes militares ou a tendência de neles cair unia os Estados de Terceiro Mundo – de esquerda ou de direita politicamente.
Após conseguirem independência, os estados planejaram metas muito altas de desenvolvimento que não condiziam com suas condições. Isso só piorou sua situação, ainda mais pela falta de profissionais qualificados em vários setores. A intenção do governo militar era a de primeiro organizar o país e depois entregar a um governo civil – mas na maioria dos casos falhava e sob ameaça de um governo comunista, ganhava logo o apoio dos EUA.
Depois de um tempo, na segunda metade do sec.XX os governos militares começaram a ter maior participação politica e a se planejar mais – com real interesse em desenvolver uma ciência politica.
O nacionalismo e o anti-imperialismo pediam políticas menos dependentes dos velhos impérios e a URSS era um modelo alternativo. Muitos queriam desenvolver a indústria ou pelo planejamento centralizado ou pela substituição de importações – o que exigia uma ação maior do Estado. Queriam controlar e desenvolver seus recursos naturais.
Os habitantes dos países pobres passavam fome, a pressão sobre o campo se tornava maior. Essas pessoas haviam aprendido ao longo do tempo que a solução para o desenvolvimento econômico não os interessava quando vinda de fora. 
Quem tem um bom ensino, consegue cargos bem remunerados. Porém, nem todos tem acesso a esse ensino. A migração do campo para a cidade mostra a busca por melhores condições de vida, educação, emprego. Após a década de 60 a população latino-americana passou a ver a com bons olhos a política de desenvolvimento econômico, a “reforma agrária” era um tema que os atraia. Varias países passaram por reformas agrárias no pós segunda guerra mundial. Desde a segunda guerra mundial, a produção agrícola aumentou, porém o numero de agricultores diminuiu. Os grandes proprietários produziam mais. Defender a manutenção de um grande campesinato é não econômico.
A defesa da Reforma agraria estava na igualdade, que era maior nos países mais desenvolvidos do que nos do Terceiro Mundo – com exceção dos países asiáticos que passaram por uma reforma agraria.
O termo Terceiro Mundo foi cunhado em 1952 em contraste com o Primeiro Mundo dos países capitalistas desenvolvidos e o Segundo Mundo dos países comunistas desenvolvidos. Todos os de Terceiro Mundo, embora tivessem particularidades, eram pobres, dependentes e todos queriam se desenvolver. 
“... Quando a grade de ferro da Guerra Fria se abateu sobre o globo, todos que tinham alguma liberdade de ação queriam evitar juntar-se a qualquer um dos dois sistemas de aliança, isto é, queriam manter-se fora da Terceira Guerra Mundial que todos temiam.”
(HOBSBAWM, 1994, p.350)
Mas isso não quer dizer que não aderiam a nenhum dos dois sistemas. Os Estados envolvidos em Bandung não desejavam nenhuma guerra entre as grandes potencias, pois se esta ocorresse, o território afro-asiático seria preferível.
Na década de 70, tornou-se evidente que nenhum nome ou rótulo individual podia cobrir adequadamente um conjunto de países cada vez mais divergentes. Apenas era útil para diferenciar os países ricos dos pobres, ou os países do Norte e os países do Sul. O triunfo da OPEP em 1973 tornou alguns Estados do Terceiro Mundo muito mais ricos, principalmente aqueles com pequena população. Outros se industrializavam e entravam no grupo do Primeiro Mundo, embora ainda continuassem pobres. Na década de 70 começava a se falar de uma nova divisão do trabalho, parte da produção do Velho Mundo industrial era produzida no Segundo e Terceiro Mundo, até mesmo alguma transferência de pesquisa e desenvolvimento. Isso também se deveu a esforços dos países de Terceiro Mundo para se industrializarem.
A medida que cresciam as divisões entre os pobres, o numero de turistas no Terceiro Mundo aumentava e o número de pessoas do Terceiro Mundo que migravam para países mais ricos também. A maior parte das causas eram: perseguição política ou étnica, guerra e guerra civil, fome. Alguns países incentivavam a imigração enquanto outros países de Primeiro Mundo não os desejavam por conta da forte xenofobia.
Com a globalização da economia capitalista muita gente do campo migrou para as cidades, formando favelas. Alguns se envolvendo em algum tipo de economia informal que não entra nas estatísticas oficiais.
“Revolução Verde” -> [?]
O campo estava sendo transformado, mas essa transformação dependia da civilização das cidades e suas indústrias. Conforme se industrializavam, era natural que tais países criassem classes operárias que exigissem direitos trabalhistas e sindicatos. O que representava uma preocupação para as multinacionais e demais empresas de fora.

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