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Como se faz a Monografia

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COMO SE FAZ UMA MONAGRAFIA 
Pesquisando e Apresentando 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PPRR.. JJOOSSÉÉ MMIIGGUUEELL MMEENNDDOONNZZAA AAGGUUIILLEERRAA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PPRROOIIBBIIDDOO SSUUAA RREEPPRROODDUUÇÇÃÃOO SSEEMM AAUUTTOORRIIZZAAÇÇÃÃOO 
 DDOO AAUUTTOORR // AAPPOOSSTTIILLAA 
 
 
2009 
IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO 
 
Certa vez, alguns anos passados, quando cursava a faculdade teológica, 
soube dum fato extremamente curioso. Certo concílio reunido para o exame de 
um candidato ao ministério, questionou através do seu examinador à respeito 
da história dos batistas. O examinador o inquiriu: Por favor, fale sobre os 
Anabatistas. Educadamente o candidato respondeu: Peço desculpas, mas eu 
não conheço “essa senhora”. 
Este episódio um tanto jocoso, sublinha um inconteste fato: nem sempre 
trazemos em nossa mente, duma forma clara, determinados conceitos, alguns, 
inclusive, relacionado com a nossa história ou ainda vocação ministerial. 
Acrescento ainda que, numa pesquisa no primeiro semestre de 1991, na 
faculdade Teológica Batista de São Paulo, com os alunos de 3º e 4º ano desta 
casa, apresentou alguns números sintomáticos. Vejamos: 
33% escolheram a FTBSP, por “motivo desconhecidos”, isto é, por 
aqueles que não estavam relacionados na pesquisa. 
30% consideram um bom curso; 
56% o curso não atende as expectativas do aluno; 
79% não receberam uma informação adequada ao seu plano de ação 
que será desenvolvida após o curso; 
50% deixa a desejar na seriedade com que realiza o curso 
20% não levam o curso a sério 
Este número indicam sem dúvidas uma única coisa: estamos mal na 
educação teológico e o futuro das Igrejas não é nada promissor nas mãos 
daqueles que foram informados (faculdade/seminários não-formam) durante 
pelo menos 04 anos. Sem dúvidas que há necessidade de reformulação, mas, 
enquanto esta não chega, a minha recomendação é esta: FFAAÇÇAA VVOOCCÊÊ OO SSEEUU 
CCUURRSSOO e torne-se um “sanguessuga” naqueles dos quais é possível apreender, 
mas não numa” pedagogia precipitada”, que é aquela que ensinaria a repetir, 
senão naquele que você “aprenderia a apreender”. O seu esforço esteja neste 
tipo de aprendizagem, independente do plano da realidade (teoria/prática) e ao 
mesmo tempo recebe o incentivo participar da graça de Deus. 
Possivelmente a ausência do “ apreender a apreender” seja uma das 
razões mais decisivas da notável perda da fé de muitos, do florescimento dos 
“homens fraudulentos” e de todo tipo de ventos de doutrinas”, já advertidos 
pelo apóstolo Paulo. Faz-se necessário, de mestres ou ainda de pastores – 
mestres (na linguagem bíblica) que saibam fazer nascer e crescer nos homens 
a experiência do espírito, e que os guiem depois por esse caminho. 
É nesta inquietação que me debruço para estimular à “pesquisa criativa”, 
e não à uma “pesquisa – papagaio”, pois ao findar o curso de teologia, o aluno 
descobrirá, possivelmente, se este for honesto que, ao sair da faculdade 
continua rumo à formação tão desejada. Assim quero ajudar e contribuir com 
seu esforço, para que se torne alguém que aprendeu a andar sozinho, e que 
descobriu “pérola” preciosa no mundo “misterioso” e tríplice na relação: DEUS 
– HOMEM – MUNDO. 
É nesta relação tríplice que o estudante de teologia se envolve. 
Aqui se dá a teoria e a prática. Ambas se ajuntam perfeitamente, pois 
refletir num dos elementos da tríade, sem influencia – refletir – reflexionar – 
outros não é criatividade, senão que é, inamobilismo. Assim a teologia, 
inscreve – se dentro de um busca de sentido para a existência humana. O 
diálogo que desemboca numa problemática teológica leva sempre dentro de si, 
de maneira consciente ou inconsciente, um elemento de crise existencial. 
Isto leva o estudante a se aperfeiçoar na “arte” de ajudar o homem a ser 
homem, num mundo seriamente perturbado, pois lhe falou 
significativamente de Deus. (Cf. SEGUNDO, Juan Luiz. O Dogma que 
Liberta. P. 7-43). 
Concluímos que na relação triadica se dá a importância da “pesquisa – 
monografia – criativa”, independente da área em que o aluno deseja a sua 
concentração ou especialização. Nenhuma área do curso teológico deve ser 
escolhida ou servir de “escape” para um não – enfraquecido com o “problema” 
/ do trabalho monográfico. Pois todas às áreas preocupam – se com a 
compreensão de mensagem cristã, com o objetivo de viver e aplicar e viver 
num compromisso dentro e com a comunidade eclesiástica que está inserida 
no mundo. Assim que a escolha da especialização pautada pela “fuga” ou pela 
“facilidade” (se existir?!) da área, mácula àquela que o vocacionou. 
Finalizando, esta apostila, ou roteiro, ou ainda qualquer outro nome que 
seja dado a esta contribuição, tem o propósito de estimular – ajudar o aluno a 
“apreender a apreender” quebrando desta forma o “sigilo bancário” tão comum 
no mundo da pesquisa, e ao mesmo contraditório. Para concepção “bancaria”, 
“a educação é o ato de depositar, de transferir, de transmitir valores e 
conhecimentos”, tornando o educando em “objetivos – passivos” que escutam 
dificilmente o educador baseado na sua autoridade, tornando – se assim “o 
sujeito do processo”. (Cf. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. P. 59). 
Ainda oferecemos orientações para a apresentação monográfica sem 
cairmos nos tecnicismo. Evitamos os detalhes para nos fixar nas colunas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PPRROOBBLL EEMM AA QQUUEE OO EESSTTUUDD AANNTTEE EENNFFRREENNTTAA 
 
Não Podemos negar às dificuldades que todo estudante enfrenta, e, 
especialmente àqueles que desejam um aprofundamento maior em 
determinados assuntos ou ainda àqueles que simplesmente desejam cumprir 
às suas obrigações curriculares, embora que, esta última, não deve ser a 
motivação para a “arte de apreender” ou pesquisar, ou ainda de “criar”, e criar 
“Não é retirar do nada”, pois “é o processo de digestão própria. 
‘’Podemos enumerar algumas destas dificuldades: 
1. BBRREEVVIIDDAADDEE DDOO CCUURRSSOO: poucos alunos estão preocupados com a 
qualidade do tempo que levarão para se formar ou informar. A grande maioria 
sentem uma necessidade compulsória de terminar o curso em 4 anos. Outros 
até “enlouquecem” para fazer o curso “supletivamente” (em menos tempo do 
exigido) sem dúvida que um estudante de tempo integral, deverá cumprir às 
suas obrigações e exercer uma maior disciplina do seu tempo. Mas, ninguém 
deve procurar atalhos para encurtar o “caminho do canudo”, as vezes os 
atalhos são desconhecidos e produzem mais desgastes do que o normal e 
ainda por ser atalho leva a conotação de perigo. 
A possível solução para esta questão, esteja no pensamento que 
encerra uma determinada história, que eu devo Ter lido nalgum lugar. Conta-se 
que, um afoite candidato ao seminário, chegou ao gabinete do Diretor e disse: 
Sr. Diretor, preciso me preparar para a obra do Senhor, pois o mundo está 
perecendo, e há uma necessidade de que a palavra de Deus seja pregada, 
etc., e por isto, eu desejo me preparar em 6 meses. O velho Diretor coçou sua 
barba branca, fitou os olhos no candidato e disse: “Meu filho, você é que 
escolhe. Deus faz uma abóbora em 6 meses e um simples verme ou uma 
pouco mais de água ela apodrece, mas, Deus também faz um carvalho em 100 
anos e é uma árvore difícil de derrubar. A escolha é sua”. Isto mesmo, a 
escolha é sua. Pense que trabalhará com vidas, que além de serem imagem e 
semelhança de Deus, o Filho morreu por eles, é isto precioso. 
2.. OO MMUUNNDDOO QQUUEE NNOOSS RROODDEEIIAA:: O estudantetem um relacionamento 
social. Ele está envolvido em determinado grupos, além da escola: Família, 
Igreja, Trabalho, etc. 
2.1. FFAAMMÍÍLLIIAA: mesmo os solteiros sofrem uma “pressão” das famílias e 
ainda mais se estas não são convertidas. Que diremos, pois, dos casados, 
especialmente diante da advertência de Paulo ao jovem Timóteo: “...deve ser 
capaz de governar bem a sua própria família ...”, A questão é: quem deve 
sofrer o maior desgaste: a família? O curso? Ou ele próprio?, a Igreja. 
Talvez o caminho seja diminuir o lazer (que também é importante) e 
tornar-se mais disciplinado em determinar áreas que “escapam ao nosso 
controle”, especialmente na distribuição do tempo. O tempo na Igreja ou 
dedicação a mesma deve ser disciplinado e não exagerado, pois muitas vezes, 
se percebe que o estudante esta envolvido em “perda de tempo” em vez de 
usar o tempo. Uma explicação “preventiva – orientadora” com a família e filhos, 
se houverem. Sempre haverá uma solução. Fazer ligação curso – igreja. Isto 
significa aproveitar as tarefas do seminário na igreja ou ainda, direcionar o meu 
curso (tarefa, serviço, etc.) em benefício da igreja e não em detrimento da 
mesma. 
2.2. IIGGRREEJJAA: Há uma cobrança sobre aqueles que se dizem ser 
vocacionados. Mesmo antes de serem “abóboras”, estão desejado transformá-
los em “doces” ou usar os “carvalhos” para o fogo ou a construção. Maior é a 
cobrança se há bolsa de estudos envolvidas. As igrejas precisam ser 
orientadas para que o estudante não se torne um Co–pastor antes do tempo. 
Pois no futuro sempre será alguém frustado, pois não conseguiu usufruir do 
curso como desejava e no campo envolvido com a obra o tempo se lhe escapa. 
Deve ser indicado que o melhor formula é acomodação de horários ou 
atividades. Tanto nas exigências da escola como da Igreja. Ambas devem ser 
“PPAARRCCEERRIIAASS”” na formação do estudante e não “quem sugar mais”. 
2.3. EESSCCOOLLAA:: a própria filosofia da escola, muitas vezes, leva ao 
crescimento. A ausência de “exigências” para tornar o aluno mais criativo, o 
leva a tornar-se um mero “papagaio” do que um “João de barro” da teologia ou 
do ministério. A simples “cópia” ou “provas” de certo ou errado ou múltipla 
escolha, não desperta o aluno para o empreendimento de fazer – teologia – 
prática. 
Numa reformulação da filosofia da educação teológica, deve ser 
observada a necessidade do povo, muito mais do que a “conservação” de um 
determinado “status quo”. Em termos cotidianos, pesquisa não é ato isolado, 
intermitente, especial, mas atitudes processual de investigação diante do 
desconhecido e dos limites que a natureza e a sociedade nos impõe. Mas 
enquanto esta reformulação não chega, o estudante deve estar numa 
constante renovação de horizontes e na abertura de novos horizontes. 
2.4. SSEERRVVIIÇÇOO: a mensalidade, a vida a ser sustentada, etc. Obriga o 
estudante a procura do seu serviço e sustento. No deslocamento do lar ao 
serviço e deste a escola e no retorno à casa, são gastas horas que poderiam 
ser melhor investidas .Na crise econômica dos últimos dias não importa a 
distância, ou até o tipo de emprego, pois, a necessidade de sobrevivência é um 
imperativo moderno que sobrepuja o direito a vida. 
Achar soluções a este problema, talvez seja o caminho dos mais difíceis. 
Sem nos tornar fideista ao extremo, devemos considerar nesta vocação a 
provisão de Deus, mas também esta não substitui a disposição do homem. Isto 
inclui, horas a menos do sono, no lazer, “na perda de tempo” ou em saber 
“aproveitar o tempo pós os dias são maus”. Recomendaríamos leituras de 
livros na área de administração de empresas, com a devida e inteligente 
aplicação ao mundo “prático – teológico”. 
3. TTEEMMPPOO: embora já tenha sido abordado algum aspecto em relação ao 
assunto, ainda podemos ampliar a questão. Sem dúvidas que o estudante é um 
desperdiçador do tempo, não é uma questão pela qual ele opta, mas sempre 
foi induzido a isto. Lamentavelmente, ele não sabe canalizar este elemento 
fundamental do dia a dia duma forma positiva e construtiva. Sempre há um 
espírito de negação ao fator tempo, é isto é visto em expressões tais como: 
não tenho tempo” “o meu tempo é pouco”, não vai dar tempo”. Isto nada mais 
é, do que um reflete da vida negativa em que muitos estão inseridos, e isto não 
é só os estudante, mas é na Igreja, no mundo em geral. 
O que temos visto é “tempo jogado fora”, mas este jogar fora é duma 
forma negativa, pois considero a existência de um “tempo jogado fora” duma 
forma construtiva. Muitos poderão pensar que a idéia aqui estimulada é viver 
numa “prisão” cujo guarda é um esquema rígido de horário. Se isto lhe satisfaz 
e é válido, não o desvalorizo. Mas nosso contexto devemos saber tirar proveito 
até daquele “tempo jogado fora”. O tempo é dinheiro, dizia Benjamim Franklin. 
Mas não é esta ênfase que quero dar, mas, dizer que o tempo é um 
investimento em vida de qualidade. Podemos e devemos Ter, tempo para: o 
lazer, jogar tempo fora, trabalhar, adorar, estudar, etc. Mas tudo isso, visando 
“qualidade, a qual se alcança com objetividade. 
Como solucionar ou indicar um bom uso do tempo? Não serei eu que 
darei a formula mágica, a qual resolverá esta questão. Pois ela não existe. 
Cada um deve vivenciar o seu contexto procurando aplicar um bom 
investimento do tempo, sem cairmos na “neurose do tempo”. Se é válido 
disciplinar-se com horários afixados nas paredes, agendar, cadernetas, vai e 
faz...Se é válido estar na fila do banco, INPS, ônibus, com um bom livro, vai faz 
o mesmo. Mas uma recomendação particular ao estudante, nunca deixe as 
coisas para o último. Particularmente dava-se o “prazer de matar” praticamente 
o último mês do semestre, curtindo a vida, pois NNUUNNCCAA DDEEIIXXEEII OO TTRRAABBAALLHHOO PPAARRAA 
ÚÚLLTTIIMMOO MMÊÊSS OOUU SSEEMMAANNAA. Veja se livre do peso antes do tempo exigido. Você 
pode é só você querer. 
4. IINNAABBIILLIIDDAADDEE: sempre há uma pergunta em relação ao, como fazer? Ao 
enfrentar um “novo” mundo da faculdade, se o estudante não freqüentou outra, 
depara-se com algo do qual desconhece às exigências. As exigências 
curriculares trazem um pedido de pesquisa ou de monografia. Mesmo o aluno 
que freqüentou outra faculdade, sente que há “algo” estranho neste que fazer 
teologia. O aluno, de certa maneira, é desafiado a “professar sua fé”. Logo ele 
se sente desmotivado e inabilitado para a pesquisa, para a leitura, para 
datilografar. Muito se esconde atrás da inabilidade, trancam as matérias e 
ainda “fogem” de determinados professores. É muito mais fácil dizer: não sei 
fazer, do que ao menos desejar tentar fazer. 
A melhor solução para isto é, comparar esta inabilidade à inabilidade 
que se tinha para andar de bicicleta: tentar mesmo caindo. 
5. MMEEDDOO: este aspecto é observado de vários ângulos, tais como: a nota, 
que é a preocupação máxima e não o fato de se o aluno está aprendendo. O 
medo da avaliação, leva a muitos até a “copia” ou “cola” de trabalhos, ou de 
páginas inteiras de livros, os quais são considerados “bons”. Este medo causa 
uma “fobia” da originalidade, evidente que não no seu sentido pleno, mas no 
aspecto de esforço de “digerir”, do “apreender a apreender”. Outro aspecto do 
medo é a qualificação, isto significa ou ainda leva ao aluno a, repetir ou 
concordar com aquilo que o professor diz ou crê, porque ele é o dono da 
verdade. Ou por outro ângulo, não deve dar a idéia ou sentimento de 
discordância de determinadas doutrinas, porque haverá os qualificativos tão 
comuns no mundo teológico: herege, liberal, etc. Da mesma forma, será mais 
evangélico citar nos trabalhos livros escritos por autores consideradosortodoxos do que àqueles considerados no outro extremo, mesmo que estes 
último tenham muito mais a oferecer na reflexão teológica que os primeiros. 
Semelhantemente, é mais coerente citar ou Ter na bibliografia livros de 
editoras evangélicas do que citar livros de editoras católicas ou outras, mesmo 
que em termos de qualidade – conteúdo estas últimas sejam de valor 
insuperável. 
A quebras de medo só se dá na base da coragem, do desejo de ampliar 
os horizontes da fé. Ser como o “grão de trigo” que senão morre não dá frutos. 
Quem tem medo aos qualificativos, à renúncia, ao exílio, não poderá ser um 
”João de Barro” da teologia, mas continuará a ser o infeliz papagaio que se 
limita a repetir. “Pesquisa faz parte da vida criativa em qualquer tempo e em 
qualquer lugar”. (Pedro Demo, Pesquisa. P. 36) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AA LLEEII TTUURR AA UUMM PPAASSSS AATTEEMMPPOO ““IINNFF EELL IIZZ”” OOUU UUMM AA AARRTTEE QQUUEE SSEE 
AAPPRREENNDDEE 
 
Um dos grandes e graves problemas que a educação teológica enfrenta 
é: a falta de leitura ou ainda a “ausência de uma produção literária na língua 
portuguesa” – falta de bons livros. As editoras evangélicas não conseguem se 
manter economicamente, se não lançarem na praça “best sellers”. E para que 
exista esta “vendagem”, as mesmas recorrem a traduções forâneas, e na 
maioria refletindo uma realidade alheia ou apresentando a experiência de 
outros. Isto é visto na maioria dos títulos os quais oferecem diferenciadas 
formulas de sucesso. É um tipo de “manual”, faça isto ou outro e acontecerá 
determinadas coisas ou alcançará determinados resultados. Assim, no geral, a 
literatura evangélica na língua portuguesa é fraca, limitando – se as traduções, 
às apresentações dum certo “empirismo – existencialista” (!?). Falta – nos 
literatura de “peso” ou a apresentação de textos “clássicos” que devem ser 
indispensáveis nas bibliotecas das faculdades ou dos estudantes de teologia. 
Nestes clássicos nos referimos às obras que marcaram o “que fazer teológico”: 
Os Pais da Igreja, Agostinho, Lutero, Calvino, Barth, Tillich, Niebuhr, etc. A 
publicação desta última literatura pesaria na balança da atual produção 
evangélica que, na sua grande parte limita-se a uma exposição mais 
devocional (que tem o seu valor) pragmática – espiritualista e com parâmetros 
excessivamente confessionais. (Cf. FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de 
Ler. Em três artigos que se completam. Autores Associados, 1983). 
A situação adversa à leitura nos obriga a oferecer algumas dicas para 
estimular o estudante a ler. Espera – se que os conceitos negativos, tais como: 
“não gosto de ler”, “me da sono”, “não tenho tempo”, etc., sejam superados 
pelo entusiasmo e ainda pelo desejo de tornar-se um “João de Barro da 
Teologia”, “um perscrutador da realidade” pela lente bíblica – teológica. 
Acreditamos que uma determinada “visão curta” dum grande número de 
estudantes – cristãos como de líderes – cristãos, se dá pela ausência da 
leitura. A falta de interesse e prática desta arte diminuas condições dos cristãos 
de dar a “razão da sua fé”, sem ainda nos aprofundar da “pobreza bíblica - 
teológica dos púlpitos” produzido pelo tipo de literatura exposta ao consumo. A 
leitura dos livros, e também da realidade capacita o pesquisador a desenvolver 
ou dar conta de um tema a ser pesquisado. A leitura é o ponto de partida, ela 
abre os caminhos do conhecimento. 
DD II CC AASS PPAARR AA SSEE TTOO RR NN AARR UUMM BBOOMM LLEE II TT OO RR 
Antes de mais nada devemos procura uma definição de “arte de ler”. 
Extraímos de Adler esta definição: “o processo pelo qual a mente sem nada 
com que operar salvo os símbolos do texto, e sem nenhum auxílio de fora, se 
elva por força de suas próprias operações. A mente passa de entender menos 
a entender mais. As operações especializadas que fazem com que isto 
aconteça são os vários atos que constituem a arte de ler. Passar de entender 
menos a entender mais à custa do próprio esforço intelectual de ler é como 
fazer – se por si próprio.. Em suma a arte de ler abrange todas as mesmas 
habilidades que estão subentendidas na arte da descoberta desejada: a 
cuidado de observação, memória própria, amplitude de imaginação e, 
naturalmente, um intelecto afeito à análise e reflexão.” /(Cf. ADLER, Mortimer e 
Charles Van Dorem. A arte de ler. Rio de Janeiro. Agir 1974. P. 21 e 27). 
Sem dúvida que existem determinados tipos de leituras visando 
objetivos diferentes, mas que duma certa forma se entrelaçam. A leitura 
formativa é cujo objetivo é impregnar a mente do indivíduo com preceitos de 
moral e exemplo de conduta que visem o bem – estar social. Exemplos: leitura 
bíblica, livros devocionais, etc. A leitura informativa, na realidade, todo tipo de 
leitura é informativo. Destaca-se, no entanto, este tipo com tal a fim de 
salientar-se a leitura analítica feita com o fim de pesquisar determinado assunto 
mais fundo. Este tipo de leitura procura não somente as informações que se 
encontram na superfície das palavras, mas as próprias bases de autoridade da 
argumentação utilizada na comprovação de determinado argumento e teoria. 
Particularmente é o tipo de leitura que enfatizamos para a vida do indivíduo 
sem dispensar as outras, mas é esta, cremos,” de bom proveito”. A leitura 
recreativa, é o tipo de leitura despreocupada, com o objetivo de lazer. 
OOSS NNÍÍVVEEIISS DDAA LLEEIITTUURRAA IINNFFOORRMMAATTIIVVAA (Cf. DUSILEK, Darci. A Arte da 
Investigação Criadora. Introdução à Metodologia da Pesquisa. JUERP, Rio. 
1978. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 
Cortez Ed. São Paulo, 1986). Uma leitura informativa proveitosa deve observar 
os seguintes passos ou etapas de procedimento. Não esqueçamos que 
estamos falando a respeito da pesquisa. 
1º Delimitação da unidade de leitura: È preciso circunscrever aquilo 
que vai ser lido . Pode ser um capítulo, um tópico, ou até um livro todo. O que 
caracteriza um unidade de leitura é o fato de que forma uma totalidade de 
sentido, é uma unidade completa em si mesma. 
2º A leitura Prévia ou de Reconhecimento: Visa um contato ligeiro e 
visual com o livro ou a unidade de leitura a ser lida. Não procura detalhes de 
conteúdo. Apenas um primeiro contato superficial com o a conjunto for unidade 
de leitura. A capa, folha – de rosto, sumário, prefácio e/ou apresentação, 
pequenas porções consideradas fundamentais (se descobertas) podem ser 
lidas. 
3º A leitura Inspecionai ou Exploratória: este nível também é 
denominada de análise textual. Este nível prepara para o outro nível mais 
profundo e preceptivo. Podemos delinear alguns aspectos do mesmo: 
1. Procede-se inicialmente a uma leitura seguida e completa da 
unidade do texto em estudo, trata-se de uma leitura atenta, mas 
ainda da corrida, sem esgotar a compreensão do texto. O objetivo 
é: alcançar uma visão panorâmica, de conjunto do raciocínio do 
autor. Sentir-se-á o estilo e o método do texto. 
2. Procura-se os dados a respeito do autor do texto. Geralmente 
as orelhas do livro, o prefácio e/ou apresentação (observe quem 
apresenta o livro) ou a Quarta capa apresentam as informações 
sobre o autor e sua formação acadêmica. 
3. Observe o vocabulário do autor, levantando os conceitos e os 
termos que são fundamentos para a compreensão do texto ou 
que sejam desconhecidos por partes do pesquisador. Dissipar 
toda dúvida ou ambigüidade com relação aos termos. 
4. Se o texto fizer referências a fatos históricos, a outros autores 
ou escolas de pensamentos, doutrinas, cujo sentido é 
pressuposto pelo autor mas não são do conhecimentodo leitor, 
tais devem ser anotados em folha à parte para que essas lacunas 
sejam preenchidas. As fontes para tais: dicionários, enciclopédias, 
livros especialistas, etc. 
5º Este nível é consumado pela realização de um esquema ou 
esboço que mostra a estrutura e hierarquia dos argumentos e 
idéias utilizados pelo autor. Isto não representa um resumo. A 
finalidade do esboço é apresentar uma visão de conjunto da 
unidade e permite uma visualização global do texto. 
5º A Leitura Reflexão ou Análise Temática: Nesta etapa procura-se a 
compreensão do texto. Neste sentido o pesquisador dever determinar o tema 
ou assunto da unidade. Avança-se um pouco mais na tentativa da apreensão 
da mensagem do autor, capta-se a problematização do tema: Qual é a 
dificuldade ou o problema a ser solucionado? Resolvida esta questão, 
automaticamente e espontaneamente surge o que o autor fala sobre o tema. 
Isto é, como responde à dificuldade, ao problema levantado? Aqui revela-se a 
idéia central, proposição fundamental ou tese. Esta é a idéia mestra defendida 
pelo autor naquela unidade. Desta forma esta hipótese geral da unidade passa 
a ser defendida através do raciocínio. E isto nos levanta a questão a qual 
deveremos responder: como o autor demonstra sua tese, como comprova a 
sua posição básica? Qual foi o seu raciocínio, a sua argumentação? 
5º A Leitura Interpretativa: Objetiva-se com esta etapa a assimilação 
do conteúdo do texto estudado através da interpretação de seu significado 
imediato e mediato do assunto pesquisado. A análise Interpretativa do texto é 
a fase da leitura em que mais se solicita um posicionamento crítico e é feito 
objetivando estabelecer: 
A coerência interna da argumentação 
 A validade dos argumentos empregados 
 A originalidade do tratamento dado ao problema 
 A profundidade de análise do tema 
 O alcance de suas conclusões e conseqüências 
 Uma apreciação e juízo pessoal das idéias 
defendidas. 
O procedimento da leitura termina com a chamada problematização. 
Esta configura-se o levantamento e discussão de problemas relacionados com 
a mensagem do autor. Nesta etapa o pesquisador confronta qualitativamente 
as suas opiniões e o que conhece o assunto com as idéias do autor. Ao 
escrever o autor pode Ter deixado muitas questões explícitas e outras 
implícitas. É dever do pesquisador levantá-las e debatê-las. 
 
 
 
 
 
MMAAII SS ““DD II CC AASS ”” PP AARR AA SSEE TTOO RR NN AARR UUMM BBOO MM LLEE II TT OO RR .. 
Não é simplesmente ler, mas saber o que ler. As dificuldades que o leitor 
– brasileiro enfrenta no mundo da teologia são variadas. Já foi indicada uma 
delas anteriormente e dizia à falta de bons livros. Mas ainda poderão existir 
outras, as quais são variadas e até pode levar a pensar que são 
insolucionáveis. A seguir desejamos dar algumas “sugestões” que “a vida” tem 
ensinado a assimilar, e assim ajudá-lo a entrar no “mundo fantástico das 
letras”, mas não vazias, mas com conteúdo. A ordem a ser dada não significa 
prioridade. A prioridade é particularizada. 
1. Espírito de “rato” de biblioteca. Observe quais são os livros novos 
que a biblioteca pública, da escola, etc., acrescentou ao seu acervo. Olha os 
fichário. Observa as bibliotecas particulares. 
2. Lançamentos. Geralmente os jornais seculares, religiosos, revistas 
especializadas anunciam os lançamentos. Jornais e/ou revistas sérias 
geralmente apresentam resenhas bibliográficas. Cuidado! Você pode ser 
“engolfado” pelo marketing. É evidente que uma revista “elogiará” como o 
“máxima” o lançamento próprio. 
3. Livrarias. Faça uma alternativa de lazer o entrar nas livrarias, mesmo 
que não compre, não tenha medo de perguntar preços, observar os mais 
vendidos, os lançamentos. Folhei os livros, observe a edição (embora nem 
sempre um número alto de edição signifique qualidade mas, verifique). Veia o 
índice, leia a introdução e/ou prefácio. Biografia do autor. Examine alguns 
trechos, Gaste tempo mesmo que não compre. 
4. “Pidão”. Peça bibliografia aos professores e/ou especialistas em 
determinadas áreas. Isto o ajudará selecionar o que ler ou comprar. 
5. “sem medo de ser feliz”. O fato da editora e/ou autor não ser 
evangélico, não significa que não possa contribuir para ampliar os seus 
conhecimentos. LEIA alguns livros “do outro lado”, isto ajudará à compreender 
maiormente “problemas” levantados e às diversas respostas, podendo assim 
optar por aquilo que lhe é coerente. Não tenha medo dos títulos, mas, cuidado 
com àqueles que oferecem “formulas mágicas” para resolver os problemas. 
Evite a “palha” de faço e aquilo para conseguir isto, ou uma “presumida 
espiritualidade” visto nos livros de “testemunhos”. NNÃÃOO IINNCCLLUUOO AAQQUUII AA BBOOAA 
LLEEIITTUURRAA DDEEVVOOCCIIOONNAALL, esta existe e é necessário, embora existem poucos livros 
de qualidade nesta área. 
6. Amplitude. Leia diversos temas, mesmo que a sua especialização 
seja numa área diferente. Isto ajudará a Ter uma visão maior da realidade e 
trará um melhor exercício de correlação desta realidade. Não fuja dos livros 
que “parecem” indigestos, um dia você precisa começar a “comer” giló. Lembre 
que a teologia está ligada não somente a Deus, mas também o está com o 
homem e o seu mundo. 
7. “Fofoqueiro”. Muitos estudante são “contra isto ou aquilo”, “não 
aceitam isto ou aquilo”, nunca leram à respeito “disto ou daquilo”. Nunca seja 
contra por causa daquilo que os outros dizem. Leia o autor, o livro polêmico, 
etc., e depois conclua, mesmo que lance mão de outros autores que criticam 
determinados ponto de vista. Fazer “fofoca” é fácil, construir um pensamento 
crítico custa “sangue suor e lágrimas. 
8. Compre. Numa época de crise é difícil fazer isto. O primeiro item a 
ser retirado do orçamento mensal nas horas de crise, é a cultura. Faça um 
esforço e compre bons livros, você sempre os terá a mão, os poderá rabiscar, 
sublinhar, escrever suas dúvidas, pois o livro é seu. 
9. Sebos. Assim como no item 3. Dê uma voltas nos Sebos. Geralmente 
encontrará livros novos (isto é, lançados à pouco tempo) mas o seu preço é em 
conta, pois a saída não é das melhores. Também encontra àquelas raridades 
que sumiram há muitos tempo das livrarias evangélicas. É uma boa alternativa 
de lazer. 
11. Adiantamento. Não tenha medo de comprar um livro ou vários, 
mesmo que não tenha uso imediato ou ainda parece ser indigesto. Pense que 
você está em crescimento. Você está montando a sua biblioteca. 
12. Prioridade. Dê prioridade às enciclopédias, dicionários, livros texto, 
etc. Nunca é demais lembrar: Fuja da “espiritualização” mas NUNCA da Vida 
devocional. 
Sobre isto haveria muito mais à pensar, mas o faremos em outra 
oportunidade. 
 
 
 
AA PPEESSQQUUIISS AA,, UUMM PPRROOBBLLEEMMAA QQUUEE ÉÉ SSOOLLUUÇÇÃÃOO 
 
Para inicio de qualquer discussão, torna-se necessário definir os termos, 
e para tal assim o faremos, indicando que pesquisa é, “a atividade básica 
ciência... Pesquisa é a atividade científica pela qual descobrimos a realidade. 
Partimos do pressuposto de que a realidade não se desvenda na superfície. 
Não é o que aparenta à primeira vista. A demais, nossos esquemas 
explicativos nunca esgotam a realidade, porque esta é mais exuberante que 
aqueles. 
A partir daí, imaginamos que sempre existe o que descobrir na 
realidade, equivalente isto a aceitar que a pesquisa é um processo 
interminável, intrinsecamente processual. É um fenômeno de aproximação 
sucessivas e nunca esgotado, não uma situação definitiva, diante da qual já 
não haveria o que descobrir.” (Cf. DEMO, Pedro. Introdução à Metologia da 
Ciência, p. 22-23).Se há que pesquisar, então, onde colher às idéias? Qual é o ponto ou os 
pontos de partidas? Como ser estimulados a pesquisar? . Embora, tenhamos 
dito que o ponto de partida é a leitura, devem por ainda indicar que esta leitura 
está inserida na vida, na experiência. Mesmo a escolha da leitura, do interesse 
do tema/assunto/problema não é feito com neutralidade, nas palavras de 
Japiassu, a “neutralidade é um mito”. Assim, a experiência é a “prima fonte” 
das nossas idéias, “em certo sentido é mesmo a única, pois ela pode ser tão 
variada e multiforme, que acaba abrangendo toda atividade humana, seja 
física, seja mental”. Para Locke e outros, todas às idéias provêm da sensação, 
isto é da experiência. Adquirir experiência é observar, “mas o espírito é como 
uma caixa de ressonância”. “as impressões colhidas através da observação 
dos fatos, através da experiência”, consubstanciam-se em idéias ou 
representações que, por sua vez, graças à imaginação e à reflexão, se 
associam, se entre cruzam, se multiplicam, se desdobram em outras. È 
evidente, portanto, que não está em condições de escrever quem não dispuser 
de uma capacidade mínima de refletir, quer dizer, de selecionar, ordenar e 
associar impressões e idéias advindas da observação dos fatos” (GARCIA, 
Othon M. Comunicação em Prosa Moderna. Aprenda a Escrever, 
aprendendo a Pensar. P. 329-342). Cabe uma advertência, não apologizo 
neste item sobre a questão da origem do conhecimento (Experiência vs. 
Intelecto) mas indico à necessidade duma maior “atitude refletiva” diante do 
mundo – experimental, mesmo que não defendemos a escola empírica, 
positivista, etc. 
Se experiência é indicada como lugar para partirmos rumo à pesquisa, 
ou ainda como fonte das idéias. Uma das melhores maneira de aproveitá-la é 
através da conversa, sendo este o meio mais assíduo de aprendizado de 
palavras, e consequentemente de idéias. Mas, quando temos um objetivo 
imediato, a simples conversa avulsa, desordenada, não nos provê aquelas 
idéias que precisamos. Devemos, então, canalizá-las para o nosso objetivo; 
isto se consegue, “dirigindo a conversa”, isto se transforma em, inquérito, 
interrogatório ou entrevista, a fim de aproveitar a experiência alheia, traduzida 
em depoimento ou testemunho. 
Suponhamos que o estudante queira fazer um trabalho – que neste caso 
será de pesquisa – sobre “o movimento neo - carismático em São Paulo”. O 
estudante tomará papel e lápis e...visitará estes movimentos. Para colher o 
“testemunho” alheio, vale dizer o depoimento dos participantes destes grupos. 
Para isso ele planejou o seu questionário e sabe o que vai fazer. Mas não deve 
ser limitada apenas a esta coleta de dados, pois há outras fontes de 
testemunhos: os entendidos, quer dizer: os pesquisadores tais como: 
sociólogos religiosos, teólogos, historiadores, etc., que já tiveram contatos com 
os fatos e já estão familiarizados. Logo depois o estudante ajuntará os dados, e 
os classificará. Mas ainda é cedo para fazer coisa que se aproveite, pois o 
estudante ainda não é “senhor do assunto”, urge recorrer à outra fonte, que é a 
leitura. Desta forma, o estudante sairá dos lugares de reunião destes 
movimentos, terá entrevistas com os entendidos do assunto e.... entre nas 
bibliotecas ou se quiser (e puder) nas livrarias. 
Resumindo: a experiência e observação, a conversa transformada em 
inquérito, o testemunho dos entendidos, desembocando na leitura (biblioteca), 
teremos às respostas para as perguntas iniciais, isto é, onde encontrar idéias? 
Qual é ou são os pontos de partidas para a Pesquisa?. Depois será elaborado 
o roteiro do trabalho que findará na tão almejada monografia. 
A importância da pesquisa – monográfica, radicais em que determinado 
“problema” depois de “afunilados”, resultou numa série de respostas, numa 
série de informações desconhecidas e alcançadas através da decodificarão –
interpretação de dados, leituras, informações, etc. Concluiu-se um pequeno 
arcabouço de informações que até certo ponto podem ser declaradas originais. 
Evitou-se a “papagaiadice” e se entrou no mundo do “que – fazer – teológico”. 
O crescimento qualitativo do indivíduo se dá, não no fato de Ter decorado certo 
número de informações, mas no fato de Ter compreendido os eventos ou 
afirmações. Este crescimento se dá na “criação” duma série de afirmações 
coerentes dentro de um sistema de pensamentos. O fato da “heresia” deve 
estar onde há incoerência ou acomodação da fé e não onde se levanta um 
arcabouço teológico composto de: cabeça, tronco e extremidades, mesmo que 
esteja em formação este corpo. 
Sem dúvidas que, de certa forma, devemos desmitificar a pesquisa. Esta 
não está reservada para certos e poucos iluminados. A metodologia, as 
técnicas de pesquisa, estarrece o novel e estudante, mas ao mesmo tempo 
não podemos banalizá-las, como Pedro Demo escreve: “libertar a pesquisa do 
exclusivismo sofisticado não pode leva – lá ao exclusivismo oposto da 
banalização cotidiana mágica “ (DEMO, Pedro. Pesquisa: Princípio Científico e 
Educativo p. 12.) Pois, desta forma descobrimos que a pesquisa e ensino são 
inseparáveis, pois esta última deve ser reconhecida como cuida duma forma 
natural na prática, pois uma definição pertinente de pesquisa neste contexto, é 
diálogo com a realidade”, tomando-o como processo e atitude, e como 
integrante do cotidiano. Assim, quem pesquisa tem o que comunicar. Quem 
não pesquisa apenas reproduz ou escuta. “A pesquisa participante é talvez a 
proposta mais ostensiva de valorização de prática como fonte de conhecimento 
apesar de suas banalizações típicas. Propugna a eliminação da separação 
entre sujeito o objeto, tentando estabelecer relação dialogal de influência 
mútua, teórica e prática. Conhecimento adquire a dimensão de auto – 
conhecimento, aparecendo logo a importância da formação da consciência 
crítica como passo primeiro de toda proposta emancipatória. Todo 
conhecimento advindo da prática necessita de elaboração teórica, mas não é 
menos verdadeiro a postura contrária”. (DEMO, Pedro. Pesquisa. Princípio 
Científico e Educativo. P. 27-29). 
Cremos Ter apresentado razões suficientes e motivação suficiente para 
o estudante ser estimulado à pesquisa: observação, experiência, leitura, 
reflexão, “criatividade”, inconformismo, etc., são elementos necessários para o 
indivíduo que deseja palmilhar a estrada do conhecimento e do que – fazer – 
teológico. O pesquisador deve, desta forma, estar em “estado de alerta” à 
todas as oportunidades, onde lhe é possível descobrir “veias” para o 
conhecimento ou para à pesquisa. Talvez, uma das informações mais práticas 
é dizer ao jovem estudante – pesquisador que, esteja sempre atento e anote 
numa caderneta ou caderno toda as possibilidades para uma “pesquisa – 
prática” pois no momento certo estas anotações florescerão. 
A continuação desejada responder ou ainda melhor, tentaremos ajudar 
para responder questões que atinge de perto o estudante de teologia: Como 
iniciar à pesquisa? Como fazer? Como apresentar?. Etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AASS PPRRÉÉ -- CCOONNDDIIÇÇÕÕEESS PPAARRAA AA MMOONNOOGGRRAAFFIIAA 
IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO:: Para iniciar o trabalho monográfico não existir somente a 
obrigação ou exigência por parte do professor rumo à pesquisa. Devemos 
observar e se necessário criar determinado pré – condições para debruçar-nos 
no trabalho monográfico. 
1 VVOONNTTAADDEE: deve ser cultivado esta motivação até transformá-lo em “corrente 
de vontade. Deve eliminar-se o contragosto. Da angústia ao prazer. 
2 DDIISSCCIIPPLLIINNAA:: Responsabilidade de controlar o próprio empenho. Auto – 
disciplinae auto – iniciativa. Você é livre. Alguns conselhos: Devagar, na 
partida; dividir horas metodicamente; Afinco (Sue). 
3 CCOONNCCEENNTTRRAAÇÇÃÃOO:: Quanto menos dispersão, maior eficiência. Aprenda a 
estudar. Mira Y Lopez. Como estudar e como Aprender. São Paulo, Ed. 
Mestre Jou, 1965. “prestar atenção é escolher, é fechar o espírito ou os 
sentidos a tudo quanto seja estranho à questão”. Cultivar. 
3.1. Marque período para se encontrar no tema em exame. 
3.2. Evite interrupções 
3.3. Vigie a mente. (sonhos, devaneios, assuntos pendentes) 
 
44.. OORRDDEEMM:: Organize-se. Estabeleça um roteiro. 
55.. AANNOOTTAAÇÇÕÕEESS EE FFIICCHHAASS: 
5.1.TUDO DE INTERESSANTE, ANOTE. Resenhas de livros, de artigos, 
frases, pensamentos seus e de outrem.. 
5.2. REGISTRE AS IDÉIAS. (mas não anote) 
5.3. CONSTITUA UM ARQUIVO. Aqui inicia-se a parte de documentação, 
onde você organizará e recolherá todo o material que vai ser ou não 
usado na sua MONOGRAFIA. Vale também para constituir a sua 
própria biblioteca. 
 5.3.1. OO SSAABBEERR constitui-se pela capacidade de reflexão no interior de 
determinada área do conhecimento. 
5.3.2. ESSA INFORMAÇÃO só pode ser adquirida através da 
documentação realizada criteriosamente. 
 
 
 5.3.3. AA PPRRÁÁTTIICCAA DDAA DDOOCCUUMMEENNTTAAÇÇÃÃOO: pessoal deve, pois, tornar-se 
uma constante na vida do estudante: é preciso convencer-se 
de sua necessidade e utilidade, colocá-la como integrante do 
processo de estudo e criar um conjunto de técnicas para 
organizá-la. 
A primeira providência a tomar é se convencer que é preciso se 
organizar. Compre, faça um fichário e começa e empregar fichas, em vez de 
folhas soltas (a não ser...) e começa a esquecer os cadernos. 
5.4. TTRRÊÊSS TTIIPPOOSS DDEE FFIICCHHAASS: 
 5.4.1. FFIICCHHAASS BBIIBBLLIIOOGGRRÁÁFFIICCAASS:: Essenciais para efeito de precisão 
indicação das fontes de informação. Do cuidado com elas 
depende um dos arremates da monografias, a lista 
bibliográficas – tanto quanto a correta apresentação das notas 
de rodapé ou de final de capítulo. 
 Use cartões: 07cm x 12cm. 20cm x 12,5cm 20cm x 25cm; 
25cm x 5cm, (vd, exemplos de fichas 
anexo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FERNANDES, FLORESTAN 
 
Mudança sociais no Brasil; aspectos do 
desenvolvimento da sociedade brasileira. 
 
 
S. Paulo, difusão Européia do livro, 1960. 
 
7cm 
12cm 
Autor 
Título 
Do 
Livro 
Dados 
essenciais 
CAMPOS, DÁCIO DE ARRUDA 
 
Cuba e o princípio da soberania 
 
 
Revista Brasileira, São Paulo (36) :94-0, jul./ago 
1961. 
 
12cm 
7cm 
Autor 
Título 
Do 
Artigo 
Título 
Da 
Revista 
E dados 
 
5.4.2. FICHAS DE RESENHA: Servem pára registrar resenha de livros e 
artigos que examinou. Tal resumo, faça-o com suas palavras, na 
perspectiva do tema. Bem preparadas dispensam nova consulta à 
fonte. Alguns cuidados : 
1. Escreva de um lado só 
2. Cada ficha deve referir-se a um só assunto e a uma única 
fonte 
3. Registre: o título de assunto tratado identificação abreviada da 
fonte que condicione recorrer à ficha bibliográfica 
 4. A sua resenha ou parágrafo 
 5. Na margem esquerda ou entre parênteses as páginas onde a 
matéria se acha 
 6. Se necessário usar fichas adicionais no mesmo esquema 
5.4.3. Fichas Com Transcrição Literal: Servem para anotar trechos, 
idéias, frases, que, em principio, pareçam apropriadas para “citação 
textual”. Naturalmente, ao redigir a monografia, muitas serão 
desprezadas ou parecerão sob forma de “citação livre” (paráfrase). 
Importante copiar o texto exatamente como está na frase. Siga, na 
confecção às fichas de resenha. É possível inscrever transcrições 
literais as suas próprias idéias. Indique: ausência de sinal indicaria 
paráfrase; aspas (“ “) transcrição literal; barras (/....../) idéias suas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crime, Conceito de - É exclusivamente político 
 Thompson, Quem são? 
134 “Quem faz a lei. (Legislativo(, quem persegue 
o delinqüente (executivo) e quem o condena 
(Judiciário) são agentes do poder político. 
Crime e criminoso possuem um único 
substrato real: o político. O jurídico, o moral, 
o natural, o científico, constituem apenas 
continente a revestir e esconder aquele 
conteúdo nuclear.” 
Cabeçal
ho 
Fonte 
Nota 
Exemplo de transição literal: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. OORR GG AANN II ZZ AAÇÇ ÃÃ OO DDOO FF II CC HH ÁÁ RR II OO PPEE SS SS OO AALL: O fundamental é sua 
organização. Quanto a organização há vários sistemas. Os mais comuns 
são classificação em ordem alfabética; o sistema decimal e o misto. Para 
maiores e melhores explicações consulte: SALOMON, Délcio Vieira. Como 
fazer uma Monografia. Belo Horizonte, Interlivros, 1979. P. 105-128. 
6.1. O sistema decimal: Visto que, a nossa área é um tanto restrita, embora 
que, o bom pastor” dá sua vida pelo conhecimento” (outras área) este 
sistema parece adaptar-se à nossa realidade. COMPRE E SONSULTE: 
Prado, Heloísa de Almeida. Organização e Administração de 
Biblioteca. 2º ed. RJ. Livros Técnicos e Científicos, 1981. 221p. 
 
CCOONNCCLLUUSSÃÃOO;; Nenhum trabalho de pesquisa, de monografia terá bom termo 
(para alguns boa nota) senão começar bem do início. As pré - 
condições dão ao estudante de um vez determinada 
monografia dizer: sei, por que eu soube fazer. 
 
 
 
 
 
 
Fé, Espécie de fé Marxismo exige 
 Eu 
 
/ Considerar que a história marcha 
num dado sentido, num sentido evolutivo, 
depende de pura crença, pois nada de 
concreto prova isso. Aliás, se o ser e o devir, 
a admissão de que o devir obedece a 
direção definida leva a contradição: haveria 
um ser fora do devir. / 
 Examinar o ponto mais detidamente. 
 Consultar autores. Reler Marx e Hegel. 
Exemplo de anotação de idéia sua: 
Cabeçalho 
 
Fonte 
 
Nota 
E S C O L H E N D O O T E M A 
INTRODUÇÃO: O trabalho monográfico e “descer de um helicóptero quando se 
esta conhecendo uma cidade. Escolher o tema é tentar reconhecer as ruas ou 
uma rua especifica da cidade. Ex. “Pedra no lago”. 
1. ÁÁRREEAA:: Resolve-se em função da natureza do curso realizado. Ou ainda 
resolve-se na área de especialização do curso, no nosso caso teologia. 
Embora que isto não impeça que outras ciências possam ser convidadas a 
participar 
2. RRAAMMOO:: Nunca! Use o critério de selecionar o ramo em razão de considerá-lo 
“mais fácil”. Nada é “mais fácil”. O que assim parece a distancia, logo muda 
de aspecto, ao chegarmos perto. 
2.1. A monografia exige aprofundamento do tema, assim como exame 
acurado das questões a ele ligadas 
2.2. Especialização significa aprofundamento qualitativo. 
2.3. Oriente a escolha do ramo, pois, em função da especialidade em que 
pretende atuar ou já atuando. 
3. AASSSSUUNNTTOO: Dois pontos a decidir: Primeiro, preferir tópico que tenha merecido 
atenção especial durante o curso. Em vez de partir de ponto morto, 
arranca-se logo de primeira ou Segunda, assim rapidamente atingindo o 
alvo. Opção natural do ponto de vista imediatista. 
Segundo, durante o curso por vários motivos: professor, período 
conturbado, falta as aulas, etc., a gente passa aligeirado por certos pontos, 
ficando no vazio muitos questionamentos, confuso, etc., - Superioridade. 
No fim dupla alegria o guarda: apresentação de monografia interessante, 
já que tratando matériamais ou menos complicada; e destruição de inimigo 
que o incomodava... 
 3.1. OORRIIGGEEMM DDOOSS AASSSSUUNNTTOOSS: 
3.1.1. AA OOBBSSEERRVVAAÇÇÃÃOO DDIIRREETTAA do comportamento dos fenômenos e dos 
fatos 
3.1.2. AA RREEFFLLEEXXÃÃOO. Perguntaram a Newton, de uma feita, como 
descobriu a lei de gravidade: - Pensando nela, respondeu. 
3.1.3. OO SSEENNSSOO CCOOMMUUMM. Não obstante ser “inimigo da ciência”, portanto, 
digo porquanto não apresenta explicações ou as apresenta sem 
comprovação e fundamentação, constitui, até por isso mesmo, 
rica fonte de problemas científicos. 
3.1.4. AA EEXXPPEERRIIÊÊNNCCIIAA PPEESSSSOOAALL. Todos nós temos maneiras peculiares 
de reagir, não só às situações concretas da vida, como as 
influências culturais, científicas e ideológicas. 
3.1.5. AA OOBBSSEERRVVAAÇÇÃÃOO DDOOCCUUMMEENNTTAALL e o “mercado de idéias”. Livros, 
revistas... 
3.1.6. OS SEMINÁRIOS. Quando bem dirigidos, costumam ser campo 
propício de idéias novas. 
3.1.7. AS CONTROVÉRSIAS. Este é um dos campos mais fecundos para os 
assuntos 
3.2. Cuidados na escolha do Assunto: 
3.2.1. OO AASSSSUUNNTTOO deve ser adaptado à capacidade, inclinações e 
interesses de quem se propõe elaborar um trabalho científico 
 3.2.2. Deve satisfazer às exigências do atual status social do 
pesquisador e ser acessível ao seu grau de estudo ou cultura. 
3.2.3. Tempo à disposição. É condição imprescindível, a fim de não se 
ter de deixar o trabalho incompleto ou de sofrer as 
conseqüência de uma aceleração final 
3.2.4. Existência de bibliotecas, para consultas e possibilidades de 
documentação. É fácil compreender este cuidado. 
3.2.5. Possibilidade de consultar especialistas no assunto, de acesso 
às fontes e outros subsídios. 
Um sinal evidente de escolha acertada é o sentimento que se prova desde a 
decisão de que está trazendo uma contribuição pessoal. 
4. TTEEMMAA:: Já foi determinado o assunto e na mente está pelo menos em termos 
gerais até onde vai chegar, isto é, há um percurso a recorrer rumo a um 
objetivo geral. Mas agora precisa-se limitar, ou melhor, delimitar com 
precisão, o tema indicado, ou seja, é preciso distingui-lo de temas afins, 
tendo presente o domínio sobre o qual vai trabalhar. Durante o estudo do 
tema delimitado pode ocorrer alguma alteração desta primeira delimitação, 
mas ainda que isto seja freqüente, é necessário que o aluno inicie seu 
trabalho de posse de um tema bem definido. 
4.1. AA VVIISSÃÃOO clara do tema do trabalho, do assunto a ser tratado, a partir de 
determinado perspectiva, deve completar-se com sua colocação em 
termos de problema. O raciocínio – parte de um trabalho – não se 
desencadeia quando não se estabelece devidamente um problema. Em 
outras palavras, o tema deve ser problematizado. Toda argumentação, 
todo raciocínio desenvolvido num trabalho logicamente construído é uma 
demonstração que visa solucionar determinado problema. Portanto, antes 
da elaboração do trabalho, é preciso ter idéia clara do problema a ser 
resolvido, da dúvida a ser superada. 
4.2. A colocação clara só problema desencadeia a formulação da hipótese 
geral a ser comprovada no decorrer do raciocínio. Exige-se uma idéia 
daquilo que se pretende dizer a respeito do assunto e que se apresenta 
como uma tomada de posição sobre o tema – problema. Este adquire 
então a forma lógica de tese, de idéia central ou seja, de proposição 
portadora da mensagem principal do trabalho que deverá ser demonstrada 
logicamente através do raciocínio. Todo discurso científico pretende 
demonstra uma posição a respeito do tema problematizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AANNTTEESS DDEE CCOOMMEEÇÇAARR OOUU NNOO PPRRIINNCCÍÍ PPIIOO EERR AA .. .. .. 
Quem começa uma pesquisa - monográfica esta envolvida com um 
emaranhado de conceito e informações. È um mundo complexo, multifacético, 
com contornos imprecisos. Precisa-se então, colocar em ordem às idéias. 
Necessário é sistematizar, circunda o “objeto de estudo”. São atividades 
lógicas, que com a prática passam a fazer da vida, mas num determinado 
momento devem começar a serem observadas, desta forma teremos a 
formulação de um objeto ou apresentação de uma pesquisa com horizontes 
claros e definidos. Assim, são tarefa básicas para se construir “ciência”: 
1. Definir os termos com precisão, para não deixar margem à 
ambigüidade; cada conceito deve ter um conteúdo específico e delimitado; não 
pode variar durante a análise; embora uma dose de imprecisão seja normal, o 
ideal é reduzi-la ao mínimo possível, produzindo o fenômeno desejável de 
clareza de exposição; 
2. Descrever e explicar com transparência, não incorrendo em 
complicações, ou seja, em linguagem hermética, dura, ininteligível; para bem 
explicar é mister simplificar, mas é preciso também buscar o meio – termo 
entre excessiva simplificação e excessiva complicação; 
3. distinguir com rigor facetas diversas, não emaranhar termos, 
clarear superposições possíveis, fugir à mistura de planos da realidade; não 
cair em confusão, no sentido de confundir uma coisa com outra, de obscurecer 
regiões distintas no mesmo objeto, de trocar termos destacáveis. 
4. Procurar classificações nítidas, bem sistemáticas, de tal sorte que 
o objeto apareça recortado sem perder muito da sua riqueza; 
5. Impor certa ordem no tratamento do tema, de tal modo que seja 
seqüência inconsutil das conclusões. 
 
 
 
 
 
 
 
Sabendo que, segundo Hilton Japiassu, a neutralidade é um mito. Existe 
um compromisso com a objetividade. Este é um compromisso que toso 
estudante que se dedica a pesquisa deve afazer. Se observarmos alguns 
cuidados metodológicos comuns, ficará claro como se ligam ao compromisso 
com a objetivação: 
1. EESSPPÍÍRRIITTOO CCRRÍÍTTIICCOO, significando a postura que dá primazia à 
contestação dos pretensos resultados científicos, sobre sua consolidação; no 
fundo, não acredita em consolidação, mas na necessidade de constante 
superação; 
2. RRIIGGOORR no tratamento do objeto, significado sobretudo a 
necessidade de definir bem, distinguir cuidadosamente, sistematizar com 
detalhe e fineza; 
3. trabalho sine ira et estúdio, significando atitude distanciada, na 
procura de não se deixar envolver em excesso por aquilo que gostaríamos que 
fosse, em detrimento daquilo que de fato é; 
4. PPRROOFFUUNNDDIIDDAADDEE de análise, significando a recusa de deter-se na 
superfície das coisas, na visão imediata, na ingenuidade da informação 
5. OORRDDEEMM na exposição, significando a montagem concatenada, 
arrumada, clara da pesquisa e da análise; 
6. DDEEDDIICCAAÇÇÃÃOO a ciência, tomada como vocação, ou seja, feita com 
convicção intima, com prazer, com realização pessoal; 
7. abertura incondicional ao teste alheio, a fim de superar 
colocações subjetivistas, etéreas ou excessivamente gerais, que não 
conseguem ser reproduzidas pelos colegas; 
8. assídua leitura dos clássicos, para conhecimento aprofundado 
de como virem a realidade e até que ponto foram capazes de objetivação; 
9. dedicação ao estudo das principais teorias, metodologias e da 
produção atual, com vistas ao posicionamento inteligente dentro da discussão 
e ao amadurecimento de uma personalidade própria científica. (Cf. DEMO, 
Pedro. Introdução à Metodologia da Ciência. P. 35-39) 
Esta longa introdução se faz necessária antes de iniciarmos o 
“caminhar” rumo à apresentação da monografia, ou seja, uma orientação que 
servirá como “normas básicas” para a apresentação monográfica da pesquisa. 
 
 
 
O que oferecemos a continuação é a apresentação simuladuma 
pesquisa. Isto é feito, com o intuito de auxiliar o aluno a apresentar uma 
monografia condizente com seu “status” de “ministro”, “mordomo”, “despenseiro 
dos ministérios de Deus” (I Co. 4:1). Particularmente, este é um indicio daquilo 
que o aluno que esta sendo “informado” será no caminho da “formação” 
pastoral ou ministerial. Então vamos em frente... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FF OO LL HH AA DD EE RR OO SS TT OO 
 
A seguir apresentamos dois modelos de folhas de rosto, que são aceitas 
na apresentação da monografia. Devemos, ainda, acrescentar algumas 
recomendações necessárias: 
1. A página de rosto ou folha de rosto constitui-se de título do trabalho, 
nome do autor, indicações do propósito, nome do professor, nome da matéria 
ou disciplina, nome da instituição, local e data. 
2. Estes elementos são distribuídos de maneira equilibrada tendo o 
centro da lauda como ponto de referência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HH IISSTTÓÓRRIIAA EECCLLEESSIIÁÁSSTTIICCAA IIII 
PPRROOFF .. CCÉÉSSAARR CCAARRLLOOSS FFEERRRREEIIRRAA SSÁÁ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AA IIGGRREEJJAA NNOO PPEENNSSAAMMEENNTTOO DDEE AAGGOOSSTTIINNHHOO 
AALLUUNNOO:: LLUUIIZZ CCAARRLLOOSS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FFAACCUULLDDAADDEE TTEEOOLLÓÓGGIICCAA BBAATTIISSTTAA DDEE 
PPEERRNNAAMMBBUUCCOO AAGGOOSSTTOO DDEE 11999900 
PPEERRDD AA DDOO PPOODDEERR AAQQUUIISSIITT IIVVOO DDOO BBRR AASSIILLEEIIRROO 
NNOO PPRRIIMMEEIIRROO AANNOO DDEE GGOOVVEERRNNOO DDAA 
““RREEPPÚÚBBLLIICCAA DDAASS AALLAAGGOOAASS ”” 
 
 
 
 
PPOORR 
 
 
 
 
LLUUIIZZ IINNÁÁCCIIOO CCOOLLLLOORR DDAA SSIILLVVAA EE MMEELLLLOO 
 
 
 
 
 
 
 
MMOONNOOGGRR AAFFIIAA AAPPRREESSEENNTT AADD AA EEMM EEXXIIGGÊÊNNCCIIAA DDAA 
MMAATTÉÉRRIIAA SSEERRVVIIÇÇOO SSOOCCIIAALL HHOOJJEE 
PPRROOFFEESSSSOORR :: 
 
 
FFAACCUULLDD AADDEE DDEE CC IIÊÊNNCCIIAASS PPOOLLÍÍTTIICC AASS EE SSOOCCIIAALL 
AAGGOOSSTTOO DDEE 11999911 
SSUUMMÁÁRRIIOO// ÍÍNNDDIICCEE 
 
O sumário é confundido com índice. Este último é usado para as obras 
de grande porte e se localiza no fim da obra e geralmente como índice 
remissivo ou outros. A sua classificação é feito sob: assunto principais contidos 
na obra, sejam conceito, locais, nomes de pessoas ou outros. Para a prática 
monográfica ambos pode ser usados desde que não exista uma outra 
orientação dada pelo docente da disciplina. 
1. Este é a lista da matéria de que se compõe a monografia, com os títulos 
das partes, seções, capítulos e/ou parágrafos, com a respectiva numeração 
das páginas iniciais. 
2. O sumário/Índice insere-se logo após a folha de rosto. 
3. A disposição gráfica depende de sua exposição. Manter simetria 
4. As margens laterais obedecem ao critério usado no desenvolvimento da 
dissertação. 
5. No caso de numeração dos títulos / e / ou subtítulos devem ser inseridos no 
Sumário /Índice. 
6. Use números. Estes foram criados para enumerar, letras para formar 
palavras. 
7. No sumário / índice, deve ser incluído ou indicado todo o conteúdo da 
monografia, por exemplo: anexos, gráficos, mapas, etc., tudo aquilo que faz 
uma seção ou capítulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SSUUMM ÁÁRRIIOO // ÍÍNNDDIICCEE 
 
 
 
Introdução pg. 03 
 
Definição do termo Igreja pg. 05 
 
1. No Antigo Testamento 
 
 1.1. No Novo Testamento 
 
 1.2. Igreja no período sub-apóstolico pg. 10 
 
2. A concepção de igreja em Agostinho pg. 12 
 
3. Influência do maniqueismo 
 
 3.1. Disputas na época 
 
 3.2. A posição Agostiniana 
 
 4. A validade do pensamento de Agostinho para hoje pg. 15 
 
 Conclusão pg. 16 
 
 Notas Bibliográficas pg. 18 
 
 Bibliografia pg. 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Embora, seja uma das primeiras páginas a serem lida, esta deve ser a 
última a ser escrita. A razão está que uma vez lido o trabalho ou monografia 
feita, haverão melhores condições de escrever uma introdução como tal, isto é, 
uma introdução. Para alcançar este objetivo, indicamos 03 erros comuns nas 
introduções nos trabalhos monográficos: 
Primeiro, introduções grandiloqüentes, ambiciosas, que incluem 
intermináveis discursos, “arrogância”, ao afirmar que o tema escolhido é 
“complexo, interessante e discutido”. É evidente que se não fosse não valeria a 
pena ocupar-se dele. 
Segundo, introdução histórica que remete a questão a seus 
antecedentes remotos e se demora em sua descrição e análise. 
Terceiro, introdução – solução em que se anunciam já os resultados da 
investigação. Comete-se um duplo erro: psicológico, elimina a motivação para 
a leitura (ninguém assiste um filme – policial se sabe quem é o assassino) 
porque priva o leitor do interesse em encontrar os argumentos e soluções do 
problema encarado; e lógico, porque se o resultado já foi alcançado, tem pouco 
sentido o desenvolvimento e a argumentação. (Cf. SALOMON, Délcio Vieira. 
Como Fazer uma Monografia. Elementos de Metodologia de Trabalho 
Científico. P. 272). 
Então, o que é uma introdução? É a apresentação do assunto do 
trabalho monográfico e que será feita de maneira clara, simples e sintética, 
colocando o tema, a situação da questão, e na medida do possível uma 
referência à alguns trabalhos oferecidos ou debates, livros e outros já 
acontecidos em torno do assunto, finalizando com a justificação do próprio 
aparecimento da monografia. 
“Explique, sucintamente, do que vai tratar, fornecendo indicação de 
como o fará e das razões que o levaram a escolher dita maneira. 
Dispensáveis pormenores, basta idéia geral. Diga sobre o que versa o tema; 
Quais os limites que lhe impôs; o interesse que oferece; aonde pretende 
conduzir o leitor; qual a utilidade da contribuição ofertada. 
 No uso de exposição, procure demonstrar como tem sido discursado ou 
insuficientemente tratado o assunto; no de argumentação, refira o 
desencontro de opiniões acerca da solução do problema...Busque guardar 
certa homogeneidade com relação ao estilo e á dicção empregados. 
“(Cf.THOMPSON, Augusto. Manual de Orientação Para Preparo de 
Monografia. Destinado, especialmente, a bacharelandos e Iniciantes, p. 58) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTOS 
 
É a parte mais importante da monografia, que consiste na 
fundamentação lógica do tema e tem por objetivo expor e provar. É o momento 
em que, usando todo o seu poder de raciocínio, o autor monográfico 
consegue transformar-se de pesquisador em expositor, desenvolvendo a 
passagem da lógica usada no contexto da investigação para a lógica da 
demonstração. Para tal ato tornar-se-á necessário: explicar; discutir e 
demonstrar. 
Explicar, é o ato de tornar evidente o que estava implícito, obscuro ou 
complexo. “Quem explica, desdobra perante os outros uma realidade a fim de 
que a mente possa entendê-la. É o ato de analisar para que se consiga 
compreender. “(Cf. SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. p. 
274). 
Discutir, é a fase momento em que é desenvolvido o raciocino do autor 
examinando às contrárias à sua, mostrando a falácia dos argumentos dessas 
colocações e anunciando a “tese final” como conseqüência da “fraqueza” dos 
pontosde vista opostos. 
Demonstração: é aplicação da dedução. Através de razões e partindo 
de proposição evidentes e aceitas, procura-se chegar a uma conclusão. (não 
confundir com a parte final do trabalho – monográfico). Deve-se evitar os 
argumentos de ordem sentimental, os “achismos” (“lógica passional”) e o uso 
de palavras, frases e circunlóquios que nada dizem: “Ninguém explica aos 
outros as coisas que já são sabidas”. 
Ainda queremos indicar certas práticas que tanto o período estudantil e 
do magistério nos ensinou: 
1. O desenvolvimento NÂO É uma simples cópia de textos ou 
páginas completas de livros. Estes são usados para “provar” a nossa idéia 
ou “tese”. 
2. A transparência ou cópia de livros para o trabalho final 
monográfico, o torna num verdadeiro emaranhado e desencontros de idéias 
que confundem mais do que explicam, discutem ou demonstram. 
3. Use rascunhos, ou primeiras redações. Depois peça à alguém 
mais experiente ou “expert” uma avaliação e siga as possíveis orientações 
dadas. 
4. Mantenha contato-informação com o professor que receberá a 
monografia. Ninguém melhor do que este para indicar o que “ele está 
exigindo” 
5. Classifique os capítulos ou partes coerentemente, isto é, numa 
análise de causa – e efeito. 
6. Defina com precisão e extensão os conceitos e conteúdos dos 
termos. Use dicionários da língua portuguesa e de termos técnicos. 
7. Seja profundo. Leia. Persiga a indicação bibliográfica. 
PERSEVERE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NNOO TTAASS DDEE RROODD AAPP ÉÉ 
O nomes já indica a localização destas informações. O propósito das 
mesmas é indicar e fonte bibliográfica de onde foram extraídas determinadas 
informações, as quais se faziam necessário citar. As notas de rodapé exigem 
alguns pequenos cuidados, os quais tem levado alguns alunos a serem 
desestimulados para efetivá-las. Mas é de bom gosto, citar quando 
“literalmente” ou “para frase andamento” ou de outra forma usamos algum 
pensamento alheio. Também o conhecimento e uso bibliográfico que o autor da 
monografia possui. 
Para efeito deste trabalho ou apostila, indicaremos aquilo que é mais 
usual no trabalho do bacharelando. Para detalhes excessivamente técnicos o 
aluno deverá recorrer a uma vasta bibliografia existente. No ponto sobre 
bibliografia indicaremos alguns destes bons livros. 
1. As notas podem ser explicativas ou bibliográficas. 
1.1. As notas explicativas são de diferentes naturezas: comentários que não 
se encaixam no desenvolvimento racional da discussão, traduções de 
termos ou frases estrangeiras, desdobramento de informações dentro 
da linha de pesquisa etc. 
1.2. As notas bibliográficas servem localizar as fontes de idéias e das 
citações utilizadas pelo autor. O único princípio válido, a rigor, para a 
sua elaboração, é o do bom senso. Assim a nota de rodapé não repete 
todas as informações bibliográficas já indicadas na lista bibliográficas 
inserida no final da monografia, mas tão somente os elementos 
necessário para identificar a fonte citada. 
2. As notas são numeradas em forma consecutiva até o final do trabalho e os 
números são arábicos. 
3. A chamada para a nota de rodapé é feita logo após o termo que a exige, se 
no meio da frase ou logo após o ponto, se no fim, elevando-se-a de um 
espaço. Não deve ficar nenhum toque vazio entre a última letra do termo ou 
entre o ponto ou ainda as aspas e o algarismo de chamada. 
Exemplo: Rodapé¹ ; Rodapé¹. Karl Bearth afirmou na sua 
Dogmática:”........................”² 
4. O mesmo número alto é usado no rodapé sem pontuação. A nota começar 
no segundo toque da margem e a Segunda linha da nota começa na 
margem, bem com as demais. O número se eleva um espaço. Antes de 
escrever as notas de rodapé deve-se passar um traço horizontal de 15 
espaços. Ex.: 
_______________ 
¹A nota de rodapé começa no segundo toque depois da margem. A 
Segunda linha da nota começa na margem em espaço1. 
5. O conteúdo da nota depende, naturalmente, das exigências do texto. 
Quando o autor já foi mencionado, a nota apenas indica o título da obra 
correspondente e o número da página da citação. Se o livro e o autor já 
foram mencionados, a nota indica apenas o número da página. O termo 
“página tanto no plural como singular é abreviado com um “p”. Exemplo: p. 
7 ou p. 7 a 15. 
5.1. Na indicação de páginas seqüências, no caso duas seqüênciais, usa-
se a conjunção “e” e a mesma conjunção para as não – seqüências. 
 Exemplo: p. 5 e 6; p. 7 e 18. 
Usar-se a preposição “a” para designar uma seqüência de mais de 
duas páginas e ainda este sistema pode ser combinado, exemplos: 
 p. 7 a 10 e 13; p. 7 e 10 a 15; p. 7 e 10 a 15 e 18. 
5.1.1. Quando houver uma seqüência de páginas não consecutivas, 
emprega-se a vírgula até o penúltimo número que será seguido da 
conjunção “e”. Exemplo: 
p. 7,9,15,18,50 e 115. 
6. O título da mesma obra citada mais de uma vez, em páginas diferentes 
seqüências, será indicado na nota de rodapé, de forma abreviada, em lugar 
da conhecida forma op. Cit. 
6.1. Quando a mesma obra for citada mais de uma vez na mesma página, 
indica-se o seu título na primeira citação, e apenas idem e o número da 
página, nas citações subsequentes dessa mesma página, quando 
necessário. 
 
 
 
TT IIPPOOSS EE EEXXEEMMPPLLOO SS DDEE CC II TTAAÇÇÕÕEESS 
Há duas espécies de citação: Citação Livre, usando suas palavras, 
você sintetiza o pensamento trazido para a monografia (paráfrase). Pode fazê-
lo com relação a um livro inteiro, um volume, um capítulo, uma parte, etc. 
Evidente que se resume apenas o que se mostra essencial com relação ao 
tema. Ainda deve evitar-se que a citação livre deforme a idéia original, 
adulterando-a, falsificando-a. De qualquer forma deve ser indicada a fonte. 
Um outro tipo de citação é a, Citação textual, é a transcrição literal do 
texto de outrem. Quando é um trabalho monográfico de um bacharelando, 
geralmente este é de pouca extensão. Por isto, espera-se que esta monografia 
não seja uma “colcha de cotações” ou que apresentaria o servido de um mero 
copista. Espera-se que a monografia contenha, um mínimo ao menos, de 
genuinidade. Algumas indicações ao respeito da citação textual: 
1. Sendo breve, inclua suavemente no texto entre aspas, seguindo a mesma 
linha, exemplo: A orientação dada nos editoriais aos batistas, é que estes 
devem agir “como espectadores”, e que “não deixar de acompanhar os 
comentários e debates que a visita tem despertado”. 43 
2. Quando à extensão, de forma que fique assinalada sua condição de “fora 
de texto”, indica-se o seguinte: 
2.1. Espaço duplo antes e depois da citação (acima e debaixo) 
2.2. Espaço menor entre as linhas da citação (espaço 1) que aquele 
empregado no texto. 
2.3. Espaço maior nas duas margens ou 
2.4. Não usa aspas. A mancha indica esta ausência. Ou ainda usando outro 
tipo de letra em relação ao texto. 
3. Quanto a citação devemos indicar 
3.1. Se na citação ou autor dar ênfase a determinada frase, o autor da 
monografia na nota de rodapé deverá indicar entre parênteses (grifo do 
autor); 
3.2. Se na citação o autor da monografia deseja enfatizar determinada frase 
ou palavra deverá indicar entre parênteses (grifos meus) 
3.3. Ambas ênfases (3.1.; 3.2) devem ser indicadas no texto através da 
palavra ou frase sublinhada ou mudança de letras. 
4. Quando houver citação dentro da citação, esta leva aspas simples (‘ ‘). 
5. As omissões de uma ou algumas palavras, numa citação são simbolizadas 
por três pontos entre parênteses. (...) 
6. Quando o autorda monografia inserir alguma explicação no interior da 
citação, está virá entre colchetes ou pelo menos entre parênteses. 
Exemplos: 
(sic) para indicar anomalia ou erro no texto citado; 
( ! ) para indicar admiração ou ênfase 
( 9 ) para indicar dúvida quando a algum pormenor 
7. A citação reproduz fielmente o original mesmo se porventura houve erro. 
8. Qualquer citação deve corresponder a um item lista bibliográfica. 
9. SEJA HONESTO. Nunca deixe de citar a fonte quando inserida ou 
influência o trabalho. È desagradável ser descoberto num “roubo” intelectual 
e ser denunciado na revisão da monografia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BB IIBBLLIIOOGGRR AAFF II AA 
Podemos indicar que é nesta indicação bibliográfica verse-a a seriedade 
com que foi tratado o assunto. Muitos alunos torna-se verdadeiros “fofoqueiros” 
ao tratar determinados assuntos. Falam o que outros dizem ou crêem. Numa 
monografia que trata, seja ao nível crítico ou de apresentação da Teologia da 
Libertação, e, não existe na bibliografia algum livro de algum teólogo 
pertencente a esta linha de pensamento, não é um trabalho serio. Ou, ainda, 
falar de Calvino, Lutero, ou qualquer outro pensador, teólogo, filósofo, etc., e 
não usar algumas das suas obras é ser “fofoqueiro intelectual”. Este é um 
cuidado que deve ser tomado, pois, geralmente àqueles que corrigem ou lêem 
estes trabalhos, a “primeira olhada” é na bibliografia e aqui o leitor será 
estimulado a ler ou não e ainda a qualificar. 
Aqui indicaremos os elementos mais usados para escrever a bibliografia 
da monografia. Não é exaustiva, visto que, há determinadas formas que não é 
usual no bacharelando e pecam pelo excessivo tecnicismo. Mas recomenda-se 
a “boa companhia” dum manual de monografia completo e técnico. Indicaremos 
as informações básicas para uma monografia de bacharéis. 
1. A bibliografia situa-se no final da monografia. 
2. A bibliografia é uma lista de obras consultadas para a elaboração da 
monografia citada ou não no texto. Esta lista pode ser organizada segundo 
diversos critérios, porém, de determinados pela conveniência de seu uso 
pelos interessados. Não importando o critério de sua organização, ela é 
sempre ordenada alfabeticamente. 
3. Os elementos de referência de livros, folhetos, separatas etc., são retirados 
da páginas de rosto. 
4. Ao se tratar de livros, as seguintes especificações e ordem dos elementos 
são necessárias. 
4.1. Autor 
4.2. Título 
4.3. Título original (quando tradução) ou tradução do título quando em 
idioma pouco conhecido) 
4.4. Tradutor, prefaciador, etc., quando necessário 
4.5. Número da edição 
4.6. Local da publicação 
4.7. Editora 
4.8. Ano da publicação 
4.9. Número de volume e/ou número de páginas 
4.10. Indicações de ilustração, tabelas, etc. 
 4.11. Títulos da série 
Exemplo: 
CASTRO, Cláudio de Moura. Estrutura e Apresentação de 
Publicações Científicas. São Paulo, MCGraaw-Hill. 1976. 70 p. 
5. Ao se tratar de artigos de revistas ou de capítulos de coletâneas de diversos 
autores, ou ainda dicionário, as seguintes especificações e ordem dos 
elementos são necessários: 
5.1. Autor ou autores 
5.2. Títulos da parte referenciada 
5.3. Nome da revista ou coletânea 
5.4. Local da publicação 
5.5. Editora 
5.6. Data 
5.7. Número de páginas e / ou volumes 
5.8. Indicações do volume, tomo, parte capítulo e número da página inicial 
e final do artigo ou capítulo completo. Exemplo: 
SCHNERRB, Robert. O Séculos XIX; As Civilizações Não Européias; do 
Limiar do século XX. In: CROUZET, Maurice, ed. História Geral das 
Civilizações. São Paulo. Difusão Européia do Livro, 1958. T. 6, v. 14, 
335 p. 
6. Ao se tratar de artigos de jornais, as seguintes, as especificações e ordem 
dos elementos são necessárias: 
6.1. Autor 
6.2. Título do artigo 
6.3. Título do jornal 
6.4. Local da publicação 
6.5. Data (dia, mês e ano) 
6.6. Número ou título de caderno, seção, suplementos, etc. 
6.7. Páginas (5) 
6.8. Número de ordem de coluna (quando imprescindível). 
Exemplo: SANTO, J. Alves. Dos. Porque Luta Portugal na África. O 
Estado de São Paulo. São Paulo, 28 de maio 1969. P. 64 
7. Quando um livro consultado faz parte de uma série, ela é indicada no fim 
entra parênteses. 
8. Quando são dois os autores indicam-se, ligados por “&” sempre o 
sobrenome antecedendo o pronome e ambos com maiúsculas. Em caso de 
haver mais de dois autores, menciona-se o primeiro, seguido de “et alii) 
9. Considera-se como autor o editor intelectual ou compilar da obra coletiva, 
desde que não se trata de periódico ou publicação seriada, ou ainda 
verbete de dicionário técnico que geralmente indica o seu autor. Vd. Ponto 
5. 
10. Quando uma entidade coletiva assume a responsabilidade por um trabalho, 
ela é tratada como autor. 
11. As obras anônimas são referenciadas pelo título 
12. Quando são referenciada diversas obras do mesmo autor, em seqüência, 
o nome do autor é omitido nas referências seguintes à primeira, 
substituindo-o um travessão simples. Exemplo: 
FREYRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala. Rio de Janeiro, etc. 
 Sobrado e Mocambos. São Paulo...etc. 
13. o título é reproduzido tal como figura na página de rosto. 
14. O nome do diretor, tradutor, ilustrador ou de outrora colaboradores da 
edição (desde que não sejam autores), deve ser acrescentado ao título 
quando necessário. 
15. Indica-se número da edição quando mencionado na obra seguido de ponto 
e da abreviatura da palavra “edição” (2. Ed.). Emendas e acréscimos podem 
ser indicados com abreviaturas (2. Ed. Ver. Aum.) 
16. Quando for impossível determinar o local da publicação, indica-se “s.1.” No 
caso da data indica-se “s.d.”. E quando o local, editor e data não aparecem 
na publicação, indica-se “s.n.t” (sem notas tipo gráficas 
 
 
 
 
 
BB IIBBLLIIOOGGRR AAFF II AA 
 
 
ADLER, Mortimer J. & J. VAN DOREM, Charles. A Arte de Ler. Trad. José 
Laurenio de Melo. Ed. Ver. Atual. Rio de Janeiro, Agir, 1974. 393 p. 
BASTOS, Lília da Rocha. Manual Para a Elaboração de Projeto e Relatórios 
de Pesquisa, Teses e Dissertações. 2ª ed. Rio de Janeiro, Zahar 
Editores, 1981. 117 p. Anexos ilustrativo e glossário de termos técnicos. 
BRUYNE, Paulo de, et. Alii. Dinâmica da Pesquisa em Ciências Sociais. Os 
pólos da prática metodológica. Trad. Ruth Joffily. Rio de Janeiro, 
Francisco Alves. S.d. 252 p. 
DEMO, Pedro. À Metodologia da Ciência. 2ª ed. São Paulo, Atlas, 1985.118 
p. 
 Pesquisa. Princípio Científico e Educativo. São Paulo, 
Cortez Editora e Autores Associados. 1990 (Biblioteca de Educação, 
série 1, Escola) v. 14 
DUSILEK, Darci. A Arte da Investigação Criadora. Introdução à Metodologia 
da Pesquisa. Rio de Janeiro, JUERP. 1978. 197 p. Ilustrações. 
FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler. Em Três Artigos que se 
Completam São Paulo, Autores Associados e Edif. Cortéz. 1983. 1983. 
V. 4 (Coleção Polêmicas do Nosso Tempo) 
 Pedagogia do Oprimido. 18ª ed. Rio de Janeiro, Paz e 
Terra. 1987. V. 21 (coleção, O Mundo Hoje). 
GARCIA, Othon M. Comunicação em Prosa Moderna. Aprenda a escrever, 
Aprendendo a Pensar. 13ª ed. De Rio de Janeiro, FGV. 1986. 519 p. 
HENDRICKS, Howard. Ensinando Para Transformar Vidas. Trad. Myrian 
Talitha Lins. Belo Horizonte, Ed. Betânea. 1991. 143 p. 
LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia 
Científica. São Paulo, ed. Atlas. 1983. 231 p. 
PRADO, Heloísa de Almeida. Organização e Administração de

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