Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE GOVERNADOR OZANAM COELHO – UBÁ (MG) LUCAS MAGALHÃES DE OLIVEIRA [ 1 ] ANEMIAS NA INFÂNCIA LUCAS MAGALHÃES DE OLIVEIRA – FAGOC – 2019/1 DEFINIÇÃO ® Redução do volume das hemácias ou na quantidade de hemoglobina, considerando idade, sexo, altitude em relação ao nível do mar. ® Anemia ocorre quando o nível de hemoglobina (Hb) está dois desvios-padrão abaixo da média para a idade e sexo. ® Crianças não-brancas tem Hb em média 0,5g/dL mais baixa que caucasianos, ou seja, negros tem uma taxa de Hb mais baixa. ® Para a OMS, crianças de zero a 4 anos e 11 meses com Hb < 11g/dL são anêmicas. ANOTAÇÕES Pacientes que desenvolvem anemia lentamente (forma crônica), vão apresentar poucos sinais e sintomas. A sintomatologia mais clara (taquicardia, taquipneia, mal-estar e desanimo ocorre quando os níveis de Hb estão muito baixos, geralmente menor que 7 g/dL ou quando o paciente desenvolveu uma forma aguda. ERITROPOIESE FETAL ® A produção de células sanguíneas ocorre precocemente na vida uterina, sendo realizada inicialmente pelo fígado. ® Durante a vida uterina, a maior parte da Hb produzida é a HbF (hemoglobina fetal), que tem uma alta afinidade pelo O2. Ela representa 80% da Hb circulante nos fetos. - A vantagem do transporte do O2 pela HbF é que, como o bebê vive em um ambiente de hipóxia, esse tipo de hemoglobina faz a captação do oxigênio com facilidade na placenta (pela alta afinidade) e o libera nos tecidos de acordo com a redução gradativa da pO2. ® Ao longo da gestação, ocorre mudança do sítio produtor de hemoglobina: Ilhotas Sanguíneas do Saco Vitelino; Fígado Fetal; e Medula Óssea. ® Após o nascimento, o organismo para de produzir a HbF e começa a produzir HbA (hemoglobina do tipo adulto). - A produção da HbA se inicia assim que começar a ocorrer a liberação da eritropoietina. ERITROPOIESE APÓS NASCIMENTO ® A eritropoietina é sintetizada nos rins, sendo o seu estímulo de produção a redução nos níveis de Hb, tendo baixa resposta à hipóxia do neonato. ANOTAÇÕES Como a hemoglobina fetal tem maior afinidade pelo O2, a compensação do organismo é produzir muito mais células sanguíneas do que depois do nascimento. Ao longo dos primeiros meses de vida, a hemoglobina vai cair gradativamente, mas o estímulo para produção medular só vai acontecer quando a Hb estiver em torno de 10 (o que geralmente acontece por volta de um mês e meio a dois meses de vida). ® A Anemia Fisiológica acontece em todos os bebês por volta dos dois meses de vida. ® No neonato, a eritropoiese é interrompida e persiste baixa por mais de um mês. No final do segundo mês, quando hematócrito chega a 30% e a hemoglobina chega a 10, ocorre o estímulo para a produção da eritropoietina. - Ocorre o estímulo para a produção de HbA1, principalmente. Essa hemoglobina é composta de duas cadeias alfa e duas cadeias beta. ® A transição para produção de HbA nos fetos acontece a partir da 34ª semana de gestação, sendo que ao nascimento o predomínio ainda é de HbF. - Após o nascimento a síntese de HbF é interrompida. ANOTAÇÕES – TIPOS DE HEMOGLOBINA → Tipo A1: Duas cadeias alfa e duas cadeias beta → Tipo A2: Duas cadeias alfa e duas cadeias delta → Fetal: Duas cadeias alfa e duas cadeias gama TRANSFUSÃO PLACENTÁRIA ® Ligadura Tardia do Cordão (1-3 minutos após o nascimento) é recomendada na intenção de elevar o hematócrito (volume sanguíneo) dos neonatos. - A única desvantagem desse procedimento é que pode ocorrer um aumento da ocorrência de icterícia neonatal. ® São benefícios: Aumento do volume sanguíneo; Melhora das funções circulatórias e respiratórias; Redução de hemotransfusões em recém-nascidos; Melhora da oxigenação cerebral; Redução de hemorragia peri- intraventriculares; Redução das taxas de sepse. SUSPEITA CLÍNICA DE ANEMIA ® Palidez cutaneomucosa (É a suspeita mais evidente. Deve-se levar em consideração a coloração da mucosa e da palma das mãos). - Nenhum outro sinal ou sintoma aparece sem que haja palidez. ® Deve-se observar todos os locais acessíveis ao exame: região palmar, mucosa conjuntival, labial e intra-oral, orelhas, leito ungueal e a pele como um todo. ® Deve-se excluir vasoconstrição periférica. ® Muitas vezes, a queixa familiar de criança “amarela” está relacionada a ingesta elevada de carotenos. Não confundir com anemia. MECANISMOS PARA SURGIMENTO DE ANEMIA ® Produção Deficiente: - Hipoplasia da medula óssea - Invasão medular por células neoplásicas - Carência nutricional (ferro, ácido fólico, vitamina B12) ® Destruição: - Hemólise (defeito das membranas eritrocitárias, hemoglobinopatia, deficiência enzimática, fatores extrínsecos) FACULDADE GOVERNADOR OZANAM COELHO – UBÁ (MG) LUCAS MAGALHÃES DE OLIVEIRA [ 2 ] ® Sangramento: - Agudo (interno ou externo) ou crônico ANOTAÇÕES Em um paciente com diagnóstico de anemia ferropriva com tratamento adequado por 30-60 dias e sem sinais de melhora, deve-se investigar sangramento intestinal, sobretudo por verminoses ou alguma doença que favoreça perdas intestinais de sangue. → Além de manifestação visual da mucosa, o paciente anêmico pode ser desanimado, taquicárdico ou taquipneico, que são mecanismos compensatórios para conseguir manter uma oxigenação tecidual satisfatória. EXAMES LABORATORIAIS ® Avaliação do nível sérico da hemoglobina e do hematócrito. - < 2 desvios-padrão configura quadro de anemia ® Hematoscopia: Observação de anisocitose (variação do tamanho das hemácias) e poiquilocitose (alteração da forma das hemácias) - Esferócitos (alteração da membrana celular), ovalócitos, eliptócitos, esquizócitos. - Hemácias em alvo (talassemia ou HbC) - Hemácias crenadas (uremia) - Hemácias em foice (anemia falciforme) - Hemácias em lágrimas (mielofibrose) - Policromasia: Cor azulada que hemácias mais jovens assumem quando presentes em snague periférico, indicando aumento dos reticulócitos. - Inclusões Citoplasmáticas: Sugerem distúrbios da eritropoiese – Corpúsculos de Pappenheimer (grânulos contendo ferro); Pontiado basófilo (restos ribossômicos, instabilidade do RNA); Anel de Cabot (restos de membrana nuclear); Corpúsculos de Howell-Jolly (restos de cromatina nuclear, comum em anemias hemolíticas). ® Contagem de Reticulócitos: Os reticulócitos são hemácias jovens, que ainda apresentam em seu interior restos de ácidos ribonucleicos ribossomais, estes podendo ser corados pelo azul cresil brilhante (figura 1). - Valor de Referência: 0,5 – 2,0% - Reticulocitose indica hiperplasia compensatória da medula óssea. - O quadro de reticulocitose é encontrado sobretudo em pacientes com anemia hemolítica e muito pouco provável de ocorrem em pacientes com doenças medulares (leucemia) ou depleção dos níveis de ferro e ácido fólico na dieta. - A contagem de reticulócitos indica a sua porcentagem em relação às células maduras, assim, a interpretação pode ocorrer de forma errada, uma vez que pode existir uma produção diminuída de células sanguíneas pelo paciente anêmico, mascarando a porcentagem. Para evitar esse erro, deve ser feita a correção através do índice reticulocitário. ® Indice Hematimétrico (ajuda a direcionar qual a possível causa da anemia), que caracteriza a anemia. - VCM (hematócrito/glóbulos vermelhos): Indica tamanho da hemácia – microcítica, normocítica, macrocítica. - HCM (hemoglobina corpuscular média): Indica a cor da hemácia – hipocrômica, normocrômica, hipercrômica. - CHCM (concentração de HCM): Que também indica a cor da hemácia, relacionando hemoglobina/hematócrito. Normal quando acima de 30%. -RDW (amplitude de distribuição dos glóbulos vermelhos): Indica anisocitose; Variação de tamanho das hemácias. TIPOS DE ANEMIAS → Anemia microcítica e hipocrômica: ANEMIA FERROPRIVA – A medula tenta produzir novas células sanguíneas, tendo como resultado células microcítica, mas com uma variação de tamanho (o RDW tende a ser aumentado). TALASSEMIA – RDW tende a ser normal, pois todas as células são produzidas aproximadamente do mesmo tamanho. → Anemia normocítica e normocrômica ANEMIAS POR DOENÇA CRÔNICA SANGRAMENTO AGUDO → Anemia macrocítica ANEMIA MEGALOBLÁSTICA EXEMPLOS → Paciente com quadro de hiperbilirrubinemia (bilirrubina indireta) e aumento de reticulócitos indica anemia hemolítica. → Paciente com anemia microcítica e hipocrômica tem como causa mais provável a anemia ferropriva sendo o principal diagnóstico diferencial a talassemia. → Paciente anêmico tratado para anemia ferropriva, sem apresentar melhora no tratamento a base de ferro, deve estar perdendo sangue por algum lugar (investigar verminose, tumor ou doença intestinal) ou é portador de talassemia. → Paciente com anemia normocrômica e normocítica representa quadro de perda aguda de sangue recentemente ou apresenta doenças crônicas. → Anemia Macrocítica é comum nas anemias megaloblásticas, por deficiência de Vitamina B12 ou ácido fólico. 1 - Azul Cresil Brilhante ANEMIA NO PERÍODO NEONATAL ® Sempre pensar em: - Hemólise: Doenças autoimunes e aloimunes; TORCHS; Enzimopatias; Alteração da membrana dos eritrócitos; e alteração da hemoglobina. - Perda Sanguínea: Os neonatos são mais susceptíveis a sangrar. - Falta de Produção - Anemia da Prematuridade: Dificuldade da síntese de células e seu maior consumo, devido ao crescimento acelerado. FACULDADE GOVERNADOR OZANAM COELHO – UBÁ (MG) LUCAS MAGALHÃES DE OLIVEIRA [ 3 ] ANEMIA NEONATAL POR HEMORRAGIAS ® Hemorragia Placentária para Circulação Materna – Mãe com descolamento prematuro de placenta, mãe sangra e o bebê também sangra. - Teste de Kleihauer-Betke: Eventualmente o sangramento pode ser para dentro do organismo materno. Se o bebê nasce anêmico, mas não houve hemorragia evidente (não houve sangramento para o canal de parto), esse sangramento pode ter acontecido durante toda a gestação (sangramento crônico). Esse evento pode ser identificado pelo teste de Kleihauer- Betke, que identifica a presença de células fetais no organismo materno. ® Sangramento Placentário para Canal de Parto – História de sangramento peri-parto imediato, o bebê está anêmico e o diagnóstico é razoavelmente tranquilo. ® Hemorragia Peri-Intraventricular – Bebê com padecimento abrupto, as vezes com instabilidade dinâmica ou não, sobretudo se é um pequeno prematuro, a US transfontanela vai evidenciar área de sangramento que justifica o quadro clínico do paciente. - Fontanela do bebê vai se apresentar de forma abaulada, tensa. Paciente estará muito pálido, as vezes com instabilidade. ® Trauma de Parto – Hematoma subgalea, hematoma subescapular hepático, hemorragia cerebral, fraturas de membros, hemorragia suprarrenal. - Ocorre em situações traumáticas, como com o uso de fórceps. ® Síndrome de Transfusão Feto-Fetal – Geralmente gemelares que tem uma transfusão de sangue de um feto para o outro. - Um bebê se apresentará pálido e o outro pletórico; - Um com poucas hemácias e outro com muitas; - Geralmente um dos bebês é GIG e o outro é desnutrido. - Os dois bebês estão sob risco. ANEMIAS HEMOLÍTICAS NO PERÍODO NEONATAL ® A hiperbilirrubinemia é mais comum e mais severa em neonatos com doença hemolítica. ® Diagnóstico: História familiar de anemia ou icterícia neonatal, exame físico completo e lâmina de hematoscopia, teste de Coombs Direto. ® Possibilidades: - Incompatibilidade do grupo RH e ABO; - Infecções Congênitas – TORCHS e Parvovírus B19; - Enzimopatias – Deficiência da 6-fosfato desidrogenase e de piruvato-quinase; - Alterações de Membrana – Esferocitose ou eliptocitose; - Alterações da Hemoglobina – Talassemia; anemia falciforme. - Anemia de Fanconi – Desordem causada por instabilidade cromossômica que causa uma variedade de anormalidades, insuficiência da medula óssea e predispõe leucemia. ANEMIAS CONGÊNITAS POR FALHA NA ERITROPOIESE ® Eritropoise ineficaz e distintas anormalidades morfológicas dos eritroblastos na medula óssea - Paciente anêmico, sem sangramento visível, que não apresenta anemia hemolítica: Deve-se pensar em doença relacionada à medula óssea. ® Casos Raros ® Síndrome de Blackfan-Diamond ANEMIAS FORA DO PERÍODO NEONATAL Anemias causadas por perdas sanguíneas, hemólise ou déficit na produção de hemácias. São exemplos: Anemia fisiolófica do lactente, anemias carenciais (Ferropriva, deficiência de ácido fólico, deficiência de B12, deficiência de vitamina E) e anemias não carenciais (Doenças Sistêmicas ou da medula óssea). ANEMIA FISIOLÓGICA DO LACTENTE ® Ocorre na transição da síntese de HbF para HbA. ® Ao nascer, o bebê ainda não está produzindo eritropoietina, isso ocorre devido aos altos níveis de hemoglobina fetal ainda presentes (cerca de 20g/%). ® A eritropoietina só é liberada quando os níveis de hemoglobina circulante (HbF) atingem o nível de 10g/%, isso ocorre por volta do final do segundo mês, caracterizando o aparecimento da doença. ® Os sinais da anemia fisiológica começam a desaparecer assim que a estimulação da medula óssea pela eritropoietina resulte em produção de HbA (hemoglobina adulta) e o patamar de hemoglobina circulante chegue a 12-14g/%. ANEMIA FERROPRIVA ® Acontece em crianças menores de 2 anos de idade com alimentação deficiente em ferro (ex.: crianças que se alimentem de leite de vaca, sem suplementação de ferro). ® Epidemiologia: Segundo a OMS, 30% da população mundial, sendo: - Crianças entre 6 meses e 2 anos: 50% - Brasil: 28-68% da população pediátrica ® Causas: - Deficiência na ingesta alimentar - Perdas Intestinais (verminoses) - Acelerada expansão da massa eritrocitária imposta pelo crescimento corporal das crianças. ® Anemia é a manifestação mais tardia da deficiência de ferro. Geralmente outros sintomas são observados antes (dificuldade de aprendizado, perda de apetite...). ® Criança em aleitamento materno exclusivo dificilmente fará quadro de anemia ferropriva. FACULDADE GOVERNADOR OZANAM COELHO – UBÁ (MG) LUCAS MAGALHÃES DE OLIVEIRA [ 4 ] ® Manifestações Precoces: Queda na curva de peso, redução na capacidade de atenção, déficits psicomotores, alteração da função imune, aumento de susceptibilidade a diarreia, doenças respiratórias, infecções e prejuízos cognitivos (atraso no desenvolvimento da linguagem, coordenação de equilíbrio, desenvolvimento motor). AULA → Como muitos dos nossos pacientes não fazem acompanhamento de puericultura no primeiro ano de vida e abandonam precocemente o aleitamento materno, é de se pensar que muitas dessas crianças tem uma carência de ferro ao longo do primeiro ano de vida. → Ao diagnóstico de anemia ferropriva, o bebê já passou por um período de carência e mesmo com o inicio do tratamento (reposição de ferro), o prejuízo cognitivo vai ser de difícil recuperação. ® A suspeita de anemia ferropriva deve ser baseada na história clinica e alimentar e ao exame físico. - Ex.: Lactente no 1º ano de vida, que faz uso de leite de vaca, não recebe suplementação de ferro, tem alta probabilidade de ter anemia ferropriva. A família desse bebê procura assistência médica quando percebe palidez ou outras manifestações que fogem o padrão normal (geofagia, roer unhas,aparecimento de listras nas unhas, cabelo quebradiço...). ® A anemia ferropriva tem surgimento favorecido em prematuros, gêmeos, bebês com baixo peso ao nascimento, lactentes a termo com dieta baseada em leite artificial não suplementada com ferro, perda crônica de sangue nas fezes por alergia alimentar, leite de vaca, diarreia de repetição, parasitoses, uso frequente de AAS, anormalidades intestinais anatômicas, dentre outras. Adolescentes, principalmente meninas, por perdas menstruais. ® Manifestações Clínicas: - Queixas de pica (hábitos alimentares estranhos – geofagia) - Adinamia e irritabilidade - Déficit de atenção - Prejuízo escolar - História familiar de uso de vitaminas e suplementação de ferro - Palidez cutâneo-mucosa - Sopro cardíaco leve, proto/mesossistólico, suave, sem irradiação - Baço com ponta até 2-3 cm abaixo do RCE (comum em lactentes) – Ocorre como forma de compensação do organismo, para aumentear a produção de células sanguíneas. ® Exames Laboratoriais: - Hipocromia e microcitose - Caso seja anemia discreta (Hb 10g/dL), pode ser normocrômica e normocítica - Contagem de reticulócitos normal - Trombocitose (plaquetas até 800.000) - Ferritina Sérica (Mostra a reserva de ferro no organismo): A primeira coisa que vai alterar no paciente quando houver perda de ferro no organismo. - Ferro Sérico - Outros Exames: Capacidade total de ligação de ferro à transferrina (CLF) está aumentado na deficiência de ferro; Porcentagem de saturação em ferro da transferrina (Ferro sérico x 100/CLF) é mais sensível e específica que componentes isolados. - Quais Exames Pedir: FtS, FSe, CLF e cálculo da porcentagem. AULA → Lembrar que a ferritina sérica é um marcador inflamatório, portanto, durante quadros infecciosos/inflamatórios, haverá o seu aumento sérico, levando a um falso aumento de seus níveis. → A ferritina sérica NÃO é utilizada isoladamente como critério diagnostico de anemia ferropriva. ® Tratamento: - Corrigir causa determinante - Repor estoque de ferro (3mg/kg/dia de ferro elemento – pelo menos 20% na forma de sulfato ferroso) por 4 a 6 meses. - Dose única - 30 minutos antes ou 2 horas após alimentação (estar de estomago vazio). - Puro ou misturado com suco de laranja (vitamina C aumenta a absorção de ferro) - No caso de intolerância gástrica, iniciar com doses mais baixas e aumentar progressivamente. - Resposta obvia em 30 dias. Caso não ocorra resposta em 30-60 dias, rever presença de doença espoliadora de ferro, distúrbios de absorção mineral, não adesão do paciente ao tratamento e pesquisar talassemia. LEMBRAR → O uso de sulfato ferroso durante um tempo pode deixar as fezes mais escuras, assim como provocar o aparecimento de linhas estriadas nas linhas e escurecimento dos dentes, sendo que, estes efeitos adversos, desaparecem com a interrupção do uso. PREVENÇÃO ® Ministério da Saúde – 2004: Adição de ferro e ácido fólico nas farinhas de trigo e milho. ® Lactentes a Termo em Aleitamento Materno: Iniciar profilaxia com 1mg/kg/dia a partir do início do processo de desmame e manter até 24 meses de idade, independente da condição familiar. - A Sociedade Brasileira de Pediatria inicialmente recomendava a partir de 6 meses de idade, mas agora está sugerindo começar a partir de 4 meses de idade, mesmo antes da introdução de outros alimentos. ® RN Baixo Peso e Prematuros com Menos de 1,5kg: Iniciar 2 mg/kg/dia a partir dos 30 dias de vida no primeiro ano de vida. Após isso, 1 mg/kg/dia até os 2 anos de vida. FACULDADE GOVERNADOR OZANAM COELHO – UBÁ (MG) LUCAS MAGALHÃES DE OLIVEIRA [ 5 ] ® Prematuros de 1.000-1.500g: 3 mg/kg/dia a partir dos 30 dias de vida até completar 1 ano. Após isso, manter 1 mg/kg/dia até os 2 anos de vida. ® Prematuros < 1.000g: 4 mg/kg/dia a partir dos 30 dias de vida até completar 1 ano. Após isso, 1 mg/kg/dia até 2 anos de vida. ® Profilaxia medicamentosa ou com alimento suplementado, calculando a ingestão total de ferro. ® Adolescentes: Uso da profilaxia é uma avaliação individual que deve levar em consideração sexo, padrão alimentar, dentre outros. ® Efeitos Colaterais: - Alteração na cor e consistência das fezes. - Tingimento dos dentes (não permanente; não é motivo para interromper a suplementação). ANEMIA POR DEFICIÊNCIA DE ÁCIDO FÓLICO ® Anemia macrocítica ® Assincronia de maturação núcleo-citoplasmática ® Geralmente, acompanhada de deficiência proteica. ® Atenção para deficiência de ácido fólico no leite de cabra, deve fazer suplementação de ácido fólico. ® Eventualmente o prejuízo na absorção do ácido fólico vêm da interação com drogas (fenobarbital, fenitoína, trimetoprima). ANEMIA POR DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B12 ® Anemia macrocítica ® Medula óssea megaloblástica (medula óssea é exposta à produção de células maiores) ® Extremamente rara na infância ® Mais comum no adulto como anemia perniciosa: Absorção deficiente de vitamina B12. ANEMIA POR DEFICIÊNCIA DE VITAMINA E ® Incide principalmente em prematuros nos primeiros 6 meses de vida. ® Desenvolve anemia hemolítica. A carência vitamínica favorece oxidação da membrana dos eritrócitos e sua destruição precoce. ® Raramente se observa icterícia ou esplenomegalia ® Reticulocitose leve-moderada ® Trombocitose ® Nível sérico de vitamina E < 0,5 mg/dL sela o diagnóstico ® Tratamento: Suplementação de vitamina E. ANEMIAS NÃO CARENCIAIS ® Podem ser causadas por doenças sistêmicas, que inibem a eritrogênese (pacientes com insuficiência renal crônica ou doença reumática estão mais susceptíveis a fazer esse tipo de anemia), por doenças específicas da medula óssea (como aplasia da medula óssea – pancitopenia; ou leucemia – hiper-leucocitose, anemia e plaquetopenia) comprometendo isoladamente células da serie vermelha ou, mais frequentemente, comprometendo granulócitos e plaquetas. AULA → Lembrar que existe o componente de que a medula é mal funcionante, então seu paciente sempre terá uma história de síndrome tripla. Ele tem síndrome anêmica, síndrome hemorrágica e síndrome infecciosa. → Geralmente esse paciente vai apresentar petéquias, equimoses, gengivorragias e o hemograma vai apresentar numero de plaquetas reduzido. → Nesses pacientes com síndrome tripla, sempre pensar em doença da medula óssea, assim, deve-se encaminhar para biópsia (aspirado). DOENÇAS SISTÊMICAS CRÔNICAS ® Ocorre inibição medular, com alteração do metabolismo do ferro, maior risco de sangramento e hemólise. ® Tem como causas neoplasias (neuroblastoma, doença de Hodgkin), pielonefrite crônica, osteomielite, tuberculose, insuficiência renal crônica e hipotireoidismo). ® É importante reconhecer a causa primária (doença primária). ® Se apresenta, habitualmente, como anemia normocrômica e normocítica, sendo que, eventualmente, pode ser microcítica e hipocrômica. ® Ao exame laboratorial apresentará ferro sérico baixo (FSe baixo), porcentagem de saturação de ferro da transferrina normal-aumentada, dosagem de receptor da transferrina diminuído e redução da eritropoiese. ® PROVA! Em casos de anemias de etiologia obscura, sempre dosar: ureia, creatinina, TSH, T3, T4 e realizar urinálise. ANEMIAS SECUNDÁRIAS A DOENÇAS DA MEDULA ÓSSEA HIPOPLASIA DA MEDULA ÓSSEA ® Instalação da anemia insidiosa (que pode caminhar para uma aplasia total da medula óssea). ® Sinais de deficiência celular: Sangramentos e susceptibilidade a infecções INFILTRAÇÃO MEDULAR ® Doenças neoplásicas ® Há sinais de falência medular (tríade anêmica- hemorrágica), leucemias (hepatoesplenomegalia e adenomegalias), neuroblastoma (massaabdominal). ® Diagnóstico: Mielograma (punção aspirativa da medula óssea em esfregaço sobre lâmina), biópsia de medula óssea (exame histológico do fragmento ósseo – usado em casos de poucas células no mielograma) ANEMIAS HEMOLÍTICAS ® Pensar em anemias hemolíticas quando o diagnóstico de anemia carencial e por defeitos de produção estiver afastado. ® Paciente vai apresentar índice reticulocitário elevado, icterícia e esplenomegalia. ® Em causas congênitas (alteração enzimática, da membrana ou da hemoglobina) ou adquiridas. FACULDADE GOVERNADOR OZANAM COELHO – UBÁ (MG) LUCAS MAGALHÃES DE OLIVEIRA [ 6 ] ANOTAÇÕES → As congênitas são mais frequentes que as adquiridas e dentro das congênitas, as mais comuns são a esferocitose, que é uma alteração no formato da membrana, e as hemoglobinopatias, sobretudo a anemia falciforme e a talassemia. → As adquiridas são anemias hemolíticas autoimunes. Obviamente deve-se pensar em doenças com característica de autoimunidade, como lúpus, e as vezes em reação à medicações. ANEMIAS HEMOLÍTICAS CONGÊNITAS – PROVA! ® Anemia Crônica, que ocorre desde o nascimento, com alteração da membrana, pensar em esferocitose; que tem início aos 4-6 meses, com alteração da hemoglobina, quando geralmente ocorre o inicio das hemoglobinopatias. ® Ocorre reticulocitose e aumento da bilirrubina indireta (hemólise). ® Na hematoscopia observa-se alteração da forma ou do tamanho das hemácias, sendo frequentemente heterogênia - As vezes se apresentam em formas típicas: Foice ou esferocíticas. ® Na história deve-se abordar hemotransfusões realizadas (quantas, quanto e por que?). DOENÇA FALCIFORME ® Grupo de enfermidade hematológica hereditária e autossômica, inclui diversos genótipos com predomínio da HbS. ® Ocorre pela substituição da valina pelo ácido glutâmico na 6ª posição da cadeia beta. ® Geralmente pais são assintomáticos, porém portadores do traço falciforme: 25% de probabilidade, pois a doença exige presença do gene falciforme em homozigose. ® Ao nascimento é identificado pelo teste do pezinho. ® Forma Heterozigota: HbAS, possui traço falciforme, é assintomática (HbA > HbS). ® Segundo a OMS são 300.000 novos casos/ano ® Brasil: Programa de triagem neonatal (3.500 crianças por ano com a doença, 200.000 portadores de traço falciforme por ano). ® Alta morbi-mortalidade é o grande problema da doença instalada. ® Fisiopatologia: HbS em alta concentração, quando desoxigenada e na presença de retardo de circulação, se organiza em polímeros de filamentos, determinando a forma alongada da hemácia (em foice ou falcizada). Essa hemácia sempre se rompe na pequena circulação, por conta disso o paciente tem hemólise. - Além da alteração de forma, existem múltiplas alterações celulares: Efluxo do potássio, aumento do cálcio intracelular, formação de polímeros de Hb com proteínas da membrana e moléculas da membrana celular, aumento da adesão das hemácias ao endotélio, enrijecimento da membrana, encurtamento ad sobrevida da hemácia, lesões microvasculares, depleção de óxido nítrico (vasoconstrição) e ativação dos mecanismos de coagulação. ® Gravidade Relacionada: - Níveis de HbF são inversamente associados à gravidade, quanto maior o nível de HbF, mais protegido está o paciente. - Concomitância da talassemia e haplótipos associados ao gene S. ® Diagnóstico: - RN assintomático pelo predomínio de HbF. - Sintomatologia acontece após 4-6 mês de vida, quando ocorre diminuição da HbF. - O diagnóstico de baseia na história clínica, familiar, exame físico, hemograma e na eletroforese de Hb (diagnóstico conclusivo). - Ex.: Paciente, sobretudo de raça negra, que tem anemia, esplenomegalia, esclerótica ictérica, deve-se pensar em anemia hemolítica e deve-se excluir anemia falciforme fazendo pedido do teste do afoiçamento. ® Diagnóstico Laboratorial: - Hb entre 5-11 g/dL - Normocrômica e normocítica PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA DOENÇA FALCIFORME AGUDA CRÔNICA Sequestro esplênico/hepático Necrose asséptica da cabeça do fêmur/úmero Crise vaso-oclusiva dolorosa Retinopatia Priapismo Insuficiência Renal AVE Litíase Biliar Crise Aplásica Hepatopatia Síndrome Torácica Aguda Cardiopatia Infecções (por imunodeficiência) Úlcera de MMII (má circulação periférica) ANOTAÇÕES → A anemia hemolítica falciforme é uma Doença crônica entremeada por crises agudas isquêmicas, aplásicas e hipersequestro esplênico. → O que são essas crises? A crise isquêmica é sobretudo de dor óssea, abdominal, paciente faz uma obstrução da microcirculação por essas hemácias falcizadas e sente dor intensa. Pode haver necessidade de morfina ou derivados, pra conseguir controlar essa dor. É motivo de internação, pois precisa de medicação mais potente. ® AVE: Paresias e paralisias espásticas. - O AVC não é uma situação comum em pediatria, mas é um fator de risco em pacientes com anemia falciforme. Se o paciente fizer uma crise de AVC, posteriormente o hematologista vai tentar sempre manter uma taxa de células falcêmicas mais baixa, isso só se consegue fazer com hemotransfusões seriadas e necessariamente o banco de sangue precisa de fazer a fenotipagem sanguínea pois se usarmos sangue de múltiplos doadores, o paciente terá reação de antígeno- anticorpo entre todos os doadores e não teremos sangue para transfundir no paciente. ® Dactilite ou Síndrome Mão-Pé: tumefações dolorosas nas articulações dos pés e mãos de lactente, justifica o paciente ser internado para receber analgésicos mais potentes. FACULDADE GOVERNADOR OZANAM COELHO – UBÁ (MG) LUCAS MAGALHÃES DE OLIVEIRA [ 7 ] TRATAMENTO DO AVE → TRANSF. DE CONCENTRADO DE HEMÁCIAS → Se hematócrito < 30%, transfundir concentrado de hemácias → Se hematócrito > 30%, faz exosanguíneotrasfusão → Após regressão do quadro, manter regime de transfusões seriadas para manter HbS < 30%. Lembrar que ao transfundir, você está dando ferro ao paciente. Deve evitar a sobrecarga para que o paciente não desenvolva um quadro de hemossiderose. ® Síndrome Torácica Aguda: É outro efeito adverso da anemia falciforme. - Deve-se suspeitar em qualquer quadro agudo caracterizado por febre e/ou sintomas respiratórios associados a novo infiltrado pulmonar à radiografia de tórax. - Exige tratamento imediato independente de ser adulto ou criança, sempre tratar com antibiótico, ofertar oxigênio e, se for necessário, realizar exosanguíneo-transfusão para diminuir o percentual de hemácias falcêmicas (melhora o transporte de oxigênio). - Pode ocorrer por doenças infecciosas (pneumonia) ou pode estar relacionada ao infarto vascular, sendo impossível distinguir infecção de oclusão vascular. - Pneumonia predomina em crianças e infarto pulmonar em adultos. - Em menores de 10 anos: Febre, tosse e sibilos - Em adultos: Dor torácica, dor em membros e dispneia. ANOTAÇÕES – PROVA! → Quadro de anemia falciforme associada à febre (>38,5º C), como conduta deve-se realizar hemocultura e ATB empírico (amplo espectro), pois há risco de morte. → Há maior risco nos 2 primeiros anos. Risco de sepse e óbito em 24h de evolução. Deve-se considerar internação imediata e antibioticoterapia sistêmica para lactente portador de anemia falciforme com febre acima de 38,5º C. CONDUTAS NA ANEMIA FALCIFORME PROVA! Explicar para a família que a criança vai vivenciar com a doença durante toda a vida e que alguns hábitos melhoram a qualidade de vida. Indicar acompanhamento com hematologista, habitualmente não recebe suplementação de ferro, mas precisa de suplementação de ácido fólico. Informar sobreo caráter hereditário da doença Condição socioeconômica da família não interfere na conduta Explicar sobre a predisposição a infecções bacterianas recorrentes: pneumonia, osteomielite, sepse. Informar sobre risco de insuficiência cardíaca: anemia crônica e depósito de ferro em fibras cardíacas a longo prazo; Crises isquêmicas e AVC; Sequestro esplênico e aplasia medular, além de agravo nutricional. ESFEROCITOSE ® Quadro Clínico: Paciente com anemia hemolítica, baço palpável (esplenomegalia em 100% dos casos), reticulocitose, apresentando apenas esferócitos na periferia. ® A alteração é na membrana, portanto não se trata de doença autoimune. ® Tem como característica a presença de esferócitos, porém apenas isso não fecha diagnóstico. ® O teste de Coombs Direto é negativo. ® Tratamento: Esplenectomia, se o baço estiver causando muito sequestro. Se possível fazer após os 5 anos de idade. Não cura, mas torna paciente assintomático. TALASSEMIA ® Grupo heterogêneo de distúrbios genéticos com alteração na hemoglobina. ® Produção de hemoglobina normal parcial ou completamente suprimida: Síntese de uma ou mais cadeias de globina este prejudicada. ® Considerando a cadeia defeituosa, descreve-se o tipo de talassemia. ® Importância Clínica: ALFA e BETA-TALASSEMIA ALFA-TALASSEMIA ® Alteração genética mais comum nos seres humanos. No Brasil atinge 10-20% da população. ® O gene responsável pela produção de cadeia alfa é duplicado e localizado no braço curto do cromossomo 16: 4 genes produtores de cadeia alfa. ® Genes Afetados: - Portador Silencioso (1 gene): Não apresenta repercussão clínica. Hemoglobina está no limite da normalidade, podendo apresentar discreta microcitose, diagnostico diferencial com anemia ferropriva. VCM/HCM normais ou discretamente reduzidos. - Traço Alfa-Talassêmico (2 genes): Manifestação de anemia (fraqueza, cansaço, dor nas pernas, palidez). Hemoglobina discretamente reduzida, apresentando microcitose. VCM/HCM claramente reduzidas. Comum a confusão com anemia ferropriva que não responde ao tratamento. HbH 10%. - Doença da Hemoglobina H (3 genes): Mais rara. Moderadamente grave. Anemia microcítica e hipocrômica. Esplenomegalia. HbH 20%. - Hidrópsia Fetal (4 genes): Incompatibilidade com a vida. Se nascer vivo, fazer exosanguíneo- transfusão imediatamente. Anemia grave, eritroblastose fetal, hepatoesplenomegalia. Óbito neonatal poucas horas após o nascimento. FACULDADE GOVERNADOR OZANAM COELHO – UBÁ (MG) LUCAS MAGALHÃES DE OLIVEIRA [ 8 ] BETA-TALASSEMIA ® Alta prevalência em população originária do mediterrâneo (ascendência italiana). ® Gene único no cromossomo 11: Dois genes ativos. ® Centenas de mutações: Desde ausência da síntese de cadeia beta até diminuição parcial. ® Há diminuição de cadeias beta com excesso de cadeias alfa. ® Alterações citoplasmáticas de membrana com destruição prematura das hemácias no baço e na medula óssea. ® É microcítica e hipocrômica. - Portador Silencioso: Diagnosticado em pais de paciente com forma intermediária ou major. São assintomáticos. Índices hematimétricos normais a levemente microcíticos/hipocrômicos. - Traço Talassêmico (Minor): Heterozigose para a mutação. Hemoglobina pouco diminuída. Há microcitose e hipocromia. Elevação da HbA2 (duas cadeias alfa e duas cadeias delta). Evitar suplementação com ferro, como em toda anemia hemolítica. - Talassemia Intermediária: Microcitose e hipocrômia. Reticulocitose leve-moderada. Elevação da HbF e HbA2, redução da HbA. Anemia discreta-moderada. - Talassemia Major: Ambos os genes alterados. Grave deficiência de cadeias beta. Há deformidades ósseas e dentárias. Há disfunção endócrina por sobrecarga de ferro. Deve-se fazer transplante de medula o mais precocemente possível. ANEMIAS HEMOLÍTICAS AUTOIMUNES ® Presença de autoanticorpos relacionados a infecções e doenças autoimunes (ex.: anemia hemolítica, lúpus...). ® Predomina no sexo masculino, exceto em adolescentes (predomínio o sexo feminino). ® Primárias: Anemia hemolítica é o único achado (associado a infecções e vacinações). ® Secundárias: A partir de doenças sistêmicas. ® Anticorpos frios (IgM) ou quentes (IgG). HIPERESPLENISMO ® Aumento do tamanho do baço por doença infecciosa, que começa a provocar sequestro de células, ainda que o paciente não seja portador de uma anemia hemolítica ou de alteração de membrana. ® Se apresenta na forma de anemia hemolítica leve, extra- eritrocitária. ® Reticulocitose discreta. ® Normocrômica e normocítica. ® Plaquetopenia e neutropenia discretas quando presentes (acentuadas nas doenças de Gaucher e Niemann-Pick – que são doenças de leucócitos).
Compartilhar