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4- Crimes Contra a Paz Pública

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CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA
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1) INCITAÇÃO AO CRIME
2) APOLOGIA DE CRIME OU CRIMINOSO
3) ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA
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INCITAÇÃO AO CRIME
Art. 286 do CP
Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de crime: 
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.
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INCITAÇÃO AO CRIME
1.1) BEM JURÍDICO
Paz pública
1.2) SUJEITOS
Ativo – qualquer pessoa
Passivo – a coletividade
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INCITAÇÃO AO CRIME
1.3) TIPO OBJETIVO
1.3.1 PRÁTICA DE CRIME DETERMINADO
Incitar (instigar, induzir), eficaz e seriamente, a prática de crime determinado. Estão excluídos as contravenções ou os fatos imorais, e também o crime culposo, em razão de sua própria natureza.
E se a incitação for genérica ou vaga?
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INCITAÇÃO AO CRIME
1.3.2 PUBLICIDADE DO ATO
A publicidade do ato é elemento do tipo, sendo necessária a sua percepção por um indeterminado número de pessoas. Pode ser realizada através de gestos, escritos, palavras, desenhos, teatro, transmissão radiofônica, etc.
1.4) TIPO SUBJETIVO
 Dolo
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INCITAÇÃO AO CRIME
1.4) CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
Crime de perigo abstrato
Consumação – com a simples incitação, desde que perceptível por um número indefinido de pessoas. 
Pergunta: Depende da concretização do crime incitado? 
Pergunta: E se o crime vier a ser efetivamente executado pelo incitado?
Tentativa – é admissível quando o meio de execução é a forma escrita.
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INCITAÇÃO AO CRIME
1.5) DISCUSSÃO: Caso Rita Lee
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2) APOLOGIA DE CRIME OU CRIMINOSO
 Art. 287 - Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime: 
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.
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APOLOGIA DE CRIME 
OU CRIMINOSO
2.1) DIFERENÇA
Na apologia, o criminoso faz menção a um fato passado. Já na incitação ao crime, a pessoa se refere a um fato futuro. 
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APOLOGIA DE CRIME 
OU CRIMINOSO
2.2) BEM JURÍDICO
Paz pública
2.3) SUJEITOS
Ativo – Qualquer pessoa
Passivo – A coletividade
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APOLOGIA DE CRIME 
OU CRIMINOSO
2.4) TIPO OBJETIVO
Fazer apologia (elogiar, exaltar, enaltecer) de fato criminoso, ou seja, deve tratar-se de crime já concretizado e, consequentemente, determinado. 
Não abrange crimes culposos, contravenções ou acontecimentos futuros; ou ao seu autor, porém, serem feitos elogios às suas qualidades ou explicar as razões de sua conduta. 
É imprescindível que autor do crime tenha sido condenado, com trânsito em julgado.
 
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APOLOGIA DE CRIME 
OU CRIMINOSO
A publicidade do ato é elemento do tipo, sendo necessária a sua percepção por um indeterminado número de pessoas. Pode ser realizada através de gestos, escritos, palavras, desenhos, teatro, transmissão radiofônica, etc.
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APOLOGIA DE CRIME 
OU CRIMINOSO
2.5) TIPO SUBJETIVO
Dolo
2.6) CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
Consumação – com a apologia de fato criminoso ou de autor do crime, desde que perceptível por um número indefinido de pessoas.
Tentativa – é admissível.
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APOLOGIA DE CRIME 
OU CRIMINOSO
2.7) DROGAS:
Roupa com estampa de drogas? Art. 33, § 3º, da Lei 11.343/06.
DISCUSSÃO: Caso Rachel Sheherazade
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3) ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA
Art. 288.  Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
 Parágrafo único.  A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente. 
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ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA
3.1) CRIMINALIDADE ORGANIZADA
3.2)BEM JURÍDICO
Paz pública
3.3) SUJEITOS
Ativo – qualquer pessoa
Passivo – a coletividade
Crime de concurso necessário
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ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA
3.4) TIPO OBJETIVO
a) Concurso necessário
Pelo menos, 3 pessoas
b) Prática específica de vários crimes (indeterminados)
C) Estabilidade ou permanência da associação 
Pergunta: Prática de apenas um único crime configura o crime em questão? Art. 29 do CP.
Não é necessário que seja formalizada: é suficiente a associação fática ou rudimentar.
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ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA
3.5) TIPO SUBJETIVO
Dolo, direto ou eventual. 
Presente está o elemento subjetivo do injusto, o qual seja para o fim específico de cometer crimes. 
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ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA
3.6) CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
Consumação – no momento da associação.
Tentativa – é inadmissível
PERGUNTA: O “associado” que não participou de algum crime abrangido pelo plano da associação também responderá por ele? 
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ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA
3.7) CAUSA DE AUMENTO DA PENA
Parágrafo único.  A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente. 
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4) CONSTITUIÇÃO 
DE MILÍCIA PRIVADA
Art. 288-A.  Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste Código: 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos. 
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CONSTITUIÇÃO 
DE MILÍCIA PRIVADA
4.1) BEM JURÍDICO
Paz pública
4.2) SUJEITOS
Ativo – qualquer pessoa
Concurso necessário – mínimo de 3 pessoas
Passivo – a coletividade
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CONSTITUIÇÃO 
DE MILÍCIA PRIVADA
4.3) TIPO OBJETIVO
A conduta incriminada é constituir, organizar, integrar, manter ou custear. É tipo misto alternativo. Crime de mera atividade, de perigo abstrato e permanente. São elementos normativos do tipo: organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão. 
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CONSTITUIÇÃO 
DE MILÍCIA PRIVADA
A organização paramilitar é a associação não oficial de pessoas civis, organizadas segundo uma estrutura paralela à militar. 
Milícia particular, constitui um grupo de pessoas armado, tendo como finalidade devolver a segurança retirada das comunidades mais carentes, restaurando a paz. 
Por grupos de extermínio entende-se a reunião de pessoas, matadores, ‘justiceiros’ (civis ou não) que atuam na ausência ou leniência do poder público, tendo como finalidade a matança generalizada, chacina de pessoas supostamente etiquetadas como marginais ou perigosas.
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CONSTITUIÇÃO 
DE MILÍCIA PRIVADA
4.4) TIPO SUBJETIVO
Dolo
Elemento subjetivo do injusto, o qual seja para o fim específico de cometer crimes previstos nesse Código.
4.5) CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
Consumação – no momento da constituição, organização, integração, manutenção ou custeamento. 
Tentativa – é inadmissível

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