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Economia agrícola cap 1

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Curso de Ciências Econômicas
Unimontes
2014
Economia Agrícola 
8º Período
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Cap. I – Generalidades do setor rural
1.1. Economia rural, Cavina, cap 1
O que é economia rural:
Conjunto de conhecimentos científicos a respeito das relações de produção das coisas rurais. 
Estudo da produção de alimentos e de matérias-primas.
“No Brasil tudo que somos e tudo quanto possuímos, devemos à agricultura”. (Barreto, Luiz Pereira, Abud Acarrini, 1979)
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1.1. Economia rural, Cavina, cap 1 e 2
Extrativismo: apanha de produtos naturais,
Modalidades: mineral (mineração), vegetal (plantas e árvores – florestas, pau-brasil) e animal (caça e pesca)
Agricultura: Abundância de terras permitiu a expansão de culturas tropicais. A vinda de D. João VI, mudou a relação. Cana de açúcar, Algodão, fumo, Café.
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1.1. Economia rural, Cavina, cap 1 e 2
Agricultura tradicional/familiar: pequenas propriedade familiares, ferramentas e equipamentos simples.
Agricultura de subsistência: vive voltada para si mesma, baixa troca comercial
Agricultura moderna: é a antítese da tradicional
Pecuária: criação de animais , bovino, adubos, energia motriz para agricultura. Mecanização da lavoura à tração animal. Transporte dentre da fazenda. Piscicultura.
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1.1. Economia rural, Cavina, cap 1 e 2
Agricultura Familiar: Pronaf – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Na safra 2012/13 o governo federal disponibilizou R$ 22,3 bi, para investimento e custeio. Tem um Seguro para Agricultura Familiar SEAF, no valor de R$ 5 bi produção segurada.
Agronegócio: Envolve a produção rural voltada com uso intensivo de capital. Produção para comercialização no mercado interno e externo. Inter-relação dos vários agentes do sistema de produção inclusive do complexo agroindustrial. Agribusiness (termo economistas norte-americanos, John H. Davis e Ray A. Goldberg, 1957).
Para a safra 2012/2013, estão previstos R$ 115,25 bilhões para financiamento da agricultura empresarial.
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1.2. Histórico da economia rural, Cavina, cap 1
Europa> mercantilismo, ouro como base e fonte de todas as riquezas. Comércio. Até metade Séc. XVIII.
Quesnay (1750), escola fisiocrática, reagiu ao mercantilismo, atenção a riqueza agrícola.
No Brasil, importância após Visconde de Cairu, em 1808.
Em 1958, surge a Comissão Supervisora dos institutos (UFRRJ), criando Institutos especializados. Em 1962 funciona o Instituto de Economia Rural da UFRRJ.
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1.3. O setor rural, 
Accarini cap 2
Após sec XIX > Teorias de estágios de crescimento e modelos de economia dual. 
Anos 1930 > Gischer e Colin Clark, investimentos e força de trabalhos deslocados, de atividades primárias para secundárias e destas para terciárias.
Rostow (1971) > Fases/Etapas: 1) sociedade tradicional, 2) pré-condições para a decolagem, 3) a decolagem propriamente dita, 4) marcha para maturidade e 5) era do consumo em massa.
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1.3. O setor rural
Economia dual: 
subsistência, tradicional; outro
 setor moderno, voltado mercado internacional, capitalista-empresarial, setor urbano-industrial
Lewis (1954) modelo dualista dinâmico: oferta adequada de mão de obra e de alimentos para evitar crescimento dos salários e redução de lucros e diminuição da capacidade de investir.
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1.3. O setor rural
Foi com o artigo de Johnston e Mellor (1961), com o aumento da produção e da produtividade, que agricultura, e o setor rural podem oferecer contribuições para o crescimento econômico, com a:
1 )provisão de alimentos e matérias-primas;
2) Ampliação da disponibilidade de divisas;
3) Transferência de mão de obra e recursos para outros setores;
4) Expansão do mercado interno.
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Cap. II – Sistema Econômico
Accarini, cap 3
Modelos de Desenvolvimento Rural
Modelo da Conservação: 
Segunda Metade do Sec. XVIII até início do XIX. Tecnicas de produção simples. 
Fase pré-industrial. Após Revolução Industrial Inglesa, crescem produtividade. 
 Início Sec XIX descobre-se a importância do hidrogênio e do oxigênio da água, minerais do solo.
 Surge a teoria da exaustão do solo e da escassez dos recursos naturais.
 Métodos de correção do solo. Técnicas conservacionistas: adubação orgânica,
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Modelos de Desenvolvimento Rural
2. Modelo do Impacto Urbano-Industrial: 
Em 1826, J.H. von Thunen (alemão) demonstra que os custos de transporte e da perecibilidade dos produtos agrícolas, o processo de urbanização determinam a localização da produção rural. 
Inter-relacionamento com os centros urbano-industriais proporcionam mercados mais dinâmicos.
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Modelos de Desenvolvimento Rural
3. Modelo da Difusão:
 Anos 1930/40/50. Montagem de sistemas de difusão de programas tecnológicos, extensão rural. 
Plano Marshall. 
Para países subdesenvolvidos este modelo foi mais útil como veículo para abrir o debate para promover o desenvolvimento rural.
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Modelos de Desenvolvimento Rural
4. Modelo do Insumo Moderno:
 Questionamentos do modelo de difusão –
 tecnologias agrícolas são adaptadas às condições para as quais foram criadas.
 Investimentos em educação tem papel fundamental Schultz (1965). 
Schultz e W.A. Lewis (Nobel economia 1979) destaque para educação e capital humano e suas contribuições para compreender o subdesenvolvimento e a pobreza rurais.
 Incentivo `a modernização passa pelo estímulo ao lucro. Novas variedades de trigo e milho no México e de arroz nas Filipinas. 
Fertilizantes químicos, defensivos, irrigação e novas práticas de cultivo levaram a ganhos de produtividade.
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Modelos de Desenvolvimento Rural
5. Modelo da Inovação Induzida: 
 Bases do modelo em Hayami e Ruttan (1971).
 Ter habilidades em elever a substituição de fatores de produção relativamente escassos, mais caros, por outros abundantes. 
 Duas dinâmicas> 
	1.tecnologias biológico-químicas e mecânicas, variedades melhoradas de plantas; 
 2.integração por tratores, colheitadeiras, etc. 
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Modelos de Desenvolvimento Rural
6. Modelo do Dualismo Tecnológico: 
 Ruy Miller Paiva (1968). Modelo de pluralismo tecnológico. Existem apenas dois tipos de tecnologias: moderna e tradicional. 
Para romper a barreira do tradicionalismo o produtor teria que receber como estímulo, um prêmio acima da vantagem estritamente econômica. 
Este modelo não tem incompatibilidade com as propostas dos demais modelos.
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Cap II Desenvolvimento da agricultura brasileira
3.1. Estrutura agrária brasileira, Cavina cap 2
A estrutura agrária é o modo como se opera o enquadramento institucional da produção agrícola(Barros, 1979)
A apropriação e o uso da terra determinam a estrutura agrária.
A limitação ecológica é um conjunto de clima, solo, planta, animal e homem.
Também os usos e costumes e crenças dão as limitações ao processo produtivo.
Regime de garantias legais à posse e uso da terra (código civil e estatuto da terra) e sua distribuição entre os grupos (livre e acessível a quem tenha capacidade para adquirir).
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Cap II Desenvolvimento da agricultura brasileira
3.1. Estrutura agrária brasileira, Cavina cap 2
Justiça social: poucos possuem muita terra e muitos e muitos não a possuem.
Existe uma multiplicidade de fatores que determinaram esta estrutura: história econômica, colonização, etc.
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Estrutura fundiária Brasil, 2012
Fonte: Prof. Marciano Dantas, 2013
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3.2. Importância da agropecuária na economia brasileira, Cavina cap 2
A agropecuária levam grupos sociais a apropriarem de determinada área geográfica. Outros caminhos: fontes de energia, mineração, pesca, etc.
O uso da terra no Brasil é relevante para evolução econômica e social.
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3.2. Importância da agropecuária na economia brasileira, Cavina cap 2
Extrativismo:
Iniciou com os Portugueses – exploração recursos naturais porque exige baixo investimento.
Modalidades de extrativismo: 1. mineral, 2. vegetal, 3.animal.
Exploração de florestas, mineração, (pau-brasil, erva-mate, ouro, ferro, cal, etc. 
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3.2. Importância da agropecuária na economia brasileira,
Cavina cap 2
Agricultura:
No Séc. XVI o grande atrativo era a vida marítima. Isto trouxe o abandono das lavouras. Vocação oceânica do português.
Em 1548, rei manda: “dêem terras aos que tenham posses para estabelecer engenhos de açúcar”.
Iniciou com os governos gerais, depois capitanias hereditárias depois governadores.
Junto com o colono vieram as sementes, as mudas de plantas e os primeiros animais domésticos – origem do rebanho.
Pretendeu-se escravizar o índio para resolver o problema da mão de obra na agricultura. Não deu certo.
Resolveu-se este problema com os escravos negros.
Destaques da agricultura: açúcar, tabaco, madeiras, essências, algodão.
Nobreza rural dirigia a economia. Tendência industrialista com Mauá.
Com a abolição da escravidão desorganiza-se a gricultura.
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3.2. Importância da agropecuária na economia brasileira, Cavina cap 2
Agricultura:
A transição entre o escravo e a mão de obra livre não teve preparação adequada.
A tendência rural se restabelecer quando começa o café.
Após abolição começam as correntes imigratórias par ao Brasil.
São Paulo recebe grandes levas de imigrantes europeus.
O comércio do café influi na política. Trazendo investimentos para o setor. Vendia-se o café e chegou a importar arroz, milho e feijão.
1929/30 crise financeira. Marcando nova fase no Brasil. Cessa os empréstimos externos e entra a inflação.
Produtividade baixa d agricultura. Impõe-se aperfeiçoamento da mão de obra.
O intermediário domina o negócio agrícola. Frágil estrutura bancária. Maquinas de beneficiamento/armazenamento dominada pelo intermediário. Muitas agricultura com produtos para poucos compradores.
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3.2. Importância da agropecuária na economia brasileira, Cavina cap 2
Pecuária:
A pecuária acompanhou a agricultura.
Não era possível ao europeu viver sem o boi, cavalo (força motriz).
Os bovinos, eqüinos, suínos e aves, são trazidos ao Brasil encontrando ambiente favorável.
Três contribuições pecuárias:
trabalhos nos engenhos de açúcar; 
sem cercar o gado foi para o interior; 
ter ajudado a mineração.
Criação extensiva e rudimentar.
Recentemente maior progresso na produção de leite, ovos, gorduras. 
Exportador de carne.
Chegada do progresso tecnológico com genética, novos sistemas de criação, etc.
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3.3. O desenvolvimento rural frente a industrialização, Accarini cap 5
A teoria das vantagens comparativas, idealizada pelos clássicos, funcionou bem até a II Grande Guerra. 
Os bens de origem rural se defrontam com procura inelástica com respeito à renda, além de serem substituídos por matérias primas sintéticas (a procura por este bens tendem a crescer menos que a procura por manufaturados).
Isto diminui a possibilidade de os países primário-exportadores crescerem, pois os preços de seus produtos diminuem em relação ao manufaturados. (Discussão CEPAL, anos 1950) Reversão com o modelo de substituição de importações.
Com o aproveitamento da mão de obra agrícola (Lewis) poderiam ser transferidos para o setor urbano-industrial gerando lucros. Poupança oculta mão obra improdutiva (Nurkse, Furtado, 1971).
Países “centrais” e “periféricos”.
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3.3. O desenvolvimento rural frente a industrialização, Accarini cap 5
Penalização líquida do setor rural:
A industrialização passou a ser sinônimo de progresso e foi eleita como prioridade para o crescimento.
A política agrícola era viabilizar a oferta de alimentos e matérias primas a preços baixos e a disponibilidade de divisas, além da transferência de recursos para o crescimento do setor urbano-rural.
A expansão rodoviária permitiu novas fronteiras agrícolas. Outros instrumentos: subsídio para tratores, fertilizantes, através de mecanismos cambiais e fiscal (anos 1950) e taxas de juros favorecidos (década seguintes).
Criação do SNCR – sistema nacional de crédito rural e ampliação do programa de preços mínimos, após meio dos anos 1960.
Castro (1982, p. 21) diz: “ cristalizou-se uma mentalidade extrativista, pela qual o setor agrícola era, geralmente, encarado apenas como um repassador de recursos financeiros (via confiscos e tabelamentos) e transferidor de recursos humanos (via emigrações) para sustentar o crescimento urbano-industrial.”
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3.3. O desenvolvimento rural frente a industrialização, Accarini cap 5
Agricultura Itinerante e Êxodo Rural:
No início dos anos 1970, aumento de preços do petróleo gerou pressões sobre o processo inflacionário e déficits da Balança Comercial. 
Levou o setor agrícola a além de continuar suprindo o mercado interno contribuir para expandir a disponibilidade de divisas mediante produção de bens exportáveis e energéticos.
Acentua-se os fluxos migratórios no setor rural e para fora dele (êxodo rural). Estiagem prolongada, substituição de explorações intensivas no emprego por outras poupadoras de trabalho (mecanização).
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3.3. O desenvolvimento rural frente a industrialização, Accarini cap 5
Agricultura Itinerante e Êxodo Rural:
Os produtores/trabalhadores rurais menos capitalizados e qualificados acabaram suportando grande parte dos custos de ajustamentos – ficavam no campo em condições precárias ou migravam para a periferia de centros urbanos.
Além das forças de expulso do campo, as cidades exercem um fascínio sobre o homem do campo: emprego, acesso a educação dos filhos, assistência médica, lazer, diferença de renda, etc.
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3.4. O Agronegócio brasileiro, Mendes, cap.3
Como já visto o agronegócio engloba as operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, unidades agrícolas, armazenamento, processamento e distribuição. Serviços financeiros, transporte, classificação, marketing, seguros, bolsas.
O grande negócio está “fora da porteira”. 
Segundo Banco Mundial (2006) em 2005 o PIB mundial era de us$ 44,4 tri, o agronegócio era 22% (maior negócio do mundo, superior ao petróleo)
A função do agronegócio engloba:
Suprimentos de insumos à produção, produção, transformação, acondicionamento, armazenamento, distribuição e consumo.
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Os 5 principais setores do agronegócio
Fornecedores de insumo/bens de produção
Produção agropecuária
Processamento e transformação
Distribuição e consumo
Setorde apoio
Sementes
Produção animal
Alimentos
Restaurantes
agronômicos
Calcário
Lavouras permanentes
Têxteis
Hoteis
Vetrinários
Fertilizantes
Lavouras temporárias
Vestuário
Bares
Pesquisa
Rações
Horticultura
Calçados
Padarias
Bancário
Defensivos
Silvicultura
Madeira
Feiras
Marketing
Produtos veterinários
Floricultura
Bebidas
Supermercados
Vendas
Combustíveis
Extração vegetal
Álcool
Comércio
Transporte
Tratores
Indústriarural
Papel e papelão
Exportação
Armazenagem
Colheitadeiras, implementos,etc
Fumo, óleos essenciais
Portos, bolsas, seguros
Fonte: Associação Brasileira deagribusiness, 2007
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Estimativas dos valores do agronegócio mundial, 2005
setores
US$bilhões
%
Antes da porteira
(insumos e bens de produção agropecuária)
1.074
11
Dentro da porteira (agropecuária)
1.855
19
Depois da porteira (processamento e distribuição
6.835
70
Total
9.765
100
Fonte:WorldBank(2006)
30
Estimativas dos valores do agronegócio Brasil, 2005
setores
Valor Adicionado,em R$ bi
% no valor adicionado
Insumos
33,4
10,5
Agropecuária
153,0
28,5
Processamento
175,3
32,6
Distribuição
175,9
32,7
Total
537,6
100,0
Fonte:Cepea/USP, 2006
31
3.4. O Agronegócio brasileiro, Mendes
O agronegócio é responsável (2005) por:
Aproximadamente 30% PIB (R$ 800 bi);
Mais de 40% da receita gerada exportação (us$ 50 bi);
Cerca de 37% mão de obra (35 mm pessoas), só a agropecuária emprega 15 milhões pessoas;
Cerca de 45% dos gastos/consumo das famílias;
Utilização de mais de 50% da frota nacional de caminhões. 
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Valor médio da produção principais produtos Brasil, 2005/2006
Principais produtos
Valor produçãoBrasil (us$bi)
Percentual
Agricolas- soja
(54,1) 17,1
(100)33,0
Cana deaçucar
5,6
10,4
Café beneficiado
3,9
7,3
milho
6,3
11,7
arroz
4,2
7,7
Banana
1,9
3,5
Mandioca
2,3
4,2
Feijão
1,7
3,1
Fumo
1,9
3,5
Algodão em caroço
2,2
4,0
Demais
6,3
11,7
Pecuários– carne bovina
(22,8) 10,1
(100) 44,4
Frango
5,1
22,2
Leites e derivados
3,6
15,8
Suinos
1,9
5,2
outros
2,1
9,2
Total:Fonte, IBGE e Conab (2006)
79,9
-
33
Produção agroindustrial no Brasil, 2004
Grupos
Valor produçãoBrasil (us$bi)
Percentual
Alimentos
70,4
43,5
Madeira, papel e papelão
21,4
13,2
Têxteis
18,9
11,7
Vestuárioe calçados
17,5
10,8
Bebidas
10,2
6,3
Fumo
9,1
5,6
Álcool
5,7
3,5
Consumo rural
5,5
3,4
Óleos essenciais
3,2
2,0
Total da Agroindústria
161,9
100,0
Fonte: IBGE ,Abia, FVG, estimativas Mendes para 2004
34
Maiores empresas do segmento agro alimentar brasileiro, 2005
Grupo
Setor
UF
Origem do k
Faturam (R$MM)
emprego
1.Ambev
1
SP
Bélgica
28.878,6
19.000
2. Carrefour
2
SP
França
16.200,0
ND
3. G. Pão Açucar
2
SP
Brasil/França
16.121,0
62.803
4. Wal_mart Brasil
2
SP
USA
11.731,8
50.112
5.CargilAgroindustrial
3
SP
USA
11.517,5
4.981
6. Bunge Alimentos
3
SC
Bermudas
10.846,8
ND
7.Sadia
4
SC
Brasil
8.238,0
45.381
8.Souza Cruz
1
SC
Grã-Bretanha
7.819,3
5.816
9.Nestlê
1
RJ
Suíça
6.672,0
ND
10.Perdigão agroindustrial
4
SP
Brasil
5.873,3
35.556
Fonte: Anuário Exame 2006-2007
Notas: 1 alimentos, bebidas e fumo; 2. comércio, 3. óleos e farinhas; 4. frigorífico e produtos animais
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Cap. 4. Política de desenvolvimento rural e agricultura regional
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4.1. Terra, trabalho e assistência técnica, Accarini, cap. 4
Terra e trabalho:
Desequilíbrio entre terra e número de proprietários e de não proprietários (assalariados, arrendatários, posseiros, ocupantes, parceiros, meeiros).
Isto depende:
a) do grupo de concentração das propriedades; 
b) perfil de escolaridade; 
c) condições de vida, 
d) ocupação em atividades não agrícolas.
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4.1. Terra, trabalho e assistência técnica, Accarini, cap. 4
Terra e trabalho:
Medidas destinadas a regulamentar relações terra x trabalho:
Legislação específica trabalhador rural;
Reforma agrária; distribuição de terras.
Dificuldades com reforma agrária:
Estabelecer critérios de indenização ;
Definir beneficiários, preços de vendas, etc;
Nível político: resistência dos proprietários de terras ociosas.
38
4.1. Terra, trabalho e assistência técnica, Accarini, cap. 4
Terra e trabalho:
Algumas ações adotadas:
Colorização dirigida, diferente da espontânea
Impostos fundiários progressivos;
Assentamentos de produtores (abandonados em condições precárias)
39
4.1. Terra, trabalho e assistência técnica, Accarini, cap. 4
Assistência técnica e extensão rural:
Assistência técnica: orientar os produtores rurais quanto ao uso de tecnologias alternativas.
Extensão rural: é mais abrangente, melhorar as condições de vida no campo.
Ambos fazem o processo de difusão tecnológica.
Problemas de adoção de tecnologias modernas. Falta de capital e equipamentos.
Embrater e emater tem feito este papel.
40
4.2. Infra estrutura comercialização e abastecimento, Accarini, cap. 4
A infra visa promover o aproveitamento do espaço rural e facilitar sua exploração: conservação de solo, irrigação, eletrificação rural, comercialização, estradas, armazenamento, etc.
A irrigação e os transportes merecem lugar de importância social e econômica (chuvas instáveis e escoamento da produção).
Estrutura de para evitar atravessadores. Diferença entre preço pago pelo produtor e o preço do consumidor final.
Corredores de exportação, integrando transporte e armazenamento, carga e descarga de navios.
Serviços de informações mercadológicas, metereológicas e a de previsão e divulgação de safras, estoques e preços (nacional e regional).
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4.3. Preços mínimos, crédito, seguro e cooperativismo, 
Accarini cap 4
Preços mínimos:
Risco de mercado no setor rural é maior (procura inelástica com respeito a preços).
Concentração da oferta na safra tende a gerar quedas mais que proporcionais nos preços praticados.
O PPM – Programa de Preços Mínimos estimula e orienta a produção rural e protege a renda dos produtores. ( Governo estabelece preços que pode comprar determinados produtos caso não se encontre melhor alternativa no mercado).
Mercado a termo, onde se contrata a venda de determinados produtos para entrega futura a preços previamente fixados. Isto é semelhante à garantia de preços mínimos.
Deve-se estabelecer os critérios para o preço mínimo. Uma forma é fixá-los com base na média dos custos efetivos de produção.
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4.3. Preços mínimos, crédito, seguro e cooperativismo, 
Accarini cap 4
Crédito:
É um valor obtido por período de tempo determinado, mediante pagamento de encargos financeiros (comissões, impostos, juros, inflação).
Tem um importante papel alocativo. Deve vir acompanhado de tecnologia e outros fatores de produção.
Indutor de aumento da produção e produtividade.
Pode atender:
investimento; (terras, tratores, equipamentos)
2 custeio (cap. Giro); (mão de obra, fertilizantes, tratos culturais,)
3 comercialização ( para liquidar financiamento de custeio, amortizar parcelas do investimento, aguardar melhor oportunidade para vender).
Deve ser fiscalizado, em face de que existe subsídios.
Créditos diferenciados para pequenos e grandes produtores.
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4.3. Preços mínimos, crédito, seguro e cooperativismo, 
Accarini cap 4
Seguro rural:
A produção rural pode ser atingida por pragas e doenças, falta ou excesso de chuvas, ventos fortes, geradas, granizo, etc.
Para estas adversidades existe o seguro rural.
Objetivo do seguro rural: contornar as conseqüências sociais e econômicas advindas das frustrações de safras.
É um contrato entre uma companhia seguradora/governo e o segurado. 
Neste contrato (apólice de seguro) está previsto o direito do segurado, após o pagamento do prêmio, obter a indenização equivalente ao sinistro, caso este venha a acontecer. Pode ser valor estipulado, valor de mercado da produção, etc.
O seguro rural privado no Brasil é pouco atuante. O Governo tem o PROAGRO (programa de garantia da atividade agropecuária) que se limita ao valor do financiamento com encargos e dos recursos próprios aplicados.
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4.3. Preços mínimos, crédito, seguro e cooperativismo, 
Accarini cap 4
Cooperativismo:
Esta modalidade surgiu, no Brasil, no RS, em 1902, com inspiração do jesuíta Theodoro Amstadt.
A cooperativa parte do princípio de que a união faz a força, com a associação.
Cada associado tem direito a um voto, independente do capital.
Não sobre tributação sobre os resultados.
Lei do cooperativismo, Lei 5.764, de 16-12.1971.
Tem cooperativas de: crédito, produção, abastecimento, colonização, comercialização, beneficiamento, serviços, eletrificação, armazenagem, etc.
45
4.4. A comercialização e o desenvolvimento econômico e
 regional, Mendes cap 2
A comercialização é um dos mecanismos mais eficientes de desenvolvimento econômico.
Crescimento econômico: a renda/produto nacional aumenta durante determinado período.
Desenvolvimento econômico: cresce com a distribuição do produto, a melhoria da qualidade de vida, do bem-estar.
À medida que o comércio se desenvolve, a infra-estrutura de um país se expande para atender as necessidades da economia.
Para medir o DE, além das taxas de crescimento da renda, devem ser observadas: mudanças estruturais, mudança social global, melhores indicadores sociais, culturais e psicológicos.
As revoluções tem sido importantes para o DE: 1ª revolução tecnológica – há 200 anos, força do vapor transportes, mineração e produção mecânica; 2ª revolução – há 100 anos, eletricidade, telégrafo, telefone, iluminação, turbinas, avanços químicos; 3ª revolução, novos materiais, ligas metálicas ultraleves, novas cerâmicas, supercondutividade.
À medida
que DE aumenta mais pessoas são empregadas no setor terciário.
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Distribuição das pessoas ocupadas no Brasil (PEA) segundo o setor de atividade 1950 e 2004
Setor
1950
2004
TaxaCresc
anual(%)
Habit.1.000
%
Habit. 1.000
%
Primário
10.253
60,0
17.765
21,0
1,0
Secundário
2.427
14,1
19,880
23,5
4,0
Terciário
4.437
25,9
46.951
55,5
4,5
Total
17,117
100
84.596
100
3,0
Fonte: IBGE/Sidra,2006 e PNAD 2004.
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Dualismo estrutural na produção-comercialização agrícola no Brasil
Dualismo tecnológico
Características em nível de
Produção
comercialização
1.AgriculturaTradicional:
Pequena escala
Insumos tradicionais
Baixo nível tecnológico
Pouca especialização
Crédito difícil
Produção dispersa
Produção conjunta
Pequenos produtores
Mercado interno
Grande nº comerciantes
Pequenoslotes
Comerciantes ineficientes
Custos e margens elevadas
Baixos preços aos produtores
Elevados preços aos consumidores
Qualidade inferior
Consumidores de baixa renda
Médios/Grande produtores:
Mercado interno
Poucos intermediários
Lotes maiores
Comerciantes com maior escala
Intermediários mais eficientes
Consumidores renda média-alta
2.Agricultura moderna
Escala maior
Insumos modernos
Tecnologiamoderna
Maios especialização
Fácilacesso ao crédito
Maior grau mecanização
Maior uso de capital
Médiose grandes produtores
Mercado externo/interno
Poucos intermediários
Maior organização- produtores
Menor variabilidade de preços
Melhor infra-estrutura
Fonte: Mendes, 2007
48
48
Cap. 5. 
Comercialização agrícola
49
5.1. análise do mercado agrícola, Mendes cap 7
A formação de preço de mercado é resultado direto das condições de oferta e procura. O preço é a variável mais importante do mercado.
Mercado: área geográfica na qual vendedores e compradores realizam a transferência de propriedade de bens e serviços.
Três tipos de mercado:
geográfico, incorpora a utilidade de lugar, de São Paulo; 
o de um produto, utilidade de forma, de arroz; 
o temporal que incorpora a utilidade de tempo, o mercado de soja em maio.
Podem ser:
Locais, regionais, nacionais e internacionais.
50
5.1. análise do mercado agrícola, Mendes cap 7
Formação de preços na agricultura (características):
Grande número de compradores e vendedores;
Produto homogêneo;
Ausência de restrições artificiais à procura, à oferta e aos preços;
Mobilidade dos produtos e dos recursos (novas empresas entram e recursos são transferidos para usos mais econômicos);
Perfeito conhecimento de todas as informações sobre preços, processos de produção.
A agricultura é um tomador de preços. O agricultor não decisão a tomar no que se refere ao preço. deve 
51
5.1. análise do mercado agrícola, Mendes cap 7
Estrutura de mercado:
Grau de concentração de vendedores/compradores. Um mercado é concentrado quando apenas 4 empresas na indústria detém 75% ou mais da produção deste mercado.
Grau de diferenciação do produto. A biotecnologia está incorporando diferenciação na agricultura.
Grau de dificuldade de entrada de novas empresas. Barreiras de entrada. A maior na agricultura é a economia de escala (custos médios decrescem com o nível de produção e o tamanho da empresa aumentando).
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5.1. análise do mercado agrícola, Mendes cap 7
Teorema da Teia de Aranha:
De Mordecai Ezekiel, modelo para analise da oferta e da demanda, adequado para agricultura.
Oferta defasada: intervalo de tempo entre a mudança no desejo para produzir uma mercadoria e a mudança na produção efetiva.
A curva de oferta S do agricultura é uma função do preço efetivo de mercado de um período anterior 
( P t – 1), ou seja S t = f (P t – 1).
Ex. a oferta de arroz em 2007 (t) depende do preço do arroz em 2006 (t – 1).
A curva de demanda (D), relação entre o preço do ano t e quantidade que será demandada no mesmo ano:
D t = f (P t)
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5.2. Sistemas de comercialização, Mendes cap 8
O processo de comercialização pode ser divido em funções:
Função de Troca: compra, venda, formação de preços
Função física: transporte, armazenamento e agro-industrializção (processamento, beneficiamento e embalagem).
Conjunto de modais:
Rodoviário: 60% da carga do agronegócio BR é realizado nesta modalidade. Distância econômica universal de 500 km.
Ferroviário: 20% da carga. BR tem 29.487 km; 1000 km
Hidroviário: 15% da carga. BR tem 44 portos, com frota de 172 navios, 121 cabotagem (portos brasileiros) e 51 longo curso.; 1.250 km
Dutoviáio: 4% da carga. BR extensão de 16.122 km. Oleodutos 56,2% (9.064 km), gasodutos 40% (6.491) e mineroduto 3,5% (567).
Aeroviário: aproximadamente 1%.
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Relação entre distância (km) e o custo total (r$/km) para o usuário, conf. modalidade
Rodoviário: 500 km
Ferroviário: 1.000 km
Hidroviário: + 1.250 km
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Análise econômica armazenagem no BR
O Brasil tem altos custos de comercialização pela falta de transporte.
O setor de armazenagem tem forte influência sobre o comportamento sazonal da produção, auxiliando na formação de preços, reduzindo a sua variabilidade.
Apenas 5% das propriedades rurais BR (240 mil) possuem algum tipo de sistema de armazenagem contra 62% nos USA, 35% na Argentina. 
Conab é a agência oficial do governo federal encarregada de gerir as políticas agrícolas de abastecimento.
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Funções auxiliares de comercialização
Objetivam facilitar/complementar a comercialização. As principais são: 
Padronização e classificação- redução de custo, melhor preço;
Financiamento da comercialização 
Controle do risco físico e do risco de mercado – risco físico (incêndio, seguro) e risco de mercado operações de hedging) (
Informação de mercado – coleta, interpretação e disseminação de informações confiáveis;
Pesquisa de mercado - estudo de procura, oferta, análise de custos, de margens, de preços e estrutura de mercado.
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Análise econômica Agroindústria no BR
Agroindústria articula-se, para a frente, com embalagem e processamento industrial; para trás, com a indústria de insumo (defensivos, fertilizantes, rações) e de equipamentos.
Formas de estímulos para agro industrialização no BR, 2006 com políticas de: a) políticas de substituição de importações; b) modernização com crédito rural subsidiado; c) promoção às exportações com incentivos fiscais; d) reestruturação agroindustrial; e) substituição de energia.
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Análise Institucional de Sistemas de Comercialização 
Esta análise busca determinar quais são e quem sãos os principais agentes atuantes neste sistema. São os intermediários, que se especializam na execução das diversas funções comerciais:
Intermediários comerciantes: possuem o título da mercadoria e, são proprietários dos produtos que manipulam.
Atacadistas: vendem para varejistas e para outros atacadistas e industrias;
Varejistas: compram dos atacadistas para revender ao consumidor;
59
Análise Institucional de Sistemas de Comercialização 
Intermediários agentes: agem somente como representantes de seus clientes. Não têm o título, portanto, não são donos das mercadorias;
Comissários: são responsáveis pela movimentação de mercadorias e arranjo dos termos de venda;
Corretores: sem de perto as ordens de seu cliente. Seus poderes nas negociações são menores que os dos comissários;
Intermediários especulares: se apropria dos produtos, com o objetivo de obter lucros das flutuações de preço, no curo prazo.
Grau de Integração do Mercado:
Integração vertical: quando uma empresa combina atividades não semelhantes às que regularmente realiza; ex. frigorífico que busca alcançar o produtor e o consumidor
Integração horizontal: quando uma empresa absorve outras firmas que executavam atividades similares às suas; ex. armazenagem, silos.
60
Análise Institucional de Sistemas de Comercialização 
61
5.3. Margens de comercialização , 
Franciele 9 e 116. Mendes cap 9
Margem de Comercialização (M): sãos as despesas cobradas dos consumidores pela execução de alguma função de comercialização pelo intermediários.
A fórmula da margem
é:
M = C + L, onde:
M é a margem; C é o custo; e, L o lucro (ou prejuízo).
Pode ser:
Margem Total (MT) mede as despesas do consumidor devidas a todo processo de comercialização. É a diferença entre preço do varejo (Pv) de um produto e o que é recebido pelo produtor pela quantidade equivalente da fazenda (Pp)
MT = Pv – Pp
A margem total relativa é expressa como proporção do preço no
varejo, isto é:
MT’ = (Pv – Pp)/Pv x 100
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5.3. Margens de comercialização , 
Franciele 9 e 116. Mendes cap 9
Margem de Atacado (MA): reflete a diferença de preço entre o atacado (Pa) e o produtor (Pp) que é cobrada do consumidor final.
A margem absoluta e relativa do atacadista é 
da seguinte forma:
Ma = Pa – Pp
Ma’ = (Pa – Pp)/Pa x 100
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5.3. Margens de comercialização , 
Franciele 9 e 116. Mendes cap 9
Margem de Varejo (MV): reflete a diferença de preço entre o varejo (Pv) e o atacado (Pa) que é cobrada do consumidor final.
A margem absoluta do Varejista é 
da seguinte forma:
MV = Pv – Pa
Em que Pa é o preço do atacado da quantidade equivalente à unidade vendida no varejo.
A margem relativa do varejista fica sendo:
Mv = (Pv – Pa)/Pv x 100
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5.3. Margens de comercialização , 
Franciele 9 e 116. Mendes cap 9
Markup: é a diferença entre o preço de venda e o preço de compra (ou de custo). Mostra quanto cada intermediário acrescentou de preço ao produto.
O markup relativo do varejista, por exemplo, seria:
MKV = (Pv – Pa)/Pa x 100.
Pode ter ainda o:
Markup total (MKT); 
Markup de Atacado (MKA).
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5.3. Margens de comercialização , 
Franciele 9 e 116. Mendes cap 9
Fatores que afetam as margens de comercialização:
Perecibilidade: perdas ou quebras durante a comercialização;
Grau de processamento: devido aos custos mais altos de embalagem e classificação;
Relação volume/peso ou volume/valor: necessidade de maior espaço para transporte e armazenamento;
Volume de venda e capacidade de estoques, custos de financiamento, estocagem e risco;
Rapidez de amadurecimento: maior dimensionamento para atender à transformação da produção em curto período, máquinas paradas por longos período;
Instabilidade de preço, intermediários procuram elevar relativamente mais os preços, devido à incerteza de preços futuros;
Aumento no custo unitário dos fatores, aumentos sucessivos nos preços de petróleo, elevando os custos dos transportes.
66
5.4. Política de garantia de preços mínimos, 
Mendes cap 13
 
Os produtores individualmente são tomadores de preços. Deparam-se com oligopólios na venda dos fatores de produção e com oligopsônios na compra dos seus produtos.
Preços Mínimos: é um valor monetário definido pelo governo, por meio de decreto presidencial, e deve ser aprovado por voto d o CMN. Tem como objetivo principal reduzir o risco associado à volatilidade dos preços agrícolas.
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5.4. Política de garantia de preços mínimos, 
Mendes cap 13
 
Ilustração do preço mínimo:
68
5.4. Política de garantia de preços mínimos, 
Mendes cap 13
 
Preço mínimo, explicação da figura anterior:
Preço de equilíbrio PE = quantidade comercializada de QE. Um preço mínimo Pm será efetivo se for fixado acima do preço PE, aí ocorrerão superávits.
Se estiver fixado abaixo de PE, o excesso de eemanda forçará a subida de preço e o preço de garantia não será efetivo. O Pm induz os produtores a ofertar a quantidade Q2, mas os consumidores estarão dispostos a adquirir apenas a quantidade Q1, tendo excesso de produção Q2 – Q1.
Se for possível controlar a produção em Q1, a curva de oferta relevante passará a ser S’AS e não SS.
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5.4. Política de garantia de preços mínimos, 
Mendes cap 13
 
Políticas de preços mínimos no Brasil (Coelho, 2001):
1ª. Agricultura primitiva- 1931/1965;
2ª. Modernização da agricultura – 1965/1985;
3ª. Transição da agricultura – 1985/1995;
4ª. Agricultura sustentável – após 1995.
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5.4. Política de garantia de preços mínimos, 
Mendes cap 13
 
Instrumentos do PGPM- Política de Garantia de Preços Mínimos:
AGF – aquisição do Governo Federal: compra direta pelo governo federal, à vista e pelo preço mínimo. Os estoques são geridos pelo governo com a finalidade de reduzir as oscilações bruscas dos preços.
EGF – empréstimo do Governo Federal: financiamento com penhor mercantil, com base no preço mínimo, visando propiciar recursos financeiros aos beneficiários, para permitir uma venda futura, em condições melhores de mercado. Tem duas modalidades:
EGF/COV: financiamento com opções de venda;
EGF/SOV: financiamento sem opções de venda. A partir de 1997 apenas na modalidade SOV.
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5.4. Política de garantia de preços mínimos, 
Mendes cap 13
 
c) Contrato de Opções de Vendas (COV): após 1996; é uma modalidade de seguro contra a queda do preço ao produtor a nível abaixo do preço mínimo do governo.
d) Linha Especial de Comercialização ou Linha Especial de Crédito (LEC): criado em 2003. Tem as mesmas características do EGF/SOB, porém o preço pode exceder ao preço mínimo. É um financiamento com penhor mercantil. A armazenagem pode ocorrer em qualquer unidade admitida pelo agente financeiro. 
e) Prêmio de Risco para Aquisição de Produto Agrícola oriundo de Contrato Privado de Opção de Venda (Prop):
 Após 2005. São 2 instrumentos: o leilão de prêmio de risco para aquisição de produto agrícola e o lançamento vinculado de contrato privado de opção de venda. Constitui uma subvenção econômica concedida pelo Governo ao arrematante do prêmio de risco, visando ao escoamento da produção.
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5.4. Política de garantia de preços mínimos, 
Mendes cap 13
 
Instrumentos específicos da PGPM para agricultura familiar:
Compra direta da agricultura familiar (CDAF): compra pela Conab dos itens in natura;
Contrato de garantia de compra da agricultura familiar (CGCAF): garantia de compra da produção agropecuária das famílias enquadradas no Pronaf, pelos preços de referência;
Compra antecipada da agricultura familiar (CAAF): compra antecipada da produção das famílias Pronaf, por meio de CPR alimento específica por produto;
Compra antecipada especial da agricultura familiar (CAEAF): idem idem para alguns produtos especiais.
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Cap. 6. 
Planejamento e Gerenciamento agropecuário
6.2. A gestão agropecuária, Veiga Júnior, pg 35 a 90
 
74
6.1. O planejamento na agropecuária, Veiga Júnior, p 18 a 34; Mendes cap 11, 11.1 e 11.5 e 11.5.
Planejamento: planejar é decidir antecipadamente o que deve ser feito, considerando a organização e o seu contexto.
Planejamento Estratégico: ação da empresa no longo prazo, considerando as variáveis ambientais.
O planejamento pode ser: estratégico, gerencial e operacional.
P. Gerencial: procurar articular o estratégico com a sua execução a nível operacional.
P. Operacional: está voltado para as condições internas da empresa, no curto prazo.
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6.1. O planejamento na agropecuária, Veiga Júnior, p 18 a 34; Mendes cap 11, 11.1 e 11.5 e 11.5.
As principais variáveis ambientais da empresa rural:
Tecnológicas: conhecimento de como fazer
Econômicas: preços, oferta e demanda, inflação, etc.
Políticas: tendência ideológica do governo. Política fiscal, fundiária, etc.
Sociais: pressões sociais e culturais do meio social
Legais: regulamentos e normas
Demográficas: características da população, raça, religião, idade
Ecológicas: ecossistema: solo, vegetação e clima.
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6.1. O planejamento na agropecuária, Veiga Júnior, p 18 a 34; Mendes cap 11, 11.1 e 11.5 e 11.5.
As principais variáveis ambiente operacional rural:
consumidores: clientes da empresa, pf e pj, consumidor final, cooperativas, agroindústrias.
Fornecedores: fornecedores de recursos: crédito, mão de obra, insumos, serviços em geral.
Concorrentes: formados pelos outros empresários rurais concorrentes
Regulamentadores: órgãos do governo, associações e sindicatos.
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6.2. A gestão agropecuária, Veiga Júnior, pg 35 a 90
As principais áreas empresariais são:
 produção:
utilização dos recursos materiais necessários à operação da unidade; usa os recursos de transformação: terra, máquinas, benfeitorias, animais, sementes, rações, etc. tecnologias, localização;
Quantidade produzida, produtividade, qualidade dos produtos e custos
Recursos humanos: pessoas que promovem o funcionamento da unidade;
Capacitação, ferramentas adequadas, controle da mão de obra, disposição das benfeitorias, estímulos ao trabalhador.
Finanças: receitas, despesas, financiamentos e investimento
Comercialização e marketing: esta área conecta a empresa com seu ambiente. Importância do associativismo, busca de informações.
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6.2. A gestão agropecuária, Veiga Júnior, pg 35 a 90
O Processo de administração da empresa rurais:
 Planejamento: decidir antes o que fazer
Organização : cuida do agrupamento e estruturação dos recursos da empresas para se alcançar os objetivos.
Direção: é uma função essencial. Se destina as pessoas. São as pessoas que fazem a empresa funcionar. Importante:
Motivação, liderança, comunicação
controle: verifica se as ações estão sendo desempenhas corretamente e que os objetivos estão sendo alcançados. O controle deve:
Estabelecer padrões, medir desempenho, agir corretivamente, identificar causas.
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6.2. A gestão agropecuária, Veiga Júnior, pg 35 a 90
Variáveis que afetam o desempenho da empresa rural:
Tamanho e volume dos negócios agrícolas: não se refere apenas a área de terreno. Depende da região. Áreas na Amazônia são de tamanho grande.observar: densidade da população, tipo de agricultura, desenvolvimento industrial, oferta de capital, demanda da terra. Produção: intensiva ou extensiva;
Rendimento das culturas/criações: A renda depende, não só do volume produzido e de se preço, mas tb da produtividade; rendimento por há, litros/leite/vaca
Combinação e seleção das atividades: decidir sobre: melhor combinação de recursos, melhores técnicas de produção, mercado local, regional, nacional ou exportação;
Produtividade da mão de obra: substituição da mão de obra por máquinas. Racionalização do trabalho. Ver unidades de eficiência: hectare de cultura por equivalente/homem ou dias/homem;
Eficiência das maquinas/equipamentos: observar as características da agricultura com relação a mecanização. Topografia, condições físicas da terra (pedras, terrenos alagados).
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Atualidades
Exigências para todos os proprietários rurais do Brasil
Lei do Código Florestal
Deve fazer o CAR – Cadastro Agrícola Rural
Legislação:
Dec. 7.029/09
Lei Federal 12.651/12 
Dec. 7.830/12
Lei Estadual 20.922/13
Dec. 8.235/14
IN MMA 02/14
MG tem 551.621 propriedades que precisam ser cadastradas (80% tem até 4 módulos fiscais = 4 x 40 = 160 há)
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Propriedades Rurais MG
4 módulos fiscais MG (4 x 40 = 160)
Natureza
Quantidade
Módulosfiscais
Agricultura familiar
437.320
< 4 MF
Agricultura não familiar
114.301
> 4 MF
Total
551.621
Fonte: IEF MG julho2014
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