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Economia - 06 - Teorias da Inflação

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MATERIAL 06 
 
ECONOMIA 
PROF. CARLOS RAMOS 
 
 1 
Economia – Módulo 06 
 
VI – Teorias da Inflação 
 
A inflação é um fenômeno econômico de natureza essencialmente monetária. 
Caracteriza-se por um aumento contínuo e generalizado no nível geral de 
preços. A inflação é um dos problemas macroeconômicos que mais preocupam o 
Governo, uma vez que este fenômeno produz efeitos nocivos, que são sentidos pela 
população em geral. 
É importante ressaltar que os movimentos inflacionários representam elevações na 
maior parte dos bens produzidos pela economia; assim, um eventual aumento 
do preço de um determinado bem não representa, por si só, um fato suficientemente 
relevante para caracterizar a inflação. 
Além disso, para caracterizar um fenômeno inflacionário é necessário que se 
verifique uma elevação contínua dos preços durante um período de tempo. Essa 
continuidade é representada por aumentos sucessivos nos preços. 
A conseqüência imediata da inflação é a depreciação do valor real da moeda ao 
longo do tempo. Em outros termos, podemos afirmar que R$ 100,00 valem mais 
hoje do que valerão daqui a um ano, porque a quantidade de bens que podemos 
comprar hoje com R$ 100,00 é maior do que a quantidade que poderemos adquirir 
naquele momento futuro, afinal de contas, os preços estão aumentando 
continuamente. 
Assim, por definição, a inflação é um fenômeno monetário. Um ponto 
importante é que o excesso de moeda em circulação contribui para elevar a inflação, 
através de mecanismos que iremos analisar a seguir. Porém, o combate à inflação 
não passa somente por um controle mais rígido do estoque de moeda, mas exige a 
utilização de determinados instrumentos, os quais também serão objeto de nossa 
análise. 
Outra observação a fazer é o fato de que a inflação representa um conflito 
distributivo existente na economia. A disputa dos diversos agentes econômicos 
pela distribuição da renda representa uma questão fundamental na compreensão do 
fenômeno inflacionário. Como existe uma grande de diversidade de agentes 
econômicos, o processo inflacionário pode ter a sua origem em várias situações de 
desequilíbrio na economia. 
Um exemplo é o desequilíbrio financeiro do setor público. Quando o Governo 
apresenta sucessivos déficits fiscais, e financia parte deste resultado negativo com 
emissão de moeda (da qual detém o monopólio), acaba induzindo uma elevação do 
estoque de moeda em taxas acima do crescimento do produto. Com mais moeda em 
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circulação, a tendência é de aquecimento da demanda agregada num ritmo mais 
veloz que o crescimento da oferta agregada, gerando elevação dos preços. 
Sob a ótica do conflito distributivo, esse tipo de inflação representa um conflito entre 
o setor privado e o setor público pela disputa do produto. Nesta hipótese, caso o 
setor público reduza seus gastos e assim consiga evitar o acréscimo excessivo de 
moeda, pode-se resolver o problema inflacionário. 
Outro exemplo de conflito distributivo acontece na esfera das relações entre 
preços e salários. Nesta situação, o problema reside numa disputa pelo produto 
entre a classe trabalhadora e a classe empresarial. Trabalhadores se comportam no 
sentido de obter reajustes salariais e de apropriar parte dos ganhos de 
produtividade. Empresários, por sua vez, buscam se apropriar dos ganhos de 
produtividade para elevar seus lucros. Desequilíbrios nesta relação podem levar a 
flutuações nos níveis de preços e de salários, com tendência de crescimento. 
Uma outra situação pode ainda explicar o aparecimento do fenômeno inflacionário: 
instabilidade nas relações entre a economia nacional e o resto do mundo. É o caso 
dos chamados choques externos como, por exemplo, uma elevação repentina dos 
preços de insumos e matérias-primas importadas, com repercussão nos custos de 
produção internos; trata-se de um outro tipo de conflito distributivo, que também 
pode dar origem a um processo inflacionário. 
Finalmente, as peculiaridades de cada economia levam a diferentes manifestações do 
fenômeno inflacionário em cada país. Economias onde predominam estruturas de 
mercado oligopolizadas (com alta concentração do produto por parte de poucas 
empresas) apresentam um comportamento de preços distinto daquele verificado em 
países onde predominam estruturas mais concorrenciais (com um número maior de 
empresas produzindo os bens e concorrendo entre si). 
Em mercados mais concentrados (oligopólios, monopólios, etc) existe uma tendência 
de que os preços apresentem certa “rigidez” para a queda, uma vez que as 
empresas, neste tipo de mercados, têm um poder maior para determinar seu mark-
up (margem de ganho sobre os custos), imprimindo altas aos preços de seus 
produtos. 
Diversos outros fatores ainda podem influir no fenômeno inflacionário: o poder de 
barganha das organizações sindicais, por exemplo, pode levar a uma tendência de 
maiores ou menores conflitos no âmbito das relações entre preços e salários; o grau 
de abertura da economia ao comércio exterior, a partir de uma certa estrutura de 
tarifas sobre importação, pode aumentar ou reduzir a concorrência com o setor 
externo, tornando os preços internos mais ou menos flexíveis, etc. 
Efeitos nocivos da Inflação sobre a economia 
A maior parte dos países convive com taxas anuais de inflação mais ou menos 
estáveis, sendo monitoras pelas autoridades monetárias – normalmente, o Banco 
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Central ou instituição equivalente. É comum, portanto, haver um certo movimento de 
alta dos preços, por conta da influência dos fatores vistos anteriormente. 
Porém, quando as taxas de inflação aumentam, e iniciam uma trajetória ascendente, 
ocorrem várias conseqüências nocivas para a economia, gerando sérias distorções, 
as quais iremos analisar a seguir: 
a) Efeitos sobre a distribuição de renda 
Um dos piores efeitos da inflação se refere à redução relativa do poder aquisitivo das 
classes que dependem de rendimentos fixos, ou seja, que possuem datas de reajuste 
definidas legalmente. 
Nessa categoria estão enquadrados os trabalhadores assalariados. Com o passar do 
tempo, seus orçamentos vão se tornando cada vez mais reduzidos. O valor real de 
sua remuneração vai sendo corroído, ao longo do ano, pela alta sucessiva dos 
preços, até a chegada da data-base, quando ocorrerá um novo reajuste. Nesse 
momento, se tentará fazer a reposição de parte das perdas acumuladas no período. 
Com outros segmentos da população esse problema não ocorre. Por exemplo, no 
caso dos proprietários de imóveis, que auferem rendas provenientes de aluguéis; 
eles sofrem também uma perda do valor real dos aluguéis recebidos ao longo do 
contrato, mas podem antecipadamente estabelecer reajustes periódicos e 
automáticos, fixados no próprio contrato de locação. Além disso, no longo prazo 
podem obter ganhos decorrentes da própria valorização imobiliária. 
A classe empresarial também possui maior margem de defesa contra os efeitos 
nocivos da inflação sobre seus rendimentos reais. Os empresários procuram repassar 
os aumentos de custos provocados pela inflação para o preço final das mercadorias 
vendidas, tentando assim preservar a manutenção de seus lucros. 
b) Efeitos sobre as transações no mercado financeiro 
Num processo inflacionário muito intenso, o valor real da moeda tende a se reduzir 
rapidamente. Isto provoca um desestímulo à aplicação de recursos no mercado 
financeiro, por parte dos agentes superavitários, porque a inflação tende a corroer o 
rendimento real das aplicações. 
Assim, por exemplo, não vale apena comprar um título que ofereça um rendimento 
pré-fixado de 12% ao ano, se a inflação atingir a taxa de 15% ao ano. Nessas 
condições, o investidor estaria tendo perda real do valor aplicado. 
Assim, as aplicações em poupança e títulos tendem a sofrer uma retração. Ao 
mesmo tempo, a inflação muito alta acaba estimulando a aplicação de recursos em 
outros ativos, como imóveis, ouro e dólar. Os chamados ativos “reais” passam a ser 
mais procurados (imóveis, gado, mercadorias, etc). 
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No Brasil esse tipo de distorção no mercado financeiro foi bastante minimizado pela 
instituição do mecanismo da correção monetária, através do qual diversas 
aplicações, como por exemplo, os títulos públicos, cadernetas de poupança e títulos 
privados, passaram a serem indexadas, ou seja, seu valor passou a ser reajustado 
por índices de preços que refletem aproximadamente o crescimento da inflação no 
período. 
Assim várias operações passaram ter seu rendimento pós-fixado; como exemplo, um 
determinado título poderia prometer a seu possuidor um rendimento de 2% mais a 
variação do IGP-M (ou seja, 2% de ganho real mais a correção monetária 
correspondente à variação do IGP-M, índice geral de preços calculado pela FGV - 
Fundação Getúlio Vargas – este é um dos diversos índices utilizados para se medir a 
inflação no Brasil). 
Entretanto, quando a economia se encontra altamente indexada, a aceleração da 
inflação acaba contribuindo para um desvio em massa de recursos de investimentos 
no setor produtivo, para aplicação no mercado financeiro, o que também é uma 
distorção, pois leva ao agravamento de outros problemas estruturais no longo prazo, 
como o comprometimento do próprio crescimento da economia, uma vez que o 
estoque de capital físico passa a crescer num ritmo menor. 
c) Efeitos sobre o balanço de pagamentos 
Elevadas taxas de inflação, em níveis superiores ao aumento de preços 
internacionais, tornam o produto nacional relativamente mais caro em relação ao seu 
similar, produzido externamente. Desse modo, a inflação tende a provocar um 
estímulo às importações e um desestímulo às exportações, prejudicando o saldo da 
balança comercial. 
Se o país estiver enfrentando um déficit na sua balança comercial, este problema 
tende a se agravar, gerando um perigoso círculo vicioso. 
Suponhamos que, num dado momento, o Banco Central pretenda reduzir um 
eventual déficit no Balanço de Pagamentos. Uma alternativa possível seria 
desvalorizar a moeda nacional frente à moeda estrangeira. Assim, o Banco Central 
começa a comprar divisas, o que aumenta a taxa de câmbio (maior demanda por 
divisas) e portanto reduz o valor da moeda nacional frente à moeda estrangeira. 
Essa medida acaba estimulando as exportações, e tornando as importações mais 
caras. De fato haverá uma melhora na Balança Comercial, o que auxilia o país nas 
suas contas externas. 
Entretanto, algumas importações são essenciais, pois alguns bens importados podem 
não ter similar nacional ou ainda nossa oferta interna pode não atender 
completamente à demanda do mercado. Alguns bens tais como certos produtos 
agrícolas, equipamentos, fertilizantes, gás, etc, não podem de modo algum deixar de 
ser importados. 
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Essas importações vão se tornar mais caras, pressionando os custos de produção das 
empresas que utilizam largamente os produtos importados. O resultado será um 
incremento no processo inflacionário, provocado pelo repasse do aumento de custos 
aos preços dos produtos, inclusive os produtos exportados, e dessa forma gerando 
novas pressões negativas sobre a balança comercial. 
d) Efeitos sobre as expectativas dos agentes econômicos 
Outra distorção provocada por uma inflação muito elevada está ligada ao processo 
de formação das expectativas dos agentes econômicos sobre o futuro. O setor 
empresarial é bastante sensível a esse tipo de situação, uma vez que sua atividade 
está sujeita a riscos, dada a relativa instabilidade e imprevisibilidade de seus lucros. 
A Teoria Econômica considera que o empresário formula suas expectativas acerca da 
conjuntura inflacionária atual e futura, e tenta fazer previsões sobre o 
comportamento dos preços nos próximos meses. Se as expectativas caminharem no 
sentido de que são esperadas maiores taxas de inflação, dificilmente os empresários 
aumentarão seus investimentos na expansão da capacidade produtiva. 
Desse modo, numa conjuntura inflacionária, a própria capacidade de produção futura 
da economia poderá ser comprometida e, conseqüentemente, o nível de emprego 
poderá ser afetado. 
e) Efeitos sobre os pagamentos de empréstimos e impostos 
Nas etapas iniciais de um processo inflacionário, os agentes econômicos que 
contraíram dívidas, no passado, tendem a ganhar, porque não incorporaram nos 
seus contratos nenhuma expectativa inflacionária. Neste caso os credores tendem a 
sofrer perdas, ao receber, na data de vencimento, a quantia emprestada, cujo valor 
real foi reduzido pela inflação. Porém, vimos que se existirem mecanismos de 
indexação, esta situação será minimizada. 
Quanto aos impostos, durante certo tempo foi uma prática comum no Brasil o atraso 
deliberado do pagamento desses débitos, pois os juros da mora eram irrisórios, e o 
atraso significava, em termos reais, uma diminuição do valor do imposto. Com a 
Reforma Tributária de 1967, essa vantagem deixou de existir, uma vez que passaram 
a ser cobrados juros da mora, acrescidos de multas e de correção monetária. 
Atualmente os tributos federais sofrem ainda atualização pela taxa SELIC. 
Portanto, a inflação, sejam quais forem os seus efeitos predominantes naquele 
momento, tende a desarticular o sistema econômico, intensificando o conflito 
distributivo, com efeitos danosos caso a mesma persista no longo prazo. 
Tipos de Inflação 
Basicamente a Teoria Econômica considera que a inflação pode surgir em algumas 
situações específicas, de modo que é possível falar em certos “tipos” de inflação, 
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principalmente a Inflação de Demanda, a Inflação de Custos e a Inflação 
Inercial. Vejamos as características de cada uma delas: 
a) Inflação de Demanda 
Considerada o tipo mais "clássico" de inflação, corresponde ao excesso de demanda 
agregada, em relação à produção disponível de bens e serviços. Podemos entendê-la 
como "dinheiro demais à procura de poucos bens". 
A possibilidade de ocorrer inflação de demanda aumenta quanto mais a economia 
estiver próxima do pleno emprego. Se houver desemprego em larga escala na 
economia, é de se esperar que um aumento da demanda agregada deva 
corresponder a um aumento na produção agregada de bens e serviços, pela maior 
utilização de recursos antes desempregados, sem que necessariamente ocorra um 
aumento generalizado de preços. Quanto mais próximo do pleno emprego, menor a 
possibilidade de uma expansão rápida da produção, e a repercussão maior deve se 
dar sobre os preços. 
O gráfico ao lado demonstra 
essa relação. A Curva de 
Oferta Agregada (OA) vai se 
tornando cada vez mais 
inelástica, à medida que a 
Renda (Y) vai se 
aproximando da Renda de 
Pleno Emprego. 
 
Dessa forma, sucessivos aumentos da Demanda Agregada (DA) num ritmo muito 
mais acentuado do que o aumento da capacidade produtiva da economia, vão 
fazendo com que a variação dos preços (P1 – P0) seja cada vez maior do que a 
variação real (física) da produção (Y1 - Y0). 
No caso-limite em que a Renda nacional corresponde à Renda de Pleno emprego, 
todos os aumentos da DemandaAgregada repercutem apenas sobre os preços. 
Esse tipo de inflação está associado ao excesso de demanda agregada. No curto 
prazo, a demanda agregada é mais sensível às alterações de política econômica que 
a oferta agregada, pois nesta última, os ajustes normalmente se dão a prazos 
relativamente longos. Assim, a política geralmente usada para combater esse tipo de 
inflação se baseia em instrumentos que provoquem uma redução da demanda 
agregada por bens e serviços. 
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O Governo pode agir tanto direta como indiretamente para reduzir o processo de 
inflação de demanda. A atuação direta dá-se pela redução dos próprios gastos do 
Governo. Assim, a redução dos gastos de um dos principais compradores de bens e 
serviços (o próprio Governo) tem um efeito imediato e eficaz sobre a demanda 
agregada. 
A atuação indireta do Governo ocorre por meio de políticas que venham a 
desencorajar o consumo e o investimento privado. Por exemplo, pode implementar 
uma política monetária que procure restringir a quantidade de moeda e de crédito, 
ou então uma política fiscal que provoque um aumento da carga tributária, tanto 
sobre bens de consumo como sobre bens de capital. 
Nesta última hipótese é comum o Governo lançar mão de um imposto de renda 
progressivo, ou seja, aquele cuja alíquota aumenta à medida em que a renda se 
eleva. Esta tributação progressiva funciona como um estabilizador automático da 
demanda agregada. À medida que a renda se eleva, a receita tributária do 
Governo cresce mais rapidamente, reduzindo assim o ritmo de expansão da própria 
demanda agregada. 
No Brasil uma das principais práticas usadas nos últimos anos tem sido também a 
manutenção de altas taxas de juros, inibindo, portanto, o crescimento dos gastos dos 
agentes privados. 
b) Inflação de custos 
Esse tipo de inflação corresponde a uma inflação tipicamente de oferta. O nível de 
demanda permanece praticamente o mesmo, mas os custos de certos insumos e 
matérias-primas importantes dentro da cadeia produtiva aumentam, e são 
repassados aos preços dos demais bens e serviços produzidos. 
O seu mecanismo de funcionamento é o seguinte: o preço de um bem ou serviço 
tende a relacionar-se bastante com seus custos de produção. Se estes aumentarem, 
mais cedo ou mais tarde o preço do bem provavelmente aumentará. 
Uma razão freqüente para o aumento de custos está nos aumentos salariais, 
decorrentes de reajustes legais, acordos judiciais ou mesmo após movimentos 
grevistas conduzidos pelos sindicatos. O aumento dos salários, entretanto, não 
necessariamente significa que os custos unitários de produção de um bem 
aumentaram. 
Se a produtividade da mão-de-obra empregada aumenta na mesma proporção dos 
salários, os custos unitários por unidade de produto não são afetados. Por exemplo, 
se os salários aumentam em 10% e a produção por trabalhador aumenta na mesma 
proporção, não há razão para as empresas elevarem os preços, pois os custos 
salariais, por unidade de produto, permaneceram os mesmos. 
Porém, se eventualmente sindicatos com maior poder de barganha forem capazes de 
forçar um aumento de salários a níveis acima dos índices de produtividade, os custos 
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de produção dos bens e serviços irão aumentar, como resultado da ação dos 
empresários no sentido de manterem suas margens de lucro. Se os preços dos 
produtos finais seguem os custos de produção, resulta uma inflação impulsionada 
pelos custos de produção (no caso, pelo aumento de salários). 
A inflação de custos também está associada ao fato de algumas empresas, com 
elevado poder sobre o mercado, (por exemplo, monopólio ou oligopólio), terem 
condições de elevar seus lucros acima do aumento dos custos de produção. Nesse 
caso, a inflação de custos também é conhecida denominada inflação de lucros. 
Outra fonte de inflação impulsionada pelos custos surgiu a partir da crise de energia 
de 1973, com a elevação de preços de matérias-primas e insumos básicos, que 
representaram pressões sobre os custos de produção das empresas. A partir de 
então, popularizou-se o termo "choque de oferta", para caracterizar eventos que 
podem desencadear uma inflação de custos. 
No gráfico a seguir podemos observar uma inflação de custos motivada por um 
choque de oferta: 
 
Um aumento repentino nos custos de 
produção do país, motivado pela 
subida dos preços de insumos básicos, 
provoca um deslocamento para a 
esquerda e para cima da curva de 
Oferta Agregada, pois as empresas 
tendem a reduzir as quantidades 
físicas produzidas, visando diminuir o 
impacto dos custos de produção 
variáveis (aqueles que dependem do 
volume produzido). 
O resultado é uma redução no volume total do produto (e da Renda) nacional, 
paralelamente ao um aumento nos níveis de preço. Observe que também nesse 
caso, se a economia estiver próxima do pleno emprego, o impacto sobre os preços 
será mais elevado. 
Um fenômeno recente tem sido a estagflação. Isto acontece quando se ocorrem 
paralelamente taxas significativas de inflação, e recessão econômica com 
desemprego. 
Uma das razões é devida ao fato de que, em períodos de queda de atividade 
produtiva (recessão), as firmas com maior poder de mercado (monopólios e 
oligopólios) têm condições de manter constantes suas margens de lucros sobre seus 
próprios custos. 
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A isto se denomina poder de mark-up. Estas firmas conseguem manter seus lucros 
ao aumentarem o preço de seus produtos finais. Nessa situação, mesmo com o nível 
de produto e de emprego caindo, os preços dos bens e serviços estão subindo. 
c) Inflação Inercial 
A partir da década de 70 e especialmente após o fato de que em algumas economias 
proliferaram os mecanismos de indexação, surgiu o fenômeno da inflação 
inercial, que é um tipo de inflação que se auto-reproduz. 
Em setores muito oligopolizados, as elevações de custos podem com mais facilidade 
ser repassadas aos preços. Assim, caso ocorram elevações de custos (aumentos 
salariais, preços de matérias-primas etc); as empresas imediatamente repassam tais 
acréscimos de custos aos preços. Os sindicatos, por sua vez, tendem a antecipar 
futuros aumentos da inflação ao fazerem suas reivindicações salariais. 
Os contratos de financiamento e empréstimos, por sua vez, ao incorporarem a 
inflação futura, por meio da indexação prévia dos valores a serem pagos pelo 
devedor, acabam por elevar os custos desses recursos, repercutindo sobre os custos 
de produção das empresas. 
Assim, se todos os agentes econômicos começarem a incorporar, no seu 
comportamento, mecanismos de indexação ou de proteção ao valor real de suas 
rendas futuras, o resultado em termos macroeconômicos é que efetivamente haverá 
pressões inflacionárias no futuro. A inflação inercial, portanto, está ligada às próprias 
expectativas dos agentes econômicos. 
A Curva de Phillips 
A curva de Phillips representa um dos dilemas da política econômica. Trata-se de 
uma relação inversa entre duas variáveis: inflação e desemprego. 
A formulação original da Curva de Phillips mostra que a taxa de crescimento dos 
salários guarda uma relação inversa com a taxa de desemprego da economia. 
Como os salários representam um tipo de “preço” (pago pelas empresas para 
utilizarem o fator de produção “trabalho”), pode-se ampliar o raciocínio para os 
demais preços de bens e serviços produzidos pela economia. 
Assim, a Curva de Phillips é também apresentada na literatura econômica como uma 
relação inversa entre a taxa de inflação (pi)pi)pi)pi)e a taxa de desemprego (u), conforme 
gráfico a seguir: 
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Mesmo que a economia se encontre numa situação de Pleno-emprego, a teoria 
considera que haveria ainda uma taxa de desemprego natural, representada por un, 
devido à própria rotatividade da mão-de-obra. Nesse ponto a taxa de inflação é igual 
a zero. Aumentos do nível de emprego (ou seja, quedas na taxa de desemprego) 
implicam em aumentos no nível geral de preços, isto é, acontecerá inflação de 
demanda nessa economia. 
Assim, se a taxa de desemprego cai de u2 para u1, a taxa de inflação sobe, de pi2 
para pi1. Desse modo, o dilema (“trade-off”)do Governo será escolher entre reduzir a 
inflação e aumentar o desemprego, ou reduzir o desemprego e aumentar a inflação. 
A Curva de Phillips pode ser representada pela seguinte relação: 
pipipipi = - β β β β . (u – un) 
na qual: 
pi = Taxa de inflação num determinado momento 
β = Elasticidade (sensibilidade) da inflação às variações na taxa de desemprego 
u = taxa de desemprego num determinado momento 
un = taxa natural de desemprego da economia 
 
Suponha que o parâmetro β seja igual a 2, que a taxa de desemprego natural un 
seja igual a 5% e a taxa de desemprego atual na economia seja de 4%. A inflação 
deverá ser igual a: 
pipipipi = - 2 2 2 2 . (0,04 – 0,05) = -2 . (- 0,01) = 0,02 = 2% 
Se o Governo desejar reduzir a taxa de desemprego para 3%, a inflação agora será 
igual a: 
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pipipipi = - 2 2 2 2 . (0,03 – 0,05) = -2 . (- 0,02) = 0,04 = 4% 
 
Existe ainda a versão aceleracionista da Curva de Phillips, que incorpora ao 
modelo as expectativas dos agentes econômicos e a possibilidade de choques de 
oferta: 
pipipipi = pipipipie - β β β β . (u – un) + E 
Onde: 
pie = Taxa de inflação esperada pelos agentes econômicos 
E = Choques de Oferta 
Nesse modelo as expectativas dos agentes econômicos tendem a reproduzir a 
inflação passada para a inflação futura, através de mecanismos como, por exemplo, 
a indexação. 
Além disso, a possibilidade da ocorrência de choques de oferta pode também 
aumentar a inflação, ainda que se mantenha inalterada a taxa de desemprego na 
economia. 
Um choque adverso de oferta pode ocorrer, por exemplo, na hipótese de uma 
elevação súbita no preço de insumos importados. Isso provocará um deslocamento 
para cima da Curva de Phillips, implicando numa taxa maior de inflação, para uma 
mesma taxa de desemprego. 
O Déficit Público e o Imposto Inflacionário 
A emissão monetária é importante fonte de financiamento do governo. A receita 
corrente obtida pelo governo dessa fonte é denominada seignorage (RS) e é dada 
pelo produto entre a taxa de crescimento da base monetária (∆B) e os saldos 
monetários reais (M/P): 
RS = ∆∆∆∆B . M 
 B P 
 
Que podemos escrever também desta forma: 
RS = b . m 
Onde b é considerada a alíquota do imposto que incide sobre uma base de 
arrecadação (m), ou seja, quanto maior a disposição dos agentes econômicos em 
reter moeda, maior será a arrecadação de seignorage, para uma dada taxa de 
emissão monetária. 
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A emissão de moeda é considerada como uma receita do Governo pelo fato de que o 
valor da moeda emitida é muito superior ao seu custo de fabricação (este chega a 
ser irrisório). 
No entanto, se o governo elevar essa emissão, provocará uma maior inflação e, 
conseqüentemente, a redução do valor real dos saldos monetários em poder do 
público. Então, o público tentará recompor seus saldos absorvendo o aumento da 
oferta monetária. 
Essa recomposição é chamada de imposto inflacionário, devido à erosão 
provocada no poder de compra dos agentes econômicos. Não é um “imposto” em 
termos jurídicos, as pessoas não pagam diretamente nenhum valor ao Governo. Mas, 
se o Governo emite moeda para comprar bens e serviços, e com isto provoca 
inflação, reduzindo o valor real da moeda que está nas mãos dos indivíduos, então o 
efeito final é semelhante à cobrança de um imposto. 
Levando esse efeito em consideração pode-se reescrever a receita de seignorage 
(RS) decompondo-a em dois fatores: 
RS = pipipipi . m + ∆m 
onde pipipipi é a taxa de inflação. 
O primeiro termo representa o imposto inflacionário e o segundo a arrecadação 
proveniente do aumento dos saldos reais. Se o aumento dos saldos monetários 
reais nas mãos dos agentes econômicos for igual a zero, a receita de 
seignorage coincide com o imposto inflacionário. 
Suponha que a oferta de moeda seja igual a $ 200 e que o Governo faça emissões 
de moeda no valor de $20 para pagar suas despesas. Esses $20 representam a 
receita de seignorage, que neste caso significaram um crescimento de 10% da 
oferta de moeda. 
Se a inflação no período foi igual a 8%, então o valor do imposto inflacionário foi 
igual a 8% de $20 = $16. O restante foi variação dos saldos reais, igual a 2% de $20 
= $4. 
Porém, se a inflação no período tivesse sido igual a 10%, então toda a receita de 
seignorage corresponderia ao imposto inflacionário. 
Existem limites para o financiamento do déficit público via imposto inflacionário. 
Quando a inflação aumenta, num primeiro momento os agentes econômicos 
demandam mais moeda, para recompor o valor real de seus encaixes monetários (o 
dinheiro “em carteira”). 
Se houver uma contínua aceleração da inflação, os agentes econômicos, num dado 
momento, desistem de manter suas posições em moeda e mudam seu 
comportamento – agora eles passam a tentar se livrar dela. 
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 13 
Em outras palavras, os agentes econômicos passam a demandar menos moeda, e 
tentarão mudar seu portfólio para ativos que permitam uma maior proteção contra a 
corrosão inflacionária. 
Isso significa que o Governo só consegue aumentar a receita do imposto inflacionário 
até certo ponto, isto é, existe um nível de inflação que maximiza a receita do 
imposto inflacionário. 
 
A partir desse ponto, a queda da base de arrecadação supera o aumento da inflação, 
que funciona como a alíquota do imposto. Então, há uma Curva de Laffer para o 
imposto inflacionário, como mostrada no gráfico. 
O nível ótimo de taxa de inflação depende de vários fatores, como o grau de 
substituição da moeda por outros ativos que forneçam alto grau de liquidez e que 
possam compensar a perda com a erosão real. Nesse caso, quanto mais elevada for 
essa capacidade, maior será a inflação requerida para atingir a receita máxima. 
No Brasil no final da década de 80 e início dos anos 90, a dependência do 
financiamento inflacionário do déficit público conjugado com um sistema altamente 
indexado oferecia substitutos quase perfeitos para a moeda. Com isso a economia 
convivia com elevados patamares inflacionários e sucessivos desequilíbrios fiscais. 
Com a estabilização econômica pós-Plano Real, o Governo deixou de poder usar o 
imposto inflacionário como fonte de financiamento, e precisou implementar um forte 
programa de ajuste fiscal para combater o desequilíbrio das contas públicas, 
inclusive estendendo essa nova postura aos âmbitos estaduais e municipais. 
Efeito Tanzi 
O Efeito Tanzi decorre do fato de que a inflação reduz a receita tributária em termos 
reais, em decorrência da defasagem temporal entre o momento que ocorre o fato 
gerador do imposto e o momento de seu efetivo recolhimento (recebimento dos 
recursos pela autoridade fiscal). 
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Uma forma que os governos encontraram para minimizar o efeito Tanzi é adotar a 
indexação do sistema tributário, ou seja, cobrar os impostos em termos de um índice 
que acompanhe a evolução da inflação. Para níveis inflacionários menores, como 
aqueles de um dígito ao ano, esse efeito tende a ser mais significativo, dado que o 
incentivo para indexar os impostos e reduzir o período de defasagem da coleta é 
menor. 
No Brasil criou-se a Unidade Fiscal de Referência (Ufir) um padrão monetário 
indexado para o pagamento dos impostos. No auge do processo inflacionário no 
Brasil (1989 - 1990), a Ufir sofria variações diárias, acompanhando a aceleração 
inflacionária. 
Com o advento do Plano Real buscou-se eliminar os mecanismos de indexação que 
alimentavam a memória inflacionária. Manteve-se a Ufir, mas sua freqüência de 
variação foi reduzida. Atualmente os tributos federais sofrem correção pela taxa 
SELIC. 
 
VII – A Economia Intertemporal 
 
Anteriormente vimos que o Consumo agregado da coletividade se constitui numa 
importante variável macroeconômica, devido à sua influência no montante da 
Demanda Agregada. 
Eventualmente os formuladores da política econômica podem usar essa variável para 
aquecer a economia, mediante uma redução nos níveis de tributação. Quando o 
Governo reduz os tributos, aumenta a renda disponível, fazendo com que o Consumo 
se eleve e dessa forma há um efeito positivo sobre o nível da própria renda: as 
empresas respondem a esse aumento do consumo (e, portanto, da Demanda 
Agregada) elevando também a sua produção. 
Por outro lado, caso o Governo deseje contrair a Demanda Agregada, por exemplo, 
numa situação em que a economia esteja funcionando próxima de sua capacidade 
máxima, para com isso evitar pressões inflacionárias, é possível adotar medidas de 
restrição ao consumo, como redução da oferta de crédito ou mesmo aumento da 
tributação. 
Nos modelos vistos até agora, partíamos da hipótese de que o Consumo num dado 
período se apresenta como uma função da Renda nesse mesmo período. A função 
Consumo foi apresentada dessa maneira: 
C = Ca + c.Y 
Nessa formulação existe a premissa de que o Consumo atual sofre uma restrição 
atual, dada pelo montante atual da Renda. Mas existem outras abordagens na Teoria 
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Econômica sobre o comportamento da variável Consumo. Uma dessas visões 
alternativas é a que considera o fato de que o Consumo no período atual se relaciona 
não só com a Renda atual, mas também com a Renda futura. Em outras palavras, o 
Consumo se submete a uma Restrição Orçamentária Intertemporal. 
Segundo essa concepção, os indivíduos decidem o quanto irão consumir e o quanto 
irão poupar no momento presente, levando em conta também o futuro. 
Consumir mais hoje significa poupar menos hoje e, portanto, significa talvez 
consumir menos amanhã. 
A idéia básica é a de que quando os indivíduos são mais jovens, eles realizam maior 
volume de poupança para poderem ter um certo nível de consumo desejável no 
futuro, já que, quando idosas, esperam uma renda menor. Por outro lado, alguns 
indivíduos podem querer tomar empréstimos para consumir mais no período atual; 
esses empréstimos deverão ser pagos no futuro, portanto reduzirão o consumo no 
período futuro. 
Portanto, seja qual for a decisão de consumo do indivíduo, ele levará em conta a 
sua renda nos dois períodos de tempo (atual e futuro). Daí a idéia de que a 
renda representa uma restrição orçamentária intertemporal ao consumo. 
Isto significa que os indivíduos devem tomar uma decisão sobre como deverão 
alocar o consumo ao longo do tempo. 
Vamos analisar um modelo simples, considerando somente dois períodos de tempo. 
Vamos chamar o período “1” como sendo correspondente à juventude e o período 
“2” como representando a velhice do consumidor. Consideremos ainda Y1 e C1 como 
a renda e o consumo do consumidor ainda jovem e Y2 e C2 como a renda e o 
consumo do mesmo quando idoso. Consideremos ainda a possibilidade de o 
consumidor obter empréstimos. Teremos então o seguinte: 
A poupança do período 1 (juventude) é obtida da seguinte forma: 
S1 = Y1 – C1 
No período 2 (velhice) e consumo é dado por: 
C2 = S1. (1 + i) + Y2 
Onde “i” representa taxa de juros. O consumidor vai poder consumir mais no futuro, 
pois terá disponível sua renda Y2 e a poupança S1 do período anterior, capitalizada 
pelos juros obtidos entre os dois períodos, dados pela expressão (1+i). 
Substituindo S1 na segunda equação, teremos: 
C2 = (Y1 – C1) . (1 + i) + Y2 
Desenvolvendo, teremos: 
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C2 = Y1 + Y1 . i - C1 - C1 . i + Y2 
C2 + C1 + C1 . i = Y2 + Y1 + Y1 . i 
C2 + C1. (1+ i) = Y2 + Y1 . (1 + i) 
Dividindo-se tudo por (1+i), temos: 
C2 Y2 C1+ (1+ i ) 
= Y1 + (1 + i) 
Essa equação final representa a restrição intertemporal do consumidor. 
Percebe-se que o consumo no período 1 mais o consumo do período 2, calculado 
pelo seu valor presente (isto é, descontado pela taxa de juros) tem que ser igual à 
renda no período 1 mais a renda do período 2, calculada pelo seu valor presente 
(também descontada pela taxa de juros). O fator de desconto dos valores futuros é 
dado pela expressão (1+i). 
Pode-se representar a restrição intertemporal do consumidor da seguinte forma: 
 
A inclinação da reta é dada por -(1+i). Todos os seus pontos representam possíveis 
combinações para o consumidor. No ponto A, verifica-se que: 
C1 = Y1 e C2= Y2 
Ou seja, o consumidor no período 1 consome toda a sua renda, portanto não poupa 
no período 1. Assim, no período 2 o seu consumo será também correspondente à 
sua renda no mesmo período. 
Agora, analisemos outra situação: 
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No ponto B, verifica-se que: 
C1 < Y1 e C2 > Y2 
Ou seja, o consumidor no período 1 consome somente parte de sua renda e, 
portanto realiza um certo nível de poupança, que permitirá ao mesmo um nível de 
consumo maior que sua renda no período 2. No ponto B o consumidor é poupador. 
Vejamos ainda outra hipótese: 
 
No ponto C, verifica-se que: 
C1 > Y1 e C2 < Y2 
Ou seja, o consumidor no período 1 consome toda a sua renda e ainda toma 
empréstimos, portanto não poupa no período 1. Assim, no período 2 o seu consumo 
será menor que sua renda, pois o consumidor deverá pagar os empréstimos 
contraídos no período anterior. No ponto C o consumidor é devedor. 
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Finalmente, como o consumidor vai decidir o quanto ele consumirá hoje e o quanto 
ele consumirá no futuro? De fato, o consumidor tem infinitas possibilidades de 
distribuir seu consumo entre os dois períodos, o que pode ser representado através 
das curvas de indiferença mostradas no gráfico a seguir: 
 
Cada curva mostra um certo nível de Utilidade (ou Satisfação) obtida pelo 
consumidor. Curvas mais externas representam combinações de consumo presente e 
futuro que geram utilidade ou satisfação mais elevada. Assim, para o consumidor o 
nível de consumo correspondente ao ponto F é preferível aos níveis D e E. 
No entanto, para o consumidor é indiferente escolher entre os pontos D e E, pois 
ambos geram a mesma satisfação. 
A inclinação da curva de indiferença é dada pela Taxa Marginal de Substituição 
(TMS) entre os níveis de consumo nos períodos 1 e 2, que representa o quantoo 
consumidor está disposto a abrir mão de parte do consumo no período 1 para poder 
consumir uma quantidade maior de bens no período 2. 
A decisão do consumidor será obtida combinando-se as curvas de indiferença com a 
curva de restrição orçamentária intertemporal: 
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No ponto em que a reta de restrição orçamentária intertemporal tangencia a curva 
de indiferença mais externa possível, teremos o equilíbrio do consumidor, 
determinando os seus níveis de consumo atual e futuro. Nesse ponto teremos a 
igualdade: 
-(1+i) = TMS (C1, C2) 
 
 
Conclusãos importantes desse modelo: 
 
1. Aumentos no nível de renda do consumidor deslocam a reta de restrição 
orçamentária intertemporal para a direita, permitindo ao consumidor 
aumentar seu consumo nos dois períodos de tempo. Reduções na 
renda provocam o efeito inverso. 
 
Este efeito pode ser visto nos gráficos a seguir: 
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No gráfico acima vemos que o Ponto “A” corresponde ao ponto em que a reta de 
restrição orçamentária tangencia a Curva de Indiferença mais distante possível, no 
caso U1. 
Esse é nível máximo de satisfação que o consumidor pode obter com a soma de suas 
rendas, a atual e a futura (respectivamente, Y1 e Y2). Sendo assim, as quantidades 
C1 e C2 maximizam o bem-estar do consumidor nos dois períodos de tempo. 
Se por algum motivo houver um aumento na renda total do consumidor, ou no 
período atual ou no período futuro, será possível para ele aumentar seus gastos de 
consumo, tanto no período atual como no período futuro, levando-o a atingir uma 
Curva de Indiferença ainda mais externa, conforme gráfico a seguir: 
 
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Note que é possível para o consumidor, neste caso, aumentar o Consumo Atual ou o 
Consumo Futuro, ou ambos. 
Assim, se o consumidor tem um aumento de salário, hoje, ele pode aumentar seus 
gastos atuais, ou ele pode poupar, e assim aumentar seus gastos no futuro, ou ainda 
pode combinar as duas coisas. 
Do mesmo modo, se o consumidor tem a perspectiva de um aumento de renda no 
futuro, e isto se concretizar, ele também tem a possibilidade de aumentar os gastos 
nos dois períodos. 
Assim, a conseqüência será o alcance de uma curva de indiferença mais externa (um 
nível de satisfação mais elevado). 
O inverso também ocorrerá se o consumidor tiver uma redução na sua renda atual 
(por exemplo, uma redução de salário ou gratificação) ou na sua renda futura (por 
exemplo, com uma mudança nas regras da aposentadoria). 
Nessa hipótese a reta de restrição orçamentária intertemporal se desloca para a 
esquerda, impossibilitando o consumidor de alcançar a curva de indiferença atual. 
Ele agora alcançará uma curva de indiferença menos externa, o que significa que sua 
satisfação, no total dos dois períodos de tempo, será menor. 
2. Aumentos na taxa de juros reduzem a inclinação da reta de restrição 
orçamentária intertemporal, pois tornam mais interessante poupar no período 
1 para consumir mais no período 2; portanto reduzem o consumo no 
período 1 e aumentam o consumo no período 2. Reduções na taxa de 
juros causam o efeito contrário. 
Observe o gráfico abaixo indicando o equilíbrio do consumidor: 
 
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Agora note os efeitos que um aumento das taxas de juros tem sobre a reta de 
restrição orçamentária intertemporal: 
 
• O consumo atual se reduz de C1 para C’1, indicando que os consumidores têm 
um incentivo maior para poupar no presente (e um desestímulo ao 
endividamento); 
• O consumo futuro aumenta de C2 para C’2, indicando que os consumidores 
poderão gastar suas reservas poupadas num maior consumo futuro (da 
mesma forma, aqueles consumidores que se endividaram no passado teriam 
se endividado mais se a taxa de juros fosse mais baixa; portanto, o 
comprometimento de sua renda futura com dívidas é menor, o que lhes 
garante um consumo maior no futuro, do que se tivesse assumido dívidas 
mais pesadas). 
O resultado deste processo é que a reta de restrição orçamentária intertemporal 
sofre uma espécie de “rotação”, na sua qual sua inclinação diminui – a reta tende a 
ficar “mais vertical” do que antes. 
O movimento inverso também seria verdadeiro: uma redução na taxa de juros hoje 
desestimula a poupança e incentiva um consumo maior no presente (mesmo que a 
custa de endividamento). Como conseqüência haverá também uma redução no 
consumo futuro, em relação à situação sem alterações na taxa de juros. 
 
Restrição Intertemporal de uma Nação em relação às Contas Externas 
Todo o raciocínio que vimos anteriormente pode ser estendido para outras situações, 
como, por exemplo, a análise dos limites para o endividamento externo de uma 
nação. 
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Suponhamos que a variável “Q” represente a quantidade total produzida de bens e 
serviços de um país, e a variável “C” represente a quantidade consumida de bens e 
serviços neste mesmo país durante certo período de tempo. Vamos imaginar também 
que o país exporta mercadorias para o resto do mundo (X), assim como importa 
itens produzidos externamente(M). Podemos então escrever a seguinte relação, para 
o período de tempo “1”: 
Q1 + M1 = C1 + X1 
Obs: apenas para fins de simplificação, estamos supondo investimentos, gastos do 
Governo e tributação iguais a zero. 
Nessas condições, a oferta total de bens e serviços à disposição da população deste 
país é dada pela soma da produção interna com as importações: 
Q1 + M1 
E a demanda total de bens e serviços é dada pela soma das demandas interna e 
externa: 
C1 + X1 
Note que X1 - M1 representa o saldo da Balança Comercial no período “1”. 
Vamos usar a notação BC1 para indicar este saldo, e assim teremos: 
 Q1 + M1 = C1 + X1 
Q1 = C1 + X1 - M1 
Q1 = C1 + BC1 
C1 = Q1 - BC1 
Este país pode realizar um consumo maior do que sua produção permite? A resposta 
é sim; neste caso, o país estará tendo um déficit na sua Balança Comercial: 
Se: 
BC1 < 0 � Déficit na Balança Comercial 
Então: 
C1 > Q1 � Consumo maior do que produção interna 
Nesse caso, parte do consumo do país está sendo financiado através de poupança 
externa. 
O que está acontecendo é o seguinte: outros países, espalhados pelo resto do 
mundo, estão obtendo superávits comerciais, ou seja, estão tendo uma entrada 
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líquida de divisas (moeda estrangeira). Estes recursos são aplicados no mercado 
financeiro internacional, através da compra de ativos junto a instituições financeiras 
privadas internacionais, ou ainda pela compra de títulos de dívida pública de outros 
países. 
Por outro lado, nosso país tem um déficit na balança comercial, portanto precisa de 
moeda estrangeira para bancar estas transações. Onde nosso país vai obter tais 
recursos? No mercado financeiro internacional, ou seja, tomando empréstimos que 
os bancos internacionais farão, com os recursos anteriormente captados junto aos 
demais países superavitários. Em outras palavras, usaremos poupança externa. 
A questão é que nosso país não poderá incorrer em déficit indefinidamente. Se fizer 
isto, estará entrando no chamado “Esquema Ponzi”: toma novos empréstimos parapagar os anteriores, incorrendo assim, no futuro, num pagamento de maiores juros, 
o que vai agravar o déficit, levando a um novo endividamento, e assim 
sucessivamente. 
No longo prazo, os credores internacionais podem suspeitar da capacidade de nosso 
país em honrar suas dívidas, e não nos conceder novos empréstimos, o que pode 
levar a um colapso nas contas externas. 
Suponhamos, portanto, que nosso país hipotético não entre num Esquema Ponzi. 
Isso significa que ele respeita a restrição intertemporal e nesse caso, um 
endividamento externo no período “1”, deverá ser pago no período “2”. Portanto, 
será preciso no futuro gerar superávits na balança comercial para pagar tais 
empréstimos. 
Restrição Intertemporal do Governo 
O Governo também se depara com uma restrição intertemporal, que se constitui 
num limite para os seus sucessivos déficits ao longo dos anos. Considerando-se que 
o déficit público corresponde a uma situação em que as despesas são maiores que as 
receitas, teremos as seguintes alternativas de financiamento: 
• Emissão de moeda; 
• Tomada de empréstimos junto ao Sistema Financeiro; 
• Aumento dos impostos; 
• Emissão de títulos da Dívida Pública. 
No longo prazo, porém, estas alternativas encontram limites. A emissão de moeda 
não pode ser usada pelo Governo durante muito tempo para financiar seu déficit, 
pois, como vimos anteriormente, tende a causar inflação, trazendo conseqüências 
negativas para toda a economia. 
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A obtenção de empréstimos junto aos bancos comerciais e outras instituições 
privadas também encontra limites, de acordo com o grau de confiança que os 
credores têm no Governo, no tocante à sua capacidade de honrar seus 
compromissos financeiros. 
Os aumentos dos impostos não podem ocorrer indefinidamente. A elevação 
constante da carga tributária em relação ao PIB implica no desestímulo de diversas 
atividades produtivas e num “incentivo” à sonegação e à informalidade, que 
comprometem, por suas vez, as próprias finanças públicas. 
Finalmente, o crescimento da dívida pública tem como conseqüência negativa o 
aumento da própria despesa com pagamento de juros, o que no futuro tende a gerar 
novos déficits, agravando a situação financeira do ente governamental. 
Assim, a restrição intertemporal a que o Governo está submetido determina que 
maiores gastos públicos no presente representarão, necessariamente, menores 
gastos públicos no futuro, ou ainda, se houver espaço para isto, em impostos mais 
elevados no futuro. 
Podemos representar a restrição intertemporal do Governo dessa forma: 
G2 T2 G1+ (1+ i ) 
= T1 + (1 + i) 
Onde G = Gasto do Governo, T=tributação e i=taxa de juros 
A Equivalência Ricardiana 
Uma das conseqüências do modelo de restrição intertemporal do consumo dos 
indivíduos é modificar a visão da Ciência Econômica sobre a relação entre os 
impostos, o consumo e a dívida pública. Podemos apontar basicamente duas 
“concepções” que os economistas utilizam para tratar deste assunto: 
a) A concepção “tradicional” 
É a corrente de pensamento que afirma o seguinte: se o Governo resolver diminuir 
os impostos, para estimular o consumo dos indivíduos, ele terá sucesso, pois os 
indivíduos tomam suas decisões de consumo no presente com base na sua renda 
disponível (líquida de impostos). 
Se, por exemplo, o Governo reduz a alíquota do imposto de renda retido na fonte, 
isto aumenta os rendimentos líquidos dos indivíduos, então eles vão aumentar seu 
consumo no presente. 
Ora, mas se o Governo reduz seus impostos, como ele vai fazer para manter seu 
nível de gastos? Uma das alternativas é aumentar a dívida pública. Os agentes 
econômicos, de modo geral, não se preocupam com os aumentos da dívida pública, 
pois isto não afeta sua renda presente. Então, o Governo pode aplicar essa medida 
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com sucesso: reduz os impostos, aumenta a dívida pública, e assim estimula o 
consumo e dessa forma promove o aumento da renda gerada pela economia. 
b) A concepção “ricardiana” 
Para outros economistas, tanto o Governo quanto os indivíduos estão sujeitos a uma 
restrição intertemporal, e ambos tomam decisões, respectivamente, com base na sua 
receita e nos seus rendimentos atuais e futuros. 
Então, quando o Governo corta impostos, sem sinalizar que vai fazer uma redução 
equivalente nos gastos públicos, aumentando assim o montante da dívida pública, os 
indivíduos percebem que num momento futuro essa dívida deverá ser paga. 
Assim, num momento posterior o Governo vai se ver diante de novos gastos (com os 
juros da dívida, por exemplo) e necessariamente deverá voltar a aumentar seus 
impostos. 
Isso significa que um corte de impostos no presente equivale, na verdade, a um 
aumento de impostos no futuro. É nisso que consiste a expressão “Equivalência 
Ricardiana” (numa alusão ao economista David Ricardo): uma redução de impostos 
hoje equivale a um aumento da dívida pública hoje, que por sua vez equivale a um 
aumento dos impostos no futuro. 
Sendo assim, os indivíduos experimentam um aumento da sua renda disponível no 
presente, mas sabem que num momento futuro sua renda será menor, porque os 
impostos vão voltar a crescer. 
Sendo assim, ao invés de consumir mais, os indivíduos irão poupar mais. 
Eles irão “guardar” o ganho obtido com o corte de impostos e vão capitalizar esta 
poupança para o futuro, pois eles acreditam que no futuro sua renda disponível será 
menor. 
Uma conseqüência importante desta concepção é a de que o Governo é incapaz 
de estimular a demanda agregada via corte de impostos, porque os agentes 
econômicos sabem que precisarão economizar este ganho de renda no presente para 
poder pagar uma carga maior de impostos no futuro. 
A expressão baixo ilustra essa idéia: 
 
C2 (Y2- T2) C1+ (1+ i ) 
= (Y1 - T1) + (1 + i) 
 
Sendo assim, pela concepção ricardiana, o consumo presente se mantém inalterado. 
Essas idéias são ainda motivo de controvérsia na Ciência Econômica. 
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Os críticos da equivalência ricardiana afirmam que os indivíduos não se importam 
com os efeitos do crescimento da dívida pública, e uma das razões é a de que o 
Governo pode emitir, por exemplo, títulos com vencimento de trinta anos, de modo 
que a gerações atuais não se preocupam com aumentos de impostos que vão 
ocorrer num momento muito distante do tempo. 
Por outro lado, os adeptos da equivalência ricardiana dizem que as gerações atuais 
se preocupam com as gerações futuras, do contrário não existiria o direito de 
herança; sendo assim, aumentos da dívida pública no presente significam aumentos 
de impostos para as próximas gerações. 
Como os indivíduos, em geral, agem racionalmente, e se preocupam com o futuro 
econômico de seus herdeiros, eles de fato não vão aumentar seu consumo atual; 
irão poupar mais, para garantir uma renda real maior para as gerações futuras. 
É importante notar que se houver restrições de crédito na economia, a equivalência 
ricardiana pode não funcionar. 
Suponha que os indivíduos não tenham acesso a empréstimos junto aos bancos 
privados, e que portanto não possam “antecipar” parte de sua renda futura para 
financiar um consumo maior no presente. 
Se o Governo reduz os impostos, os indivíduos percebem esse corte de impostos 
como sendo uma espécie de “empréstimo” que o Governo está fazendo, e que 
deverá ser pago no futuro, quando houver novamente aumento de impostos. 
Nessa hipótese, havendo restrição de crédito a equivalência ricardiana nãose aplica, 
pois de fato haverá aumento do consumo por parte dos indivíduos quando o Governo 
reduzir os impostos. 
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 28 
Questões de Concursos 
 
01. (ESAF) - Melhor caracteriza um estado de inflação de demanda: 
a) Excesso de demanda global em relação à oferta global. 
b) Desequilíbrio setorial entre oferta e demanda, associado à rigidez dos preços no 
sentido descendente. 
c) Ganância desenfreada dos empresários produtores e comerciantes. 
d) Alta administrada dos preços dos fatores de produção. 
e) Nenhuma das anteriores. 
 
02. (ESAF) - O conceito de inflação de demanda atribui a elevação contínua e generalizada 
dos preços a 
a) um excesso da oferta agregada sobre a demanda agregada ao nível de preços 
vigente. 
b) um excesso da demanda agregada sobre a oferta agregada ao nível de preços 
vigente. 
c) ma pressão dos proprietários dos fatores de produção em busca de remunerações 
mais elevadas, em termos reais, para esses mesmos fatores. 
d) uma queda do valor da moeda nacional devido à valorização da moeda estrangeira. 
e) Nenhuma das anteriores. 
 
03. (ESAF) - Dado o gráfico abaixo: 
 
 
a) Um aumento nos gastos do governo deslocaria para cima a curva de oferta agregada 
e provocaria inflação de demanda. 
b) Um aumento nos gastos do governo deslocaria para cima a curva de oferta agregada 
e provocaria inflação de custos. 
c) Um aumento nos gastos do governo, tudo o mais constante, provocaria inflação de 
demanda. 
d) Um aumento nos salários dos trabalhadores provocaria maior demanda efetiva e, 
daí, maior oferta agregada real (aumento do produto real). 
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e) Um aumento nas alíquotas do imposto de renda das pessoas físicas provocaria 
inflação de demanda. 
 
04. (ESAF) - Supondo que a economia se encontre a pleno-emprego, 
a) um aumento nos gastos do governo, tudo mais constante, provocaria aumento do 
produto real e redução do nível geral de preços. 
b) uma redução nos tributos, tudo mais constante, levaria a uma redução no produto 
real da economia. 
c) uma expansão dos meios de pagamento, tudo mais constante, provocaria inflação de 
oferta. 
d) um aumento nos níveis de investimento, tudo mais constante, provocaria inflação de 
oferta. 
e) um aumento nos níveis de investimento, tudo mais constante, provocaria inflação de 
demanda. 
 
05. (ESAF) - A Curva de Phillips originalmente descreve uma relação inversa entre 
a) o nível geral de preços e o estoque de moeda da economia. 
b) a taxa de crescimento dos salários e o nível de desemprego. 
c) a taxa de câmbio e o volume de reservas cambiais. 
d) a taxa de juros e o volume de investimentos. 
e) as alíquotas dos impostos e o nível de arrecadação dos impostos. 
 
06. (ESAF) - Inflação inercial é aquela alimentada por 
a) expectativas de aceleração inflacionária. 
b) pressões por aumentos de salários. 
c) excesso de emissão de moeda. 
d) déficits públicos. 
e) mecanismos de indexação. 
 
07. (ESAF) - A finalidade de se adotar um imposto progressivo em períodos inflacionários é 
a) exercer um controle automático sobre a demanda, fazendo com que a receita 
tributária diminua mais rapidamente do que a renda nacional. 
b) aumentar o crescimento da renda pessoal disponível. 
c) atenuar o ritmo de queda na atividade econômica. 
d) aumentar o crescimento na demanda e na renda do setor privado. 
e) exercer um controle automático sobre a demanda, fazendo com que a receita 
tributária cresça mais rapidamente do que a renda nacional. 
 
08. (ESAF) - Em relação ao conceito de inflação, pode-se afirmar que 
a) a inflação de demanda pode ocorrer quando há uma redução nas taxas de juros numa 
situação na qual a economia encontra-se muito próxima do pleno emprego. 
b) se um país A possui um nível geral de preços maior do que um país B, então a inflação em A 
é maior do que a inflação em B. 
c) a inflação de custos só ocorre com a economia operando abaixo do nível de pleno emprego. 
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d) não existe a possibilidade de ocorrência de inflação de custos numa economia aberta. 
e) se não existe indexação na economia, então não existe a possibilidade de ocorrência de 
inflação. 
09. (ESAF) - Acerca dos choques de oferta, pode-se afirmar que numa economia 
a) sem indexação, choques de oferta não têm efeito sobre a inflação. 
b) caracterizada por inflação puramente inercial, um choque de oferta não altera o patamar 
inflacionário. 
c) caracterizada por inflação puramente inercial, um choque de oferta causa uma aceleração da 
inflação. 
d) caracterizada por inflação puramente inercial, um choque de oferta só tem efeito sobre o 
patamar da inflação se tal choque for considerado permanente. 
e) caracterizada por inflação puramente inercial, um choque de oferta eleva o patamar 
inflacionário num primeiro momento, mantendo a inércia no momento seguinte. 
 
10. (ESAF) - No longo prazo, em uma economia sem crescimento do produto, o imposto 
inflacionário é obtido 
a) pela taxa de juros nominal multiplicada pelo estoque de meios de pagamento. 
b) pela taxa de inflação multiplicada pelo estoque real de moeda. 
c) pela base monetária multiplicada pela taxa de inflação. 
d) pela taxa esperada de inflação multiplicada pelos meios de pagamento. 
e) pelo estoque real de moeda multiplicado pela taxa de juros real. 
 
11. (ESAF) - De acordo com a "Curva de Phillips" de curto prazo, para um dado estado de 
expectativa dos agentes econômicos e na ausência de choques de oferta, uma redução da 
taxa de inflação deverá ser acompanhada por uma 
a) elevação da taxa real de juros. 
b) elevação da taxa de emprego. 
c) elevação da taxa nominal de juros. 
d) redução dos salários reais. 
e) elevação da taxa de desemprego. 
 
12. (ESAF) – A curva de Phillips se desloca para cima sempre que: 
a) a inflação aumenta; 
b) a inflação cai; 
c) o desemprego aumenta; 
d) o desemprego cai; 
e) ocorre um choque adverso de oferta. 
 
13. (ESAF) – O chamado “imposto inflacionário” incide sobre: 
a) O estoque de ações negociadas na Bolsa de Valores; 
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b) Os saldos monetários em poder do público; 
c) Os contratos de câmbio; 
d) Os contratos de salário; 
e) Os lucros das empresas. 
 
14. (ESAF-AFRF/2003) – Considere o seguinte gráfico: 
 
 
Este gráfico contém 
1- A denominada “restrição orçamentária intertemporal” de um consumidor num modelo de 
dois períodos, dada pela expressão: 
C1 + C2 / (1 + r) = Y1 + Y2 / (1 + r) 
Onde: 
• C1 = consumo no período 1; 
• C2 = consumo no período 2; 
• Y1 = renda no período 1; 
• Y2 = renda no período 2; e 
• r = taxa de juros, e 
 
2- Uma curva de indiferença que representa as preferências intertemporais do consumidor. 
Com base nessas informações e supondo que o consumidor esteja no equilíbrio E, é correto 
afirmar que: 
a) No equilíbrio “E”, C1 = Y1 e C2 = Y2. 
b) O consumo no primeiro período é menor do que a renda no primeiro período. 
c) O modelo sugere a existência de restrições de crédito no primeiro período. 
d) O consumidor é devedor no primeiro período. 
e) Alterações nas taxas de juros não provocam alterações nos consumos dos períodos 
1 e 2. 
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15. (ESAF – AFRF/2005) – Considere válida a seguinte restriçãoorçamentária intertemporal 
de dois períodos para uma nação hipotética: 
 
C1 = C2 / (1+r) = Q1 + Q2 / (1+r) 
 
Onde C1 e C2 são os valores para o consumo no período 1 e 2 respectivamente. Q1 e Q2 
as rendas dos períodos 1 e 2 respectivamente. 
 
Considerando que essa economia hipotética “respeita” essa restrição e mantém relações 
comercial e financeira com o resto do mundo, é incorreto afirmar que: 
 
a) O consumo no primeiro período pode ser maior do que a renda no primeiro período. 
b) Se C1 > Q1 então C2 < Q2 
c) Um déficit comercial no primeiro período deve ser necessariamente compensado por 
um superávit comercial no 2o período. 
d) O consumo no período 1 não pode ser igual ao consumo no período 2. 
e) Se a nação tiver um déficit na conta corrente no 1o período, incorrendo assim em 
dívida externa, deverá ter um superávit futuro para pagar a dívida. 
 
16. (STN/2000) - Considere o consumo das famílias e os gastos do governo num modelo de 
escolha intertemporal de dois períodos: presente e futuro. Suponha que as decisões de 
consumo das famílias possam ser expressas a partir da seguinte equação, também 
conhecida como restrição orçamentária intertemporal das famílias num modelo de dois 
períodos: 
C1 + C2 / (1 + r) = (Q1 - T1) + (Q2 - T2) / (l + r), onde, para i = 1,2, Ci = consumo no período i, 
Qi = produção no período i, Ti = impostos no período i, e r = taxa real de juros. Suponha 
ainda que o Governo se depare com a seguinte restrição orçamentária intertemporal: G1 + 
G2/(1 + r) = T1 + T2 / (1 + r), onde para cada i=1,2, Gi = gastos do governo no período i. 
Podemos então afirmar que: 
a) Um corte nos impostos no presente tem maiores efeitos no consumo futuro, caso 
esse corte não seja acompanhado por alterações no padrão de gastos do governo. 
b) Um corte nos impostos no presente com certeza altera o consumo presente, 
independente de alterações no padrão de gastos do governo no presente e no futuro. 
c) Um corte nos impostos no presente atua no modelo de escolha intertemporal como 
no modelo keynesiano: o consumo é estimulado pelo aumento da renda disponivel. 
d) Se o governo corta os impostos no presente sem que ocorram alterações no padrão 
de seus gastos, presente e futuro, tanto o consumo presente quanto futuro ficam 
inalterados. 
e) Um corte nos impostos não causa alterações no consumo, já que, em um modelo de 
escolha intertemporal, o consumo é exógeno. 
 
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17. (AFRF/2002) - Considere a seguinte equação, também conhecida como restrição 
orçamentária intertemporal de um consumidor num modelo de dois períodos: 
C1 + C2 / (1 + r) = (Y1 - T1) + (Y2 – T2) / (1 +r), onde Ci = consumo no período i (i = 1,2); Yi = 
renda no período i (i = 1,2); r = taxa real de juros; Ti = impostos no período i (i = 1,2). Com 
base nesse modelo, é correto afirmar que: 
a) As restrições de crédito pioram a situação do consumidor, independente de sua 
estrutura de preferências intertemporal. 
b) Se vale a equivalência ricardiana, um aumento em T1 reduz o consumo no período 1. 
c) Se o consumidor é poupador, um aumento na taxa real de juros eleva o consumo no 
segundo período. 
d) No equilíbrio, o consumidor irá escolher consumir nos dois períodos quando a taxa 
marginal de substituição intertemporal for igual a zero. 
e) Se T1 = 0 (i = 1 ,2), a restrição orçamentária intertemporal apresentada se reduz à 
função consumo keynesiana. 
 
18. (INSS/2002) - Considere a restrição orçamentária de um consumidor num modelo de 
dois períodos: C1 + C2 / (1 +r) = Y1 + Y2 / (l + r), onde C1 = consumo no período 1; C2 = 
consumo no período 2; Y1 = renda no período 1; Y2 = renda no período 2; r = taxa de juros. 
Considerando que as preferências do consumidor quanto à alocação do consumo ao longo 
do tempo sejam representadas por curvas de indiferença convexas em relação à origem, é 
correto afirmar que: 
a) Um aumento na renda no primeiro período não altera o consumo no segundo 
período, independentemente da estrutura de preferências do consumidor. 
b) No equilíbrio, o consumo será tal que a taxa marginal de substituição intertemporal 
seja igual a “r”. 
c) Se o consumidor é poupador no primeiro período, um aumento na taxa de juros 
aumenta o consumo no período 2. 
d) Independentemente de o consumidor ser poupador ou devedor no primeiro período, 
uma elevação nas taxas de juros reduz o consumo nos dois períodos. 
e) A ausência de um sistema de poupança e empréstimo não altera o bem-estar do 
consumidor, desde que ele respeite a sua restrição orçamentária intertemporal. 
 
19. (BACEN/2006) – A concepção ricardiana da dívida pública está baseada na hipótese de 
que o consumo não depende apenas da renda corrente, mas sim da renda permanente, que 
inclui tanto a renda presente quanto a futura. Em relação a esse modelo, é correto afirmar 
que: 
a) O Governo não tem restrição orçamentária intertemporal, ao contrário dos 
consumidores, porque ele tem o poder de emitir moeda para financiar seus déficits. 
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b) Se os consumidores agem racionalmente, um corte de impostos no presente, sem 
que haja mudança na estrutura de gastos do governo, aumentará o consumo atual e 
diminuirá o consumo futuro. 
c) Se os consumidores não agem racionalmente e não se preocupam em deixar o ônus 
da dívida para as gerações futuras, um aumento de impostos no presente manterá 
tanto o consumo presente quanto o consumo futuro inalterados. 
d) A preocupação em deixar o ônus da dívida para as gerações futuras fará com que os 
consumidores aumentem o seu consumo atual caso o Governo reduza os tributos 
sem alterar os seus gastos. 
e) Existindo restrição de crédito aos consumidores, mesmo que eles ajam 
racionalmente, um corte de impostos no presente poderá elevar o consumo corrente, 
mesmo que os gastos do Governo fiquem inalterados. 
 
20. (ESAF/STN/2000) - A equivalência ricardiana constitui uma das concepções alternativas 
acerca da análise do déficit público e suas implicações sobre o desempenho econômico. Tal 
concepção significa que: 
a) Um corte nos impostos hoje financiado com dívida pública deixa o consumo 
inalterado, ou porque as famílias não esperam um aumento nos impostos futuros ou 
porque elas não se preocupam com as gerações futuras. 
b) Um corte nos impostos hoje financiado com dívida pública deixa o consumo 
inalterado, porque as famílias esperam um aumento nos impostos futuros e não se 
preocupam com as gerações futuras. 
c) Um corte nos impostos hoje financiado com dívida pública deixa o consumo 
inalterado apenas se as famílias não se preocupam com as gerações futuras. 
d) Um corte nos impostos hoje financiado com dívida pública deixa o consumo 
inalterado, porque as famílias esperam um aumento nos impostos futuros e se 
preocupam com as gerações futuras. 
e) Um corte nos impostos hoje financiado com dívida pública deixa o consumo 
inalterado somente se as famílias não esperam um aumento nos impostos futuros. 
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Gabarito 
 
01 – A 
02 – B 
03 – C 
04 – E 
05 – B 
06 – E 
07 – E 
08 – A 
09 – E 
10 – B 
11 – E 
12 – E 
13 – B 
14 – D 
15 – D 
16 – D 
17 – C 
18 – C 
19 – E 
20 – D

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