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Economia - Aula 03 - Moeda Inflação

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CURSOS ON-LINE – ECONOMIA – CURSO REGULAR 
PROFESSOR MARLOS FERREIRA 
www.pontodosconcursos.com.br 1
AULA 03: 
TEORIA MONETÁRIA: OFERTA DE MOEDA E DEMANDA DE MOEDA. MEIOS 
DE PAGAMENTO, MULTIPLICADOR MONETÁRIO E BASE MONETÁRIA. 
INFLAÇÃO E EMPREGO. DETERMINAÇÃO DO NÍVEL DE PREÇOS. 
INTRODUÇÃO ÀS TEORIAS DA INFLAÇÃO. A CURVA DE PHILLIPS 
 
Falaremos agora sobre um tópico com diversos assuntos e abordagens que, 
embora não estejam tendo uma atenção recente tão vigorosa pelas bancas 
examinadoras, são de fácil assimilação e, de certo modo, bastante técnicos. 
Veremos, então, a teoria monetária com os instrumentos de gestão da moeda bem 
como os elementos dos multiplicadores e base monetária. Além disso, cabe aqui 
registrar o movimento da inflação ( principal preocupação das economias na 
década de 80) e a famosa Curva de Phillips com suas versões original e moderna. 
Iniciaremos, portanto, com a oferta monetária: seus elementos e instrumentos de 
gestão eficiente de política monetária. 
Meios de pagamento (M1) são considerados todos os haveres que apresentam a 
peculiaridade de liquidez absoluta e imediata. Concentram-se nas mãos do público 
não-bancário. É composto por papel moeda em poder do público ( PMP) + 
depósitos à vista nos bancos comerciais ( DVbc). 
Além desses ativos, ocorrem haveres financeiros com grau de liquidez inferior à 
moeda manual e escritural, conhecidos como quase-moeda. Exemplifica-se com 
os depósitos de poupança, depósitos a prazo, títulos públicos pré e pós fixados, 
etc. Em regra, adota-se pela autoridade monetária, o BC, as seguintes categorias: 
M1 = PMP + DVbc 
M2 = M1 + títulos públicos 
M3 = M2 + depósitos de poupança 
M4 = M3 + títulos privados 
O volume da oferta monetária (meios de pagamento) depende de mudanças na 
base monetária e/ou de alterações no valor do multiplicador (k). 
Julgamos bastante difícil a ESAF trabalhar questões dessa esfera, embora já 
tenha feito em épocas remotas. Utilize aquele tempo bem ocioso e bem próximo 
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do concurso para ler e entender tal tópico. Como o conceito e os exemplos são 
relativamente simples, vamos a eles: ocorre criação de moeda quando se verifica 
um incremento do volume de meios de pagamento e destruição quando se tem o 
efeito inverso, ou seja, redução dos meios de pagamento. 
Ocorre criação de meios de pagamento (monetização da economia) sempre que a 
transação é realizada entre o setor bancário (no caso, banco comercial) e setor 
não-bancário ( no caso, empresa não financeira) na condição de compra de um 
haver não-monetário em contrapartida de moeda manual ou escritural. 
E destruição de meios de pagamento sempre que a transação é realizada entre o 
setor bancário e setor não-bancário na condição de venda de um haver não-
monetário em contrapartida de moeda manual ou escritural. 
Vamos às ilustrações necessárias e suficientes : 
a) Aumento dos empréstimos ao setor privado: criação de moeda uma vez que os 
bancos retiram de suas reservas e emprestam ao público. 
b) Resgate de um empréstimo no banco: destruição de moeda uma vez que os 
recursos saem do público e retornam ao caixa dos bancos. 
c) Depositante retira depósito à vista e o coloca em depósito a prazo: destruição 
de moeda, uma vez que os depósitos a prazo não são de liquidez imediata e 
rendem juros. 
d) Saque de um cheque no banco: não há criação nem destruição de moeda, uma 
vez que houve apenas uma transferência de depósito à vista (moeda escritural) 
para moeda em poder do público (moeda manual). 
e) Quando um banco comercial adquire títulos da dívida pública diretamente de 
outro banco comercial: operações interbancárias não afetam a variação no 
quantitativo de meios de pagamento. Criação ou destruição de moeda só via 
transações entre setor bancário e setor não-bancário da economia. 
No que tange ao multiplicador da base monetária, vale expressar que a base 
monetária é a soma da moeda em poder do público e das reservas bancárias ( 
técnicas, compulsórias e voluntárias), ou seja, praticamente toda a moeda emitida 
excluindo aquela que permaneceu com o BC. 
Codificando, temos: 
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P = saldo da moeda em poder do público 
R = total das reservas bancárias 
D = saldo dos depósitos à vista 
M = saldo dos meios de pagamento = P + D 
B = saldo da base monetária = P + R 
 
O multiplicador bancário ou multiplicador dos meios de pagamento, como também 
é conhecido, é uma variável que sintetiza o mecanismo de multiplicação da base 
monetária pelo processo de criação de moeda operado pelos bancos comerciais. 
Mas resta-nos saber quais são as variáveis que determinam sua magnitude? 
O multiplicador dos meios de pagamento depende, essencialmente, de dois 
parâmetros. 
O comportamental, que depende dos hábitos e necessidades dos consumidores, 
das famílias e empresas no gerenciamento de seus recursos líquidos, isto é, qual 
a parcela mantida em poder do público e qual fração se destinará aos depósitos 
nos bancos comerciais. 
E o parâmetro regulador, a cargo dos bancos comerciais com suas políticas de 
encaixes e ao BC na condução da política de depósitos compulsórios dos bancos 
comerciais. 
O multiplicador da base monetária é extraído de: 
 m = M/B 
Há uma relação inversa entre o multiplicador e as taxas de retenção de moeda 
pelo público e de reservas bancárias. A decisão do público de reter mais moeda 
em seu poder, não depositando nos bancos comerciais, bem como o incremento 
da taxa de reservas requeridas pelos bancos comerciais diminui a quantidade de 
recursos na rede bancária para os bancos emprestarem. 
A missão da autoridade monetária consiste na compatibilização do volume de 
meios de pagamento com as necessidades transacionais do contexto econômico 
em conformidade com um agendamento monetário em que está previsto o 
comportamento dos agregados macroeconômicos. Todavia, dada a velocidade 
das transações de moedas e ativos, com a conseqüente nova conjuntura 
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econômica colocada, o BC atua não só pró-ativamente, mas, sobretudo, 
corretivamente com o fito de minorar os descompassos financeiros através da 
base monetária e do multiplicador. 
Vale aqui registrar e entender algumas fórmulas ( com as letras que costumam 
aparecer) que muito contribuem na resolução das questões propostas pelas 
bancas. Vamos a elas: 
 
 
 
 
M1 = PPP + depósitos à vista 
c = PPP 
 M1 
d = depósitos 
 M1 
c+ d = PPP + depósitos = PPP + depósitos = 1 
 M1 M1 M1 
 
r = encaixes bancários = E 
 depósitos D 
 
Km = 1/( 1 – d) ( 1 – r) ou 
BM = PPP + encaixes = papel em circulação + reservas voluntárias e 
compulsórias. 
Em resumo: A expansão dos meios de pagamento pode ocorrer sob três ângulos: 
a) incremento das operações ativas da autoridade monetária via mercado aberto ( 
que será visto adiante em Instrumentos de Política Monetária); 
b) aumento da proporção dos depósitos à vista do público nos bancos comerciais 
face ao total dos meios de pagamento; 
c) redução da relação encaixes/depósitos à vista nos bancos comerciais. (R) 
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Cabe também repisar que, na gestão da política monetária, a autoridade maior, o 
Banco Central, por meio do já relatado parâmetro regulador, apresenta certo 
controle sobre os itens a e c, mas absolutamente nenhuma jurisdição sobre o item 
b ( proporção dos depósitos à vista/meios de pagamento), que depende quase 
que exclusivamentedo parâmetro comportamental das famílias e empresas. 
Constata-se que a autoridade monetária exerce controle diretamente sobre a base 
monetária e indiretamente sobre o multiplicador através do uso dos instrumentos 
de política monetária. 
A base monetária é essencialmente todo o dinheiro vivo da economia: é a soma 
das reservas bancárias e do papel-moeda em poder do público. Representa todo 
o dinheiro que o sistema financeiro poderia utilizar como reservas ( e realmente 
utilizaria se o público depositasse todo o seu dinheiro nos bancos). 
 
Instrumentos Clássicos de Política Monetária. 
 
A) Operações de Open Market ( compra e venda de títulos públicos). 
Operações de mercado aberto são compras e vendas de títulos públicos feitas 
pelo BACEN. Quando o BC compra títulos que estão em poder do público, as 
divisas pagas aumentam a base monetária e, em conseqüência, aumentam a 
oferta de moeda. Quando o BC vende títulos ao público, os recursos recebidos 
reduzem a base monetária e, assim, reduz-se a oferta de moeda. 
B) Recolhimento de Compulsórios. 
Fixação de taxa de reservas refere-se à regulamentação do BC relativa à razão 
reservas/depósitos mínima a ser mantida pelos bancos comerciais. Um aumento 
na taxa de reservas aumenta a razão reservas/depósitos e reduz o multiplicador 
da moeda e a oferta de moeda. Este é o instrumento menos usado pelo BC. 
C) Redesconto. 
A taxa de redesconto é a taxa de juros que o BC cobra quando concede 
empréstimos aos bancos. Os bancos levantam empréstimos junto ao BC quando 
suas reservas são inferiores ao necessário para atender à taxa de reservas fixada. 
Quanto menor a taxa de redesconto, mais barato fica o empréstimo de reservas e 
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maior o montante levantado pelos bancos junto ao BC. Portanto, a redução na 
taxa de redesconto aumenta a base monetária e a oferta de moeda. 
O BC não tem o controle absoluto sobre a oferta de moeda. A autonomia dos 
bancos na condução de suas atividades pode provocar mudanças na oferta de 
moeda que o BC não antecipa. Por exemplo, os bancos podem optar por manter 
reservas excedentes, isto é, superiores à taxa fixada. Quanto maior o excesso de 
reservas, maior a razão reservas/depósitos e menor a oferta de moeda. 
O agregado monetário M1 ( soma de moeda em circulação e depósitos à vista) 
depende tanto do estoque da base monetária quanto de dois outros elementos: a 
razão reservas/depósitos dos bancos comerciais e a razão moeda em 
circulação/depósitos em poder da população. Um certo estoque do tipo mais 
líquido de ativo dá origem a um valor muito maior de M1, em função da forma pela 
qual os bancos criam moeda. 
O elo ntre Mh e M1 é dado pelo multiplicador monetário, que depende tanto da 
razão reservas/depósitos dos bancos comerciais quanto da razão moeda em 
circulação/depósitos em poder da população. 
Um aumento na razão reservas/depósitos reduz o multiplicador, porque reduz o 
montante de novos empréstimos que o sistema bancário pode fornecer a partir de 
um depósito inicial. Isto, por sua vez, reduz o valor dos novos depósitos 
subsequentes feitos pelo público. 
Um aumento na razão moeda em circulação/depósitos também reduz o 
multiplicador monetário, por outra razão: neste caso, os empréstimos concedidos 
pelos bancos comerciais produzem um valor menor de depósitos, porque os 
agentes detêm maior proporção em dinheiro do que em depósitos bancários. 
 
 
 
 
 
 
 
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INFLAÇÃO E EMPREGO. DETERMINAÇÃO DO NÍVEL DE PREÇOS. 
INTRODUÇÃO ÀS TEORIAS DA INFLAÇÃO. A CURVA DE PHILLIPS 
 
Todos nós sabemos que o fenômeno inflacionário no Brasil foi crônico, gravoso e 
causou uma série de danos à economia e à sociedade brasileira ao longo do 
tempo. Não há dúvida de que o seu combate tenaz e perseverante é uma missão 
de todos. É do conhecimento público que seus efeitos perversos perpassam 
indistintamente todos os estratos da sociedade, atingindo de maneira muito mais 
nefasta as camadas mais pobres. 
A elevação continuada dos preços tem historicamente aspectos monetário, 
cambial, fiscal, inercial, estrutural e expectacional ( atenção aos aspectos inercial 
e expectacional, pois são os únicos que podem de alguma forma aparecerem na 
prova). 
A parte inercial da nossa inflação reside nos preços administrados. Esta possui 
uma malha contratual que utiliza indexadores de preços, como os IGPs, por 
exemplo. Esses indicadores são a soma de três índices com ponderação estável 
desde que foram criados, o que faz pouco sentido econômico e, muitas vezes, não 
têm relação direta com os custos daqueles itens que estão corrigindo. Podemos 
citar alguns exemplos bastante óbvios, como os aluguéis e telefonia. Estes 
indicadores de inflação são fortemente influenciados por fatores exógenos, como 
mudança no patamar de preços do petróleo, para ficarmos com a referência atual. 
O aspecto estrutural da inflação brasileira pode ser observado no conflito 
distributivo, nas restrições orçamentárias, no tamanho e na estrutura da dívida 
interna brasileira, na insegurança jurídica, na não-formalização da independência 
do Banco Central, na nossa complexa estrutura tributária, nos gargalos de infra-
estrutura, enfim, no custo Brasil. A dinâmica do avanço nestas questões tem 
efeitos diretos, não só nos próprios aspectos estruturais, como também nos 
expectacionais. 
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O fator expectacional, em essência, acrescenta o efeito da reação dos agentes 
econômicos, ou seja, é a subjetividade do fator humano no processo de formação 
de preços. O nível de confiança, a consistência, a perseverança e a estabilidade 
de regras - enfim, a arte na condução da política macroeconômica -, têm um papel 
absolutamente relevante na dinâmica da inflação. 
Nestas circunstâncias, é necessária a desindexação definitiva dos preços e tarifas 
públicas. Do contrário, não eliminaremos a causa original da aceleração 
inflacionária, que se reproduz ciclicamente, e aquele componente de preços 
monitorados que gera um elemento de forte persistência. De um lado, a tolerância 
pela inflação no atual patamar, que é muito elevado, e a sua perpetuação, com 
volta da inflação inercial. 
O Brasil foi o recordista mundial de inflação no período 1973-94. Uma das 
principais causas da goleada brasileira é a crônica capacidade de acomodar 
conflitos. Cada agente na tentativa de se defender da inflação através do reajuste 
periódico e automático de sua respectiva renda, acabava por perpetuar a inflação 
de todos. Esta é a essência da inércia inflacionária. 
A principal característica da indexação tupiniquim era o seu caráter compulsório. 
Outra característica era a sua generalidade que afetava não só todos os preços-
chave da economia (câmbio, tarifas públicas etc) mas toda a distribuição de 
salários. Existiam cláusulas oficiais de indexação para todos os níveis salariais 
privados. Uma espécie de amarra distributiva institucionalizada que não resolvia 
conflitos ou diferenças. A tentativa frustrada de amenizar conseqüências da 
convivência com a inflação auto-propagava inflação. 
A principal tecnologia aqui desenvolvida no combate ao ciclo vicioso da inflação foi 
a busca de intervenções diretas no processo de formação de preços e salários. O 
objetivo deste tipo de política de renda era romper com a correia de transmissão 
da inflação, sem afetar o status quo da distribuição de renda. Até porque se a 
tentativa fosse atacar os dois problemas simultaneamente, obter-se-ia um 
concomitante fracasso. 
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Os impactosde uma inflação especial são duradouros, prejudicam mais os menos 
favorecidos, inibem o investimento e limitam severamente o nosso potencial de 
crescimento. Ou seja, uma inflação de custos asfixia, mas uma inflação inercial 
mata, lentamente, mas mata. A história econômica brasileira, das últimas décadas, 
é rica em exemplos de choques de oferta não absorvidos gradualmente e das 
conseqüências de uma inflação inercial : baixo crescimento, informalidade, 
concentração de renda, confiscos e crises. 
Desvios da inflação com relação à meta podem ser explicados fundamentalmente 
por choques de duas naturezas: de demanda, que se resumem por reações de um 
ou mais componentes da demanda agregada acima ou abaixo do que se 
imaginava inicialmente, ou de oferta, via de regra relacionados com mudanças 
abruptas nos custos de produção de bens e serviços, os chamados, na literatura 
econômica, choques de oferta. 
Assim, na presença de um choque dessa natureza, o BC deve acomodar um 
aumento inicial de preços daqueles bens cujos insumos foram majorados, e 
combater seu movimento secundário, ou seja, evitar que essa alta pontual se 
espalhe para os demais itens da cesta de consumo. 
Em suma, a inflação inercial tem sua origem no conflito redistributivo entre os 
diversos agentes econômicos, via mecanimos de indexação de preços pela 
inflação anterior, com o fito de manutenção da participação relativa no bolo da 
renda da economia. Os empresários aumentam os preços dos bens e serviços 
oferecidos à coletividade, os exportadores e os investidores forçam a taxa de 
câmbio, o setor público não fica atrás da corrente de transmissão: atrelam aos 
impostos à variação ascendente de preços. E os trabalhadores, por sua vez, na 
medida do possível, tentam se indexar via movimento sindical através de salários 
reajustados. Quando um novo choque de oferta ou de demanda se anuncia, ou 
melhor, quando os agentes econômicos aguardam nova perturbação, a espiral 
inflacionária sobe de parâmetro e, por inércia, é transmitida para toda a economia 
em um novo patarmar. 
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CURVA DE PHILLIPS. 
 
Uma idéia controvertida é a de que o governo deveria aumentar a inflação a fim de 
"comprar" uma redução do desemprego. Tradicionalmente, esta questão tem sido 
endereçada com estimativas empíricas da curva de Phillips sobre a qual existe 
uma extensa literatura para o caso brasileiro até meados dos anos 80. Se a curva 
de Phillips fosse mais (menos) inclinada, um dado aumento da taxa de inflação 
compraria uma maior (menor) queda da taxa de desemprego. 
Conforme sugerido pela curva de Phillips, o país poderia conviver com uma 
inflação mais alta e uma taxa de desemprego mais baixa, ou com uma inflação 
mais baixa e uma taxa de desemprego mais alta. Assim, seria uma questão de 
preferência do condutor da política econômica escolher qual a composição de 
desemprego e inflação com que a sociedade deve conviver. Talvez fosse de fato 
bom poder trocar um pouco mais de inflação por uma redução do desemprego e 
aumento do crescimento econômico. Infelizmente, essa troca não é possível. 
A curva de Phillips é assim chamada por ter sido descoberta em 1958, quando 
Phillips traçou um diagrama relacionando a taxa de desemprego à taxa de inflação 
no Reino Unido, de 1861 a 1957. Desde então, difundiu-se a implicação para a 
política econômica de que seria possível escolher em que ponto a economia 
deveria estar na curva de Phillips: inflação baixa com desemprego alto, inflação 
alta com desemprego baixo ou um ponto intermediário. A discussão de política 
econômica nos EUA na década de 60 teve muito a ver com a escolha do melhor 
ponto sobre a curva de Phillips. Naquela década, a taxa de desemprego dos EUA 
se reduziu à custa da elevação da inflação, como previa a curva de Phillips. 
No entanto, a realidade que deu origem à concepção da curva de Phillips como 
um menu para escolha entre inflação e desemprego desapareceu na década de 
70. Foram duas as razões. A primeira e mais importante razão foi a mudança no 
processo de formação das expectativas de inflação dos agentes econômicos 
(trabalhadores e empresários). A idéia central aqui está contida na célebre citação 
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de Abraham Lincoln: "Você pode enganar todas as pessoas durante algum tempo, 
ou algumas pessoas durante todo tempo, mas não pode enganar todas as 
pessoas durante todo tempo". 
A versão original da curva de Phillips - que deu origem ao menu de escolha entre 
desemprego e inflação - funcionou apenas enquanto os agentes econômicos não 
se apercebiam que a inflação estava se movendo permanentemente para 
patamares mais elevados. Quando os agentes passaram a levar em consideração 
a política econômica expansionista nas suas expectativas de inflação, a idéia 
original da existência da curva de Phillips perdeu sustentação. 
Os choques do petróleo da década de 70 foram a segunda razão do 
desaparecimento da versão original da curva de Phillips. Grandes choques de 
oferta eram novidades no pós-guerra. Eles impulsionaram a inflação para cima, ao 
mesmo tempo em que causaram recessão, gerando o novo fenômeno da 
estagflação. 
No curto prazo, há uma relação inversa entre inflação e desemprego. A qualquer 
tempo, o formulador de políticas econômicas que controlam a demanda agregada 
pode escolher a combinação de inflação e desemprego ao longo de uma curva de 
Phillips no curto prazo. 
A opção entre inflação e desemprego no curto prazo depende da inflação 
esperada. Quanto maior for essa expectativa, mais distante da origem ficará a 
curva. 
A curva de Phillips no curto prazo depende da expectativa inflacionária. Se a 
expectativa inflacionária aumenta, a curva se desloca para a direita e a opção 
enfrentada pelo formulador da política econômica piora: a inflação é mais alta para 
qualquer nível de desemprego. 
Como as pessoas ajustam, ao longo do tempo, suas expectativas sobre a inflação, 
essa opção conflitiva entre inflação e desemprego só se sustenta no curto prazo. 
O formulador de política econômica não pode manter a inflação acima do nível da 
inflação esperada por tempo indeterminado: as expectativas acabarão por se 
adaptar a qualquer taxa de inflação que o formulador de política escolher. No 
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longo prazo, a dicotomia clássica é mantida, o desemprego volta à sua taxa 
natural e não há opção conflitiva entre inflação e desemprego. 
A constatação de que a curva de Phillips original não mais funcionava deu origem 
ao nascimento de uma segunda versão, que é a contemporaneamente aceita em 
macroeconomia. Na versão contemporânea da curva de Phillips, o desemprego 
afeta a variação da inflação, não o seu nível. É a questão do horizonte de 
planejamento. Menos desemprego hoje compraria mais inflação, não só hoje 
como no futuro. Esta transmissão se daria através da inércia inflacionária. 
Que diferença isto faz? Muita. Por exemplo, suponha que o BC reduza a taxa de 
juro permanentemente para níveis muito baixos. Se valesse a versão original da 
curva de Phillips, teríamos um desemprego baixo e uma inflação alta 
permanentemente. Poderia até valer a pena. Mas a versão contemporânea da 
curva de Phillips tem implicações distintas. O juro excessivamente baixo causaria 
baixo desemprego acompanhado de inflação em contínuo crescimento (em vez de 
simplesmente alta). E inflação em crescimento não é boa prescrição de política 
econômica. 
 
Sobre os pontos que estudamos hoje, os conceitos mais importantes, que vocês 
terão que levar para a prova, são os seguintes: 
1) A expansão dos meios de pagamento pode ocorrer sob três ângulos: 
a)incremento das operações ativas da autoridade monetária via mercado aberto 
( compra/resgate de títulos públicos) 
b) aumento da proporção dos depósitos à vista do público nos bancos comerciais 
face ao total dos meios de pagamento (d); 
c) redução da relação encaixes/depósitos à vista nos bancos comerciais (R). 
2) A base monetária é essencialmente todo o dinheiro vivo da economia: é a soma 
das reservas bancárias e do papel-moeda em poder do público. Representa todo 
o dinheiro que o sistema financeiro poderia utilizar como reservas ( e realmente 
utilizaria se o público depositasse todo o seu dinheiro nos bancos). 
3) Sobre Curva de Phillips, devemos memorizar que a versão original traçou um 
diagrama representativo do trade-off existente entre taxa de inflação e taxa de 
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desemprego e foi importante até a década de 70. As mudanças no processo de 
formação de expectativas e os choques do petróleo deram origem à versão 
contemporânea da Curva de Phillips, em que o desemprego afeta a variação da 
inflação, não o seu nível. 
 
Vejamos agora uma bateria de questões sobre teoria monetária, multiplicador 
monetário, inflação e curva de Phillips. 
 
01 - (FAURGS/Agente Fiscal do Tesouro do Estado – 2006) Sobre o estudo da 
moeda e dos instrumentos de política monetária, assinale a alternativa correta: 
a) O conceito de Base Monetária inclui os títulos públicos em poder do público e 
as reservas mantidas pelos bancos comerciais no Banco Central. 
b) O multiplicador do sistema bancário pode ser definido como o inverso da taxa 
de redesconto. 
c) A curva de preferência pela liquidez é negativamente inclinada, pois mostra que 
a demanda de moeda para transações é uma função inversa da taxa de juros. 
d) A compra de títulos e a diminuição da taxa de redesconto pelo BC são medidas 
que colaboram para cair a taxa de juros. 
e) A troca de dólares dos exportadores por moeda nacional, pelo BC, é exemplo 
de destruição dos meios de pagamento. 
Atenção, em uma mesma questão, a banca examinadora se utilizou de todos os 
assuntos desse tópico. Trata-se de questão bem abrangente, mas sem maiores 
complicadores. 
A assertiva a é incoerente, pois a base monetária é composta pelo papel moeda 
em poder do público mais o total das reservas bancárias ( técnicas, compulsórias 
e voluntárias), excluindo apenas a que ficou retida com o BC. 
A base monetária é essencialmente todo o dinheiro vivo da economia: é a soma 
das reservas bancárias e do papel-moeda em poder do público. Representa todo o 
dinheiro que o sistema financeiro poderia utilizar como reservas ( e realmente 
utilizaria se o público depositasse todo o seu dinheiro nos bancos). 
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A assertiva b é inconsistente porque o multiplicador bancário ou dos meios de 
pagamentos é tido como o inverso das taxas de retenção de moeda pelo público e 
de reservas bancárias, não guardando relação com o instrumento de política 
monetária da linha de redesconto. Não depende só do parâmetro regulador (BC e 
bancos comerciais), mas depende, essencialmente, do fator comportamental das 
famílias, consumidores e empresas. 
A assertiva c está incorreta, pois a curva de preferência pela liquidez ( dado pela 
curva LM do modelo IS-LM, visto na aula anterior) é positivamente inclinada, dado 
o reflexo da posição que, com uma certa oferta monetária, um aumento na renda 
ocasiona um incremento na demanda por encaixes monetários o que impele um 
aumento na taxa de juros. Além disso, a demanda por moeda motivo transação é 
uma função direta do nível de renda. 
A assertiva e está incorreta, pois a troca de moeda estrangeira por nacional pelos 
exportadores é um exemplo de criação dos meios de pagamento. 
São instrumentos de política monetária expansionista que permitem a queda da 
taxa de juros: 
i) operação de mercado aberto de compra/resgate de títulos públicos; 
ii) queda no recolhimento de compulsórios; 
iii) queda na taxa de redesconto. 
A assertiva d está correta. 
 
 
 
 
02 – (VUNESP/BNDES – 2002) Analise as proposições a seguir: 
I) O valor do multiplicador monetário é uma função direta da proporção das 
reservas dos bancos comerciais em relação a seus depósitos à vista. 
II) Se a taxa de câmbio for fixa e a procura pela divisa estrangeira aumentar, a 
base monetária e o nível de reservas internacionais irão diminuir. 
III) A demanda por moeda é uma função direta da taxa nominal de juros da 
economia. 
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IV) Um dos instrumentos adequados para o Banco Central reduzir a oferta de 
moeda é a elevação da taxa de redesconto. 
Pode-se afirmar que: 
a) a proposição I é a única correta. 
b) as proposições II e III estão corretas. 
c) a proposição II é a única correta. 
d) as proposições I e III estão incorretas. 
e) a proposição IV está incorreta. 
O item I está incorreto porque o multiplicador bancário ou dos meios de 
pagamentos se traduz em uma função inversa da proporção das reservas dos 
bancos comerciais face aos depósitos à vista. A decisão do público de reter mais 
moeda em seu poder, não depositando nos bancos comerciais bem como o 
incremento da taxa de reservas requeridas pelos bancos diminui o montante de 
recursos criados para os bancos emprestarem. 
O item II está correto e será visto na aula sobre o modelo Mundell-Fleming. De 
qualquer forma, para atender a questão, roga-se que, em um regime cambial fixo, 
com procura incrementada de divisa estrangeira, afirmamos que a taxa de juros 
doméstica é inferior àquela oferecida pelos mercados financeiros internacionais. 
Dessa forma, os estrangeiros e os investidores nacionais passarão a deslocar 
seus recursos para o resto do mundo, desvalorizando a moeda nacional, 
provocando fuga de capitais e afetando, por tabela, o nível de reservas 
internacionais que diminuirá. 
O item III está igualmente incorreto face ao fato da demanda por moeda ser uma 
função inversa da taxa nominal de juros da economia e direta da renda. 
O item IV está correto porque existem três instrumentos de política monetária 
contracionista, a saber: 
i) operações de open market de venda de títulos públicos; 
ii) elevação do recolhimento dos compulsórios; 
iii) elevação da taxa de redesconto. 
A assertiva d está correta. 
 
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 03 – (ESAF/ ACE – 2002) Com base nos conceitos de base monetária, M1 e 
multiplicador, é incorreto afirmar que: 
a) define-se M1 como sendo papel moeda em poder do público mais depósitos à 
vista nos bancos comerciais. 
b) define-se base monetária como papel moeda em poder do público mais 
encaixes totais dos bancos comerciais. 
c) apesar de o BC não controlar M1, ele possui total controle sobre a base 
monetária. 
d) o valor de M1/Base é conhecido como multiplicador dos meios de pagamento 
em relação à base monetária. 
e) o multiplicador não pode ser negativo. 
O Banco Central, a autoridade monetária propriamente dita, não possui controle 
integral sobre a base monetária ( saldo do papel moeda em poder do público + 
total das reservas bancárias). Cabe aqui repisar que a base monetária é 
essencialmente todo o dinheiro vivo da economia: é a soma das reservas 
bancárias e do papel-moeda em poder do público. Representa todo o dinheiro que 
o sistema financeiro poderia utilizar como reservas ( e realmente utilizaria se o 
público depositasse todo o seu dinheiro nos bancos). 
Além do fator regulador, primazia não só do BC, mas também dos bancos 
comerciais com suas políticas de encaixes, o parâmetro comportamental, 
dependente dos interesses enecessidades das famílias e das empresas, assume 
papel fundamental nesse processo. Qual parte dos recursos será mantida em 
poder do público e qual parcela será alocada em depósitos nos bancos comerciais 
é um questionamento que o BC não tem como responder nem controlar. 
A assertiva c está incorreta. 
 
 
 
 
 
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04 – (VUNESP/ BNDES – 2002) Considere a seguinte expressão do multiplicador 
bancário 
m = 1 
 1 – d(1 – r) 
onde m é o multiplicador bancário, d, a razão depósitos à vista nos bancos 
comerciais/meios de pagamento, e, r, a razão reservas/depósitos à vista nos 
bancos comerciais. A partir dessa expressão, é possível afirmar, em relação ao 
multiplicador bancário, que: 
I – será reduzido, caso o público passe a reter consigo, na forma de papel 
moeda, uma parcela maior de seus meios de pagamento; 
II – será elevado, caso os bancos comerciais aumentem seus depósitos 
voluntários junto ao Banco Central; 
III – será elevado, caso o Banco Central reduza o valor do depósito 
compulsório. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
a) I b) II c) III d) I e II e) I e III 
 
Cabe repisar que a expansão dos meios de pagamento pode ocorrer sob três 
ângulos: 
a) incremento das operações ativas da autoridade monetária via mercado aberto 
b) aumento da proporção dos depósitos à vista do público nos bancos comerciais 
face ao total dos meios de pagamento; 
c) redução da relação encaixes/depósitos à vista nos bancos comerciais. 
Somente o item II é inconsistente, no sentido que o incremento da taxa de 
reservas requeridas pelos bancos comerciais diminui a quantidade de recursos na 
rede bancária para os bancos emprestarem. 
A assertiva e está correta. 
 
 
 
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05 – (Especialista em Pol. Pub. – 2001) Considere os seguintes dados: 
- papel moeda em poder do público/meios de pagamento = 0,240 
- encaixe total dos bancos comerciais/depósitos à vista nos bancos 
comerciais = 0,400 
Pode-se afirmar que 
a) o multiplicador bancário em relação ao papel moeda emitido é igual a 1.168. 
b) o valor do multiplicador bancário em relação à base monetária é igual a 1,168. 
c) uma unidade monetária a mais de papel moeda emitido dá origem a 1,838 
unidades adicionais a mais de meios de pagamento. 
d) a proporção depósitos à vista nos bancos comerciais em relação aos meios de 
pagamento é necessariamente igual a 0,360. 
e) uma unidade monetária a mais de operações ativas das autoridades monetárias 
dá origem a 1,838 unidades monetárias de meios de pagamento. 
Sabemos que o multiplicador monetário é igual a: 
Km = 1/ 1 – d(1 – r). 
Sabemos também que 
c = papel-moeda em poder do público/M1 
d = depósitos à vista nos bancos comerciais/M1 
R = encaixe total dos bancos comerciais/depósitos à vista nos bancos comerciais 
Além disso, sabemos que c+ d = 1, pois PPP + Dv = M1 = 1. 
 M1 M1 M1 
Como c = 0,24 e c + d = 1, vem que: d = 0,76. 
r = 0,40. 
Conclui-se que: 
Km = 1/ 1 – 0,76( 1 – 0,4) 
Km = 1/ 1 – 0,76.0,6 
Km = 1/ 1 - 0,456 
Km = 1/0,544 
Km = 1,838 
A assertiva e está correta. 
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06- (ESAF/Analista – SUSEP – 2002) Considere os seguintes coeficientes: 
c = papel-moeda em poder do público/M1 
d = depósitos à vista nos bancos comerciais/M1 
R = encaixe total dos bancos comerciais/depósitos à vista nos bancos comerciais 
É correto afirmar que: 
a) se c=d e R = 0,3, então o valor do multiplicador bancário será igual a 1,221, 
aproximadamente. 
b) se c=d e R = 0,3, então o valor do multiplicador bancário será igual a 1,538, 
aproximadamente. 
c) se c = 0,7 e R = 0,3, então o valor do multiplicador bancário será de 1,961, 
aproximadamente. 
d) se d > c e R = 0,2, então o valor do multiplicador bancário será 
necessariamente maior que 2. 
e) se d=0, o valor do multiplicador bancário será zero, independente do valor de R. 
Questão idêntica à anterior. Não acreditamos que apareça nos próximos 
certames, principalmente, quando elaborados pela ESAF, questões desse corte. 
Contudo, caso tal assunto (multiplicador monetário) venha a ser cobrado, julgamos 
que se dará em cima da literalidade das relações entre base monetária, meios de 
pagamento e multiplicador, conforme as próximas três questões. De qualquer 
maneira, vamos à resolução dessa questão. 
Km = 1/ 1 – d(1 –r) 
Km = 1/ 1 – 0,5( 1 – 0,3) 
Km = 1 / 1 – 0,5.0,7 
Km = 1/ 1 – 0,35 
Km = 1/ 0,65 
Km = 1,538 
A assertiva b está correta. 
 
 
 
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07 –(ESAF/ ENAP – 2006) Considerando os conceitos relacionados com os meios 
de pagamentos e multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base 
monetária, é incorreto afirmar que: 
a) quanto maior for a proporção (papel moeda em poder do público/M1) menor 
será o multiplicador. 
b) a base monetária é definida como a soma entre o papel moeda em poder do 
público mais os encaixes totais dos bancos comerciais. 
c) quanto maior for a proporção (encaixes totais/depósitos à vista) menor será o 
multiplicador. 
d) os bancos comerciais podem elevar a liquidez da economia; a liquidez pode 
também ser influenciada pelo comportamento das pessoas em relação ao 
percentual de M1 que elas querem manter nos bancos. 
e) se não existissem bancos comerciais, o valor do multiplicador seria zero. 
Se não existissem bancos comerciais, o valor do multiplicador dos meios de 
pagamentos não seria zero, pois as reservas compulsórias e os encaixes técnicos 
são prerrogativas dos bancos comerciais, mas o papel em poder do público é o 
que caracteriza o parâmetro comportamental por meio do gerenciamento dos 
recursos líquidos dos consumidores e dos empresários. 
A assertiva e está incorreta. 
 
 
 
 
 
 
08 – (ESAF/ENAP – 2006) Considere o conceito de M1 e base monetária: 
c = papel moeda em poder do público/M1 
d = depósitos à vista /M1 
R = encaixes totais dos bancos comerciais/depósitos à vista 
m = valor do multiplicador da base monetária em relação aos meios de 
pagamentos. 
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Com base nesses conceitos, é incorreto afirmar que: 
a) B = c.M + R.M 
b) M1 = c.M + d.M 
c) c = 1 - d 
d) se m > 1 então M1 > B 
e) considerando B constante, um aumento de m implica um aumento de M1. 
Sabemos de antemão que o M1 é composto do somatório do papel moeda em 
poder do público com os depósitos à vista. Dessa forma, chegamos à identidade c 
+ d = 1 (1), visto que PPP/M1 + dvbc/M1 = M1/M1 = 1. 
A equação c + d = 1 sinaliza que a proporção do papel moeda em poder do 
público em relação ao total dos meios de pagamento é complementar à proporção 
dos depósitos à vista nos meios de pagamento. Isto é, os meios de pagamento 
estão parte como papel moeda em circulação e parte depositado nos bancos 
comerciais. 
Isolando c na equação 1, vem: c = 1- d, conforme a assertiva c da questão. 
Aproveitando o mesmo contexto, validamos a assertiva b também como correta. 
Reconhecemos também que o multiplicador da base monetária é dado por m = 
M1/B. Sendo o total de meios de pagamento um múltiplo da base monetária (B), 
fruto do processo multiplicativo dos empréstimos bancários, deduz-se que o 
multiplicador (m) dos meios de pagamento é dado pela relação entre o total de M 
e a base monetária B. 
Assim, as assertivas d e e estão rigorosamente corretas, dado que uma elevação 
no lado direito da equação provoca invariavelmenteacréscimo no lado esquerdo 
da equação. 
Já a assertiva a está incorreta porque o saldo da base monetária corresponde ao 
somatório do saldo da moeda em poder do público com o total das reservas 
bancárias, ou seja, B = c + R. 
A assertiva a está incorreta. 
 
 
 
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09 – (VUNESP /ARF–SP –2002) Dadas as determinações das Autoridades 
Monetárias quanto às reservas compulsórias dos bancos comerciais e assumindo-
se o conceito restrito em meios de pagamento, pode-se dizer que o multiplicador 
dos meios de pagamento de um país reflete, principalmente, o comportamento 
a) dos bancos e do público não bancário, no que se refere a seus hábitos 
relativos, respectivamente, à concessão de empréstimos e ao uso do sistema 
bancário. 
b) dos bancos e do governo, no que tange às respectivas políticas de encaixes 
voluntários. 
c) dos bancos, do governo e do público não bancário, no que se refere a seus 
hábitos, exclusivamente, relativos ao uso da moeda manual. 
d) do governo e do público não bancário, no que se refere a seus hábitos relativos 
à concessão de empréstimos e ao uso do sistema bancário. 
e) do governo, exclusivamente quanto a sua decisão sobre o volume de emissão 
de moeda primária. 
Em realidade, o comportamento regulador ( privilégio dos bancos comerciais e do 
BC) não foi abordado corretamente nas opções em que aparece. Na letra b, faz 
menção às políticas de encaixes voluntários, instrumento dos bancos comerciais e 
não do governo. 
Na assertiva c, corretamente aparecem as figuras do parâmetro regulador ( 
bancos comerciais e BC) e do parâmetro comportamental ( público não bancário). 
A inconsistência reside na utilização exclusiva da moeda manual. 
Na assertiva d, está incorreta a suposição que o público não bancário ( famílias e 
empresas) concede empréstimos. 
A assertiva e está errada porque menciona que o governo e somente ele tem o 
poder de determinar o estoque de moeda na economia. 
A assertiva a trata corretamente parâmetro comportamental ( bancos concedendo 
empréstimos e público não bancário se utilizando do sistema bancário). 
A assertiva a está correta. 
 
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10 - (ESAF-SUSEP – 2001) Considere que cada unidade monetária de base 
monetária resulte em 1,5 unidades monetárias de meios de pagamento. 
Considere ainda que as pessoas guardem 30% dos meios de pagamento sob a 
forma de papel moeda em poder do público. Com base nesses dados, é correto 
afirmar que a razão entre o encaixe total dos bancos comerciais e o total dos 
depósitos a vista nos bancos comerciais é de, aproximadamente, 
a) 0,5238 
b) 0,8237 
c) 1,3500 
d) 2,2324 
e) 0,7000 
Sem maiores comentários, vamos ao cálculo. 
Km = 1/ 1 – d(1 – r) 
1,5 = 1/ 1 – 0,7(1 – r) 
1,5 = 1 / 1 – 0,7 – 0,7r 
Multiplicando-se invertido os termos da equação, vem: 
1,5.(0,3 – 0,7r) = 1 
0,45 – 1,05r = 1 
0,45 – 1 = 1,05 r 
r = 0,55/ 1,05 
r = 0,5238. 
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A assertiva a está correta. 
 
 
 
11- (Analista de Controle Externo/TCU – 2002) Faz(em) parte do ativo do 
balancete do Banco Central 
a) o papel-moeda emitido. 
b) as reservas internacionais. 
c) os depósitos do Tesouro Nacional. 
d) a Base Monetária. 
e) os depósitos dos bancos comerciais 
Sempre é bom se utilizar de algum quadro/tabela como subsídio para algum tópico 
do edital que, em regra, não tem sido preferencial para os examinadores. 
Contudo, quando o é utilizado pelas bancas, as mesmas elaboram rigorosamente 
nos mesmos moldes. Dessa forma, o quadro abaixo explicita bem aquilo que é 
necessário: 
 
 BALANCETE DO BANCO CENTRAL 
ATIVO PASSIVO 
Caixa em moeda corrente Papel moeda emitido 
Empréstimos ao Tesouro Nacional Depósitos dos bancos comerciais 
( voluntários /compulsórios) 
Títulos Públicos Federais Depósitos do Tesouro ( União) 
Redescontos Recursos próprios 
Reservas internacionais Base Monetária 
Empréstimos ao setor privado Demais recursos 
Outras aplicações 
 
Como advém da Contabilidade do sistema financeiro, os balancetes apresentam 
do lado do passivo as origens dos recursos (instrumentos através dos quais o BC 
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pode realizar os empréstimos aos bancos comerciais e ao Tesouro Nacional) 
enquanto do lado do ativo permanecem as respectivas aplicações ( usos dos 
recursos). 
Segue abaixo uma tabela mais pormenorizada, incluindo os balancetes dos 
bancos comerciais e do Banco Central conjuntamente. Esses quadros são 
exaustivos para a resolução das prováveis questões em eventuais certames. 
 
BALANCETE CONSOLIDADO DO SISTEMA MONETÁRIO 
ATIVO PASSIVO 
Aplicações do Banco Central Meios de Pagamento 
Reservas internacionais Papel moeda em poder do público 
Empréstimos ao Tesouro Nacional Depósitos à vista do público junto aos 
bancos comerciais 
Empréstimos a outros órgãos públicos Passivo não monetário do Banco 
Central 
Empréstimos ao setor privado Depósitos do Tesouro Nacional 
Títulos públicos federais Recursos externos 
Aplicações dos bancos comerciais Passivo não monetário dos bancos 
comerciais 
Empréstimos aos setores público e 
privado 
Depósitos a prazo 
Títulos públicos e privados Recursos externos 
A assertiva b está correta. 
 
 
 
 
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12- ( ESAF/ AFPS-2002) Considerando o balancete consolidado do sistema 
monetário, são considerados (as) como itens do passivo não monetário do Banco 
Central: 
a) reservas internacionais e aplicações em títulos públicos. 
b) empréstimos ao Tesouro Nacional e reservas internacionais. 
c) depósitos do Tesouro Nacional e recursos externos. 
d) base monetária e papel-moeda em poder do público. 
e) encaixes compulsórios dos bancos comerciais e depósitos a prazo. 
Já sabemos das questões anteriores que as origens dos recursos estão no 
passivo enquanto o ativo identifica as aplicações correspondentes. 
 A novidade surge na possibilidade de divisão das contas do passivo da 
autoridade monetária em monetárias, isto é, que podem ser utilizadas como meios 
de pagamento, e não monetárias, que não são meios de pagamento. 
As assertivas a e b são aplicações de recursos, logo, pertencem ao ativo do BC. 
Na assertiva d, os itens compõem o passivo monetário. 
Na assertiva e, os encaixes compulsórios são recursos recebidos pelo Banco 
Central, mas os depósitos a prazo não o são. 
A assertiva c está correta. 
 
 
 
 
13 - (FCC-ICMS-SP – 2006) No que diz respeito às relações entre a taxa de 
desemprego e a taxa de inflação, é correto afirmar que: 
a) a curva de Phillips, no longo prazo, é vertical. 
b) ambas as variáveis são positivamente correlacionadas. 
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c) choques de oferta não têm impacto sobre a taxa de inflação e, 
conseqüentemente, sobre a taxa de desemprego. 
d) há uma correlação negativa entre as duas variáveis, se os agentes 
econômicos têm expectativas racionais. 
e) quanto mais baixa for a taxa de inflação no curto prazo, a economia estará 
mais perto de sua taxa de desemprego natural. 
Uma vez que ambas as variáveis estão negativamente correlacionadas. Conforme 
sugerido pela curva de Phillips, o país poderia conviver com uma inflação mais 
alta e um desemprego menor ou com uma inflação reduzida e um desemprego 
mais acentuado. 
A assertiva b está incorreta. 
Choques de oferta ( como o choque do petróleo na décadade 70) têm forte 
impacto sobre as variáveis inflação e desemprego. Aceleram tanto a inflação 
quanto o desemprego através do processo de recessão, contradizendo a curva de 
Phillips. 
A assertiva c está incorreta. 
Quando os agentes passaram a fazer uso da forma mais eficientemente possível 
das informações de que dispõem ( expectativas racionais), levando em 
consideração a política fiscal expansionista nas suas expectativas de inflação, a 
suposição original da curva de Phillips ( custo de oportunidade entre desemprego 
e inflação) caiu em descrédito. 
A assertiva d está incorreta. 
Atendendo a realidade de curto prazo da Curva de Phillips, está incorreta. Quanto 
mais baixa for a taxa de inflação no curto prazo, maior a taxa de desemprego na 
economia ( menu de escolha entre desemprego e inflação). 
A assertiva e está incorreta. 
A assertiva a está correta. 
 
 
 
 
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14 - (ESAF/AFRF – 2000 e AFC/STN - 2000) Podemos representar a curva de 
Phillips a partir da seguinte equação: 
π = πe - β(u - un) + ε 
onde: 
π = taxa de inflação (πe = taxa esperada de inflação) 
u = taxa de desemprego (un = taxa natural de desemprego) 
ε = choques de oferta 
β = parâmetro maior do que zero 
 Considerando a hipótese de expectativas adaptativas nesta equação, pode-se 
afirmar que: 
a) é possível construir um modelo de inflação inercial. Neste caso, mesmo que 
o desemprego esteja em sua taxa natural e não haja choques de oferta, 
ainda assim pode-se prever um processo inflacionário no modelo 
b) se β e ε forem nulos, não é possível construir um modelo de inflação com a 
equação em questão 
c) a inflação somente poderá ser explicada pelo desemprego cíclico 
d) a inflação somente será explicada a partir da expectativa acerca do 
comportamento dos preços futuros e da possibilidade de existência de 
choques exógenos 
e) a inflação será sempre constante, mesmo com desemprego cíclico e com 
choques de oferta 
Na versão contemporânea da curva de Phillips, o desemprego afeta a variação 
da inflação, não o seu nível. Menos desemprego hoje compraria mais inflação, 
não só hoje como no futuro. Esta correia de transmissão de verifica a partir da 
inércia inflacionária. 
A assertiva a está correta. 
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15 - (FAURGS/Agente Fiscal do Tesouro do Estado – 2006) Sobre o estudo de 
expectativas e seu papel na macroeconomia, assinale a alternativa correta: 
a) Quando os agentes formam suas expectativas de forma adaptativa, utilizam da 
forma mais eficiente possível o conjunto de informações para elaborar previsões 
futuras. 
b) Quando os agentes formam suas expectativas racionalmente, pode-se 
demonstrar que sempre acabam acertando todas as suas previsões futuras. 
c) Quando a Curva de Phillips for expandida por expectativas, pode-se demonstrar 
que, no longo prazo, será negativamente inclinada. 
d) Quando se introduz expectativas na Curva de Phillips, não se pode explicar o 
fenômeno da estagflação, já que se torna impossível a coexistência de aumento 
da inflação e do emprego. 
e) Quando a Curva de Phillips for expandida por expectativas, pode-se demonstrar 
que, quanto maior a expectativa de inflação, maior será a inflação efetiva. 
Quando os agentes se utilizam da forma mais eficiente possível o conjunto de 
informações disponíveis, o processo de formação de expectativas é racional e não 
adaptativo. Expectativas adaptativas são aquelas formadas pelos erros de 
previsão anteriores. A questão das expectativas será vista em detalhes na aula de 
modelos de restrição intertemporal. 
As assertivas a e b estão incorretas. 
No longo prazo, a curva não será negativamente inclinada. 
A assertiva c está incorreta. 
Quando os agentes introduziram a questão das expectativas na curva de Phillips, 
a idéia original perdeu sustentação. Os choques de oferta reais abarcaram o 
fenômeno da estagflação, impulsionando a inflação para cima em conjunção com 
a recessão. 
A assertiva d está incorreta. 
A assertiva e está correta. 
 
 
 
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16 - (FAURGS/Agente Fiscal do Tesouro do Estado – 2006) A relação entre 
indexação e inflação inercial é explorada na teoria inercialista da inflação. 
Segundo esta teoria, 
a) choques de demanda e de custo, como aumento do salários e desvalorizações 
cambiais, não podem ser responsáveis pela elevação da inflação. 
b) a principal causa da inflação deve-se ao fato de os agentes econômicos 
formarem suas expectativas baseados nas trajetórias esperadas, de inflação, o 
que resulta em resistência a sua queda através de mecanismos convencionais, 
como o choque ortodoxo. 
c) mesmo na ausência de choques, a inflação presente depende da inflação 
passada, independentemente do estado das expectativas. 
d) a existência de mecanismos institucionais, como a correção monetária, não 
pode ser responsável pela inflação, uma vez que apenas repõe o valor nominal 
perdido ao longo do tempo. 
e) a expansão da oferta de moeda, por hipótese teórica considerada exógena, é a 
principal responsável pelo aumento da inflação. 
A essência da inércia inflacionária reside no ato de cada agente da economia 
procurar se defender das perdas inflacionárias, através do reajuste de seus 
rendimentos, ainda que sem nenhuma causa aparente: choques de oferta ou 
desvalorizações cambiais. Esse processo perpetuava a inflação, pois a inflação 
passada era forte guia para a inflação presente, que será referência para a 
inflação futura. Cláusulas oficiais de indexação são criadas para todos os preços e 
salários. Essa suposta tentativa de amenizar conseqüências da convivência com a 
inflação auto-propagava inflação. 
A assertiva c está correta.

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