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PROJETO DE ENSINO ED FISICA

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Prévia do material em texto

MISLAINE DA SILVA CAVALHEIRO
Sistema de Ensino Presencial Conectado
EDUCAÇÃO FÍSICA - LICENCIATURA
INCLUSÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
 Inclusão de alunos com Síndrome de 
Down
 nas aulas de Educação Física
Cascavel
2019
MISLAINE DA SILVA CAVALHEIRO
Inclusão de alunos com Síndrome de 
D
own
 n
as aulas de Educação Física no 
ensino regular
Projeto de Ensino 
apresentado à 
Unopar
, como requisito parcial 
à conclusão
 do Curso d
e Educação Física - Licenciatura
.
Orientadores
: 
Prof
ª
 
Kathrin
 
Rúbia
 dos Santos Gomes
,
 
Prof
:
 
Mario Carlos 
Welin
 
Balvedi
.
Cascavel
2019
CAVALHEIRO, Mislaine, da Silva. INCLUSÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA. A inclusão de alunos com Síndrome de Down nas aulas de educação Física, 2019. 17. F. Projeto de Ensino (Graduação em Educação Física) – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. Universidade Pitágoras Unopar, Cascavel, 2019.
Resumo:
 Este trabalho teve por objetivo analisar a inclusão dos alunos com Síndrome de Down nas aulas de Educação Física, como está sendo abordado este assunto nas escolas e a importância do desenvolvimento para os alunos, através de uma pesquisa bibliográfica, qualitativa e descritiva. Sabendo da importância da estimulação destas crianças uma aula de Educação Física bem elaborada colabora nitidademente no desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e social do portador de Síndrome de Down, considerando a aceitação destas crianças pelos colegas de classe.
Palavras-chave: Desenvolvimento motor, inclusão, Síndrome de Down
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	4
1.1	TEMA DO PROJETO	6
1.2	JUSTIFICATIVA	6
1.3	SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA	7
1.4	PROBLEMATIZAÇÃO	7
1.5	OBJETIVOS	7
2	REVISÃO DE LITERATURA	8
3	DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA)	13
4	TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO - CRONOGRAMA	14
5	CONSIDERAÇÕES FINAIS	15
6	REFERÊNCIAS	16
 
1 INTRODUÇÃO
 A inclusão de alunos com Síndrome de Down (SD) nas aulas de Educação Física tem por objetivo estimular o desenvolvimento motor do aluno portador e proporcionar a sua interação social com os demais alunos. São muitas as perguntas em relação as abordagens das aulas de Educação Física voltada a alunos com Síndrome de Down. Por destacar a necessidade de uma educação de qualidade, procurou nesta investigação reunir conhecimentos relevantes a fim de intervir de maneira adequada a estes alunos.
Estudos voltados para a área da deficiência concluem que as pesquisas existentes referentes a SD não são suficientes para esclarecer e orientar atitudes educacionais para o desenvolvimento dos portadores da Síndrome, sem o conhecimento e o desenvolvimento das suas capacidades a pessoa portadora de Síndrome de Down se vê excluída, rejeitada e marginalizada pelas barreiras impostas pela sociedade, muitas vezes a família rejeita ou super protege pois o vê como um ser impacaz, tornando seu desenvolvimento limitado.
A escola como parte integrante da organização da sociedade, deve acolher a esses alunos e fornecer um ensino adequado e adaptado as suas necessidades, a inclusão dos alunos com Síndrome de Down. 
 Junto a Constituição Federal do Brasil, no artigo 5º, diz que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros, residentes no país, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade" (BRASIL, 2006), ou seja, independente de raça, posição social, deficiência ou qualquer outro fato semelhante, todos têm o mesmo direito. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação de nº. 9394/96 diz que:
É dever da família e do estado proporcionar o desenvolvimento, seu preparo para cidadania e qualificação para o trabalho do educando, [...] DA EDUCAÇÃO ESPECIAL - Art. 58º Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.
    Dentro da mesma lei, é segurado que:
    O portador de necessidades especiais será atendido por profissionais capacitados, como citado no Art. 59º [...] III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns [...].
    Lei 9.696/98, no seu artigo 3º consta que:
    [...] compete ao profissional de educação física “coordenar, planejar, programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, orientar, ensinar, conduzir, treinar, administrar, implantar, implementar, ministrar, analisar, avaliar e executar atividades, estudos, trabalhos, programas, planos, projetos e pesquisas; executar treinamentos especializados; prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria; participar de equipes multidisciplinares interdisciplinares; elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos; prestar assistência e educação corporal a indivíduos ou coletividades, em instituições privadas ou públicas; prestar assistência e treinamento especializado; coordenar, organizar, supervisionar, executar e ministrar cursos e atividades de orientação, reciclagem e treinamento profissional nas áreas da atividade física e desportiva
Nas aulas de Educação Física o professor deve sempre estar em busca de conhecimentos que possam facilitar o processo de inclusão, deve proporcionar uma aula proveitosa e estimulante visando a participação de todos, proporcionando o bom desenvolvimento motor, afetivo e social dos alunos. 
Portanto este estudo busca investigar as necessidades do aluno portador da Síndrome de Down, a fim de oferecer um ensino de qualidade reunindo conhecimentos com a intenção de intervir de maneira adequada junto aos alunos com a Síndrome de Down.
1.1 TEMA DO PROJETO
 Educação Física e Inclusão, a inclusão dos alunos com Síndrome de Down nas aulas de educação física. 
 O seguinte projeto esta embasado em teorias de grandes escritores, professores, que destacam a importância da inclusão de pessoas com Síndrome de Down e atividade física na educação infantil, o mesmo esta voltado para as turmas de anos iniciais do ensino fundamental (1º ano).
 O tema proposto é importante, pois a atividade física favorece o desenvolvimento motor, afetivo, cognitivo e social dos alunos. Esta relacionada aos eixos estudados nas disciplinas durante o curso de Licenciatura em Educação Física, portanto podemos compreender que os profissionais da área da educação precisam dos conhecimentos adquiridos. 
 O referido tema contribuirá para minha formação profissional e promoverá a extensão do conhecimento de quem dele se ocupar.
1.2 JUSTIFICATIVA
A escolha do tema veio da curiosidade enquanto estudante, no meu período de estagio em uma turma de D.I (Deficiência Intelectual) da importância que a atividade física trás para o desenvolvimento destes alunos, veio também do carinho que eles tiveram comigo durante e após os estágios quando me encontravam pelos corredores da escola. É gratificante para o professor fazer parte da vida e do desenvolvimento da criança e saber que você enquanto professor pode oferecer um ensino de qualidade a eles.
Com elaboração deste projeto quero mostrar a importância de se especializar e incluir alunos com necessidades especiais as aulas de educação física, fazendo com que esse aluno desfrute de todo conhecimento adquirido pelo professor durante sua formação. 
 1.3 SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA
 O projeto destina-se para a Educação Infantil, 1º ano do Ensino Fundamental. 
 PROBLEMATIZAÇÃO
 O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) no capitulo IV art. 54. Diz que é dever do estado assegurar á criança e o adolescente o atendimentoeducacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino. 
 Sabendo das dificuldades da inserção dos portadores de Síndrome de Down nas aulas de Educação Física, e da recusa de algumas escolas em aceitarem a estes alunos e da falta de formação de alguns professores para atender as necessidades destes alunos nos anos iniciais do ensino fundamental.
 Durante meus estágios foi possível perceber que os professores ainda possuem o mesmo método de ensino que é aplicado a crianças sem necessidades especiais e que exclusão deste aluno era nítida. A falta de conhecimento e especialização destes professores implica diretamente sobre o desenvolvimento motor, fazendo com que este aluno fique sempre na mesma, sem evolução. A escola como parte integrante da sociedade tem o dever de acolher e se adaptar as necessidades a todos os alunos. 
	
 OBJETIVOS
Promover a inclusão de alunos com Síndrome de Down nas aulas de Educação Física fazendo com que esse aluno desenvolva suas habilidades motoras de forma prazerosa.
Desenvolver o processo de inclusão dos alunos nas aulas de Educação Física; 
Promover atividades lúdicas para a aproximação de todos;
Desenvolver atividades que aprimore o desenvolvimento motor, afetivo e social;
Desenvolver atividades físicas adequada para as crianças com síndrome de Down.
REVISÃO DE LITERATURA
2.1 CARACTERIZANDO A SÍNDROME DE DOWN
Síndrome Down ou Trissomia do cromossomo 21 é um distúrbio genético ou anomalia causada pela presença de um cromossomo extra no par 21, que dá origem a alterações no desenvolvimento e funcionamento de diversos órgãos.
 Entre 1864 e 1866, o médico inglês John Langdon Down listou o primeiro relato sobre a síndrome, que na época era chamada de mongolismo, observou características físicas similares de crianças européias com características da população da Mongólia, observou também que as maiores incidências de casos de SD eram de crianças nascidas de mães acima de 35 anos de idade. As pessoas com Síndrome de Down costumam ser menores e ter um desenvolvimento físico e mental mais lento e face típica, a maior parte tem retardo mental leve a moderado mas podem apresentar retardo mental severo ou não apresentar retardo e estão entre as faixas limítrofes e médias baixas.
 Puechel (1993), também contribui relatando que existe uma grande variação na capacidade mental e no progresso de desenvolvimento das crianças com síndrome de Down. Quem sofre o acidente genético síndrome de Down possuem capacidades de desenvolvimento, porém, em geral, as capacidades são inferiores em relação às pessoas que não possuem necessidades especiais. Estas têm o desenvolvimento motor mais lento, a linguagem também é bastante atrasada. É de grande relevância que haja um ambiente amoroso e estimulante, intervenção precoce e esforços integrados de educação, pois irão sempre influenciar positivamente o desenvolvimento desta criança, fazendo com que esta participe de todas as atividades escolares, inclusive das aulas de educação física porque a tal prática contribuirá para o desenvolvimento desses estudantes na sociabilização, afetividade e acima de tudo o respeito pelas diferenças.
 É importante deixar claro que a síndrome de Down não é uma doença e ninguém pode falar, portanto, que a criança vai sarar com tratamentos específicos. A Síndrome de Down é uma condição de vida do indivíduo, um estado biológico alterado, em decorrência de anormalidades cromossômicas. Assim, quem porta essa alteração, sempre terá essa síndrome. (MARTINS, 2002).
2.2 INCLUSÃO SOCIAL DE PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN
 
 Segundo SASSAKY(2005), a inclusão consiste em adequar os sistemas sociais gerais da sociedade de tal modo que sejam eliminados os fatores que excluam certas pessoas do seu seio e mantenham afastadas aquelas que foram excluídas. A eliminação de tais fatores deve ser um processo contínuo e concomitante com o esforço que a sociedade deve empreender no sentido de acolher todas as pessoas, independentemente de suas diferenças individuais e das suas origens na diversidade humana. Pois, para incluir todas as pessoas, a sociedade deve ser modificada a partir do entendimento de que ela é que precisa ser capaz de atender às necessidades de seus membros. As pessoas portadoras da síndrome de down possuem limitações físicas e psicológicas, mas nada as impedem de realizar diversas atividades, são discriminadas e muitas vezes isolada por falta de conhecimento da sociedade a respeito das suas necessidades e características.
 As pessoas com síndrome de Down possuem limitações físicas e psicológicas que nem sempre as impedem de desenvolver determinadas atividades, mas geram preconceitos individuais e coletivos devido à falta de conhecimento da população a respeito das necessidades e características desse grupo social (PUESCHEL, 1993; NERI, 2003). 
 Segundo dados, no Brasil existem cerca de 270 mil brasileiros tem Síndrome de Donw, dados do censo, em 2010, 23,9% dos das pessoas que foram entrevistadas dizem possuir alguma deficiência, sendo que 2.617.025 declararam ter deficiência intelectual. Portanto ao falar de inclusão deve se levar em conta que os direitos fundamentais devem ser iguais a todos, pois todos são iguais em dignidade mas cada um tem um modo de viver a vida e sua individualidade deve ser respeitada.
2.3 DIFICULDADES DA INCLUSÃO DOS ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN NA ESCOLA.
 Uma das maiores preocupações que envolvem o meio escolar é a inclusão de crianças com Síndrome de Down e no desenvolvimento do potencial cognitivo da criança, visto que esta síndrome traz como conseqüência uma deficiência intelectual. Acredita-se que colocar uma criança com Síndrome de Down em uma escola regular é dar-lhe a mesma chance que todas as crianças têm de desenvolver o seu potencial cognitivo e sócio-afetivo.
A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação do Brasil (Lei nº 9394/96) prescreve que as crianças com necessidades educativas especiais devem ter sua escolaridade atendida, fundamentalmente, pela escola regular, de modo a promover sua integração/inclusão, porém ainda é um grande desafio, pois as políticas públicas não contemplam cem por cento em formação, infraestrutura e recursos didáticos e tecnológicos para que a inclusão seja ética, humana e igualitária (BRASIL, 2006).. 
	Em uma educação voltada para inclusão surgem muitas dificuldades, pois as escolas não apresentam um projeto arquitetônico, adequado, para atender as individualidades que estas crianças apresentam os professores por sua vez, também não possuem o conhecimento necessário sobre o assunto e muitas vezes não são habilitados para lidarem com essa situação, até mesmo os alunos estão com um conceito ainda muito preconceituoso em relação aos alunos com necessidades especiais, e a falta de professores preparados dificultará ainda mais a interação destes alunos com os demais no ambiente escolar.
	Somente a partir Declaração de Salamanca em Brasil (1994) houve uma quebra paradigmática nas propostas de equidade educacional. De acordo com a referida declaração:
Em vez de focalizar a deficiência da pessoa, enfatiza o ensino e a escola, 
bem como as formas e condições de aprendizagem; em vez de procurar, no aluno, a origem de um problema, define-se pelo tipo de resposta educativa e de recursos e apoios que a escola deve proporcionar-lhe para que obtenha sucesso escolar; por fim, em vez de pressupor que o aluno deva ajustar-se a padrões de “normalidade” para aprender, aponta para a escola o desafio de ajustar-se para atender à diversidade de seus alunos (p. 12).
 Com isso a concepção de inclusão presume que o dever da adaptação não cabe mais ao aluno e sim a escola é que tem que se adaptar as necessidades deste aluno.
 Antigamente as pessoas com deficiência eram colocadosem instituições especializadas para se tratar, não tendo contato com o lado pedagógico, embora estudos mostrem que o atendimento pedagógico junto a outras crianças é mas eficaz. A Inclusão não trás benefícios somente para os alunos SD beneficia a escola inteira, os alunos aprendem a ser mais solidários, afetuosos e a respeitar as diferenças. Portanto estes alunos têm muito a oferecer a escola.
2.4 ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA.
 É inerente ao ser humano a necessidade de movimentação e expressão, pois precisa desenvolver-se de forma harmoniosa em seus aspectos físicos e cognitivos, dessa forma, há separação entre corpo e mente os dois agem em concomitância, e esta dinâmica incentiva o ser humano ao aprendizado. Mesmo que alguns sujeitos sejam limitados por serem portadores de necessidades especiais. 
 A disciplina tem o dever de proporcionar ao aluno, práticas que desenvolvam suas dimensões cognitivas, afetivas, motoras e socioculturais, essas são práticas pedagógicas que favorecem a inclusão, que em alguns pontos, ainda se encontra somente no papel. O professor deve ter plena consciência do importante papel da educação física para o desenvolvimento dos alunos com necessidades especiais, pois quanto mais exercícios físicos uma pessoa com mobilidade reduzida fizer, melhor seu corpo irá responder aos movimentos, possibilitando assim, uma vida mais saudável e independente, bem como a melhoria de sua autoestima e o desenvolvimento das habilidades motoras e funcionais para uma melhor realização das atividades diárias, aprimorando sua coordenação motora e superando as situações de dificuldades.
 Nas aulas de Educação Física a criança portadora de Síndrome de Down deve ser incluída nos jogos ou brincadeiras como as demais crianças, mesmo que necessite de apoio, lembrando que esse apoio não deve ser uma proteção, pois assim estaria dificultando o processo de inclusão do aluno com os demais. Portanto o professor deve estar atento as necessidades dos alunos para que possam conviver uns com os outros num processo de transição civilizatória.
 Ao elaborar as atividades físicas para a criança com Síndrome de Donw deve-se levar em consideração seu contexto sociocultural e suas deficiências, suas dificuldades e anomalias corporais, enfim, suas potencialidades. Para que seja construído um trabalho focado no desenvolvimento individual, garantindo o direito ao aprendizado e a cidadania. Portanto o professor de Educação Física pode buscar atividades que sejam compatíveis para o desenvolvimento das crianças com SD, junto às outras crianças, para que haja a socialização e um bom desempenho no aprendizado cognitivo e corporal das mesmas, sem que tenha maiores problemas. Vale ressaltar que é de máxima importância que a criança com SD antes de ser inserida nas atividades físicas faça exames específicos sobre a instabilidade antlo-axial. A instabilidade antlo-axial configura-se como um aumento do espaço intervertebral entre a primeira e a segunda vértebra da coluna cervical, atinge a região do pescoço, não exibe sintomas e advém da razão das duas primeiras vértebras não estarem alinhadas. Neste caso o docente deverá estar atento aos possíveis sintomas como: torcicolos frequentes, postura anormal da cabeça, dor localizada, em casos mais graves deteriorização motora progressiva, que pode levar o aluno a ter dificuldades para andar e posteriormente se tornar dependente para todas as atividades.
 A criança com Síndrome de Down nasce com hipotonia muscular, a hipotonia é caracterizada pela flacidez da musculatura e está ligada ao atraso do desenvolvimento psicomotor, e se desenvolve a medida que a criança for crescendo, nas aulas o professor deve incluir atividades aeróbicas voltadas para o fortalecimento muscular pois irão colaborar para um desenvolvimento mais rápido facilitando a realização de diversas tarefas.
 De acordo com o Ministério da Saúde (2013), as atividades de estimulação visual, auditiva, sensitiva, labiríntica e social devem ser propiciadas desde cedo, a fim de que a criança vá desenvolvendo sua acuidade, equilíbrio e domínio no espaço e no tempo, na relação consigo mesma e com as outras pessoas. Por isso, as brincadeiras, os jogos e esportes são estratégias favoráveis ao desenvolvimento de qualquer pessoa, inclusive a que possui síndrome de Down.
 Espera-se que por meio da educação física os alunos tenham condições de desenvolver suas potencialidades corporais e cognitivas e participarem de forma ativa perante a sociedade.
 
 
2.5 A FORMAÇÃO DO PROFESSOR PARA ATENDER AOS ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS.
 
 A aceitação dos professores em relação a um aluno com deficiência pode parecer muito complicado, mas na realidade ter um aluno portador de deficiência, é aceitar que todos de alguma forma são diferentes uns dos outros, mas devem ter direitos e oportunidades iguais. Porém há dificuldades por parte dos professores, pois nem sempre estes fizeram ou fazem formação para trabalhar com alunos com necessidades especiais porque, muitas vezes, não tiveram na formação conhecimentos a respeito de como fazer adaptação curricular para esses sujeitos. 
 Em muitas escolas municipais ainda se vê profissionais com outras formações dando aulas de Educação Física, a formação do profissional é de máxima importância é ela que vai nortear todo o trabalho a ser desenvolvido com os alunos, as aulas de educação Física são muito mais do que dar uma bola e deixar que os alunos joguem, é dar devida importância e embasamento as atividades físicas, por isso é necessária uma formação adequada, domínio de conteúdo para fornecer um atendimento especializado mediante a necessidade dos alunos.
 Há necessidade urgente de repensar a escola e suas práticas pedagógicas visando benefícios ao aluno e o professor, não há exatamente uma fórmula para agir, pois cada aluno cada professor pertence a diferentes realidades, mas é preciso reunir possibilidade para ser capaz de realizar adaptações em prol de uma educação inclusiva e de qualidade.
DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA)
 Para a realização deste projeto foi utilizado uma pesquisa bibliográfica
 
 Pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir do registro do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores em documentos impressos, como livros, artigos e teses. Utiliza-se de dados ou categorias teóricos já trabalhados por outros pesquisadores devidamente registrados. (SEVERINO 2007, pag.122)
Usando abordagem qualitativa descritiva que faz a analise de experiências para o estudo realizado. 
 Abordagem qualitativa são varias metodologias de pesquisa que podem adotar uma abordagem qualitativa, modo de dizer que faz referência a mais a seus fundamentos epistemológico do que propriamente a especificidades metodológicas. (SEVERINO 2007,pag.118)
 Este estudo foi embasado em artigos retirados do Google Academico, Books Google, Scielo, revistas cientificas, sites voltados para a educação inclusiva, Educação Física adaptada e Síndrome de Down, principalmente nas idéias dos seguintes autores: PUESCHEL(1993), SASSAKI(2005), entre outros.
 
TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO – CRONOGRAMA
	Escolha do tema
	1 semana
	Levantamento bibliográfico.
	1 mês
	Leitura do material coletado 
	3 semanas
	Analise dos dados
	1 semanas
	Elaboração do projeto
	2 semanas
	Organização dos itens do projeto
	1 semana
	Revisão final do projeto
	1 semana
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a realização desse trabalho podemos perceber a importância da atividade física no desenvolvimento motor e socio-afetivo dos alunos com Síndrome de Down ressaltando a importância do papel do professor,não importa o tamanho do potencial que cada aluno tem. Não importa quem dos alunos tem mais ou menos potencial para isso ou aquilo. O que verdadeiramente significa em toda essa atitude inclusiva é o respeito à diversidade humana e a luta por igualdade de direitos.     Não é necessário um conteúdo diferente para trabalhar a inclusão em sala de aula, o professor pode desenvolver atividades que são usadas no dia-a-dia. Mas é necessária que essas atividades sejam adaptadas à realidade de todos os alunos, sejam eles com necessidades educativas especiais ou não. 
A inclusão de um aluno com deficiência nas aulas de educação física não trás benefícios somente para o portador, trás benefícios para os professores, a escola e acima de tudo aos colegas, pois a convivência com os portadores de deficiência os tornam crianças mais solidaria, pacientes e as fazem perceber que todos são iguais. 
6.REFERÊNCIAS:
A inclusão de alunos com Síndrome de Down no ensino fundamental –Disponível em:
 < http://www.movimentodown.org.br/educacao/inclusao-de-alunos-com-sindrome-de-down-no-ensino-fundamental> acesso em 03 de março de 2018.
A inclusão escolar do aluno com Síndrome de down. Disponível em: < https://pedagogiaaopedaletra.com/inclusao-escolar-de-criancas-com-sindrome-de-down/> acesso em: 03 de março de 2018
BRASIL,Constituição de 1988,- texto constitucional de 5 de outubro de 1988 com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais de n. 1, de 1992 a 52, de 2006, e pelas Emendas Constitucionais da revisão de n.1 a 6, de 1994-26 ed.-Brasília: Camâra dos Deputados- coordenação de publicações, 2006.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. 1994. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf>. Acesso em: 05 de março de 2018.
DESENVOLVIMENTO MOTOR EM CRIANÇAS PORTADORAS DE SÍNDROME DE DOWN. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd124/desenvolvimento-motor-em-criancas-portadoras-de-sindrome-de-down.htm-> acesso em: 17 de março de 2018.
DIRETRIZES DE ATENÇÃO A PESSOA COM SÍNDROME DE DOWN: disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizesatencaopessoasindromedown.pdf- acesso dia 18 de março. 
Lei 9696, de 1 de setembro de 1998. Dispõe sobre a regulamentação da Profissão de Educação Física e cria os respectivos Conselho Federal e Conselhos Regionais de Educação Física. Disponível em: 
 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9696.htm Acesso em: 07 de março de 2018.
 Lei nº93946, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.1996. Disponível em: 
< http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L9394.htm> acesso em: 07 de março de 2018.
MARTINS, Lúcia de Araújo Ramos. A inclusão escolar do portador da síndrome de Down: o que pensam os educadores?Natal, RN: EDUFRN, 2002.
Metodologia de Pesquisa Educacional/ Ivani Fazenda(org) – 12.ed.- São Paulo: Cortez, 2010. 
PUESCHEL, Sigfried. Síndrome de Down, Guia para Pais e Educadores. Disponível em https://books.google.com.br/books?isbn=8530802209
 SANTOS, Tatiana dos. Educação Inclusiva/ Tatiana dos Santos, Regiane da Silva Barbosa- Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.240 p.
 
SASSAKI,R,K. Inclusão: o paradigma do século 21. Inclusão: Revista da Educação Especial, Secretaria de Educação Especial/MEC, Brasilia,n.01,p.19-23, outubro2005 disponivel em <http:// http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revistainclusao1.pdf> acesso em:03 de abril de 2018.
SEVERINO, Antonio Joaquim, 1941- Metodologia do trabalho científico/ Antonio Joaquim Severino.- 23 ed.rev.e atual.- São Paulo: Cortez, 2007.
 SOUZA, Gleice. Educação física adaptada e primeiros socorros/ Gleice Souza,Renata Andrade Teixeira.- Londrina: Editora e Distribuidora educacional S.A., 2015. 188p.

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