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Direito das Obrigações -

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Direito das Obrigações, Obrigações de fazer.
Honorato, Bárbara
Acadêmica de Direito
Em meados do mês de novembro do ano de dois mil e quatorze, foi negado provimento ao recurso extraordinário interposto pelo Estado da Paraíba, de certa maneira o Estado deveria promover reformas na escola estadual, assim aprimorando o local com melhorias na estrutura, tornando a escola um ambiente agradável. 								O Estado deve cumprir seu dever, o qual "representa a tentativa de conjugar legalidade e justiça social"¹, com isso o Estado conta com os poderes econômicos, como trabalho, moradia, educação e cultura. De certa forma não tem como disponibilizar os itens anteriores de forma idêntica a todos, porém há uma tentativa e o investimento por parte do próprio Estado, para que as pessoas que o usufruem não saiam prejudicadas em relação às instituições particulares, as quais possuem esta estrutura digna. 				Segundo o Art. 6º, CF/88, são direitos sociais, a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência, na forma desta Constituição. Ou seja, não está sendo pleiteado nada mais ou nada menos do que um direito constitucional, o qual decorre de direitos sociais e deve ser aplicado na medida do possível. A restauração da primazia humana deve ser levada em consideração, pois segundo os ensinamentos do Paulo Lôbo os direitos devem ser adequados à realidade e aos fundamentos constitucionais, portanto uma escola que sustenta uma forma de educação diária não pode perecer sem a devida manutenção e a estrutura regular. 																												
"O poder judiciário, em situações excepcionais, pode determinar que a Administração Pública adote medidas assecuratórias de direitos constitucionalmente reconhecidos como essenciais, sem que isso configure violação do princípio da separação de poderes". 			
	Após ser negado o recurso ao Estado, agravaram com relação à separação de poderes, logo foi negado. Os serviços exigidos primeiramente na inicial eram para que possíveis desastres sejam devidamente evitados, pois a escola estava em situação precária, assim obrigando ao Estado cumprir com sua obrigação de fazer, o dever de fornecer a estrutura suficiente imposta pela Constituição Federal. Entra em contra pesos também a igualdade formal e material, pois a tentativa de igualdade deve ser aplicada, pois para o Paulo Lôbo, o equilíbrio deve ser restabelecido. 							Importa a ressalva de que o direito das obrigações, inseridos no código civil, deve seguir sempre à luz da Constituição, pois a mesma está sempre no topo, Paulo Lôbo mesmo diz que precisa da mediação da Constituição para a boa aplicação do direito das obrigações. De certa forma, o Estado não estava elevando o plano constitucional dos princípios fundamentais, a qual tutela a vítima do negócio, protegendo a mesma dos danos. 
Referências
- Constituição Federal 
- Paulo Lôbo, Direito Civil, Obrigações, 2ª edição, 2011.
- Julgado: RE 850215 AgR / PB - Paraíba 
Relator: MIn. Cármen Lúcia
Julgamento: 07/04/2015 - Órgão Julgador: Segunda Turma
1 - Paulo Lôbo, Direito Civil, Obrigações, 2ª edição, 2011 - P. 16.

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