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Princípios Institucionais da Magistratura 30 páginas

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Princípios da Magistratura
Aula 2
Princípios da Magistratura
Aula 2
Princípios Institucionais da Magistratura
Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Assuntos tratados:
1° Horário.
S Princípios Institucionais da Magistratura / Estrutura do Poder Judiciário / Supremo Tribunal Federal / Superior Tribunal de Justiça / Conselho da Justiça Federal
2° Horário.
S Justiça Comum / Justiça Especial / Justiça Eleitoral / Justiça Militar / Tribunais Militares
3° Horário.
S Justiça do Trabalho / Tribunais Regionais do Trabalho / Juízes do Trabalho / Órgão Especial / Garantias da Magistratura / Garantias Institucionais
1° horário
Princípios Institucionais da Magistratura
Estrutura do Poder Judiciário
	STF
	CNJ
	STJ
	TSE STM TST
	CJF
	Justiça Especial/Justiça Especializada
	Justiça Comum (Federal ou Estadual)
	
Destaca-se o art. 92, CRFB/88.
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
- o Supremo Tribunal Federal;
I-A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
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- o Superior Tribunal de Justiça;
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O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
- os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
- os Tribunais e Juízes do Trabalho;
- os Tribunais e Juízes Eleitorais;
- os Tribunais e Juízes Militares;
- os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
§ 1° O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais
Superiores têm sede na Capital Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional n°
45, de 2004)
§ 2° O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo
o território nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
Segundo o art. 18, §1°, CRFB/88, a Capital Federal é Brasília.
Art. 18, §1° - Brasília é a Capital Federal.
Observação: CESPE já elaborou questão afirmando que a capital federal era o Distrito Federal.
Os órgãos de convergência são o STF e os demais tribunais superiores. Cada uma das Justiças especializadas da União convergem suas matérias para seu próprio tribunal superior e todas as questões constitucionais convergem, por sua vez, para o STF.
Os órgãos de superposição são o STF e o STJ. São assim chamados, pois ambos os tribunais não pertencem a nenhuma Justiça e suas decisões se sobrepõem às decisões de órgãos inferiores da Justiça Comum e da Justiça Especial.
Observação: Dicas para memorização do número de ministros em cada tribunal.
O STF (Somos Time de Futebol) é composto de 11 (onze) ministros.
O STJ (Somos Todos de Jesus) é composto de 33 (trinta e três) ministros.
O TST (Trinta Sem Três = trinta menos três) é composto de 27 (vinte e sete) ministros.
O TSE (retira-se o T do início e o adiciona ao final - SET) é composto de 7 ( sete) ministros.
O STM (Somos Todos Mocinhas) é composto de 15 (quinze) ministros.
Supremo Tribunal Federal
Destaca-se o art. 101, CRFB/88.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.
A escolha dos ministros do STF é realizada pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal por maioria absoluta de votos. A escolha no STF é livre de categorias.
Com a EC 45, o STF passou a julgar as ações propostas contra o Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Nacional do Ministério Público.
Observação: Muitas vezes a banca CESPE altera os termos e afirma que a aprovação decorre do Congresso Nacional.
Conselho Nacional de Justiça
Previsão no art. 92, I-A, CRFB/88.
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I-A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
- o Superior Tribunal de Justiça;
- os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
- os Tribunais e Juízes do Trabalho;
- os Tribunais e Juízes Eleitorais;
- os Tribunais e Juízes Militares;
- os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
§ 1° O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
§ 2° O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
O CNJ é órgão do Poder Judiciário, mas, não é jurisdicional, pois suas atribuições são meramente administrativas (art. 103-B, §4°, CRFB/88).
Art. 103-B, §4° - Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura: (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
Veja que a atuação dos magistrados a ser examinada pelo conselho é a administrativa. O CNJ não tem poderes para o controle da atividade-fim dos juízes.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Assim, a atividade jurisdicional submete-se apenas ao sistema recursal que lhe é próprio. Nesse sentido, veja o decidido pelo STF nos MS 28598 Agr-MC/DF e MS 28611 Agr-MC/MA, Rel. Min. Celso de Mello (14.10.2010):
Conselho Nacional de Justiça - CNJ, sob pena de atuação ultra vires, não pode interferir em atos de conteúdo jurisdicional, emanados de quaisquer magistrados ou de tribunais da república. O CNJ não tem poder declarar ineficazes julgamentos de Tribunal de Justiça concessivos de mandados de segurança. Embora o CNJ esteja incluído na estrutura constitucional do Poder Judiciário, sua natureza seria meramente administrativa e sua competência teria sido definida, de modo rígido, pela EC 45/2004, que introduzira o art. 103-B na CF. Esse artigo, em seu § 4°, II, estabelece que o referido órgão tem o poder de "apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário". Logo, as deliberações do CNJ nao podem ter conteúdo jurisdicional e que o Supremo já assentara posicionamento no sentido de não caber àquele órgão nenhuma competência cujo exercício fosse capaz de interferir no desempenho da função típica do Poder Judiciário (ADI 3367/DF, DJU de 25.4.2005). Competir-lhe-ia, porém, dentre outras atribuições, fiscalizar o exercício dos deveres funcionais por parte do magistrado, e não a atividade jurisdicional dele. outros precedentes citados: MS 27148/df (dje de 25.5.2010) e MS 28537 MC/DF (DJE de 21.5.2010).
Os atos administrativos que o CNJ pratica podem ser anulados através de ação própria dirigida ao STF (art. 102, I, "r", CRFB/88). Não se trata de recurso.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
- processar e julgar, originariamente:
r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiçae contra o Conselho Nacional do Ministério Público; (Incluída pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
Observação: A competência do CNJ par investigar magistrados é originária e concorrente, em relação à competência do tribunal do qual o magistrado faz parte. A competência não é supletiva. Logo, o CNJ não precisa arguir falha na investigação pelo tribunal local para atuar. Isso foi decidido no julgamento da medida cautelar na ADI 4638. A referida ação questiona pontos da Resolução 135/2011 do CNJ, que uniformizou as normas relativas ao procedimento administrativo disciplinar aplicável aos magistrados.
Na ocasião, o STF afastou dispositivo que previa a possibilidade de afastamento cautelar do magistrado do cargo mesmo antes de instaurado o processo administrativo disciplinar contra ele.
Destaca-se o MS 28102/DF.
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MS 28102 DF - Ementa:
MANDADO DE SEGURANÇA. ATO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. REVISÃO DE PROCESSO DISCIPLINAR. RESPONSABILIDADE DE JUIZ DE DIREITO. ENCARCEIRAMENTO DE MENOR DO SEXO FEMININO EM CELA SOBRELOTATA COM HOMENS. PRIMEIRA DE DUAS AÇÕES DE MANDADO DE SEGURANÇA. ALEGADAS VIOLAÇÕES DA (A) UNICIDADE DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR; (B) SOBERANIA DA DECISÃO EXONERATÓRIA PROFERIDA PELO TRIBUNAL DE JUSTIÇA LOCAL EM FAVOR DE SEU INTEGRANTE; (C) CONSTATAÇÃO DE PLANO DA INOCÊNCIA DA IMPETRANTE; (D) DISTINÇÃO ENTRE O QUADRO EXAMINADO PELO CNJ E O QUADRO QUE PODERIA TER SIDO INVESTIGADO. SEGURANÇA DENEGADA. A) O art. 103-B, § 4° da Constituição dá competência ao CNJ para fazer o controle da atuação administrativa dos Tribunais, e o exame dos requisitos para a instauração do processo disciplinar faz parte de tal controle. A cisão sindicância-processo disciplinar é apenas de procedimento, mas a sequência processual continua íntegra; B) se o CNJ somente pudesse examinar os processos disciplinares efetivamente instaurados, sua função seria reduzida à de órgão revisor de decisões desfavoráveis aos magistrados. Isto porque a decisão negativa de instauração do processo disciplinar pelos Tribunais de Justiça e pelos Tribunais Regionais Federais teria eficácia bloqueadora de qualquer iniciativa do CNJ. B1) O Regimento Interno do CNJ não poderia reduzir-lhe a competência constitucional; C) Quanto à alegada possibilidade de os fatos atribuídos à impetrante serem infirmados de plano (art. 5°, LVda Constituição), o atendimento do pleito dependeria de ampla instrução probatória. D) Não há disparidade entre o que disposto na portaria de instauração da sindicância e da decisão pelo CNJ, pois a circunstância de a menina ser menor foi irrelevante. Os fatos em comum examinados tanto no TJ/PA como no CNJ são dois: (a) a circunstância de deixar mulher encarcerada com homens e (b) a fraude ou falsidade ideológica. Segurança denegada.
Nesse julgamento, decidiu-se que o CNJ pode examinar os processos administrativos disciplinares efetivamente instaurados contra magistrados, mas também as sindicâncias que não dão origem a PAD. Assim, a decisão negativa de instauração de PAD pelos tribunais não teria eficácia bloqueadora da iniciativa do CNJ.
O STJ entendeu que quando o presidente do Tribunal de Justiça for mero executor de ordem do CNJ, este não poderá ser considerado autoridade coatora, para fins de impetração do Mandado de Segurança, devendo ser indicado o presidente do CNJ. A competência para essa demanda, portanto, pertence ao STF (RMS 30.561-GO, Rel. Teori Albino Zavascki, julgado em 14/8/2012).
Superior Tribunal de Justiça
Previsão no art. 104, CRFB/88.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.
Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
- um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;
- um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.
Observação: Os únicos Tribunais cuja composição não está fixada em um número certo, mas, em número mínimo são o STJ e o TSE.
O STJ é inovação da CRFB/88. Com ele, o constituinte buscou estabelecer um tribunal nacional, com o objetivo de fazer a uniformização da jurisprudência da Justiça Comum Estadual e da Justiça Comum Federal.
Diversamente do STF, a composição do STJ é vinculada a categorias:
1/3 de Ministros oriundos dos TRF's (11);
1/3 de Ministros oriundos do TJ (11);
1/3 dividido entre membros do MP e da OAB (alternadamente) (11).
O art. 12, §3°, CRFB, não estabelece o STJ em seu rol, sendo assim, admite-se que brasileiro naturalizado ocupe cargo de ministro do STJ.
Art. 12, §3° - São privativos de brasileiro nato os cargos:
- de Presidente e Vice-Presidente da República;
- de Presidente da Câmara dos Deputados;
- de Presidente do Senado Federal;
- de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
- da carreira diplomática;
- de oficial das Forças Armadas.
- de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional n° 23, de 1999)
Conselho da Justiça Federal
Previsão no art. 105, parágrafo único, II, CRFB/88.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Art. 105, Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justiça: (Redação dada pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
- o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante. (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
A Lei 11.798/08 aborda sobre a composição, estrutura, atribuições e o funcionamento do CJF.
As atribuições do CJF são duplamente limitadas, pois incidem sobre os Tribunais Regionais Federais e os juízes federais e apenas sobre a gestão administrativa e orçamentária desses órgãos.
Pode-se dizer que há uma sobreposição de atribuições entre o Conselho da Justiça Federal e o Conselho Nacional de Justiça, tendo em vista o referido dispositivo e o art. 103-B, §4°, da CRFB, introduzido pela EC 45, de forma que os TRF's e os juízes federais estão sujeitos à supervisão de ambos. O mesmo se pode dizer dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos juízes do trabalho, considerando-se o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (Art. 111-A, §2°, II).
Art. 103-B, §4° - Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura: (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
- zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
- zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticadospor membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União; (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
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representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade; (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano; (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário; (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa. (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
Art. 111-A, §2° - Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho: (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
II o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
A Lei 10.259/01 criou os Juizados Especiais Federais. Em 2002, passou a funcionar junto ao CJF a Turma Nacional de Uniformização dos JEF's (TNU), órgão julgador colegiado que decide os incidentes de uniformização de lei federal nos processos oriundos dos juizados. A partir desse momento, o CJF passou a ter função jurisdicional e não apenas administrativa.
2° horário
Justiça Comum
Divide-se em Justiça Comum Federal e Justiça Comum Estadual.
Na Justiça Estadual há 27 (vinte e sete) Tribunais de Justiça, um para cada estado e um no DF, além dos juízes de Direito.
Na Justiça Federal, há 5 (cinco) TRF's, criados com a CRFB/88. Antes disso, havia o TFR (Tribunal Federal de Recursos). Há também os juízes Federais.
A lei 5.010/66 trata da Justiça Federal de primeiro grau.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Destaca-se o art. 27, §6°, ADCT, que trouxe a disposição referente à existência de 5 (cinco) TRF's. Com base nisso, precisa-se de Emenda Constitucional para alterar o número de TRF's.
Art. 27 -O Superior Tribunal de Justiça será instalado sob a Presidência do Supremo Tribunal Federal.
[...]
§6° - Ficam criados cinco Tribunais Regionais Federais, a serem instalados no prazo de seis meses a contar da promulgação da Constituição, com a jurisdição e sede que lhes fixar o Tribunal Federal de Recursos, tendo em conta o número de processos e sua localização geográfica.
A Justiça Federal é dividida em cinco Regiões.
A 1- (primeira) Região é composta pelo Distrito Federal e mais 14 (catorze) estados. Compõe-se por todos os estados da Região Norte, além do Mato grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Maranhão e Piauí. A sede do TRF/1 se localiza em Brasília.
A 2- (segunda) Região é composta pelo Rio de Janeiro (sede) e Espírito Santo.
A 3- (terceira) Região é composta por São Paulo (sede) e Mato Grosso do Sul.
A 4- (quarta) Região é composta por estados do Sul do Brasil, que são Santa Catariana, Paraná e Rio Grande do Sul. A sede se localiza em Porto Alegre.
A 5- (quinta) Região é composta por todos os estados do Nordeste, menos a Bahia, Maranhão e Piauí. A sede do TRF/5 se localiza em Recife.
A EC 73/13 prevê a criação de quatro novos TRF's, que ainda não foram instalados.
As sedes serão localizadas em Curitiba (Paraná), Belo Horizonte (Minas Gerais), Salvador (Bahia) e Manaus (Amazonas).
A eficácia da referida emenda constitucional foi suspensa por uma Medida Cautelar, deferida pelo ministro Joaquim Barbosa, na ADI 5017.
A Justiça Federal é dividida em Seções Judiciárias (cada estado corresponde há uma seção).
Exemplo: No TRF/2- Região, há duas seções (Rio de Janeiro e Espírito Santo).
A seção judiciária é, ainda, dividida em subseções (existente em Macaé).
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Princípios Institucionais da Magistratura
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O quinto constitucional deve ser observado nos TRF's e nos Tribunais de Justiça, nos quais, um quinto de suas vagas será preenchido, alternadamente, por membros do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e advogados com notório saber jurídico e reputação ilibada, com mais de dez anos de atuação profissional.
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Justiça Especial
Justiça Eleitoral
Previsão no art. 118 e seguintes da CRFB/88.
A Justiça Eleitoral não possui um quadro próprio de juízes e se utiliza de juízes da Justiça Federal e Estadual, quem recebem adicional por tal função.
O mandato para desempenho de função eleitoral dura dois anos, permitida uma recondução.
O TSE é composto por sete ministros, sendo três oriundos do STF, dois oriundos do STJ e dois, da advocacia.
Os ministros oriundos da advocacia também exercem mandato de dois anos, e após esse período, não adquirem vitaliciedade.
Existem 27 (vinte e sete) TRE's, um por estado da federação e um no Distrito Federal.
O TRE é composto por sete juízes.
O juiz eleitoral é o juiz de Direito em exercício de função federal (Princípio da delegação). Sendo assim, é considerado funcionário público federal para fins penais.
Zona eleitoral é uma divisão administrativa da justiça eleitoral, ou seja, é a região geograficamente delimitada em cada estado e será administrada por um cartório eleitoral.
A Junta eleitoral é um órgão que tem atribuições referentes à apuração das eleições e a diplomação dos candidatos eleitos (art. 118, CRFB/88 e art. 40, Código Eleitoral). O presidente da Junta é o juiz eleitoral.
Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:
- o Tribunal Superior Eleitoral;
- os Tribunais Regionais Eleitorais;
- os Juízes Eleitorais;
- as Juntas Eleitorais.
Art. 40. Compete à Junta Eleitoral;
- apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleições realizadas nas zonas eleitorais sob
a sua jurisdição.
- resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos
da contagem e da apuração;
- expedir os boletins de apuração mencionados no Art. 178;
- expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.
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Parágrafo único. Nos municípios onde houver mais de uma junta eleitoral a expedição dos diplomas será feita pelo que for presidida pelo juiz eleitoral mais antigo, à qual as demais enviarão os documentos da eleição.
Justiça Militar
Previsão nos arts. 122 a 124, CRFB/88.
Art. 122. São órgãos da Justiça Militar:
- o Superior Tribunal Militar;
- os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei.
Art. 123. O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo três dentre oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais-generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e cinco dentre civis.
Parágrafo único. Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República dentre brasileiros maiores de trinta e cinco anos, sendo:
- três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional;
- dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da Justiça Militar.
Art. 124. à Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei.
Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça Militar.
O Superior Tribunal Militar é composto por quinze ministros, sendo cinco civis (três advogados e dois escolhidos, alternadamente, entre juízes auditores e membros do MPM). Os demais são escolhidos entre militares (três entre oficiais da aeronáutica, quatro entre oficiais do exército e três entre oficiais da Marinha).
O STM julga as apelações e os recursos das decisões de primeiro grau da Justiça Militar da União (art. 124, CRFB/88). Esse tribunal detém apenas competência criminal e não julga ações cíveis.
Observação: o STM foi o primeiro tribunal a ser criado no Brasil.
Tribunais Militares
Destaca-se o art. 122, II, CRFB/88.
Não existem ainda tribunais militares da União, apesar de haver previsão.
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As auditorias militares correspondem ao primeiro grau da Justiça Militar Federal (Lei 8.457/92 - organiza a Justiça Militar da União).
A Justiça Militar Estadual é criada por proposta do Tribunal de Justiça (art. 125, §3°, CRFB/88). Quando não há organização, quem atua é o juiz de direito, designado pelo Tribunal de Justiça.
ART. 125, §3° - A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. (Redação dada pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
As decisões do Tribunal de Justiça Militar são impugnadas por recurso ao STJ ou
ao STF.
3° horário
Regras da Justiça Militar Estadual:
A Justiça Militar Estadual somente julga membros da polícia militar e bombeiros pela prática de crime militar.
O cidadão civil nunca poderá ser julgado pela Justiça Militar Estadual.
Nesse sentido, a súmula n° 53 do STJ estabelece que compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar civil acusado de pratica de crime contra instituições militares estaduais.
A Justiça Militar estadual não julga crimes dolosos contra vida praticados * por militares contra civis. Essa competência é do Tribunal do Júri.
A Emenda Constitucional 45/2004 atribuiu competência cível para a Justiça Militar Estadual. Previsão no art. 125, §4°, CRFB/88.
Art. 125, §4° - Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. (Redação dada pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
Observação: A Justiça Militar Federal não possui competência cível.
Destaca-se o art. 125, §5°, CRFB/88.
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Art. 125 §5°: Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao conselho de justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares.
Justiça do Trabalho
Quando foi criada, a Justiça do Trabalho integrava o Poder Executivo e era vinculada ao Ministério do Trabalho.
O art. 111-A, CRFB/88 trata da organização da Justiça do Trabalho.
Art. 111-A - O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:
- um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;
- os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.
§ 1° A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho.
§ 2° Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho:
- a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira;
- o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.
O STF já decidiu que quando o cálculo do quinto resultar em uma dízima periódica (5,33333), deve-se arredondar para o primeiro numero inteiro acima. Logo, 6 Ministros.
Tribunais Regionais do Trabalho
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Aula 1
Princípios Institucionais da Magistratura
A redação original do art. 112 da Constituição de 1988 estabelecia que haveria "pelo menos um TRT em cada Estado e no Distrito Federal". Entretanto, a EC 45/2004 retirou esse comando da Constituição.
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aCUR50
ENFA5E
Hoje existem 24 TRT's. Destaca-se que quatro Estados não possuem TRT próprio (Acre, Tocantins, Amapá e Roraima). O Estado de São Paulo possui dois TRT's (um em Campinas e outro em São Paulo).
Juízes do Trabalho
Caso não haja órgão da Justiça do Trabalho na comarca, essa função poderá ser delegada ao juiz de direito. Nesse caso, eventual recurso interposto deve seguir para o respectivo TRT.
O STF entende que o artigo 114 da CRFB, com a redação dada pela EC 45, não atribuiu à Justiça do Trabalho jurisdição criminal.
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda Constitucionaln° 45, de 2004)
as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
as ações que envolvam exercício do direito de greve; (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
§ 1° - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2° Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as
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disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. (Redação dada pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
§ 3° Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. (Redação dada pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
Não são de competência da Justiça do Trabalho julgr causas instauradas entre o poder público e os servidores com relação de trabalho de caráter estatutário (seja ele permanente ou temporário).
Órgão Especial
Previsão no art. 93, XI, CRFB/88.
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; (Redação dada pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
Logo, só existe órgão especial nos tribunais com mais de 25 membros. Sua composição variará de 11 (mínimo) a 25 componentes (máximo).
Até a EC 45, o órgão especial era composto dos membros mais antigos do Tribunal. A partir dela, houve uma democratização na escolha (metade das vagas decorrerá da antiguidade e metade de eleição).
O órgão especial possui atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas pelo tribunal pleno.
O STF entendeu que o artigo 93, XI é uma norma constitucional auto- executável, bastante em si mesmo, que não depende de normatização futura.
Garantias da Magistratura
As garantias da Magistratura podem ser de duas ordens: i) garantias institucionais; ii) garantias funcionais.
Garantias Institucionais
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São garantias do Poder Judiciário. Asseguram a independência deste Poder frente aos demais Poderes.
Autonomia orgânico-administrativa do Poder Judiciário (art. 96, I, CRFB):
Art. 96. Compete privativamente:
- aos tribunais:
eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;
prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;
propor a criação de novas varas judiciárias;
prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei;
conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;
Corresponde à prerrogativa de autogoverno dos tribunais, que lhes permite eleger seus órgãos diretivos, criar seus regimentos internos, organizar sua estrutura administrativa interna, sem que haja interferência dos Poderes Executivo ou Legislativo.
Autonomia financeira do Poder Judiciário (art. 99 e 168, CRFB):
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.
§ 1° - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 2° - O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:
- no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais;
- no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.
§ 3° Se os órgãos referidos no § 2° não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1° deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
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§ 4° Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1°, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
§ 5° Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9°. Redação dada pela Emenda Constitucionaln° 45, de 2004).
A garantia de autonomia financeira existe para assegurar o exercício das atribuições do Poder Judiciário. Garante que o Poder Judiciário não dependa de outro Poder para resolver questões relacionadas às suas finanças.
Quem faz a elaboração das propostas orçamentárias?
No âmbito federal, essa atribuição cabe ao STF e aos Tribunais Superiores, com a aprovação dos Tribunais envolvidos. No âmbito estadual e distrital, aos Tribunais de Justiça. A proposta deve ser encaminhada pelo presidente do tribunal ao Poder Executivo respectivo, para que este, por sua vez, a encaminhe para a apreciação do Poder Legislativo (art. 99, § 2°, CRFB).
Caso eles não encaminhem a proposta, deve-se considerar o orçamento do exercício vigente (art. 99, §3°, CRFB).
É possível que o poder executivo faça correções em caso de excesso (art. 99, §4°, CRFB).
Observe que o artigo 98, §2° da CRFB, introduzido pela EC 45, determina que as custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades jurisdicionais.
Art. 98, §2° - As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas da Justiça. (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
Não se deve confundir essa situação com a dos depósitos judiciais. Observe:
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"(...) a transferência dos recursos depositados em juízo para a conta única do Tesouro Nacional em nada afeta a autonomia do Poder Judiciário, até porque esses valores não integram os recursos orçamentários de administração exclusiva desse Poder (art. 168 da CF). Enquanto não houver ordem judicial para levantamento (e a lei não opõe nenhum óbice à emissão dessa ordem), os valores terão a aplicação determinada em lei." (ADI 1.933, Rel. Min. Eros Grau, voto do Min. Ayres Britto, julgamento em 14-4-2010, Plenário, DJE de 3-9-2010.)
Observa-se ainda o que segue:
A autonomia financeira não se exaure na simples elaboração da proposta orçamentária, sendo consagrada, inclusive, na execução concreta do orçamento e na utilização das dotações postas em favor do Poder Judiciário. O diploma impugnado, ao restringir a execução orçamentária do Judiciário local, é formalmente inconstitucional, em razão da ausência de participação desse na elaboração do diploma legislativo. Ação direta de inconstitucionalidade julgada parcialmente procedente para declarar, com efeitos ex tunc, a inconstitucionalidade da expressão 'e Judiciário' contida nos arts. 1° e 6° da lei impugnada e para declarar a inconstitucionalidade parcial sem redução de texto dos demais dispositivos da Lei 14.506/2009 do Estado do Ceará, afastando do seu âmbito de incidência o Poder Judiciário." (ADI 4.426, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 9-2-2011, Plenário, DJE de 18-5-2011.) Vide: ADI 4.356, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 9-2-2011, Plenário, DJE de 12-5-2011.
Garantiu-se que o repasse seja feito através de Duodécimos, parcelas mensais que são entregues ao Judiciário até o dia 20 (vinte) de cada mês (art. 168, CRFB).
Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos 4suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9°. (Redação dada pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
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Observação: Caso não repassados, podem dar ensejo, em casos extremos, à intervenção federal.
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Assuntos tratados: 1° Horário.
S Garantias da Magistratura (continuação) / Garantias Funcionais / Prerrogativas do magistrado / Prerrogativas do magistrado / Direitos dos magistrados / Disciplina judiciária / Deveres do magistrado / Penalidades aplicáveis ao magistrado
2° Horário.
S Responsabilidade dos magistrados / Sistema de controle interno do Poder Judiciário
3° Horário.
S Ética e magistratura / Regime jurídico da magistratura nacional / Administração judicial, planejamento estratégico e modernização do Poder Judiciário / Questões de concurso / Principais artigos
1° horário
1. Garantias da Magistratura (continuação)
1.1. Garantias Funcionais
As garantias funcionais diferentemente das garantias institucionais não são garantias do Poder Judiciário. Elas são garantias dos juízes e asseguram que o magistrado possa decidir com imparcialidade e independência. Elas indiretamente beneficiam a sociedade porque asseguram o bom desempenho da função institucional.
Dentre as garantias funcionais há: garantia funcional de independência e garantia funcional de imparcialidade do magistrado.
Garantia funcional de independência
A garantia funcional de independência possui previsão no art. 95, I, II e III da
CRFB.
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
 - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
- inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
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- irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4°, 150, II, 153, III, e 153, § 2°, I.
A garantia funcional de independência se firma sobre o tripé da vitaliciedade, inamovibilidade, irredutibilidade de subsídio. Eles correspondem aos predicativos da magistratura.
A vitaliciedade garante que o magistrado somente perderá o cargo em razão de sentença judicial transitada em julgado. O juiz de primeiro grau somente a adquire após dois anos do exercício do cargo.
No tribunal, há duas categorias de desembargadores: os juízes de carreira oriundos do primeiro grau (já possuem vitaliciedade) e aqueles que alcançam o tribunal através de escolha do MP ou OAB (a vitaliciedade é adquirida pela posse).
Para composição do quadro da Justiça Eleitoral, os advogados que atuam como desembargadores ou Ministros irão exercer mandado de dois anos. Eles não adquirem a vitaliciedade.
A vitaliciedade foi estabelecida aos membros do Ministério Público e também para os membros dos Tribunais de Contas.
Vitaliciedade difere-se da estabilidade.
	Vitaliciedade
	Estabilidade
	Refere-se ao Poder Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas.
	Volta-se aos servidores públicos titulares de cargo de provimento efetivo.
	Adquirida após dois anos de efetivo exercício.
	Adquirida após três anos do exercício da função (estágio probatório).
	Somente haverá perda do cargo através de sentença judicial com trânsito em julgado.
	Art. 41, §1° e art. 169, §4° da CRFB.
(sentença judicial, processo administrativo, insuficiência de desempenho e excesso de despesa).
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1° O servidor público estável só perderá o cargo:
- em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
- mediante processo administrativo em que lhe sejaassegurada ampla defesa;
- mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
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Art. 169, [...] § 4° Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.
A garantia da vitaliciedade visa proteger o magistrado de situações de perseguições.
A inamovibilidade garante que o magistrado somente será removido com sua concordância. A medida se destina a evitar que os juízes sejam pressionados a decidir em determinado sentido.
Os demais servidores públicos podem ser removidos em razão de conveniência e oportunidade.
A inamovibilidade possui exceção, remoção por interesse público, após a concordância da maioria absoluta do tribunal que integra ou CNJ, consoante previsão do art. 93, VIII da CRFB.
Art. 93, [...] VIII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;
A irredutibilidade de subsídio é meramente nominal ou jurídica. Significa que o Judiciário não tem direito a reajuste em razão de perdas inflacionárias.
Garantia funcional de imparcialidade
A garantia funcional de imparcialidade está prevista no art. 95, parágrafo único da CRFB.
Art. 95, [...] Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
- exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
- receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
- dedicar-se à atividade político-partidária.
- receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
- exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
As garantias de imparcialidade objetivam salvaguardar a imparcialidade do magistrado.
O art. 36 da LOMAM (LC 35/79) traz outras vedações.
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Art. 36 - É vedado ao magistrado:
- exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, inclusive de economia mista, exceto como acionista ou quotista;
- exercer cargo de direção ou técnico de sociedade civil, associação ou fundação, de qualquer natureza ou finalidade, salvo de associação de classe, e sem remuneração;
- manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças, de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos e em obras técnicas ou no exercício do magistério.
Prerrogativas do magistrado
As prerrogativas do magistrado são aquelas previstas no art. 33 da LOMAN.
Art. 33 - São prerrogativas do magistrado:
- ser ouvido como testemunha em dia, hora e local previamente ajustados com a autoridade ou Juiz de instância igual ou inferior;
- não ser preso senão por ordem escrita do Tribunal ou do órgão especial competente para o julgamento, salvo em flagrante de crime inafiançável, caso em que a autoridade fará imediata comunicação e apresentação do magistrado ao Presidente do Tribunal a que esteja vinculado (vetado);
- ser recolhido a prisão especial, ou a sala especial de Estado-Maior, por ordem e à disposição do Tribunal ou do órgão especial competente, quando sujeito a prisão antes do julgamento final;
- não estar sujeito a notificação ou a intimação para comparecimento, salvo se expedida por autoridade judicial;
- portar arma de defesa pessoal.
Parágrafo único - Quando, no curso de investigação, houver indício da prática de crime por parte do magistrado, a autoridade policial, civil ou militar, remeterá os respectivos autos ao Tribunal ou órgão especial competente para o julgamento, a fim de que prossiga na investigação.
As garantias são diferentes das prerrogativas e dos direitos dos magistrados.
Direitos dos magistrados
Entre os principais direitos dos magistrados estão as férias de 60 (sessenta) dias, que não podem ser fracionadas em período inferior a 30 (trinta) dias, salvo por necessidade do serviço, segundo art. 66 da LOMAN.
Art. 66 - Os magistrados terão direito a férias anuais, por sessenta dias, coletivas ou individuais.
§ 1° - Os membros dos Tribunais, salvo os dos Tribunais Regionais do Trabalho, que terão férias individuais, gozarão de férias coletivas, nos períodos de 2 a 31 de
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janeiro e de 2 a 31 de julho. Os Juízes de primeiro grau gozarão de férias coletivas ou individuais, conforme dispuser a lei.
§ 2° - Os Tribunais iniciarão e encerrarão seus trabalhos, respectivamente, nos primeiro e último dias úteis de cada período, com a realização de sessão.
A licença saúde e licença gestante possuem previsão no art. 69 ad LOMAN.
Art. 69 - Conceder-se-á licença:
- para tratamento de saúde;
- por motivo de doença em pessoa da família;
- para repouso à gestante;
- (Vetado.)
As concessões, por sua vez, são situações em que, apesar de afastado de suas funções, o magistrado recebe seu subsídio normalmente, nos termos do art. 72 da LOMAN.
Art. 72 - Sem prejuízo do vencimento, remuneração ou de qualquer direito ou vantagem legal, o magistrado poderá afastar-se de suas funções até oito dias consecutivos por motivo de:
- casamento;
- falecimento de cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Disciplina judiciária
A disciplina judiciária está num título específico da LOMAN. Esse título está dividido em quatro capítulos: i) "Dos deveres do magistrado", ii) "Das penalidades", iii) "Da responsabilidade civil do magistrado", iv) "Conselho nacional da magistratura".
O princípio da disciplina judiciária se refere a obediência ao precedente e é diferente da disciplina judiciária da LOMAN.
Deveres do magistrado
Os deveres do magistrado estão previstos no art. 35 da LOMAN.
Art. 35 - São deveres do magistrado:
- Cumprir e fazer cumprir, com independência, serenidade e exatidão, as disposições legais e os atos de ofício;
- não exceder injustificadamente os prazos para sentenciar ou despachar;
- determinar as providências necessárias para que os atos processuais se realizem nos prazos legais;
- tratar com urbanidade as partes, os membros do Ministério Público, os advogados, as testemunhas, os funcionários e auxiliares da Justiça, e atender aos que o procurarem, a qualquer momento, quanto se trate de providência que reclame e possibilite solução de urgência.
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- residir na sede da Comarca salvo autorização do órgão disciplinar a que estiver subordinado;
- comparecer pontualmente à hora de iniciar-se o expediente ou a sessão, e não se ausentar injustificadamente antes de seu término;
VII- exercer assídua fiscalização sobre os subordinados, especialmente no que se refere à cobrança de custas e emolumentos, embora não haja reclamação das partes;
VIII - manter conduta irrepreensível navida pública e particular.
A resolução do CNJ n° 135/11 estabelece o procedimento a ser seguido para apuração de falta grave cometida por magistrado.
Há previsão de outros deveres destinados aos magistrados em outros dispositivos e diplomas legais. Exemplo: Dever dos juízes de fundamentar as decisões (art. 93, IX da CRFB), dever de prestar informações aos tribunais superiores (art. 39 da LOMAN), dever de o magistrado estabelecer o tratamento igualitário (art. 125, I do CPC), promover rápida solução do litígio e observar razoável duração do processo (art. 5°, LXXVIII e art. 125, II do CPC), tentar conciliar as partes, a qualquer tempo (art. 125, III do CPC).
Art. 93, [...] IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
Art. 39 - Os juízes remeterão, até o dia dez de cada mês, ao órgão corregedor competente de segunda instância, informação a respeito dos feitos em seu poder, cujos prazos para despacho ou decisão hajam sido excedidos, bem como indicação do número de sentenças proferidas no mês anterior.
Art. 125. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, competindo-lhe:
I - assegurar às partes igualdade de tratamento;
Art. 5°, [...] LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
Art. 125, [...] III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da Justiça;
- tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes.
Penalidades aplicáveis ao magistrado
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A LOMAN estabeleceu um sistema punitivo aplicável tanto a magistratura estadual e federal.
O magistrado não poderá ser punido ou prejudicado pelas opiniões que prestar ou decisões que proferir, salvo situações de impropriedade ou excesso de linguagem, conforme art. 41 da LOMAN.
Art. 41 - Salvo os casos de impropriedade ou excesso de linguagem o magistrado não pode ser punido ou prejudicado pelas opiniões que manifestar ou pelo teor das decisões que proferir.
O art. 42 da LOMAN traz o rol das penalidades disciplinares.
Art. 42 - São penas disciplinares:
- advertência;
- censura;
- remoção compulsória;
- disponibilidade com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço;
- aposentadoria compulsória com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço;
- demissão.
Parágrafo único - As penas de advertência e de censura somente são aplicáveis aos Juízes de primeira instância.
A advertência será aplicada por escrito no caso de negligência no cumprimento das funções, consoante art. 43 da LOMAN.
Art. 43 - A pena de advertência aplicar-se-á reservadamente, por escrito, no caso de negligência no cumprimento dos deveres do cargo.
A censura é mais grave e se aplica nos casos de negligência ou na adoção de procedimento incorreto do juiz (art. 44 da LOMAN).
Art. 44 - A pena de censura será aplicada reservadamente, por escrito, no caso de reiterada negligência no cumprimento dos deveres do cargo, ou no de procedimento incorreto, se a infração não justificar punição mais grave.
Parágrafo único - O Juiz punido com a pena de censura não poderá figurar em lista de promoção por merecimento pelo prazo de um ano, contado da imposição da pena.
A consequência da censura será o impedimento que o juiz punido figure na lista de promoção por merecimento pelo prazo de um ano, a contar da imposição da pena.
Remoção compulsória é a retirada do juiz da vara em que exercia as atribuições. Assim, ele irá escolher uma entre as varas vagas. Muitos criticam essa penalidade, pois os jurisdicionados e servidores da nova vara seriam punidos em razão de sua presença.
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
A disponibilidade do art. 42 se refere ao afastamento temporário das funções, com recebimento proporcional ao tempo de serviço. O art. 57 da LOMAN trata dessa penalidade.
Art. 57 - O Conselho Nacional da Magistratura poderá determinar a disponibilidade de magistrado, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço, no caso em que a gravidade das faltas a que se reporta o artigo anterior não justifique a decretação da aposentadoria.
§ 1° - O magistrado, posto em disponibilidade por determinação do Conselho, somente poderá pleitear o seu aproveitamento, decorridos dois anos do afastamento.
§ 2° - O pedido, devidamente instruído e justificado, acompanhado de parecer do Tribunal competente, ou de seu órgão especial, será apreciado pelo Conselho Nacional da Magistratura após parecer do Procurador-Geral da República. Deferido o pedido, o aproveitamento far-se-á a critério do Tribunal ou seu órgão especial.
§ 3° - Na Hipótese deste artigo, o tempo de disponibilidade não será computado, senão para efeito de aposentadoria.
§ 4° - O aproveitamento de magistrado, posto em disponibilidade nos termos do item IV do art. 42 e do item Il do art. 45, observará as normas dos parágrafos deste artigo.
2° horário
O art. 57, caput da LOMAN faz referência ao artigo anterior, quando a gravidade das faltas não justificar a aplicação da penalidade da aposentadoria compulsória.
Art. 56 - O Conselho Nacional da Magistratura poderá determinar a aposentadoria, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço, do magistrado:
- manifestadamente negligente no cumprimento dos deveres do cargo;
- de procedimento incompatível com a dignidade, a honra e o decoro de suas funções;
- de escassa ou insuficiente capacidade de trabalho, ou cujo proceder funcional seja incompatível com o bom desempenho das atividades do Poder Judiciário.
Tratando da disponibilidade, o art. 57, §1° da LOMAN dispõe que o magistrado deve aguardar 2 (dois) anos para pleitear seu aproveitamento.
A ANAMAGES ajuizou a ADPF n° 254 contra o art. 57. A Associação diz que o dispositivo não foi suficientemente regulamentado por lei, sob pena de desobediência ao princípio da reserva legal. Assim, não existe especificação maior dos
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comportamentos que ensejam sua aplicação e a falta de fixação do prazo máximo de disponibilidade acaba por equipará-la em aposentadoria.
Transcorrido os dois anos, o juiz deveria ser reaproveitado. Em nome do princípio da reserva legal e pelo princípio da vedação da pena perpétua.
O quórum para remoção, disponibilidade e aposentadoria compulsória está no art. 93, VIII da CRFB.
Art. 93, [...] VIII o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004)
Note-se que o quórum do art. 45 da LOMAN, não foi recepcionado pela CRFB e perdeu sua aplicabilidade.
Art. 45 - O Tribunal ou seu órgão especial poderá determinar, por motivo de interesse público, em escrutínio secreto e pelo voto de dois terços de seus membros efetivos:
- a remoção de Juiz de instância inferior;
- a disponibilidade de membro do próprio Tribunal ou de Juiz de instância inferior, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço.
A disponibilidade só pode ser aplicada para o juizvitalício. A demissão do juiz não vitalício depende de sentença judicial.
Responsabilidade dos magistrados
A responsabilidade do magistrado é diferente da responsabilidade do Estado pelos atos praticados no âmbito do Poder Judiciário.
Com relação à responsabilidade estatal, há distinção dos atos judiciários dos atos jurisdicionais. Os atos judiciários são atos administrativos praticados no âmbito do poder judiciário e recebem o mesmo tratamento dos demais atos administrativos.
Os atos jurisdicionais são praticados pelos magistrados no exercício da função típica jurisdicional. A princípio, não acarretam a responsabilidade do Estado, em razão do princípio da soberania do Estado e o princípio da recorribilidade dos atos jurisdicionais.
Todavia, o art. 133 do CPC (mesma redação do art. 49 da LOMAN) estabelece situações excepcionais em que o juiz responderá pelos atos que praticar dolosamente.
Art. 49 - Responderá por perdas e danos o magistrado, quando:
I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude;
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Il - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar o ofício, ou a requerimento das partes.
Parágrafo único - Reputar-se-ão verificadas as hipóteses previstas no inciso II somente depois que a parte, por intermédio do Escrivão, requerer ao magistrado que determine a providência, e este não lhe atender o pedido dentro de dez dias.
Nesse caso, a responsabilidade é individual do juiz, cabendo-lhe o dever de reparar os danos que causar. Como o juiz é agente do Estado, a ação pode ser proposta contra a pessoa federativa, que poderá ser condenada comprovando o dolo na conduta judicial, assegurando-se o direito de regresso do ente contra o juiz.
Para o STJ, a ação para responsabilização pode ser interposta em face do juiz ou em face do Estado. Contudo, não se aplica a responsabilidade objetiva, deve provar que o juiz agiu com dolo.
O STF, a seu turno, entende que a ação deve ser proposta sempre contra o Estado. O agente teria direito de ser processado após a ação contra o Estado.
Além do disposto no CPC e na Lei de improbidade administrativa prevê sanções como multa, ressarcimento, perda da função pública e suspensão dos direitos políticos.
O art. 630 do CPP traz uma hipótese de responsabilização do Estado em caso de erro judiciário.
Art. 630. O tribunal, se o interessado o requerer, poderá reconhecer o direito a uma justa indenização pelos prejuízos sofridos.
§ 1o Por essa indenização, que será liquidada no juízo cível, responderá a União, se a condenação tiver sido proferida pela justiça do Distrito Federal ou de Território, ou o Estado, se o tiver sido pela respectiva justiça.
§ 2o A indenização não será devida:
se o erro ou a injustiça da condenação proceder de ato ou falta imputável ao próprio impetrante, como a confissão ou a ocultação de prova em seu poder;
se a acusação houver sido meramente privada.
Não existe especificidade no que toca à responsabilidade criminal dos juízes. A responsabilização se dará a partir da prática da prática de crime ou contravenção. Os crimes mais comuns estão previstos nos art. 312 a 327 do CP, exemplo, corrupção e concussão.
O indivíduo condenado pela prática de um desses crimes pode ter contra si a pena de perda da função pública, art. 92, I do CP. Além disso, incide o foro por prerrogativa de função para os magistrados.
Art. 92 - São também efeitos da condenação:
I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo:
As responsabilidades são independentes na esfera administrativa, civil e penal.
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Sistema de controle interno do Poder Judiciário
É o sistema que irá investigar a necessidade de responsabilização administrativa do juiz. O sistema tem entre seus órgãos a Corregedoria e o CNJ. Eles irão investigar os atos impróprios do Poder Judiciário, ou seja, aqueles que não são jurisdicionais, nem normativos. Somente atos administrativos.
A LOMAN traz exceção no art. 41, nos casos de impropriedade e excesso de linguagem.
Órgãos de controle interno do Judiciário: Corregedorias dos tribunais, Ouvidorias dos tribunais e Conselho Nacional de Justiça.
A Corregedoria é o órgão do Poder Judiciário encarregado de orientar e fiscalizar serviços judiciários, além de investigar e punir infrações cometidas por magistrados e serventuários. Ela irá examinar se o juiz está cumprindo os deveres previstos no CPC, LOMAN e Código de ética e demais diplomas normativos.
A atuação da Corregedoria se dá através de dois mecanismos básicos: correições e inspeções.
Correição é mecanismo criado para promover a adequada prestação do serviço público jurisdicional. Através dela será verificado o cumprimento dos prazos, adequação dos procedimentos, número de processos, número de audiências. Após o término a Corregedoria pode expedir diversas recomendações.
As correições podem ser: a) ordinárias: realizadas em determinado ciclo ou período, b) extraordinária: decorre de situação específica que seja apurada extemporaneamente.
Outra classificação divide em: a) Correições gerais: realizada em todas as varas,
parcial: realizada em algumas varas.
A inspeção é mecanismo de fiscalização que irá verificar apenas questão pontual em determinada vara.
Em qualquer dos casos, na correição ou inspeção, se a corregedoria apurar falta funcional por parte do juiz. A falta deve ser verificada por sindicância ou processo administrativo disciplinar.
As ouvidorias são órgãos criados para receber reclamações e denúncias contra membros do poder judiciário.
Cada tribunal deve ter ouvidoria própria. O CNJ também possui ouvidoria.
O art. 103-B, §7° da CRFB trata da criação das ouvidorias de justiça.
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Art. 103, [...] § 7° A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios, criará ouvidorias de justiça, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional de Justiça.
3° horário
Ética e magistratura
O Código de Ética da Magistratura Nacional decorre da ideia de que o magistrado deve atuar de forma ética no desempenho de sua função jurisdicional.
Além de tratar de questões voltadas para a ética do trabalho, também traz questões voltadas a vida privada.
Os princípios de conduta judicial de Bangalore de conduta judicial foram elaborados em 2001 em uma reunião realizada na Índia e aprovados em 2002 em Haia. Eles correspondem a código de ética de âmbito global.
Eles visam fortalecer a ideia de ética, como a necessidade de fortalecimento da integridade judicial e da autoridade moral dos magistrados.
independência
A independência irá se relacionar intensamente a estabilidade e independência financeira no atuar do juiz, para que não sofra influências indevidas dos grupos de pressão.
imparcialidade
Não basta que o juiz seja imparcial, ele deve observar parecer imparcial diante as partes.
integridade.
Relaciona-se a ideia de virtude, significa que deve atuar com moralidade e honestidade. A atuação do juiz deve ser acima de qualquer reprimenda.
Isso deve ser observado em sua vida pública e particular.
idoneidade
Observa o comportamento pessoal e profissional do juiz. Prevalece o que pensam o que o juiz faz ou pode fazer.
O princípio diz que o juiz deve tomar cuidado com contatos inapropriados que levam a crer que está beneficiando umaparte.
igualdade
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ENI^SE
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Destaca a necessidade de se conferir tratamento igual a todos perante o poder judiciário. Relacionado a vedação de tratamento discriminatório a grupos vulneráveis.
O juiz deve ser compreensivo quanto à diversidade cultural e da sociedade.
competência e diligência
A competência e a diligência se referem ao ofício judicante.
A competência significa que o juiz deve ter conhecimento legal. O princípio da diligência é o cuidado no exame no processo. Ambos são complementares.
Esses princípios subsidiaram quando se elaborou o Código ibero-americano de ética judicial que foi criado pela cúpula ibero-americana, para reger a conduta dos juízes nesses países.
Regime jurídico da magistratura nacional
A carreira de juiz federal é formada inicialmente por juiz federal substituto, juiz federal (titular) e desembargador federal.
Em cada vara há a atuação de juiz federal substituto e titular.
O provimento de cargos pode ser originário ou derivado.
O provimento originário do cargo é aquele relativo ao indivíduo que não estava no quadro da carreira. No primeiro grau, se dá por concurso e no tribunal se dá para aqueles membros escolhidos pelo quinto constitucional.
O art. 96, I, c da CRFB combinado com o art. 78 da LOMAN diz que o candidato aprovado em concurso será nomeado pelo presidente do tribunal que deve obedecer a ordem de classificação.
Art. 96. Compete privativamente:
I - aos tribunais: [...]
prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;
Art. 78 - O ingresso na Magistratura de carreira dar-se-á mediante nomeação, após concurso público de provas e títulos, organizado e realizado com a participação do Conselho Secional da Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 1° - A lei pode exigir dos candidatos, para a inscrição no concurso, título de habilitação em curso oficial de preparação para a Magistratura.
§ 2° - Os candidatos serão submetidos a investigação relativa aos aspectos moral e social, e a exame de sanidade física e mental, conforme dispuser a lei.
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§ 3° - Serão indicados para nomeação, pela ordem de classificação, candidatos em número correspondente às vagas, mais dois, para cada vaga, sempre que possível.
A posse ocorre com a aceitação do candidato consubstanciada no compromisso de executar as atribuições do cargo.
O cargo será provido e a investidura se refere ao candidato.
O provimento derivado, por sua vez, é aquele que já integrava a carreira. Ele pode ser horizontal ou vertical.
Será horizontal porque continua a ocupar o mesmo cargo. Exemplo: juíza substituta da 1- Vara Federal de Itaboraí passa a ser juíza substituta do 1° Juizado Especial Federal da Capital.
Há duas modalidades de provimento derivado horizontal: remoção e permuta.
A remoção é a situação em que há o provimento de cargo vago. Já a permuta é modalidade especial da remoção através de ajustes recíprocos entre pessoas que ocupam aquele cargo entre juízes de mesma categoria.
A remoção e a permuta serão reguladas pela Resolução n° 32/2007 do CNJ.
O provimento derivado vertical o juiz passa a ocupar cargo diverso dentro da mesma carreira. Exemplo1: juiz substituto é promovido a juiz titular (promoção). Exemplo2: juiz titular passa a desembargador (acesso).
Os critérios da antiguidade e merecimento serão adotados alternativamente.
A Resolução n° 106/2010 do CNJ irá regulamentar os critérios adotados para a aferição do merecimento dos magistrados para fins de promoção e acesso.
O art. 93, II, e da CRFB dispõe que a retenção indevida de autos impede a promoção do magistrado.
Art. 93, [...] II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento, atendidas as seguintes normas: [...] e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;
O art. 93, II e III da CRFB trazem os critérios de promoção e acesso.
Abrindo vaga para juiz titular será provido por antiguidade ou merecimento alternadamente.
O art. 93, II, d da CRFB diz que o candidato mais antigo pode ser recusado, desde que com voto fundamentado de dois terços dos membros do tribunal. Assegurada a ampla defesa.
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Art. 93, [...] II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento, atendidas as seguintes normas: [...]
na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;
Se o juiz figura três vezes consecutivas ou cinco vezes alternadas na lista do merecimento, ele deve ser promovido (art. 93, II, a da CRFB).
Art. 93, [...] II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento, atendidas as seguintes normas: [...]
é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento;
O STF entendeu que a promoção é obrigatória ainda que o juiz não seja o mais antigo, após aparecer três vezes consecutivas ou cinco alternadas, no MS n° 30585. Deve ser dada interpretação sistemática ao art. 93, II e III da CRFB.
STF MS n° 30.585
MANDADO DE SEGURANÇA. PROMOÇÃO DE JUIZ FEDERAL PELO CRITÉRIO DE MERECIMENTO PARA O TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL. AMPLA DISCRICIONARIEDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA FUNDADA EM INTERPRETAÇÃO LITERAL DO ART. 107 DA CF. INADMISSIBILIDADE. VINCULAÇÃO DA ESCOLHA PRESIDENCIAL AO NOME QUE FIGURE EM LISTA TRÍPLICA POR TRÊS VEZES CONSECUTIVAS OU CINCO ALTERNADAS. EXIGIBILIDADE. NECESSIDADE DE EXEGESE SISTEMÁTICA DAS NORMAS GERAIS APLICÁVEIS À MAGISTRATURA NACIONAL. INCIDÊNCIA DO ART. 93, II, A, NA ESPÉCIE. ALTERAÇÃO INTRODUZIDA PELA EC 45/2004 NO INCISO III DO MENCIONADO DISPOSITIVO QUE NÃO ALTERA TAL ENTENDIMENTO. ORDEM CONCEDIDA, PREJUDICADO O AGRAVO REGIMENTAL. I - O art. 107 não abriga qualquer regra, seja genérica, seja específica, que implique o afastamento ou a impossibilidade de aplicação do que se contém no art. 93, II, a, da Carta Magna no tocante à promoção de juízes federais para a segunda instância. II - Nada existe, na redação do referido art. 107, que diga respeito a requisitos a serem observados pelo Chefe do Executivo na escolha de juiz, integrante de lista tríplice, para compor o Tribunal Regional Federal, pelo critério do merecimento. III - Não há nele nenhuma referência quanto à formação de lista tríplice pelos Tribunais Regionais, silêncio esse revelador de lacuna cuja superação só pode se dar mediante uma exegese sistemática das normas que regem toda a magistratura nacional. IV - Não basta, para a solução da questão, que se proceda a uma exegese meramente literal do art. 107 da CF, passando ao largo de uma interpretação holística do texto constitucional, porquanto tal proceder levaria à falaciosa conclusão de que a própria exigência de formação da lista tríplice para promoção de juízes, por \ merecimento, teria sido extinta pelo que se contém no referido dispositivo. V - Sustentar o contrário, com fulcro no argumento de que a EC 45/2004 suprimiu a
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