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Administração Financeira e Orçamentária Andersson Ferreira 2018

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AFO + LRF _ Prof. Anderson Ferreira - PDF 
 anderson_afo M Anderson Ferreira 1 
 
1 - INTRODUÇÃO 
 
Orçamento Público: conceito 
 
A definição de ―orçamento‖ não é consensual entre as opiniões dos estudiosos da matéria. Não se 
chegou ainda a um conceito que fosse livre de crítica e aceito pacificamente pela maioria dos 
doutrinadores. Em sentido lato sensu, o conceito que melhor se adéqua à bibliografia das principais bancas 
de concurso público é: 
 
Orçamento: é um instrumento de intervenção planejada do Estado para expressar, por um período de 
tempo, sua política de trabalho e plano de governo, contendo autorização legislativa para a arrecadação das 
receitas e realização das despesas. Segundo a CF/88, o orçamento é materializado em três instrumentos de 
planejamento: O Plano Plurianual – PPA (estratégico), a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO (tático) e 
a Lei Orçamentária Anual – LOA (operacional). 
 
Em sentido stricto sensu, a Secretaria do Tesouro Nacional – STN conceitua o orçamento público 
como sendo a ―Lei de iniciativa do Poder Executivo que estima a receita e fixa a despesa da administração pública. É 
elaborada em um exercício para depois de aprovada pelo Poder Legislativo, vigorar no exercício seguinte‖. Ou seja, em 
sentido stricto sensu a expressão ―orçamento público‖ se refere à própria LOA. 
 
Tecnicamente, orçamento pode ser entendido como dotação, que é parte do crédito consignado na 
lei de orçamento ou em crédito adicional, para atender determinada despesa. 
 
1. (CESPE/TCE-PA/AFCE-Contabilidade/2016) Considerando-se a definição dos termos crédito 
e recurso no contexto da técnica orçamentária, é correto afirmar que a execução financeira trata da 
utilização dos créditos consignados na LOA. 
 
2. (CESPE/ABIN/Agente Téc./cargo18/2010) No âmbito da execução orçamentária, o termo 
crédito não se confunde com o conceito de recurso. 
 
3. (CESPE/CNJ/Analista-Cargo2/2013) O orçamento é um plano em que se expressa, em termos 
de dinheiro, para um período de tempo definido, o programa de operações do governo e os meios 
de financiamento desse programa. 
Gabarito: 1-E; 2-C; 3-C. 
2 – O ORÇAMENTO PROGRAMA NO BRASIL 
 
2.1 – Evolução dos modelos/tipos orçamentários 
 
Os orçamentos públicos podem ser analisados sob diversos aspectos: político, econômico, social, 
administrativo, jurídico, etc. A evolução do Estado, da sociedade e a variação de suas necessidades fazem 
com que um novo modelo de orçamento seja descoberto naquele momento. A seguir, os principais tipos e 
técnicas de orçamentos existentes na história. 
 
A) Orçamento Tradicional ou Clássico 
 
O orçamento tradicional surgiu na Inglaterra, em 1822, juntamente com o Estado Liberal, 
preocupado em manter o equilíbrio financeiro e evitar, ao máximo, o aumento dos gastos públicos. Foi 
instituído com a finalidade de possibilitar aos órgãos de representação um controle político sobre os 
gastos administrados pelo Poder Executivo. Porém, esse controle tinha como foco a ―honestidade‖ do 
gestor fiscal e não a eficiência, eficácia e efetividade do gasto público. No orçamento tradicional, os 
aspectos econômico, social, contábil, administrativo e jurídico tinham papel secundário. Os diversos 
órgãos e entidades da Administração Pública eram contemplados com recursos suficientes para o 
pagamento de pessoal e aquisição de material de consumo e permanente para um exercício financeiro. O 
principal critério para distribuição de recursos era o montante de gastos do exercício anterior, não levando 
em conta necessidades futuras. 
Andréia
Texto
execução financeira=recurso
Andréia
Marcador de texto
AFO + LRF _ Prof. Anderson Ferreira - PDF 
 anderson_afo M Anderson Ferreira 2 
 
No modelo tradicional, o foco era no objeto (meio/coisa) e não no objetivo (fim/realização) 
das funções governamentais. O controle político da execução orçamentária limitava-se a verificação da 
honestidade do agente público e da conferência quântica ou numérica dos valores, sendo por isso 
conhecido como orçamento de ―mera peça contábil‖. Hoje, o aspecto contábil ainda é considerado 
(normas contábeis, balanços, etc), mas o orçamento evoluiu como instrumento de planejamento e, com 
isso, deixou de ser apenas uma peça contábil. 
 
No Brasil, a Constituição Imperial de 1824 continha as primeiras exigências para adoção de 
orçamentos formais por parte das instituições imperiais. No entanto, em virtude de dificuldades de 
comunicação e certos conflitos com normas legais da época, os orçamentos públicos não puderam ser 
adotados nos primeiros anos. 
 
 
A banca responsável pela elaboração da sua prova, para tentar confundi-lo, vai misturar as 
características de um tipo orçamentário com as de outro. Exemplo: mencionará as 
características do orçamento tradicional como sendo as do orçamento-programa. Cuidado 
com as inversões de conceitos! 
 
Características do orçamento tradicional: 
 Neutralidade Estatal (laissez-faire = deixar fazer/acontecer naturalmente) 
 Dissociado de um planejamento (orçamento desvinculado do plano de governo) 
 Foco no objeto, ficando o objetivo (finalidade) para o segundo plano. 
 Voltado para aspectos contábeis/numéricos/quantitativos (mera peça contábil) 
 
B) Orçamento de Desempenho ou de Realizações (ou ainda Orçamento Funcional) 
 
Saber com o que o Governo gastava era importante, contudo, mais ainda era saber a serventia dos 
gastos. Dessa forma, houve a evolução para o orçamento de desempenho ou de realizações. 
 
O orçamento de desempenho consiste numa das primeiras modalidades de orçamentação moderna 
(comparado ao orçamento tradicional), posteriormente identificado como a expressão inicial do que 
viria a ser chamado de orçamento-programa(embora, pela falta de vínculo ao planejamento, não possa 
ser considerado ainda o orçamento programa). 
 
Constitui um processo orçamentário inovador, em relação ao orçamento tradicional, por incluir, 
além da explicitação dos itens de gasto de cada unidade, uma dimensão programática, ou seja, a 
explicitação do programa de trabalho (programa e suas ações) que deve ser realizado com os recursos 
que estão sendo destinados à unidade. 
 
No orçamento de desempenho, a ênfase passa a ser a busca da eficiência e de economia nas 
repartições públicas e não a adequação dos seus produtos às necessidades coletivas.Porém, não 
existia a vinculação dos orçamentos anuais com um sistema de planejamento, que resultasse na 
consecução dos objetivos governamentais ao longo do tempo. 
 
Para sua prova, leve as seguintes características: 
 Foco no resultado (função) dos gastos; 
 Busca pela definição dos propósitos e objetivos; 
 Desvinculado de um planejamento. 
 
 
Apesar de ter sido um passo importante em direção à racionalidade orçamentária, entende-se que o 
Orçamento de Desempenho não deve ser classificado como orçamento programa, pois lhe falta a 
principal característica do orçamento programa: vinculação a um instrumento central de 
planejamento das ações do governo. Embora o orçamento programa tenha seu marco legal 
(introdução) em 1964, com a Lei 4.320/64e com o Decreto Lei nº 200 de 1967, seu marco gerencial 
(efetividade) só foi a partir da reforma orçamentária,entre 1998 e 2000, com o Decreto nº 2.829/98, Lei do 
AFO + LRF _ Prof. Anderson Ferreira - PDF 
 anderson_afo M Anderson Ferreira 3 
 
PPA 2000-2003, Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) e demais normas que orientaram a reforma. Logo, 
é majoritárioentre os autores que o Brasil tenha ―experimentado‖ o Orçamento de Desempenho (ou 
Funcional) neste período (1964-2000) como uma forma de preparação para a efetividade do Orçamento 
Programa. Nesse meio tempo, a CF/88 contribuiu nesse processo, em especial, com a criação do PPA e 
LDO. 
 
C) Orçamento Programa (ou Moderno) 
 
O orçamento programa (também chamado de moderno) foi introduzido no Brasil por meio da 
Lei nº 4.320/64 e do Decreto-Lei nº 200/67. Embora sua efetividade tenha ocorrido apenas a partir de 
1998, a Constituição Federal de 1988 contribuiu para a sua implantação. A CF/88 criou os instrumentos 
do PPA e da LDO, integrando-os à LOA. Sua adoção também está associada ao modelo de Estado 
intervencionista desde o século XIX. 
 
Consiste em um método de orçamentação por meio do qual as despesas públicas são fixadas a 
partir da previsão das receitas e da identificação das necessidades públicas. Essas necessidades (despesas) 
são realizadas por meio de ações do governo (gastos planejados em projetos, atividades ou operações 
especiais). As ações são postas dentro de um programa (campo em que se desenvolvem ações homogêneas 
que visam ao mesmo resultado/objetivo). 
 
O programa surgiu como o módulo comum integrador entre o plano e o orçamento. Em termos 
de estruturação, o plano termina no programa e o orçamento começa no programa, o que confere a esses 
instrumentos uma integração desde a origem. O programa como módulo integrador, e as ações, como 
instrumentos de realização dos programas. Essa concepção inicial foi modificada a partir dos PPA 
2000/2003 e 2004/2007, elaborados com o nível de detalhamento de ação (marco gerencial do 
orçamento programa). 
 
 
 
PROGRAMA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. (CESPE/ACE/TCU/2008-adaptada) O elemento básico da estrutura do orçamento-programa é o 
programa, que pode ser conceituado como o campo em que se desenvolvem ações homogêneas que visam 
ao mesmo fim. 
 
2. (IADES/Hemocentro-DF/Administração/2017) Assinale a alternativa correta quanto à classificação 
recebida das despesas que não contribuem para a manutenção das ações do governo, das quais não resulta 
um produto e não geram contraprestação direta sob a forma de bens e serviços. 
a) Governo e Administração Geral. 
b) Atividade. 
c) Programas de apoio a políticas públicas. 
AÇÕES: 
 Projeto 
 Atividade 
 Operações 
Especiais 
Projeto: é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um 
programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais 
resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação 
do Governo. 
 
Ex: Construção de um trecho rodoviário; reforma de um prédio. 
 
Atividade: é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um 
programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo 
contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção 
da ação do Governo; 
 
Ex: folha de pessoal ativo; luz, água, tel, internet. 
 
Operações Especiais: são despesas que não contribuem para a manutenção, 
expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um 
produto e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. 
 
Ex: indenizações, pensões, aposentadorias, ressarcimentos, depósitos judiciais. 
 
 
Andréia
Marcador de texto
AFO + LRF _ Prof. Anderson Ferreira - PDF 
 anderson_afo M Anderson Ferreira 4 
 
d) Operações especiais. 
e) Projeto. 
 
3. (FCC/TRT - 20ª REGIÃO/Analista Judiciário – Área Adm.-contabilidade/2016) No mês de outubro 
de 2016, determinado ente público empenhou despesas no valor de R$ 648.550.000. Deste total 
aproximadamente 10%, referem-se a despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou 
aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto e não geram contraprestação 
direta sob a forma de bens ou serviços. Considerando a classificação funcional das despesas, segundo a 
Portaria no 42/1999-MOG, estas despesas referem-se a ação denominada de 
a) transferências financeiras. 
b) operação especial. 
c) atividade. 
d) transferências voluntárias. 
e) projeto. 
 
(CESPE/ANP/Analista-Perfil2/2013) As ações orçamentárias são classificadas como: 
 
4. operações especiais, quando contribuem para a expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental. 
5. projetos, se realizadas de modo contínuo e permanente. 
6. atividades, quando envolvem operações limitadas no tempo. 
 
Gabarito: 1-C; 2-d; 3-b; 4-E; 5-E; 6-E. 
 
Marco gerencial do Orçamento-Programa no Brasil 
 
Embora o orçamento-programa tenha seu marco legal (introdutório) a partir de 1964, com a Lei nº 
4.320/1964 e com o Decreto-Lei nº 200 de 1967, seu marco gerencial (efetividade) só foi a partir da 
reforma orçamentária, no período de 1998 a 2000, com o Decreto nº 2.829/1998, Portaria nº 117/1998, 
Portaria nº 42/1999, Lei Complementar nº 101/2000 e outros atos normativos. Logo, alguns autores 
defendem que o Brasil tenha ―experimentado‖ o Orçamento de Desempenho (ou Funcional), no período 
de 1964 a 2000, como uma forma de preparação para a implantação efetiva do Orçamento-Programa. 
 
Recomenda-se a leitura do Decreto nº 2.829/1998 e da Portaria nº 117/1998, pois foram 
relevantes instrumentos normativos na efetividade do orçamento-programa no Brasil. 
 
 
DECRETO Nº 2.829, DE 29 DE OUTUBRO DE 1998. 
 
Estabelece normas para a elaboração e execução do Plano 
Plurianual e dos Orçamentos da União, e dá outras providências. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, da Constituição, 
DECRETA: 
 
Art. 1º Para elaboração e execução do Plano Plurianual 2000-2003 e dos Orçamentos da União, a partir do exercício 
financeiro do ano de 2000, toda ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada em Programas 
orientados para a consecução dos objetivos estratégicos definidos para o período do Plano. 
Parágrafo único. Entende-se por ação finalística aquela que proporciona bem ou serviço para atendimento direto a 
demandas da sociedade. 
 
Art. 2º Cada Programa deverá conter: 
I - objetivo; 
II - órgão responsável; 
III - valor global; 
IV - prazo de conclusão; 
V - fonte de financiamento; 
VI - indicador que quantifique a situação que o programa tenha por fim modificar; 
VII - metas correspondentes aos bens e serviços necessários para atingir o objetivo; 
AFO + LRF _ Prof. Anderson Ferreira - PDF 
 anderson_afo M Anderson Ferreira 5 
 
VIII - ações não integrantes do Orçamento Geral da União necessárias à consecução do objetivo; 
IX - regionalização das metas por Estado. 
Parágrafo único. Os Programas constituídos predominantemente de Ações Continuadas deverão conter metas de 
qualidade e de produtividade, a serem atingidas em prazo definido. 
 
Art. 3º A classificação funcional-programática deverá ser aperfeiçoada de modo a estimular a adoção, em todas as 
esferas de governo, do uso do gerenciamento por Programas. 
Parágrafo único. Os Programas serão estabelecidos em atos próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, respeitados os conceitos definidos no âmbito federal, em portaria do Ministério do Planejamento e 
Orçamento, a ser publicada até 30 de novembro de 1998. 
 
Art. 4º Será adotado, em cada Programa, modelo de gerenciamento que compreenda: 
I - definição da unidade responsável pelo gerenciamento, mesmo quando o Programa seja integrado por projetos ou 
atividades desenvolvidas por mais de um órgão ou unidade administrativa; 
II - controle de prazos e custos;III - sistema informatizado de apoio ao gerenciamento, respeitados os conceitos a serem definidos em portaria do 
Ministério do Planejamento e Orçamento. 
Parágrafo único. A designação de profissional capacitado para atuar como gerente do Programa será feita pelo 
Ministro de Estado, ou pelo titular de órgão vinculado à Presidência da República, a que estiver vinculado a unidade 
responsável do Programa. 
 
Art. 5º Será realizada avaliação anual da consecução dos objetivos estratégicos do Governo Federal e do resultado 
dos Programas, para subsidiar a elaboração da lei de diretrizes orçamentárias de cada exercício. 
 
Art. 6º A avaliação física e financeira dos Programas e dos projetos e atividades que os constituem é inerente às 
responsabilidades da unidade responsável e tem por finalidade: 
I - aferir o seu resultado, tendo como referência os objetivos e as metas fixadas; 
II - subsidiar o processo de alocação de recursos públicos, a política de gastos públicos e a coordenação das ações de 
governo; 
III - evitar a dispersão e o desperdício de recursos públicos. 
 
Art. 7º Para fins de gestão da qualidade, as unidades responsáveis pela execução dos Programas manterão, quando 
couber, sistema de avaliação do grau de satisfação da sociedade quanto aos bens e serviços ofertados pelo Poder 
Público. 
 
Art. 8º Os Programas serão formulados de modo a promover, sempre que possível, a descentralização, a integração 
com Estados e Municípios e a formação de parcerias com o setor privado. 
 
Art. 9º Para orientar a formulação e a seleção dos Programas que deverão integrar o Plano Plurianual e estimular a 
busca de parcerias e fontes alternativas de recursos, serão estabelecidos previamente, para a período do Plano: 
I - os objetivos estratégicos; 
II - previsão de recursos. 
 
Art. 10. As leis de diretrizes orçamentárias conterão, para o exercício a que se referem e dentre os Programas do 
Plano Plurianual, as prioridades que deverão ser contempladas na lei orçamentária anual correspondente. 
 
Art. 11. A alteração da programação orçamentária e do fluxo financeiro de cada Programa ficará condicionada à 
informação prévia pelos respectivos gerentes, por meio de sistema informatizado, do grau de alcance das metas 
fixadas. 
 
Art. 12. O Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento deverá instituir um comitê gestor para orientar o 
processo de elaboração do Plano Plurianual para o período 2000-2003. 
Parágrafo único. A elaboração do Plano Plurianual 2000-2003 será precedida de um inventário das ações do 
Governo Federal em andamento, bem como do recadastramento de todas as atividades e projeto. 
 
Art. 13. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 29 de outubro de 1998; 177º da Independência e 110º da República. 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
 
 
 
AFO + LRF _ Prof. Anderson Ferreira - PDF 
 anderson_afo M Anderson Ferreira 6 
 
PORTARIA Nº 117, DE 12 DE NOVEMBRO DE 1998 
 
Atualiza a discriminação da despesa por funções de que tratam o inciso I do § 1º do art. 2º e § 2º do art. 8º, ambos 
da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, estabelece os conceitos de função, subfunção, programa, projeto, atividade, 
operações especiais e dá outras providências. 
 
O MINISTRO DE ESTADO DO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO, no uso de suas atribuições, observado o 
art. 113 da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, combinado com o art. 14, inciso XV, alínea "b", da Lei nº 9.649, 
de 27 de maio de 1998, tendo em vista o disposto no art. 3º do Decreto nº 2.829, de 29 de outubro de 1998, e 
Considerando que a estrutura atual de funções, programas, subprogramas, projetos, atividades, subprojetos e 
subatividades não tem servido adequadamente para uma classificação substantiva das ações orçamentárias; 
Considerando que, em vista da ausência de conteúdo analítico, os atuais programas e subprogramas podem, às 
vezes, ser eliminados, sem qualquer prejuízo para a transparência das despesas públicas; Considerando a importância 
de se recuperar para a classificação funcional programática o seu compromisso com a concretitude das ações, 
mediante uma clara identificação dos produtos a serem obtidos no processo orçamentário; Considerando a 
necessidade de que planos e orçamentos vejam estruturados modularmente, o que facilita a integração planejamento 
e orçamento; Considerando que, a partir de uma nova concepção de função, torna-se viável a efetiva consolidação 
nacional das informações orçamentárias, resolve: 
 
Art. 1° As funções a que se refere o art. 2º, inciso I, da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, discriminadas no 
Anexo 5 da mesma Lei, e alterações posteriores, passam a ser as constantes do Anexo que acompanha esta Portaria. 
§ 1º Como função, deve entender-se o maior nível de agregação das diversas áreas que competem ao setor público. 
§ 2º A função "Encargos Especiais" engloba as ações em relação às quais não se possa associar um bem ou serviço a 
ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, transferências, ressarcimentos, indenizações e outras 
afins, representando, portanto, uma agregação neutra. 
§ 3º A subfunção representa uma partição da função, visando a agregar determinado subconjunto do setor público. 
 
Art. 2º Para os efeitos da presente Portaria, entendem-se por: 
a) Programa, o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos 
pretendidos, sendo mensurado por metas estabelecidas no plano plurianual; 
b) Projeto, um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de 
operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da 
ação do Governo; 
c) Atividade, um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto 
de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à 
manutenção da ação do Governo; 
d) Operações Especiais, as despesas que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não 
resulta um produto, e não geram contraprestação sob a forma de bem ou serviço, representando, basicamente, o 
detalhamento da função "Encargos Especiais" a que se refere o § 2º do art. 1º. 
 
Art. 3º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelecerão, em atos próprios, suas estruturas de 
programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos e determinações desta Portaria. 
 
Art. 4º Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificadas em termos de funções, subfunções, 
programas, projetos, atividades e operações especiais. Parágrafo único. No caso da função "Encargos Especiais", os 
programas corresponderão a um código vazio, do tipo "0000". 
 
Art. 5º A dotação global denominada "Reserva de Contingência", permitida para a União no art. 91 do Decreto-Lei 
nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em atos das demais esferas de Governo, a ser utilizada como fonte de 
recursos para abertura de créditos adicionais e sob coordenação do órgão responsável pela sua destinação, será 
identificada por código definido pelos diversos níveis de governo. 
 
Art. 6º O disposto nesta Portaria se aplica aos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, para o exercício financeiro de 2000 e seguintes, revogando-se a Portaria nº 9, de 28 de janeiro de 1974, 
do ex-Ministério do Planejamento e Coordenação Geral, e demais disposições em contrário. Art. 7º Esta Portaria 
entra em vigor na data de sua publicação. 
 
 
 
 
 
AFO + LRF _ Prof. Anderson Ferreira - PDF 
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PORTARIA Nº 42,DE 14 DE ABRIL DE 1999 (ATUALIZADA) 
(Publicada no D.O.U. de 15.04.99) 
 
Atualiza a discriminação da despesa por funções de que tratam o inciso I do § 1o do art. 2o e § 2o do art. 8o, ambos 
da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964, estabelece os conceitos de função, subfunção, programa, projeto, 
atividade, operações especiais, e dá outras providências. 
 
 O MINISTRO DE ESTADO DO ORÇAMENTO E GESTÃO, no uso de suas atribuições, observado o 
art. 113 da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964, combinado com o art. 14, inciso XV, alínea "a", da Lei no 9.649, 
de 27 de maio de 1998, com a redação dada pela Medida Provisória no 1.799-3, de 18 de março de 1999, resolve: 
 
Art. 1º As funções a que se refere o art. 2o, inciso I, da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964, discriminadas no 
Anexo 5 da mesma Lei, e alterações posteriores, passam a ser as constantes do Anexo que acompanha esta Portaria. 
 
 § 1º Como função, deve entender-se o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que 
competem ao setor público. 
 § 2º A função ―Encargos Especiais‖ engloba as despesas em relação às quais não se possa associar um bem 
ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras 
afins, representando, portanto, uma agregação neutra. 
 § 3º A subfunção representa uma partição da função, visando a agregar determinado subconjunto de 
despesa do setor público. 
 § 4º As subfunções poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam vinculadas, na 
forma do Anexo a esta Portaria. 
 
 Art. 2º Para os efeitos da presente Portaria, entendem-se por: 
 
 a) Programa, o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos 
pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual; 
 b) Projeto, um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um 
conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o 
aperfeiçoamento da ação de governo; 
 c) Atividade, um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um 
conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à 
manutenção da ação de governo; 
 d) Operações Especiais, as despesas que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das 
quais não resulta um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. 
 
 Art. 3º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelecerão, em atos próprios, suas 
estruturas de programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos e determinações desta Portaria. 
 
 Art. 4º Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificadas em termos de funções, 
subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais. 
 Parágrafo único. No caso da função ―Encargos Especiais‖, os programas corresponderão a um 
código vazio, do tipo ―0000‖. 
 
 Art. 5º A dotação global denominada ―Reserva de Contingência‖, permitida para a União no art.91 do 
Decreto-Lei no 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em atos das demais esferas de Governo, a ser utilizada como 
fonte de recursos para abertura de créditos adicionais e sob coordenação do órgão responsável pela sua destinação, 
será identificada por código definido pelos diversos níveis de governo. 
 
 Art. 6º O disposto nesta Portaria se aplica aos orçamentos da União, dos Estados e do Distrito Federal 
para o exercício financeiro de 2000 e seguintes, e aos Municípios a partir do exercício financeiro de 2002, 
revogando-se a Portaria no 117, de 12 de novembro de 1998, do ex-Ministro do Planejamento e Orçamento, e 
demais disposições em contrário. 
 
 Art. 7º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Assim, o orçamento programa é uma ferramenta de planejamento da ação governamental, onde os 
programas são identificados e relacionados com os objetivos, metas e custos de cada ação. 
 
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O programa é elaborado através de um conjunto de necessidades da sociedade formando um 
objetivo comum com as necessidades governamentais. O programa visa à consecução desses objetivos e 
proporciona para a administração pública maior racionalidade e eficiência. Consequentemente, gera mais 
resultados, tanto para o governo quanto para a sociedade. 
 
O orçamento programa põe em destaque os objetivos, metas e prioridades do Governo. Constitui-
se em um instrumento de planejamento. Os aspectos administrativo e econômico se sobrepõem ao 
aspecto político. 
 
As despesas públicas são discriminadas de modo a: 
 Dar ênfase aos fins (e não aos meios); 
 Indicar as ações em que o setor público gastará seus recursos; 
 Definir os responsáveis pela execução; e 
 Especificar os resultados esperados. 
 
Esse método (orçamento programa) surgiu nos EUA no final da década de 1950, sob a 
denominação PPBS (Planning, Programmingand Budgeting System). 
 
As principais características do PPBS (ou orçamento programa) são: 
 Propiciar a integração entre o planejamento e o orçamento; 
 Realizar a quantificação dos objetivos e fixação de metas; 
 Basear as decisões em relações de insumo-produto e na pluralidade de alternativas programáticas; 
 Empregar instrumentos aperfeiçoados para a mensuração e avaliação de resultados; 
 Gerenciamento por objetivos. 
 
O orçamento deve ser compatibilizado com o planejamento estatal, na forma do Plano Plurianual. 
Não são admitidas, por exemplo, emendas às leis orçamentárias que não sejam compatíveis com o Plano 
Plurianual. 
 
Leve as seguintes características do orçamento programa para sua prova: 
 Firmado em programas e em instrumentos de planejamento (PPA, LDO e LOA); 
 Foco no objetivo, e não no objeto; 
 Preocupação com os aspectos políticos, econômicos e jurídicos (deixa de ser mera peça contábil); 
 Ações planejadas (previstas) e Estado intervencionista (economicamente). 
 
Resumo esquematizado: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.2 – Técnicas de Orçamentação 
 
A) Orçamento Base Zero (ou por Estratégia) 
 
O Orçamento Base Zero - OBZ consiste em uma abordagem orçamentária desenvolvida nos EUA 
em 1969 pela empresa Texas Instruments Co. e adaptada para uso no setor público pelo Estado da 
Geórgia, na elaboração do seu orçamento para o exercício de 1973. Embora alguns autores e bancas façam 
referência ao OBZ como um tipo/modelo orçamentário, trata-se de uma técnica de orçamentação. 
 
A principal característica desta metodologia orçamentária é exigir que todas as despesas de cada 
repartição pública sejam justificadas detalhadamente como se cada item programático se tratasse de uma 
nova iniciativa. Durante a elaboração da proposta orçamentária para o exercício seguinte, todo 
conhecimento prévio acerca das execuções em exercícios anterior deve ser revisto e questionado, 
ou seja, não existem direitos adquiridos sobre despesas anteriormente autorizadas. O estudo começaria 
do estágio inicial, revendo a necessidade e eficácia de cada despesa. 
 
Uma vantagem deste método é sua evidente orientação para a eliminação de empreendimentos de 
baixa prioridade, por envolver, em relação a cada programa, a resposta a três questões básicas: 
1ª – O orçamento está sendo eficiente e eficaz? 
2ª – Podem suas operações ser reduzidas ou eliminadas de forma a liberar recursospara novas 
programações? 
3ª – Existem elementos que justifiquem a expansão de suas atividades? 
 
Dessa forma, pode-se afirmar que no OBZ as decisões são voltadas para a maximização da 
eficiência na alocação dos recursos públicos. A avaliação e a tomada de decisão ocupam papel primário no 
OBZ, enquanto o formato (apresentação e organização formal) ocupa um papel secundário. 
 
 
As principais características do orçamento base zero são: 
 Análise, revisão e avaliação de todas as despesas propostas e não apenas das solicitações 
que ultrapassam o nível de gasto já existente; 
 Todos os programas devem ser justificados cada vez que se inicia um novo ciclo 
orçamentário; 
 Revisão crítica dos gastos tradicionais de cada área e estimativa dos custos para o 
exercício seguinte, partindo de uma nova base, ou seja, base zero; 
 Desvinculado de um plano anterior (porém, parte-se de um NOVO planejamento); 
 Não gera direito adquirido por orçamentos anteriores; 
 Processo oneroso e moroso. 
 
A técnica do OBZ não é utilizada no Brasil, pois é incompatível com o nosso atual modelo 
orçamentário: orçamento-programa. Porém, é possível que um dia o Brasil possa adotar o OBZ, mas com 
isso deixaria de ser orçamento-programa. 
 
 
 
1. (CESPE/TCDF/Técnico/2014) A proposta orçamentária elaborada pelo Poder Executivo federal 
embasa-se no conceito de orçamento base-zero, segundo o qual a existência de determinada dotação na lei 
orçamentária do exercício anterior não constitui garantia para a sua inclusão no exercício seguinte. 
 
Comentário:Questão errada. Embora o item traga uma característica do OBZ, ―...existência de 
determinada dotação na lei orçamentária do exercício anterior não constitui garantia...‖, torna-se errado 
por afirmar que o Poder Executivo federal TEM por base a técnica do OBZ. Atualmente, o Brasil NÃO 
usa o OBZ. Esta técnica é incompatível com o orçamento programa. É possível que um dia o Brasil venha 
a usar a técnica do OBZ, mas isso seria um abandono do modelo orçamento-programa. Para reforçar, 
observe o tempo verbal da questão ―a proposta orçamentária elaborada pelo P.E federal EMBASA-SE...‖, 
ou seja, a questão afirma que o P.E federal USA (presente) o OBZ. 
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(CESPE/ABIN/Cargo2/2010) Com relação a orçamento base-zero, julgue os itens a seguir. 
 
2. Na elaboração do orçamento base-zero, é possível alterar a responsabilidade da carga de trabalho, a 
partir de uma base-zero, prescindindo-se da análise do custo-benefício de todos os projetos, processos e 
atividades. 
 
Comentário: item errado. A análise do custo-benefício de todos os projetos, processos e atividades é 
indispensável. Lembre-se: ―prescindir‖ é sinônimo de ―dispensar‖. 
 
3. No processo de implementação do orçamento base-zero, os pacotes de decisão, ordenados por critérios 
previamente fixados pela alta direção da organização, são informados por meio do planejamento 
estratégico. 
 
Comentário: item certo. O OBZ não se vincula a um planejamento anterior, mas ao implementar o OBZ 
parte-se de um novo planejamento para definição das novas diretrizes. 
 
4. No processo de implementação do orçamento base-zero, os incrementos nos pacotes de decisão 
somente devem ser aprovados após o responsável pelo pacote, justificar os resultados do aumento dos 
gastos e enfatizar os benefícios para a organização. 
 
Comentário: item certo. No OBZ, as decisões são tomadas após análise, revisão e avaliação dos custos e 
benefícios das ações que geram gastos. 
 
5. De acordo com o princípio que rege o orçamento base-zero, todas as atividades devem ser justificadas 
antes de serem tomadas as decisões relativas aos recursos a serem alocadas em cada departamento ou 
setor. 
 
Comentário: item certo. Ver comentário da questão anterior. 
 
6. Identificam-se duas vantagens na implementação do orçamento base-zero: a rapidez de elaboração e a 
facilidade de execução. 
 
Comentário: item errado. O OBZ é uma técnica morosa e onerosa. 
 
7. A implementação do orçamento base-zero oferece vantagem a organizações sem fins lucrativos e 
inúmeras desvantagens a organizações com fins lucrativos. 
 
Comentário: item errado. O OBZ pode apresentar vantagens e desvantagens para os diferentes tipos de 
organizações. Deve-se avaliar os prós e os contras para a escolha dessa técnica. 
 
8. Após a elaboração do orçamento-zero, os gastos devem ser aprovados com base em critério único, 
previamente definido para todas as atividades ou operações. 
 
Comentário: item errado. O OBZ não é baseado em apenas um critério. São critérios para aprovação do 
OBZ: 
- análise crítica de todas as demandas solicitadas pelos órgãos de governo; 
- questionamento acerca das reais necessidades de cada área envolvida, sem compromisso por dotações 
anteriormente concedidas; 
- justificativa detalhada das propostas apresentadas por cada gestor; 
- identificação e classificação de todas as atividades e operações por ordem de importância, mediante 
análise crítica e sistêmica. 
 
9. O orçamento base-zero deve ser desenvolvido de forma isolada, com base nas peculiaridades de cada 
área a ser atendida. 
 
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Comentário: item errado. Uma organização que adote o OBZ deve analisar as peculiaridades de cada área, 
mas de forma integrada e não isolada. 
 
B) Orçamento Incremental 
 
Trata-se de uma forma de elaborar o orçamento através de ajustes marginais nos seus itens de 
receita e despesa, sem grandes mudanças significativas. É um contraponto (oposto) ao OBZ, e suas 
principais características são: 
 
 Linha de base: orçamento do ano anterior; 
 Pequenos ajustes: acréscimos ou supressões nos itens das receitas e despesas, sem 
mudanças expressivas; 
 Desvinculado de um planejamento; 
 Resistente à mudança (alguns o chamam de orçamento inerte); 
 A técnica incremental está mais presente no orçamento tradicional ou clássico. 
 
Obs: o orçamento incremental é contrário à integração entre planejamento e orçamento, pois sua base 
tende a perpetuar-se, uma vez que sofre apenas pequenos incrementos. O Brasil utiliza dessa técnica 
pontualmente, quando da utilização dos créditos adicionais, da limitação de gastos para o próximo ano 
com base no valor das despesas do ano anterior, etc. Embora utilize dessa técnica pontualmente, não se 
pode afirmar que o Brasil adota o modelo/técnica orçamentária incremental de forma generalizada. 
 
 
 
1. (QUADRIX/SEDF/Professor-Administração/2017-Adaptada) Com a Emenda Constitucional nº 
95/2016, dada a aprovação da PEC do Teto de Gastos, as despesas para o próximo exercício terão como 
limite máximo o valor total das despesas do ano corrente, acrescido da correção dos índices oficiais de 
inflação. Essa técnica reforça a prática incrementalista. 
 
Comentário: Questão correta. Conforme arts. 106 e 107 da CF, nos próximos 20 anos, o valor total das 
despesas para o próximo exercício terá como base o valor do ano recentemente encerrado, acrescido da 
correção da inflação no mesmo período. Dessa forma, partimos de uma base com o incremento da 
inflação. Portanto, tem-se a técnica do orçamento incremental em tal prática. 
 
2. (CESPE/Ministério da Previdência Social/Administrador/2010) Para os críticos da concepção do 
orçamento integrado ao planejamento, gera-se forte tendência à perpetuação de programas e à preservação 
dos recursos assegurados ao longo do tempo. Quanto mais intensoe acelerado for o incrementalismo 
orçamentário, mais essa tendência à inércia se acentua. 
 
Comentário: o orçamento que se integra ao planejamento é o programa. Nesse modelo, não há tendência à 
perpetuação de programas (primeira parte da questão é errada). A segunda parte da questão trata do 
orçamento incremental, que apresenta resistência à mudança e sua base tende à perpetuação. Porém, fazer 
incrementalismo é fazer ajustes marginais. Assim, quanto mais intenso e acelerado foro ajuste, MENOR a 
tendência à inércia (segunda parte da questão também errada). 
 
3. (CESPE/MT/Administrador/2008) O incrementalismo orçamentário desvirtua ou compromete a 
desejável integração entre o planejamento e o orçamento. De acordo com essa sistemática, a ―base‖ 
formada pelos programas já introduzidos no orçamento tende a perpetuar-se, com pequenos incrementos, 
compreendendo a maior parte dos recursos. Alguns autores denominam essa tendência de resistência à 
mudança, à revisão dos objetivos, diretrizes e metas, como inércia ou inercialidade. 
 
Comentário: quando adotado, o incrementalismo ou orçamento incremental não traz grandes alterações 
entre o orçamento de um período e o seguinte, pois trata apenas de pequenos ajustes marginais. Logo, 
questão correta. 
 
 
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C) Orçamento Participativo (ou técnica da participação popular) 
 
 Trata-se da participação popular no processo de elaboração e aprovação das leis orçamentárias 
(PPA, LDO e LOA). 
 
A Lei Complementar nº 131/2009 alterou o art. 48 da LRF e determinou que a participação 
popular fosse incentivada.Veja a nova redação do parágrafo único do art. 48 da LRF: 
 
―A transparência será assegurada também mediante: 
I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de 
elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos;‖ 
 
O PPA 2012-2015 do Governo Federal, em seu art. 4º, inciso II - lei nº 12.593 de 2012, assim 
trouxe: 
 
―O PPA 2012-2015 terá como diretrizes: 
I - a garantia dos direitos humanos com redução das desigualdades sociais, regionais, étnico-raciais e 
de gênero; 
II - a ampliação da participação social; 
III - a promoção da sustentabilidade ambiental; 
IV - a valorização da diversidade cultural e da identidade nacional; 
V - a excelência na gestão para garantir o provimento de bens e serviços à sociedade; 
VI - a garantia da soberania nacional; 
VII - o aumento da eficiência dos gastos públicos; 
VIII - o crescimento econômico sustentável; e 
IX - o estímulo e a valorização da educação, da ciência e da tecnologia.‖ 
 
Observe ainda o que diz o inciso V do art. 4º da lei 13.249/2016 (PPA: 2016-2019 do Governo 
Federal): 
 
―Art. 4º Para o período 2016-2019, o PPA terá como diretrizes: 
I - O desenvolvimento sustentável orientado pela inclusão social; 
II - A melhoria contínua da qualidade dos serviços públicos; 
III - A garantia dos direitos humanos com redução das desigualdades sociais, regionais, étnico-
raciais, geracionais e de gênero; 
IV - O estímulo e a valorização da educação, ciência, tecnologia e inovação e competitividade; 
V - A participação social como direito do cidadão; 
VI- A valorização e o respeito à diversidade cultural; 
VII - O aperfeiçoamento da gestão pública com foco no cidadão, na eficiência do gasto público, na 
transparência, e no enfrentamento à corrupção; e 
VIII - A garantia do equilíbrio das contas públicas.‖ 
 
Dessa forma, a União já vem promovendo a participação popular no processo de elaboração e 
discussão das leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA). Na elaboração do PPA 2016-2019, o Poder 
Executivo Federal realizou Fóruns com representantes da sociedade civil (acesse: 
http://www.participa.br/). O Governo do Distrito Federal também promove o OP em seu âmbito. 
 
No âmbito municipal, a Lei nº 10.257/2001, que trata das Diretrizes Gerais da Política Urbana nos 
Municípios, determina a gestão democrática participativa dos planos, programas e projetos da voltados 
para a política urbana.Nesse contexto, é considerado instrumento de planejamento municipal de política 
urbana a ―gestão orçamentária participativa‖, conforme art. 4º, alínea f, e art. 44 da citada Lei. Dessa 
forma, no âmbito municipal, a gestão orçamentária participativa sobre planos, programas e projetos 
voltados para a política urbana é condicionada a realização de debates, audiências e consultas públicas 
sobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual. Logo, 
pode-se afirmar que os municípios devem realizar o OP. 
 
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1. (CESPE/SUFRAMA/Cargo3/2014) O princípio da gestão orçamentária participativa é obrigatório para 
as administrações municipais, embora o governo federal esteja dispensado da observância desse princípio. 
 
Comentário: item correto. Conforme a Lei nº 10.257/2001, art. 4º, alínea f, e art. 44, os municípios devem 
realizar a gestão orçamentária participativa sobre planos, programas e projetos voltados para a política 
urbana, mediante a realização de debates, audiências e consultas públicas sobre as propostas do plano 
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual. Como a Lei nº 10.257/2001 é aplicada 
aos municípios, o CESPE entendeu que a União está dispensada do cumprimento desse princípio. Mas, é 
válido lembrar que o Governo Federal promove a participação popular, conforme explicado 
anteriormente. 
 
2. (CESPE/ABIN/Agente Téc./cargo18/2010) No Brasil, vigora o orçamento do tipo participativo, visto 
que todos os poderes e órgãos da administração direta e alguns da administração indireta têm a 
prerrogativa de elaborar suas próprias propostas orçamentárias. 
 
Comentário: item errado. O conceito de orçamento participativo é dado pela participação da sociedade no 
processo orçamentário e não dos poderes. A participação dos poderes na elaboração de suas propostas é 
por força da autonomia e independência entre eles. 
 
3. (CESPE/Ministério da Previdência Social/Administrador/2010) Uma das vantagens apontadas com a 
adoção do orçamento participativo é a sua maior legitimidade, com a substituição do Poder Legislativo 
pela participação direta da comunidade nas decisões sobre a alocação das dotações. 
 
Comentário: Item errado. A participação da comunidade ocorre por meio de audiências públicas ou outros 
meios promovidos. Com isso, a sociedade tem a oportunidade de manifestar a sua opinião sobre as reais 
necessidades de gastos públicos em setores como saúde, educação, etc. Apesar de não ser vinculante, a 
opinião pública orienta melhor a tomada de decisão dos poderes. Assim, tanto o Poder Executivo (na 
elaboração) quanto o Poder Legislativo (na aprovação) ganham maior legitimidade para representar o 
interesse público. Entretanto, a participação da comunidade não substitui e tão pouco diminui a 
competência dos Poderes Executivo e Legislativo no processo orçamentário. 
 
4. (CESPE/AGU/Procurador Federal/2010) Tratando-se de orçamento participativo, a iniciativa de 
apresentação do projeto de lei orçamentária cabe a parcela da sociedade, a qual o encaminha para o Poder 
Legislativo. 
 
Comentário: item errado. A participação da sociedade não chega a tanto. A iniciativa e a competência para 
o envio da proposta ao Poder Legislativo continua sendo do Poder Executivo (art. 84, caput, inc XXIII e 
parágrafo único c/c art. 165, caput, inc I, II e III, da CF). 
 
5. (CESPE/TCE-RN/ICE/2009) O orçamentoparticipativo, que apresenta vantagens inegáveis do ponto 
de vista da alocação de recursos segundo as demandas sociais existentes, não é utilizado no âmbito do 
governo federal. 
 
Comentário: Em 2009 o gabarito foi dado como certo, pois naquela época a União não promovia o OP. 
Porém, a partir da alteração da LRF, com a LC 131/2009, a União vem promovendo a participação 
popular. 
 
6. (CESPE/SAD-PE/Analista/2009) O orçamento participativo é, atualmente, a técnica orçamentária 
adotada pela União. 
 
Comentário: Em 2009 o gabarito foi dado como errado. Porém, mesmo sem obrigação legal, a União vem 
promovendo a participação popular no processo orçamentário. 
 
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7. (CESPE/TCU/ACE/2008) Entre as maiores restrições apontadas em relação ao chamado orçamento 
participativo, destacam-se a pouca legitimidade, haja vista a perda de participação do Poder Legislativo, e a 
maior flexibilidade na programação dos investimentos. 
 
Comentário: item errado. Com o OP, há maior legitimidade do Poder Legislativo. Outro erro é dizer que 
há maior flexibilidade na programação dos investimentos. A opinião pública direcionará melhor a 
programação dos investimentos, tornando-a menos flexível. 
 
8. (CESPE/TJ-CE/Analista/2008) A proposta orçamentária para 2009, em tramitação no Congresso, 
poderá servir de experimento para uma iniciativa que a Comissão Mista de Orçamento quer adotar nos 
próximos anos: o orçamento federal participativo. A principal característica desse tipo de orçamento é a 
participação direta da população na definição das prioridades para a obtenção da receita e para as despesas 
correntes obrigatórias. 
 
Comentário: item errado. A primeira parte da questão está correta, pois na época (2008/2009) estava em 
discussão a possibilidade de o Orçamento Federal ser Participativo. Porém, a participação da sociedade é 
na definição das prioridades para a ALOCAÇÃO da receita (e não obtenção) e também para as despesas 
com INVESTIMENTOS em áreas prioritárias da saúde, educação, segurança, etc (e não para despesas 
correntes obrigatórias). 
 
9. (CESPE/MJ/Administrador/2013) O processo de apreciação do projeto de Lei Orçamentária Anual na 
Comissão Mista de Orçamento inicia-se com a realização de audiências públicas. 
 
Comentário: item certo. Embora não tão divulgado, nos últimos anos a CMO do Congresso Nacional vem 
promovendo audiências públicas. Essas audiências têm por objetivo a participação popular na discussão 
das propostas das leis orçamentárias e melhor direcionamento dos parlamentares quanto à formulação de 
suas emendas. 
 
10. (ESAF/MPOG/APO/2015) A adoção do orçamento participativo como instrumento de 
complementação da democracia representativa proporciona à sociedade 
a) gerir, ela própria, os recursos destinados a ̀ aplicação em investimentos e serviços que beneficiam a sua 
região. 
b) diminuir a força e o papel do legislativo na definição das prioridades na aplicação dos recursos públicos. 
c) submeter o governo a ̀ vontade da sociedade na definição das políticas públicas e prioridades na 
realização de investimentos. 
d) transferir do governo para a sociedade a responsabilidade pela gestão dos bens públicos de uso comum. 
e) definir prioridades de investimentos em obras e serviços a serem realizados a cada ano com recursos do 
ente público. 
 
Comentários: 
a) Errado, pois no orçamento participativo, não compete à sociedade gerir os recursos orçamentários.A 
sociedade apenas opinará sobre as prioridades de sua região. O Poder Executivo local é quem fará a gestão 
dos recursos. 
b) Errado. O orçamento participativo intensifica a força e o papel do Poder Legislativo, pois legitima ainda 
mais sua função típica de legislar e controlar, segundo o interesse da sociedade. 
c) Errado. No orçamento participativo não há essa submissão do governo com a sociedade. A sociedade 
será ouvida e o governo tentará realizar ou concretizar essas ações, mas dependerá de outras variáveis, 
como a economia, política, etc. 
d) Errado. Não há transferência de responsabilidade para a sociedade. A gestão é feita pelo Poder 
Executivo, conforme prioridades apontadas pela opinião pública. 
e) Certo. No orçamento participativo, a sociedade tem a oportunidade de ser ouvida quanto às prioridades 
de investimentos dos recursos públicos em obras e serviços demandados naquela região. 
 
 
 
 
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1. (CS-UFG/UFG/Auditor/2017) É um documento de previsão de receita e autorização de despesas com 
ênfase no gasto. É um processo orçamentário em que apenas uma dimensão do orçamento é explicitada, 
qual seja, o objeto de gasto. Esse conceito quanto ao tipo/técnica orçamentária se refere ao orçamento 
a) Tradicional. 
b) Programa. 
c) Base-zero. 
d) Participativo. 
 
2. (FCC/TRT - 11ª Região/Analista Judiciário - Contabilidade/2017) Sobre o Orçamento-Programa é 
INCORRETO afirmar que 
a) o orçamento é o elo de interação entre o planejamento e as funções executivas da organização. 
b) a ênfase está nos meios (o que se compra) e não nas diretrizes, prioridades, objetivos e metas. 
c) o controle visa avaliar a eficiência, eficácia e efetividade das ações governamentais. 
d) a Lei no 4.320/1964 contém determinações para a elaboração da Lei Orçamentária Anual que são típicas 
do Orçamento-Programa. 
e) o principal critério de classificação está contido na Portaria STN e MOG no 42/1999. 
 
3. (FCC/PGE-MT/Analista – Administrador/2016) Tendo em vista os conceitos e as características 
inerentes ao orçamento-programa e as leis orçamentárias, considere: 
 
I. O programa é o nível mínimo de classificação do trabalho executado por uma unidade administrativa de 
nível superior no desempenho das funções que lhes são atribuídas pela lei que a cria. 
II. Uma atividade é um agrupamento de tarefas executadas em nível secundário em uma unidade 
administrativa para o alcance de metas do programa desta unidade. 
III. O orçamento-programa foi previsto no Brasil pela Lei nº 4.320/64 e teve seus princípios delineados 
pelo Decreto-Lei no 200/67 como ferramenta para definição das ações homogêneas do governo que 
visam ao mesmo fim. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I. d) I e II. 
b) II e III. e) II. 
c) I e III. 
 
4. (INAZ-Pará/DPE-PR/Administrador/2017) Segundo a ONU (1959), o Orçamento Programa é um 
sistema em que se presta particular atenção às coisas que um governo realiza mais do que às coisas que 
adquire. São características do Orçamento Programa exceto: 
a) Utilização sistemática de indicadores e padrões de medição de trabalho e de resultados. 
b) A alocação de recursos que visam à consecução de objetivos e metas. 
c) Controle visando avaliar a eficiência e eficácia das ações governamentais. 
d) Na elaboração do orçamento são consideradas as necessidades financeiras das unidades organizacionais. 
e) As decisões orçamentárias são tomadas com base em avaliações técnicas das alternativas possíveis. 
 
5. (CESPE/CAPES/Geral/2012) Adotado no Brasil, o orçamento-programa é um sistema em que se 
dispensa particular atenção às realizações do governo, mais que às coisas que ele adquire. 
 
6. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2010) O orçamento clássico ou tradicional tem ênfase naquilo que a 
instituição realiza, não no que ela gasta. 
 
7. (FGV/TRT-12R/SC/Anal. Jud.-Adm./2017) O modelo orçamentário vigente no Brasil é baseado nos 
conceitos de orçamento-programa, cujos elementos básicos estão apresentados na figura a seguir.AFO + LRF _ Prof. Anderson Ferreira - PDF 
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A definição de uma metodologia para medir desempenho de um programa e os elementos necessários à 
consecução de um produto se referem, respectivamente, a: 
a) diretrizes e ações; 
b) indicadores e ações. 
c) indicadores e insumos; 
d) meta e ações; 
e) meta e insumos. 
 
8. (CESPE/UNIPAMPA/Contador/2013) No orçamento tradicional, utilizam-se indicadores e padrões 
de medição para a avaliação dos resultados obtidos na execução dos programas de governo. 
 
9. (QUADRIX/SEDF/Professor-Adm./2017) Com base nos conceitos e nas normas a respeito de 
orçamento público no Brasil, julgue o próximo item. 
A inserção do orçamento-programa no planejamento evidencia-se no fato de o gasto público estar 
vinculado a uma finalidade, compatibilizando-se com a programação governamental. 
 
10. (QUADRIX/PMDF-CFO/2017) A respeito de administração orçamentária e financeira, julgue o 
item. 
O orçamento-programa caracteriza-se por apresentar duas dimensões do orçamento: o objeto do gasto e 
um programa de trabalho, contendo as ações a serem desenvolvidas. 
 
11. (IBFC/Polícia Científica-PR/Perito-Área7/2017) Com base na administração financeira e 
orçamentária governamental, assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna. 
Entende-se por ________________ aquele que discrimina as despesas segundo sua natureza, dando 
ênfase aos fins (e não aos meios), de modo a demonstrar em que e para que o governo gastará, e também 
quem será responsável pela execução de seus programas. As grandes áreas de atuação são classificadas 
como funções, desdobradas em subfunções, programas, atividades, projetos e operações especiais, tudo de 
acordo com a classificação funcional e a estrutura programática estabelecida na legislação pertinente. 
a) Plano Plurianual d) Custo de capital 
b) Orçamento base zero e) Orçamento-programa 
c) Custo corrente 
 
12. (CESPE/SEDF/Analista de G.E-Adm./2017) A respeito do orçamento público, julgue o item a 
seguir. 
A técnica do orçamento-programa é aquela cuja ênfase reside no controle contábil do gasto em si, não se 
preocupando com os objetivos econômicos e sociais do gasto público. 
 
13. (CESPE/MDIC/Ag. Adm./2014) O orçamento público é um documento contábil e financeiro 
desvinculado do planejamento governamental. 
 
14. (CESPE/CPRM/Analista-Cargo6/2013) O orçamento não se restringe a um documento de caráter 
contábil e administrativo, se for elaborado e executado de acordo com técnicas orçamentárias modernas 
amplamente referendadas. 
 
15. (CESPE/MJ/Analista-Téc.Adm/2013) Historicamente, o orçamento inglês é importante por esboçar 
as convicções de natureza técnico-jurídica desse instrumento e por difundir a instituição orçamentária para 
outras nações. 
 
16. (CESPE/MJ/Administrador/2013) A técnica orçamentária adotada no setor público brasileiro é a do 
orçamento clássico, com ênfase no objeto do gasto, por meio da fixação da despesa sem vinculação ao 
planejamento. 
 
17. (CESPE/MI/Anal.Téc.Adm./2013) O orçamento moderno, produto da evolução do orçamento 
público, consiste no demonstrativo de autorizações do legislativo e tem como finalidade a rigidez da gestão 
administrativa e a redução da despesa pública. 
 
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18. (CESPE/Analista Judiciário/STF 2008) A adoção do orçamento moderno está associada à concepção 
do modelo de Estado que, desde antes do final do século XIX, deixa de caracterizar-se por mera postura 
de neutralidade, própria do laissez-faire, e passa a ser mais intervencionista, no sentido de corrigir as 
imperfeições do mercado e promover o desenvolvimento econômico. 
 
19. (CESPE/ICE/TCE-RN/2009) A metodologia de elaboração do orçamento-programa foi introduzida 
no Brasil depois da promulgação da CF e rompeu completamente com a prática de discriminar os gastos 
públicos de acordo com o tipo de despesa a ser realizada. 
 
20. (CESPE/ABIN/Oficial-Cargo1/2010) O orçamento moderno configura-se como instrumento de 
intervenção planejada do Estado na economia para a correção de distorções e o incentivo ao 
desenvolvimento econômico. No Brasil, a adoção de uma estrutura orçamentária embasada em programas, 
projetos e atividades, a partir da CF, representou importante passo em direção à modernização do sistema 
orçamentário brasileiro. 
 
21. (CESPE/TCE-RO/Ag. Adm./2013) O orçamento-programa, que passou a integrar a legislação a 
partir da Constituição Federal de 1988 (CF), consolidou a vinculação do orçamento ao planejamento 
constante do plano plurianual. 
 
22. (CESPE/MP/ENAP/Cargo1/2015) O orçamento-programa, introduzido na legislação brasileira a 
partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, tem como preocupação básica a identificação dos 
custos dos programas. 
 
23. (CESPE/IPAJM-ES/Contador/2010) No orçamento-programa, a alocação dos recursos está 
dissociada da consecução dos objetivos. 
 
24. (CESPE/TCU/ACE/2004) A concepção e a técnica do chamado orçamento-programa são 
conhecidas há bastante tempo, inclusive no Brasil. Apesar dos avanços ocorridos durante a segunda 
metade do século XX, representados, por exemplo, pela adoção, em 1974, da chamada classificação 
funcional-programática, foi apenas com a edição do Decreto n.º 2.829/1998 e das demais normas que 
disciplinaram a elaboração do Plano Plurianual 2000-2003 e dos orçamentos anuais a ele vinculados, que 
os esforços de implantação do orçamento-programa na área federal tiveram início efetivamente. 
 
25. (CESPE/MME/Analista-Finanças/2013) A classificação funcional-programática, implementada pelo 
governo federal a partir da década de 70 do século passado, não mais é utilizada. 
 
26. (CESPE/DPU/Economista/2016) O orçamento tradicional ou clássico adotava linguagem contábil-
financeira e se caracterizava como um documento de previsão de receita e de autorização de despesas, sem 
a preocupação de planejamento das ações do governo. 
Gabarito 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 
a b b d C E c E C E e E E C C E E C E E E E E C C C 
 
 
3 – INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO (segundo a CF/1988) 
 
A Constituição Federal de 1988, cumprindo com a tradição das constituições anteriores, ocupou-se 
profusamente de matéria orçamentária, chegando a definir instrumentos de planejamento e orçamento 
com detalhes. A base orçamentária encontra-se principalmente no Capítulo II, que trata das normas gerais 
das finanças públicas – art.(s) 163 ao 169. Porém, ao fazer a leitura dos artigos mencionados, é frequente a 
citação referencial a diversos outros artigos espalhados na Constituição. A falta de uma sequência didática 
dificulta o entendimento da matéria orçamentária pelo estudante. Diante dessa dificuldade, vamos, a 
seguir, organizar a matéria de forma compreensiva. Mas antes, chamo a sua atenção para a leitura dos 
artigos constitucionais em seu texto literal: 
 
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CAPÍTULO II 
DAS FINANÇAS PÚBLICAS 
Seção I 
NORMAS GERAIS 
Art. 163. Lei complementar disporá sobre: 
I - finanças públicas; 
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas 
pelo Poder Público; 
III - concessão de garantias pelas entidades públicas; 
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública; 
V - fiscalização financeirada administração pública direta e indireta; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 40, de 2003) 
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios; 
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as 
características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional. 
 
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central. 
§ 1º - É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a 
qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. 
§ 2º - O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo 
de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. 
§ 3º - As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele 
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. 
Seção II 
DOS ORÇAMENTOS 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e 
metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as 
relativas aos programas de duração continuada. 
§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública 
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da 
lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de 
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
§ 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório 
resumido da execução orçamentária. 
§ 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados 
em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. 
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração 
direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a 
maioria do capital social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da 
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder 
Público. 
§ 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as 
receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza 
financeira, tributária e creditícia. 
§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão 
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
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§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da 
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação 
de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
§ 9º - Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano 
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; 
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como 
condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando 
houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações de 
caráter obrigatório, para a realização do disposto no § 11 do art. 166. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 86, de 2015) 
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e 
aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento 
comum. 
§ 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: 
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas 
anualmente pelo Presidente da República; 
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta 
Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das 
demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58. 
§ 2º - As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na 
forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. 
§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente 
podem ser aprovadas caso: 
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; 
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas 
as que incidam sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou 
III - sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
§ 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando 
incompatíveis com o plano plurianual. 
§ 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor 
modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, 
da parte cuja alteração é proposta. 
§ 6º - Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão 
enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que se 
refere o art. 165, § 9º. 
§ 7º - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, as 
demais normas relativas ao processo legislativo. 
§ 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, 
ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos 
especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. 
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro 
e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder 
Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de 
saúde. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § 9º, inclusive 
custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art. 198, vedada a destinação 
para pagamento de pessoal ou encargos sociais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9º deste 
artigo, em montante correspondentea 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente 
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líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação 
definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, 
de 2015) 
§ 12. As programações orçamentárias previstas no § 9º deste artigo não serão de execução obrigatória nos 
casos dos impedimentos de ordem técnica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
§ 13. Quando a transferência obrigatória da União, para a execução da programação prevista no §11 deste 
artigo, for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, independerá da adimplência do ente 
federativo destinatário e não integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para fins de aplicação 
dos limites de despesa de pessoal de que trata o caput do art. 169. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 86, de 2015) 
§ 14. No caso de impedimento de ordem técnica, no empenho de despesa que integre a programação, na 
forma do § 11 deste artigo, serão adotadas as seguintes medidas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
86, de 2015) 
I - até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária, o Poder Executivo, o Poder 
Legislativo, o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública enviarão ao Poder Legislativo 
as justificativas do impedimento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
II - até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso I, o Poder Legislativo indicará ao Poder 
Executivo o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 86, de 2015) 
III - até 30 de setembro ou até 30 (trinta) dias após o prazo previsto no inciso II, o Poder Executivo 
encaminhará projeto de lei sobre o remanejamento da programação cujo impedimento seja 
insuperável; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
IV - se, até 20 de novembro ou até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso III, o 
Congresso Nacional não deliberar sobre o projeto, o remanejamento será implementado por ato do Poder 
Executivo, nos termos previstos na lei orçamentária. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 
2015) 
§ 15. Após o prazo previsto no inciso IV do § 14, as programações orçamentárias previstas no § 11 não 
serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos justificados na notificação prevista no inciso I 
do § 14. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
§ 16. Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira 
prevista no § 11 deste artigo, até o limite de 0,6% (seis décimos por cento) da receita corrente líquida 
realizada no exercício anterior. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
§ 17. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da 
meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, o montante previsto no § 11 deste 
artigo poderá ser reduzido em até a mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto das 
despesas discricionárias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
§ 18. Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de forma 
igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 86, de 2015) 
 
Art. 167. São vedados: 
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; 
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários 
ou adicionais; 
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as 
autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder 
Legislativo por maioria absoluta; 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da 
arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e 
serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades 
da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a 
prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem 
como o disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos 
recursos correspondentes; 
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VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação 
para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; 
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; 
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade 
social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos 
mencionados no art. 165, § 5º; 
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. 
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de 
receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas 
com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a 
realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que 
trata o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem 
prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de 
responsabilidade. 
§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem 
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, 
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício 
financeiro subseqüente. 
§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e 
urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto 
no art. 62. 
§ 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 
156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou 
contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 3, de 1993) 
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação 
para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o 
objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, 
sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste artigo. (Incluído pela 
Emenda Constitucional

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