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1 INTRODUÇÃO Á ANATOMIA Lygia Almeida É a ciência da estrutura do corpo. Embora o interesse primordial da anatomia esteja na estrutura, a estrutura e a função devem ser consideradas simultaneamente. É a ciência que estuda o corpo do animal, quanto à sua forma e estrutura, sem descuidar dos aspectos funcionais - funções do organismo, que está relacionado com a fisiologia. Etimologicamente – (parte da gramática que estuda a origem das palavras) Anatomia do grego significa: Ana – separar em partes e Tominus – cortar repetidas vezes. Anatomia - significa cortar em partes, a dissecação de cadáveres é o seu método principal de estudo. Divide-se em 3 grandes ramos: I. ANATOMIA MACROSCÓPICA II. ANATOMIA MICROSCÓPICA III. EMBRIOLOGIA I. ANATOMIA MACROSCÓPICA - é o estudo das estruturas anatômicas (órgãos, vasos, nervos, etc.) através da dissecação das peças ou animais previamente fixados com soluções apropriadas (a partir 1660 – álcool, 1890 – formalina). Usa-se a observação a olho nu, sem o uso de qualquer instrumento óptico que ampliem seu tamanho. As peças ou animais são estudados somente com auxílio de instrumentos cirúrgicos rotineiros, como tesouras, bisturi e pinças. Subdivide-se em: 1. Anatomia Comparada ou Comparativa – visa estabelecer comparações entre as estruturas anatômicas nas diferentes espécies animais. Ex. estudo do aparelho respiratório em peixes, aves e mamíferos domésticos. 2. Anatomia Especial – refere-se ao estudo das estruturas anatômicas de uma só espécie. Ex: cinotomia – espécie canina; hipotomia – espécie eqüina. 3. Anatomia Descritiva ou Sistemática – estuda os diferentes sistemas e aparelhos que compõe o organismo de forma isolada. O estudo da anatomia sistemática está subdividido nas seguintes partes: Osteologia: estuda os ossos que compõe o esqueleto. Artrologia ou Sindesmologia: estuda as articulações (junturas) que são os meios de uniões entre os ossos. Miologia: estuda os músculos, que são elementos ativos do movimento. Neurologia: é o estudo do sistema nervoso. Este sistema está subdividido em central e periférico. Angiologia: estuda o aparelho cardiovascular, o coração e vasos (artérias, veias e linfáticos) por onde circula o sangue e a linfa encarregados de nutrir e drenar todos os tecidos do corpo. Esplancnologia ou organologia: estuda as vísceras que compõe os aparelhos e sistemas localizados no interior do corpo do animal. Ex.: aparelhos: respiratório, digestório, urinário, etc. 2 Estesiologia: estuda os órgãos que se destinam a captação das sensações, como o olho, orelha, papilas gustativas, etc. A pele e seus anexos são estudados no sistema tegumentar. As glândulas de secreção interna são estudadas no sistema endócrino ou juntamente com os sistemas que estão relacionados funcionalmente. Ex. a hipófise no sistema nervoso, o testículo no sistema genital masculino, etc. 4. Anatomia Topográfica – estudo das estruturas anatômicas por regiões do corpo animal e suas inter-relações. Ex; região da coxa (pele, tecido subcutâneo, músculos, vasos sanguíneos, ossos, nervos, linfonodos, articulações, etc...) 5. Anatomia Aplicada – consiste em reunir os conhecimentos adquiridos na anatomia sistemática e topográfica e aplicá-los na clinica médica, clinica cirúrgica, diagnóstico por imagem – radiologia, ultra-sonografia, ressonância magnética, exames fenotípicos dos animais para fins de inscrição em sociedades de registros genealógicos, inspeção e ezoognósia. II. ANATOMIA MICROSCÓPICA 1. Biologia Celular – estudo da célula 2. Histologia – estudo dos tecidos III. EMBRIOLOGIA - é o estudo do desenvolvimento anatômico desde o período da fecundação ao nascimento. DIVISÃO DO CORPO DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS QUADRÚPEDES 1. Cabeça Crânio Face 2. Pescoço 3. Tronco Tórax Abdome Pelve 4. Membros Torácicos Pélvicos 5. Cauda POSIÇÃO ANATÔMICA Com o propósito de unificar a descrição das estruturas anatômicas, convencionou-se adotar uma posição padrão para o corpo dos animais = POSIÇÃO ANATÔMICA, na qual o animal está em estação, com os 4 membros estendidos e firmemente apoiados ao solo, com a cabeça ereta, narinas 3 voltadas para frente e olhar dirigido para o horizonte, assim independentemente da posição que o animal se apresente a descrição das estruturas anatômicas será sempre a mesma. PLANOS DE DELIMITAÇÃO: o corpo do animal está envolto através de 6 planos imaginários, dentro de uma figura geométrica em forma de paralelepípedo. Os planos são: 1. Plano Ventral – é um plano horizontal, que pode ser representado pelo próprio solo em que os 4 membros estão apoiados. 2. Plano Dorsal – é o plano horizontal que tangencia o dorso do animal, portanto em posição oposta ao plano ventral. 3. Planos Laterais – direito e esquerdo – são planos verticais que tangenciam as faces laterais do corpo. 4. Plano Cranial – plano vertical, situado a frente do animal e constituindo a face anterior do paralelepípedo. 5. Plano Caudal – é o plano vertical oposto ao plano cranial, ou seja, tangencia a cauda do animal. EIXOS DE CONSTRUÇÃO: há 3 grandes eixos formados por linhas imaginárias considerados importantes referências à posição e direção dos órgãos no interior do corpo que são: 1. Eixo CranioCaudal – estende-se do ponto de interseção das diagonais do plano cranial ao plano caudal. 2. Eixo DorsoVentral – estende-se do ponto de interseção das diagonais do plano dorsal ao plano ventral. 3. Eixo LateroLateral – estende-se do ponto de interseção das diagonais dos planos laterais entre si. 4 PLANOS DE CONSTRUÇÃO: para a obtenção dos planos de construção do corpo dos animais, usamos os eixos estudados anteriormente 2 a 2 da seguinte maneira: 1. Deslizando-se o eixo craniocaudal sobre o eixo dorsoventral temos o: PLANO MEDIANO (Fig.1 e 2 A) - que divide o corpo do animal em 2 metades semelhantes denominados de ANTÍMEROS (direito e esquerdo). PLANOS SAGITAIS OU PARAMEDIANOS (Fig. 2B): planos paralelos ao Mediano 2. Deslizando-se o eixo laterolateral sobre o eixo dorsoventral temos o: PLANO TRANSVERSAL OU VERTICAL (Fig. 3B) – que divide o corpo do animal em partes cranial e caudal – denominados de METÂMEROS B – Medial C - Lateral Fig. 1 Fig. 2 B – Medial C - Lateral 5 3. Deslizando-se o eixo laterolateral sobre o eixo craniocaudal temos o: PLANO FRONTAL OU HORIZONTAL (Fig. 3A) - que divide o corpo do animal em partes dorsal e ventral denominados de PAQUÍMEROS. TERMOS INDICATIVOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO DOS ORGÃOS O estudo da forma dos órgãos vale-se geralmente da comparação com figuras geométricas. Assim conforme o órgão denomina-se: faces, margens, extremidades ou ângulos, denominados de acordo com os correspondentes planos para os quais estão voltados. Da seguinte maneira: 1. Ventral: qualquer estrutura que estiver mais próxima ou voltada para o plano ventral terá uma posição ou direção denominada ventral. 2. Dorsal: qualquer estrutura que estiver mais próxima ou voltada para o plano dorsal terá uma posição ou direção denominada dorsal. 3. Lateral: qualquer estrutura que estiver mais próxima ou voltada para o plano lateral terá uma posição ou direção denominadalateral. 4. Cranial: qualquer estrutura que estiver mais próxima ou voltada para o plano cranial terá uma posição ou direção denominada cranial. 5. Caudal: qualquer estrutura que estiver mais próxima ou voltada para o plano caudal terá uma posição ou direção denominada caudal. 6. Medial: qualquer estrutura que estiver mais próxima ou voltada para o plano Mediano terá uma posição ou direção denominada medial. 7. Intermédia: qualquer estrutura que se situa entre duas outras, que são respectivamente medial e lateral em relação a ela. 8. Média: qualquer estrutura que se situa entre duas outras que são respectivamente dorsal e ventral em relação a ela. 9. Interno e Externo: indica a situação da parte voltada para o interior ou exterior de uma cavidade. Nos membros empregam-se termos especiais de posição: 10. Proximal: qualquer estrutura que esteja mais próxima à raiz do membro (extremidade unida ao tronco). Fig. 3 6 11. Distal: qualquer estrutura que esteja mais próxima ou voltada para a parte livre do membro. Na Mão 12. Termo cranial - é substituído por Dorsal (do carpo em diante) 13. Termo caudal - substituído por Palmar No Pé 14.Termo cranial – é substituído por Dorsal (do tarso, tornozelo ou jarrete em diante) 15. Termo caudal - é substituído por Plantar Nos dedos 16. Axial: face do dedo que está voltada para o eixo funcional. Eixo funcional – sobre a linha média da mão ou do pé. Bovino: 4 dedos, suíno: 4 dedos, cão: 5 dedos mão e 4 dedos no pé. 17. Abaxial: face do dedo oposta ao eixo funcional. 18. Superior e Inferior: termos usados para lábios e pálpebras 19. Anterior e Posterior: termos usados para o globo ocular 20. Superficial e Profundo: aplica-se a camadas do corpo, às paredes das vísceras. 21. Rostral: somente na região da cabeça substituindo o termo cranial. Para o tronco: vértebra 1 - mediano 2 - medial 3 - lateral 4 - intermédio 5 - dorsal 6 – ventral 8 7 - médio costela 9 esterno plano mediano Para os membros 8 – proximal 10 9 – médio 10 - distal 7 Para cabeça 11 11 – dorsal 12 – ventral 14 13 13 – rostral 14 – caudal 12 Em cavidades a- interno a b b - externo NOMES ZOOTÉCNICOS 8 OSTEOLOGIA SISTEMA ESQUELÉTICO ESQUELETO: é o conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar a estrutura do corpo do animal. TIPOS DE ESQUELETO 1. Exoesqueleto: base de sustentação é externa ex: crustáceos, artrópodos. 2. Endoesqueleto: esqueleto interno ex: homem, mamífero e aves. CLASSIFICAÇÃO DO ESQUELETO DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS Axial (eixo) Esqueleto divide-se em Apendicular (apêndices) Esplâncnico ou visceral Esqueleto Axial compreende: Raque ou coluna vertebral Costelas Esterno Crânio ou cabeça óssea Esqueleto Apendicular compreende: os ossos dos membros torácicos e pélvicos. Esqueleto esplâncnico ou visceral compreende: vários ossos desenvolvidos no interior de algumas vísceras ou órgãos. Exemplos: Osso peniano dos canídeos e felídeos Osso cardíaco dos bovinos Osso rostral do focinho dos suínos Fabelas – osso em forma de ervilha localizado caudalmente a cada côndilo do fêmur, no interior do músculo gastrocnêmio. O número de ossos em um esqueleto varia: - segundo a idade deste animal, já que quando um osso é formado ele é composto de inúmeras partes, as quais se fundem após o nascimento, consolidando-se em um único osso na idade adulta, quando termina o crescimento do animal. - em um mesmo esqueleto animal entre os dois antímeros; assim em um animal adulto, no carpo do eqüino podemos encontrar 7 ossos cárpicos num antímero e 8 ossos cárpicos no antímero oposto. Enquanto no tarso eqüino um pode apresentar 6 e o outro 7 ossos társicos. 9 - entre espécies diferentes principalmente devido ao número de dedos. Os eqüinos pisam em um dedo, os ruminantes em dois, os suínos em quatro, os caninos e felinos em quatro ou cinco e os humanos em cinco. As vértebras caudais são as que apresentam a maior variação entre espécies diferentes ou mesmo dentro de uma mesma espécie. Os artiodáctilos têm dedos pares, ruminantes 2, suínos e hipopótamo 4; os perissodáctilos têm dedos ímpares, eqüídeos 1, anta e rinoceronte 3 e elefante 5 dedos. FUNÇÕES DO ESQUELETO 1. Proteção para órgãos como: coração, pulmão, e Sistema Nervoso Central (SNC) 2. Sustentação e conformação do corpo 3. Armazenamento de íons de cálcio (Ca++) e fosforo (P) 4. Sistema de alavancas que movimentadas pelos músculos permitem os deslocamentos do corpo no todo ou em parte. 5. Produção de certas células do sangue – HEMATOPOIESE ESTRUTURAS DOS OSSOS O osso é uma substancia viva com vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Ele cresce, está sujeito a doenças e quando fraturado, cicatriza. 10 CONSTITUIÇÃO DOS OSSOS 1. Matriz Orgânica (OSTEÓIDE) – é formada por fibras colágenas(95%) constituídas de colágeno do tipo I e por pequena quantidade de proteoglicanas e glicoproteínas adesivas. São responsáveis por uma certa elasticidade e flexibilidade do osso. Ososteoblastos são as células que sintetizam a parte orgânica da matriz óssea. 2. Matriz Inorgânica (SUBSTANCIA MINERAL)- compõe cerca de 50% do peso da matriz óssea. É constituída principalmente cálcio e fosforo que formam cristais de hidroxiapatita (Ca5 (PO4)3OH) que são depositados dentro da rede de fibras colágenas (matriz orgânica), sendo responsáveis pela dureza e resistência característica do tecido ósseo. MECANISMOS DE OSTEOGENESE OU OSSIFICAÇÃO 1. OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA 2. OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL 1. OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA Os ossos que vão se formar total ou parcialmente por esse modo de ossificação, são os ossos que não sustentam muito peso, tais como, os ossos chatos do crânio e faciais, a mandíbula e clavícula(no homem). Surge no interior de membranas de tecido conjuntivo, daí o nome de intramembranosa. O local da membrana conjuntiva, onde a ossificação começa, chama-se centro de ossificação primária, O processo tem início pela diferenciação de células mesenquimatosas que se transformam em grupos de osteoblastos. Estes sintetizam o osteóide (matriz ainda não mineralizada), que logo se mineraliza, englobando alguns osteoblastos que se transformam em osteócitos. A palpação do crânio dos recém nascidos revela áreas moles – as fontanelas – onde as membranas conjuntivas ainda não foram substituídas por tecido ósseo. 2. OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL Tem inicio sobre uma peça de cartilagem hialina. De forma semelhante á do osso que vai se formar, porém de tamanho menor. Esse tipo de ossificação é o principal responsável pela formação de ossos curtos e longos, tais como os ossos dos membros, coluna vertebral, da pelve e base do crânio. Todavia deve-se salientar que a única diferença entre esses dois mecanismos distintos de osteogênese é o ambiente em que a ossificação ocorre. Não há diferença no tipo de osso que irão produzir, que será sempre o mesmo : Osso primário ou Imaturo (fibras colágenas com disposição irregular, sem orientação definida), e Osso Secundário ou Lamelar (fibras se organizam em lamelas, que adquirem uma disposição muito peculiar). TODOS OS OSSOS SÃO PERFURADOS POR FORAMES NUTRÍCIOS POR ONDE PENETRAM VASOS ENCARREGADOS DE SUA NUTRIÇÃO. 11 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS É uma classificação baseada na forma, tomando-se em consideração a predominância de uma das dimensões (comprimento, largura e espessura) sobre as outras duas. Assim, classificam-se em: • Ossos longos: São ossos em que uma das dimensões é maior do que as demais, ou seja, o comprimento é maior do que a largura e a espessura (altura). Os ossos longos apresentam um grande eixo longitudinal com a forma cilíndrica e que recebe o nome de CORPO ou DIÁFISE. As extremidades são mais largas e denominadas de EPÍFISES, sendo uma proximal e uma distal. A área ou região entre a diáfise e as epífises nos animais jovens, recebe o nome de METÁFISE. Na metáfise encontra-se uma cartilagem responsável pelo crescimento do osso em comprimento, chamada de CARTILAGEM DE CONJUGAÇÃO ou CARTILAGEM EPIFISÁRIA, ou CARTILAGEM EPIFISEAL (ou ainda CARTILAGEM DE CRESCIMENTO). Durante o crescimento a cartilagem sofre uma ossificação formando uma linha de tecido ósseo próxima das epífises e por isso chamada de linha epifisária, linha epifiseal ou linha fiseal. É recoberto, tanto na superfície externa (periósteo) como interna (endósteo), por camadas de tecido conjuntivo contendo células osteogênicas. PERIÓSTEO, revestimento externo da diáfise e parte das epífises, com exceção das superfícies articulares. É uma membrana delgada que possui duas camadas, uma camada fibrosa e outra celular que possui atividade osteogênica (responsável no animal jovem pelo crescimento em espessura dos ossos. No animal adulto, pela regeneração de fraturas ou inflamações). As epífises e a diáfise apresentam vários forames (orifícios) para a passagem de artérias e veias que irão nutrir o osso e também para levarem as células do sangue formadas na medula óssea. Os forames são chamados de nutrícios ou nutritivos. O corpo ou diáfise encontra-se formado pelo TECIDO ÓSSEO COMPACTO, que delimita um espaço chamado de CAVIDADE MEDULAR. No interior da Cavidade Medular, existe a MEDULA ÓSSEA, com função hematopoiética, ou seja, responde pela produção de células sanguíneas: eritrócitos, granulócitos e plaquetas. Nas epífises existe o TECIDO ÓSSEO TRABECULAR ou ESPONJOSO que recebe esse nome por apresentar uma forma reticular, ou seja, forma de rede, ou de esponja. No interior do tecido ósseo esponjoso encontram-se pequenos espaços, preenchidos por medula óssea. ENDÓSTEO é constituído por uma camada de células osteogênicas achatadas revestindo as cavidades do osso esponjoso, o canal medular, os canais de Havers e os de Volkmann. 12 Nos animais jovens a medula óssea é sempre vermelha, já nos animais idosos este tecido vai sendo substituído por tecido adiposo (gordura), formando a chamada medula amarela. A medula óssea do esterno e pelve (crista ilíaca) permanece vermelha, por toda a vida. TECIDO OSSEO COMPACTO: apresenta lamelas concêntricas que circundam um canal central – OSTEONIO (unidade estrutural básica do osso esponjoso). No canal central (Canal de Harvers) observamos vasos sanguíneos, Os canais centrais comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa do osso, através de canais transversais , os Canais Perfurantes ( Canais de Volkmann). - Funções dos ossos longos: 1) Sustentação dos tecidos moles 2) Auxilio na locomoção (alavancas) 3) Fonte de Minerais 4) Abrigam a medula óssea 13 - Locais onde encontramos ossos longos: Estão localizados nos membros: Membro Torácico (Úmero, Rádio, Ulna, Metacarpo (Metacárpicos) e Falanges) Membro Pélvico (Fêmur, Tíbia, Fíbula, Metatarso (Metatársicos) e Falanges). 14 • Ossos alongados: São ossos em que o comprimento é maior do que a largura e a espessura. Externamente são formados por tecido ósseo compacto e internamente apresentam tecido ósseo esponjoso com pequena quantidade de medula óssea. São revestidos pelo periósteo e também pelo endósteo. Diferem dos ossos longos por NÃO apresentarem Cavidade Medular. Ex.: Costelas - Funções: 1) Proteção 2) Área de fixação muscular 3) Fonte de minerais 4) Abrigam medula óssea • Ossos planos ou chatos: São os que apresentam comprimento e largura equivalentes maiores do que a espessura. Os ossos chatos ou planos são formados externamente por uma fina camada de tecido ósseo compacto. Possuem pequena quantidade de medula óssea no interior do tecido ósseo esponjoso. A disposição de camadas de tecido ósseo esponjoso situado entre as duas lâminas de tecido compacto nos ossos chatos, no crânio, é denominada de DIPLOË. A lâmina interna de tecido ósseo compacto é mais fina, porém mais resistente, aumentando assim a proteção do encéfalo e não apresenta periósteo. É revestida pela dura- máter, que é a meninge mais externa que recobre o encéfalo. Como a dura-máter não tem capacidade osteogênica, no caso de laceração da parede craniana, não vai haver regeneração e não há formação de calo ósseo, que comprimiria o encéfalo. - Função dos ossos Chatos ou Planos: 1) Proteção dos tecidos moles 2) Grande área para fixação muscular 3) Fonte de Minerais 4) Abrigam Medula Óssea - Localização: maior parte dos ossos da cabeça, escápula e o osso do quadril ou coxal.15 • Ossos curtos: São ossos em que as três dimensões se equivalem e estão formados externamente por uma fina camada de tecido ósseo compacto. Internamente apresentam tecido ósseo esponjoso com pouca quantidade de medula óssea no seu interior. Os ossos curtos estão presentes nas proximidades das articulações que realizam movimentos amplos ou complexos. Possuem também uma função além de permitir uma fonte de minerais e de abrigar medula óssea, a de absorver choques. Estão localizados na região do Carpo, portanto constituem os Ossos do Carpo e na região do Tarso, formando os Ossos do Tarso. 16 • Ossos sesamóides: É um tipo especial de osso curto porque possuem a forma de semente de sésamo (Gergelim). Funções: 1) São formados no trajeto de determinados tendões e por isso evitam o atrito entre os tendões e os ossos (parte pontiaguda dos ossos). 2) Por estarem no trajeto dos tendões podem alterar o seu curso, redirecionando-os. 3) Por ocasionarem uma mudança na direção dos tendões (redirecionamento) alteram o ângulo de tração dos tendões dos músculos e com isso proporcionam menor trabalho muscular, ou seja, maior vantagem mecânica, pois atuam como verdadeiras roldanas. Exemplos: O maior osso sesamóide do corpo é a Patela (antiga Rótula). Existem três ossos Sesamóides por dedo, sendo dois ossos entre a extremidade distal do metacarpo e a extremidade proximal da falange proximal e um osso sesamóide entre as falanges média e distal. • Ossos irregulares: São ossos que apresentam uma morfologia complexa, sem forma geométrica definida, não se enquadram em nenhuma classificação e geralmente são ossos ímpares e situados no plano mediano. Ex.(localização): alguns ossos do crânio como o osso occipital, o osso esfenóide, temporais, e etmóide e os ossos da coluna vertebral, que são chamados de vértebras. 17 • Ossos pneumáticos: São ossos que possuem espaços no seu interior contendo ar, e apresentam-se revestidos por uma membrana mucosa, possuem uma comunicação com o meio exterior através da cavidade nasal. Os espaços no interior dos ossos são chamados de Seios ou Sinus Os ossos que apresentam Seios são: Frontal (Seio Frontal), Maxilar (Seio Maxilar), Esfenóide (Seio Esfenoidal), Palatino (Seio Palatino). Os Seios nesses ossos podem também ser chamados de Seios Paranasais (ao lado do nariz). - Funções: Resistência (mais resistentes do que os ossos que não possuem ar no interior) e leveza
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