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Princípios Fundamentais do Direito Penal

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Princípios Fundamentais do Direito Penal
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA OU BAGATELA
A conduta é considerada de escassa lesividade, não se deve confundir com menor potencial ofensivo, de competência dos Juizados Especiais Criminais (Estadual - Lei 9.099/95 e Federal - 10.259/01).
Conduz à exclusão de tipicidade.
Ex. Crimes de bagatela (subtração de um chiclete, pano de chão). 
Requisitos para incidência do principio da bagatela: para o STF: 
1 – a mínima ofensividade da conduta;
2 – ausência de periculosidade social da ação;
3 - o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; e,
4 – inexpressividade da lesão jurídica provocada.
 PRINCIPIO DA ALTERIDADE ou TRANSCENDENTALIDADE
Não se puni a autolesão, o fato típico pressupõe um comportamento que transcenda a esfera individual do autor e seja capaz de atingir o interesse do outro.
Ex. tentativa de suicídio, prostituição, homossexualismo não são crimes. 
 PRINCÍPIO DA CONFIANÇA
Presume-se a responsabilidade de todos para que ajam de acordo com as normas da sociedade, visando não causar danos a terceiros.
Ex. um médico numa intervenção cirúrgica, confia que a enfermeira ministrara o medicamento correto.
 
 PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL
Postula pela atipicidade da conduta que não é mais considerada injusta. É altamente criticado, pelo fato do costume contra legem não revogar lei, pois o juiz não pode substituir o legislador e dar por revogada lei incriminadora.
Ex. art. 234 (escrito ou objeto obsceno) ou art. 58, 59 da LCP (Dec. Lei 3688/41).
PRINCÍPIO DA HUMANIDADE
	Num Estado de Direito democrático vedam-se a criação, a aplicação ou execução de pena ou qualquer outra medida que atente contra a dignidade humana, baseado nos preceitos dos direitos humanos.
	Art. 5º, XLVII, XLVIII e XLIX da CF/88.
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA ou NÃO CULPABILIDADE
	Ninguém poderá ser considerado culpado antes de sentença penal condenatória transitado em julgado (art. 5º, LVII da CF), este dispositivo passou a vigorar em nosso ordenamento jurídico por meio do Decreto nº 678/92 (Pacto de São José da Costa Rica). 
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA
	Baseado na Declaração dos Direitos Humanos e do Cidadão de 1789 postula que o Direito Penal só deve atuar minimamente na defesa dos bens jurídicos quando absolutamente necessário à sobrevivência da comunidade e resolvidos por outros ramos do Direito. 
PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE
	Trata-se, na verdade de uma característica do Direito Penal, consiste em estabelecer que as normas penais somente deve se ocupar de punir um pequeno fragmento dos atos ilícitos.
PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE
Postulado basilar nulla poena, nullum crimen sine culpa (não há pena, não há crime sem culpa). A pena não pode ultrapassar a medida da culpabilidade. Pressuposto da responsabilidade penal subjetiva. 
 PRINCIPIO DA IMPUTAÇÃO PESSOAL
O Direito Penal não pode punir um fato cometido por quem não reúne capacidade mental suficiente para compreender o que faz ou de se determinar de acordo com esse entendimento. Não pune os inimputáveis, arts. 26 e 27 do CP
 PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
Também chamada de princípio da proibição do excesso, a pena deve ser aplicada proporcionalmente ao delito praticado, do contrário seria injusta.
PRINCÍPIO DO Ne bis in idem
Ninguém poderá ser condenado duas vezes pelo mesmo fato.
Ex. Furto em residência - art. 155 (crime fim) e não por violação de domicilio – art. 150 (crime meio). 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
	
	Para que se limite o poder de punir do Estado (que exerce o ius puniendi, pois só a União pode legislar sobre matéria penal, reduzindo o risco de abusos ou arbitrariedades, o princípio da legalidade determina que tudo que não está expresso na lei penal é permitido, ou seja, tudo é lícito, exceto aquilo que a lei descreve como crime e apena. 
	
Art. 5º, inciso XXXIX da CF de 1988 e o art. 1º do Código Penal:
	Nullum crimen, nulla poena sine praevia lege.
	“Não há crime, não há pena sem prévia lei”
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DA LEI PENAL
	Diante do citado princípio exige-se que a previsão legal para infração penal esteja em vigor na época que fato criminoso for cometido, não bastando está descrito em lei, por isso o artigo 1º do Diploma Repressivo Legal fala em ... lei anterior ...e prévia cominação ...
[1]	 Bem jurídico – é tudo aquilo que possa satisfazer a necessidade humana desde que legal. 
PRINCIPIO DA RESERVA LEGAL
Somente a lei, em seu sentido mais estrito, pode definir crimes e cominar penalidades, pois a matérias penal deve ser expressamente disciplinada por uma manifestação de vontade daquele poder estatal a que por força da Carta Magna, compete a faculdade de legislar, isto é, o poder legislativo.
 PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL
	Art. 5º, XL da CF e art. 2º, § único do CP:
“A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu”.
	
A lei, via de regra, jamais retroagirá, regulando apenas fatos futuros. Se for para beneficiar, ainda que decididos por sentença penal condenatória transitada em julgado, a lei mais benéfica retroagirá, regulando assim fatos passados.

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