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Assoc Criminosa - Caso Pronto

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Pós-graduação em Direito Penal e Processo Penal 
Os delitos de Associação Criminosa, Milícia Privada e sua aplicação nos delitos previstos no Código Penal 
 
Andressa Daniele Brandão dos Santos Souza 
 
 Direito Penal Constitucional. Crimes em espécie Tutor: Daniela Bastos Soares 
Brasília/DF
2018
Os delitos de Associação Criminosa, Milícia Privada e sua aplicação nos delitos previstos no Código Penal. 
Envolvimento entre segurança pública e empresa privada é temerário. 
REFERÊNCIA: https://www.jb.com.br/index.php?id=/acervo/materia.php&cd_matia=737863&dinamico=1&preview=1
A reportagem relata a realidade no Estado do Rio de Janeiro sobre atuação da “milícia privada”. Onde há uma relação de segurança pública e segurança privada, pela atuação dos profissionais de segurança pública. 
A falta de estrutura na formação de policiais e os salários baixos levam aos profissionais a procurarem “bicos”, onde atuam como responsáveis pela segurança de empresas privadas. 
 A prática dessa segurança é tão comum, que há um entendimento na súmula 386 do TST, que diz que é legítimo o reconhecimento da relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. 
Infelizmente, essa prática da segurança privada vem acontecendo pela falha do Estado em garantir a segurança pública para a população, que quando se vê ameaçada, acredita que na forma privada terá sua proteção garantida. 
Essa tentativa de complementar a renda, devido aos salários baixos, acaba contribuindo para a formação de grupos paramilitares, as famosas milícias, que geralmente são formados por policiais, bombeiros, agentes penitenciários, fuzileiros, etc. 
A solução seria que se o policial estivesse mais bem treinado, mais bem pago, não teria essa necessidade de complementar a renda. 
O que muito se questiona, é a inércia da Secretaria de Segurança do Estado. Os profissionais que deveriam atuar nessa área, no sentindo da segurança pública, passam atuar pelas vias privadas. Passando a preencher as lacunas deixadas pelo poder público. 
Essa situação irregular acaba por criar milícias. Deixando claro que, quem tem mais poder aquisitivo tem a capacidade de controlar essa segurança. 
Nas áreas mais pobres, a milícia controla o tráfico, as atividades ilegais e clandestinas, ficando a população a mercê dessa segurança que é feita por policiais da própria segurança pública, fechando os olhos para sua função social e garantindo a proteção apenas para aqueles que pagam pelo serviço. 
Sabemos que há diferença entre associação criminosa e milícia privada.
 Associação Criminosa está prevista no art. 288 do Código Penal com a definição de associarem-se três ou mais pessoas com a finalidade de praticar crimes. Já na Milícia privada prevista no art. 288-A do Código Penal, não há de se falar em números de meliantes, e sim de grupos paramilitares com a finalidade de praticar qualquer crime previsto no Código Penal.
As principais características da Milícia Privada são: a ocupação da milícia em vácuos do poder público (ausência do Estado); ocupação e demarcação territorial; formação militar é a principal origem dessa organização; justificar a conduta perante a população (legitimidade) para passar a imagem do salvador da área; e o objetivo patrimonial (lucro, dinheiro). 
A ofensa ao bem jurídico, no delito em estudo, ocorre com lesão ao objeto jurídico “paz pública” que se efetiva com qualquer incentivo a organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com o escopo de praticar qualquer dos crimes previstos no Código Penal. 
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