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Ponto 5 - Processo Civil

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PONTO 05
Processo Civil - Sujeitos Processuais. Partes e Procuradores Representação e Substituição Processual. Litisconsórcio. Intervenção de Terceiros. Advogado. Ministério Público. Auxiliares da Justiça. O Processo Civil nos Sistemas de Controle da Constitucionalidade. Ação Direta de Inconstitucionalidade. Ação Declaratória de Constitucionalidade. Medida Cautelar. Declaração Incidental de Inconstitucionalidade. Ações Civis Constitucionais. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental.
	***SUJEITOS PROCESSUAIS****
Sujeitos principais: autor, o réu e o juiz. 
Sujeitos especiais: advogado e o membro do Ministério Público. 
Sujeitos secundários: auxiliares da Justiça (escrivão, oficial de Justiça, perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o contador, etc.) e terceiros, como testemunhas.
	*** PARTES****
	PARTEs - conceito de natureza formal  as partes serão definidas pela análise do conteúdo da petição inicial. Ou seja, cabe ao autor definir quais as partes do processo (PRINCÍPIO DA INÉRCIA).
		- Chiovenda: “parte litigante é aquele que pede em próprio nome, ou em cujo nome é pedida, a atuação da vontade da lei, e aquela em face de quem essa atuação é pedida”.
 	
	TERCEIRO - todo sujeito não definido como parte, ativa ou passiva, na petição inicial. [conceito por exclusão]
	***REPRESENTAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL****
	LEGITIMIDADE ORDINÁRIA X LEGITIMIDADE EXTRAORDINÁRIA
	a)legitimidade ordinária: haverá o reconhecimento da legitimidade ordinária quando se verificar que o titular do direito material é o mesmo daquele reconhecido como legítimo para integrar a relação processual.
	legitimado para relação processual = Titular do direito material 
	-a legitimidade ordinária é a regra, já que, salvo nas hipóteses autorizadas pela lei, ninguém pode pleitear em nome próprio direito alheio [art. 6º, CPC]
	b)legitimidade extraordinária ou substituição processual: haverá o reconhecimento da legitimidade extraordinária quando se verificar que o titular do direito material não é o mesmo daquele reconhecido como legítimo para integrar a relação processual.
	-a legitimidade extraordinária é exceção, somente podendo ser reconhecida quando houver previsão expressa da legislação. [art. 6º, CPC: “(...) salvo quando autorizado por lei”.]
	CAPACIDADE DE SER PARTE X CAPACIDADE DE ESTAR EM JUÍZO
	a)CAPACIDADE DE SER PARTE – capacidade de ser parte se confunde com a personalidade jurídica. (capacidade de direito)
		-é pressuposto processual, por isso deve ser analisada em momento prévio à análise da legitimidade.
	b)CAPACIDADE DE ESTAR EM JUÍZO [legitimidade ad processum] [art. 7º, CPC] - o sistema processual se utiliza do conceito trazido pelo direito material  toda pessoa que se achar no exercício de seus direitos (capacidade de fato ou exercício) tem capacidade para estar em juízo.
	-a ilegitimidade ad processum pode ser sanada [art. 8º, CPC]
	 	REPRESENTAÇÃO: incapacidade absoluta.
 		ASSISTÊNCIA: incapacidade relativa.
	hipóteses de curador especial: 
 	incapaz que não tiver representante legal;
 	incapaz cujos interesses sejam conlidentes com os de seu representante legal;
 	réu preso; 
 	réu revel citado por edital ou com hora certa.
	LEGITIMIDADE AD CAUSAM x LEGITIMIDADE AD PROCESSUM
 	a)LEGITIMIDADE AD CAUSAM - é condição da ação e em regra é insanável. [afirmação relativa, existiriam situações nas quais seria possível a correção – ex.: nomeação à autoria]
 	b)LEGITIMIDADE AD PROCESSUM - é pressuposto processual de desenvolvimento, pode ser sanada [art. 13 CPC]
	no caso de litisconsórcio necessário a ausência de um dos litisconsortes caracteriza a irregularidade passiva. 
legitimidade extraordinária ou substituição processual x representação processual x sucessão processual
 	Legitimado extraordinário: é integrante da relação processual, por expressa autorização legal nesse sentido, que agindo em nome próprio defendendo direito alheio.
 		integra a relação processual;
 		defende interesse alheio em nome próprio.
 	Representação processual: nesse caso o representante não integrará a relação processual, estando em juízo para agir em nome do representado que não possui capacidade para atuar por si só no processo.
 		não integra a relação processual;
		- é pressuposto processual de validade (capacidade de estar em juízo)
 		defende interesse alheio em nome alheio.
 		ex.: mãe representando o filho menor em investigação de paternidade.
 	Sucessão processual (SUBSTITUIÇÃO DE PARTE): fenômeno processual distinto dos anteriores tratados, representa hipótese na qual uma parte que não integrava a relação processual ingressa na posição de alguém que dela (relação) era integrante.
		ex.: herdeiro se habilitando em processo que seu pai era parte; adquirente de bem litigioso ingressando, desde que presente a anuência da parte contrária, na posição do alienante.
		- litigar, em nome PRÓPRIO, sobre DIREITO MATERIAL PRÓPRIO, adquirido no curso do processo.
 	-espécies:
 	i)POR ATO ENTRE VIVOS (SUCESSÃO VOLUNTÁRIA): somente ocorrerá nas hipóteses autorizadas por lei. ex.: alienação de coisa litigiosa em que a parte contrário consente no ingresso do adquirente. (art. 42, § 2º, CPC)
	ii)CAUSA MORTIS: 
	Art. 43. Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a substituição (na verdade, é sucessão) pelo seu espólio ou pelos seus sucessores, observado o disposto no art. 265.
	alienação de coisa/direito litigiosa(o): não altera a legitimidade, o processo tem continuidade em relação àquele contra quem a ação foi proposta. [ao contrário do que possa parecer não ocorre a ilegitimidade superveniente do alienante] 
	crítica à redação do dispositivo: a alienação da coisa litigiosa altera sim a legitimidade, o que não ocorre é a sua supressão. O alienante segue, em regra, ostentando legitimidade; esta, todavia, de ordinária passa a ser extraordinária; há, sim e portanto, um quê de alteração na legitimidade.
	Alienante – se continuar, a legitimidade passa de ordinária a extraordinária.
 	-hipóteses de possível ocorrência nesse caso:
	1)parte contrária consente no ingresso do adquirente: fenômeno da sucessão processual. 	saí alienante; entra adquirente.
	2)parte contrária não consente no ingresso do adquirente: fenômeno da substituição ulterior. [o alienante, que no início do processo fazia parte da relação jurídica material e defendia direito próprio, em nome próprio, permanece na ação, agora, defendendo direito alheio, em nome próprio  legitimação extraordinário ulterior]
	alienante permanece no processo, agora defendendo direito material pertencente ao adquirente. Nesse caso é possível que o adquirente intervenha no processo como assistente.
	legitimidade extraordinária x substituição processual
 	-há divergência na doutrina quanto ao reconhecimento ou não de diferença entre a legitimidade extraordinária e a substituição processual.
 		a)são expressões sinônimas: [majoritária]
 		b)Não são expressões sinônimas: legitimação extraordinária somente existirá quando puder ser reconhecida a legitimidade ordinária; quando não houver legitimação ordinária será hipótese de substituição processual [ex.: antes de 1.962 a mulher casada não tinha legitimidade para atuar, nesse caso a atuação do marido se daria a título de substituição]
	
	legitimidade nos processos coletivos há divergência doutrinária em reconhecer a legitimidade nos processos coletivos como uma legitimidade diferenciada ou como mera legitimidade extraordinária.
	a)legitimidade extraordinária: para alguns doutrinadores a legitimidade nos processos coletivos deve ser reconhecida como sendo uma legitimidade extraordinária, nos moldes previstos pelo CPC. (Dinamarco)
	b)legitimidade autônoma PARA A CONDUÇÃO DO PROCESSO: para outros, representaria uma legitimidade diferente da legitimidadeprevista no CPC, denominada de legitimidade autônoma. (Nelso Nery)
	REPRESENTAÇÃO [vocábulo polissêmico]
 	-acepções da expressão:
	a)meio de integração da incapacidade processual absoluta  é meio de correção da ilegitmidade ad processum.
	b)meio pelo qual se exterioriza a capacidade postulatória  o ordenamento exige capacidade técnica para a prática de determinados atos processuais. O instituto por meio do qual o advogado fala em nome daquele que o constituiu é a representação. [art. 36 CPC]
	os sujeitos que falam no processo devem utilizar a linguagem técnica adequada.
	c)meio estipulado para que entidades que, embora dotadas de legitimadas ad causam, dependem da interveniência de terceiro sujeito para externar sua vontade processual  instrumento por meio do qual as pessoas dotadas de personalidade jurídica, mas que não conseguem exteriorizar sua vontade, se manifestam no processo.[art. 12 CPC]
	-representação prevista no art. 12, CPC:
	a)União, Estados, Distrito Federal e Territórios  seus procuradores;
	b)Município  Prefeito ou procurador;
	c)massa falida  síndico;
	d)herança jacente ou vacante  seu curador;
	e)espólio  inventariante;
	-se o inventariante for dativo, todos os herdeiros e sucessores serão autores/réus nas ações em que o espólio for parte. (art. 12, §1º)
	f)pessoas jurídicas  por quem os respectivos estatutos designarem, em caso de omissão, por seus diretores;
	g)sociedades sem personalidade jurídica  pessoa a quem couber a administração dos seus bens;
	-quando demandadas não poderão opor a irregularidade de sua constituição.
	h)pessoa jurídica estrangeira  gerente, representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil;
	-presume-se a autorização para recebimento da citação.
	i)condomínio  administrador ou síndico.
 	-em qualquer das 3 acepções apontadas poderá haverá irregularidade, devendo ocorrer a aplicação do art. 13, CPC.
		“(...) incapacidade processual (...)”
 		“(...) irregularidade da representação das partes (...)”
CPC
Art. 13. Verificando a incapacidade processual ou a irregularidade da representação das partes, o juiz, suspendendo o processo, marcará prazo razoável para ser sanado o defeito.
Não sendo cumprido o despacho dentro do prazo, se a providência couber:
I - ao autor, o juiz decretará a nulidade do processo;
II - ao réu, reputar-se-á revel;
III - ao terceiro, será excluído do processo.
 	-magistrado suspenderá o curso do processo e determinará prazo para que o defeito seja sanável. Se a irregularidade persistir:
 		se cabia ao autor sanar: será decretada a nulidade do processo.
 		se cabia ao réu sanar: será considerado revel.
 		se cabia ao terceiro sanar: será excluído do processo.
 	-há tratamento específico para o caso do advogado que postula em juízo sem procuração. [art. 37, CPC]
 		Regra: advogado somente poderá postular em juízo quando acompanhado do instrumento do mandato.
 		Exceção: [apesar de inexistente o instrumento de mandato nos autos será possível a atuação do advogado nos seguintes casos] 
 		intentar ação a fim de evitar decadência ou prescrição
		intervir no processo para praticar atos reputados urgentes 
		advogado deverá exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 dias, prorrogáveis por outros 15 dias, por despacho do juiz.
		os atos não ratificados no prazo serão havidos por inexistentes, respondendo o advogado por perdas e danos.
	*****LITISCONSÓRCIO*****
	
	LISTISCONSÓRCIO é o fenômeno pelo qual duas ou mais pessoas se encontram no mesmo pólo do processo, como autores, réus ou como autores e réus. É, portanto, o cúmulo de duas ou mais pessoas no mesmo pólo do processo.
	CUMULAÇÃO PROCESSUAL
	CUMULAÇÃO SUBJETIVA – cumulação de partes no mesmo pólo processual. 
		requisitos para cumulação subjetiva [art. 46, CPC – requisitos alternativos]
	CUMULAÇÃO OBJETIVA – cumulação de pedidos na mesma ação.
		requisitos para cumulação objetiva [art. 292, CPC – requisitos cumulativos].
	DECISÃO QUE EXCLUI UM DOS LITISCONSORTES:	
	NATUREZA: DECISÃO INTERLOCUTÓRIA;
						RECURSO: AGRAVO.
	hipóteses legais para a formação do litisconsórcio [art. 46, CPC]
	i)COMUNHÃO DE DIREITOS OU OBRIGAÇÕES RELATIVAMENTE À LIDE
	ii)DIREITOS OU OBRIGAÇÕES DERIVAM DO MESMO FUNDAMENTO DE FATO OU DE DIREITO
	iii)CONEXÃO PELO OBJETO OU PELA CAUSA DE PEDIR
	iv)AFINIDADE DE QUESTÕES POR UM PONTO COMUM DE FATO OU DE DIREITO
	i)COMUNHÃO DE DIREITOS OU OBRIGAÇÕES RELATIVAMENTE À LIDE - hipótese de comunhão de CAUSA DE PEDIR REMOTA. [direito material] – é a conexidade intensa. Hipóteses de cotitularidade, solidariedade.
 	-direito ou obrigação pertencente a mais que uma pessoa. [ex.: condomínio]
	ii)DIREITOS OU OBRIGAÇÕES DERIVAM DO MESMO FUNDAMENTO DE FATO OU DE DIREITO - hipótese de comunhão de CAUSA DE PEDIR PRÓXIMA [fundamento indutor da pretensão]. Trata-se de hipótese de conexidade objetiva (assim como a iii).
 	-a fonte ensejadora dos direitos ou obrigações é a mesma. 
	iii)CONEXÃO PELO OBJETO OU PELA CAUSA DE PEDIR
 	conexão pelo OBJETO - hipóteses não tratadas nos incisos anteriores.
	conexão pela CAUSA DE PEDIR - relativa sobreposição com os casos anteriores.
	a comunhão nesse caso é plena. (comunhão de causa de pedir próxima e remota ao mesmo tempo)
	Importante: nas hipóteses ii e iii, os elementos objetivos concretos é que devem ser comuns. Os elementos objetivos concretos correspondem à narrativa dos fatos e ao específico bem da vida pretendido. Já os elementos objetivos abstratos são os fundamentos de direito e a natureza do provimento pedido. Ex: ação de despejo do mesmo locador em imóveis diferentes e em face de locatários diferentes – há elementos objetivos abstratos comuns, mas não cabe o litisconsórcio.
	iv)AFINIDADE DE QUESTÕES POR UM PONTO COMUM DE FATO OU DE DIREITO - situação genérica que abarcaria as outras situações. Mas se for hipótese caracterizadora de um dos incisos anteriores eles deverão ser utilizados (CRITÉRIO DE ESPECIALIDADE).
	Trata-se de conexidade degradada.
	REGIME JURÍDICO DO LITISCONSÓRCIO PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DOS LITISCONSORTES [art. 48, CPC]
	regra geral - AUTONOMIA LITISCONSORCIAL – as relações dos litisconsortes com a parte contrária são autônomas. Como regra, os benefícios e prejuízos decorrente dessas relações não são comunicadOs entre os envolvidos.
	
	exceções: [hipóteses que inexistirá autonomia]
 	como a regra é da autonomia dos litisconsortes, os dispositivos que infirmam tal situação devem ser interpretados restritivamente.
	1)REVELIA EM QUE UM DOS LITISCONSORTES CONTESTA A AÇÃO [art. 320, I, CPC]
	2)RECURSO INTERPOSTO POR UM DOS LITISCONSORTES[art. 509, CPC]
	
	
	CLASSIFICAÇÃO DO LITISCONSÓRCIO
 	1)CRITÉRIO: MOMENTO
		a)LITISCONSÓRCIO INICIAL OU ORIGINAL: 
		b)LITISCONSÓRCIO ULTERIOR OU POSTERIOR: 
 	2)CRITÉRIO: COMPULSORIEDADE.
 		a)LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO: 
 		b)LITISCONSÓRICO NECESSÁRIO: 
 	3)CRITÉRIO: quanto ao resultado.
 		a)LITISCONSÓRCIO SIMPLES: 
 		b)LITISCONSÓRCIO UNITÁRIO: 
	CRITÉRIO: COMPULSORIEDADE.
	a)LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO: é a regra geral.
 	-intervenção judicial na formação do litisconsórcio facultativo: vedação da intervenção judicial para formação de litisconsórcio facultativo, nesse caso, em decorrência do princípio da congruência e da inércia da jurisdição, o cúmulo subjetivo somente ocorrerá por iniciativa do pólo ativo. [art. 46, CPC]
	b)LITISCONSÓRICO NECESSÁRIO: ocorrerá sempre que a eficácia da sentença depender da citação de todos os listisconsortes no processo. [art. 47, CPC]
	-nesse caso o direito de ação ficará dependente da presença de todos os litisconsortes. Na ausência de um deles o juiz ordenará ao autor que cite todos os litisconsortes sob pena de declararextinto o processo sem resolução do mérito tendo como fundamento a ilegitimidade do pólo passivo.
	-a sentença dada em processo que esteve ausente um litisconsorte necessário será considerada ineficaz, até mesmo para aqueles que participaram do processo [STJ: VÍCIO DE INEXISTÊNCIA JURÍDICA].
	-atenção: no Brasil o juiz não pode, de ofício, determinar a citação; não existe a intervenção por determinação do juiz (issu iudicis). Não tem o juiz o poder de determinar a citação ex officio, inexistindo, no sistema processual, a figura do listisconsórcio iussu iudicis, que configura exceção ao princípio da demanda. Caberá ao magistrado determinar que o autor cite o litisconsorte necessário ausente, dentro do prazo estabelecido, sob pena de extinguir o processo.
	-a necessariedade decorrerá:
	da lei - nesse caso a necessariedade não implicará, obrigatoriamente, a uniformidade da decisão.
	ex.: 	i)usucapião [art. 942, CPC] – deverá ocorrer citação daquele em cujo nome estiver registrado o imóvel usucapiendo, bem como dos confinantes e, por edital, dos réus em lugar incerto e dos eventuais interessados  nesse caso o litisconsórcio formado será necessário e simples.
	ii)ações reais contra pessoa casada [art. 10, § 1°, I, CPC] – ambos os cônjuges deverão ser citados para as ações que versem sobre direitos reais imobiliários.
	da natureza da relação jurídica - nesse caso a necessariedade implicará a uniformidade da decisão.
	-crítica à redação do dispositivo: o legislador muda de assunto no meio do texto, inserindo o conceito de litisconsórcio unitário. A unitariedade e a necessariedade do litisconsórcio não se confundem, a primeira é espécie de litisconsórcio em uma classificação segundo o resultado, a segunda é espécie em uma classificação segundo a obrigatoriedade. Decorrem de critérios classificatórios distintos.
	-a redação do dispositivo decorre da influência do direito italiano no direito brasileiro. Lá os conceitos de litisconsórcio necessário e unitário se confundem. Esta não é a posição brasileira, por isso da confusão do texto do dispositivo.
	litisconsórcio unitário: “(...) o juiz tiver que decidir a lide de modo uniforme para todas as partes (...)”
	litisconsórcio necessário “(...) caso em que a eficácia da sentença dependerá da citação de todos os litisconsortes no processo.”
	litisconsórcio ativo necessário - discussão quanto à solução a ser dada quando for caso de litisconsórcio ativo necessários, mas que um dos litisconsortes resistir em participar do processo. [ex.: sócios da mesma empresa adquirem um imóvel ad mensuram, mas não recebem a quantidade correta. Um deles pretende entrar com ação de complementação, mas o outro quer fazer parte da ação  a ação pode ser manejada apenas por um dos sócios?? Qual a solução a ser dada??]. se o renitente não participar da ação, inviabilizado o exercício do direito de ação do outro litisconsorte que deseja requerer a prestação jurisdicional.
 	-interesses conflitantes: direito de ação x direito de não litigar
 	-3 correntes:
 	a)citação do outro autor para integrar o pOlo ativo da ação – agente entra com a ação e pede para que o outro litisconsorte necessário ativo seja citado na condição de autor, compulsoriamente. [segundo prof. marcato é o que ocorre na prática]
	b)citação do outro autor para integrar o pólo passivo da ação [Nery, josé roberto dos santos bedaque]– agente entra com a ação e pede para que o outro litisconsorte necessário ativo seja citado na condição de réu.
	c)Processo deve ser extinto [dinamarco]– ninguém pode ser obrigado a ser autor, por isso não ser possível obrigar que integre a ação. Se for caso de litisconsórcio ativo, não estando presentes todos os litisconsortes necessários, outra solução o processo deve ser extinto.
	CRITÉRIO: quanto ao resultado.
	a)LITISCONSÓRCIO SIMPLES: o resultado não precisa ser o mesmo para todos os litisconsortes, o juiz está autorizado a decidir as pretensões de cada litisconsorte de maneira livre.
	b)LITISCONSÓRCIO UNITÁRIO: o resultado precisa ser o mesmo para todos os litisconsortes, juiz não está autorizado a decidir as pretensões de cada litisconsorte de maneira livre. Situação que requer seja dado um mesmo resultado para todos os litisconsortes envolvidos, não havendo possibilidade de cisão no tratamento dado entre eles. [art. 47, CPC]
	há quem afirme, equivocadamente, que todo litisconsorte necessário é unitário. Quando a necessariedade do litisconsorte decorrer da lei pode ser que a situação não caracterize litisconsórcio unitário (ex.: ação de usucapião e a citação do proprietários vizinhos), mas se decorrer da natureza da relação material o litisconsórcio obrigatoriamente será necessário E UNITÁRIO.
 	
	hipóteses de litisconsórcio unitário e facultativo
	i)ação reivindicatória proposta por um condômino [art. 1.314, CC];
	ii)ação do co-herdeiro para reclamar a universalidade da herança ao terceiro;
	iii)pedido formulado por qualquer interessado de exclusão de herdeiro por indignidade;
	iv)sócio propondo, sozinho, demanda visando a anulação de deliberação aprovada por assembléia de S/A realizada de forma irregular [art. 206, II, a, Lei 6.404/76].
	LITISCONSÓRCIO MULTITUDINÁRIO – litisconsorte formado por uma grande quantidade de litisconsortes. Nesse caso, sendo hipótese de litisconsórcio facultativo, havendo possibilidade de comprometimento da rápida solução do litígio ou dificuldade do exercício de defesa, poderá o magistrado limitar o número de litigantes. 
	-a limitação pode ser feita de ofício ou a pedido das partes. 
	-legislação faculta ao magistrado a possibilidade de limitar o cúmulo subjetivo. 
	-a limitação só poderá ocorrer no LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO.
	-fundamento: balanciamento de valores  ECONOMICIDADE E EFICIÊNCIA X CELERIDADE, CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. O litisconsórcio de multidão fragiliza o exercício do contraditório e da ampla defesa. 
	nessas hipóteses trazidas pelo dispositivo o grande número de litigantes não contribui para os objetivos do instituto, quais sejam, o de resolver várias situações da vida em um só processo, como mínimo de esforço possível, evitando decisões conflitantes. São situações que contrariam a lógica do instituto.
	-cabimento: 	a)quando existir dificuldade para o EXERCÍCIO DO DIREITO DE DEFESA;
			b)quando existir dificuldade para o JULGAMENTO DA CAUSA.
	
	****INTERVENÇÃO DE TERCEIROS****
	INTERVENÇÃO DE TERCEIROS - instrumento de introdução do terceiro (aquele que não autor ou réu) na relação processual, com a manutenção da qualidade de terceiro. Nessa hipótese o terceiro deixa de ser alheio e passa a ser terceiro interveniente.
	TERCEIRO - todo sujeito não definido como parte (ATIVA ou PASSIVA) na inicial. [definição de natureza formal] 
 	
	CATEGORIAS DE TERCEIRO
	1)TERCEIRO DESINTERESSADO 
 	2)TERCEIRO COM INTERESSES DIVERSOS
	3)TERCEIRO COM INTERESSES JURÍDICO 
	
	JUSTIFICATIVA DO INSTITUTO da intervenção de terceiros
	a)EVITAR O FENÔMENO DA EXTENSÃO SUBJETIVA DA SENTENÇA - objetiva-se que terceiro que seja interessado na lide tenha a oportunidade de participar do processo cuja sentença lhe atingirá.
	b)ECONOMIA PROCESSUAL - objetiva-se garantir o máximo de resultado com o mínimo de desperdício. A mesma base processual é utilizada para resolver um maior número de lides.
	REGIME JURÍDICO DO TERCEIRO INTERVENIENTE 
	-terceiro tem, por ficção legal, o mesmo regime jurídico de PARTE.
 	-o terceiro interveniente persiste como terceiro, mas por uma ficção legal atua como se parte fosse. [denunciado seria litisconsorte do denunciante – tem regime jurídico de litisconsorte, mas em rigor não é]
	
	ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO
	
	1)ASSISTÊNCIA [art. 55, CPC] - é hipótese de intervenção que não está no capítulo referente à intervenção de terceiros.
 	2)RECURSO DE TERCEIRO PREJUDICADO [art. 499, CPC] - é hipótesede intervenção que não está no capítulo referente à intervenção de terceiros.
	nem todos os autores destacam o recurso de terceiro prejudicado como uma hipóteses específica de intervenção de terceiros.
	3)OPOSIÇÃO [art’s. 56 a 61, CPC]
 	4)NOMEAÇÃO À AUTORIA [art’s . 62 a 69, CPC]
 	5)DENUNCIAÇÃO DA LIDE [art’s. 70 a 76, CPC]
 	6)CHAMAMENTO AO PROCESSO [art’s. 77 a 80, CPC]
	
	CLASSIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO
	1)INTERVENÇÃO PROVOCADA, COACTA OU OBRIGATÓRIA
		a)DENUNCIAÇÃO DA LIDE;
		b)NOMEAÇÃO À AUTORIA;
		c)CHAMAMENTO AO PROCESSO.
	2)INTERVENÇÃO VOLUNTÁRIA
		a)OPOSIÇÃO;
		b)ASSISTÊNCIA;
		
	ASSISTÊNCIA
	ASSITÊNCIA - intervenção voluntária do terceiro que deseja ingressar em demanda na qual tem interesse jurídico que a sentença seja favorável a uma das partes.
	REQUISITO: existência de INTERESSE JURÍDICO em que a sentença seja favorável a uma das partes. [art. 50, caput, CPC]
	-essa é a circunstância que autoriza a modificação da categoria do terceiro, de alheio para interveniente.
	INTERESSE JURÍDICO = VÍNCULO COM UMA DAS PARTES + PREJUÍZO
	INTERESSE JURÍDICO X INTERESSE ECONÔMICO - como regra o interesse puramente econômico não justifica a intervenção. exceção: intervenção anômala
	INTERESSE JURÍDICO X INTERESSE PROCESSUAL - o mero interesse processual não seria suficiente para justificar a intervenção, é necessária a existência de interesse material e não apenas interesse processual.
	
	CABIMENTO [art. 50, § único, CPC] - cabível em qualquer dos tipos de procedimento e em todos os graus de jurisdição;
	-o assistente receberá o processo no estado em que ele se encontra.
 	-atenção: só há assistência em processo de conhecimento.
	ESPÉCIES/MODALIDADES DE ASSISTÊNCIA:
	1)ASSISTÊNCIA SIMPLES 
	2)ASSITÊNCIA LITISCONSORCIAL, QUALIFICADA OU HÍBRIDA -
	1)ASSISTÊNCIA SIMPLES - o assistente tem interesse jurídico que a sentença seja favorável ao assistido, mas inexiste relação jurídica alguma entre o primeiro e a parte contrária do segundo. Ou seja, inexiste relação jurídica entre o assistente e a parte contrária ao assistido.[art. 52, CPC]
	eX: SITUAÇÃO DO SUBLOCATÁRIO.
	
	2)ASSITÊNCIA LITISCONSORCIAL, QUALIFICADA OU HÍBRIDA - além de possuir interesse na vitória do assistido, existirá relação jurídica entre o assistente e a parte contrária do assistido. [art. 54, CPC]
	ASSISTENTE LITISCONSORCIAL: PARTE OU TERCEIRO? 	- doutrina diverge quanto à correta categorização do assistente litisconsorcial, adquiriria ele a condição de parte ou seria mantida sua qualidade de terceiro. A divergência decorre da redação do art. 54 [“Considera-se litisconsorte (...)”]. Se for considerado como litisconsorte, deverá ser reconhecida a sua qualidade de parte, se for considerado que o assistente litisconsorcial mantém a qualidade de terceiro.
 		a)PARTE: o assistente litisconsorcial deve ser considerado como PARTE. Trata-se de hipótese de litisconsórcio facultativo que poderia ter se formado, mas não se formou. Segundo esse posicionamento assistência litisconsorcial e litisconsórcio se confundiriam. Admitida a assistência litisconsorcial, formar-se-á litisconsórcio ulterior. (MARINONI)
	
		b)TERCEIRO: na assistência litisconsorcial o interveniente não perde a qualidade de terceiro, por isso não pode ser confundida com o litisconsórcio. Não seria correto dizer que o assistente se encontra direta e imediatamente vinculado à relação jurídica posta como objeto do processo. DINAMARCO e ARRUDA ALVIN.
	
			-o assistente nada pede para si e em face dele nenhum pedido é formulado, pois isso não é parte. 
			- a diferença da assistência litisconsorcial é que o terceiro na demanda originária não é o titular do direito discutido, como ocorre com o litisconsórcio ulterior. 
	
	CARACTERÍSTICAS DA ASSISTÊNCIA:
	a)VOLUNTÁRIA: o terceiro ingressa no processo por sua própria vontade, e não por provocação.
 	b)FACULTATIVA: o Terceiro não é obrigado a ingressar, o fato do assistente não ingressar no processo não lhe ocasionará prejuízo material. Pode ser que se reconheça um prejuízo processual, mas prejuízo material não.
	REGIME JURÍDICO da assistência
 	
	-como regra, às hipóteses de intervenção aplica-se o regime jurídico de parte. O terceiro mantém essa condição, mas se sujeitará ao mesmo regime jurídico aplicável à parte. A exceção a essa regra se dá com a Assistência simples.
	a regra é a ASSISTÊNCIA seja SIMPLES, se ela for LITISCONSORCIAL (se preencher os requisitos do art. 54) o regime jurídico será diferente.
	REGIME JURÍDICO DA ASSISTÊNCIA SIMPLES  AUXILIARIEDADE.
 	REGIME JURÍDICO DA ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL[mesmo regime jurídico do litisconsórcio]  AUTONOMIA.
	PODERES DO ASSISTENTE [art. 52, caput e art. 55, CPC] - a extensão dos poderes atribuídos ao assistente dependerá do posicionamento doutrinário adotado.
	-assistente atua como auxiliar da parte principal, exerce os mesmos poderes e se sujeita aos mesmos ônus processuais que o assistido.
	-a presença do assistente no processo não impede que o assistido:
		i)reconheça a procedência da ação;
 		ii)desista da ação; ou
 		iii)transija sobre os direitos controvertidos.
	-com o término do processo cessa a assistência.
	
	JUSTIÇA DA DECISÃO [art. 55, CPC]
	-o art. 55 determina que o assistente, após o trânsito em julgado da causa em que tenha participado, não poderá em processo posterior discutir a JUSTIÇA DA DECISÃO. Há na doutrina discussão quanto à exata interpretação dessa expressão, especificamente se o dispositivo estaria se referindo à MOTIVAÇÃO da sentença ou ao seu DISPOSITIVO.
		a)DISPOSITIVO: o que o assistente não poderá discutir em processo posterior é o dispositivo da sentença. 
 		-posicionamento adotado por aqueles que entendem que o assistente litisconsorcial deveria ser considerado como parte. Nesse caso o art. 55 não estaria tratando do assistente simples, mas apenas do assistente listisconsorcial.
 		b)MOTIVAÇÃO: [dinamarco]- a expressão justiça da decisão indica os motivos da sentença, ou seja, os fundamentos com base nos quais se deu a decisão. A parte dispositiva da sentença é indiferente ao assistente porque contra ele nada é pedido. O que o Legislador pretendeu foi, objetivando garantir uma maior economia processual, estender a EFICÁCIA PRECLUSIVA DA COISA JULGADA MATERIAL aos motivos da decisão de forma que, excetuadas as hipóteses dos incisos do art. 55, o assistente não mais poderá argumentar/discutir aquilo que serviu de base para a decisão no processo anterior.
 		-há na doutrina quem critica a afirmação de Dinamarco quanto à eficácia preclusiva da coisa julgada. Eventual novo processo do assistente teria objeto diferente, não podendo ser caracterizada coisa julgada. A hipótese do art. 55 seria apenas uma hipótese que o legislador objetivou dar maior abrangência à coisa julgada.
	-hipóteses que não haverá aplicação do art. 55: [assistente deverá alegar e provar uma das situações]
 		i)impossibilidade de produção de provas que influíssem na sentença por uma das seguintes razões
		ii)desconhecimento de alegações ou provas que o assistido, por dolo ou culpa, não tenha se valido.
	RECURSO DO TERCEIRO PREJUDICADO
	RECURSO DO TERCEIRO PREJUDICADO – mesma situação da assistência, a diferença entre as duas situações é quanto ao estágio que o processo se encontra.
	
	OPOSIÇÃO
	OPOSIÇÃO - terceiro se apresenta como titular do objeto litigioso, no todo ou em parte.
 	-haverá formação de uma nova ação com a formação de litisconsórcio necessário no pólo passivo, formado em relação das partes originárias (LIT. ANÔMALO).
a oposição gera um litisconsórcio: ulterior; necessário; passivo; simples.
 	-é facultativa a sua formação.
	-é prejudicial em relação a lide original.
 	-momento: poderá ser proposta até a prolação da sentença.
	classificaçãoda oposição. [critério: quanto ao momento da formação da oposição]
 	a)oposição normal (interventiva)
 	b)oposição anormal (autônoma)
	a)oposição normal (interventiva)
 	-momento: formação até a audiência de instrução debates e julgamento.
	-oposição ser apensada aos autos principais e correrá simultaneamente com a ação, sendo ambas julgadas pela mesma sentença.
 	-nesse caso o juiz deverá conhecer da oposição em primeiro lugar.
 	
	b)oposição anormal (autônoma)
 	-momento: formação após o início da audiência de instrução debates e julgamento.
	-nesse caso a oposição seguirá o rito ordinário, sendo julgada sem prejuízo da causa principal.
 	-é possível o juiz, com o intuito de julgar as ações conjuntamente, sobrestar o processo pelo prazo não superior a 90 dias.
	
	sendo julgada a ação principal, a disputa na oposição ficará entre o terceiro que a ajuizou e aquele que ganhou a ação principal.
	havendo desistência da ação principal, a oposição prossegue com o terceiro no pólo ativo e com o réu da ação principal no pólo passivo da oposição.
	NOMEAÇÃO À AUTORIA
	NOMEAÇÃO À AUTORIA: aquele que detiver a coisa em nome alheio, sendo-lhe demandada em nome próprio, deverá nomear à autoria o proprietário ou possuidor.
 	-a NOMEAÇÃO À AUTORIA não tem natureza jurídica de intervenção de terceiro, trata-se de uma forma particular de ocorrência de SUCESSÃO PROCESSUAL.
		-trata-se de um instituto que OBJETIVA A CORREÇÃO DO PÓLO PASSIVO DA LIDE. 
	
 	-a NOMEAÇÃO À AUTORIA representa uma exceção à regra segundo a qual a ILEGITIMIDADE implica automática EXTINÇÃO DO PROCESSO, sendo vício inderrogável. 
	PRESSUPOSTOS[alternativos]
	a)ILEGITIMIDADE PASSIVA DO MERO DETENTOR [art. 62, CPC] - trata-se do MERO DETENTOR DA POSSE.
	b)MERO EXECUTOR DE ORDEM [art. 63, CPC] - trata-se do MANDATÁRIO.
	
	quem está sendo demandado não praticou os atos em nome próprio, mas em nome de um terceiro.
	EFEITO DA NOMEAÇÃO À AUTORIA:
 	a)EXTROMISSÃO DO RÉU PRIMITIVO
	b)INTRODUÇÃO, EM SEU LUGAR, DO TERCEIRO-NOMEADO.
	c)ASSUNÇÃO, PELO NOMEADO, DA CONDIÇÃO DE PARTE PASSIVA
	NATUREZA JURÍDICA - a NOMEAÇÃO À AUTORIA tem natureza jurídica de SUCESSÃO PROCESSUAL.
 	-por se apresentar como uma exceção, os casos de SUCESSÃO PROCESSUAL só ocorrem mediante AUTORIZAÇÃO LEGAL, DESDE QUE OBEDECIDAS TODAS AS CONDIÇÕES EXISTENTES.
	FORMA DE NOMEAÇÃO:
	- a NOMEAÇÃO À AUTORIA representa verdadeira CONVENÇÃO ENTRE OS ENVOLVIDOS [AUTOR, RÉU-NOMEANTE e TERCEIRO-NOMEADO]. Nos casos dos art’s. 62 e 63 o RÉU é obrigado a indicar aquele que tem a legitimidade para figurar no processo; competirá ao AUTOR aceitar ou não a alteração do pólo passivo e, por fim, a efetivação da nomeação somente ocorrerá com a aceitação do TERCEIRO-NOMEADO em ingressar no processo.
		depende de um ajuste de vontade de todos os sujeitos envolvidos. A nomeação apenas se efetivará quando a vontade coincidir no mesmo sentido.
 		é necessário que o juiz faça um juízo quanto à possibilidade ou não da nomeação antes de abrir oportunidade para a manifestação do autor. Tal procedimento é necessário para se evitar manobras protelatórias por parte da defesa. [ex.: réu sabe não ser hipótese de nomeação, mas utiliza esse instituto para ter novo prazo para contestação]
	
	-possibilidades para o autor:
		i)CONCORDÂNCIA - autor concorda com a nomeação realizada.
			se concordar deverá promover a citação do terceiro-nomeado. 
		ii)NÃO CONCORDÂNCIA - autor não concorda com a nomeação realizada e insiste na continuação do processo em face do réu-nomeante.
		
	4)MANIFESTAÇÃO DO TERCEIRO-NOMEADO - terceiro-nomeado deverá se manifestar se aceita, ou não, a nomeação.
	i)CONCORDÂNCIA – terceiro-nomeado concorda com a nomeação realizada.
		-se terceiro concorda, contra ele correrá o processo. 
		-exclusão do réu-nomeante do processo. [SUCESSÃO PROCESSUAL]
	ii)NÃO CONCORDÂNCIA – terceiro-nomeado não concorda com a nomeação realizada.
		-processo continua a correr contra o réu-nomeante.
		-SUCESSÃO PROCESSUAL fica prejudicada.
	 
		 
	CARACTERÍSTICAS DA NOMEAÇÃO À AUTORIA
	a)PROVOCADA – o TERCEIRO-NOMEADO não ingressa no processo espontaneamente.
		sempre promovida pelo réu.
	b)OBRIGATÓRIA – o ordenamento determina a responsabilização por perdas e danos àquele que devia realizar a nomeação e não a realizou. [art. 69, I, CPC] Se for umas das hipóteses previstas pelo ordenamento como sendo cabível a nomeação, mas o réu assim não procede, responderá por perdas e danos.
	DENUNCIAÇÃO DA LIDE
	DENUNCIAÇÃO é um instrumento processual que possibilita trazer ao processo eventuais garantidores.
	a denunciação da lide amplia objetivamente o processo. O processo a partir daí passa a ter um novo pedido  ocorre ampliação ulterior do processo.
	-surgimento de uma lide paralela no mesmo processo.
	
	PRESSUPOSTO DA DENUNCIAÇÃO - o terceiro-denunciado tem posição de “garante” em relação ao denunciante [art. 70, CPC]
 	-na eventualidade de perda da demanda a parte denunciante tem direito de ressarcimento.
	EFEITO DA DENUNCIAÇÃO - surgimento de uma lide paralela, nos mesmos autos;
 	-o julgamento do pedido da “ação de denunciação” depende do julgamento da demanda principal EM DESFAVOR DO DENUNCIANTE.
	-a lide paralela é sempre julgada sob condição  depende da derrota do denunciante na ação principal. Ou seja, a ação principal tem força prejudicial sobre a denunciação.
- Natureza da participação do denunciado
	a) litisconsorte do denunciante: CPC, STJ e Fux. 
	b) assistente: Nelson Nery 
	c) ASSISTENTE LITISCONSORCIAL: Dinamarco. 
 	-COISA JULGADA: os efeitos da coisa julgada na ação principal não atingem o DENUNCIADO (fundamento: ele não é parte na ação principal), ele será atingido apenas pelos efeitos da decisão da lide secundária (denunciação).
	HIPÓTESE DE CABIMENTO
	a)EVICÇÃO
	b)POSSUIDOR DIRETO EM FACE DO POSSUIDOR INDIRETO [art. 70, II, CPC]
	c)REGRESSO LEGAL OU CONTRATUAL [art. 70, III, NCC]
	a)EVICÇÃO [art. 70, I, CPC] o ADQUIRENTE deve denunciar ao ALIENANTE da ação em que TERCEIRO REIVINDICA A COISA ALIENADA, para que sejam garantidos os direitos que resulta da evicção.
	EVICÇÃO: perda que sofre o adquirente de uma coisa em razão da procedência da procedência de ação reivindicatória promovida pelo verdadeiro proprietário/possuído, tornando certa a obrigação do alienante em indenizar o adquirente.
	fundamento para a obrigatoriedade da denunciação para a indenização: condiciona-se o direito de indenização à denunciação da lide porque a sentença da ação (que reconheça a propriedade ao terceiro que reivindica o bem) não poderá ser discutida pelo alienante. 
	-a jurisprudência tem flexibilizado tal exigência sob o fundamento de que se não se autorizar nenhuma responsabilização do alienante ficaria caracterizado o seu enriquecimento indevido. Nesse sentido o STJ entende que se não houver denunciação será possível buscar o ressarcimento por meio de ação autônoma. Nesse caso o pedido se limitará ao principal, não podendo ser requerido o valor das demais verbas decorrentes da evicção.
	-se o alienante não atender à denunciação realizada e for hipótese de manifesta procedência da evicção, é possível que o adquirente deixe de oferecer contestação ou de utilizar recurso. (previsão do Código Civil)
	b)POSSUIDOR DIRETO EM FACE DO POSSUIDOR INDIRETO [art. 70, II, CPC] - POSSUIDOR DIRETO citado em nome próprio pode denunciar ao POSSUIDOR INDIRETO.
	c)REGRESSO LEGAL OU CONTRATUAL [art. 70, III, NCC] - DEMANDADO EM AÇÃO INDENIZATÓRIO pode denunciar AQUELE QUE ESTIVER OBRIGADO, por lei ou por contrato, a ressarcir eventual prejuízo.
	
	QUEM PODE DENUNCIAR
	a)EVICÇÃO  SOMENTE O RÉU.
	b)POSSUIDOR DIRETO EM FACE DO POSSUIDOR INDIRETO  SOMENTE O RÉU.
 	c)REGRESSO LEGAL OU CONTRATUAL AUTOR OU RÉU.
	FORMA
 	-denunciação feita pelo AUTOR  PETIÇÃO INICIAL. Deverá se manifestar na petição inicial, sob pena de preclusão.
	-denunciação feita pelo RÉU  CONTESTAÇÃO. A denunciação será um capítulo autônomo da contestação, diferente do que ocorre com a nomeação à autoria, que possui autonomia formal em relação à contestação.
 	-momento: o da própria apresentação da PETIÇÃO INICIAL/CONTESTAÇÃO.
	
	
	
DENUNCIAÇÃO DO AGENTE PÚBLICO FEITA PELA FAZENDA PÚBLICA - discussão quanto à possibilidade de denunciação do agente público feita pela Fazenda Pública na ação contra ela intentada. [problema da responsabilidade objetiva (Fazenda Pública - art. 37, § 6º, CF) x responsabilidade subjetiva (agente)]
	-direito de regresso do Estado se pauta na responsabilidade subjetiva.
 	-a jurisprudência reconhece um pressuposto negativo para não permitir tal medida. [lide principal – responsabilidade objetiva; lide secundária – responsabilidade subjetiva] Haveria comprometimento do desenvolvimento da fase instrutória, pois a dilação probatória nas responsabilidades objetivas e subjetivas são distintas.
	-ao diagnosticar que o processo irá se dilatar para produção probatória apenas para a denunciação o magistrado deverá rechaçar tal medida. Se não houver comprometimento do processo principal a denunciação será permitida.
	DENUNCIAÇÃO SUCESSIVA - possibilidade de denunciação sucessiva? É possível.
	denunciação per saltum - possibilidade - admite-se que o adquirente denuncie outra pessoa da cadeia de alienação que não aquele que a realizou diretamente. [ex.: evicto pode denunciar pessoa que alienou o bem para o proprietário que havia lhe vendido o bem]
 	-possibilidade de denunciação do alienante imediato e/ou de qualquer outro integrante da cadeia de alienação. Mas deve definir um.
	VEDAÇÕES RELATIVAS À DENUNCIAÇÃO
	LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS: [art. 10, Lei 9.099/95]
	-hipóteses vedadas:
		a)INTERVENÇÃO DE TERCEIRO
		b)ASSISTÊNCIA
	-é permitida a formação de LITISCONSÓRICIO.
	aplicação analógica aos JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS.
	PROCEDIMENTO SUMÁRIO: [art. 280, CPC]
	-hipóteses vedadas:
		a)AÇÃO DECLARATÓRIA INCIDENTAL
		b)INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
	-são permitidos:
		a)ASSISTÊNCIA;
		b)RECURSO DE TERCEIRO PREJUDICADO
		c)INTERVENÇÃO FUNDADA EM CONTRATO DE SEGURO
			única hipótese de DENUNCIAÇÃO que será possível no PROCEDIMENTO SUMÁRIO.
	MANDADO DE SEGURANÇA – incompatibilidade lógica entre o procedimento do MS com a possibilidade de denunciação. Ou a autoridade é coatora e pode rever a ordem, ou deverá ser considerada parte ilegítima.
	CHAMAMENTO AO PROCESSO
	-nesse caso, a sentença resolve a lide e garante o direito do recebimento da indenização. O terceiro se apresenta como um co-obrigado que poderia fazer parte da lide.
	PRESSUPOSTOS
 	RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA 
 	RESPONSABILIDADE PRINCIPAL E SUBSIDIÁRIA 
	CABIMENTO
 	a)FIADOR 
		i)para chamar o devedor
 		ii)para chamar os demais fiadores
 	b)DEVEDORES SOLIDÁRIOS
	questão de concurso devedor não tem direito de chamar o fiador, não teria direito de regresso.
	EFEITO: ampliação do pólo passivo. [ampliação subjetiva]
 	-representa uma excepcional infirmação da regra segundo a qual os limites da lide são definidos pelo autor. [posição majoritária] O réu traz ao processo um novo réu  a sentença atingirá o RÉU ORIGINAL (escolhido pelo autor) e o DERIVADO (escolhido pelo chamador).
 
 	-sentença procedente valerá como título executivo em favor daquele que satisfizer a dívida.
	CARACTERÍSTICAS
	a)PROVOCADO – intervenção de terceiro que decorre da atuação do réu.
	b)FACULTATIVO – ainda que não utilizado chamamento, será possível ação regressiva.
	
	
	CHAMAMENTOS SUCESSIVOS  POSSIBILIDADE
	-se a ação fosse proposta somente em face de um dos responsáveis, posterior chamamento ao processo autorizaria o autor a requerer a execução da sentença contra o co-obrigado quem ingressou em decorrência do chamamento? [DIVERGÊNCIA]
 		a)SERIA POSSÍVEL – fundamento: o co-obrigado teria participado do processo, podendo ser atingido pelos efeitos da sentença.
 		b)NÃO SERIA POSSÍVEL – fundamento: o co-obrigado integrará a lide tão somente para discutir a força de sua responsabilidade na dívida. O total da dívida somente poderá ser cobrada do réu originalmente mencionado pelo autor.
	INTERVENÇÃO ANÔMALA
Art. 5º A União poderá intervir nas causas em que figurarem, como autoras ou rés, autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas federais.
Parágrafo único. As pessoas jurídicas de direito público poderão, nas causas cuja decisão possa ter reflexos, ainda que indiretos, de natureza econômica, intervir, independentemente da demonstração de interesse jurídico, para esclarecer questões de fato e de direito, podendo juntar documentos e memoriais reputados úteis ao exame da matéria e, se for o caso, RECORRER, hipótese em que, para fins de deslocamento de competência, serão consideradas partes.
	-conceito: intervenção fundada na potencialidade de efeitos reflexos, diretos ou indiretos, de natureza econômica, da eventual decisão que vier a ser proferida na causa. 
 	-não se exige a presença de interesse jurídico, basta a existência de interesses econômicos.
	-a intervenção anômala NÃO ATRIBUI A CONDIÇÃO DE PARTE à Fazenda Pública, NÃO OCORRENDO A MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA, exceto no caso de interposição de recurso.
 	**** ADVOGADO**** 
Advogado é o técnico em direito que representa a parte em suas postulações no processo e no exercício das faculdades processuais. É indispensável à administração da Justiça.
Só se pode ir a juízo por meio de um advogado, exceto:
quem tiver capacidade postulatória (for advogado)
ausência de advogado no local
JEsp Estadual, até 20 SM (só na primeira instância)
JEsp Federal, até 60 SM (só na primeira instância)
Reclamação trabalhista.
Advogado deve apresentar a procuração.
No art.38, CPC, temos os poderes da Procuração. Há dois grupos de poderes: II – gerais, em que a procuração é genérica; e II – poderes especiais (ad negotia), que são a citação, transação, dar ou receber quitação, confessar/ renunciar e prestar compromisso.
Procuração com cláusula “ad judicia” dá todos os poderes, exceto para:
transação
renúncia
receber e dar quitação
reconhecer a procedência do pedido e firmar compromisso
Medidas urgentes: pode pleitear sem procuração, mas deve apresentá-la em 30 dias (15+15), sob pena de o ato ser considerado inexistente (art. 37 do CPC).
Instâncias superiores: em regra, não há exceções para ausência de procuração (súmula 115 do STJ: “Na instância especial, é inexistente recurso interposto por advogado sem procuração nos autos”).
Direitos dos advogados: art. 40.
Endereço do advogado: tem que constar na petição inicial, sob pena de o juiz determinar sua emenda no prazo de 48h, sob pena de indeferimento liminar (art.39, §ú, CPC)
Renúncia do mandato: cientifica o representado e ainda pratica atos processuais por 10 dias.
STF:
imunidade profissional não abrange desacato
advogado não tem direito a fazer sustentação oral após o voto do relator
 	**** MINISTÉRIO PÚBLICO**** 
Conceito (Elpídio Donizetti): instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Princípios institucionais:
unidade (um só órgão)
indivisibilidade (podem ser substituídos)
independência funcional
Formas de atuação:
Como parte (art. 81 do CPC):
parte material (ex.: ação de nulidade de casamento)
parte processual (ex.: quando retoma ACP abandonada por outro legitimado)
Como fiscal da lei (art. 82 do CPC):
causas em que há interesses de incapazescausas concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, interdição, casamento, declaração de ausência e de última vontade
causas que envolvam litígios pela posse da terra rural e causas em que há interesse público, evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte
é vedada sua atuação a título de representação judicial e consultoria jurídica de entidades públicas
assistência judiciária aos pobres: é função institucional que incumbe à Defensoria Pública. O STF, porém, tem decisões reconhecendo, em caráter excepcional, a legitimidade do MP para representar o interesse individual de pessoas carentes, nos Estados em que a Defensoria ainda não foi organizada (ponderação de valores) – é o que STF tem chamado de “inconstitucionalidade progressiva”:
	Ministério Público: legitimação para promoção, no juízo cível, do ressarcimento do dano resultante de crime, pobre o titular do direito à reparação: CPP, art. 68, ainda constitucional (cf. RE 135��HYPERLINK "http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?SEQ=207841&PROCESSO=135328&CLASSE=RE&cod_classe=437&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=&EMENTA=2027" \t "_blank".328): processo de inconstitucionalização das leis. A alternativa radical da jurisdição constitucional ortodoxa entre a constitucionalidade plena e a declaração de inconstitucionalidade ou revogação por inconstitucionalidade da lei com fulminante eficácia ex tunc faz abstração da evidência de que a implementação de uma nova ordem constitucional não é um fato instantâneo, mas um processo, no qual a possibilidade de realização da norma da Constituição – ainda quando teoricamente não se cuide de preceito de eficácia limitada – subordina-se muitas vezes a alterações da realidade fáctica que a viabilizem. No contexto da Constituição de 1988, a atribuição anteriormente dada ao Ministério Público pelo art. 68 CPP – constituindo modalidade de assistência judiciária – deve reputar-se transferida para a Defensoria Pública: essa, porém, para esse fim, só se pode considerar existente, onde e quando organizada, de direito e de fato, nos moldes do art. 134 da própria Constituição e da lei complementar por ela ordenada: até que – na União ou em cada Estado considerado –, se implemente essa condição de viabilização da cogitada transferência constitucional de atribuições, o art. 68 do CPP será considerado ainda vigente: é o caso do Estado de São Paulo, como decidiu o Plenário no RE 135.328." (RE 147.776, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 19-5-1998, Primeira Turma, DJ de 19-6-1998.) No mesmo sentido: RE 341.717-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 5-8-2003, Segunda Turma, DJE de 5-3-2010.
	 
	 
	
Consequências da não intervenção do MP quando obrigatória:
se não foi intimado: nulidade do processo, exceto se a decisão tiver sido favorável ao interesse justificador da atuação
se foi intimado: não há nulidade
Poderes, ônus e responsabilidades:
intimação pessoal e vista fora da secretaria
prazo 4x para contestar e 2x para recorrer, atuando como parte ou fiscal da lei
não está sujeito a adiantamento de despesas processuais ou condenação nestas
Intervenção determinada pelo juiz:
MP não pode se recusar a intervir
se a determinação não tiver amparo legal: correição parcial
se o MP se recusa a intervir:
juiz pode dar prosseguimento normal ao processo, sem nulidade
aplicação analógica do art. 28 do CPP
Impedimento e suspeição:
como fiscal da lei: os mesmos do juiz
como parte: art. 134 e art. 135, I a IV do CPC
Garantias institucionais: mesmas inerentes à magistratura
Legitimidade para recorrer:
como parte ou fiscal da lei, tem legitimidade
se decisão for favorável ao interesse que justificou intervenção: não tem interesse jurídico (Dinamarco); em sentido contrário, Alexandre Freitas Câmara.
não tem legitimidade para recorrer adesivamente
Prerrogativas do MP:
Intimação: sempre pessoal, seja parte, seja fiscal da lei. O STF entende que basta a intimação via protocolo administrativo.
Na qualidade de fiscal da lei, o MP terá vista após as partes
O MP, quando atuando no processo, terá ampla atuação probatória, podendo juntar documentos, requerer a juntada de provas etc
O MP pode recorrer. Aqui, interessante que nunca houve dúvidas de tal possibilidade quando o MP atua como parte; porém, quando atua como fiscal da lei, temos a Súmula 99/STJ, que confirma o art.499,CPC, que diz que o MP pode recorrer como fiscal da lei ainda que as partes não recorram.
Na prática de atos processuais, o MP tem isenção de custas (art.19, §2º; art.27, CPC). Ver também Súmula 232, STJ; art. 488, II, §Ú, CPC – não se exige a caução do MP quando oferecer rescisória; art. 511, §1º, CPC – libera o MP do preparo quando este recorrer).
O MP tem atuação obrigatória nas ações rescisórias
 	**** AUXILIARES DA JUSTIÇA **** 
- são os sujeitos secundários do processo (escrivão, oficial de Justiça, perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o contador, etc.)
- aplicam-se ao auxiliares as mesmas causas de impedimento e suspeição do juiz. 
 	**** AÇAÕ DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE**** 
	
1.1. Conceito
	
	Tem por objeto principal a própria declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo em tese.
	1.2. Objeto
	a) Leis (art. 59 da CF): 
	b) Atos normativos: 
	c) Tratados internacionais:
	
	NÃO PODEM SER OBJETO DE CONTROLE CONCETRADO
	a) Súmulas vinculantes: entende-se que o fundamento para o não cabimento de ADI para questionar a validade de uma súmula vinculante é a existência de procedimento próprio para esses casos, qual seja, o pedido de cancelamento da súmula vinculante, que pode, inclusive, ser manejado por número mais amplo de legitimados do que as próprias ações de controle concentrado (art. 3º da Lei 11.417/2006). Quanto às sumulas sem efeito vinculante, carecem de força obrigatória, não podendo ser consideradas atos normativos.
	b) Regulamentos ou decretos regulamentares expedidos pelo Executivo e demais atos normativos secundários
		- Decreto que não regulamente lei alguma/ novidade normativa (decreto autônomo): poderá haver ADI.
	c) Normas constitucionais originárias: 
	d) Normas anteriores à Constituição (cabe ADPF, contudo): 
	e) Atos estatais de efeitos concretos: por não possuírem densidade jurídico-material (densidade normativa), desde que o ato não seja editado por lei. Se for editado por lei em sentido formal, independente se de efeitos abstratos ou concretos, cabe ADIN (novo posicionamento do STF). 
Atos normativos já revogados ou de eficácia exaurida:
	
	
	1.11. Competência
	- Lei ou ato normativo federal ou estadual em face da CF: Competência do STF
	- Lei ou ato normativo estadual ou municipal em face da CE: Competência do TJ local
	1.12. Legitimidade
	Consoante o artigo 103 da Constituição Federal, são legitimados para a propositura de ação direta de inconstitucionalidade perante o STF, para se questionar a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual em face da própria CF, os seguintes:
	
Presidente da República (Legitimação Ativa Universal e Capacidade Postulatória)
Mesa do Senado Federal (Legitimação Ativa Universal e Capacidade Postulatória)
Mesa da Câmara dos Deputados (Legitimação Ativa Universal e Capacidade Postulatória)
	Observe-se que a Mesa do Congresso Nacional não tem legitimidade para a propositura de ADI.
Mesa das Assembleias Legislativas ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal (Legitimação Especial, na qual se deve demonstrar pertinência temática, ou seja, o seu interesse na propositura da ação relacionado a sua finalidade institucional, e Capacidade Postulatória)
Governadores de Estado ou do Distrito Federal (Legitimação Especial)
Procurador-Geral da República (Legitimação Ativa Universal e Capacidade Postulatória)
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (Legitimação Ativa Universal eCapacidade Postulatória)
Partido Político com representação no Congresso Nacional (Legitimação Ativa Universal)
	Segundo o STF, a representação do partido político é preenchida com a existência de apenas um parlamentar, em qualquer das Casas Legislativas.
Confederação Sindical ou Entidade de Classe de âmbito nacional (Legitimação Especial, na qual se deve demonstrar pertinência temática, ou seja, o seu interesse na propositura da ação relacionado a sua finalidade institucional)
	
	1.13. Procedimento
	- Sempre se entendeu, ademais, que o AGU deveria, necessariamente, defender o ato impugnado, enquanto o PGR poderia dar parecer tanto favorável quanto desfavorável. Contudo, o STF vem afirmando que o AGU não está obrigado a defender tese jurídica sobre a qual o STF já se pronunciou pela sua inconstitucionalidade.
	Mais (GM): Papel do AGU – a CF diz que será citado para defender o ato impugnado. Descobriu-se, posteriormente, que muitas vezes há conflito (Presidente ajuíza a ADI e o AGU vai defender?). Para GM, o AGU não deve ser entendido como parte, e sim como uma instituição que é chamada para se manifestar, podendo dizer o que entende. Hoje isso se consolidou – há direito de manifestação, sem obrigatoriedade de defesa do ato impugnado, notadamente quando há um interesse da União na inconstitucionalidade da lei. 
	
	Participação do amicus curiae: ingresso é admitido até a entrada do processo na pauta.
	- A declaração de inconstitucionalidade será proferida pelo voto da maioria absoluta dos membros do STF (mínimo de 6), observado ainda o quorum necessário para a instalação da sessão de julgamento (mínimo de 8). Artigos 22 e 23 da Lei n° 9.868/99 
	- Ressalte-se ainda que sobre o controle de constitucionalidade não recai qualquer prazo prescricional ou decadencial, uma vez que atos inconstitucionais jamais se convalidam pelo mero decurso do tempo. (princípio da nulidade das leis inconstitucionais – is not law at all)
	- Por fim, é vedada a desistência da ação já proposta (Artigo 5° caput da Lei n° 9.868/99), bem como é irrecorrível (salvo a interposição de embargos declaratórios) e irrescindível a decisão proferida (Artigo 26 da Lei n° 9.868/99).
	- Causa de pedir aberta: em vista da natureza objetiva da ação de controle concentrado de constitucionalidade, não fica o STF condicionado à causa petendi apresentada pelo postulante, mas apenas ao seu pedido, motivo pelo qual ele poderá declarar a inconstitucionalidade da norma impugnada por teses jurídicas diversas. 
	- Medida cautelar na ADI: será concedida, salvo no período de recesso, por decisão da maioria absoluta dos membros do STF, observado o quorum mínimo para a sua instalação.
	- Medida cautelar: dotada de eficácia contra todos (erga omnes), será concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa (ex tunc). Ademais, a concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário. Artigo 11, §§ 1º e 2º, da Lei nº 9.868/99
	1.14. A figura do amicus curiae
	Regra geral, é vedada a intervenção ordinária de terceiros nos processos de ação direta de inconstitucionalidade.
	Contudo, excepcionalmente, poderá o relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, admitir, por despacho irrecorrível, a manifestação de outros órgãos ou entidades, nos termos do § 2º do artigo 7º da Lei nº 9.868/99 (amicus curiae).
	Trata-se de verdadeiro fator de legitimação social das decisões da Suprema Corte, na medida em que democratiza o debate constitucional (Celso de Mello).
	Sua natureza jurídica é distinta das modalidades ordinárias de intervenção de terceiro previstas no Código de Processo Penal, já que atua o amicus curiae como mero colaborador, sendo considerado modalidade sui generis de intervenção de terceiros, inerente ao processo objetivo de controle concentrado de constitucionalidade, com características próprias e bem definidas.
	Algumas considerações gerais acerca do amicus curiae:
	- Cabe ao relator, verificando a presença dos requisitos necessários, admitir ou não a intervenção do amicus curiae. Contudo, ressalte-se que mesmo sendo admitido pelo relator, poderá o Tribunal deixar de referendá-lo, afastando a sua intervenção.
	- O animus Curie, por ser um terceiro estranho à lide, não pode interpor recursos, salvo para impugnar decisão de não admissibilidade de sua intervenção nos autos.
	- São requisitos para a admissão do amicus curiae a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes.
	
	- Tem o amicus curiae, inclusive, o direito de apresentar sustentação oral, segundo vem estabelecendo a jurisprudência do STF, consagrada no Regimento Interno.
	1.15. Efeitos da decisão
	A ação em comento possui caráter dúplice ou ambivalente, nos termos do artigo 24 da Lei nº 9.868/99, segundo o qual, in verbis: “Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória.”
	Por sua vez, regra geral, a decisão proferida na ADI possui os seguintes efeitos:
erga omnes
ex tunc
efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Judiciário e à Administração;
	Contudo, excepcionalmente, por motivos de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o STF, por manifestação qualificada de 2/3 de seus membros (8 Ministros), declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo sem a pronúncia de sua nulidade, restringindo os efeitos da referida declaração ou decidindo que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado, ou seja, atribuindo-lhe efeito ex nunc, nos termos do artigo 27 da Lei nº 9.868/99.
	
	Ademais, ressalte-se que, nesse último caso, os referidos efeitos só se iniciarão a partir do trânsito em julgado da decisão (e não a partir da publicação da ata de julgamento no DJU).
	- Recentemente, o STF entendeu que é cabível a modulação de efeitos em embargos de declaração, mesmo sem prévio pedido em ADIN ou RE. 
	- Interpretação conforme e declaração de nulidade parcial sem redução de texto
	A visão binária de constitucionalidade / inconstitucionalidade está superada. A nulidade da lei inconstitucional sempre foi referendada pela doutrina. 
	O controle concentrado é regido pelo princípio da parcelaridade, segundo o qual é permitido ao STF julgar parcialmente procedente o pedido de declaração de inconstitucionalidade, apenas expurgando do texto normativo uma única palavra, expressão ou frase, diferentemente do que ocorre com o veto presidencial a um projeto de lei, que só poderá ser de texto integral de todo um artigo, parágrafo, inciso ou alínea.
	
	Com o tempo, passou-se a adotar a interpretação conforme, com o intuito de proteger a lei – a lei é constitucional desde que feita certa interpretação (julgamento de improcedência). Isso era, de certa forma, contraditório, pois havia um julgamento de inconstitucionalidade das outras interpretações. Assim, na declaração de inconstitucionalidade, acabou-se por inevitavelmente caminhar a interpretação conforme em conjunto com a declaração parcial de nulidade sem redução de texto. Há a declaração da inconstitucionalidade das demais interpretações. Ambas devem caminhar juntas. Por isso, o STF fala em julgamento de parcial procedência.
	A interpretação conforme é um método de interpretação que não afeta o enunciado legal, mas atinge seu significado normativo possível, mediante declaração de constitucionalidade condicionada à observância de uma única interpretação compatível com o texto constitucional.	
			- vários significados
			- espaço de decisão (Canotilho) - não se pode torcer as palavras
	
	A declaração parcial de nulidade sem redução de textoé uma técnica de decisão que exclui determinada interpretação (norma) que se extrai do texto normativo plurissignificativo. É diminuída algumas de suas possibilidades de interpretação. É inconstitucional, “desde que”...
	
DAURY: 
interpretação conforme a Constituição: caracterização como método de interpretação que não afeta o enunciado legal, mas atinge seu significado normativo possível, mediante declaração de constitucionalidade condicionada à observância de uma única interpretação compatível com o texto constitucional. 
	- SELECIONA O SENTIDO
	- Escolha da única interpretação – POSITIVO
	- órgão fracionário
		Exemplo: ADI 4274, que discutia a questão da “Marcha da Maconha”. Nessa ação, discutia-se se o § 2º do art. 33 da lei nº 11.343/2006, ao criminalizar as condutas de induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga, seria uma norma inconstitucional, por restringir o exercício da liberdade de manifestação de pensamento e expressão.Nessa Ação Direta, o STF fez uso da técnica da interpretação conforme. Entendeu a Corte que seria cabível o pedido de interpretação conforme a Constituição de um preceito legal portador de mais de um sentido, quando ao menos um deles é contrário à Constituição Federal. No caso, a Suprema Corte fez uso da interpretação conforme para afastar do dispositivo qualquer significado que ensejasse a proibição de manifestações e debates públicos acerca da descriminalização ou legalização do uso de drogas.
- inconstitucionalidade parcial sem redução de texto: caracterização como técnica de decisão que não afeta o enunciado legal, mas atinge seu significado normativo possível, mediante declaração de inconstitucionalidade restrita a um dos significados possíveis do enunciado.
	- SELECIONA OS “CASOS” de aplicação
	- RESTRIÇÃO do âmbito de aplicação – NEGATIVO
	- Reserva de Plenário
	
	Exemplo: Um exemplo de utilização dessa variante de decisão é o da ADIn 939-7, em que o Supremo analisou a constitucionalidade da Emenda Constitucional n. 3, de 17/03/1993, a qual autorizava a União a instituir o IPMF sem a observância do princípio da anterioridade (art. 105, III, b, da Constituição Federal) e das imunidades previstas no inciso VI do art. 150 da Constituição. A decisão foi no sentido de reconhecer a inconstitucionalidade da Emenda n. 3 e a inconstitucionalidade sem redução de texto da lei que instituiu o IPMF, Lei Complementar n. 77/93, para que o referido tributo fosse cobrado apenas no exercício seguinte e com respeito às imunidades previstas no art. 150, VI102.
	
	Teori Zavaski e Gilmar Mendes traça as diferenças dos dois institutos, lançando mão de doutrina alemã.
	Barroso não vê diferenças práticas desses dois institutos. 
	Alexandre de Moraes e o STF adotam a declaração parcial sem redução de texto como meio para alcançar uma interpretação conforme a CF. 
	**** AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE (ADC)****
	5.1. Conceito
	A ADC foi introduzida no ordenamento jurídico brasileiro pela EC 03/93, a qual alterou a redação dos arts. 102 e 103 da CF, sendo regulamentada pela Lei nº 9.868/99.
	Sua finalidade é declarar a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal (apenas federal), transformando uma presunção relativa (iuris tantum) em absoluta (iure et iure) e, por conseguinte, afastando o quadro de incerteza sobre a validade ou aplicação da aludida lei.
	5.2. Objeto
	Lei ou ato normativo federal.
	5.3. Competência
	A apreciação de ADC é de competência originária do STF. Art. 102, inciso I, alínea a, da CF
	5.4. Legitimidade
	São os mesmos legitimados para a propositura de ação direta de inconstitucionalidade. 
	
	5.5. Procedimento
	É praticamente o mesmo seguido na ação direta de inconstitucionalidade, porém com algumas observações:
	- A petição inicial deverá indicar: a) o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos jurídicos do pedido; b) o pedido, com suas especificações; e c) a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória. E ainda deverá conter cópias do ato normativo questionado e dos documentos necessários para comprovar a procedência do pedido de declaração de constitucionalidade. Art. 14 da Lei nº 9.868/99
	
	- O AGU não será citado, uma vez que não há ato ou texto impugnado a ser defendido.
	
	- A decisão, em sede de ADC, será dada pela votação da maioria absoluta dos membros do STF (6), desde que presente o número mínimo de 2/3 dos ministros (8).
	- É vedada a intervenção de terceiros e a desistência da ação após a sua propositura.
	- Por fim, a decisão, proferida na ação declaratória de constitucionalidade, é irrecorrível, salvo a interposição de embargos de declaração, não podendo, ademais, ser objeto de ação rescisória. 
	- A medida cautelar, em ADC, consistirá na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até o seu julgamento definitivo. Art. 21 da Lei nº 9.868/99
	- A decisão de deferimento da medida cautelar (liminar) será dada pela votação da maioria absoluta dos membros do STF (6) e terá efeito, segundo entendimento majoritário da jurisprudência, vinculante e erga omnes, em vista do poder geral de cautela, inerente ao poder jurisdicional, podendo, ademais, as referidas decisões serem preservadas pelo instrumento da reclamação.
	5.6. Efeitos da decisão
	Regra geral, a decisão proferida da ADC terá efeitos:
erga omnes (contra todos)
ex tunc
vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública, direta ou indireta, federal, estadual, municipal e distrital. (desde que surgiu ela tem efeito vinculante).
	**** DECLARAÇÃO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE****
	
	CONTROLE DIFUSO
	1. Noções gerais do controle difuso
	É realizado por qualquer juiz ou tribunal do Poder Judiciário, observadas as regras de competência, podendo agir de ofício. 
	Verifica-se em um caso concreto e a declaração de constitucionalidade ou inconstitucionalidade da lei se dá de forma incidental, uma vez que diz respeito tão-somente à causa de pedir (fundamento) da demanda, daí porque é chamado também, sob o critério formal, de controle pela via de exceção ou defesa.
	É uma prejudicial de mérito, não faz coisa julgada, e não pode ser objeto de ação declaratória incidental. 
	2. Controle difuso nos tribunais – Cláusula de Reserva de Plenário
	Os órgão fracionários (câmara ou turma), verificada a existência de questionamento incidental sobre a constitucionalidade de lei ou ato normativo, caso a acolham, devem suscitar questão de ordem e remeter a sua análise ao pleno ou órgão especial daquele respectivo tribunal. (HÁ UMA CISÃO FUNCIONAL HORIZONTAL – isso não ocorre no STF – Pleno julga tudo) 
		Contudo, já havendo decisão do pleno ou do órgão especial do respectivo tribunal, ou ainda do plenário do Supremo Tribunal Federal, poderá haver dispensa do procedimento incidental previsto no art. 97 da CF, por questão de racionalidade, bem como em razão do princípio da celeridade e da segurança jurídica.
	Para declarar constitucional não é necessário remeter ao Pleno. 
	O problema ocorre na chamada declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto: há um texto normativo que corresponde a um significado, a uma norma. No caso, há um texto com múltiplos significados, e um deles – ou muitos deles – estão eivados de inconstitucionalidade. Ao retirar um sentido do texto, há uma declaração de inconstitucionalidade – assim, inclusive nesta hipótese, o órgão fracionário deve encaminhar a questão constitucional ao plenário / órgão especial. Mas não poderia dizer que houve interpretação conforme? Mesmo a interpretação conforme implica a exclusão de outros significados do texto normativo – assim, caberia igualmente a necessidade de envio ao plenário/órgãoespecial, sob pena de ofensa ao art. 97 – daí porque foi editada a súmula vinculante nº 10: 
	SV 10: Viola a cláusula de reserva de plenário a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
	3. Efeitos da decisão
	Em regra, a decisão, no controle difuso, é inter partes e ex tunc (efeitos retroativos desde a edição da lei), uma vez que a lei em discussão se torna nula somente para as partes em litígio, em razão de sua não aplicação no caso concreto.
	Contudo, em determinados casos, o STF já tem entendido que os efeitos da declaração de inconstitucionalidade, por questões de razoabilidade e atendido o princípio da proporcionalidade, podem ser mitigados, sendo ex nunc ou pro futuro.
	Inclusive, há um precedente do Min. Luiz Fux, admitindo a modulação dos efeitos em declaração de inconstitucionalidade realizado por juiz de 1ª instância. 
	E, ainda, excepcionalmente, poderão os efeitos de sua decisão atingir terceiros, sendo erga omnes, caso o Senado suspenda, no todo ou em parte, a execução da lei, declarada inconstitucional, de maneira incidental, por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal (art. 52, inciso X, da CF).
	
	No entanto, saliente-se que o efeito de tal suspensão, conforme entendimento majoritário, será apenas a partir da publicação da resolução do Senado na Imprensa Oficial (ex nunc), exceto em relação à Administração Pública Federal direta e indireta, para a qual a resolução do Senado produz efeitos ex tunc, consoante art. 1º, § 2º, do Decreto nº 2.346/97.
	* Procedimento do art. 52, inciso X, da CF: “Compete privativamente ao Senado Federal suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal.”
E, após a leitura em plenário, a comunicação é encaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, que deverá formular o projeto de resolução suspendendo a execução da lei, no todo ou em parte.
Objeto de suspensão pelo Senado: leis federais, estaduais, territoriais, distritais ou mesmo municipais que forem declaradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal.
	 
	* Discricionariedade e conveniência do Senado: Segundo grande parte da doutrina, bem como do Supremo Tribunal Federal e do próprio Senado, o Senado não está obrigado a suspender a execução de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal, em respeito ao princípio da separação de poderes.
	O STF NÃO admitiu a teoria de abstrativização do controle difuso:
) O STF não adota a teoria da abstrativização do controle difuso.
2) As decisões do Plenário do STF proferidas em controle difuso de constitucionalidade possuem FORÇA EXPANSIVA (nas palavras do Min. Teori Zavascki), mas não se pode afirmar que possuam, em regra, eficácia erga omnes.
3) Para a maioria dos Ministros não houve mutação constitucional do art. 52, X, da CF/88. O papel do Senado não é o de apenas dar publicidade da decisão de inconstitucionalidade proferida em controle difuso. A resolução do Senado continua conferindo eficácia erga omnes à declaração de inconstitucionalidade prolatada no controle concreto.
4) Se um juiz ou Tribunal desrespeita o que foi decidido pelo STF em sede de controle difuso de constitucionalidade, a pessoa prejudicada não poderá se valer da reclamação para questionar esse descumprimento, salvo se ela foi parte no processo originário que foi julgado pelo Supremo.
5) A legitimação ativa mais ampla da reclamação somente será cabível nas hipóteses em que a lei ou a CF/88 expressamente prever como sendo de efeitos vinculantes e erga omnes. É o caso, por exemplo, das súmulas vinculantes.
Fonte: http://www.dizerodireito.com.br/2014/05/stf-nao-admite-teoria-da.html
	4. Controle difuso em sede de ação civil pública
	Só será cabível o controle difuso, em sede de ação civil pública, se a controvérsia constitucional se identificar como mera questão prejudicial (incidental), indispensável à resolução do litígio do objeto principal, que deve ser uma específica e concreta relação jurídica, ocasião na qual os seus efeitos se restringirão inter partes.
	
	Sendo assim, a ação civil pública não pode ser ajuizada como sucedâneo de ação direta de inconstitucionalidade, pois, em caso de produção de efeitos erga omnes, estar-se-ia usurpando competência do STF, com a provocação de verdadeiro controle concentrado de constitucionalidade.
	******** ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF)******
	2.1. Localização
	Encontra previsão no § 1º do art. 102 da CF, com redação dada pela EC 03/93, regulamentado pela Lei nº 9.882/99.
	Saliente-se que, antes do advento da aludida lei, entendia o STF que o art. 102, § 1º, da CF encerrava norma constitucional de eficácia limitada. Sendo assim, enquanto inexistente lei regulamentando o referido dispositivo constitucional, não podia o STF sequer apreciar as ações de argüição de descumprimento de preceito fundamental.
	2.2. Hipóteses de cabimento
	Na hipótese de argüição autônoma, prevista no art. 1º, caput, da Lei nº 9.882/99, tem-se por objeto evitar (preventivo) ou reparar (repressivo) lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público, qualquer que seja esse ato administrativo.
	Já na hipótese de argüição por equivalência ou equiparação, disciplinada pelo parágrafo único do art. 1º da Lei nº 9.882/99, tem-se por objeto a existência de controvérsia (divergência jurisprudencial) constitucional, com fundamento relevante, sobre lei ou ato normativo federal, estadual, municipal e distrital, incluídos os anteriores à Constituição de 1988, violadores de preceito fundamental. A previsão se deu por lei – competência originária do STF – há quem diga que seria inconstitucional. (Para GM, decorre da jurisdição constitucional).
	
	Hoje, porém, se admite a impugnação de decisões judiciais por meio da ADPF, antes mesmo de estarem maduras para um RE. Leva-se uma questão constitucional presente no debate de 1ª instância para abreviá-lo. Nesse ponto, há uma certa semelhança com o incidente de inconstitucionalidade do controle concreto europeu. Ex: importação de pneus usados. Admite-se também o controle de leis revogadas.
	2.3. Preceito fundamental
	Tanto a Constituição como a lei infraconstitucional deixaram de conceituar preceito fundamental.
	Nesse sentido, entende a doutrina que preceito fundamental seriam aqueles preceitos que informam todo o sistema constitucional, estabelecendo os comandos basilares e imprescindíveis à defesa dos pilares da manifestação constituinte originária e, por conseguinte, veiculando princípios e servindo de vetores de interpretação das demais normas constitucionais. Como exemplo, são citados os princípios fundamentais dos artigos 1º a 4º, as cláusulas pétreas do artigo 60, § 4º, os princípios constitucionais sensíveis do artigo 34, inciso VII, os direitos e garantias individuais dos artigos 5º a 17, os princípios gerais da ordem econômica e financeira do artigo 170 etc.
	Por sua vez, o STF apenas tem resolvido, em cada caso concreto, se se trata ou não de preceito fundamental, não definindo de forma ampla o que se entende por preceito fundamental.
	2.4. Competência
	A apreciação da argüição de descumprimento de preceito fundamental é da competência originária do STF. Art. 102, § 1º, da CF
	2.5. Legitimidade
	São os mesmos legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade.
	E ainda qualquer interessado, entendido esse como sendo qualquer pessoa lesada ou ameaçada por ato do poder público (inciso II vetado do art. 2º da Lei nº 9.882/99), mediante representação, solicitando a propositura da ação ao Procurador-Geral da República, que, examinando os fundamentos jurídicos do pedido, decidirá acerca do cabimento de seu ingresso em juízo. (a legitimada,

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