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Política e Organização da Educação Básica_Unidade I

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Prévia do material em texto

Autora: Profa. Maria Ephigênia de Andrade Cáceres Nogueira 
Colaboradores: Profa. Silmara Maria Machado
 Prof. Nonato Assis de Miranda
 Profa. Renata Viana de Barros Thomé
 
Política e Organização da 
Educação Básica
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Professora conteudista: Maria Ephigênia de Andrade Cáceres Nogueira
Nascida em Ipaussu-SP, formou-se em Pedagogia pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo 
– USP, instituição onde cursou também mestrado e doutorado. Além disso, realizou um curso de especialização em 
Gestão Educacional na Universidade de Campinas – Unicamp.
Começou sua carreira profissional como professora concursada de Educação Infantil da Secretaria Municipal de 
Educação de São Paulo, função que exerceu de 1979 a 1990; atuou ainda, no mesmo período, em escolas particulares 
na cidade de São Paulo. Em 1980 passou a ministrar aulas às turmas de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental da 
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo. Depois da reorganização da Secretaria de Educação de São Paulo, em 
1995, assumiu o cargo de diretora de escola, onde permaneceu até sua aposentadoria. 
Na direção da escola, desenvolveu trabalhos, em 1996 e 1997, com o Cenpec, na formação de professores das 
classes de aceleração, para a correção idade/série dos alunos do Ensino Fundamental da rede estadual de São Paulo.
Em 2007, iniciou seu trabalho na Universidade Paulista como professora do curso de Pedagogia. Em seguida, 
assumiu a liderança da disciplina Estrutura e Funcionamento da Educação Básica e Políticas Públicas de Educação. No 
ano de 2012, foi convidada a participar do Grupo de Pesquisas de Políticas Públicas e Gestão de Práticas Educativas e 
a atuar nos cursos de pós-graduação de Formação em Educação a Distância e Formação de Professores da UNIP, como 
professora e conteudista, atividades que desenvolve até a presente data.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
N778p Nogueira, Maria Ephigênia de Andrade Cáceres.
Política e organização da educação básica / Maria Ephigênia de 
Andrade Cáceres Nogueira. - São Paulo, 2013.
140 p., il. 
1. Política. 2. Educação básica. 3. Planejamento educacional. I. 
Título
CDU 37.014.5
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Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Giovanna Oliveira
 Juliana Mendes
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Sumário
Política e Organização da Educação Básica
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................7
Unidade I
1 POLÍTICA EDUCACIONAL NO BRASIL E TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS: TRAJETÓRIA 
HISTÓRICA E REDEFINIÇÕES DO PAPEL DO ESTADO ............................................................................. 13
1.1 Concepções de Estado e sociedade; políticas públicas; as políticas sociais 
e a política educacional ............................................................................................................................ 13
1.1.1 Estado e seu conceito ........................................................................................................................... 13
1.1.2 Estado e seu papel ................................................................................................................................ 15
1.1.3 Governo e seu conceito ....................................................................................................................... 15
1.1.4 Governo e seu papel .............................................................................................................................. 15
1.1.5 Conceito de nação .................................................................................................................................. 16
1.1.6 Conceito de público ............................................................................................................................... 16
1.2 Crise do Estado de Bem-Estar Social e redefinições do papel do Estado; 
políticas internacionais, educação e reajustes do mundo capitalista .................................... 22
1.2.1 Visão liberal ............................................................................................................................................... 22
1.2.2 Visão social-democrata ....................................................................................................................... 22
1.2.3 Visão neoliberal........................................................................................................................................ 23
1.3 Planos e políticas públicas de educação ................................................................................... 24
1.3.1 Políticas públicas neoliberais.............................................................................................................. 24
1.3.2 Políticas públicas pós-neoliberalismo............................................................................................. 26
1.4 A reestruturação produtiva, a delimitação do campo educacional, a função 
social da escola e a lógica do mercado............................................................................................... 28
2 PLANEJAMENTO EDUCACIONAL .............................................................................................................. 31
2.1 Conceito .................................................................................................................................................. 31
2.2 Abrangência ............................................................................................................................................ 31
2.2.1 Planejamento educacional/estratégico ........................................................................................ 31
2.2.2 Planejamento curricular ..................................................................................................................... 32
2.2.3 Planejamento escolar ........................................................................................................................... 32
2.2.4 Planejamento de ensino ..................................................................................................................... 32
2.2.5 Planejamentocoletivo ......................................................................................................................... 33
2.2.6 Planejamento participativo ............................................................................................................... 33
2.2.7 Planejamento das aulas ...................................................................................................................... 33
2.3 Concepções de planejamento ......................................................................................................... 34
2.4 A relação entre políticas públicas, planejamento e gestão ................................................ 35
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3 LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL: PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO ............................................... 36
3.1 Atitudes perante a legislação .......................................................................................................... 36
3.2 Hierarquia das leis ............................................................................................................................... 37
3.3 Educação: direito e dever. Educação para os direitos humanos ....................................... 39
3.3.1 Constituição Federal de 1988 ............................................................................................................ 39
4 PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO ESCOLAR ........................................................................ 40
4.1 O que propõe a Lei nº 9.394/96? .................................................................................................... 40
Unidade II
5 SISTEMA DE ENSINO E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ...................................................................... 55
5.1 Conceituação de sistema de ensino ............................................................................................. 55
5.1.1 O sistema escolar ................................................................................................................................... 55
5.2 Organização do sistema de ensino brasileiro nos âmbitos federal, estadual e 
municipal: composição, incumbências e organogramas (LDB, artigo 8º a 20) .................. 56
5.2.1 Estrutura .................................................................................................................................................... 56
5.2.2 Sistema ...................................................................................................................................................... 57
5.2.3 Funcionamento ...................................................................................................................................... 57
5.2.4 Níveis de administração dos sistemas de ensino ....................................................................... 58
5.3 Organização curricular: regras comuns (LDB, artigos 21 a 28) ........................................ 67
5.3.1 Ensino Fundamental de nove anos .................................................................................................. 73
5.3.2 Escola de gestores da educação básica ......................................................................................... 74
5.3.3 Fundeb ......................................................................................................................................................... 74
5.3.4 Merenda escolar ...................................................................................................................................... 74
5.3.5 Plano de Ações Articuladas ............................................................................................................... 74
5.3.6 Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) .............................................................................. 74
5.3.7 Plano Nacional de Educação (PNE) ................................................................................................. 74
5.3.8 Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) ............................................................................. 74
5.3.9 Programa de Apoio aos Dirigentes Municipais de Educação (Pradime) ........................... 75
5.3.10 Programa Nacional de Capacitação de Conselheiros Municipais de 
Educação (Pró-Conselho) ............................................................................................................................... 75
5.3.11 Programa de Fortalecimento Institucional das Secretarias Municipais
de Educação do Semiárido (Proforti) ......................................................................................................... 75
5.3.12 Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) ..................................................................... 75
5.3.13 Programa Nacional de Reestruturação e Aparelhagem da Rede Escolar 
Pública de Educação Infantil (ProInfância) ............................................................................................ 75
5.3.14 ProInfantil ............................................................................................................................................... 75
5.3.15 Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) ........................................................................... 75
5.3.16 Prova Brasil ............................................................................................................................................. 76
5.3.17 Rede Nacional de Formação Continuada de Professores .................................................... 76
5.3.18 Transporte Escolar .............................................................................................................................. 76
5.3.19 Caminho da Escola .............................................................................................................................. 76
5.3.20 Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE) ............................................ 76
6 NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO ....................................................................................................... 81
6.1 Primeira etapa da educação básica: Educação Infantil ........................................................ 81
6.2 Segunda etapa da educação básica: Ensino Fundamental ................................................. 83
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6.3 Etapa final da educação básica: Ensino Médio ........................................................................ 85
6.4 Modalidades de ensino ..................................................................................................................... 89
6.4.1 Educação de Jovens e Adultos .......................................................................................................... 89
6.4.2 Educação Profissional ........................................................................................................................... 90
6.4.3 Educação Especial ................................................................................................................................... 92
6.5 Profissionais da educação ............................................................................................................... 94
6.5.1 Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia .............................................. 99
7 POLÍTICA PÚBLICA E FINANCIAMENTO DO ENSINO: FONTES DE RECURSOS E 
VINCULAÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS À EDUCAÇÃO ...........................................................100
7.1 O financiamento da educação escolar nas constituições brasileiras ............................102
7.2 Lei de Diretrizes e Bases da EducaçãoNacional e financiamento da educação ......104
7.3 As políticas públicas no contexto da atualidade ...................................................................111
7.3.1 Plano Nacional de Educação (PNE) – Lei nº 10.172/01 ......................................................... 112
7.3.2 Novo Plano Nacional de Educação ................................................................................................113
7.3.3 Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE) ...............................................................................119
8 MECANISMOS DE IMPLEMENTAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS ...............................................120
8.1 Fundef .....................................................................................................................................................121
8.2 Fundeb ....................................................................................................................................................121
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APRESENTAÇÃO
Na disciplina Política e Organização da Educação Básica você terá a possibilidade de compreender, 
por meio do estudo da política educacional no Brasil, as tendências contemporâneas, a trajetória 
histórica e as redefinições do papel do Estado, a organização e o funcionamento da educação básica 
escolar e sua implementação. As concepções de Estado, governo, nação, e política pública também 
serão estudadas. Refletiremos ainda sobre as relações entre as políticas sociais e a política educacional, 
presentes nos Planos Nacionais de Educação, que tratam das estratégias da política educacional brasileira 
e do desempenho educacional. Discutiremos, inclusive, acerca disso, a explicitação dos determinantes de 
acesso e permanência na escola: inclusão e diversidade.
O financiamento do ensino, com a autonomia das escolas, as fontes e os recursos e a vinculação dos 
recursos financeiros à educação são os temas relacionados a verbas públicas. As avaliações Saeb, Enade 
e Enem foram introduzidas no Sistema Nacional de Educação, e a descentralização (Fundef, Fundeb) e 
o ajuste do currículo da educação básica (DCNs e PCNs, RCNEI) são os mecanismos apresentados para o 
desenvolvimento da educação escolar.
São objetivos específicos da disciplina: relacionar as principais questões políticas com o contexto 
atual, possibilitando o exercício da ação consciente e responsável; refletir sobre a importância dos 
valores na práxis social; e estabelecer relações entre a política pública, o planejamento educacional, a 
democracia e o exercício da cidadania. Além disso, procuramos também propiciar o exercício da reflexão 
sobre Estado, governo e nação, bem como os instrumentos para a compreensão das políticas públicas 
em educação, ou seja, um pensar consequente, de forma que o aluno possa organizar seus pensamentos 
e expressá-los com clareza, tendo por base argumentos válidos. Temos ainda a intenção de possibilitar o 
exercício da reflexão crítica, por meio da análise e da discussão de textos acadêmicos; o entendimento 
dos fins e princípios da LDB; a compreensão de deveres, direitos e objetivos; e o conhecimento sobre a 
organização da educação escolar, os níveis e as modalidades de ensino e o papel dos profissionais da 
educação.
Por fim, você será convidado a elaborar diferentes compreensões acerca das políticas públicas 
educacionais no Brasil, partindo da compreensão histórica da educação no país, da legislação educacional 
e das questões da contemporaneidade.
INTRODUÇÃO
O tema de nosso livro-texto é de fundamental importância para você, futuro profissional da educação, 
pois além de estudar a estrutura e o funcionamento da educação básica, pano de fundo de toda a sua 
atuação profissional no futuro, o assunto será abordado a partir das políticas públicas educacionais 
atuais brasileiras. Há assuntos correlatos que permeiam o tema, e será necessário recorrermos a estes 
com o intuito de esclarecer essa questão de tamanha importância para a sua formação e atuação 
profissional.
De modo geral, a disciplina Política e Organização da Educação Básica visa propiciar as condições 
para que você compreenda o embasamento legal para sua atuação profissional e as políticas a 
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este associadas, reconhecendo o sistema escolar como um elemento de reflexão sobre a realidade 
educacional brasileira e sentindo-se estimulado a acompanhar as atualizações constantes que vêm 
sendo realizadas por intermédio dos membros do Conselho Nacional de Educação, do Ministério da 
Educação, nos estados e municípios, das secretarias de educação estaduais e municipais e dos conselhos 
estaduais e municipais de educação. Em decorrência disso, o planejamento educacional está atrelado 
às decisões das políticas públicas da educação e revelam como as prioridades nacionais, expressas no 
Plano Nacional de Educação e nos planos estaduais e municipais de educação, estão sendo e serão 
desenvolvidas. O planejamento educacional e as políticas públicas de educação compõem o cenário, 
pano de fundo do contexto escolar.
É preciso que tenhamos a consciência de que, atualmente, a escola é o local de atendimento ao aluno, 
do desenvolvimento da qualidade de ensino por meio do processo educativo, de modo que garanta a 
aprendizagem escolar, com sucesso e permanência dos educandos até o fim da educação básica. 
Mas o que entendemos por contexto escolar? Para entender o conceito, prestemos atenção ao modo 
como o definem Formosinho, Kishimoto e Pinazza (2007):
É que uma escola articula atores que mantêm relações com outros atores, 
desenvolvendo atividade intencional, criando memória da presença no 
contexto. Um contexto físico, por si só, não faz escola; para que um 
edifício escolar seja uma escola, são necessárias diversas condições. 
Uma escola é um contexto social constituído por atores que partilham 
metas e memórias, por indivíduos em interdependência com o contexto 
que constroem intencionalidade educativa (FORMOSINHO; KISHIMOTO; 
PINAZZA, 2007, p. 23). 
É no contexto escolar que a educação formal é desenvolvida e tem a finalidade de trabalhar com 
conteúdos sistematizados, social e historicamente desenvolvidos, por professores com intencionalidade, 
em espaços com ambientação própria, com regras, em escolas que são regulamentadas por leis, que 
emitem certificados e são organizadas de acordo com diretrizes nacionais. Os objetivos mais amplos 
estão voltados para a formação plena do cidadão, participativo e ativo, com o desenvolvimento de 
habilidades e competências para a vida social e para o trabalho.
O contexto escolar significa também a comunidade em que a escola está localizada, sua 
história, o contexto geográfico, histórico, econômico, social e cultural, assim como a história das 
pessoas que nela estão trabalhando, de seus alunos e de suas famílias. Um dos itens importantes 
das políticas públicas de educação é o reconhecimento da diversidade como princípio agregador 
e incentivador das ações e relações humanas. A diversidade requer o olhar direcionado ao local 
específico, sua gente, sua identidade, valores, costumes e hábitos. É nesse sentido que a identidade 
da escola representa o elemento identificador da qualidade de ensino necessária para suas crianças 
e seus jovens. 
Para isso, a educação formal está sistematizada de acordo com o currículo nacional mínimo e com 
uma parte diversificada que permite o desenvolvimento das identidades locais e acontece num tempo 
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definido por níveis e modalidades de ensino quetêm como objetivo garantir a aprendizagem efetiva 
dos alunos. 
Nesse sentido, o estudo da organização e do funcionamento da educação básica, bem como das 
políticas públicas de educação, tem como meta compreender que as políticas públicas educacionais 
devem garantir a efetiva aprendizagem das crianças e dos adolescentes brasileiros, por meio do 
desenvolvimento de programas, planos e ações que atendam às necessidades educacionais prioritárias 
brasileiras. Em sentido mais amplo, as políticas públicas educacionais revelam-se como a concretude da 
ação política do Estado para garantir a todos o mínimo nacional da educação escolar e do ensino. Nas 
unidades escolares públicas, o Projeto Político-Pedagógico, parte integrante do Plano de Gestão, é que 
vai orientar o desenvolvimento do processo educativo de acordo com as políticas públicas nacionais e 
locais, sob a responsabilidade do diretor/gestor escolar.
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POLÍTICA E ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Unidade I
1 POLÍTICA EDUCACIONAL NO BRASIL E TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS: 
TRAJETÓRIA HISTÓRICA E REDEFINIÇÕES DO PAPEL DO ESTADO
1.1 Concepções de Estado e sociedade; políticas públicas; as políticas sociais 
e a política educacional
Na perspectiva desta disciplina, vamos discutir a organização e o funcionamento da educação 
brasileira – principalmente da educação básica – e discutir como as políticas públicas são planejadas 
para atender aos direitos previstos nas legislações educacionais. As Constituições brasileiras, ao 
reconhecerem a educação como direito do cidadão, definiram os responsáveis pelo seu provimento. 
Para atender ao direito à educação, o Estado deve estabelecer sua estrutura, seu funcionamento 
formal e suas fontes de financiamento. A política pública em educação traduz-se em ações que 
dão o alicerce para o atendimento aos ideais expressos nas leis. Para que se efetive, o planejamento 
educacional, em todos os seus níveis, pretende garantir a organização de ações, programas e planos, 
e o financiamento da educação visa à garantia do desenvolvimento desses planos, programas e ações 
das políticas educacionais.
Para entender o conceito de políticas públicas, vamos tratar de alguns de seus elementos, com 
o objetivo de delimitar sua abrangência e seu conteúdo temático, partindo dos conceitos de Estado 
e governo. O conceito de nação vai ser apresentado com o objetivo de esclarecer seu significado, 
diferenciando-o dos de Estado e governo. 
1.1.1 Estado e seu conceito
Para Vieira e Albuquerque (2001), muitas são as formas de entender o significado do conceito de 
Estado. Conforme Houaiss (2009, p. 341), Estado é entendido pela noção clássica de “povo social e 
política e juridicamente organizado, que, dispondo de uma estrutura administrativa, de um governo 
próprio, tem soberania sobre determinado território”. 
Para De Cicco e Gonzaga (2013), o conceito de Estado é: 
uma instituição organizada política, social e juridicamente, que ocupa um 
território definido e, na maioria das vezes, sua lei maior é a Constituição. 
É dirigido por um governo soberano, reconhecido interna e externamente, 
sendo responsável pela organização e pelo controle social, pois detém o 
monopólio legítimo do uso da força e da coerção (DE CICCO; GONZAGA, 
2013, p. 25). 
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Unidade I
Segundo Bobbio (2007), os elementos do Estado são de ordem material e formal. Do ponto de vista 
material, temos a população e o território; do ponto de vista formal, o governo. Já de acordo com 
Kelsen (2000), do ponto de vista material, podemos entender por população o conjunto de todos os 
habitantes do território do Estado. Por povo, o conjunto dos cidadãos que mantêm vínculos políticos e 
jurídicos com o Estado. Território é entendido como o espaço para o qual apenas uma ordem jurídica 
está autorizada a prescrever atos coercitivos e onde podem ser executados. 
Do ponto de vista formal, governo refere-se ao exercício do poder do Estado ou à condução política 
geral. Diz respeito ao povo e pode ser entendido como o órgão ao qual a Constituição atribui o poder 
executivo sobre uma sociedade e que geralmente é formado por um presidente ou um primeiro-ministro 
e alguns ministros, secretários e outros funcionários.
As características do Estado são a soberania, a nacionalidade e a finalidade. Por soberania podemos 
entender a capacidade de proclamar seu próprio direito positivo de forma incontestável. Para Miranda 
(2004), nacionalidade é o vinculo jurídico-político de direito público interno, em que a pessoa se torna 
um dos elementos da dimensão pessoal do Estado. Atualmente, no Direito Constitucional, nacionalidade 
e cidadania têm sentidos distintos. Nacionalidade está mais ligada à origem, ao local de nascimento. Já 
cidadania está mais ligada às obrigações políticas e jurídicas. Finalidade, segundo Dallari (1990, p. 56), 
“é o bem comum, ou seja, o conjunto de todas as condições de vida social que consintam e favoreçam 
o desenvolvimento integral da pessoa humana”.
O termo é escrito em letra maiúscula e representa um governo próprio que, em seu território, 
tem soberania. As teorias que tratam do Estado estudam as suas funções tradicionais, que estão 
englobadas em três grandes domínios de poder: Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder 
Judiciário. Podemos afirmar que as funções desempenhadas pelo Estado são as políticas, as sociais 
e as econômicas.
Para Acquaviva (2000) e Maluf (1980), a Teoria Geral do Estado faz parte do Direito Constitucional 
e compreende um conjunto de ciências que são necessárias para a compreensão do fenômeno estatal, 
assim, desdobra-se em Teoria Social do Estado, Teoria Política do Estado e Teoria Jurídica do Estado. 
Portanto, o conceito de Estado é inconfundível e apresenta vários sentidos. Conforme Acquaviva (2000, 
p. 4), origina-se do latim status, que, em letra minúscula, significa “a condição pessoal do indivíduo 
perante seus direitos políticos e civis”, e, em letra maiúscula, 
denomina, modernamente, a mais complexa e perfeita das sociedades 
civis, qual seja, a sociedade política, que poderia ser conceituada como ‘a 
sociedade civil politicamente soberana e internacionalmente reconhecida, 
tendo por objetivo o bem comum aos indivíduos e comunidades sob seu 
império’” (ACQUAVIVA, 2000, p. 4). 
Para encontrar um denominador comum às várias definições e suas influências históricas, sociais e 
econômicas, Jellinek (apud ACQUAVIVA, 2000, p. 7) define-o como “corporação de um povo, assentada 
num determinado território e dotada de um poder originário de mando”.
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Assim, Estado pode ser entendido como a unidade administrativa de um território e constitui-se 
pelas instituições públicas que o representam, organizam e que devem atender aos desejos e anseios de 
seus cidadãos, de suas instituições públicas e privadas. A educação escolar é uma das instituições que 
representam o Estado.
1.1.2 Estado e seu papel 
Encontramos duas grandes correntes de pensamento que discutem o papel do Estado para com a 
sociedade: uma de fundamentação liberal e outra de suporte marxista. Cada uma explicita os tipos de 
relação entre os cidadãos de um país, por exemplo, direitos individuais e sociais. 
Para organizar o funcionamento estatal, encontramos três poderes que fazem parte de sua estrutura formal 
para garantir que o Estado cumpra suas funções: Poder Executivo, que administra os órgãos governamentais 
e desenvolve as atividades relacionadas às políticaspúblicas; Poder Legislativo, que tem a responsabilidade 
de estabelecer as leis regulamentares e ordinárias que regem as atividades e relações entre os cidadãos e as 
instituições; e o Poder Judiciário, que tem a função de distribuir justiça, fazendo respeitar a constituição e 
aplicar as leis, segundo os códigos vigentes. Seu objetivo principal é garantir a efetividade dos direitos e das 
obrigações de todos os cidadãos, bem como de instituições públicas e privadas.
Sintetizando, podemos afirmar que os fins do Estado são: garantir a segurança de seus cidadãos e de 
suas instituições públicas e privadas, assim como assegurar a justiça e o bem-estar econômico e social. 
1.1.3 Governo e seu conceito
No dicionário Novo Aurélio (FERREIRA, 1999, p. 1.000), governo refere-se a “ato ou efeito de governar; 
administração, gestão, direção; e ainda, administração superior, ministério, Poder Executivo e também 
sistema político pelo qual se rege um país”. 
Resumindo, o governo tem o papel de administrar o Estado, com a função executiva, e, nesse sentido, 
caracteriza-se como uma das instituições que compõem o Estado: o Poder Executivo. Essa administração 
é transitória e pode ser representada pelos diversos partidos políticos existentes. 
1.1.4 Governo e seu papel
Estamos nos referindo ao Poder Executivo de um país, estado ou município que durante um período de 
tempo administra, chefia. Por isso, quando falamos de governo, identificamos a pessoa que o representa, 
o governante de uma esfera de Poder Executivo (federal, estadual ou municipal) e expressamos nossa 
opinião sobre seu desempenho, por exemplo, dizendo que foi alguém que governou bem no seu tempo, 
que provocou mudanças favoráveis para o povo, e julgando sempre de acordo com o tipo de sociedade 
que o Estado decidiu ser. Atualmente estamos numa sociedade democrática.
Em nossa sociedade democrática, o governante – presidente na esfera federal, governador na estadual, 
prefeito na municipal – é escolhido por meio de eleições realizadas segundo calendário do Tribunal Superior 
Eleitoral, órgão do Poder Judiciário, que tem, nos estados, como seu representante, o Tribunal Regional Eleitoral. 
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Unidade I
Nesse sentido, não podemos entender como idênticos o papel do Estado e o do governo. O governo 
tem a responsabilidade de desenvolver, por meio de planos, programas e projetos, ações com o objetivo de 
atender à sociedade brasileira em todas as suas necessidades, que são apontadas por meio de avaliações 
nos diferentes setores da vida pública e revelam as intervenções necessárias, das mais urgentes àquelas 
que são apenas reflexos de ideais nos diferentes setores da vida da nação brasileira. 
Podemos tratar dos planos do governo que já foram desenvolvidos e avaliá-los, a fim de concluir 
se foram planejados com eficiência, respeitando os interesses dos cidadãos brasileiros. Nessa avaliação, 
analisamos se o governante atuou com lisura, transparência e responsabilidade na administração e 
no uso dos recursos públicos para a implantação e a implementação dos programas, planos e projetos 
desenvolvidos para o atendimento à sociedade brasileira. Estes estão previstos no que podemos chamar 
de políticas públicas nacionais, estaduais ou municipais. Em se tratando da área educacional, chamamos 
de políticas públicas educacionais. Podemos identificar, nas políticas públicas, as áreas em que estas 
se subdividem e atuam: a área educacional faz parte da área social. Quando nos referimos às políticas 
públicas sociais, estamos nos referindo às áreas que estão sob essa denominação, apontada pela 
atual Constituição Federal de 1988. Assim, ao tratarmos das políticas públicas educacionais, estamos 
abordando as políticas públicas sociais.
Na área educacional, é o Plano Nacional de Educação o documento que expressa a realidade brasileira 
na área da educação escolar. 
1.1.5 Conceito de nação
Por nação entendemos um povo, agrupamento ou organização de uma sociedade cujos membros 
compartilham uma tradição histórica e que, por isso, apresentam uma identidade, uma cultura própria 
que os distingue de outros e que também os une. 
Usamos cotidianamente as palavras Estado, governo e nação como se fossem sinônimas, porém elas 
representam aspectos bem diferentes da realidade social, política e econômica brasileira.
Chegamos aos conceitos de política e público para entendermos a atuação das políticas públicas 
educacionais brasileiras. Mas o que significa o termo políticas públicas?
No Dicionário Michaelis (2009), entre outras, encontramos as seguintes definições da palavra política: 
“Arte ou ciência de governar. [...] Arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou 
estados. [...] Aplicação desta arte nos negócios internos (política interna) da nação ou nos negócios 
externos (política externa)”. 
1.1.6 Conceito de público
Quando pensamos no termo política, estamos nos referindo àquilo que é próprio do homem, auxilia-o 
a resolver problemas, conflitos e a organizar sua vida social. Para Padilha (2001), há várias definições 
para política, mas o sentido que está mais presente é o das ações e relações humanas. Identificamos, 
para nossos estudos nesta disciplina, as políticas sociais, dentre as quais estão as políticas educacionais. 
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No caso da educação escolar, em sentido específico, o termo política “pode representar a administração 
do Estado pelas autoridades e [pelos] especialistas governamentais, ações da coletividade em relação a 
tal governo [...]” (PADILHA, 2001, p. 20) e em relação à educação escolar. 
Estamos tratando do ser humano como ser político, que realiza escolhas, participa da vida familiar, 
produtiva e social, colabora com a comunidade e é por ela envolvido. Ao fazer parte de uma comunidade, 
torna-se um ser político coletivo, pois assume, perante o seu grupo, responsabilidades, compromissos 
relativos à continuidade da vida social, realiza as tarefas que lhes são próprias, aceita as normas e 
costumes comuns, assim como compartilha dos valores morais e éticos do grupo.
Quando nos referimos ao governo de uma nação, de um estado ou de um município, estamos 
nos referindo às diferentes esferas do Poder Executivo responsáveis pelo desenvolvimento das políticas 
públicas educacionais. A esfera de poder político a ser discutida nesta disciplina é a federal, pois a partir 
das orientações desta as esferas estaduais elaboram as suas, que coordenam as ações para sua região, 
e as esferas municipais especificam-nas para o seu território. O sistema escolar brasileiro, sua estrutura 
e seu funcionamento serão o objeto de análise no desenvolvimento, na implementação e na avaliação 
das políticas públicas.
No conceito de políticas públicas, o conteúdo temático a ser apresentado é o da política 
educacional e sua relação com as demais políticas adotadas no decorrer da história brasileira. 
Temos de partir da compreensão de que a história brasileira, em todos os seus aspectos (sociais, 
econômicos, culturais), influenciou o desenvolvimento das ideias pedagógicas, assim como as 
práticas sociais realizadas na educação escolar. A elaboração das leis educacionais e as políticas 
públicas estiveram atreladas a essa demanda social brasileira. A partir do que estudaremos nas 
disciplinas do curso de Pedagogia, entenderemos que há muita complexidade e ambiguidade entre 
as discussões teóricas do ideal a ser buscado pelas políticas públicas e a realidade educacional 
revelada pelos dados resultantes das avaliações institucionais que passam a ser desenvolvidas, 
principalmente, após a Lei nº 9.394/96.Saiba mais
Nos sites a seguir você pode encontrar definições de Estado, governo, 
política e política pública educacional. 
<www.unip.br>. 
<http://dicionario.cijun.sp.gov.br/houaiss/>. 
<www.primeiroconceito.com.br>. 
<www.michaelis.uol.com.br>. 
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Unidade I
Na atualidade, são as avaliações institucionais implementadas pelos governos federal, estaduais e 
municipais que revelam os índices de qualidade de ensino, apontados pela aprendizagem dos alunos e 
pelo exame dos contextos educativos.
O desafio do curso será entender o processo das políticas públicas educacionais, observando sua 
formulação (que envolve a definição de prioridades, responsabilidades, uso e destinação das verbas 
públicas), a implantação e a implementação de ações, planos, programas e projetos, bem como o 
acompanhamento e a avaliação dos resultados. 
Há também a participação dos movimentos populares, no decorrer do processo histórico, 
apontando problemas, situações e alternativas que representam os anseios dos grupos sociais locais 
ou regionais, que, além de influenciar, pretendem decidir as políticas públicas. Esses movimentos 
constituem atitudes cidadãs, solidárias e participativas.
A luta dos movimentos sociais pela educação nunca teve muita visibilidade, pois, no decorrer 
da história, foi assumida pelos sindicatos de professores, de profissionais da educação ou por 
organizações não governamentais (ONGs). A partir da década de 1990, segundo Gohn (2006), as 
lutas se dirigiram para falta de vagas nas escolas públicas, filas para matrículas, deslocamento 
de filhos de uma mesma família para escolas diferentes, atrasos nos repasses de verbas, entre 
outras causas.
A discussão sobre os movimentos sociais pela educação escolar já aponta, desde as décadas de 1970 
e 1980, indícios de que ainda não foi superada a fase de reivindicações mais básicas, como discute 
Azanha (1975, p. 17), quando afirma que “a capacidade reivindicatória das comunidades, em matéria da 
educação, não vai além da luta pela abertura de escolas” e acrescenta que “as classes de mais baixa renda 
não conseguem ainda discernir o bom do mau ensino e por isso, em face das sucessivas reprovações de 
seus filhos, apenas se limitam a retirá-los da escola”.
Devido às diferentes realidades regionais brasileiras, participar do processo demanda a identificação 
das possibilidades e dos espaços existentes, bem como das dificuldades, dos limites e das contradições 
dos projetos historicamente desenvolvidos de descentralização e municipalização, demanda ainda 
aceitar o desafio de construir propostas de políticas articuladas com um desenvolvimento educacional 
brasileiro integrado e sustentável.
 Observação
Dentre os movimentos sociais por educação escolar, o movimento 
de mães por creches e pré-escolas, relatado pela educadora Maria Malta 
Campos, na década de 1980, resultou na Educação Infantil como primeira 
etapa da educação básica brasileira, apresentada em duas fases: creches de 
0 a 3 anos e pré-escola dos 4 aos 5 anos.
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De acordo com Ferreira (1999), o sentido etimológico da palavra política é
ciência que trata dos fenômenos referentes ao Estado; ciência política; 
sistema de regras respeitantes à direção dos negócios públicos; arte de bem 
governar e conjunto de objetivos que dão forma a determinado programa 
de ação governamental e condicionam sua execução (FERREIRA, 1999, p. 
1.599). 
Da mesma forma, de acordo com o sentido etimológico, a palavra público (FERREIRA, 1999, p. 1.664) 
“é um adjetivo que diz respeito ao que é relativo ou pertencente ou destinado ao povo, à coletividade e 
também relativo ou pertencente ao governo de um país”. 
Para entendermos o que políticas públicas significam, usando as definições apontadas, podemos 
dizer que são diretrizes, princípios norteadores de ação do Poder Público, regras e procedimentos que 
estabelecem as relações entre este e a sociedade, as mediações entre a população e o Estado, ou seja, 
cidadãos que representam a sociedade e o Estado. 
Nesse sentido, as políticas públicas são explicitadas em documentos como leis e programas que 
definem quais as prioridades e as linhas de financiamento que determinam as aplicações de recursos 
públicos em educação.
Podemos afirmar que as políticas públicas em educação traduzem e sistematizam, em seu processo 
de elaboração, a definição das necessidades educacionais brasileiras e a forma de intervenção a ser 
adotada; a implantação e a implementação de ações, projetos e programas e qual a população a ser 
atendida; e os resultados esperados em curto, médio e longo prazo. 
Nesse processo estão envolvidas as formas de exercício do poder político – uma vez que se trata de 
distribuição e redistribuição do poder – o papel do conflito social nos processos de decisão e a repartição 
de custos e benefícios sociais. 
É importante esclarecer que as políticas públicas tratam de recursos públicos que serão destinados 
diretamente aos projetos, programas e ações junto à área educacional, ou por meio de isenções ou 
relações que são de interesse público. 
A crescente participação da sociedade civil nas diferentes esferas da vida social faz com que se 
entrecruzem interesses e visões de mundo, e torna difícil a delimitação clara entre o público e o privado. 
Daí surge a importância do debate público, articulado por grupos sociais, em espaços públicos, promovido 
com transparência e visibilidade. 
Ao tratarmos de poder, queremos esclarecer que o conceito deve ser entendido como a relação 
social entre os vários personagens que se interessam direta ou indiretamente pela área educacional, que 
atuam nela ou são seus beneficiários, com projetos ou interesses diferenciados. O interesse por essa área, 
em nosso caso, necessita de mediações sociais e institucionais para que as políticas públicas possam ser 
legitimadas e, assim, tornarem-se eficazes. 
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Segundo Teixeira (2002), a natureza de regime político em que o país vive, o grau de organização 
da sociedade civil e a cultura vigente determinam a elaboração de políticas públicas. Dessa maneira, as 
políticas públicas são definidas e sistematizadas, podendo-se, por isso, determinar quem é responsável 
por decidir o que, quando, com que consequências e para quem.
Os objetivos das políticas públicas sociais estão voltados, principalmente, aos setores marginalizados 
da sociedade, que são considerados vulneráveis. Nesse sentido, as políticas visam a efetivar os direitos 
da cidadania. As demandas da sociedade civil (por mobilização, luta ou pressão social) são apresentadas 
por meio de movimentos sociais. Reconhecidas institucionalmente, geram políticas de atendimento que 
promovem o desenvolvimento, seja para a geração de emprego ou renda, seja para outras políticas de 
cunho mais estratégico.
Assim, as políticas públicas trazem em seu bojo valores e visões de mundo e os exprimem em suas 
ações. Dessa forma, expressam as visões de mundo dos que controlam o poder. Contudo, para que esse 
poder seja representativo dos interesses de todos os segmentos sociais, depende-se da capacidade de 
organização e negociação dos segmentos sociais dominados.
Para atingir os objetivos de determinada política pública, é preciso considerar a natureza ou o grau 
de intervenção, a abrangência dos benefícios e os impactos aos beneficiários ou às relações sociais. 
Podemos analisar se a natureza ou o grau de intervenção é estruturalou conjuntural. É estrutural 
quando se trata de intervir em relações socioestruturais, como renda, e é conjuntural ou emergencial 
quando procura atender a uma situação imediata. 
A abrangência pode ser universal, quando se estende a todos os cidadãos; segmentada, quando 
atende a um fator determinante, como idade, gênero; e fragmentada, quando atende a um determinado 
grupo social, de um segmento específico.
Quanto aos impactos que podem causar nas relações sociais ou em seus beneficiários, as políticas 
públicas podem ser: distributivas, quando distribuem benefícios individuais; redistributivas, ao buscar 
equidade redistribuindo os benefícios entre os grupos sociais; e regulatórias, ao definir regras e 
procedimentos para atender aos interesses gerais da sociedade. 
Está presente na Constituição Federal de 1988, no artigo 37, a importância da atitude da 
administração pública no desempenho de sua função com ética, sobriedade, impessoalidade 
e no trato com verba pública, que deve ser empregada com transparência, lisura e eficiência. 
A responsabilidade de atuação governamental voltada para as necessidades apontadas pela 
coletividade social envolve também a cobrança de atitudes de legalidade, de moralidade e 
da publicidade dos atos administrativos, conforme o artigo 37 da Constituição Federal: “A 
administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos estados, do Distrito 
Federal e dos municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência [...]” (BRASIL, 1988). 
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 Observação
Hoje a verba pública é distribuída na educação formal pelo que a lei 
chama de custo-aluno. Anualmente, deve-se elaborar o valor do custo-
aluno da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. 
O valor da verba a ser recebida pelas escolas é calculado pelo número de 
alunos nela matriculados, em cada nível e modalidade de ensino que a 
escola oferece à comunidade. 
Exemplo de aplicação
Pesquise em seu município ou em seu estado quais são as metas dos planos de educação, sua 
abrangência e as prioridades educacionais apontadas, os programas, planos e ações em desenvolvimento, 
as parcerias com o sistema federal ou estadual e as formas de publicidade dos dados e das verbas 
públicas utilizadas.
É importante atentar para programas criados pelo Ministério da Educação junto às unidades da 
federação e seus sistemas de ensino – federal, estaduais, municipais e do Distrito Federal –, como o 
PDE (Plano de Desenvolvimento da Escola). Esse plano foi concebido em conformidade com a atual 
legislação educacional, que destaca a importância da escola como agente principal de desenvolvimento 
da educação escolar brasileira e também local em que a relação professor-aluno se realiza – e é 
na qualidade dessa relação que residem, em grande medida, a aprendizagem do aluno e o bom 
desenvolvimento do ensino. O PDE é planejado pelo MEC de acordo com as prioridades educacionais 
brasileiras, e o financiamento das ações nele previstas está presente no planejamento setorial do MEC. 
As unidades escolares públicas podem se tornar parceiras dessas ações, de acordo com seu Projeto 
Político-Pedagógico e suas necessidades locais. Para isso, a participação da comunidade nas decisões 
sobre o desenvolvimento educacional da instituição é importante para definir tanto as prioridades 
locais quanto os objetivos da escola, tendo como meta a aprendizagem escolar com qualidade. É 
também importante discutir a importância da autonomia da escola para decidir sobre quais projetos e 
ações devem ser desenvolvidos para atingir esse objetivo. Em contrapartida, a legislação educacional 
implantou a cultura das avaliações institucionais na educação escolar brasileira, que ocorrem sob a 
responsabilidade das diferentes esferas administrativas e de seus sistemas de ensino. Por meio das 
avaliações do MEC – como Saeb, Prova Brasil, Provinha Brasil, Enem –, das avaliações dos sistemas 
estaduais e dos municipais e da instituição do Ideb (Índice de Desenvolvimento da educação básica), 
podemos aferir como está o funcionamento da educação escolar nacional e seus pontos de avanços 
e de fragilidades. O Brasil participa também da avaliação internacional do Pisa, que aponta como o 
país está no desenvolvimento educacional da população comparado aos outros países participantes 
da prova. Como podemos observar, o sistema nacional de educação escolar está implantando e 
implementando ações com o objetivo de garantir a real qualidade de ensino ministrado pelas escolas 
brasileiras, para garantir um dos direitos da cidadania ao cidadão brasileiro. 
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1.2 Crise do Estado de Bem-Estar Social e redefinições do papel do Estado; 
políticas internacionais, educação e reajustes do mundo capitalista
1.2.1 Visão liberal
É importante considerarmos as orientações políticas presentes na história brasileira para podermos 
entender as atuais políticas públicas na área educacional, assim com a LDB nº 9.394/96.
A visão da política liberal tem no liberalismo seus fundamentos, que se traduzem no “conjunto 
de ideias e doutrinas que visam a assegurar a liberdade individual no campo da política, da moral, da 
religião dentro da sociedade” (FERREIRA, 1999, p. 1.209). O liberalismo político resultante da filosofia 
liberal defende a liberdade política do indivíduo em relação ao Estado e à existência de oportunidades 
iguais para todos. A ideia do Estado liberal está centrada na noção de Poder Público com autoridade 
política dentro de limites precisos, separado de governante e governado. Há três tradições na ciência 
política. A primeira analisa a política liberal como a que discute as questões da cultura política da nação 
e a constituição do cidadão. A segunda discute problemas de representação política e responsabilização, 
propondo que as ações dos indivíduos, das instituições e do Estado podem estar sujeitas a controles 
provenientes dos acordos centrais do pacto democrático. A terceira enfatiza o poder do Estado nos 
aspectos que se referem à obtenção do consenso e à implementação de medidas representativas de 
interesses, defendidos, inclusive, se necessário, com atos de coerção e relações sociais de dominação. 
Nesse sentido, a visão liberal defende uma concepção de política pública voltada para interesses 
individuais e que desconsidere as desigualdades sociais. A vida social e econômica é resultante das 
capacidades individuais e do esforço individual de superação para uma melhor qualidade de vida. 
Essa concepção opõe-se à universalidade dos benefícios de uma política social. Para ela, a política 
social não tem papel relevante, pois as desigualdades sociais são resultantes de esforços individuais.
Como exemplo dessa visão, Azanha (1975, p. 17) afirma: “Geralmente, a escola não é responsabilizada 
pela reprovação, pois o malogro escolar é recebido como resultado de deficiências pessoais das crianças”.
Dessa maneira, a visão liberal está presente no cotidiano da vida escolar, inclusive de crianças e 
jovens, sem ter presente a importância do atendimento escolar como fator de sucesso no ensino.
1.2.2 Visão social-democrata 
A visão social-democrata concebe uma política de atuação com benefícios sociais que visem à 
proteção dos mais fracos, como uma maneira de dar igualdade de condições a todos, em decorrência 
das diferenças econômicas promovidas pela sociedade capitalista. O Estado de Bem-Estar Social é o 
sistema que representa a visão social-democrata, na qual as políticas públicas têm um papel regulador 
das relações econômico-sociais.Nesse sentido, representa um acordo social entre o trabalho e o capital 
em que os cidadãos podem aspirar a níveis mínimos de bem-estar social, incluindo educação, saúde, 
seguridade social, salário e moradia.
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Esse sistema cresce e leva a uma relativa distribuição de renda e ao reconhecimento de uma série de 
direitos sociais. Fundos públicos são constituídos e utilizados em investimentos em áreas estratégicas 
para o desenvolvimento e em programas sociais, o que acarreta um controle político e burocrático da 
vida dos cidadãos consumidores de bens públicos.
Os sistemas liberal e social-democrata executavam políticas públicas com a intervenção do Estado 
em várias áreas de atuação dos indivíduos. 
A partir da década de 1970, esse modelo entrou em crise, devido aos novos padrões introduzidos 
pelas tecnologias nos processos de acumulação e nas relações de trabalho. Essa situação levou à falência 
do Estado protetor e ao agravamento da crise social, em virtude do esgotamento das possibilidades 
de atendimento às necessidades crescentes da população, gerando o burocratismo e a ineficiência do 
aparelho governamental.
A crítica a essa situação foi de que a política de intervencionismo causou a estagnação econômica 
e o parasitismo social. Foi proposto, então, um ajuste estrutural, que levasse a um equilíbrio financeiro, 
à redução dos gastos sociais e a uma política social seletiva e emergencial.
1.2.3 Visão neoliberal
O sistema que historicamente veio responder a essas necessidades sociais e econômicas foi 
o neoliberalismo, que defendia a ação mínima do Estado. O equilíbrio social é resultante do livre 
funcionamento do mercado. As noções de mercados abertos e tratados de livre-comércio, redução do 
setor público e diminuição da intervenção estatal na economia e na regulação do mercado resultaram 
em programas e políticas de ajuste estrutural. Nesse sistema modificam-se as formulações das políticas 
públicas, pois com a ação mínima do Estado é preciso que as regulamentações sejam mínimas e as 
políticas distributivas compensem desequilíbrios graves e passem, então, a ter um caráter seletivo de 
atendimento a todos – ou seja, um atendimento não universal.
As políticas redistributivas, controladas por tecnocratas, sem a participação da sociedade – presentes 
nas visões anteriores – não são coerentes com a liberdade do mercado e incentivam o parasitismo social.
O fenômeno da globalização do capitalismo influencia a elaboração das políticas públicas, e os 
interesses internacionais aparecem com grande poder de interferência nas decisões, às vezes, ditados 
por organismos multilaterais. Cada país tem seu processo de formulação de políticas públicas, e esses 
processos vêm se tornando cada vez mais complexos.
O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional aparecem como instituições com grande 
poder de influência, por meio de um conjunto de programas e políticas com vistas ao ajuste estrutural 
necessário ao novo modelo econômico e social do Estado. O modelo de ajuste e estabilização proposto é 
baseado numa série de recomendações de políticas públicas que tem como premissa a redução drástica 
do gasto governamental, por meio da privatização das empresas paraestatais, da liberalização dos 
salários e preços e da reorientação das produções industrial e agrícola para exportação.
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Unidade I
É proposta a diminuição da participação financeira do Estado no fornecimento de serviços sociais, 
como saúde, pensões, aposentadorias, transporte público, habitação popular e educação, mediante sua 
transferência para o setor privado. As atividades do setor público são concebidas como improdutivas e 
como desperdício social. Assim também é entendida a educação e sua função social, o que incide nas 
concepções do papel da educação nos dias de hoje e nas políticas públicas na área educacional. 
Educadores brasileiros como Paulo Freire e Moacir Gadotti criticam o pensamento e a prática 
neoliberal, pois consideram o neoliberalismo contrário à ética integral do ser humano, à utopia e à 
educação como ato democrático. O neoliberalismo naturaliza a desigualdade e sustenta a ética do 
mercado. O homem é considerado como força de trabalho. Para o neoliberalismo, a globalização é 
considerada uma realidade definitiva, e não uma categoria histórica. 
1.3 Planos e políticas públicas de educação 
1.3.1 Políticas públicas neoliberais
A partir do neoliberalismo, temos a sociedade civil chamada a participar do processo de formulação 
de políticas públicas e podemos identificar alguns aspectos que dele fazem parte:
• Identidade: o processo de formação de identidade coletiva se constrói na medida em que há 
iniciativas de proposições para resolver problemas coletivos. 
• Plataformas políticas: expressam as concepções do papel do Estado e da sociedade civil por meio de 
programas e ações voltados às demandas e carências. As políticas públicas representam o sentido 
do desenvolvimento histórico-social dos atores sociais na disputa para construir a hegemonia.
• Mediações institucionais: são as políticas públicas que representam as mediações entre os 
interesses e valores de diversos atores sociais que se defrontam em espaços públicos a fim de 
negociar soluções para o conjunto da sociedade ou para determinados grupos sociais.
• Dimensão estratégica: é representada pelas políticas públicas que são diretamente ligadas ao 
modelo econômico e à constituição de fundos públicos e estabelecem referência e base para a 
definição de outras políticas ou programas em determinadas áreas. As inovações tecnológicas e a 
reestruturação produtiva, acompanhadas de seus efeitos sobre o emprego e o agravamento das 
desigualdades sociais, devem ser consideradas nas opções estratégicas. 
As opções estratégicas devem considerar alternativas que redirecionem o emprego – de maneira 
que tornem seus beneficiários cidadãos ativos, com inserção social – e que contribuam para o 
desenvolvimento da sociedade. 
Podemos definir políticas públicas como um processo dinâmico composto de negociações, 
pressões, mobilizações, alianças ou coalizões de interesses. Para participar desse processo é preciso o 
estabelecimento de uma agenda. Essa agenda reflete interesses que podem ser ou não dos setores 
majoritários da população. Essa participação vai depender do grau de mobilização da sociedade civil e 
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da institucionalização de mecanismos que viabilizem sua participação. Estão envolvidos os conceitos de 
composição de classe, mecanismos internos de decisão dos diversos aparelhos e seus conflitos, e alianças 
internas da estrutura de poder. Esses conceitos estão imersos nas pressões sociais e nos conflitos da 
sociedade.
Quando nos referimos à sociedade civil devemos reconhecer a diversidade de interesses e visões 
presentes. Chegar a um consenso exige a realização de uma tarefa complexa, pois é necessário o debate, 
o confronto e a negociação. Esse consenso depende do grau de organização da sociedade civil e de suas 
organizações, que atualmente estão fragmentadas, embora com algumas iniciativas de articulação de 
alguns setores.
Teixeira (2002) aponta os passos a serem seguidos para uma participação efetiva e eficaz da sociedade 
civil: 
a) elaboração e formulação de um diagnóstico participativo e estratégico com 
os principais atores envolvidos, no qual se possa[m] identificar os obstáculos 
ao desenvolvimento, fatoresrestritivos, oportunidades e potencialidades; 
negociação entre os diferentes atores;
b) identificação de experiências bem-sucedidas nos vários campos, sua 
sistematização e análise de custos e resultados, tendo em vista possibilidades 
de ampliação de escalas e criação de novas alternativas;
c) debate público e mobilização da sociedade civil em torno das alternativas 
mais entre os atores;
d) decisão e definição em torno de alternativas; competências das diversas 
esferas públicas envolvidas, dos recursos e estratégias de implementação, 
cronogramas, parâmetros de avaliação;
e) detalhamento de modelos e projetos, diretrizes e estratégias; identificação 
das fontes de recursos; orçamento dos meios disponíveis e a providenciar; 
mapeamento de possíveis parcerias, para a implementação;
f) na execução, publicização, mobilização e definição de papéis dos atores, 
suas responsabilidades e atribuições, acionamento dos instrumentos e meios 
de articulação;
g) na avaliação, acompanhamento do processo e resultados conforme 
indicadores; redefinição das ações e projetos (TEIXEIRA, 2002, p. 5). 
Atualmente, os conceitos que fazem parte do conteúdo e do processo da estruturação das políticas 
públicas são: sustentabilidade, democratização, eficácia, transparência, visibilidade, diversidade, 
participação e qualidade de vida para a construção de uma nova ética centrada na vida, na solidariedade, 
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com vistas a uma cultura da paz. Mas não basta conhecer esses elementos, é preciso que sejam traduzidos 
em parâmetros objetivos para que orientem a elaboração, a implementação e a avaliação das políticas 
propostas. 
O Estado de Bem-Estar Social, como uma das formas de atuação da política, não deu conta de 
atender a todas as necessidades educacionais que se propôs a oferecer à coletividade social. O governo, 
como responsável pelo desenvolvimento das políticas públicas em educação, não cumpriu as metas de 
universalização da educação escolar obrigatória, da qualidade de ensino, da remuneração do professor 
e da proposta de valorização do magistério; também não resolveu satisfatoriamente os problemas 
relacionados a políticas públicas de formação continuada dos profissionais da educação e ao estado de 
precariedade das instalações dos estabelecimentos de ensino. Isso é visível nos índices de analfabetismo 
e no resultado insatisfatório das avaliações institucionais das diferentes esferas de poder (federal, 
estadual e municipal), que apontam problemas ainda básicos de leitura e interpretação de textos e na 
resolução de problemas de Matemática. 
O conhecimento dos mecanismos envolvidos no estabelecimento de políticas públicas propicia 
informações sobre como executar ações de intervenção a favor dos princípios da Constituição Federal 
de 1988 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96. Os textos legais apresentam 
conquistas sobre direitos individuais, coletivos e sociais; o direito à educação escolar é definido como um 
direito social, que se expressa por meio de medidas como o acesso do aluno à escola e sua permanência 
com sucesso escolar, o financiamento da educação, a definição do que são gastos em educação e a 
prestação de contas sobre os gastos realizados. A avaliação do desenvolvimento do processo educativo 
é o instrumento que pretende verificar se programas, planos e ações estão ocorrendo de acordo com 
os preceitos legais, como a permanência do aluno na escola até completar sua escolaridade básica 
e a responsabilização dos poderes públicos e dos órgãos administrativos pela elaboração de políticas 
educacionais que permitam a realização dos anseios sociais presentes na legislação educacional e de 
acordo com as necessidades sociais e educacionais da atualidade.
1.3.2 Políticas públicas pós-neoliberalismo
Autores como Barroso (2005) discutem que a proposta neoliberal adotada como fundamentação 
para o desenvolvimento de políticas públicas afirmando que a sociedade civil deve se responsabilizar pelo 
desenvolvimento de ações demandadas por contextos locais é, de certo modo, uma desresponsabilização 
do Estado pelo setor social, especificamente pela educação escolar. Na proposta neoliberal, as políticas 
públicas educacionais que atendiam especificamente à unidade escolar deviam ser desenvolvidas por 
meio de ações, programas e planos envolvendo a parceria entre a sociedade civil e a escola pública, 
mas, mesmo assim, não resultaram na melhoria da qualidade do ensino oferecido à população. Em 
função disso, aponta que está havendo uma recomposição das relações entre “Estado e mercado, no 
que se refere ao fornecimento e financiamento dos serviços púbicos, incluindo, no caso vertente, a 
educação” (BARROSO, 2005, p. 745). No Brasil, as organizações do terceiro setor têm atuado em parceria 
com as instituições de ensino no desenvolvimento de projetos que têm o objetivo de atender a cada 
estabelecimento de ensino em ações e programas específicos. Tais ações e programas estão relacionados 
diretamente ao Projeto Político-Pedagógico da escola e têm o objetivo de proporcionar, aos educandos 
da escola, atividades que venham a contribuir para a efetivação da qualidade de ensino que é necessária 
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à população. Dessa forma, efetiva-se o objetivo da política neoliberal, que é manter a sociedade civil, 
representada pelo terceiro setor, ou seja, as ONGs, em parceria com as unidades escolares vinculadas 
às redes públicas de ensino municipal ou estadual. Essas organizações do terceiro setor podem buscar 
recursos públicos e privados para o atendimento a esses projetos sociais voltados para a educação 
escolar. Porém, tais projetos geralmente são desenvolvidos por tempo limitado e não conseguem 
abranger toda a coletividade escolar e seu cotidiano, tornando, assim, frágil a relação entre ONGs e 
escolas, e não atingindo o objetivo de melhorar a qualidade do ensino. Em contrapartida, é defendido 
que qualquer que seja a mudança nas questões políticas, é preciso proteger e promover a escola pública, 
como “garantia da aquisição e distribuição equitativa de um bem comum educativo” (BARROSO, 2005, 
p. 745).
Canário (2003, p. 150), discutindo as políticas públicas educacionais, dá ênfase ao objetivo maior da 
escola, que está inserida numa comunidade para a qual deve voltar sua ação, contribuindo, assim, para 
a democratização da sociedade por meio da transformação do ensino: “pensar a escola a partir de um 
projeto de sociedade, não a partir dos meios disponíveis, e sim das finalidades a atingir”.
Na mesma linha de pensamento, Barroso (2005, p. 745) propõe os princípios da escola: “a 
universalidade do acesso, a igualdade de oportunidades e a continuidade dos percursos escolares. Estes 
princípios obrigam que a escola seja sábia para educar, reta para integrar as crianças e os jovens na vida 
social e justa”. 
A discussão da educação como fator de desenvolvimento econômico já percorre algumas décadas 
e vem apresentando modificações em seu enfoque pelo desenvolvimento científico, econômico, social 
e de fenômenos como globalização e urbanização crescentes. Atualmente a escola ainda é considerada 
fator de transformação social – e, dependendo de como esse conceito é entendido, pode estar ou não 
a favor das classes populares e do desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a educação 
escolar de todos, com igualdade de condições e equidade, garantindo, assim, o desenvolvimento da 
plena cidadania, bem como da participação social e produtiva do cidadão.
Alguns teóricos da educação escolar, como Paro, Oliveira, Ferreira e Dourado, defendemo 
conceito de educação escolar como fator de transformação social, como um direito à cidadania e 
à escola. Os responsáveis pelas políticas públicas estão atrelados ao Plano Nacional de Educação, 
assim como aos planos estaduais e aos municipais de educação, para o uso das verbas públicas 
previstas no financiamento da educação. Órgãos administrativos como o MEC e as secretarias 
estaduais e municipais de educação promovem ações que têm como princípio o desenvolvimento 
de competências e habilidades e a construção dos conhecimentos pelas crianças e jovens da 
educação escolar básica, garantindo a eles a plena participação nos processos sociais, produtivos 
e políticos. É direito do aluno da escola pública ter acesso aos conhecimentos necessários que 
o tornem capaz de participar plenamente da vida produtiva, social e política, assim como ter 
domínio desses conhecimentos. 
Muitos instrumentos legais foram implementados para a garantia desse direito. A decisão política 
tomada foi colocar a escola como o local onde se deve olhar para avaliar a qualidade de ensino 
desenvolvida, ou seja, a aprendizagem do aluno. Para isso, os conceitos de gestão escolar e Projeto 
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Político-Pedagógico, bem como os princípios da gestão na escola pública, da participação e da autonomia 
são os que devem ser entendidos para que o processo ocorra a favor das classes populares. 
O entendimento desses conceitos passa pela visão política adotada pelo Estado, e, em função disso, 
exige a compreensão das prioridades nacionais elencadas e das políticas públicas educacionais em 
concordância com um projeto de Estado brasileiro. Destacamos a importância do planejamento em 
todas as áreas e setores da educação escolar.
Temos de retomar o que Barroso apontou como o mais importante: que a escola pública nunca seja 
desvinculada de seu papel e de sua importância no seio da sociedade. 
1.4 A reestruturação produtiva, a delimitação do campo educacional, a 
função social da escola e a lógica do mercado
Dourado (2001), Paro (2002) e Antunes (2000) apontam a influência da reestruturação produtiva na 
educação escolar, principalmente ao discutir a função social da escola nos dias de hoje, em relação à 
lógica do mercado.
Antunes (2000) analisa a sociedade contemporânea e suas transformações, que são discussões 
presentes diariamente no nosso cotidiano. Sempre nos referimos à escola como instituição transformadora, 
em função de seu papel na formação do cidadão, para a cidadania e a vida social e produtiva. Nesse 
sentido, considerar o novo perfil de cidadão e profissional, o papel de mudanças e avanços tecnológicos, 
da sociedade do conhecimento, da globalização e da mundialização da cultura que essa nova sociedade 
requer significa compreender o neoliberalismo, a reestruturação produtiva, a globalização produtiva e a 
era da acumulação flexível.
Soares (1997) cita Harvey [s.d.] para tratar das transformações da economia e aponta que:
As rachaduras nos espelhos refletores da economia são abundantes; com 
grande rapidez bancos eliminam bilhões de dólares de dívidas incobráveis, 
governos ficam inadimplentes, mercados internacionais de divisas se 
mantêm numa perpétua confusão (HARVEY, [s.d.] apud SOARES, 1997). 
O texto citado discute que a reestruturação pós-fordista se define por novas tecnologias, novos 
métodos de gestão e, em função disso, novas maneiras de tratar da utilização da força de trabalho, 
o que levou a novos modos de regulação estatal nomeados, pelo autor, de elementos que definem o 
“modo de acumulação flexível de capitais” (HARVEY, [s.d.] apud SOARES, 1997). Podemos apontar como 
integrantes dessa reestruturação os seguintes aspectos: 
1) a globalização: produção, troca e circulação de mercadorias estão 
globalizadas, caracterizando o escopo transnacional do capital; 
2) a efemeridade: o turnover da produção e do consumo é extremamente 
veloz; aceleração do tempo de giro na produção (produção flexível: pequenos 
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lotes, variedade de tipos de produto e sem estoques) e redução do tempo de 
giro no consumo; 
3) a dispersão: geográfica da produção, feita através de uma mudança na 
estrutura ocupacional; do trabalho (com as novas modalidades de empregos: 
temporários, de tempo parcial e a terceirização); do monopólio, num amplo 
conjunto de produção desterritorializada (SOARES, 1997).
O texto comenta que globalização, efemeridade e dispersão são aspectos que estão presentes na 
reorganização do sistema financeiro global. Esses elementos tornam essa reorganização uma esfera 
autônoma, responsável pelos fluxos de capital e capaz de desvincular-se das antigas noções de tempo e 
espaço. Suas características, naturalmente, fazem dessa reorganização, um sistema complexo e de difícil 
compreensão para muitas pessoas (HARVEY, [s.d.] apud SOARES, 1997).
Soares (1997) define a economia pós-moderna como essas novas atividades materiais de produção 
e consumo, como o novo sistema financeiro global, que não é mais uma economia de escala, como 
a fordista. Em consequência, o Banco Mundial/FMI, chamado por ele de “Estado do capital mundial”, 
atua além da autonomia do Estado-Nação. A sociedade capitalista pós-moderna, em que o poder da 
competição é decisivo no sistema de mercado e a corporação transnacional é o tipo de organização 
produtiva mais atuante, tem na informação operacional, que se constitui como bem mais procurado, a 
possibilidade de exercer a hegemonia. 
Segundo Lévy (2010), 
mais de dois terços dos dados atualmente armazenados no mundo 
representam informações econômicas, comerciais ou financeiras com 
características estratégicas, e o conhecimento das mesmas, devido às 
novas tecnologias, se dá em tempo real, isto é, com a operação ainda em 
andamento. Isto explica por que o fuso horário representa ganho para uns e 
prejuízo para outros. (LÉVY, 2010, p. 59). 
Dessa maneira, o rápido acesso à informação atualizada para a tomada de decisão é a maneira 
de ser das novas corporações transnacionais e o que gera “os riscos e as crises globais (globalização) 
e a economia de transitoriedade, cujo lema é: ‘compre-use-e-descarte’ produtos, pessoas, ideias 
(efemeridade); e exige de todos uma flexibilidade fora do comum em termos de adaptação (dispersão)” 
(SOARES, 1997).
Assim, Antunes (2000), tendo como pano de fundo essas transformações, afirma que: 
A sociedade contemporânea, particularmente nas últimas décadas, 
presenciou fortes transformações. O neoliberalismo e a reestruturação 
produtiva da era de acumulação flexível, dotados de forte caráter 
destrutivo, têm acarretado, entre tantos aspectos nefastos, um monumental 
desemprego, uma enorme precarização do trabalho e uma degradação 
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crescente da relação metabólica entre homem e natureza, conduzida pela 
lógica societal voltada prioritariamente para a produção de mercadorias, 
que destrói o meio ambiente em escala globalizante (ANTUNES, 2000, p. 13).
O autor chama a atenção para a reestruturação produtiva que acarreta a transformação no trabalho, 
pois algumas ocupações ou postos, devido às grandes transformações no conhecimento e à globalização 
da economia, entraram em processo de extinção. Isso exige do trabalhador uma rápida formação 
para o desempenho de novas tarefas, cargos e funções necessários ao mundo contemporâneo. Essas 
transformações, de acordo com Antunes (2000), atingem ainda o meio ambiente, bem como as relações 
dos homens

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