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PRÁTICA JURÍDICA - MODELO EXECUÇÃO DE CHEQUE

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE XXX.
					 XXX, devidamente inscrita no CPF sob o nº XXX, e possuidora da Carteira de Identidade de nº XXX com sede na XXX, por seu advogado com instrumento procuratório em anexo, com escritório na XXX, onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente:
AÇÃO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA 
CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE
COM PEDIDO LIMINAR CAUTELAR
 
em face de, XXX, pessoa jurídica de direito privado, devidamente inscrita no CNPJ sob o nº XXX, com sede na XXX, tendo como representante legal o Srº XXX ou quem suas vezes fizer, pelos fundamentos de fato e de direito que se passa a expor:
PRELIMINARMENTE
DO CABIMENTO DA PRESENTE AÇÃO DE EXECUÇÃO
Atualmente em nosso país o cheque é utilizado para diversas modalidades de pagamento, estando pacificada a existência do cheque pós-datado, ou seja, o cheque para pagamento de um débito em data futura, o que não o desnatura como título cambiariforme.
Cheque "pré-datado". Apresentação antecipada. Responsabilidade civil. Precedentes da Corte.
1. Como já decidiu a Corte, a "prática comercial de emissão de cheque com data futura de apresentação, popularmente conhecido como cheque "pré-datado", não desnatura a sua qualidade cambiariforme, representando garantia de dívida com a conseqüência de ampliar o prazo de apresentação". A empresa que não cumpre o ajustado deve responder pelos danos causados ao emitente.
2. Recurso especial não conhecido.
(REsp 237376/RJ, Rel. Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, TERCEIRA TURMA, julgado em 25.05.2000, DJ 01.08.2000 p. 270)
Desta feita, seria incoerente iniciar a data da contagem do prazo prescricional a partir de sua emissão, sendo que o mesmo somente seria apresentado futuramente, podendo ocorrer de quando da sua emissão o título já nascer prescrito.
Assim, o entendimento de nossos tribunais é coerente ao dizer que o prazo prescricional para ação executiva do cheque se encerra em seis meses da data de sua apresentação ao banco sacado, o que é também o que podemos observar em recurso especial julgado em 16/09/2003, no qual o STJ entendeu que o prazo prescricional do cheque conta-se a partir de sua apresentação ao banco sacado e não após o decurso de prazo a que alude o artigo 33 da LC., senão vejamos: 
Cheque. Prescrição. Art. 59 da Lei nº 7.357/85. Dissídio.
1. Já assentou a Corte que a prescrição do art. 59 da Lei nº 7.357/85 pressupõe que o cheque haja sido apresentado no prazo legal, "caso contrário, a prescrição passa a correr da data da primeira apresentação" (REsp nº 45.512/MG, Relator o Senhor Ministro Costa Leite, DJ de 09/5/94). No caso, porém, o especial não tem trânsito porque ausente a necessária similitude fática dos paradigmas, com os termos do julgado recorrido.
2. Recurso especial não conhecido.
(REsp 435558/MG, Rel. Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, TERCEIRA TURMA, julgado em 16.09.2003, DJ 10.11.2003 p. 186) g.n.
Comercial. Cheque. Prescrição. Termo inicial.
O termo inicial da prescrição previsto no art. 59 da lei n. 7357, de 1985, pressupõe que o cheque não haja sido apresentado no prazo legal. Caso contrario, a prescrição passa a correr da data da primeira apresentação.
Recurso conhecido e provido.
(resp 47149/mg, rel. ministro claudio santos, rel. p/ acórdão ministro paulo costa leite, terceira turma, julgado em 30.08.1994, dj 26.09.1994 p. 25649) g.n.
E ainda,
COMERCIAL E PROCESSUAL CIVIL. CHEQUE PRÉ-DATADO. PRESCRIÇÃO.
O cheque emitido com data futura, popularmente conhecido como cheque "pré-datado", não se sujeita à prescrição com base na data de emissão. O prazo prescricional deve ser contado, se não houve apresentação anterior, a partir de trinta dias da data nele consignada como sendo a da cobrança.
Recurso não conhecido.
(REsp 620.218/GO, Rel. Ministro CASTRO FILHO, TERCEIRA TURMA, julgado em 07.06.2005, DJ 27.06.2005 p. 376)
Portanto é indubitável a executividade de todos os cheques que embasam a presente demanda.
DOS FATOS
A Exeqüente atua como representante comercial, motivo pelo qual recebeu os títulos em questão e passou a ter o direito de receber os mesmos.
Todavia, alguns desses títulos foram emitidos com vícios de origem e sem lastro financeiro, tendo a empresa ora executada, a obrigação contratual e legal de cobri-los.
Porém, para a surpresa da exeqüente, quando da apresentação dos cheques na data combinada, ocorreram as devoluções dos títulos pelos motivos 12 (sem fundo) e 21 (sustação).
A exeqüente tentou por diversas vezes uma composição amigável para com a empresa requerida, não obtendo êxito nestas tentativas.
Diante desta situação não resta alternativa senão buscar a tutela jurisdicional a fim de ver o seu direito preservado e o crédito adimplido pela força estatal.
DO TÍTULO EXECUTIVO
Temos no presente caso os cheques emitidos pela executada à exeqüente, atendendo, portanto, aos ditames legais, sendo TÍTULOS EXECUTIVOS LÍQUIDOS, CERTOS E EXIGÍVEIS, embasadores da presente pretensão executória.
O art. 585, inciso I, do Código de Processo Civil, atribui força executiva ao cheque.
Desta forma, a Executada é devedora da Exeqüente, conforme valor constante dos títulos, da quantia líquida, certa e exigível de R$ 103.828,70 (cento e três mil, oitocentos e vinte e oito reais e setenta centavos), atualizados pela correção monetária do período, e juros de lei. 
Portanto, diante da existência de títulos líquidos, certos e exigíveis, requer o processamento da presente ação de execução de título extrajudicial por quantia certa contra devedor solvente, na forma dos dispositivos invocados pelo Código de Processo Civil.
DOS PEDIDOS
EX POSITIS, REQUER:
Se digne Vossa Excelência em determinar a expedição de CARTA PRECATÓRIA DE CITAÇÃO E PENHORA, para a citação da executada, na pessoa de seu representante legal e/ou de seu ADMINISTRADOR responsável, já qualificados no preâmbulo da presente inicial, na forma do art. 221, II, do CPC, para que, no prazo de 3 dias, paguem o valor de R$ 103.828,70 (cento e três mil, oitocentos e vinte e oito reais e setenta centavos), englobando a correção monetária do período e os juros legais, devendo ser acrescentado ainda os honorários advocatícios a serem arbitrados por esse honrado Juízo (art. 20 do CPC), e também as custas processuais pagas, ou que promovam a nomeação de bens à penhora, na forma do art. 652 do Código de Processo Civil;
Valendo-se da prerrogativa do art. 652, § 2º do CPC a exeqüente vem indicar à penhora os seguintes bens de propriedade da executada:
1) SR/Noma SR2E17T2 CL, S. Reboque, Renavam: 827131330, Chassi: 9EP21082041002544, Placa DBB 8638, Ano 2004;
2) SR/Noma SR2E17T2 CL, S. Reboque, Renavam: 826310524, Chassi: 9EP21082041002538, Placa DBB 8632, Ano 2004;
3) SR/Noma SR2E17T1 CL, S. Reboque, Renavam: 826312101, Chassi: 9EP21102041002537, Placa DBB 8631, Ano 2004;
Em relação aos bens descritos no item acima, com base no inciso III, do art. 615 do CPC, pede-se, cautelarmente e sem a oitiva da parte contrária, que seja oficiado o DETRAN-SP bem como o DENATRAM para que incluam uma restrição judicial sob tais bens, já que existe o perigo dos mesmos serem alienados a qualquer tempo, mormente quando do recebimento da citação da presente ação;
Requer, ainda, com base na ordem do art. 655 do CPC e conforme o art. 655-A do CPC que se digne V. Exa, a requisitar à autoridade supervisora do sistema bancário, preferencialmente por meio eletrônico, informações sobre a existência de ativos em nome da executada, determinando, ainda, sua imediata indisponibilidade até o montante do valor exeqüendo;
Não havendo pagamento, nem nomeação de bens à penhora, sejam penhorados pelo Sr. Oficial de Justiça, obedecendo-se a ordem do art. 655 do CPC, e as prerrogativas do art. 653 do CPC, tantos bens quantos bastem para a realizaçãodo pagamento do valor executado, com os devidos acréscimos legais, neles incluindo-se as custas processuais e honorários advocatícios;
Que o Sr. Oficial de Justiça seja autorizado expressamente a proceder as diligências de citação, penhora e intimação, com as prerrogativas do parágrafo 2º do artigo 172 do Código de Processo Civil.
Realizada a penhora, seja intimada Executada para opor Embargos à Execução no prazo de 10 (dez) dias, se quiser.
Em anexo segue a Memória do Cálculo, conforme determina o art. 614, II, do Código de Processo Civil, devendo-se incidir sobre o valor apurado a correção monetária e os juros até o efetivo pagamento.
Dá-se à causa o valor de R$ 103.828,70 (cento e três mil, oitocentos e vinte e oito reais e setenta centavos).
Nestes termos,
pede deferimento.
Cidade, data.
p.p. ADVOGADO
OABxxx
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