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Curso de Sistematização da Assistência de Enfermagem MÓDULO IV Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na Referência Consultada. 170 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores MÓDULO IV ESTRUTURA DE DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Breve histórico dos diagnósticos de enfermagem A atividade diagnóstica na enfermagem se deu durante a guerra da Criméia (1954) onde, Florence Nightingale usou a sua ampla base de conhecimentos, sua compreensão da incidência e da prevalência da doença e seu poder agudo de observação para desenvolver uma abordagem da enfermagem, onde o principal enfoque era o controle do ambiente dos indivíduos e das famílias, tanto dos sadios quanto dos enfermos. Na investigação dos clientes, Nightingale defendia dois comportamentos essenciais para as enfermeiras: • Primeira área de investigação, perguntar ao cliente o que é necessário ou desejado, “onde? quando?, qual?. • E a segunda área o uso da observação, (como observar), isto é, do impacto do ambiente sobre o indivíduo. Os diagnósticos de enfermagem se baseavam na análise das conclusões obtidas das informações investigativas. Acreditava que os dados deveriam ser usados como base para a formação de qualquer conclusão. Entretanto, o conceito de diagnóstico de enfermagem e a utilização de classificações diagnósticas tende a ser visto como novo, pois seu desenvolvimento vem se dando de uma forma mais ampla nos últimos 40 anos. O termo diagnóstico de enfermagem foi utilizado pela primeira vez em 1953, quando Vera Fry publicou um estudo em que foram identificadas cinco áreas de necessidades do cliente, considerando-as como domínio da enfermagem. Em 1960, 171 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Faye Abdellah introduziu um sistema de classificação para identificação de 21 problemas clínicos do cliente. Na década de 70, um grupo de enfermeiras norte americanas, reconheceu a necessidade de desenvolver uma terminologia para descrever os problemas de saúde diagnosticados e tratados por enfermeiras e enfermeiros. Como conseqüência, em 1973, foi realizada a Conferência Nacional sobre Diagnósticos de Enfermagem, na St Louis University School of Nursing e criado o Nacional Group for the Classification of Nursing Diagnosis representando todos os elementos da profissão: prática, educação e pesquisa. De 1973 até a atualidade, o Nacional Group reuniu-se treze vezes. Na quinta Conferência o Nacional Group passou a ser denominado North American Nursing Diagnosis Association, NANDA, constituindo uma organização mais formal com representantes eleitos, um corpo de diretores e comitês fixos encarregada do sistema de classificação de diagnósticos de enfermagem uniforme para a profissão de enfermagem. Na IX Conferência, 1990, a North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) aprovou a definição de Diagnóstico de Enfermagem fundamentada nas definições de Shoemaker, Roy e Gordon a NANDA aprovou a seguinte definição: “diagnóstico de enfermagem é o julgamento clínico das respostas do indivíduo, família ou da comunidade aos processos vitais ou aos problemas de saúde atuais ou potenciais, os quais fornecem a base para a seleção das intervenções de enfermagem, para atingir resultados pelos quais o enfermeiro é responsável”. O grupo de teóricos dos comitês taxonômicos da NANDA produziu uma estrutura conceitual para o sistema de classificação de diagnóstico denominada a Taxonomia I dos Diagnósticos de enfermagem da NANDA que foi publicada oficialmente em março de 1990. Na décima quarta Conferência bienal, em abril de 2000, foi apresentada a Taxonomia II, com a mudança dos nomes de muitos diagnósticos, a inclusão de sete novos diagnósticos e seis diagnósticos revisados. Em março de 1990, foi publicado o primeiro número do Nursing Diagnosis, a publicação oficial da NANDA. 172 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores A última edição revisada da NANDA foi em 2007. Na reunião do Conselho Internacional de Enfermagem, em Seul, 1989, foi aprovada uma resolução onde as associações de enfermagem envolvidas desenvolvessem um sistema de classificação para o cuidado de enfermagem, que proporcionassem instrumentos que as enfermeiras em todos os países pudessem usar para descrever a enfermagem e as suas contribuições para a saúde. Na Classificação Internacional da Prática da Enfermagem, CIPE, a versão Alfa foi divulgada em 1996. Tendo vindo a ser alterada, corrigida e aperfeiçoada dando origem a um novo texto, a versão Beta, apresentada pela primeira vez nas comemorações do Centenário do CIR, em junho de 1999, em Londres. No Brasil, Wanda Horta (1979) partiu do pressuposto que as necessidades são universais, porém a forma de manifestação varia de uma pessoa para outra, conforme idade, sexo, cultura, escolaridade, fatores sócio-econômicos, ciclo saúde – enfermidade, o ambiente entre outros. Seguindo João Mohana (1964) classificou as necessidades em psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais. Em sua teoria, Horta introduziu em cada nível proposto por Mohana, subgrupos de necessidades de forma a justar este modelo para a prática assistencial de enfermagem. Em 1990, um grupo da Paraíba fez um trabalho pioneiro de publicação da classificação diagnóstica em português, no livro “Diagnóstico de Enfermagem: uma abordagem conceitual e prática”. Contribuíram também, para despertar o interesse por classificações diagnósticas, no Brasil os simpósios sobre diagnósticos de enfermagem realizados por iniciativa do Grupo de Interesse em Diagnóstico de Enfermagem (GIDE), a partir de 1991. A Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) vem realizando um trabalho que inclui a tradução e o estudo da Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem(CIPE) desenvolvida pelo Conselho Internacional de Enfermagem (CIE). Além disso, há um projeto ao nível nacional, denominado CIPESC, desenvolvido 173 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores pela ABEn que tem como objetivo classificar as práticas de enfermagem em saúde coletiva no Brasil. Desenvolvimento dos diagnósticos de enfermagem A enfermagem, historicamente, vem buscando o reconhecimento universal da profissão e para tanto necessita de um sistema de classificação ou uma taxonomia para descrever e desenvolver uma fundamentação científica confiável. Os requisitos geralmente exigidos do grupo ocupacional buscando status profissional são listados por Styles (1982): • Ensino universitário amplo; • Corpo de conhecimentos próprios; • Orientação de serviços para outros; • Associação profissional; • Autonomia e autodeterminação. Um sistema de classificação para a enfermagem define o corpo de conhecimento pelo qual ela é responsável. Na elaboração de um diagnóstico com fundamentação técnico-científica, o profissional enfermeirodemonstra maior confiabilidade e conseqüentemente maior autonomia profissional. O diagnóstico de enfermagem garante aos profissionais uma linguagem própria padronizada, um sistema compatível com a informatização, podendo ainda, estabelecer mecanismos de reembolso das atividades de enfermagem. A palavra Diagnóstico significa o estudo cuidadoso e crítico de algo, para a determinação de sua natureza. Portanto, os enfermeiros devem considerar o diagnóstico em seu campo de atuação buscando respostas para o desenvolvimento de um plano de cuidados de enfermagem. A definição oficial de Diagnóstico de Enfermagem aprovada pela North American Nursing Diagnosis Association (NANDA,1990): “O Diagnóstico de Enfermagem é um julgamento clínico sobre as 174 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores respostas do indivíduo, da família ou da comunidade aos problemas de saúde/ processos vitais reais ou potenciais. O diagnóstico proporciona a base para seleção das intervenções de enfermagem visando ao alcance de resultados pelos quais a enfermeira é responsável.” DESENVOLVIMENTO DE UMA TAXONOMIA O trabalho dos comitês taxonômicos da NANDA produziu os primórdios de uma estrutura conceitual para o sistema de classificação de diagnósticos. Essa estrutura é denominada de Taxonomia I dos diagnósticos de enfermagem da NANDA. Nomenclatura: um sistema de designações (termos), elaborados de acordo com regras preestabelecidas (ANA, NANDA). Classificação: arranjo sistemático de fenômenos relacionados em grupos ou categorias baseado em características que os objetivos têm em comum. Taxonomia é o estudo teórico de classificação sistemático, incluindo suas bases, princípios, procedimentos e regras. A taxonomia compreende nove padrões de resposta humana e cada padrão é seguido de dois ou mais níveis de abstração que são mais concretos e clinicamente úteis. Esses padrões existem apenas para a finalidade classificatória. Temos, também, como referência, as Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta (1970); Padrões Funcionais de Gordon que da mesma forma que os Padrões de Respostas Humanas (taxonomia NANDA) servem como referencial para o Enfermeiro na investigação diagnóstica. 175 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Padrões de Respostas Humanas – NANDA 1. Trocar/ Metabolizar: nutrição, regulação física, eliminação, circulação, oxigenação e integridade física; 2. Comunicar/ Expressar: envio de mensagens verbais e não-verbais; 3. Relacionar: socialização, papéis sociais e sexualidade; 4. Valorização: estado espiritual; 5. Escolher: participação e adaptação individual, familiar e comunitária; 6. Movimentar: atividade física e social, repouso, recreação, manutenção do lar e da saúde, autocuidado; 7. Perceber: autoconceito, sentido da vida e órgãos do sentido; 8. Conhecer: conhecimento, aprendizagem e processo de pensamento; 9. Sentir: conforto e respostas emocionais. Os conceitos abstratos são teóricos, têm descritores mais gerais, podem não ser diretamente mensuráveis e são definidos por conceitos concretos específicos. Os conceitos concretos são observáveis e mensuráveis, nomeiam fenômeno ou uma classe de coisas reais. Exemplo de níveis de abstração: Eliminação prejudicada. Apesar de ser considerada uma categoria útil, é necessário buscar a etiologia ou fatores relacionados específicos. Esta eliminação é urinária, intestinal, pulmonar, gástrica, vaginal? Eliminação urinária prejudicada. Incontinência ou retenção? Incontinência Urinária. Níveis de abstração associados ao padrão de resposta humana de trocar: Nível 1– Trocar (padrão de resposta); Nível 2 – Eliminação; 176 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Nível 3 – Prejudicada; Nível 4 – Incontinência urinária. Necessidades Humanas Básicas – Horta (1970) Necessidades Psicobiológicas: Oxigenação; Hidratação; Nutrição; Eliminação; Sono e Repouso; Exercícios e atividades físicas; Sexualidade; Abrigo; Mecânica corporal; Motilidade; Cuidado corporal; Integridade cutâneo-mucosa; Integridade física; Regulação: térmica, hormonal, neurológica, hidrossalina, eletrolítica, imunológica, crescimento celular, vascular; Locomoção; Percepção: olfativa, visual, auditiva, tátil, gustativa, dolorosa; Ambiente; Terapêutica; 177 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Necessidades Psicossociais: Segurança; Amor; Liberdade; Comunicação; Criatividade; Aprendizagem (educação à saúde); Gregária; Recreação; Lazer; Espaço; Orientação no tempo/ espaço; Aceitação; Auto-realização; Auto-estima; Participação; Auto-imagem; Atenção; Necessidades Psicoespirituais Religiosas ou teológicas, ética ou filosofia de vida. 178 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Padrões Funcionais de Saúde – Gordon 1. Padrão de percepção e manutenção da saúde; 2. Padrão nutricional metabólico; 3. Padrão de eliminação; 4. Padrão de atividade e serviço; 5. Padrão de sono e repouso; 6. Padrão perceptual cognitivo; 7. Padrão de autopercepção e autoconceito; 8. Padrão de relacionamento de papéis; 9. Padrão sexual reprodutivo; 10. Padrão de tolerância ao estresse; 11. Padrão de crenças e valores; ESTRUTURA DA TAXONOMIA II (2007/2008) A nova estrutura da Taxonomia difere da Taxonomia original onde foram desenvolvidas definições para todos os domínios e classes da estrutura. Atualmente a Taxonomia está organizada em 13 domínios, 47 classes e 187 diagnósticos. O conhecimento da estruturação da Taxonomia vai ajudar a enfermeira a entender os diagnósticos nela inseridos. 179 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Domínios e classes da taxonomia II Promoção da Saúde Consciência da Saúde; Controle da Saúde; Nutrição Ingestão; Digestão; Absorção; Metabolismo; Hidratação; Eliminação Sistema urinário; Sistema gastrointestinal; Sistema tegumentar; Sistema respiratório; Atividade/ Repouso Sono/ Repouso; Atividade/ Exercício; Equilíbrio de Energia; Respostas Cardiovasculares/ Pulmonares; Autocuidado; Percepção/ Cognição Atenção; 180 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Orientação; Sensação/ percepção; Cognição; Comunicação; Autopercepção Autoceito; Auto-estima; Imagem Corporal; Relacionamentos de papel Papéis do cuidador; Relações familiares; Desempenho de papel; Sexualidade Identidade Sexual; Função sexual; Reprodução; Enfrentamento/ Tolerância ao Estresse Resposta Pós-Trauma; Resposta de Enfretamento; Estresse neurocomportamental; Princípios de vida Valores; Crenças;Congruência entre valores/ Crenças / Ações; 181 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Segurança/ Proteção Infecção; Lesão Física; Violência; Riscos Ambientais; Processos defensivos; Termorregulação; Conforto Conforto físico; Conforto Ambiental; Conforto Social; Crescimento e Desenvolvimento Crescimento; Desenvolvimento; A Taxonomia II possui sete Eixos, são eles: 1. Eixo 1: O conceito diagnóstico; 2. Eixo 2: Sujeito do diagnóstico (indivíduo, família, comunidade); 3. Eixo 3: Julgamento (prejudicado, ineficaz); 4. Eixo 4: Localização (vesical, auditiva, cerebral); 5. Eixo 5: Idade (bebê, criança, adulto); 6. Eixo 6: Tempo (crônico, grave, intermitente); 7. Eixo 7: Situação do diagnóstico (risco, real,de bem estar, de promoção de saúde); 182 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Os eixos são representados nos diagnósticos de enfermagem nomeados/codificados através de seus valores. Em alguns casos são denominados de forma explícita, por exemplo, enfrentamento comunitário ineficaz e enfrentamento familiar comprometido - nos quais o sujeito do diagnóstico (no primeiro caso, “a comunidade” e, no segundo, a “família”) é nomeado usando-se os dois valores, “a comunidade” e “família”, retirados do Eixo 2 (sujeito do diagnóstico). “Ineficaz” e “comprometido” são valores contidos no Eixo 3 (julgamento). Em alguns casos, o eixo está implícito, como em intolerância à atividade, em que o sujeito do diagnóstico (Eixo 2) é sempre o indivíduo. Em outros casos, um eixo pode não ser pertinente a determinado diagnóstico, não fazendo parte, do seu título ou código. Por exemplo, o eixo de tempo pode não ser relevante para todos os diagnósticos. O Eixo 1 (conceito diagnóstico) e o Eixo 3 (julgamento) são elementos essenciais em um diagnóstico de enfermagem. Em alguns casos, porém o conceito diagnóstico contém o julgamento (por exemplo, dor); nestes casos, o julgamento não fica explicitamente separado no título diagnóstico. O Eixo 2 (sujeito do diagnóstico) também é fundamental, embora conforme descrito, possa ficar implícito, não sendo parte do título.O Comitê de Desenvolvimento de Diagnósticos exige esses eixos para a submissão de diagnósticos; os demais podem ser usados quando importantes para a clareza. Definições dos eixos Eixo 1: O Conceito Diagnóstico O conceito diagnóstico é a parte essencial e fundamental da declaração diagnóstica. O conceito diagnóstico pode consistir em um ou mais substantivos. Exemplo: “tolerância à Atividade”, sendo que cada substantivo contribui para um único significado. 183 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Em alguns casos, o conceito diagnóstico e o diagnóstico são a mesma coisa, por exemplo, dor. Isso ocorre quando o diagnóstico de enfermagem é enunciado em seu nível mais útil clinicamente, e a separação do conceito diagnóstico não acrescenta nenhum nível de abstração significativa. Os conceitos diagnósticos da Taxonomia II são: • Amamentação; • Angústia espiritual; • Ansiedade; • Ansiedade relacionada à morte; • Aspiração; • Atividades de recreação; • Autoconceito; • Autocuidado; • Autocuidado para a alimentação; • Autocuidado para banho/higiene; • Autocuidado para higiene íntima; • Autocuidado para vestir-se/arrumar-se; • Auto-estima; • Automutilação; • Bem-estar espiritual; • Campo de Energia; • Capacidade Adaptativa intracraniana; • Capacidade de transferência; 184 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Comportamento de busca de saúde; • Comportamento de saúde propenso a risco; • Comportamento do bebê; • Comunicação; • Comunicação verbal; • Conflito de decisão; • Conflito de papel; • Conflito de desempenho; • Conflito do desempenho do papel pai/mãe; • Conforto; • Confusão; • Conhecimento; • Constipação; • Contaminação; • Controle do regime terapêutico; • Crescimento; • Deambulação; • Débito Cardíaco; • Déficit de autocuidado; • Deglutição; • Dentição; • Desempenho de papel; • Desenvolvimento; • Desesperança; 185 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Desobediência; • Desobstrução das vias aéreas; • Desuso; • Diarréia; • Dignidade humana; • Disfunção neurovascular periférica; • Disfunção sexual; • Disreflexia; • Disreflexia autonômica; • Dor; • Eliminação; • Eliminação urinária; • Enfrentamento; • Envenenamento; • Equilíbrio de líquidos; • Esperança; • Estilo de vida sedentário; • Síndrome do estresse por mudança; • Fadiga; • Função hepática; • Função neurovascular; • Função sexual; • Hipertermia; • Hipotermia; 186 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Identidade; • Imagem corporal; • Impotência; • Imunização; • Incontinência intestinal; • Incontinência urinária de esforço; • Incontinência urinária funcional; • Incontinência urinária de transbordamento; • Incontinência urinária reflexo; • Incontinência urinária total; • Infecção; • Insônia; • Insuficiência para melhorar; • Integridade da pele; • Integridade tissular; • Interação social; • Interpretação ambiental; • Intolerância à atividade; • Isolamento social; • Lesão; • Lesão perioperatória de posicionamento; • Manutenção do lar; • Manutenção da saúde; • Medo; 187 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Memória; • Mobilidade; • Mobilidade com cadeira de rodas; • Mobilidade física; • Mobilidade no leito; • Morte súbita do bebê; • Mucosa oral; • Náusea; • Negação; • Negligência unilateral; • Glicemia; • Nutrição; • Padrão do sono; • Padrão de alimentação do bebê; • Padrão respiratório; • Padrões de sexualidade; • Paternidade/maternidade; • Perambulação; • Percepção sensorial; • Perfusão tissular; • Síndrome pós-trauma; • Poder de decisão; • Privação de sono; • Processos do pensamento; 188 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Processos familiares; • Processos familiares: alcoolismo; • Proteção; • Quedas; • Recuperação cirúrgica; • Religiosidade; • Resposta alérgica ao látex; • Resposta ao desmame ventilatório; • Retenção; • Retenção urinária; • Pesar; • Sobrecarga de estresse; • Sofrimento moral; • Solidão; • Sono; • Sufocação; • Suicídio; • Temperatura corporal; • Tensão do papel de cuidador; • Termorregulação; • Transferência; • Trauma; • Trauma de estupro; • Trauma de estupro: reação composta; 189 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Trauma de estupro: reação silenciosa; • Tristeza; • Troca de gases; • Ventilação espontânea; • Vínculo; • Vínculo pais/filhos;• Violência; • Violência direcionada a outros; • Violência direcionada a si mesmo; • Volume de líquidos; Eixo 2 – Sujeito do Diagnóstico O sujeito do diagnóstico é definido como a(s) pessoa (s) para quem é determinado um diagnóstico de enfermagem. Os valores no Eixo 2 são o indivíduo, a família, o grupo e a comunidade. • Indivíduo: um só ser humano diferente dos demais, uma pessoa. • Família: duas ou mais pessoas com relações contínuas ou sustentáveis, que possuem obrigações recíprocas, percebem um senso comum e partilham determinadas obrigações em relação aos outros; relacionadas por sangue ou por escolha. • Grupo: uma quantidade de pessoas com características comuns. • Comunidade: um grupo de pessoas morando nos mesmos lugares, tendo o mesmo governo. Os exemplos incluem as vizinhanças e as cidades. 190 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Quando o sujeito do diagnóstico não é enunciado de forma explícita, é naturalmente o indivíduo. Eixo 3- Julgamento Um julgamento antecipado ou modificador que limita ou especifica o significado do conceito diagnóstico. Este, em conjunto com o julgamento do enfermeiro sobre ele, compõe o diagnóstico. Os valores no Eixo 3 são: • Antecipado: que realiza de antemão, prevê; • Baixo: aquém da norma; • Comprometido: danificado, vulnerável; • Defensivo: usado para ou com a intenção de defesa ou proteção; • Deficiente: insuficiente, inadequado; • Desequilibrado: fora de proporção ou equilíbrio; • Desorganizado: não arrumado ou controlado; • Desproporcional: grande ou pequeno demais em comparação com a norma; • Diminuído: reduzido (em tamanho, quantidade ou grau); • Disfuncional: com funcionamento anormal; • Disposição para: em estado adequado para uma atividade ou situação; • Eficiente: que produz o efeito buscado ou desejado; • Excessivo: maior do que o efeito desejado ou pretendido que o necessário ou o desejável; • Incapacitado: limitado, deficiente; 191 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Ineficaz: que não produz o efeito desejado ou pretendido; • Interrompido: que teve uma ruptura na sua continuidade; • Melhorado: melhor em qualidade, valor, alcance; • Organizado: adequadamente organizado ou controlado; • Percebido: observado através dos sentidos; • Perturbado: agitado, interrompido, com interferências; • Prejudicado: danificado, enfraquecido; • Retardado: adiado, lento, atrasado; • Situacional: relacionado a uma circunstância particular; Eixo 4 – Localização A localização descreve as partes/regiões do corpo e/ou suas funções correlatas – todos os tecidos, órgãos, locais anatômicos ou estruturas. Os valores no Eixo 4 são: • Auditivo; • Cardiopulmonar; • Cerebral; • Cinestésico; • Cutâneo; • Gastrointestinal; • Gustativo; • Intracraniano; • Mucosas; 192 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Neurovascular periférico; • Olfativo; • Oral; • Renal; • Tátil; • Vascular periférico; • Olfativo; • Vesical; • Visual; Eixo 5 – Idade Refere-se à idade da pessoa que é sujeita do diagnóstico (Eixo 2). Os valores no Eixo 5 são: • Adolescente; • Adulto; • Bebê; • Criança de 1 a 3 anos; • Criança em idade escolar; • Criança em idade pré-escolar; • Feto; • Idoso; • Neonato; 193 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Eixo 6- Tempo Descreve a duração do conceito diagnóstico (Eixo1). Os valores no Eixo 6 são: • Agudo: com duração inferior a seis meses. • Contínuo: sem interrupção, mantendo-se sem pausas. • Crônico: com duração superior a seis meses • Intermitente: com pausas ou reinício a intervalos, periódico, cíclico. Eixo 7- Situação do Diagnóstico A situação do diagnóstico refere-se à realidade ou à potencialidade do problema, ou à categorização do diagnóstico, como um diagnóstico de bem estar/promoção de saúde. Os valores no eixo 7 são: • Bem-estar: qualidade ou estado de saudável. • De promoção de saúde: comportamento motivado pelo desejo de aumentar o bem-estar e realizar o potencial de saúde humana. • Real: existente de fato ou na realidade, existente no momento presente. • Risco: vulnerabilidade, em especial como resultado da exposição a fatores que aumentam as chances de lesão ou perda. À medida que a Taxonomia se desenvolve, o enfermeiro poderá escolher o conceito diagnóstico/ resposta humana que explica a situação do indivíduo paciente/ cliente; como também escolher o descritor disponível no eixo de descritores. Por exemplo, se a resposta humana em questão for DOR, o enfermeiro tem a possibilidade de escolher: “indivíduo” no eixo 3 unidade de cuidado, no eixo 2 – 194 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Tempo entre “aguda, crônica, intermitente, e contínuo”; adolescente no eixo 4 – idade; “incapacitante” no eixo 6 – descritor e no eixo 7 – Topologia “gastrintestinal”. Utilizar uma estrutura axial permite a construção de vários diagnóstico que não possuem cara cterísticas definidoras e que podem ser absurdos (como “ Atividades da vida diária prejudicada, feto”). Recomenda-se que utilize apenas aqueles diagnósticos que foram aprovados para teste e, portanto possuem características definidoras. COMPONENTES E TIPOS DOS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM Componentes Título – estabelece um nome para um diagnóstico. É um termo ou expressão concisa que representa um padrão de indícios relacionados. Pode incluir modificadores (descritores). Definição – oferece uma descrição clara e precisa; delineia seu significado e ajuda a diferenciá-lo de diagnósticos similares. Características Definidoras: indícios/inferências observáveis que se agrupam como manifestações de um diagnóstico de enfermagem real ou de bem- estar. Fatores de risco: fatores ambientais e elementos fisiológicos, psicológicos, genéticos ou químicos que aumentam a vulnerabilidade de um indivíduo, família ou comunidade a um evento insalubre. Fatores relacionados: fatores que aparecem para mostrar algum tipo de relação padronizada com o diagnóstico de enfermagem. Podem ser descritos como antecedentes de, associados a, relacionados a, contribuintes para, ou 195 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores estimuladores. Apenas diagnósticos de enfermagem reais possuem fatores relacionados. Tipos de diagnósticos de enfermagem Diagnóstico de enfermagem real: descreve respostas humanas a condições de saúde/processos vitais que existem em um indivíduo, família ou comunidade. É sustentado pelas características definidoras (manifestações, sinais e sintomas) que se agrupam em padrões de indícios ou inferências relacionados. Diagnósticos de enfermagem de promoção de saúde podem ser utilizados em qualquer condição de saúde, não necessitando de níveis de bem estar atuais. Essa disposição é sustentada por características definidoras. As intervenções são escolhidas junto ao indivíduo/família/comunidade, para melhorassegurar a capacidade de alcance dos resultados enunciados. Diagnósticos de Enfermagem de Risco: descreve respostas humanas a condições de saúde/processos vitais que podem desenvolver-se em um indivíduo, família ou comunidade vulnerável. É sustentado por fatores de risco que contribuem para o aumento da vulnerabilidade. Diagnósticos de Enfermagem de Bem-Estar: é um julgamento clínico sobre um indivíduo, grupo ou comunidade em transição de um nível específico de bem-estar para um nível mais elevado. Para que um indivíduo ou grupo tenha um diagnóstico de enfermagem de Bem-Estar dois indícios deverão estar presentes: desejo de um nível mais elevado e estado ou função eficaz presente. Como componente presente somente o título. O título inicia com “Potencial para Melhoria” seguido pelo nível mais alto de bem-estar que o indivíduo ou grupo deseja. 196 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores EXEMPLOS DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM Exemplo de raciocínio diagnóstico Histórico Dados Pessoais Nome: Maria Aparecida Pereira dos Santos. Idade: 40 anos Sexo: Feminino Estado Civil: Casada Nº de filhos: 02 menores. Escolaridade: Superior Profissão: Professora. Religião: Evangélica. Endereço: Rua dos Ipês, s/n Bairro: Vila das Flores Cidade: São Paulo. Diagnóstico médico e cirurgias realizadas: CA de mama direta e Mastectomia radical direita. Cliente admitida, na unidade de Clínica Médica, referindo ter realizado há 30 dias retirada total da mama direita, em tratamento quimioterápico. Relata ter medo deste tratamento, pois após a aplicação do medicamento sente náuseas, alteração do paladar, falta de apetite, fraqueza, fadiga, tem episódios de vômitos e diarréia. Refere perda de peso rápido, sendo seu peso anterior à cirurgia de 57 quilos e atualmente com 47 quilos, informa ainda, dificuldade para dormir e acorda diversas vezes durante a noite, não sente descansada ao acordar. Chorosa, verbalizou que se sente impotente com relação ao diagnóstico anteriormente recebido e ao tratamento, refere preocupação com o seu futuro referindo ter medo de que a doença apareça em outra parte do corpo, relatou ainda preocupação com o futuro de sua família, principalmente com os filhos e o marido. Informa ainda, que quando soube de sua doença, não teve mais interesse em atividades de lazer, se arrumar e relacionar-se sexualmente, a situação agravou-se após a retirada da mama, afirmando que após a cirurgia não mais se olhou no 197 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores espelho e evita olhar e tocar o local onde foi realizada a cirurgia. Refere que tem mantido interesse somente em participar dos cultos evangélicos, pois acredita que Deus poderá ajudá-la e gostaria de receber visita do Pastor. Bastante ansiosa e temerosa por estar percebendo perda de cabelos e de peso, mostrando-se muito preocupada com a sua imagem. Ao exame físico apresenta-se: chorosa, ansiosa, tensa, emagrecida, não apresenta queixas respiratórias, pulmões livres, freqüência cardíaca 100 bpm, normotensa 120/80, temperatura axilar 36.4ºC, altura 1,55 m, peso 47quilos, alopecia em estágio inicial, mucosa oral apresentando ressecamento, hemitórax esquerdo: mama apresentando-se íntegra sem presença de nódulos, no hemitórax direito apresenta cicatriz proveniente da mastectomia com bom aspecto, abdome apresenta-se flácido com presença de ruídos hidroaéreos intestinais hiperativos. Refere hábito urinário várias vezes ao dia, urina clara e que após aplicação do quimioterápico apresenta odor medicamentoso. Membros superiores e inferiores íntegros. Raciocínio Diagnóstico Dados Relevantes • Diagnóstico médico pregresso de CA de mama direita; • Mastectomia direita há 30 dias; • Tratamento quimioterápico; • Medo do tratamento quimioterápico; • Náuseas; • Alteração do paladar; • Falta de apetite; • Fraqueza; 198 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Fadiga; • Vômitos; • Diarréia; • Perda de peso (10 quilos em 30 dias); • Dificuldade para dormir; • Acorda diversas vezes durante a noite; • Não se sente descansada ao acordar; • Chorosa; • Sente-se impotente com relação ao diagnóstico anteriormente recebido e ao tratamento; • Preocupação com o seu futuro; • Medo que a doença apareça em outra parte do corpo; • Preocupação com o futuro de sua família principalmente filhos e marido; • Falta de interesse em atividades de lazer (agravada depois da retirada da mama); • Falta de interesse em arrumar-se; (agravada depois da retirada da mama); • Falta de interesse em relacionar-se sexualmente (agravada depois da retirada da mama); • Depois da retirada da mama não mais se olhou no espelho; • Evita olhar e tocar o local da cirurgia; • Refere que tem mantido interesse somente em participar dos cultos evangélicos; • Acredita que Deus poderá ajudá-la; • Gostaria de receber visita do Pastor; 199 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Ansiosa; • Temerosa por estar percebendo perda de cabelos e de peso; • Preocupação com sua imagem; • Tensa; • Emagrecida; • Alopecia em estágio inicial; • Mucosa oral apresentando ressecamento; • Ruídos hidroaéreos intestinais hiperativos. Focos de Atenção Nesta fase agrupamos os dados relevantes 1 – Nutrição/Hidratação • Náuseas; • Alteração do paladar; • Falta de apetite; • Vômitos; • Diarréia; • Mucosa oral apresentando ressecamento; • Perda de peso (10 Kg em 30 dias); • Tratamento quimioterápico. 200 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 2 - Eliminação • Diarréia. • Ruídos hidroaéreos intestinais hiperativos. 3 – Sono / Repouso • Dificuldade para dormir; • Acorda diversas vezes durante a noite; • Não se sente descansada ao acordar; 4 – Autocuidado (arrumar-se) • Fraqueza; • Fadiga; • Falta de interesse em se arrumar (agravada depois da retirada da mama); • Ansiedade. 5 – Sexualidade • Falta de interesse sexual. • Alopecia em estágio inicial • Evita olhar e tocar o local da cirurgia (agravada pela retirada da mama); • Emagrecida; • Preocupação com a sua imagem • Estrutura corporal alterada • Falta de interesse sexual. • Efeitos colaterais do tratamento quimioterápico. 6 – Segurança / Proteção • Mucosa oral apresentando ressecamento. 201 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 7 – Conforto • Náuseas; • Falta de interesse em passear; • Alopecia em estágio inicial; • Perda de peso (10 kg em 30 dias); • Fadiga; • Fraqueza; • Chorosa. 8 – Enfrentamento / Tolerância ao Estresse • Diagnóstico médico pregresso de CA de mama direita; • Mastectomia direita há 30 dias; • Chorosa; • Sente-se impotente em relação ao diagnóstico anteriormente recebido e ao tratamento; • Ansiosa; • Tensa; • Perda de peso (10 kg em 30 dias); • Evita olhar e tocar o local da cirurgia; • Após a retiradada mama não mais se olhou no espelho; • Preocupação com o seu futuro; • Preocupação com o futuro da família principalmente filhos e marido; • Falta de interesse em atividades de lazer (agravada pela retirada da mama); • Falta de interesse em se arrumar (agravada pela retirada da mama); 202 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Medo que a doença apareça em outra parte do corpo; • Medo do tratamento quimioterápico; 9 – Imagem Corporal • Evita olhar e tocar o local da cirurgia; • Após a retirada da mama não mais se olhou no espelho; • Alopecia em estágio inicial; • Perda de peso (10 kg em 30 dias); • Emagrecida; • Preocupação com sua imagem; • Tratamento quimioterápico; 10 - Valores e Crenças Religiosas • Manteve interesse somente em participar dos cultos evangélicos; • Acredita Deus poderá ajudá-la; • Gostaria de receber visita do Pastor. 11 – Relações Familiares • Falta de interesse em atividades de lazer (agravada pela retirada da mama); • Falta de interesse em arrumar-se (agravada pela retirada da mama); Após o agrupamento em focos de atenção, analise cada foco e determine se predominam alterações, condições de risco, de bem-estar e defina a modificação do foco que será utilizado na próxima fase. 203 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Raciocínio Diagnóstico Nesta fase questionamos cada dado do foco e determinamos se são manifestações/ conseqüências ou causas; condição de risco ou resposta adequada de bem-estar. 1 – Nutrição/Hidratação alteradas Manifestações / Conseqüências • Náuseas; • Alteração do paladar; • Falta de apetite; • Vômitos; • Diarréia; • Mucosa oral apresentando ressecamento; • Perda de peso (10 Kg em 30 dias); Causa: Efeitos colaterais do tratamento quimioterápico; Distúrbio na ingestão, digestão e absorção de nutrientes. 2 – Eliminação alterada Manifestações / Conseqüências • Diarréia. • Ruídos hidroaéreos intestinais hiperativos; Causas: Efeitos colaterais do tratamento quimioterápico Ruídos hidroaéreos intestinais hiperativos. 204 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Fator de risco: perda de líquido devido à freqüência e consistência líquida das evacuações. Perda da integridade da pele devido à freqüência e consistência líquida das evacuações. 3 – Sono / Repouso alterados Manifestações / Conseqüências • Dificuldade para dormir; • Acorda diversas vezes durante a noite; • Não se sente descansada ao acordar; Causa: Ansiedade. 4 – Autocuidado (arrumar-se) Manifestações / Conseqüências • Fraqueza; • Fadiga; • Falta de interesse em se arrumar (agravada após a retirada da mama); • Ansiedade. Causas: Falta de motivação; 5 – Sexualidade alterada Manifestações / Conseqüências • Falta de interesse sexual. • Alopecia em estágio inicial. • Evita olhar e tocar o local da cirurgia (agravada pela retirada da mama); 205 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Emagrecida; • Preocupação com a sua imagem; • Falta de interesse sexual. Causa: Estrutura corporal alterada Efeitos colaterais do tratamento quimioterápico. 6 – Segurança / Proteção alterada Manifestações / Conseqüências • Mucosa oral apresentando ressecamento. Causa: nutrição e hidratação inadequadas. Fator de risco: a perda de líquidos constantes (vômitos e diarréia) pode agravar ainda mais o ressecamento da mucosa e da pele, propiciando solução de continuidade através desta infecção. 7 – Conforto Físico alterado Manifestações / Conseqüências • Náuseas; Causa: Efeito colateral do tratamento quimioterápico 8 – Enfrentamento / Tolerância ao Estresse alterado Manifestações / Conseqüências • Chorosa; • Sentimento de impotência frente ao diagnóstico e ao tratamento; • Ansiosa; • Tensa; 206 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Perda de peso (10 kg em 30 dias); • Evita olhar e tocar o local da cirurgia; • Após a retirada da mama não mais se olhou no espelho; • Preocupação com o seu futuro; • Preocupação com o futuro da família principalmente filhos e marido; • Falta de interesse em atividades de lazer (agravada pala retirada da mama); • Falta de interesse em se arrumar (agravada pela retirada da mama); • Medo que a doença apareça em outra parte do corpo; • Medo do tratamento quimioterápico; Causas: Diagnóstico médico pregresso de CA de mama direita; Mastectomia da mama direita há 30 dias; 9 – Imagem Corporal alterada Manifestações / Conseqüências • Evita olhar e tocar o local da cirurgia; • Após a retirada da mama não mais se olhou no espelho; • Alopecia em estágio inicial; • Perda de peso (10 kg em 30 dias); • Emagrecida; • Preocupação com sua imagem; Causas: Mastectomia radical da mama direita; Efeitos colaterais do tratamento quimioterápico Fator de risco: imagem corporal alterada; 207 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 10 – Valores e Crenças Religiosas preservada Manifestações / Conseqüência • Manteve interesse somente em participar dos cultos evangélicos; • Acredita que Deus poderá ajudá-la; • Gostaria de receber visita do Pastor. Causa: Crença em Deus. 11 – Relações Familiares alteradas Manifestações / Conseqüências • Diagnóstico pregresso de câncer; • Mastectomia; • Falta de interesse em passear (agravada pela retirada da mama); • Falta de interesse em arrumar-se (agravada pela retirada da mama); • Falta de interesse sexual; Causa: mudança no relacionamento íntimo e afetivo em decorrência da doença e efeitos colaterais do tratamento. 12 – Volume de Líquidos (risco para alteração?) Fatores de risco: devido à ocorrência de náuseas que induzem freqüentemente a vômitos, ocasiona perda de líquido. A diarréia devido à freqüência constante de evacuações de fezes líquidas (não permitindo a absorção adequada de água pelo organismo). Tais eventos possibilitam perdas excessivas de líquido e favorece a desidratação vascular, celular ou intracelular. 208 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 13 – Infecção (risco aumentado para?) Fatores de risco: relacionado à variação da resposta imunológica, perda de líquidos podendo favorecer a desidratação da pele e mucosas, ocasionada pelos efeitos colaterais do tratamento com drogas quimioterápicas. 14 – Integridade da pele (risco para alteração?). Fatores de risco: devido favorecer a deteriorização da integridade cutânea relacionada com a passagem de fezes líquidas; Diminuição da integridade tecidual relacionada aos efeitos do tratamento; Alterações do estado nutricional, favorecendo o distúrbio da imagem corporal; Variação da resposta imunológica, devido aos efeitos colaterais do tratamento com drogas quimioterápicas. 15 Auto-estima (risco para alteração?).Fatores de risco: possibilidade de desenvolver uma imagem negativa em resposta a imagem corporal alterada devido à alopecia, emagrecimento, mastectomia e auto-expectativa não realizadas. Raciocínio Diagnóstico Hipóteses Diagnósticas Nesta fase substitua as nomenclaturas da seguinte forma: Manifestações por características definidoras Causas por fatores relacionados; Condições de risco por fatores de risco; 209 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 1 – Nutrição/Hidratação alterada caracterizada por náuseas, alteração do paladar, falta de apetite, vômitos, diarréia, mucosa oral apresentando ressecamento, perda de peso (10 Kg em 30 dias), distúrbio na ingestão, digestão e absorção de nutrientes, relacionada aos efeitos colaterais do tratamento quimioterápico e distúrbio na ingestão, digestão e absorção de nutrientes. 2 – Eliminação alterada caracterizada por diarréia, ruídos hidroaéreos intestinais hiperativos, perda de líquido devido aumento da freqüência e consistência líquida das evacuações, relacionada aos efeitos colaterais do tratamento quimioterápico. 3 – Sono/Repouso alterados caracterizado pela dificuldade para dormir, acordar diversas vezes durante a noite, não se sente repousada ao acordar, relacionado à ansiedade. 4 – Autocuidado (arrumar-se) caracterizada pela fraqueza, fadiga, falta de interesse em arrumar-se (agravada após a retirada da mama), ansiedade, relacionada à falta de motivação. 5 – Sexualidade alterada caracterizada pela falta de interesse sexual, alopecia em estágio inicial, evitar olhar e tocar o local da cirurgia (agravada pela retirada da mama); emagrecida, preocupação com a sua imagem, relacionada com a estrutura do corpo alterada e efeitos colaterais do tratamento quimioterápico. 6 – Segurança/Proteção alterada caracterizada pelo ressecamento da mucosa ora; relacionada à nutrição e hidratação inadequada, relacionado aos efeitos colaterais do tratamento quimioterápico. 210 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 7 – Conforto Físico alterado caracterizado por náuseas, relacionado aos efeitos colaterais do tratamento quimioterápico. 8 – Enfrentamento ao Estresse alterado caracterizado pelo sentimento de impotência com relação ao diagnóstico anteriormente recebido e ao tratamento, ansiosa, chorosa, tensa, perda de peso (10 kg em 30 dias), evita olhar e tocar o local da cirurgia, após a retirada da mama não mais se olhou no espelho, preocupação com o seu futuro, preocupação com o futuro da família principalmente filhos e marido; falta de interesse em passear (agravada pela retirada da mama); falta de interesse em se arrumar (agravada pela retirada da mama), medo que a doença apareça em outra parte do corpo, medo do tratamento quimioterápico, relacionado a diagnóstico médico pregresso de câncer de mama direita e mastectomia radical em mama direita. 9 – Imagem Corporal alterada caracterizada por relato de que após a retirada da mama não mais se olhou no espelho, evita olhar e tocar o local da cirurgia, alopecia em estágio inicial, perda de peso (10 Kg em 30 dias), emagrecida, preocupação com sua imagem, relacionado à imagem corporal prejudicada. 10 – Valores e Crenças Religiosas preservadas caracterizada pela manutenção de interesse somente em participar dos cultos evangélicos acredita que Deus poderá ajudá-la e gostaria de receber visita do Pastor, relacionado à crença em Deus. 11 – Relações Familiares alteradas caracterizada pela falta de interesse sexual, atividades de lazer e de se arrumar, relacionada à mudança no relacionamento íntimo e afetivo em decorrência do diagnóstico pregresso da doença, da cirurgia e dos efeitos colaterais do tratamento. 211 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 12 – Volume de Líquidos (risco para alteração?) Fatores de risco: devido à ocorrência de náuseas que induzem freqüentemente a vômitos, ocasiona perda de líquido. A diarréia devido à freqüência constante de evacuações de fezes líquidas (não permitindo a absorção adequada de água pelo organismo). Tais eventos possibilitam perdas excessivas de líquido e favorece a desidratação vascular, celular ou intracelular. 13 – Infecção (risco aumentado para?) Fatores de risco: relacionado à variação da resposta imunológica, perda de líquidos podendo favorecer a desidratação da pele e mucosas, ocasionada pelos efeitos colaterais do tratamento com drogas quimioterápicas. 14 – Integridade da pele (risco para alteração?) Fatores de risco: devido favorecer a deteriorização da integridade cutânea relacionada com a passagem de fezes líquidas; Diminuição da integridade tecidual relacionada aos efeitos do tratamento; Alterações do estado nutricional, favorecendo o distúrbio da imagem corporal; Variação da resposta imunológica, devido aos efeitos colaterais do tratamento quimioterápico. 15 – Auto-estima (risco para alteração?). Fatores de risco: possibilidade de desenvolver uma imagem negativa em resposta a imagem corporal alterada devido à alopecia, emagrecimento, mastectomia e auto-expectativa não realizadas. Raciocínio Diagnóstico Comparação com a literatura 212 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Nesta etapa especifique o título dado no foco e efetue comparação com a literatura (NANDA): título, definição, características definidoras e fatores relacionados. 1 – Nutrição/Hidratação alteradas. • NUTRIÇÃO desequilibrada: menos do que as necessidades corporais. 2 – Eliminação alterada • DIARRÉIA. . 3 – Sono / Repouso alterados • PRIVAÇÃO DO SONO. • ANSIEDADE. • PADRÃO DO SONO perturbado. 4 – Exercício / Atividade alterado • Déficit no AUTOCUIDADO para vestir-se/arrumar-se. 5 – Sexualidade alterada • DISFUNÇÃO SEXUAL. • PADRÕES DE SEXUALIDADE ineficazes. 6 – Segurança / Proteção alterada • PROTEÇÃO ineficaz. 213 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 7 – Conforto Físico alterado • NÁUSEA. 8 – Enfrentamento / Tolerância ao Estresse alterado • Síndrome do ESTRESSE POR MUDANÇA; 9 – Imagem Corporal alterada • IMAGEM CORPORAL perturbada; 10 – Valores e Crenças Religiosas preservadas • Disposição para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentado; 11 – Relações Familiares alteradas • PROCESSOS FAMILIARES interrompidos. 12 – Volume de Líquidos (risco para alteração?) • Risco aumentado para VOLUME DE LÍQUIDOS deficiente; • Risco para VOLUME DE LÍQUIDOS desequilibrado; 13 – Infecção (risco aumentado para?) Risco aumentado para INFECÇÃO; 14 – Integridade da pele (risco para alteração?) • Risco aumentado para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada; 214 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 15 – Auto-estima (risco para alteração?) Risco aumentado para baixa AUTO-ESTIMA situacional; Raciocínio Diagnóstico Validação = Definição do Diagnóstico Nesta etapa deve ocorrera confirmação das hipóteses diagnósticas. A validação se dá através da coincidência da maioria das características definidoras e dos fatores relacionados constantes nas hipóteses diagnósticas com os diagnósticos aprovados por NANDA. Este processo assegura a determinação adequada do diagnóstico. 1 – NUTRIÇÃO desequilibrada menos do que as necessidades corporais caracterizada por náuseas, alteração do paladar, falta de apetite, vômitos, diarréia, mucosa oral apresentando ressecamento, perda de peso (10 Kg em 30 dias), distúrbio na ingestão, digestão e absorção de nutrientes, relacionada aos efeitos colaterais do tratamento quimioterápico e distúrbio na ingestão, digestão e absorção de nutrientes. 2 – DIARRÉIA caracterizada por diarréia, ruídos hidroaéreos intestinais hiperativos, perda de líquido devido aumento da freqüência e consistência líquida das evacuações, relacionada aos efeitos colaterais do tratamento quimioterápico. 3 – PADRÃO DO SONO perturbado caracterizado pela dificuldade para dormir, acordar diversas vezes durante a noite, não se sente repousada ao acordar, relacionado à ansiedade. 215 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 4 – Déficit no AUTOCUIDADO caracterizada pela fraqueza, fadiga, falta de interesse em arrumar-se (agravada após a retirada da mama), ansiedade, relacionada à falta de motivação. 5 – DISFUNÇÃO SEXUAL caracterizada pela falta de interesse sexual, alopecia em estágio inicial, evitar olhar e tocar o local da cirurgia (agravada pela retirada da mama); emagrecida, preocupação com a sua imagem, relacionada com a estrutura do corpo alterada e efeitos colaterais do tratamento quimioterápico. 6 – PROTEÇÃO ineficaz caracterizada pelo ressecamento da mucosa ora; relacionada à nutrição e hidratação inadequada, relacionado aos efeitos colaterais do tratamento quimioterápico. 7 – NAUSEA caracterizado por náuseas, relacionado aos efeitos colaterais do tratamento quimioterápico. 8 – Síndrome do ESTRESSE POR MUDANÇA caracterizado pelo sentimento de impotência com relação ao diagnóstico anteriormente recebido e ao tratamento, ansiosa, chorosa, tensa, perda de peso (10 kg em 30 dias), evita olhar e tocar o local da cirurgia, após a retirada da mama não mais se olhou no espelho, preocupação com o seu futuro, preocupação com o futuro da família principalmente filhos e marido; falta de interesse em passear (agravada pela retirada da mama); falta de interesse em se arrumar (agravada pela retirada da mama), medo que a doença apareça em outra parte do corpo, medo do tratamento quimioterápico, relacionado a diagnóstico médico pregresso de câncer de mama direita e mastectomia radical em mama direita. 216 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 9 – IMAGEM CORPORAL perturbada caracterizada por relato de que após a retirada da mama não mais se olhou no espelho, evita olhar e tocar o local da cirurgia, alopecia em estágio inicial, perda de peso (10 Kg em 30 dias), emagrecida, preocupação com sua imagem, relacionado à imagem corporal prejudicada. 10 – Disposição para BEM–ESTAR ESPIRITUAL aumentado caracterizada pela manutenção de interesse somente em participar dos cultos evangélicos, acredita que Deus poderá ajudá-la e gostaria de receber visita do Pastor, relacionado à crença em Deus. 11 – PROCESSOS FAMILIARES interrompidos caracterizada pela falta de interesse de sexual, atividades de lazer e de se arrumar, relacionada à mudança no relacionamento íntimo e afetivo em decorrência do diagnóstico pregresso da doença, da cirurgia e dos efeitos colaterais do tratamento. 12 – Risco para VOLUME DE LIQUIDOS deficiente: Fatores de risco: devido à ocorrência de náuseas que induzem freqüentemente a vômitos, ocasiona perda de líquido. A diarréia devido à freqüência constante de evacuações de fezes líquidas (não permitindo a absorção adequada de água pelo organismo). Tais eventos possibilitam perdas excessivas de líquido e favorece a desidratação vascular, celular ou intracelular. 13 – Risco para INFECÇÃO: Fatores de risco: relacionado à variação da resposta imunológica, perda de líquidos podendo favorecer a desidratação da pele e mucosas, ocasionada pelos efeitos colaterais do tratamento com drogas quimioterápicas. 217 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 14 – Risco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada. Fatores de risco: devido favorecer a deteriorização da integridade cutânea relacionada com a passagem de fezes líquidas; Diminuição da integridade tecidual relacionada aos efeitos do tratamento; Alterações do estado nutricional, favorecendo o distúrbio da imagem corporal; Variação da resposta imunológica, devido aos efeitos colaterais do tratamento quimioterápico. 15 – Risco para baixa AUTO-ESTIMA situacional. Fatores de risco: possibilidade de desenvolver uma imagem negativa em resposta a imagem corporal alterada devido à alopecia, emagrecimento, mastectomia e auto-expectativa não realizadas. Exemplo de raciocínio diagnóstico Com base na história abaixo determinaremos os diagnósticos, realizando as seguintes etapas: 1. Dados Relevantes: liste os dados relevantes; 2. Focos de Atenção: faça o agrupamento por focos de atenção de enfermagem do item 2 e 6 (com base na relação dos focos de agrupamentos dos dados relevantes); Focos de agrupamento dos dados relevantes = foco de atenção 1-Percepção/Cognição: atenção/orientação; sensação/percepção; cognição e comunicação. 2 - Oxigenação: padrão respiratório, troca gasosa, permeabilidade de vias aéreas. 218 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 3 - Hidratação: líquidos vasculares e intersticiais. 4 - Nutrição: ingestão, digestão, absorção, metabolismo. 5 - Eliminação: renal, gastrointestinal, pele e pulmões. 6- Atividade/Repouso: sono/repouso, exercício/atividade, equilíbrio de energia e respostas cardiopulmonares. 7 - Sexualidade/Reprodução: identidade sexual, função sexual e reprodução. 8-Segurança/Proteção: infecção, lesão física, violência, riscos ambientais, processos defensivos. 9 - Termorregulação: temperatura. 10 – Respostas Cardiovascular/Pulmonares: débito cardíaco, perfusão tissular (tipo: renal, cerebral, cardiopulmonar, gastrointestinal e periférica). 11- Conforto Físico: ambiental e social. 12 – Integridade Tegumentar: pele, derme e mucosas. 13 – Crescimento e Desenvolvimento: crescimento e desenvolvimento. 14 – Comunicação: verbal e não verbal. 15 – Enfrentamento/ Tolerância ao Estresse: resposta pós-trauma, resposta de enfrentamento e estresse neurocomportamental. 16 – Autopercepção – autoconceito, auto-estima e imagem corporal. 17 – Equilíbrio de Energia 18 – Promoção da Saúde: consciência da saúde, controle da saúde. 19 – Princípios de Vida: valores, crenças e congruência entre valores, crenças e ações. 20 – Papéis Sociais: papel do cuidador, relações familiares e desempenho de papel. 21 – Comunidade: processo comunitário e composição da comunidade. 219 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 22– Natureza: ambiente físico e biológico. 23 – Ambiente artificial: infra-estrutura, desenvolvimento territorial, sistema de abastecimento, prestação de serviços, normas e atitudes de regime político. Questione cada dado do foco e determine se são manifestações/conseqüências ou causas; Hipótese Diagnóstica: substitua as nomenclaturas da seguinte forma: manifestações por características definidoras, causas por fatores relacionados, condições de risco por fatores de risco; Comparação: nesta etapa efetuar comparação com a literatura (NANDA): título, definição, características definidoras e fatores relacionados. Validação = Definição do Diagnóstico Nesta etapa deve ocorrer a confirmação das hipóteses diagnósticas. A validação se dá através da coincidência da maioria das características definidoras e dos fatores relacionados constantes nas hipóteses diagnósticas com os diagnósticos aprovados por NANDA. Este processo assegura a determinação adequada do diagnóstico. Exemplo: Cláudio Augusto Portugal, 55 anos, enfermeiro, admitido na enfermaria da Clínica Médica, refere dispnéia aos mínimos esforços e cansaço há 3 dias refere febre 38º C. Relata dificuldade para dormir, necessita de três travesseiros, acorda diversas vezes durante a noite devido à dispnéia, pela manhã não se sente descansado. Refere que por não dormir adequadamente tem apresentado dificuldade para dirigir durante o dia, devido à sonolência. Ao exame físico apresenta-se inquieto, 28 movimentos respiratórios por minuto, uso da musculatura acessória para respirar, tosse seca, estertores em base 220 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores pulmonar, temperatura 38.4 ºC, 90 batimentos por minuto. Pulmões congestionados ao RX. Dados Relevantes • Dispnéia aos mínimos esforços; • Cansaço há 3 dias; • Dificuldade para dormir; • Acorda diversas vezes durante a noite devido à dispnéia; • Pela manhã não se sente descansado; • Necessita de três travesseiros para dormir; • Sonolência durante o dia; • Inquietação; • Taquipnéia (28 mrpm); • Uso de musculatura acessória; • Tosse seca; • Estertores em bases pulmonares; • Hipertermia (38.4º C); • Congestão pulmonar. 1. Focos de Atenção: faça o agrupamento por focos de atenção de enfermagem; a. Oxigenação • Dispnéia; • Cansaço; • Inquietação; 221 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Ortopnéia • Uso de musculatura acessória; • Tosse seca; • Congestão pulmonar ao RX. b. Sono / Repouso • Dificuldade para dormir; • Acorda diversas vezes durante a noite devido à dispnéia; • Pela manhã não sente descansado; • Sonolência durante o dia; c. Atividade / Exercício • Cansaço; • Dispnéia aos mínimos esforços; • Congestão pulmonar ao RX. d. Outros 2. Focos de Agrupamento dos dados relevantes: faça o agrupamento por focos de atenção de enfermagem dos itens a - b - c - (com base na relação dos focos de agrupamentos dos dados relevantes item 2 e 6). a. Oxigenação alterada Manifestações / Conseqüências • Dispnéia; • Cansaço; • Inquietação; 222 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Ortopnéia; • Uso de musculatura acessória; • Tosse seca; • Estertores em bases pulmonares. Causa: Congestão pulmonar ao RX. b. Sono / Repouso alterado Manifestações / Conseqüências • Dificuldade para dormir; • Acorda diversas vezes durante a noite devido à dispnéia; • Pela manhã não sente descansado; • Sonolência durante o dia; • Cansaço; Causa: Dispnéia c. Atividade / Exercício Manifestações / Conseqüências • Cansaço; • Dispnéia aos mínimos esforços; Causa: Congestão pulmonar ao RX. d. Outros 3. Hipótese Diagnóstica: substitua as nomenclaturas da seguinte forma: manifestações por características definidoras, causas por fatores relacionados, condições de risco por fatores de risco; 223 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores a. Oxigenação alterada caracterizada por dispnéia, cansaço, inquietação, ortopnéia, uso de musculatura acessória, tosse seca, estertores em bases pulmonares, relacionada à congestão pulmonar. b. Sono / Repouso alterados caracterizado pelo relato de dificuldade para dormir, acordar diversas vezes durante a noite devido à dispnéia, pela manhã não se sente descansado, sonolência durante o dia e cansaço, relacionado à dispnéia. c. Atividade / Exercício caracterizada pelo cansaço e dispnéia aos mínimos esforços, relacionada a congestão pulmonar. d. Outros 4. Comparação: nesta etapa efetuar comparação com a literatura (NANDA): título, definição, características definidoras e fatores relacionados. a. Oxigenação alterada • TROCA DE GASES prejudicada; • PADRÃO RESPIRATÓRIO ineficaz; • DESOBSTRUÇÃO ineficaz DE VIAS AÉREAS; b. Sono / Repouso alterados • PRIVAÇÃO DO SONO; • ANSIEDADE; • PADRÃO DO SONO perturbado; c. Exercício / Atividade alterado • INTOLERÂNCIA À ATIVIDADE; d. Outros 5. Validação = Definição do Diagnóstico: nesta etapa deve ocorrer a confirmação das hipóteses diagnósticas. A validação se dá através das 224 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores características definidoras e fatores relacionados constantes nas hipóteses diagnósticas com os diagnósticos aprovados por NANDA. Este processo assegura o uso seguro do diagnóstico. a.- DESOBSTRUÇÃO ineficaz DE VIAS AÉREAS caracterizada por dispnéia, cansaço, inquietação, ortopnéia, uso de musculatura acessória, tosse seca, estertores em bases pulmonares relacionada à congestão pulmonar. b. - PADRÃO DO SONO perturbado caracterizado pelo relato de dificuldade para dormir, acorda diversas vezes durante a noite devido à dispnéia, pela manhã não se sente descansado, sonolência durante o dia , relacionado à dispnéia. c. - INTOLERÂNCIA À ATIVIDADE caracterizada pelo cansaço e dispnéia aos mínimos esforços, relacionada a congestão pulmonar. d. – Outros -----------------FIM DO MÓDULO IV----------------
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