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ASPECTOS DA POLITICA FINANCEIRA Ross, Westerfield, Jordan e Lamb (2013) Capítulo 18.3 Aspectos da política financeira de curto prazo - a magnitude de seu investimento em ativo circulante; - o financiamento do ativo circulante. Aspectos da política financeira de curto prazo Magnitude de seu investimento em ativo circulante: - flexível: índice relativamente alto entre ativo circulante e vendas; - restritiva: índice relativamente baixo entre ativo circulante e vendas. Aspectos da política financeira de curto prazo A gestão do ativo circulante pode ser vista como algo que envolve a ponderação entre os custos que aumentam e os custos que diminuem com o nível de investimento: Custos de carregamento: custos de oportunidade associados aos recursos financeiros mantidos no ativo circulante; Custos de falta: custos incorridos quando o investimento em ativo circulante é baixo. Podem ser divididos em custos de transação (tarifas, comissões, p.ex.) e custos relacionados à falta de reservas de segurança (p.ex: venda perdida). Custos associados ao investimento em Ativos Circulantes C* Nível de ativo circulante Custo Custo Mínimo Custo de Falta Custo de Carregamento Custo Total Aspectos da política financeira de curto prazo O financiamento do ativo circulante: proporção entre as dívidas de curto prazo e as dívidas de longo prazo usadas para financiar o ativo circulante: - Caso “ideal”; - Política flexível; - Política restritiva. Ativo Permanente Necessidade de Capital de Giro Necessidades de Financiamento $ tempo Ativo Circulante Recursos de Longo Prazo Caso “ideal” Recursos de Curto Prazo Ativo Permanente NCG Permanente NCG Necessidade de Capital de Giro Necessidades de Financiamento NCG Sazonal $ tempo Ativo Permanente NCG Permanente NCG Sazonal Necessidade de Capital de Giro Estratégias de Financiamento Recursos de Longo Prazo Risco Mínimo (Política Flexível) Excedentes (aplicações)$ tempo Ativo Permanente NCG Permanente Necessidade de Capital de Giro Estratégias de Financiamento Recursos de Longo Prazo Agressiva (Política Restritiva) Recursos de Curto PrazoNCG Sazonal Ativo Permanente NCG Permanente Necessidade de Capital de Giro Estratégias de Financiamento Recursos de Longo Prazo Intermediária (Política Conciliatória) Recursos de Curto Prazo NCG Sazonal Excedentes (aplicações) Aspectos da política financeira de curto prazo O financiamento do ativo circulante: Qual a melhor política de financiamento? - Reservas de caixa; - Casamento de prazos; - Taxas de juros relativas PLANEJAMENTO FINANCEIRO Ross, Westerfield, Jordan e Lamb (2013) Capítulo 4 Planejamento de Longo Prazo • O planejamento de longo prazo é um meio de pensar sistematicamente sobre o futuro e prever possíveis problemas. • A falta de um planejamento de longo prazo eficiente é um motivo frequente para problemas financeiros e fracasso empresarial. • Obviamente, não existem bolas de cristal e, portanto, nossa maior esperança recai sobre um procedimento organizado e lógico para explorar o desconhecido. Planejamento Financeiro • O planejamento financeiro estabelece como os objetivos financeiros devem ser alcançados. • Para desenvolvê-lo deve-se estabelecer alguns elementos básicos da política financeira: • O investimento necessário em novos ativos; • O grau de alavancagem financeira desejado; • A taxa de retenção de lucros; • O capital de giro necessário para suas operações. Planejamento Financeiro •O que se pode esperar desse processo: • Exame das interações entre as decisões financeiras; • Oportunidade de desenvolver, analisar e comparar muitos cenários diferentes de modo coerente; • Identificação do que pode acontecer à empresa nos diversos eventos possíveis (e medidas corretivas); • Verificação da consistência interna dos objetivos e planos criados para áreas específicas das operações de uma empresa; Modelo de Planejamento Financeiro: Os Ingredientes • A maioria dos modelos de planejamento financeiro exige que o usuário especifique algumas hipóteses sobre o futuro. •Quase todos os modelos têm os seguintes elementos: • Previsão de vendas; • Demonstrações projetadas; • Necessidade de ativos; • Necessidade de aportes financeiros; • Premissas econômicas; Abordagem da Porcentagem de Vendas • A ideia básica é separar as contas da demonstração do resultado e do balanço patrimonial em dois grupos: • Contas que variam de forma direta com as vendas; e • Contas que não variam com as vendas; • Assume-se que as primeiras representam uma porcentagem fixa das vendas. • As demais contas podem ou não variar. Isso vai depender de: capacidade ociosa, estratégias de financiamento (e payout), etc. Exemplo • Admita que a empresa Comercial S/A tenha recentemente apresentado as demonstrações a seguir: Demonstração do Resultado t=0 Receita Líquida de Vendas 1,000.00R$ (-) Custo Mercadoria Vendida 550.00R$ (=) Lucro Bruto 450.00R$ (-) Despesas Operacionais 330.00R$ (=) Lucro Operacional (EBIT) 120.00R$ (-) Despesas Financeiras 50.00R$ (=) Lucro Tributável 70.00R$ (-) IR e CSLL 23.80R$ (=) Lucro Líquido 46.20R$ Dividendos 41.58R$ Lucros Retidos 4.62R$ Balanço Patrimonial t=0 ATIVO 852.50R$ Ativo Circulante 252.50R$ Caixa 40.00R$ Duplicatas a Receber 166.67R$ Estoques 45.83R$ Ativo Não Circulante 600.00R$ PASSIVO + PL 852.50R$ Passivo Circulante 65.83R$ Empréstimos de CP 20.00R$ Fornecedores 45.83R$ Passivo Não Circulante 250.00R$ Patrimônio Líquido 536.67R$ Capital Social 400.00R$ Lucros Retidos 136.67R$ Exemplo •Para fins de planejamento admita que: • o crescimento das vendas será de 12% ao ano pelos próximos 5 anos (t=5); • custos e despesas manterão o mesmo porcentual sobre as vendas; • IR e CSLL = 34%; • taxa de retenção de lucros será de 10% em todo o período; • os prazos médios permanecerão os mesmos; Exemplo • Continuando...: • há capacidade ociosa para suportar esse crescimento (isto é, o ativo não circulante permanecerá constante) • o caixa mínimo necessário é de R$ 40 em todo o período; • o capital social e os empréstimos de longo prazo (PNC) não sofrerão modificações no período; • o crescimento dos ativos não financiado por outras fontes será financiado por empréstimos de CP. • Com base nisso, projete as DC’s para os próximos 5 anos e faça uma análise da situação de liquidez da empresa. Overtrading ou Superexpansão •Forte expansão nas atividades da empresa sem o devido lastro de recursos disponíveis para financiar as necessidades adicionais de giro (efeito tesoura). Exercício 5: dando os próximos passos... • A partir do caso estudado em aula, implemente (uma a uma, sem acumulação) as seguintes modificações (t=1..t=5): Taxa de retenção de lucros de 40%; CMV = 45% das vendas; PMP = 45 dias; PMR = 50 dias; Crescimento das vendas = 15%. • Questões: a) Antes de qualquer cálculo, aponte as contas/resultados (DRE e Balanço) que sofrerão alterações (explique o porquê) e qual o impacto esperado dessas alterações sobre: CDG, NCG e ST. b) Agora compare cada caso acima com o Caso-Base, apontando as principais mudanças. As mudanças encontradas são aquelas que você esperava (questão a)? c) Compare a situação de liquidez da empresa em cada caso com o Caso-Base. A situação de liquidez melhora ou piora? Isso era esperado (questão a). Melhorando projeções... • Previsão de vendas:• Desempenho histórico (análise de regressão); • Perspectivas futuras para setor e economia; • Custos Fixos vs. Custos Variáveis; • Relação com vendas (análise de regressão); • Capacidade instalada / ociosa; • Disponibilidade de recursos no mercado financeiro; ORÇAMENTO DE CAIXA Ross, Westerfield, Jordan e Lamb (2013) Capítulo 18 (Seção 18.4) Definição •Projeção das entradas e saídas de caixa para o período de planejamento seguinte. •Por meio do orçamento de caixa o administrador poderá identificar necessidades de financiamento a curto prazo ou oportunidades de investimento dos excedentes de caixa. Vendas e Entradas de Caixa • As entradas de caixa mais comuns são aquelas relativas ao recebimento das vendas. • A elaboração do orçamento de caixa, portanto, deve começar com uma previsão de vendas para o próximo período de planejamento. • Note que há um risco de previsão, já que as vendas efetivas podem diferir daquelas previstas. Cálculo de Recebimentos: Companhia Brinquedos Divertidos (Exemplo) • Segue abaixo a previsão de vendas para o próximo ano, em bases trimestrais; • A companhia começou o ano com um saldo de duplicatas a receber igual a $120; •O prazo médio de recebimento é igual a 45 dias. Isso significa que metade das vendas de determinado trimestre é recebida à vista e a outra metade no trimestre seguinte. T1 T2 T3 T4 Vendas (milhões) $200 $300 $250 $400 Cálculo de Recebimentos: Companhia Brinquedos Divertidos (Exemplo) •Recebimentos: Observação: Outras entradas de caixa poderiam incluir vendas de ativos, rendimentos de aplicações financeiras e entradas provenientes de novos financiamentos. T1 T2 T3 T4 Saldo Inicial de Duplicatas a Receber 120$ $ $ $ Vendas 200$ 300$ 250$ 400$ À Vista (50%) $ $ $ $ A Prazo - Trimestre Seguinte (50%) $ $ $ $ Recebimentos $ $ $ $ Saldo Final de Duplicatas a Receber $ $ $ $ Saídas de Caixa •Existem quatro categorias básicas: • Pagamentos de Contas a Pagar (Fornecedores); • Salários, Impostos e Outras Despesas; • Gastos de Capital; • Despesas de Financiamento, inclusive dividendos; Cálculo de Pagamentos: Companhia Brinquedos Divertidos (Exemplo) • As compras da companhia junto a seus fornecedores, em um trimestre, correspondem a 60% das vendas previstas para o trimestre seguinte. • O prazo médio de pagamento é de 90 dias. Isto significa que as compras são integralmente pagas no trimestre seguinte. • Salários, impostos e outras despesas correspondem a 20% das vendas (pagos à vista); • Juros e Dividendos são iguais a $20 por trimestre; • A companhia planeja importante ampliação de suas instalações, valor $100, no segundo trimestre. Cálculo de Pagamentos: Companhia Brinquedos Divertidos (Exemplo) •Pagamentos: T1 T2 T3 T4 Saldo Inicial de Duplicatas a Pagar 120$ $ $ $ Compras $ $ $ À Vista (0%) $ $ $ A Prazo - Trimestre Seguinte (100%) $ $ $ Pagamentos a Fornecedores $ $ $ $ Saldo Final de Duplicatas a Pagar $ $ $ $ Salários, impostos e outras despesas $ $ $ $ Gastos de Capital $ $ $ $ Despesas de Financiamento $ $ $ $ TOTAL DAS SAÍDAS $ $ $ $ Saldo de Caixa • As entradas líquidas de caixa correspondem à diferença entre entradas e saídas de caixa. • Suponha que a Companhia Brinquedos Divertidos começa o ano com um saldo de caixa de $20. Além disso, a empresa deseja manter um saldo mínimo de caixa de $10 para se precaver contra contingências inesperadas e erros de previsão. Orçamento de Caixa: Companhia Brinquedos Divertidos (Exemplo) T1 T2 T3 T4 Entradas de Caixa $ $ $ $ (-) Saídas de Caixa $ $ $ $ (=) Entradas Líquidas de Caixa $ $ $ $ (+) Saldo Inicial de Caixa 20$ $ $ $ (=) Saldo Final de Caixa $ $ $ $ (-) Saldo Mínimo de Caixa 10$ 10$ 10$ 10$ (=) Superávit (déficit) acumulado $ $ $ $ Orçamento de Caixa: Companhia Brinquedos Divertidos (Exemplo) T1 T2 T3 T4 Entradas de Caixa $ $ $ $ (+) Juros s/Aplicação Curto Prazo $ $ $ (-) Saídas de Caixa $ $ $ $ (-) Juros s/Empréstimos Curto Prazo $ $ $ (=) Entradas Líquidas de Caixa $ $ $ $ (+) Saldo Inicial de Caixa 20.00$ 10.00$ 10.00$ 10.00$ (=) Saldo Final de Caixa $ $ $ $ (-) Saldo Mínimo de Caixa 10.00$ 10.00$ 10.00$ 10.00$ (=) Superávit (Déficit) $ $ $ $ Aplicação (Empréstimo) Curto Prazo $ $ $ $ Exercício 6: •Minicaso do capítulo 18, p. 659. Questões 1 e 2 apenas.
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