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Aula 1: Noções de Direito Constitucional
Bem-vindo(a) à primeira aula da disciplina Propriedade Intelectual, Direito e Ética.
Esta aula apresenta a importância do Direito Constitucional na vida do cidadão, sua relação com a propriedade intelectual e alguns Princípios constitucionais importantes na defesa dos Direitos e Garantias Fundamentais do Homem. 
Nosso instrumento de estudo será a Constituição, e veremos em específico alguns artigos dos dois primeiros títulos:
Dos Princípios Fundamentais
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
Vamos começar abordando noções de Direito Constitucional.
Mas o que significa Direito Constitucional?
Direito submetido a uma Constituição
Referente à Constituição de um Estado
Fundamentado na organização e no funcionamento de um Estado
Dos Princípios Fundamentais
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:...
No Brasil, a forma de estado adotada é a de uma Federação que significa a coexistência pacífica em um mesmo território de unidades dotadas de autonomia pública, possuindo tipos de competências exclusivas e discriminadas no texto constitucional.
FORMA DE ESTADO: FEDERAÇÃO
UNIDADES: AUTONOMIA PÚBLICA
O Brasil tem como forma de governo a República – forma adotada desde 1889 – e continuou por todas as consequentes Cartas Magnas. Uma das principais características dessa forma de governo é a obrigatoriedade de alternância de poder.
FORMA DE GOVERNO: REPÚBLICA
Sarney, Collor,Itamar,FHC, Lula
Em relação ao regime político, o caput do artigo 1º da Constituição versa: ... 
“constitui-se um Estado Democrático de Direito...”. 
A concepção de “Estado Democrático de Direito” é indissociável do conceito de “Estado Democrático”, o que nos leva a concluir que a expressão “Estado Democrático de Direito” vem traduzir a ideia de um Estado em que todas as pessoas e todos os poderes estão sob o manto do império da Lei e do Direito, e no qual os poderes públicos tenham de ser exercidos por representantes do povo, visando à tentativa de assegurar às pessoas uma igualdade em termos materiais, ou seja, as condições materiais mínimas necessárias a uma vida digna.
A Carta Magna determina que os alicerces da República Federativa do Brasil são:
a. A soberania.
b. A cidadania.
c. A dignidade da pessoa humana.
d. Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.
e. O pluralismo político.
Para mais informações, leia agora o texto Alicerces da Republica.
Alicerces da República Federativa do Brasil A Carta Magna (ou Constituição) determina que os alicerces da República Federativa do Brasil são: a) A soberania. b) A cidadania. c) A dignidade da pessoa humana. d) Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. e) O pluralismo político. III - a dignidade da pessoa humana; Dita nossa Carta Magna que o Estado está centrado no ser humano, e não em qualquer outro referencial. A razão do Estado Brasileiro não está consubstanciado na propriedade, em classes, em corporações, em organizações religiosas, muito menos em si mesmo – como ocorre em regimes totalitários – mas sim na pessoa humana; essa concepção afasta a possibilidade de predomínio das ideias transpessoalistas do Estado e da Nação em detrimento da liberdade pessoal. Do ideal de “dignidade da pessoa humana”, vários outros valores constitucionais decorrem deste como, por exemplo, o direito à vida, à intimidade, à honra, à imagem e etc.. Duas posições jurídicas consubstanciam a questão da dignidade humana. A primeira apresenta-se como Direito de proteção individual não só em relação ao Estado mas também frente aos demais indivíduos. A segunda constitui dever fundamental de tratamento igualitário dos próprios semelhantes. IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; Nosso Estado fundamenta-se, também, no valor social do trabalho e da livre iniciativa. Nosso constituinte determinou que o Estado 2/3 brasileiro configura-se como obrigatoriamente capitalista e, ao mesmo tempo, nas relações entre capital e trabalho, será, sempre, reconhecido o valor social do último. No artigo 170, CF1 , a A A A Constituição reforça e apresenta este fundamento aos estatuir que a ordem econômica está fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tendo por fim assegurar a todos uma existência digna, conforme os ditames da justiça social. Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Nesse artigo, temos a visão do legislador ao consagrar o princípio da separação dos poderes ou o princípio da divisão funcional do poder do Estado. Essa divisão funcional consiste em atribuir independência entre esses órgãos, junto ao exercício das suas funções estatais essenciais. Nesse caso, cabe ao Poder Executivo, tipicamente, exercer as funções de Governo e Administração; ao Poder Legislativo cabe 1 Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I - soberania nacional; II - propriedade privada; III - função social da propriedade; IV - livre concorrência; V - defesa do consumidor. VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 3/3 principalmente a elaboração das leis; ao Poder Judiciário atribui-se o exercício da jurisdição, significando isso dizer qual o direito aplicável ao caso concreto na hipótese de litígio.
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA
 DO BRASIL DE 1988
TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Nesse artigo, a visão do legislador ao consagrar o princípio da separação dos poderes ou o princípio da divisão funcional do poder do Estado. essa divisão funcional consiste em atribuir independência entre órgãos, junto ao exercício das suas funções estatais essenciais.
Antes de prosseguirmos, vamos testar seus conhecimentos gerais? Nas imagens abaixo, você saberia dizer quais edifícios são relativos a qual poder? Correlacione os poderes com as edificações.
1- Legislativo
2- Executivo
3-Judiciário
Vejamos como funciona esta divisão funcional do poder do Estado.
Ao Poder Executivo cabe exercer as funções de Governo e Administração. Executivo (poderes da União)
Ao Poder Legislativo cabe principalmente a elaboração das leis.Legislativo ( supremo tribunal)
Ao Poder Judiciário atribui-se o exercício da jurisdição, significando isso dizer qual o direito aplicável ao caso concreto na hipótese de litígio.(judiciário)
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Casa Civil
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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA
 DO BRASIL DE 1988
TÍTULO I
...
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:...
Esse artigo enumera a maior parte dos direitos fundamentais constantes em nosso ordenamento jurídico constitucional – embora, alguns, não sejam somente individuais, mas também coletivos.
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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA
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TÍTULO I
...
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinçãode qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:...
Presidência da República
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 DO BRASIL DE 1988
TÍTULO I
...
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:...
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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA
 DO BRASIL DE 1988
TÍTULO I
...
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:...
Dos Direitos e Garantias Fundamentais Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: Esse artigo enumera a maior parte dos direitos fundamentais constantes em nosso ordenamento jurídico constitucional – embora, alguns, não sejam somente individuais mas também coletivos. Direito à vida – o direito à vida é o mais elementar dos direitos fundamentais, pois, sem a vida, nenhum outro direito pode ser cogitado. A Constituição protege a vida, de forma genérica, não só a extrauterina, mas também a intrauterina. A proteção que o ordenamento jurídico brasileiro concede à vida intrauterina tem como exemplo principal a proibição da prática do aborto, somente permitido em casos de aborto terapêutico – que é o caso em que se tenta salvar a vida da gestante – ou o chamado aborto humanitário, no caso de gravidez resultante de estupro – Código Penal, artigo 1281 . Assim, esse direito individual fundamental à vida possui dois aspectos importantes: sob a ótica da biologia, ele traduz o direito à integridade física e psíquica, o direito à saúde, o direito à vedação à pena de morte etc.; em outra ótica, em sentido mais amplo, significa o direito e condições materiais e espirituais mínimas necessárias a uma existência com dignidade referente à natureza humana. Torna-se oportuno frisar que o Supremo Tribunal Federal decidiu pela legalidade de pesquisas com a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização “in vitro” e não utilizados, nos termos do artigo 5º da Lei 11.105/20052 . Nessa ocasião, entendeu a Corte Suprema que essas pesquisas não ofendem o direito à vida, tampouco violam a dignidade humana constitucionalmente assegurada. – VIDE ADI 3510 – relator Ministro Carlos Brito. 29/05/2008. Direito à liberdade – Tratam os doutrinadores esse direito como a própria essência dos direitos fundamentais de primeira geração – por isso mesmo também denominado liberdades públicas. A ideia de liberdade de atuação do indivíduo perante o 1 Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: Aborto necessário I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; Aborto no caso de gravidez resultante de estupro II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. 2 Art. 5o É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes condições: II – sejam embriões congelados há 3 (três) anos ou mais, na data da publicação desta Lei, ou que, já congelados na data da publicação desta Lei, depois de completarem 3 (três) anos, contados a partir da data de congelamento. 2/7 Estado vem carregada da ideologia liberal, na qual temos como expoentes as revoluções do final do século XVIII e do início XIX. Uma doutrina se destaca nesse âmbito, a chamada “laissez faire”, que exigia a redução da atuação do Estado e de sua ingerência nos negócios privados a um mínimo absolutamente necessário. A Revolução Francesa – com seu lema liberdade, igualdade e fraternidade – tem na liberdade seu axioma mais nítido junto ao Liberalismo. Essa liberdade determinada no caput do artigo deve ser analisada da forma mais ampla possível; ela compreende não só a liberdade física de locomoção mas também a de crença, a de convicções, a de expressão de pensamento, a de reunião, a de associação etc.. I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição. A base fundamental do princípio republicano é a igualdade e a democracia. A abrangência desse princípio é tão importante que dele inúmeros outros decorrem diretamente, como, por exemplo, a proibição ao racismo – Artigo 5º, CF, XLII3 , a proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivos de sexo, de idade, de cor ou de estado civil – Artigo 7º, CF, XXX4 , a proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e a critérios de admissão do trabalho do portador de deficiência física – Artigo 7º, CF, XXXI5 , a exigência de aprovação prévia em concurso público para investidura em cargo ou emprego público – Artigo 37, CF, II6 , etc. O princípio constitucional da igualdade determina que se dê tratamento igual aos que se encontram em situação equivalente e que se dê tratamento desigual na medida de suas desigualdades. Esse princípio não proíbe que a lei estabeleça tratamento diferenciado entre pessoas que tenham distensões de grupo social, de sexo, de profissão, de condição econômica ou de idade, não se admitindo que o parâmetro diferenciador seja de critério arbitrário, desprovido de razoabilidade. VIDE Sumula 683-STF. Detalhe 3 XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; 4 XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; 5 XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; 6 Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 3/7 importante é observar que não se pode cogitar de ofensa ao princípio da igualdade quando as discriminações são previstas no próprio texto da Carta Magna. Existem hipóteses que o próprio legislador constituinte determinou, de forma bastante clara, que um dado critério deve ser adotado para efeito de desigualdade jurídica entre as pessoas. Temos como exemplo o artigo 7º da Constituição Federal, em seu inciso XX7 , aposentadoria da mulher com menor tempo de contribuição – CF, artigo 408 , reserva de certos cargos públicos para brasileiros natos – CF, artigo 12, §3º9 , previsão de favorecimento às micro e pequenas empresas – CF, artigo 17910 . II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. 7 XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; 8 Art. 40. Aos servidores titularesde cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinquenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) 9 Art. 12. São brasileiros: § 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa(Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) 10 Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei. 4/7 Trata-se, nesse inciso, do princípio da legalidade, uma das bases da própria noção do Estado de Direito, implantada com o advento do constitucionalismo, porquanto acentua a premissa de “governo das leis”, sendo assim a expressão da vontade geral, e não mais apenas o “governo dos homens”, em que o capricho e o arbítrio de um governante seria a vontade predominante. Assim, o citado inciso, em relação aos particulares, tem como corolário à afirmação de que somente a lei pode criar obrigações. III – ninguém poderá ser submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante. - Liberdade de expressão IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato. V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem. XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; Nos incisos acima, analisaremos suas referências sobre a questão do direito à liberdade de expressão. No inciso IV do artigo 5º da CF, está consagrado que “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato” trata-se de regra de grande amplitude e não dirigida a destinatários específicos. Toda e qualquer pessoa, a princípio, pode manifestar sua opinião, desde que não o faça sobre o manto do anonimato; essa proteção constitucional engloba não só o direito a expressar-se oralmente ou por escrito mas também o direito de ouvir, assistir e ler. A proibição ao anonimato que está ligada a todos os meios de comunicação tem o cerne de possibilitar a responsabilização de quem cause danos a terceiros em decorrência da expressão de juízo ou opiniões ofensivas, levianas, caluniosas, difamatórias etc. Esta proibição impede, também, como regra geral, o acolhimento de denúncias anônimas. Vide voto do Ministro, do STF, Celso de Mello no inquérito 1957/PR. Em aresto11, que acompanhou a orientação acima – HC 84.827 de 07/08/2007 – o Supremo Tribunal Federal ao deferir “hábeas corpus” para trancar, por falta de justa causa, notícia-crime instaurada, por requisição do Ministério Público, com base unicamente em denúncia anônima. Determinou a Corte Suprema que a instauração de procedimento de caráter criminal tendo como ponto de partida apenas uma denúncia 11 Apreensão judicial dos bens de um devedor, necessários à garantia de uma dívida, cuja cobrança foi ou vai ser ajuizada; embargo. 5/7 anônima seria contrária à ordem jurídica constitucional, ofendendo o princípio basilar da dignidade da pessoa humana que poderia permitir a prática de inescrupulosos denuncismos e a eventual impossibilidade de indenizações por danos morais ou materiais, contrariando, assim, princípios consagrados no artigo 5º, incisos V e X12, CF. Os direitos da pessoa que possa vir a sofrer um dano em razão de manifestação indevida por parte de outrem estão elencados no inciso V do artigo 5º da CF, nos seguintes termos: V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; Em complemente ao inciso transcrito acima, acerca do direito de liberdade de expressão, outro inciso, do mesmo artigo 5º, estabelece a garantia de vedação à censura prévia: IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; Importante ressaltar que a liberdade de expressão, mesmo com o fim de censura prévia, não dispõe de caráter absoluto, ou seja, pode encontrar limites em outros institutos protegidos constitucionalmente, sobretudo na inviolabilidade da privacidade e da intimidade do cidadão. Merece igual importância comentar o inciso XIV do artigo 5º, que versa: XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional. Esse inciso nos remete ao direito constitucional do direito à informação, mas, como outros, esse direito não é absoluto. Sua real importância está ligada essencialmente a informações que possam ser de interesse público ou geral, não cabendo dele cogitar quando se tratar de informações de caráter particular que digam respeito à intimidade e à vida privada da pessoa; as informações que são objeto de proteção estão elencadas – proteção constitucional – no artigo 5º, X13. Sendo assim, todos têm o direito ao acesso à informação que possa ser de interesse geral, mas existe, juridicamente falando, um tipo de direito que permite o acesso a informações que só interessem à esfera privada. A citada informação ao sigilo da fonte da informação – aquela de interesse público ou geral – está assegurada na parte final do inciso XIV14 do 12 V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 13 X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 14 XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; 6/7 artigo 5º, tendo relação direta com a atividade jornalística, uma vez que possibilita a esses profissionais obter informações que, sem essa garantia, certamente não seriam reveladas. Importante ressaltar que a garantia do sigilo da fonte não abre o conflito com o princípio constitucional à vedação do anonimato. O jornalista ou profissional que trabalhe com divulgação de informações, ao veicular a informação (notícia) em seu nome, está sujeito a responder pelos eventuais danos indevidos que ela possa vir a causar; apesar de a fonte ser sigilosa, a divulgação da informação não será feita de forma anônima. - Liberdade de crença religiosa e convicção pública e filosófica VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; O inciso VIII determina e consagra o direito à denominada “recusade consciência”, possibilitando que a pessoa possa recusar-se a cumprir determinadas obrigações ou praticar atos que possam conflitar com suas convicções de caráter religioso, público ou filosófico, sem que essa recusa implique algum tipo de restrição a seus direitos. Esse instituto – “recusa de consciência” – não permite, entretanto, que a pessoa simplesmente deixe de cumprir a obrigação legal a todos imposta e nada mais faça. Nessa situação – quando existe uma obrigação legal geral cujo cumprimento afronta convicção religiosa, filosófica ou política – o Estado poderá impor a quem alegue imperativo de consciência uma prestação alternativa, compatível com suas crenças ou convicções, fixadas em lei. No caso do indivíduo que se recusar a cumprir essa prestação alternativa, estabelecida pela lei, estará sujeito à suspensão de seus direitos políticos, nos termos do artigo 15, inciso IV15, da Constituição Federal. Importante salientar que, tratando-se da questão referente ao serviço militar obrigatório, o artigo 143, §1º, CF determina: Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei. § 1º - às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, depois de alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar. 15 Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII. 7/7 A análise desses dispositivos reporta ao fato de que o Brasil é um Estado laico, conforme determinado no inciso I16 do artigo 19 da Constituição Federal, que veda à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos Municípios subvenção junto a cultos religiosos ou igrejas. 16 Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou suas representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público
Aula 2: Noções de direito constitucional – Parte 2
Bem-vindo(a) à segunda aula da disciplina Propriedade Intelectual, Direito e Ética.
Nesta aula, abordaremos os princípios jurídicos constitucionais da inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra, da imagem das pessoas, bem como da inviolabilidade domiciliar e de correspondência. Trataremos também do Direito de Propriedade e do Direito Autoral Constitucional.
Continuaremos nossa sequência a partir do título 2 da Constituição, onde paramos na aula 01.
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
Artigo 5º, X -  Inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas
Artigo 5º, XI -  Inviolabilidade domiciliar
Artigo 5º, XII - Inviolabilidade de correspondência
Artigo 5º, XXII e XXXI - Direito à propriedade
Artigo 5º, XXVII e XXVIII -  Direitos Autorais Constitucionais
Presidência da República
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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
TÍTULO II
...
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:...
Vamos recordar o que diz o Artigo 5º?
Presidência da República
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TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
Art. 5º ...
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
Artigo 5º, X -  Inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas
No caso de violação a um desses bens da pessoa, ocorre o que chamamos de indenização. A indenização poderá ser cumulativa, o que significa que poderá ser reconhecido o direito de indenização pelo dano material e moral.
Um exemplo é a situação da perda de um ente querido: a dor sofrida por esta perda, além de ser indenizável por danos materiais, também é indenizável a título de danos morais.
EM TEMPO!
Note, através do exemplo descrito, que a expressão “danos morais” não se restringe à ofensa à reputação, à dignidade e à imagem da pessoa.
DANO MATERIAL
DANO MORAL
INDENIZAÇÃO
Inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas Cumpre destacar que, segundo jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o sigilo bancário é espécie do direito à privacidade, inerente à personalidade – VIDE RE 219.780/PE, relator ministro Carlos Velloso; MS 22.801, relator Carlos Alberto Menezes Direit, 1712/2007. Importante salientar que, considerando a inexistência de direitos absolutos em nosso ordenamento jurídico constitucional, o Supremo Tribunal Federal, afirmou que o sigilo deve ceder diante do interesse público, do interesse social e do interesse da justiça, sendo possível a quebra do sigilo bancário, observando os procedimentos estabelecidos em lei e com respeito ao princípio da razoabilidade – VIDE RMS 23302/RJ, relator ministro Ilmar Galvão. AI-Agr 541.265/SC, relator ministro Carlos Velloso, 04/10/2005. Em resumo, na análise do texto constitucional, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e a Lei Complementar que regula a matéria – Lei Complementar nº 105/2001 – são as seguintes hipóteses em que a garantia de inviolabilidade do sigilo bancário pode ser afastada: a) Por determinação judicial. b) Por determinação do Poder Legislativo, mediante aprovação pelo Plenário da Câmara dos deputados, do Senado Federal, ou do Plenário de suas respectivas comissões parlamentares de inquérito – CPI. c) Por determinação do Ministério Público, desde que no âmbito de procedimento administrativo visando à defesa do patrimônio público. d) Por determinação das autoridades e agentes fiscais tributários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, quando houver Processo Administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso e tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente – Lei complementar nº 105/2001 – Artigos 5º e 6º.
Artigo 5º, XI -  Inviolabilidade domiciliar
Presidência da República
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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
Art. 5º
...
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
Inviolável
Exceções
Flagrante delito,desastre,prestar socorro,determinação judicial
Artigo 5º, XI -  Inviolabilidade domiciliar
É importante ressaltar que esta inviolabilidade não alcança somente a “casa” (residência do indivíduo). Ela compreende, também, qualquer outro recinto fechado, não aberto ao público, ainda que de natureza profissional, como escritório de advocacia, consultório médico, dependências privadas de empresas e etc.
EM TEMPO!
Esse dispositivo colocou por terra a possibilidade de determinações administrativas de busca e apreensão de documentos, prática, hoje, absolutamente inconstitucional.
Artigo 5º, XII - Inviolabilidade de correspondência
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º
...
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados edas comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal (Vide Lei nº 9.296, de 1996).
Proibido violar
Exceções
Ordem judicial
Inviolabilidade de correspondência Esse inciso nos remete à inviolabilidade do sigilo da correspondência e das comunicações telefônicas, salvo, em último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer. Embora a autorização expressa para a violação excepcional refira-se, tão somente, às circunstâncias telefônicas, a garantia da inviolabilidade das correspondências também não é absoluta, visto que não existem direitos e garantias fundamentais de caráter absoluto no Estado brasileiro. Nesse sentido, o Supremo Tribunal Federal, em julgado, determinou ser possível, respeitados certos parâmetros, a interceptação das correspondências e comunicações telegráficas e de dados sempre que tais liberdades públicas estiverem sendo utilizadas no instrumento de salvaguarda para práticas ilícitas – VIDE HC 70.814/SP1 , relator ministro Celso de Mello, 01/03/1994. Nesses termos, uma “carta confidencial” remetida por um sequestrador à família do sequestrado certamente poderá ser violada e utilizada em juízo como prova sem se considerar esta atitude um desrespeito ao sigilo das correspondências, pois, neste caso, quem desrespeitou primeiro os direitos fundamentais do sequestrado e de sua família, foi o sequestrador, não merecendo, assim, a tutela da ordem jurídica. Outro exemplo de circunstância excepcional que merece destaque em nosso texto constitucional e que, admitem a restrição dessas garantias são os chamados Estado de Defesa e Estado de Sítio – CF, artigos 136, §1º e 1392 , III. 1 Na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é possível encontrar, com frequência, ainda que sem referência a uma teoria sobre o suporte fático dos direitos fundamentais, argumentos que se baseiam em uma exclusão, a priori, de alguma ação, estado ou posição jurídica do âmbito de proteção de alguns direitos. Em alguns casos, essa exclusão parece até mesmo trivial e intuitiva. Mas a intuição não é suficiente. Assim, por exemplo, quando o Min. Celso de Mello afirma, no HC 70.814, que "a cláusula tutelar da inviolabilidade do sigilo epistolar não pode constituir instrumento de salvaguarda de práticas ilícitas",24 ou quando o Min. Maurício Corrêa sustenta, no HC 82.424, que "um direito individual não pode servir de salvaguarda de práticas ilícitas, tal como ocorre, por exemplo, com os delitos contra a honra",25 essas são exclusões de condutas a priori do âmbito de proteção de alguns direitos fundamentais (sigilo de correspondência - art. 5°, XII e liberdade de expressão - art. 5°, IV). 2 Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. I - restrições aos direitos de: b) sigilo de correspondência; c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica
Artigo 5º, XXII e XXXI - Direito à propriedade
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CAPÍTULO I
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Art. 5º
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social.
Ao Proprietário Cabe:
exercitar o uso adequado da propriedade
Artigo 5º, XXII e XXXI - Direito à propriedade
ONTEM
Na época do Liberalismo, o direito à propriedade era visto como um direito absoluto, consubstanciado nos poderes de usar, fruir, dispor da coisa, bem como reivindicá-la de quem indevidamente a possuísse e oponível a todas as demais pessoas.
HOJE
Atualmente, não é mais cabível a concepção de propriedade como um direito absoluto. Nossa constituição consagra o Brasil como um estado Democrático Social de Direito. Então, a propriedade deve atender a uma função social. 
Exemplo: o proprietário de um terreno urbano não pode mantê-lo não edificado, ou seja, subutilizado – CF, Artigo 182, §4º.
EM TEMPO!
O direito de propriedade deverá ceder, quando for necessário, à tutela do interesse público, como ocorre nas hipóteses de desapropriação por utilidade ou necessidade pública, de aquisição administrativa – Artigo 5º, XXV - e de requisição de bens no Estado de Sítio –Artigo 139, VII, CF.
A Constituição Federal, no que se refere ao direito de propriedade, consagrou o Brasil como um Estado capitalista.
Artigo 5º, XXVII e XXVIII -  Direitos Autorais Constitucionais
Presidência da República
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Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
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Art. 5º
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas
Autores
Direito Exclusivo de:
utilização 
Publicação
Reprodução
Artigo 5º, XXVII e XXVIII -  Direitos Autorais Constitucionais
LEI 9610 DE 1998 
Art. 7º
São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro.
Obras Intelectuais
Textos e obras literárias
Artísticas e científicas
programas de computador
composições musicais
obras audiovisuais
Artigo 5º, XXVII e XXVIII -  Direitos Autorais Constitucionais
Presidência da República
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TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País.
Propriedade Industrial
criações industriais
marcas
nomes de empresas
outros signos distintos
Artigo 5º, XXVII e XXVIII -  Direitos Autorais Constitucionais
LEI 9279 DE 1996 
Art. 2º
A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, efetua-se mediante:
I - concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade;
II - concessão de registro de desenho industrial;
III - concessão de registro de marca;
IV - repressão às falsas indicações geográficas; e
V - repressão à concorrência desleal.
Propriedade Industrial
patente
registro de marca
repressão às falsas indicações geográficas
registro de desenho industrial
repressão à concorrência desleal
Aula 3: Noções de Direito Penal
Bem-vindo(a) à terceira aula da disciplina Propriedade Intelectual, Direito e Ética.
Nesta aula, abordaremos as questões referentes ao Direito Penal e ao Direito Penal de Informática, fazendo com que você compreenda sua importância em relação aos dados e às informações e sua inviolabilidade. Durante toda a aula, estudaremos o Decreto Lei nº 2848, de 07 de dezembro de 1940 – Código Penal.
Continuaremos nossa sequência a partir do título 2 da Constituição,onde paramos na aula 01.
Decreto Lei nº 2848, de 07 de dezembro de 1940 – Código Penal
Artigo 18 - I (crime doloso) e II (crime culposo)
Artigo 100, §1º e §2º  - Da ação penal
Artigos 138, 139 e 140  - Dos crimes contra a honra
Artigo 153, §1º, §1º-A - Dos crimes contra a inviolabilidade de segredo
Artigo 155, §3º e Artigo 157 - Dos crimes contra o patrimônio
Artigo 184 - Dos crimes contra a propriedade intelectual
Artigo 18 - I (crime doloso) e II (crime culposo)
DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940
CÓDIGO PENAL
Art. 18  Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
     I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
    II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Doloso
ligado à vontade e consciência do agente
Culposo
ligado à imprudência, imperícia ou negligência do agente.
CRIME DOLOSO
Toda ação consciente é conduzida pela decisão da ação, quer dizer, pela real consciência do que se quer pela decisão de realizar um ato. Conduta é um comportamento voluntário que tem como fim causar um resultado, sendo indispensável a verificação do conteúdo da vontade do autor do fato, ou seja, o fim que estava contido na ação.
CRIME CULPOSO
- Imprudência: caracteriza-se quando o agente atua com precipitação, afoitamente, sem as devidas cautelas.
- Negligência: é a inércia psíquica, a indiferença do agente, que, mesmo podendo tomar os cuidados e cautelas exigíveis, não o faz por displicência ou preguiça mental. 
- Imperícia: é a falta de conhecimento teórico ou prático no exercício de arte ou profissão.
Modalidades de culpa Conduta é um comportamento voluntário que tem como fim causar um resultado, sendo indispensável a verificação do conteúdo da vontade do autor do fato, ou seja, o fim que estava contido na ação. Toda ação está intimamente ligada à realização de uma vontade, vontade este dirigida pela consciência. A conduta humana que interessa ao Direito Penal só pode ocorrer de duas formas: ou o agente atua com a intenção, ou seja, dolosamente desejando e assumindo todos os riscos de produzir o resultado, ou ele se comporta culposamente e causa esse mesmo resultado, agindo com imprudência, imperícia ou negligência. Essas modalidades de culpa, ou seja, as situações de dever de cuidado objetivo são, como citadas acima, a imprudência, a negligência e a imperícia. Para ficar mais claro, vamos verificar alguns exemplos de situações, partindo das modalidades de culpa mencionadas acima: Imprudência: É o caso do motorista que acelera de forma excessiva em seu veículo ou que desrespeita o sinal vermelho em um cruzamento. Note que a imprudência está condicionada a uma ação, um fazer. Negligência: É o caso do motorista que não tem os cuidados necessários com os freios já gastos de seu automóvel ou do pai que deixa uma arma de fogo ao alcance de seus filhos menores. Note que se refere ao deixar de fazer o que o cuidado normal impõe. Imperícia: É o caso de um cirurgião plástico que, durante o ato cirúrgico, realiza procedimentos fora de sua especialidade. Outra situação seria a de um motorista que goza de excelente reputação, conceito profissional, mas, em determinada manobra, pode ter atuado sem sua reconhecida habilidade. Note que ocorre a imperícia quando há o caso de uma inaptidão, momentânea ou não, do agente para com suas atribuições e no exercício de arte, do ofício ou da profissão
DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940
CÓDIGO PENAL
        Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido.  (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        § 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça.  (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        § 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo.  (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Ação Penal Pública
São lesados direitos dos indivíduos e da sociedade.
Cabe ao estado o "jus puniendi" (direito de punoi)
Ação Penal Privada
O direito do ofendido se sobrepõe ao interesse público.
O estado transfere ao particular o "jus acusations"(direito de acusar)
Artigo 100,§1º e §2º- Da ação penal
Fique Atento
Toda ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido.
Em nossa Constituição Federal encontramos mandamento que diz competir privativamente ao Ministério Público promover a ação penal pública – Artigo 129, I[1], CF, mediante denúncia.
As ações penais de iniciativa privada são aquelas promovidas mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo.
Decreto Lei nº 2848, de 07 de dezembro de 1940 – Código Penal
Artigos 138, 139 e 140 - Dos crimes contra a honra
Calúnia
  Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
        Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
        § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
Difamação
        Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
        Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Injúria
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
        Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
        § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
        I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
        II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
        § 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:
        Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
Calúnia
Crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa, nada impedindo a coautoria ou participação. O sujeito passivo é o ser humano, pois apenas ele pode praticar fato definido como crime e a ele se imputar falsamente essa conduta delituosa. Dessa forma, não existe a possibilidade de se praticar o crime de calúnia contra pessoa jurídica.
Difamação
Crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa. O sujeito passivo é qualquer pessoa, inclusive menores e doentes mentais. O texto legal refere-se a “alguém”, porque não é abrangida pelo Código Penal a difamação contra a pessoa jurídica. Assim, não há crime de difamação quando a ofensa atinge pessoalmente dirigentes da pessoa jurídica.
Injúria
De todas as infrações penais que visam proteger a honra, é a considerada a menos grave. Porém, poderá se transformar na mais grave infração penal contra a honra quando consistir na utilização de elementos referentes à raça, à cor, à etnia, à religião, à origem ou à condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência, tendo a denominação de “injúria preconceituosa”.
Crimes contra a honra Calúnia O crime é praticado por quem imputa a outrem, ou seja, afirma, falsamente, que o sujeito passivo praticou determinado delito. Esse crime tem ação livre, pois, pode ser cometido por meio de palavra escrita ou oral, por gestos e até por meios simbólicos. Outro detalhe importante é que quem sabe ser falsa a imputação pratica o crime quando propaga (espalha, propala) ou divulga (torna pública) a calúnia; mas com uma particularidade: é importante que o agente tenha consciência que a imputação é falsa. Difamação A principal característica do crime de difamação consiste na atribuição a alguém de um fato danoso, mas não constante da lei como crime. Diferentemente do crime de calúnia, na difamação não é necessário que haja falsidade da imputação. Mesmo assim, é necessárioque seja feita uma imputação de um fato determinado, embora não seja necessário um detalhamento minucioso do fato. O dolo do crime de difamação é imputar, por qualquer forma – pela palavra oral, escrita, por meio simbólico e etc. –, fato desonroso a alguém, seja ele verdadeiro ou não. Diferentemente da calúnia, não se exige que o agente tenha consciência da falsidade da imputação na difamação; o que se procura punir é tão-somente aquilo que é chamado popularmente de “fofoca”, imputando a alguém fato que pode vir a denegrir sua reputação, independentemente de o mesmo ser falso ou verdadeiro. Exemplo: difamação ocorre quando um indivíduo atribui a outrem um fato ofensivo à sua reputação e não precisa ser definido como crime. Exemplo: Se “A” disser que “B” foi trabalhar bêbado, aquele estará afetando a reputação deste. Difamação é um termo jurídico que consiste em atribuir a alguém fato determinado ofensivo à sua reputação, honra objetiva, e se consuma quando um terceiro toma conhecimento desse fato. Injúria A injúria está diretamente ligada à palavra ou ao gesto de ultraje com que o agente ofende o sentimento de dignidade do outro. Essa dignidade é 2/3 definida como o sentimento que tem o indivíduo do seu próprio valor social, de seu decoro e de sua respeitabilidade perante terceiros. Por exemplo, dizer que uma pessoa é trapaceira seria ofender sua dignidade; porém, chamá-lo de burro ou de corno seria atingir seu decoro. O crime de injúria é considerado crime comum, pois pode ser praticado por qualquer pessoa; por exemplo, afirmar que alguém é marido traído, filho de prostituta e etc.. Qualquer pessoa pode ser vítima da ação de injúria, apenas excluídas aquelas que não têm capacidade de entender e, também, de injúria contra pessoa jurídica, já que esta está totalmente despida de sentimento pessoal. Somado a isso, não devemos esquecer que esse crime está inserido no capítulo dos crimes praticados contra a pessoa. Não há crime de injúria contra pessoa morta. A prática da injúria pode ser exercida de forma imediata, sendo proferida pelo agente diretamente, ou mediata, quando este se vale de uma forma de reprodução (criança, gravação, papagaio, etc.) em que não é necessária a presença física da vítima. O crime ocorrerá se o agente faz com que o insulto a ela seja comunicado
Artigo 153, §1º, §1º-A - Dos crimes contra a inviolabilidade de segredo
DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940
CÓDIGO PENAL
Divulgação de segredo
        Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem:
        Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
        § 1º Somente se procede mediante representação. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 9.983, de 2000)
        § 1o-A. Divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou reservadas, assim definidas em lei, contidas ou não nos sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
        Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
SUJEITO ATIVO: o destinatário ou detentor, legítimo ou ilegítimo, da correspondência ou do documento.
SUJEITO PASSIVO: o remetente, o autor do documento, o destinatário.
CONDUTA TÍPICA: divulgar, por qualquer forma, o segredo inscrito no documento ou correspondência.
OBJETO MATERIAL: documento particular, qualquer escrito fixado por 
uma pessoa para transmitir algo juridicamente relevante.
Artigo 154 - Dos crimes contra a inviolabilidade de segredo
DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940
CÓDIGO PENAL
Violação do segredo profissional
    Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Violação de Segredo Profissional
Agente revela segredo sem justa causa
Revelação tem a capacidade de produzir dano a outrem
Relação de confiança quebrada
Não-cumprimento dos deveres de fidelidade e lealdade
Divulgação de segredo Esse tipo penal – crimes contra a inviolabilidade de segredos – encontrase na seção II do capítulo VI do Título I. O Artigo 153 responsabiliza criminalmente aquele que divulga, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial de que é destinatário ou detentor que tenha a possibilidade de produzir dano a outrem. Exige-se que trate de matéria de caráter confidencial, um segredo, algo sigiloso a um número limitado de pessoas. É necessário que a divulgação possa acarretar dano material ou moral à pessoa, não sendo preciso que o dano se efetive. No parágrafo §1º-A, passou a incriminar a conduta de divulgação de informações sigilosas ou reservadas da Administração Pública. Trata-se de crime comum, podendo o sujeito ativo ser qualquer pessoa, servidor público ou não. O sujeito passivo é sempre o Estado. Violação de segredo profissional São vários os dispositivos legais que resguardam o dever de sigilo, por exemplo: Artigo 2071 do Código de Processo Penal, o Artigo 4062 do Código de Processo Civil, o Artigo 2293 do Código Civil, o Artigo 7º, XIX4, Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). 1 Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho. 2 Art. 406. A testemunha não é obrigada a depor de fatos: II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo. 3 Art. 229. Ninguém pode ser obrigado a depor sobre fato: I - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar segredo; II - a que não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, parente em grau sucessível, ou amigo íntimo; 2/3 Assim, podemos extrair os seguintes elementos da redação contida no Artigo 154 do Código Penal que constituem o delito de violação de segredo profissional: A existência de um segredo. O fato de ter esse segredo chegado ao conhecimento do agente em virtude de função, ministério, ofício ou profissão. Revelação a alguém. Ausência de justa causa. Potencialidade de dano a outrem. Entende-se por função toda determinação de encargos imposta pela lei a uma pessoa, esteja ou não ligada ao exercício de um cargo, haja ou não remuneração. Assim, o tutor, o curador, e o escrevente de sala de juiz que “toma conhecimento, em razão de sua função”, de segredos narrados durante uma audiência de divórcio que corre em segredo de justiça, revelando-os a terceiros, estará cometendo o tipo penal. Por ministério, como regra, entende-se aqueles que exercem atividades religiosas, a exemplo dos pastores e padres. Entende-se por ofício aquelas atividades habituais, consistentes na prestação de serviços manuais ou mecânicos, como acontece com os empregados domésticos, costureiras e etc.. Profissão diz respeito a toda atividade que, como regra, tenha finalidade de lucro, exercida por quem tenha habilitação. Dissemos como regra, pois em algumas situações, mesmo que o trabalho seja voluntário, aquela determinada atividade somente poderá ser exercida por um profissional, como é o caso dos médicos e advogados. III - que o exponha, ou às pessoas referidas no inciso antecedente, a perigo de vida, de demanda, ou de dano patrimonial imediato. 4 Art. 7º São direitos do advogado: XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional; 3/3 No artigo estudado, dita a expressão “sem justa causa” querendo demonstrar que a revelação não foi amparada por um motivo que possa ser justificado. Em regra, a justa causa fundamenta-se na existência de estado de necessidade, é a colisão de dois ou mais interesses,devendo um ser sacrificado em benefício do outro; no caso, a inviolabilidade dos segredos deve ceder a outro bem ou interesse mais importante, de caráter público. O dolo é a vontade de revelar o segredo, tenha o agente conhecimento da possibilidade de dano a qualquer pessoa. Não contempla a lei a forma culposa, não praticando o crime o profissional que, por negligência, deixa o documento a vista de terceiros.
Artigo 155, §3º e Artigo 157 - Dos crimes contra o patrimônio
DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940
CÓDIGO PENAL
Furto
     Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
Roubo
     Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
FURTO
SUBTRAÇÃO PATRIMONIAL NÃO VIOLENTA
ROUBO
SUBTRAÇÃO PATRIMONIAL COM EMPREGO DE VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA
Crimes contra o patrimônio Furto O Artigo 155 do Código Penal prevê o delito de furto, isto é, a subtração patrimonial não violenta. O crime de furto pode ser praticado por qualquer pessoa, não se exigindo qualquer circunstância especial ou específica. Só não pode praticar o furto o proprietário que pode ser responsabilizado pelo crime previsto no Artigo 3461, CP, se a posse estiver com outrem, e legítimo detentor da coisa. É essencial, para o estudo da infração, que o seu objeto seja coisa alheia móvel. Ao contrário do Direito Civil, o Direito Penal trabalha com o conceito natural de coisa móvel. Coisa móvel, portanto, será tudo aquilo passível de remoção, ou seja, tudo o que puder ser removido, retirado, mobilizado. Assim, até mesmo uma casa poderá ser subtraída, desde que possível a sua locomoção, ou seja, a sua retirada do local na qual estava afixada, como é a hipótese das casas de madeira que podem ser transportadas de um lugar para outro, sem que ocorra sua destruição. Os animais também são considerados coisa móvel para efeito de aplicação da lei penal, da mesma forma que os cadáveres que estiverem sendo utilizados em pesquisas em universidades. O ser humano vivo jamais poderá se amoldar ao conceito de coisa, razão pela qual qualquer remoção forçada poderá configurar crime de sequestro ou cárcere privado. Além de móvel, ou seja, passível de remoção, a coisa, obrigatoriamente, deverá ser considerada “alheia”, ou seja, pertencente a alguém que não aquele que a subtrai. Desta forma, não se configurará no delito de furto a subtração de: Coisa de ninguém, que jamais teve dono. Coisa abandonada. Coisa de uso de todos. 1 Exercício arbitrário das próprias razões Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 2/3 Por exemplo, aquele que, percebendo que numa lata de lixo deixada do lado de fora de uma residência se encontrava um guarda-chuva, retira-o daquele lugar, levando-o consigo, não pratica crime de furto, uma vez que se cuida de coisa abandonada. Coisa de uso de todos como o ar, a luz ou o calor do sol, a água dos mares e rios, não são suscetíveis de ocupação na sua totalidade. Entretanto, parcialmente captada e aproveitada como força ou energia, nesse caso, incidindo essa parte especializada na propriedade de alguém, pode-se tornar objeto adequado de furto. Outra situação é a chamada “coisa perdida”. Imagine a hipótese em que o agente, no interior de um veículo coletivo, encontre, caído próximo ao seu assento, um relógio de pulso. Aproveitando-se da oportunidade, o agente toma o relógio e o coloca no bolso, apropriando-se dele. Poderia o sujeito, nesse caso, responder por delito de furto? A resposta só pode ser negativa, pois que, aqui, seu comportamento se enquadra no inciso II, do Artigo 169 do CP2, que prevê o delito de apropriação de coisa achada. Furto de energia - § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico. Com essa redação, ficam eliminadas as discussões sobre a não possibilidade de subtração de energia não somente a elétrica como também a calor, a térmica, a sonora, a atômica, a mecânica e etc.; ou seja, qualquer energia que tenha valor econômico poderá ser objeto de subtração nos moldes preconizados pelo mencionado parágrafo. Merece destaque, no que diz respeito à energia elétrica, que o fato poderá se configurar no delito de furto, ou mesmo no crime de estelionato. Dessa forma, aquele que desvia corrente elétrica antes que ela passe pelo relógio comete o crime de furto. É o que ocorre, normalmente, naquelas hipóteses em que o agente traz a energia para a sua casa diretamente do poste, fazendo aquilo que popularmente é chamado de “gato”; ao contrário, se a ação do agente consiste em modificar o medidor para acusar um resultado menor do que é consumido, há fraude e o crime é de estelionato. 2 Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza: Apropriação de coisa achada II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de quinze dias. 3/3 Roubo A figura típica do roubo é composta pela subtração, característica do crime de furto, conjugada com o emprego de grave ameaça ou violência à pessoa; portanto, são os elementos que compõem a figura típica do roubo: 1) O núcleo subtrair. 2) O especial fim de agir caracterizado pela expressão para si ou para outrem. 3) Coisa alheia móvel. 4) Emprego de violência ou grave ameaça. O núcleo subtrair diz respeito a retirar, tomar de alguém a coisa alheia móvel que deve ser conjugado com a finalidade especial do agente de retê-la para si ou para outrem. A violência deve ser empregada contra pessoa, por isso denominada física, que se consubstancia na prática de lesão corporal ou mesmo vias de fato, como por exemplo: empurrões, tapas e etc.. A violência pode ser entendida, ainda, como direta ou imediata e indireta ou mediata. Direta é a violência física exercida contra a pessoa de quem se quer subtrair os bens. Assim, por exemplo, o agente agride violentamente a vítima com socos para que possa levar a efeito a subtração de seu relógio. Indireta é a violência empregada contra pessoas que estão próximas da vítima. Na verdade, a violência entendida como indireta se configura mais como “grave ameaça” do que propriamente violência, pois sua prática interfere no espírito da vítima, fazendo com que se submeta por medo, pavor, receio de também ser agredida. Grave ameaça é aquela capaz de determinar temor à vítima, permitindo que seja subjugada pelo agente que, assim, subtrai-lhe os bens. A ameaça deve ser verossímil, vale dizer, o mal proposto pelo agente para fins de subtração dos bens da vítima deve ser crível, razoável, capaz de infundir temor. Sujeito ativo do roubo é qualquer pessoa, trata-se de crime comum e não especial. O dolo é a vontade de subtrair com o emprego de violência ou grave ameaça
Artigo 184- Dos crimes contra a propriedade intelectual
DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940
CÓDIGO PENAL
Violação de direito autoral
     Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
       § 1o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Pena – reclusão,de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
§ 2o Na mesma pena do § 1o incorre quem, com o intuito de lucro direto ou indireto, distribui, vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, oculta, tem em depósito, original ou cópia de obra intelectual ou fonograma reproduzido com violação do direito de autor, do direito de artista intérprete ou executante ou do direito do produtor de fonograma, ou, ainda, aluga original ou cópia de obra intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos titulares dos direitos ou de quem os represente. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)      
       § 3o Se a violação consistir no oferecimento ao público, mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permita ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em um tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda, com intuito de lucro, direto ou indireto, sem autorização expressa, conforme o caso, do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor de fonograma, ou de quem os represente: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Aula 4: Noções de Direito do Trabalho e Direito Civil
Bem-vindo(a) à quarta aula da disciplina Propriedade Intelectual, Direito e Ética.
Nesta aula, falaremos sobre as definições de empregado e empregador em relação ao contrato de trabalho, bem como sobre a questão referente à utilização do e-mail funcional e a análise dos tipos de contratos em geral, com ênfase no contrato de adesão.
Direito do Trabalho
Direito Civil
Direito do Trabalho
DECRETO-LEI N.º 5.452 - Definição de empregador
Presidência da República 
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
DECRETO-LEI N.º 5.452,
DE 1º DE MAIO DE 1943
       Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
Empregador=Empresa
O conjunto de bens materiais,imateriais e pessoas para a obtenção de certo fim.
Juridicamente, compreende duas universalidades parciais, a de pessoa e a de bens,funcionando em direção a um fim.
DECRETO-LEI N.º 5.452 - Definição de empregador
Empresa
Individual
É a pessoa física ou material que não se constitui em sociedade 
com outrem mediante patrimônio diferenciado.
Coletiva
De Direito Público
A União, os Estados, os Municípios, as autarquias e os partidos políticos que, assumindo o risco da atividade econômica, não trabalham por conta alheia; arcam com os lucros e perdas do empreendimento.
De Direito Privado
Pode ser sociedade anônima limitada, em comandita e etc.
DECRETO-LEI N.º 5.452 - Definição de empregado
Presidência da República
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Subchefia para Assuntos Jurídicos
DECRETO-LEI N.º 5.452,DE 1º DE MAIO DE 1943
       Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Parágrafo único - Não haverá distinções relativas
Empregado=Pessoa física
Sujeito de uma relação de trabalho subordinado, protegido pelo direito do Trabalho.
Presta serviço permanente ou por tempo determinado
Trabalha mediante salário
- O direito social ampara apenas o trabalho humano pessoal. Os serviços prestados por pessoa jurídica não podem ser objeto de um contrato de trabalho. 
- Para que se inicie a aplicação de todas as consequências jurídicas previstas, não é suficiente a celebração do contrato de trabalho (verbal ou escrito). É necessário o efetivo trabalho.
- Nas relações de trabalho, temos a subordinação do empregado a ordens do empregador, colocando à disposição deste sua força de trabalho.
DESÍDEA -  Questões relativas ao e-mail funcional
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Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
DESÍDIA, ARTIGO 482, ALÍNEA “E” E “G”.
      Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
NÚMERO ÚNICO PROC: AIRR - 1542/2005-055-02-40
PUBLICAÇÃO: DJ - 06/06/2008
A C Ó R D Ã O
7ª TURMA
IGM/lag/ss
PRELIMINAR DE NULIDADE DO JULGADO POR CERCEAMENTO DE DEFESA. PROVA ILÍCITA. ACESSO PELO EMPREGADOR À CAIXA DE E-MAIL CORPORATIVO FORNECIDA AO EMPREGADO. ÓBICE DA SÚMULA 126 DO TST.
6. A concessão, por parte do empregador, de caixa de e-mail a seus empregados em suas dependências tem por finalidade potencializar a agilização e eficiência de suas funções para o alcance do objeto social da empresa, o qual justifica a sua própria existência e deve estar no centro do interesse de todos aqueles que dela fazem parte, inclusive por meio do contrato de trabalho.
7. Dessa forma, como instrumento de alcance desses objetivos, a caixa do e-mail corporativo não se equipara às hipóteses previstas nos incisos X e XII do art. 5º da CF, tratando-se, pois, de ferramenta de trabalho que deve ser utilizada com a mesma diligência emprestada a qualquer outra de natureza diversa. Deve o empregado zelar pela sua manutenção, utilizando-a de forma segura e adequada e respeitando os fins para que se destinam. Mesmo porque, como assinante do provedor de acesso à Internet , a empresa é responsável pela sua utilização com observância da lei.
8. Assim, se o empregado eventualmente se utiliza da caixa de e-mail corporativo para assuntos particulares, deve fazê-lo consciente de que o seu acesso pelo empregador não representa violação de suas correspondências pessoais, tampouco violação de sua privacidade ou intimidade, porque se trata de equipamento e tecnologia fornecidos pelo empregador para utilização no trabalho e para alcance das finalidades da empresa.
DESÍDEA
Falta culposa, e não dolosa, ligada à negligência.
Prática de atos como comportamento inadequado, ausências ou produção imperfeita.
Excepcionalmente configura em um só ato culposo muito grave; se doloso ou querido, pertencerá a outra das justas causas.
VIOLAÇÃO DE SEGREDO
Segredo é todo fato, ato ou coisa que, de uso ou conhecimento exclusivo da empresa, não possa ou não deva ser tornado público, sob pena de causar um prejuízo.
É desnecessário que seja declarado como segredo, basta que assim possa ser deduzido.  
Confira esta DECISÃO JUDICIAL:
Não é ilícita a prova assim obtida, visando a demonstrar justa causa para a despedida decorrente do envio de material pornográfico a colega de trabalho. Inexistência de afronta ao art. 5º, incisos X, XII e LVI, da Constituição Federal.
LEI nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. -  Dos contratos em geral
Direito Civil
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LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
CONTRATOS
A “função social do contrato” acentua a diretriz de “sociedade de direito” e por identificação dialética guarda intimidade com o princípio da “função social da propriedade”, prevista na Constituição.
Princípio da propriedade: conjunto de deveres, exigidos nas relações jurídicas.
Princípio da boa-fé: reflete uma regra de conduta e consubstancia a eticidade orientadora da construção do Código Civil.
LEI nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. -  Dos contratos em geral
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LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada
CONTRATOS
A referência a contrato de adesão sugere, por conceituação legal, espécie e não gênero.
Não existe um contrato de adesão, existemcontratos celebrados por adesão. 
O ofertante não pode privar o aderente de direito resultante da natureza do negócio ao qual este aderiu.
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.
Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código.
Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.
CONTRATOS
As partes podem ajustar os contratos, verificando, para esse fim, as normas que disciplinam os contratos típicos. 
A lei proíbe a estipulação de pacto sucessório, não se permitindo cogitar de sucessão futura.
Dos contratos em geral Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. A “função social do contrato” acentua a diretriz de “sociedade de direito” e por identificação dialética guarda intimidade com o princípio da “função social da propriedade”, prevista na Constituição. A concepção social do contrato apresenta-se, modernamente, como um dos pilares da teoria contratual. A moldura limitante do contrato tem o escopo de acautelar as desigualdades substanciais entre os contratantes, valendo, como exemplo, os contratos de adesão. Por sua função social, o contrato é submetido a novos elementos integradores de relevância à sua formação, existência e execução, superando a esfera consensual; o contrato fica em condições de prestar relevantes serviços ao progresso social, desde que sobre as vontades individuais em confronto, se ausente o interesse coletivo, através das regras de ordem pública, inafastável pelo querer de ambos ou de qualquer dos contratantes, com o propósito menor de evitar o predomínio do economicamente forte sobre o economicamente fraco. Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. Cuida-se de dispositivo específico sobre os princípios da propriedade e da boa-fé. O primeiro princípio versa sobre um conjunto de deveres, exigidos nas relações jurídicas, em especial os de veracidade, de integridade, de honradez e de lealdade. O princípio da boa-fé não apenas reflete uma regra de conduta, consubstancia a eticidade orientadora da construção do Código Civil. É, em verdade, o preceito paradigma na estrutura do negócio jurídico da qual decorrem diversas teorias, dentre as quais a teoria da confiança. O dispositivo apresenta insuficiências e deficiências na questão objetiva da boa-fé nos contratos. As principais insuficiências convergem às limitações junto ao período de conclusão do contrato até a sua execução, não valorando a necessidade de aplicação da boa-fé às fases pré-contratual ou póscontratual. As deficiências decorrem da ausência de duas funções para a cláusula geral de boa-fé: a “supplendi” e a “corrigendi”; no que diz respeito, fundamentalmente, aos diversos anexos ao vínculo principal, cláusulas faltantes e abusivas. Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente. A referência a contrato de adesão sugere, por conceituação legal, espécie e não gênero. Em verdade, porém, não existe um contrato de adesão, existem contratos celebrados por adesão. O mesmo ocorre com relação aos contratos aleatórios e os atípicos que se pretendem regular em seções da parte geral deste código. Nessa categoria, existem diversos contratos por adesão, caracterizados por técnicas 2/3 comuns de contratação de massa, com visível desequilíbrio de força dos contratantes e forte atenuação na liberdade de contratar diante de cláusulas pré- elaboradas. Não foi dispensada, todavia, regulação própria aos contratos de adesão, tal como observada pela Lei 8078, de 11 de setembro de 1990 – o Código de Defesa do Consumidor – a crítica de eminentes juristas que apontam o tratamento tímido dado pelo Código Civil de 2002 a essa técnica de formação dos contratos ao dispensar-lhe apenas 2 dispositivos – VIDE Artigo 541, CDC. Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio. O dispositivo resulta do preceito fundamental segundo o qual a liberdade de contratar só pode ser exercida em razão e nos limites da função social do contrato, implicando os princípios definidos pelo Artigo 422, do CC, já citado. O ofertante não pode privar o aderente de direito resultante da natureza do negócio ao qual este aderiu. A justiça contratual impõe a efetividade dos negócios jurídicos seguindo os princípios da probidade e da boa-fé. Essas cláusulas opressivas estão presentes, notadamente, em contratos de trato sucessivo, complexo e de longa duração, não podendo o aderente resultar desprovido de segurança contratual. O caráter abusivo da cláusula situa-se em face de tratar-se de uma cláusula de exclusão ou de exoneração, frustrante aos interesses do aderente colocado diante da própria motivação ou necessidade de adesão. O Artigo 25 do CDC2 não permite cláusulas que impossibilitem, exonerem ou atenuem a obrigação de indenizar previstas na lei consumerista, e que se compatibiliza com a necessidade de garantia de direito básico do consumidor no tocante à efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais individuais, coletivos e difusos – Artigo 6º, VI, CDC3. 1 Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo. 2 Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista nesta e nas seções anteriores. 3 VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; 3/3 Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código. O dispositivo trata dos contratos atípicos ou inominados, sendo lícito as partes ajustá-los, verificando, para esse fim, as normas que disciplinam os contratos típicos. Contratos atípicos são os que não dispõem de regramento próprio, embora quanto à eficiência e à validade assumam os requisitos ao Artigo 1044 do Código Civil de 2002. Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. A lei proíbe a estipulação de pacto sucessório, ou seja, o contrato não pode ter como objeto a herança de pessoa viva, não se permitindo cogitar de sucessão futura. Cuida-se de preceito de ordem pública, com origem no direito romano.
Presidência da República
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Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
       Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido
CONTRATOS
É uma declaração unilateral de vontade.
Assume caráter de obrigatoriedade, salvo cláusula expressa.
É a força que vai determinar uma série de movimentos por parte do
Dos contratos em geral Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. A “função social do contrato” acentua a diretriz de “sociedade de direito” e por identificação dialética guarda intimidade com o princípio da “função social da propriedade”, prevista na Constituição. A concepção social do contrato apresenta-se, modernamente, como um dos pilares da teoria contratual. A moldura limitante do contrato tem o escopo de acautelar as desigualdades substanciais

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