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Questões da prova Teoria Geral do Processo

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Questões da prova - TGP
1) O que se entende por interpretação das normas processuais? E qual o principal método de interpretação?
Consiste na tarefa de buscarmos o significado e alcance das normas jurídicas. O principal método de interpretação é o método lógico sistemático. Esse método observa que os dispositivos legais em regra não existem isoladamente, estarão inseridos em um conjunto organizado. Nesse conjunto de dispositivos legais uns são esclarecedores dos outros, daí porque o intérprete deverá sempre observar o texto legal e o conjunto onde ele está geograficamente localizado. 
2) Como se estabelece a eficácia da lei processual no tempo?
Ao entrar em vigor uma lei processual nova, ou seja, após a “vacatio legis”, terá aplicação imediata e geral. Geral, ou seja, para todos os processos que estão em curso e de forma imediata, entenda-se, a partir do ato processual em que esteja cada feito para frente, de modo que a lei processual não retroage. 
3) Esclareça os pressupostos necessários para a utilização do modo de eliminação de conflitos (Arbitragem).
Arbitragem tem um perfil de jurisdição, porém na forma privada, sendo devidamente permitida em lei. Para que as pessoas possam estar vinculadas a esse mecanismo de solução de conflitos, haverá necessidade de uma prévia convenção. Há duas formas:
Cláusula compromissória: Uma cláusula inserida no próprio contrato originário de uma relação jurídica material. 
Compromisso arbitral: é um documento escrito no qual as pessoas convencionam a arbitragem como modo de solução de conflitos.
4) Apresente os conceitos de: A) processo; b) procedimento; C) jurisdição; d) ação.
Processo: É a relação jurídica que envolve os três sujeitos principais; juiz, autor e réu, atribuindo a eles direitos e deveres processuais.
Procedimento; É a sucessão dos atos praticados pelos três sujeitos principais e pelos auxiliares da justiça, de forma lógica e cronológica, direcionados a uma finalidade que é a prestação jurisdicional do Estado, ou seja, é a aplicação da lei material por ato do juiz no momento que aprecia, analisa ou julga o pedido.
Jurisdição: É o poder do Estado de pacificação de conflitos com autoridade, poder de reestabelecer a ordem social e ordem jurídica, mediante aplicação das normas materiais aos casos apresentados em juízo. O Estado atribui o exercício desse poder jurisdicional aos juízes de direito. 
Ação; É direito de natureza processual conferido a toda e qualquer pessoa, de provocar a atividade jurisdicional do Estado, pelos meios e formas legais, a fim de ver apreciada, em juízo, uma pretensão, ou seja, a fim de obter uma prestação jurisdicional que declara o direito material cabível naquele caso concreto. 
5) Quem pode criar normas processuais, esclareça detalhadamente
Normas processuais em sentido estrito são aquelas que disciplinam a relação jurídica processual, apenas poderão ser criadas pelo Legislativo Federal. A CF estabelece para essa categoria de normas processuais competência exclusiva da União.
Normas procedimentais podem ser criadas tanto pelo legislativo Federal como também pelo legislativo estadual. Para essa categoria a CF atribui competência legislativa concorrente. 
A somatória das duas categorias das normas processuais constitui o que se denomina normas processuais em sentido amplo, de modo que a União pode legislar sobre todas.
6) Esclareça dois princípios Constitucionais do direito processual
Princípio do contraditório e da ampla defesa
Esse princípio é essencial para a eficácia e a validade do processo. Estabelece um dever ao juiz, qual seja, efetivar sua concretização nos autos e constitui um direito das partes. 
Contraditório: Constitui um dever do juiz de dar oportunidades processuais para as partes manifestarem suas razões nos autos e contrariarem aquilo que o adversário produziu nos autos. Obs. É direito processual das partes terem essas oportunidades.
Ampla defesa: Significa que o juiz terá que conferir na relação processual ampla oportunidade para as partes provarem aquilo que alegam.
Art. 5, LV
Princípio da Celeridade Processual
O princípio da Celebridade Processual, presente no artigo 5º, inciso LXXVIII da Constituição Federal diz que: os processos devem ser desenvolvidos em tempo razoável, a fim de alcançar o resultado no final de sua demanda.
 Princípio da Inadmissibilidade de Provas Ilícitas
O princípio das Provas Ilícitas, expressado também no Artigo 5º da Constituição Federal, inciso LVI, torna inaceitável, em um processo, a obtenção de formas que não são legais perante a lei. O Artigo 332 do Código do Processo Civil rege que: “Serão admitidos todos os tipos de provas, desde que legais e moralmente legítimas”.
Princípio da publicidade dos atos processuais
Esse princípio estabelece que os atos praticados no processo são públicos, ou seja, poderão ser presenciados livremente pelas pessoas. Ele é importante para que se tenha transparência dos atos processuais praticados pela justiça pública. (Audiências são realizadas de portas abertas, permitindo livremente o acesso e qualquer pessoa pode comparecer ao cartório e consultar os autos do processo). 
Exceções: 1) quando o interesse público recomendar a não publicidade dos atos processuais. 2) nos casos de em que se deva preservar a intimidade das pessoas, por exemplo, nas ações que tramitam nas varas da família e sucessões, essas correm em segredo de justiça.
7) O que se entende por contraditório e ampla defesa?
Esse princípio é essencial para a eficácia e a validade do processo. Estabelece um dever ao juiz, qual seja, efetivar sua concretização nos autos e constitui um direito das partes. 
Contraditório: Constitui um dever do juiz de dar oportunidades processuais para as partes manifestarem suas razões nos autos e contrariarem aquilo que o adversário produziu nos autos. Obs: É direito processual das partes terem essas oportunidades.
Ampla defesa: Significa que o juiz terá que conferir na relação processual ampla oportunidade para as partes provarem aquilo que alegam.
8 - O princípio da publicidade dos atos processuais admite exceções? Esclareça detalhadamente
Sim, quando o interesse público recomendar a não publicidade dos atos processuais e nos casos em que se deva preservar a intimidade das pessoas, por exemplo, nas ações que tramitam nas varas da família e sucessões, essas correm em segredo de justiça. Quais sejam: divorcio, ações investigatórias de paternidade, ação de alimentos, etc.
9 – O que é juiz imparcial? Esclareça minuciosamente 
Sujeito imparcial é aquele que não tenha nenhum vínculo subjetivo com as partes e com os seus procuradores, portanto, o juiz não poderá ser cônjuge; parente por consanguinidade ou afinidade; amigo ou inimigo. Ainda, a imparcialidade estabelece que o juiz não poderá ter qualquer interesse processual (próprio) na questão que envolve o interesse da ação.
10) O que se entende por igualdade processual?
É um princípio essencial para a eficácia e validade do processo. Por esse princípio o juiz tem um dever de dar um tratamento igualitário às partes e aos seus procuradores para se manifestarem e apresentarem as provas. Estabelece o dever do juiz de dar iguais oportunidades para as partes manifestarem suas razões e dever de conferir iguais oportunidades para as partes para que elas apresentem suas provas.
11) Indique e esclareça os princípios gerais do direito processual relacionado ao tema de provas.
Princípio da motivação das decisões judiciais
Está disposto no art. 93, IX da CF/88. Estabelece que todas as decisões do juiz precisam ser fundamentadas. A falta da fundamentação gera nulidade processual. O juiz tem direito a livre convicção ante as provas produzidas nos autos, porém seu convencimento deve ser motivado, ou seja, deve apresentar as razões de fato e de direito que o conduziram àquela decisão.
Princípio da proibição da prova obtida ilicitamente
Está disposto no art. 5º, LVI da CF/88 que diz: “são inadmissíveis, no processo,as provas obtidas por meios ilícitos.” E prova, é definida pelo art. 332 do CPC como: “todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa. 
Princípio dispositivo
Segundo o qual a parte estará dispondo daquilo que não indicar, ou seja, estará abrindo mão. Tal princípio estabelece que cabe às partes requerere indicar os meios de prova que pretendam produzir nos autos.
Princípio da identidade física do juiz
É o que determina que o juiz que concluir a instrução ficará vinculado ao julgamento da lide. Salvo, se for removido, promovido ou afastado por qualquer motivo ou aposentado. Nesses casos, os autos passarão a um outro juiz que determinará a nova produção de prova oral.
Princípio da aquisição processual
Estabelece que as provas produzidas nos autos do processo passarão a pertencer a esse processo, sendo irrelevante ao juiz saber quem as produziu. Isso porque a prova posta, valerá para ambas as partes.
12) O que se entende por persuasão racional do juiz?
Este princípio é contemplado pelo art. 131 do CPC, que assim dispõe: “O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegado pelas partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que lhe formaram o convencimento”. Assim, o sistema adotado pelo Código de Processo Civil permite a liberdade total na apreciação das provas por parte do juiz (inclusive por convicções pessoais e até contra as provas dos autos) , e no que se refere a prova legal , no qual o legislador prefixa o valor de cada prova, restringindo o juiz a mero aplicador dos critério legais estabelecidos para cada caso. O princípio em tela, também denominado persuasão racional do juiz, reclama a motivação do juiz, para demonstrar as razões e fundamentos de seu convencimento. A necessidade de fundamentação, inclusive, se encontra no art. 93, inciso IX da Constituição Federal.
13) O que é juiz natural?
O juiz natural é aquele que integra um tribunal constitucionalmente previsto, exigindo que a designação do julgador se dê anteriormente à ocorrência dos fatos levados a julgamento e feita de forma desvinculada de qualquer acontecimento concreto ocorrido ou que venha a ocorrer.
14) O juiz pode livremente determinar a produção de provas sem requerimento formulado pelas partes?
Sim. Quando o objeto da ação seja direito material indisponível, o juiz poderá determinar a produção das provas mesmo sem qualquer requerimento das partes.
15) O que estabelece o princípio da lealdade processual?
O princípio da lealdade processual estabelece que as partes têm o dever de se conduzir com ética e lealdade, cabendo ao juiz reprimir qualquer ato atentatório à dignidade da justiça (artigos 14, II, 16, 17 e 18 do CPC). O desrespeito ao dever de lealdade processual se traduz em ilícito processual (compreendendo o dolo e a fraude processuais), ao qual correspondem sanções processuais.
16 - Escreva sobre a comunicação dos atos processuais
A comunicação dos atos processuais se dá através da intimação e de algumas espécies de citação. 
Intimação: consiste em dar ciência a alguém sobre atos e termos processuais, para que faça ou deixe de fazer algo no processo.
Citação: consiste no chamamento do réu ou interessado para que venha a juízo defender-se. Existem duas modalidades de citação, são elas real ou pessoal e ficta ou presumida. Assim, a citação real é aquela que se concretiza diretamente na pessoa do requerido. E ocorre por correio ou por mandado. Já a citação ficta ou presumida acontece quando a citação pessoal é frustrada. E ocorre por hora certa ou edital.
17 - O que se entende por disponibilidade da ação?
A disponibilidade da ação é a garantia que o indivíduo tem de exercício de seus direitos. No direito processual este princípio se traduz pela possibilidade de apresentar em juízo a sua pretensão, do modo como bem entenda. 
18 - O que é jurisdição concorrente?
Pode-se aplicá-la quando o réu tiver domicílio no Brasil, a pretensão versar sobre obrigação a ser cumprida no Brasil, a pretensão originar-se de fato aqui ocorrido. A jurisdição concorrente é a possibilidade da eficácia no Brasil de eventual sentença proferida no Estrangeiro.
19 - Diferencie jurisdição concorrente de jurisdição exclusiva
Jurisdição concorrente acontece nos seguintes casos: quando o réu tiver domicílio no Brasil, quando a pretensão versar sobre obrigação a ser cumprida no Brasil e quando a pretensão se originar de fato aqui ocorrido. A jurisdição concorrente é a possibilidade de da eficácia no Brasil de eventual sentença proferida no Estrangeiro. 
Já a jurisdição exclusiva acontece quando: o objeto da pretensão for um bem imóvel situado no Brasil e situarem-se no Brasil os bens objeto de inventário. Nesses casos, o Brasil só aceitará sentença própria. Nenhuma sentença estrangeira que trate desses dois casos será homologada e nem terá validade e eficácia no território nacional.
20 - Escreva sobre as características da jurisdição graciosa
As principais características da jurisdição voluntária são: 
Não há coisa julgada material portanto, não existe definitividade da prestação judicial, que, então poderá ser revista a qualquer tempo;
Não há lide, em regra não existe conflito de interesses, salvo na ação de interdição, se o interditado discordar do pedido;
Vigora a regra da inércia, de modo que o juiz só atua se houver provocação inicial, ou seja, a propositura da ação.
21 -Aponte e esclareça duas situações de relacionamento entre jurisdição civil e jurisdição penal.
R1: Sentença penal condenatória definitiva: torna certa a obrigação de reparação de dano (dano decorrente de ato ilícito) na esfera civil. (Efeito primário – condenação, efeito secundário – indenização/ reparação do dano).
R2: Prova emprestada: é a situação em que uma determinada prova produzida em um feito poderá ser utilizada em outro processo.
22 - Sentença penal surte efeito na esfera civil?
Em regra, são jurisdições independentes, porém existem na lei alguns dispositivos que caracterizam uma interação entre jurisdição civil e penal. Como exemplo: Suspensão prejudicial do processo crime, Obrigação de indenizar o dano resultante do crime, entre outros exemplos.
23 - O judiciário pode apreciar mérito de ato administrativo pretendido por quem exerça função executiva?
Não, a atividade típica do poder público executivo consiste em administrar bens e o interesse público e o judiciário não poderá interferir nessa função típica do executivo. O mérito de um ato administrativo consiste na análise sobre conveniência e oportunidade na realização do ato diante de interesse público.
24 - Sentença estrangeira de natureza civil pode ser objeto de execução no Brasil?
Sim, em determinados casos de jurisdição concorrente que autorizam homologação de uma sentença estrangeira pelo STF as situações destacadas no art. 88, CPC: 
Requerido domiciliado no Brasil; ainda que esteja no estrangeiro. 
Fato ocorrido no Brasil, ainda que envolva pessoas estrangeiras. 
Obrigação a ser cumprida no Brasil.
25 - Apresente o conceito de jurisdição voluntária ou graciosa.
R: Na jurisdição voluntária, também denominada jurisdição graciosa, ocorre a administração pública de certos interesses particulares, os quais, para surtirem efeitos, dependem de um ato do juiz. Nessa atividade o juiz não estará solucionando conflitos, mas, apenas praticando atos que permitem a eficácia de determinados interesses particulares no mundo jurídico.
26 – Esclareça as características da jurisdição graciosa
( Não há lide - não há conflito de interesses a ser dirimido pelo juiz, haverá apenas interesse a ser administrado. Se não há lide, não se fala propriamente em processo, haverá apenas um procedimento. Em procedimento de jurisdição voluntária não existe partes (autor e réu), apenas interessados.( Inércia - mesmo em procedimentos de jurisdição voluntária, o juiz somente atuará se houver provocação inicial por interessados, pelos meios e formas legais, portanto para que o juiz administre interesses haverá necessidade da propositura da ação 
( Em jurisdição voluntária não haverá coisa julgada material. O ato judicial prestado não adquire a definitividade externa; coisa julgada material é atividade algo próprio e exclusivo para sentenças de mérito em jurisdição contenciosa, e corresponde a definitividade interna e externa da decisão de mérito, no momento do trânsito em julgado, ou seja, quando não couber mais recurso algum.
27 – Indique e esclareça dois princípios de jurisdição.
( Princípio da investidura 
Estabelece que o poder jurisdicional do Estado (poder de pacificar conflitos) somente poderá ser exercido por aqueles que tenham sido legalmente investidos no cargo de juiz de direito e então integram a carreira da magistratura.
( Princípio da inércia
O juiz para exercer sua atividade dependerá da provocação inicial por interessados.
28 – O que se entende por inafastabilidade da jurisdição?
Esse princípio garante o acesso a jurisdição e um julgamento, isto porque a própria lei não poderá excluir do judiciário a sua função típica. Ainda por esse princípio o próprio juiz não poderá deixar de julgar uma determinada ação sob argumento de que não exista lei material específica para aquele caso concreto, portanto ele não se exime de julgar, irá julgar aplicando os métodos de integração das normas quais sejam, analogia, costume e princípios gerais do direito.
29 – O que se entende por inevitabilidade da jurisdição?
Esse princípio estabelece que as partes envolvidas no processo não poderão evitar a autoridade de uma sentença de mérito definitiva. Vale dizer haverá o dever jurídico para que cumpram comando que emerge na sentença de mérito. 
Ação
30 – Escreva sobre os elementos identificadores da ação.
Os elementos identificadores da ação são 3: Partes, pedido e causa de pedir.
Eles servem para identificação das ações e para diferencia-las. Afirma-se que uma ação será idêntica a outra quando esses 3 elementos forem iguais. Se houver alteração a um desses elementos, não estaremos diante da mesma ação. 
31 – O 	que se entende por causa de pedir? Pormenorize
Causa de pedir são os fatos e fundamentos jurídicos que apoiam o pedido do autor na ação. Apresenta a seguinte subdivisão:
Causa de pedir próxima – São os fundamentos jurídicos; que não apresentam somente os dispositivos legais, mas também refere-se expressamente ao conteúdo da norma, ou seja, o que a norma jurídica de direito material busca proteger.
Causa de pedir remota – São os acontecimentos da vida que dão respaldo ao pedido formulado. 
Os fatos e os fundamentos jurídicos deverão constar na petição inicial. Vale dizer, que os objetos de prova nos autos, em regra, são os fatos controvertidos (alegados pelo autor e contrariados pelo adversário).
32 – O que se entende por reunião de ações?
Reunião de ações é a apreciação conjunta de 2 ou mais ações por um mesmo juiz ou vara. A reunião ocorre em razão do Princípio da Economia Processual e para evitar decisões conflitantes que envolvam a mesma questão. As principais possibilidades de reunião são: 
Conexão: Situação em que 2 ou mais ações tenham objeto ou causa de pedir comuns. Conforme art. 103 do CPC
Continência: Situação em que 2 ou mais ações tenham partes e causa de pedir comuns, porém o objeto de uma por ser mais amplo, acaba por abranger o das outras. 
A reunião somente poderá ocorrer quando tais ações estejam em momentos procedimentais próximo. 
33 – O que é conexão entre ações? 
A conexão como já mencionado brevemente na questão anterior é uma possibilidade de reunião de ações, motivada pelo falo de 2 ou mais ações terem identidade entre o objeto ou a causa de pedir. Art. 103 do CPC.
Diante da conexão o critério que definirá qual das varas irá se incumbir da tarefa de reunir as ações, será o critério prevenção. Juízo Prevento é aquele que por algum fator preveniu para si a incumbência de conhecer e apreciar eventuais ações conexas. 
Haverá, portanto, 2 regras sobre a prevenção, sendo elas: 
Despacho Inicial – O primeiro que fizer o despacho da petição inicial será o Juízo Prevento, na situação de diversidade de varas dentro da mesma comarca. Art. 106 do CPC.
Citação Válida – O primeiro que concretizou nos autos a citação valida da parte contraria será o Juízo Prevento, na situação de diversidade de varas e comarcas. Art. 219 do CPC.
34 – Qual a importância das partes na relação jurídica processual?
– As partes são os sujeitos parciais da relação processual, pois possuem interesse próprio na questão conflitante em juízo. São divididas em autor (polo ativo) e réu (polo passivo), serão sempre essas duas, ainda que haja pluralidade de sujeitos em qualquer dos polos litigantes. 
As partes serão atingidas diretamente pelo resultado da sentença de mérito, que terão o dever de cumprir. Portanto servem para fixar os limites subjetivos da coisa julgada. 
35 – Qual a importância do pedido na relação jurídica processual?
O pedido é o objeto da ação, ou seja, aquilo que será julgado pelo juiz. O pedido tem a função de fixar os limites objetivos da coisa julgada, o que se denomina Princípio da Congruência, ou seja, a sentença de mérito deve ser exatamente relacionada com a extensão do pedido apresentado nos autos pelo autor da demanda. 
O juiz não poderá proferir sentença que não esteja delimitada pelo pedido, portanto sentenças fora do pedido “extra petita”, além do pedido “ultra petita” e ainda sentença sem o conhecimento ou apreciação total do pedido “intra petita” serão consideradas como SENTENÇAS NULAS. 
36 – Escreva sobre as condições genéricas da ação.
São chamadas de Condições Genéricas da Ação por serem necessárias a toda e qualquer ação. Vale dizer que algumas ações necessitam de condições especificas além das genéricas para sua propositura.
São condições genéricas da ação: Legitimidade ad causam (legitimidade para ser parte na ação); Interesse processual (utilidade da jurisdição, observado pelo binômio: adequação e necessidade); e a Possibilidade jurídica do pedido (admissão em abstrato ou a não exclusão expressa do ordenamento jurídico vigente).
37 – O que se entende por legitimidade “ad causam”.
Legitimidade ad causam é a legitimidade para ser parte, ou seja, ocupar os polos litigantes. As partes legitimas são necessárias para que ocorra o pronunciamento jurisdicional da causa.
Essa legitimidade se subdivide em:
Legitimação Ordinária – Situação onde as pessoas estarão em juízo em nome próprio para defender interesse próprio. Sendo essa a regra.
Legitimação Extraordinária – Situação onde as pessoas estarão em juízo em nome próprio para defender interesse alheio. 
38 – O que é substituição processual, também conhecido como legitimidade extraordinária?
A legitimidade extraordinária ou substituição processual é como já descrito na questão anterior, a existência de pessoas que estão em juízo ocupando os polos litigantes em nome próprio defendendo direito material alheio. Só ocorre quando expressamente previsto em Lei. 
São exemplos: Ação civil pública e a Ação popular. Onde o interesse não é apenas de quem ajuíza a ação mas sim da sociedade. 
39 – O que se entende por interesse processual?
É a análise sobre a utilidade jurisdicional. É observada atrás do binômio necessidade e adequação. 
Necessidade – Consiste na necessidade da jurisdição para o restabelecimento da ordem social ou para a solução da lide, conflito materializado nos autos. 
Na petição inicial ao final da narrativa dos fatos deve o autor mencionar a resistência do requerido, ou seja, demonstrar a necessidade da jurisdição para solucionar o conflito.
Adequação – Consiste na adequação da ação ao provimento jurisdicional pretendido e ao procedimento previsto em lei,para que haja uma tutela jurisdicional válida e eficaz. 
Caso o autor não utilize as vias corretas, não poderá o juiz conhecer e apreciar o pedido. 
Ex. O juiz não apreciará na via mandado de segurança o pedido relacionado à liberdade de locomoção. Para tal pedido a via correta será Habeas Corpus. 
40 – O que é carência da ação?
É a situação em que o autor da ação não preenche as 3 condições genéricas da ação, por falta de qualquer delas ele será considerado carecido de ação e a consequência será a extinção do processo sem julgamento do mérito, por uma sentença terminativa proferida pelo juiz. 
Se houver possiblidade de regularização, como previsto no art. 295, V do CPC, não haverá a imediata extinção do processo, mas a intimação do autor para que regularize a peça inicial, no prazo de 10 dias.

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