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CENTRO UNIVERSITÁRIO – CATÓLICA DE SANTA CATARINA EM JARAGUÁ DO SUL JADER CESAR CEPPLI UTILIZAÇÃO DO SAP PARA PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO PREVENTIVA Jaraguá do Sul Agosto/2014 JADER CESAR CEPPLI UTILIZAÇÃO DO SAP PARA PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO PREVENTIVA Relatório do Projeto de Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório do curso de Engenharia Mecânica do Centro Universitário – Católica de Santa Catarina em Jaraguá do Sul Orientadora: Maria Elisa Philippsen Jaraguá do Sul Agosto/2014 CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA UTILIZAÇÃO DO SAP PARA PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO PREVENTIVA ______________________________________________________________ Jader Cesar Ceppli ACADÊMICO _______________________________________________________________ Maria Elisa Philippsen PROFESSORA ORIENTADORA _______________________________________________________________ Giuliano Ricardo Benevenutti SUPERVISOR DE CAMPO DE ESTÁGIO ______________________________________________________________ Renato Zanandrea PROFESSOR RESPONSÁVEL DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISONADO OBRIGATÓRIO AGRADECIMENTO A Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades. A minha família que me deu todo o apoio para a realização deste projeto de estágio. A meus professores, coordenador e supervisor que me orientaram de maneira eficiente em todo o período de estágio. A Empresa WEG Equipamentos Elétricos S.A. que me proporcionou mais esta oportunidade de desenvolvimento pessoal e da atividade de manutenção preventiva da empresa. E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Modelo de Gantt ................................................................................................. 14 Figura 2 – Modelo conceitual mapa de processo ................................................................ 15 Figura 3 – Mapa do processo atual de planejamento da manutenção preventiva................ 17 Figura 4 – Atividades de verificação ................................................................................... 18 Figura 5 – Atividades para a revisão ................................................................................... 19 Figura 6 – Operações no plano de manutenção ................................................................... 19 Figura 7 – Liberação do plano de manutenção .................................................................... 20 Figura 8 – Materiais na ordem de manutenção.................................................................... 21 Figura 9 – Orçamento da revisão ......................................................................................... 21 Figura 10 – Preenchimento do prazo para cada atividade ................................................... 23 Figura 11 – Diagrama de Gantt para revisão ....................................................................... 24 Figura 12 – Operações na ordem de manutenção ................................................................ 26 Figura 13 – Estrutura de rede .............................................................................................. 27 Figura 14 – Mapa do processo proposto de manutenção preventiva ................................... 28 Figura 15 – Acesso à estrutura de rede ................................................................................ 29 Figura 16 – Opções para o planejamento das operações ..................................................... 30 Figura 17 – Diagrama de Gantt no SAP ............................................................................. 31 Figura 18 – Comparativo entre o método atual e o proposto .............................................. 33 Figura 19 – Cronograma de revisão impresso ..................................................................... 35 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ERP – Enterprise Resource Planning (sistema integrado de gestão empresarial). ISO – International Organization for Standarization (organização internacional para padronização). OM – Ordem de manutenção. PMP – Plano de manutenção preventiva. SAP – Abreviação de Systeme, Anwendungen und Produkte in der Datenverarbeitung, no idioma alemão, que quer dizer, em Português Sistemas, Aplicativos e Produtos para Processamento de Dados. PM – Plaint mantenance (manutenção da planta). SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 8 1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 8 1.2 OBJETIVOS .................................................................................................................... 9 1.2.1 Objetivo geral .............................................................................................................. 9 1.2.2 Objetivos específicos ................................................................................................... 9 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................ 10 2.1 O QUE SIGNIFICA MANUTENÇÃO? ....................................................................... 10 2.1.1 Evolução da manutenção ......................................................................................... 10 2.2 MÉTODOS DE MANUTENÇÃO ................................................................................ 11 2.2.1 Manutenção corretiva .............................................................................................. 11 2.2.2 Manutenção preventiva ............................................................................................ 12 2.2.3 Manutenção preditiva .............................................................................................. 12 2.3 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO .......................................... 12 2.3.1 A ordem de manutenção .......................................................................................... 13 2.3.2 O plano de manutenção ............................................................................................ 13 2.3.3 O planejador de manutenção .................................................................................. 13 2.3.4 O cronograma de revisão ......................................................................................... 13 2.4 MAPEAMENTO DE PROCESSO ............................................................................... 14 3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO ................................ 16 3.1 O MAPA DO PROCESSO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA DA WEG ............. 16 3.1.2 O cronograma em excel ............................................................................................ 23 3.1.3 Dificuldades encontradas no método atual ............................................................ 24 3.2 O MÉTODO PROPOSTO ............................................................................................. 25 3.2.1 Testes do método proposto em ambiente de simulação ........................................29 3.2.2 Limitações do sistema SAP frente ao método proposto ........................................ 31 3.3 COMPARATIVO ENTRE MÉTODO ATUAL E PROPOSTO .................................. 32 3.4 A VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DO NOVO MÉTODO ............................... 34 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 36 REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 38 8 1 INTRODUÇÃO O presente relatório corresponde ao estágio curricular supervisionado obrigatório do curso de engenharia mecânica, realizado na empresa WEG Equipamentos Elétricos S.A., no departamento de manutenção, seção planejamento da manutenção. A WEG, fundada em 16 de Setembro de 1961 é uma empresa hoje presente no mercado de motores elétricos, drives e controls, geração transmissão e distribuição de energia, tintas e vernizes, oferecendo soluções para os setores de agronegócio, mineração, oil & gás, energia, naval, açúcar e etanol, siderurgia, celulose e papel, alimentos e bebidas, construção civil, saneamento, propulsão e tração elétrica e por fim eficiência energética. A empresa conta hoje com mais de 29 mil colaboradores distribuídos ao redor do mundo em suas filiais fabris e escritórios de venda. O departamento de manutenção responsável pelo atendimento das plantas de Jaraguá do Sul e Guaramirim conta com 436 colaboradores, distribuído em nove seções sendo uma delas o planejamento da manutenção, que conta com 50 colaboradores, local onde foram desempenhadas as atividades referentes ao estágio proposto. 1.1 JUSTIFICATIVA A presença de equipamentos cada vez mais sofisticados e alta produtividade nas indústrias exige a máxima disponibilidade destes equipamentos. Os custos de parada de máquina por qualquer fator envolvem um custo agregado muito elevado. A manutenção preventiva planejada surge como instrumento para que os níveis requeridos de disponibilidade e confiabilidade dos equipamentos sejam atingidos. Para isto se faz necessário à criação de rotinas de manutenção executadas mediante coleta de dados de cada equipamento, sendo estes dados provenientes de manuais dos fabricantes e da análise da parada de funcionamento ocorridas durante um intervalo de tempo. As rotinas de manutenção preditiva e preventiva são aplicadas em cada equipamento de acordo com sua criticidade na cadeia produtiva. Para obtenção dos dados de parada de funcionamento é necessário que se tenha um registro destas informações em uma base de dados que seja de fácil e rápido acesso. Na empresa WEG Equipamentos Elétricos S.A. é utilizado o software SAP em seu módulo 9 Plaint Maintenance (PM) para registro de todas as atividades de manutenção, sejam elas corretivas ou planejadas. O objetivo do presente relatório é avaliar a forma atual de utilização deste software na gestão da manutenção preventiva (revisões), e buscar quais os recursos disponíveis para uma melhor programação das atividades de revisão do equipamento realizadas na empresa, evitando a necessidade de utilização de softwares adicionais, assim tendo um ganho de tempo e produtividade para os colaboradores que desempenham a função de planejar as manutenções preventivas. 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo Geral Utilizar o sistema SAP para planejamento da manutenção preventiva, de modo a melhorar o processo de planejamento da manutenção. 1.2.2 Objetivos específicos a) Entender o funcionamento da área de planejamento da manutenção da empresa WEG, b) Mapear o processo de manutenção preventiva (revisões) atual da Weg e suas dificuldades; c) Pesquisar as ferramentas disponíveis no sistema SAP para programação de ordens de revisão anual; d) Elaborar novo mapa de processo e testar a forma de trabalho em ambiente de simulação; e) Avaliar as dificuldades de utilização do método proposto; f) Comparar método atual em relação ao proposto. 10 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 O QUE SIGNIFICA MANUTENÇÃO? Palavra derivada do latim manus tenere, com o significado de manter o que se tem, está presente na história da humanidade a eras, desde o início do manuseio de instrumentos para produção (VIANA, 2002, p. 1). Definição segundo o dicionário Michaelis (1998): “1. Ato ou efeito de manter. 2. Sustento. 3. Dispêndio com a conservação de uma coisa. 4. Conjunto de revisões e operações normais na conservação de um veículo em uso: Manutenção do automóvel.” Definição técnica: repor ou manter o bom funcionamento e conservação de todos os equipamentos que estão ligados ao setor fabril de uma indústria. Formalmente, a manutenção é o conjunto de ações administrativas e técnicas destinadas a manter ou recolocar um item em um estado em que possa realizar uma função requerida. (XENOS, 1998, p. 18). 2.1.1 Evolução da manutenção A partir dos anos 30, a manutenção surge mais intensivamente com o objetivo de manter todo o material de unidades militares em um nível mínimo aceitável de conservação. A confiabilidade e manutibilidade não eram consideradas ciências. A manutenção industrial se encontrava em fase de desenvolvimento. A manutenção era limitada a reparação de avarias ou substituição de componentes danificados (TAVARES, 1999, p. 10). A partir dos anos 50, com o aparecimento das linhas de produção, e as empresas começaram a reconhecer a importância da manutenção, também o desenvolvimento da aviação comercial contribuiu, obrigando o desenvolvimento de métodos preventivos, tendo em vista que a reparação de uma aeronave em voo é raramente possível, além da preocupação com a segurança de bens e pessoas. Surge então a engenharia de manutenção, que tem o objetivo de criar processos científicos de manutenção preventiva, a preocupação dominante é a disponibilidade dos equipamentos (TAVARES, 1999, p. 11). 11 Com a criação da engenharia de manutenção surge às preventivas baseadas em estatística (tempo ou horas trabalhadas), o controle, planejamento e analise das causas e efeitos das avarias ficam sob a responsabilidade da engenharia de manutenção (TAVARES, 1999, p. 11). A partir dos anos 70, com a difusão dos computadores a engenharia de manutenção passou a desenvolver critérios mais sofisticados de manutenção baseada na condição, por meio de sistemas automatizados de planejamento e controle, reduzindo a carga burocrática dos executantes de manutenção. A engenharia de manutenção passa a ter duas equipes: a de planejamento e controle de manutenção (PCM) e a de estudos de ocorrências crônicas (TAVARES, 1999, p. 12). No final do século passado, a manutenção passou a compor uma área de assessoramento à supervisão geral da produção, foi reconhecida pela organização internacional de normalização ISO em 1993, passando a integrar a norma série 9000. A manutenção passou a ter uma importância em grau equivalente à operação. Passou a desempenhar uma função estratégica dentro da área produtiva, sendo vista como um investimento e não mais despesa (TAVARES, 1999, p. 12-17). 2.2 MÉTODOS DE MANUTENÇÃO 2.2.1 Manutenção corretiva Manutenção realizada após a ocorrência da falha, necessária imediatamente para colocar novamente o equipamento em condições de executar sua função sem por em risco a qualidade do produto, segurança do operador e meio ambiente (XENOS, 1998, p. 23). Do ponto de vista de custo no curto prazo, à manutenção corretiva é a mais barata, as atividades de prevenção de falhas geram altos custos, porém a utilização de somente a manutenção corretiva em longo prazo pode causar grandes interrupções do processoprodutivo, o que gera prejuízos significativos para a empresa (XENOS, 1998, p. 23). 12 2.2.2 Manutenção preventiva Manutenção preventiva pode ser classificada como todo o serviço executado em um equipamento que não esteja parado devido a uma quebra. Este tipo de manutenção envolve tarefas sistemáticas de inspeção, troca de peças e reformas (XENOS, 1998, p. 24). Os planos de preventiva são definidos através da análise dos conjuntos existentes no equipamento e são estipuladas atividades com prazos determinados. A revisão constante dos planos de manutenção preventiva é fundamental para a redução do volume de falhas (XENOS, 1998, p. 24). 2.2.3 Manutenção preditiva Manutenção preditiva é uma ferramenta da manutenção preventiva formada por um conjunto de tarefas de monitoramento do equipamento e suas peças, por meio de controle estatístico e de medições, que tentam prever a falha, com o objetivo de determinar o tempo (prazo) correto para a necessidade de uma intervenção, utilizando o componente até o fim de sua vida útil. Esta técnica permite estender ao máximo o prazo de uma manutenção, sendo que é previsível o limite de vida útil de um componente (XENOS, 1998, p. 25). As técnicas mais aplicadas na manutenção preditiva são a análise de óleo, análise de vibrações, termografia e ensaio ultrasom. Devido à utilização de tecnologia avançada, a preditiva costuma ser tratada de forma diferenciada dentro das empresas, sendo controlada por uma equipe independente de engenheiros ou técnicos especializados (XENOS, 1998, p. 25). 2.3 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO O planejamento e controle da manutenção nada mais é que a atividade de programar e controlar a carteira de trabalhos previstos e pendentes nos equipamentos. Esta programação da carteira de trabalhos é realizada pela figura do planejador de manutenção (VIANA, 2002, p. 117). Para planejar uma ordem de manutenção, esta deve conter a previsão de horas homem (mão de obra) e a quantidade de pessoas para cada atividade prevista com 13 assertividade. A definição destes valores é a base para realizar a programação semanal ou pontual da manutenção (VIANA, 2002, p. 118). 2.3.1 A ordem de manutenção A ordem de manutenção é a instrução escrita em papel que define o trabalho a ser executado pelo mantenedor. É a partir da ordem que surge a necessidade de trabalho para a equipe de preventiva, e nela são registrados os custos e horas aplicadas para a realização da instrução nela contida (VIANA, 2002, p. 38). 2.3.2 O plano de manutenção O plano de manutenção é a lista de informações necessárias para a execução da manutenção preventiva. Todo o plano possui uma periodicidade e tarefas bem definidas a serem realizadas pelos mantenedores (VIANA, 2002, p. 87). 2.3.3 O planejador de manutenção O planejador é a pessoa responsável pelo gerenciamento da manutenção preventiva, suas atribuições vão do gerenciamento do plano de manutenção a programação da parada do equipamento para a intervenção (VIANA, 2002, p. 77). Para tal, o planejador de manutenção deve ter conhecimento dos processos e equipamentos envolvidos na cadeia produtiva. Normalmente o planejador de manutenção é proveniente da área de execução da manutenção (VIANA, 2002, p. 77). 2.3.4 O cronograma de revisão O cronograma da revisão nada mais é que as atividades a serem realizadas no equipamento ordenadas de forma eficiente, com o intuito de organizar a equipe para a realização da tarefa. Porém, uma programação, por melhor que seja nunca será realizada exatamente de acordo com o previsto (VIANA, 2002, p. 124). 14 O planejamento não é infalível, mas deve procurar cobrir os eventos não previstos na inspeção dentro do prazo programado para a execução total da intervenção, a ferramenta mais utilizada no planejamento da manutenção na WEG para a elaboração do cronograma é o Gráfico de Gantt. O Gráfico de Gantt é um diagrama de barras, em que cada atividade a ser executada com seu devido prazo se torna uma barra, a ordenação das barras se dá pela dependência de uma atividade com sua antecessora e também com o prazo para cada atividade, conforme a figura 1 (VIANA, 2002, p. 124-125). Figura 1 - Modelo de Gantt Fonte: Rodrigues, 2011 2.4 O MAPEAMENTO DE PROCESSO O mapa de processo é uma ferramenta utilizada para visualizar de forma ampla todas as variáveis envolvidas no processo global. Estas variáveis podem ser clientes, fornecedores, entradas e saídas de processo. Neste mapa é possível visualizar e identificar quais são as variáveis controláveis e os ruídos que podem surgir dentro de um determinado processo (PESSOA, 2010, p. 1). Esta é uma ferramenta geralmente utilizada na metodologia Seis Sigma, que tem como foco identificar e eliminar as causas que levam um processo a variar ao longo do tempo, podendo gerar perdas por defeitos ou falhas. Para elaborar o mapa de processo devemos seguir as etapas a seguir (PESSOA, 2010, p. 1). a) Definir o fluxograma do processo; b) Listar a saída global do processo (Y); 15 c) Listar os parâmetros de entrada de cada etapa do processo (X); d) Listar as saídas de cada etapa do fluxograma do processo (y); e) Classificar os parâmetros do processo em variáveis de controle (C), de operação padrão (SO), de processos críticos (C*) e indesejáveis, que não podem ser controlados, classificados como ruído (N). A relação causa e efeito de um determinado processo pode ser demonstrado muitas vezes por meio da equação (PESSOA, 2010, p. 1): “Y”: f(X1, X2, ...Xn) Sendo: Y = Saída do processo (produto ou serviço) Xn = Entradas do processo (Parâmetros do processo) A seguir é apresentado um modelo conceitual para o mapeamento de um processo. Figura 2 - Modelo conceitual mapa de processo Fonte: o autor, 2014 16 3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO 3.1 O MAPA DO PROCESSO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA DA WEG O processo de manutenção preventiva da empresa WEG é definido pela norma interna WMS-2127_PT, o processo consiste na criação de uma nota e ordem com as informações necessárias para a realização da atividade bem como contabilizar os custos devido à compra de materiais, mão de obra interna e serviços externos. Existem as manutenções preventivas periódicas, que são as tarefas contidas no PMP, o período de realização é definido pela engenharia de manutenção, que faz parte do mesmo departamento, e estes PMP ’s são revisados conforme retorno das áreas e análise do desempenho do equipamento ao qual a manutenção preventiva foi proposta. A liberação destes planos de manutenção ocorre de maneira automática no sistema. Também são realizadas a inspeção e revisão anual do equipamento, que é o objeto de estudo deste presente relatório. As atividades de inspeção e revisão são controladas com base no cronograma anual de preventiva, a liberação dos planos é realizada manualmente conforme as datas contidas no cronograma anual de preventiva. A inspeção consiste na avaliação visual das condições do equipamento, complementada pela análise do histórico de manutenções corretivas, análise de vibrações e ensaio geométrico quando aplicáveis. Os inspetores observam e apontam os desvios, e descrevem as atividades que devem ser realizadas no equipamento bem como os materiais e quantidade de mão de obra necessária para cada atividade descrita na inspeção. Após a inspeção concluída é iniciado o planejamento para a revisão do equipamento, que consiste na criação da ordem de revisão, negociação de parada, alocação de materiais e mão de obra, elaboração do cronograma, orientação daequipe e execução das atividades propostas na inspeção. O mapa do processo atual de elaboração do planejamento de uma manutenção preventiva (revisão) na WEG é mostrado na figura 3. 17 Figura 3 - Mapa do processo atual de manutenção preventiva Fonte: o autor, 2014 18 As etapas do processo de preventiva estão descritas a seguir. 1) Inspeção do equipamento, anotar atividades necessárias: a equipe recebe a lista de atividades de verificação do equipamento impressa. A equipe deve realizar a leitura da mesma e avaliar no equipamento cada ponto listado, anotando possíveis desvios, que serão as atividades a serem executadas na revisão periódica. A figura 4 demonstra uma lista de atividades de verificação. Figura 4 – Atividades de verificação Fonte: o autor, 2014 Esta inspeção normalmente é realizada com a máquina em funcionamento, em casos especiais é negociada a parada. Os operadores são entrevistados e detalham alguns pontos em que percebem problemas nos equipamentos. A inspeção é concluída após coletar as assinaturas de operador, gestor de produção, mecânicos e eletricistas da manutenção e do gestor da manutenção. Na figura 5 é demonstrada a ordem de inspeção com as atividades manuscritas. 19 Figura 5 – Atividades para a revisão Fonte: o autor, 2014 2) Digitação das atividades necessárias no plano de revisão do equipamento: depois de concluída a inspeção, a ordem devidamente preenchida é entregue ao auxiliar técnico do planejamento, onde uma de suas atribuições é digitar as atividades manuscritas no plano de manutenção de revisão do equipamento. O plano de revisão é apresentado na figura 6. Figura 6 – Operações no plano de manutenção Fonte: o autor, 2014 20 Depois de digitadas as atividades necessárias para a manutenção preventiva são realizados os apontamentos das horas dos inspetores e o encerramento da ordem de inspeção no sistema SAP. 3) Liberar plano de manutenção criando a ordem manutenção: o auxiliar técnico do planejamento de manutenção acessa a transação IP10 no sistema SAP, e informa o número do plano de revisão ao qual ele já digitou as atividades. Com isto é possível realizar uma liberação manual do plano de manutenção, gerando a ordem de manutenção. Na figura 7 é demonstrada a transação para criar a ordem de manutenção através do plano selecionado. Figura 7 – Liberação do plano de manutenção Fonte: o autor, 2014 4) Alocar materiais necessários: são digitados na ordem de manutenção os materiais necessários para realização da manutenção. Estes podem ser itens de estoque WEG que possuem seus devidos códigos (itens) ou materiais comprados de fornecedores externos. Para materiais externos é necessário orçamento com no mínimo três fornecedores para obter o preço mais viável. De posse dos três orçamentos é necessária à aprovação conforme alçadas. Existem limites estipulados para chefe e para gerente, acima destas alçadas é necessário aprovar o valor na comissão de manutenção. Os orçamentos aprovados são encaminhados ao comprador, que cria o pedido de compra para o fornecedor. A ordem de manutenção com os materiais já preenchidos é mostrada na figura 8. 21 Figura 8 – Materiais na ordem de manutenção Fonte: o autor, 2014 Com todas as atividades e materiais necessários mensurados é possível prever o custo total da revisão proposta, ou seja, o orçamento da revisão. O orçamento de revisão é mostrado na figura 9. Figura 9 – Orçamento da revisão Fonte: o autor, 2014 22 5) Digitação das atividades no modelo padrão de cronograma em Excel: as atividades que serão realizadas na revisão do equipamento já descritas no SAP devem ser também digitadas no modelo padrão de cronograma em Excel que é demonstrado nas figuras 4 e 5. Depois de digitadas é possível organiza-las para elaborar o cronograma. 6) Elaborar o cronograma da revisão em Excel: com as atividades já digitadas, o próximo passo é organizá-las de acordo com a sequencia de desmontagem e remontagem dos componentes da máquina. Nesta etapa é definida a cronologia da revisão e distribuída a mão de obra disponível. Cada atividade terá um ou mais responsáveis pela sua execução. Depois de ordenadas as atividades e prazos o diagrama de Gantt da revisão é elaborado. Este deve ser impresso e entregue a equipe junto com a ordem da revisão. Nesta etapa também é reunida e orientada a equipe executora. O detalhamento para o preenchimento do cronograma é descrito no item 3.1.2. 7) Executar a revisão: início da revisão propriamente dita, desmontagem dos componentes listados e sua revisão de acordo com o sequenciamento descrito no cronograma, em muitos casos surgem tarefas adicionais, que não foram possíveis de estimar na inspeção, quando isto ocorre é necessária uma reprogramação do andamento da revisão e a aquisição de materiais em caráter de urgência. Os executores devem realizar o apontamento de horas na ordem de manutenção diariamente, e o planejador acompanhar o andamento conforme cronograma e os custos envolvidos, controlando o orçamento que foi realizado previamente. 8) Apontamento de horas e encerramento da ordem: depois de concluída a revisão, a ordem de manutenção com os devidos apontamentos manuscritos é entregue ao auxiliar técnico para realizar os apontamentos no sistema e encerrar a ordem de revisão. As horas de máquina parada para a preventiva também são registradas no sistema. Estes números são utilizados para compor o histórico de manutenção do equipamento e também para a composição dos indicadores de manutenção. 23 3.1.2 O cronograma em Excel No modelo atual o cronograma de uma manutenção preventiva é elaborado em Microsoft Excel. Existe um modelo padrão interno que é utilizado, porém este é limitado a seis dias de intervenção e o processo de preenchimento dos campos obrigatórios é complexo. No caso de uma necessidade de reprogramação, deve se reconstruir totalmente o cronograma, cada atividade e seu prazo estimado é preenchida manualmente, sendo que é necessária uma nova ordenação de todas as atividades no caso de existir uma atividade adicional. Para o preenchimento do cronograma é necessário primeiro escolher a quantidade de turno no botão “escolher” demonstrado na figura 10. Após isto deve se ordenar as atividades e preencher seus devidos prazos selecionando uma cor, que conforme a legenda representa o responsável pela atividade. Uma ou mais atividades podem ter mais de um responsável. Na figura 10 é demonstrado o cronograma com a ordenação das atividades e o preenchimento dos intervalos de tempo para cada atividade. Figura 10 – Preenchimento do prazo para cada atividade Fonte: o autor, 2014 24 Após a ordenação de atividades e preenchimento dos prazos de execução, deve se selecionar o botão preencher. Este irá gerar automaticamente as barras do diagrama de Gantt conforme demonstrado na figura 11. Caso seja necessária alguma alteração, selecionar o botão limpar cor para correção parcial, no caso de uma reprogramação total do cronograma deve se selecionar o botão limpar horas, visível na figura 10. Figura 11 – Diagrama de Gantt para a revisão Fonte: o autor, 2014 Este modelo de cronograma é eficiente para revisões até seis dias, porém o seu preenchimento e ordenação das atividades demanda muito tempo, devido a necessidade de redigitar as atividades já contidas no SAP, e também no caso de uma reprogramação é necessário apagar e reconstruir o cronograma com atividades adicionais ou correção dos prazos previstos. 3.1.3Dificuldades encontradas no método atual O método atual apresenta algumas dificuldades que são listadas a seguir. 25 a) Duplicidade de digitação de atividades, devendo ser digitadas no SAP e em Excel; b) Para uma reprogramação de prazos durante a execução da manutenção é necessário reconstruir o cronograma; c) Limitação de seis dias para o modelo padrão de cronograma; d) Não há registro no sistema para comprovar que todas as atividades planejadas foram realmente executadas; e) Não é possível medir se o tempo previsto de cada atividade foi cumprido. Dentre as dificuldades listadas as mais graves são a duplicidade de digitação e o caso de uma reprogramação, que demandam muitas horas de retrabalho para o planejador de manutenção. 3.2 O MÉTODO PROPOSTO Para desenvolver a proposta de um novo método foi necessário em um primeiro momento estudar as ferramentas disponíveis no sistema SAP para elaboração de um cronograma de execução de uma revisão. Foi solicitado acesso ao ambiente de simulação do sistema SAP para não intervir no sistema que gerencia a planta, pois qualquer alteração de configurações de uma ordem ou centro de trabalho poderia gerar erros no sistema. As ferramentas encontradas no SAP podem ser utilizadas para planejar o roteiro de atividades de uma ordem de manutenção, desde que esta seja subdividida em diversas operações. Atualmente são geradas apenas duas operações, uma para manutenção mecânica e uma para elétrica, como apresentado na figura 6. A justificativa para isto foi à dificuldade dos mantenedores em realizar os apontamentos de horas quando a ordem possuir várias operações, ficando operações não encerradas, que impedem o encerramento da ordem de manutenção. Na figura 12 é apresentada uma ordem com diversas operações. 26 Figura 12 – Operações na ordem de manutenção com o novo método Fonte: o autor, 2014 Com a ordem e operações armazenadas no sistema, é possível iniciar o planejamento da revisão na própria transação em que são feitas as alterações na ordem de manutenção. Existe a opção de organizar as operações em uma estrutura de rede. A estrutura de rede permite criar ligações entre as operações para que estas sejam executadas na sequencia definida pelo planejador de manutenção. A interface de utilização é simples e sua utilização é fácil para ordens com poucas operações, porem quando se tem muitas operações torna-se complexo o planejamento e a ligação entre cada operação. A ferramenta da estrutura de rede se mostrou uma boa alternativa para a elaboração do cronograma de uma revisão no próprio SAP, visto que após a elaboração da sequencia das operações é possível visualizar o diagrama de Gantt. A figura 13 demonstra uma estrutura de rede criada dentro do SAP. 27 Figura 13 – Estrutura de rede Fonte: o autor, 2014 Existe mais uma alternativa de programação dentro do SAP que é o painel de planejamento, mas para esta ferramenta se tornar funcional é necessário apontamento de horas online além de um completo recadastro de todos os centros de trabalho e colaboradores, que se torna inviável após todo o período em que o SAP já esta operando nas plantas fabris da WEG. A estrutura de rede foi a melhor alternativa encontrada no sistema SAP em sua versão padrão, que é a atual na WEG. Existem também alternativas de parceiros SAP que desenvolveram o módulo de manutenção para facilitar o planejamento, porém de momento não há perspectiva de investimento neste sentido. Definida a ferramenta, o novo mapa do processo para o planejamento de uma revisão é apresentado na figura 14. 28 Figura 14 - Mapa do processo proposto de manutenção preventiva Fonte: o autor, 2014 29 De acordo com o novo mapa de processo é possível visualizar que uma etapa do processo foi eliminada, que era a de digitação das atividades no modelo em Excel, com isto se ganha um tempo maior para planejamento e liberdade para realizar outras atividades que fazem parte do escopo da função do planejador de manutenção. 3.2.1 Testes do novo método no ambiente de simulação Para a realização dos testes da ferramenta estrutura de rede foi criada uma ordem de manutenção de revisão no ambiente de testes do SAP, este ambiente é utilizado para desenvolvimento e testes de novas ferramentas que após os testes são implantadas nos diversos setores da empresa, o ambiente de simulação não tem ligação com o ambiente real da empresa, para que não exista interferência no processo produtivo. Com a ordem criada já é possível utilizar o ambiente da estrutura de rede, que fica na mesma transação da ordem de manutenção conforme mostrado na figura 15. Figura 15 – Acesso à estrutura de rede Fonte: o autor, 2014 30 Acessando o painel da estrutura de rede é possível visualizar todas as operações descritas na ordem sem ligação no primeiro momento, a ligação entre as atividades tem três alternativas apresentadas a seguir. a) Fim início (FI): operação seguinte só inicia com o término da atual em execução; b) Início início (II): duas operações que são iniciadas em conjunto; c) Fim fim (FF): duas operações que são concluídas em conjunto. Na figura 16 são mostradas as três alternativas para o planejamento da ordem de manutenção. Figura 16 – Opções para o planejamento das operações Fonte: o autor, 2014 31 De acordo com as opções demonstradas na figura 16 devem-se ordenar as operações de acordo com a necessidade, para elaborar o cronograma. Quanto maior o número de operações mais complexo se torna o planejamento, tal dificuldade também é observada no método atual de planejamento. Depois de organizadas as operações na estrutura de rede torna-se possível visualizar o diagrama de Gantt para a revisão proposta dentro do SAP, conforme mostrado na figura 17. Figura 17 – Diagrama de Gantt no SAP Fonte: o autor, 2014 O cronograma apresentado foi configurado para visualização de quarto de horas, existem mais opções, porém a visualização das barras se torna ruim. 3.2.2 Limitações do sistema SAP frente ao método proposto O novo método apresentado no item 3.2 apresentou algumas limitações no ambiente de testes, estas estão listadas a seguir. a) Complexidade para organizar as operações quando na ordem de manutenção existem muitas operações; 32 b) O diagrama de Gantt gerado não apresenta possibilidade de alteração de cores na legenda, isto é necessário para identificar os executores das operações; c) A impressão do diagrama é limitada, somente é impresso o que é visível na tela, caso tenha rolagem não sairá na impressão, não é possível exportar para o arquivo para impressão em algum outro programa; d) Existe limite de caracteres, operações com descrições extensas não serão totalmente exibidas; e) Não há divisão entre operações mecânicas e elétricas, apenas é visível o número da ordem e operação; f) A escala de tempos é pré-definida em quarto de hora, hora, dia e semana, não sendo possível configurar para uma melhor visualização; Para solucionar estas limitações são necessários desenvolvimentos do sistema SAP atual que é o padrão do fabricante. Para isto é necessário em um primeiro momento listar a necessidade de desenvolvimento e após envolver o fabricante do sistema para avaliação e orçamentação das alterações necessárias. No momento atual da empresa, não estão previstos investimentos no sistema de gerenciamento da manutenção. Portanto não será envolvido o fabricante do sistema para realizar o orçamento das alterações necessárias. 3.3 O COMPARATIVO ENTRE O MÉTODO ATUAL E PROPOSTOPara comparar o método atual e o novo apresentados anteriormente, foi utilizada a matriz de Pugh que é um método baseado no pressuposto de que o projeto de produto deve englobar a confrontação de diversos conceitos ou concepções diferentes acerca dos mesmos, a fim de possibilitar seu desenvolvimento. É feita então, uma análise das vantagens (ou pontos positivos), desvantagens (ou pontos negativos) e equivalência dos 33 conceitos propostos em relação ao conceito de referência. Esta técnica possibilita a escolha do melhor conceito, chamado de conceito vencedor, a ser adotado para o produto. Foram apontados os principais fatores que influenciam diretamente no planejamento e elaboração do cronograma da revisão, definidos os conceitos e suas pontuações para cada fator apresentado, comparando os dois métodos surgiram os resultados que são apresentados na figura 18. Figura 18 – Comparativo entre o método atual e o proposto Fonte: o autor, 2014 Conforme apresentado na matriz de Pugh, o método atual, com 40 pontos continua sendo o mais viável para a utilização diária no planejamento de manutenção, o método proposto, com 21 pontos encontrou algumas limitações no sistema, tornando-o complexo para utilização, porém havendo um desenvolvimento do sistema atual de gerenciamento da 34 manutenção, o método proposto certamente será adotado devido a sua maior interação do planejador com o sistema, diminuindo a utilização de programas adicionais ao SAP. As principais dificuldades encontradas no método proposto foram a de impressão, atribuição de pessoas em cada operação e a formatação da legenda que é um apoio à atribuição de pessoas. Foi explorada ao máximo a ferramenta e não foi encontrada uma alternativa para suprir estas três necessidades, o que tornou o método de elaboração de cronograma dentro do SAP inferior ao método atual em Excel. 3.4 A VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DO NOVO MÉTODO De acordo com o que foi exposto no item 3.3, a implantação do novo método se torna inviável devido à necessidade de desenvolvimento do sistema atual. O sistema na sua versão padrão possui algumas limitações que impedem a utilização do método proposto. A matriz de Pugh mostrou que a desvantagem do método proposto esta no critério de elaboração do cronograma, pois as alternativas de configuração e impressão do cronograma elaborado dentro do SAP são extremamente limitadas. Nos quesitos de qualidade da informação e tempo de planejamento, o novo método se mostra superior, principalmente no ganho de tempo devido a não duplicidade de digitação das tarefas em documentos adicionais no Excel. As dificuldades encontradas no critério elaboração do cronograma são as que geram o maior impasse. Na figura 19 é apresentada a impressão de um cronograma com diversas atividades, sendo que algumas delas não ficam visíveis no documento impresso. Também não é possível adicionar cores ou nomes para os responsáveis por cada operação listada, o que geraria dificuldade de entendimento para os mantenedores que irão executar a revisão. Seria necessária uma lista adicional que contenha o nome do mantenedor e os códigos das operações as quais este é o responsável. 35 Figura 19 – Cronograma de revisão impresso Fonte: o autor, 2014 As operações assinaladas em vermelho na figura 19 não são possíveis de visualizar em que data e hora estão planejadas, existe a opção de alterar a escala de tempo para horas ou dia, porém a leitura e visualização ficam comprometidas. De acordo com as justificativas apresentadas, o novo método não se mostrou uma ferramenta aplicável de imediato, pois requer desenvolvimentos no módulo SAP de controle da manutenção. Estes desenvolvimentos geram custos, que não estão previstos no momento. Portanto o projeto do método de elaboração do cronograma de revisão dentro do SAP não será aplicado no momento, sendo mantido o método atual, que não requer investimento algum. Para o futuro sugere-se realizar o levantamento e orçamentação das alterações necessárias no sistema, bem como a análise dos ganhos propostos neste relatório frente ao investimento necessário para desenvolver o sistema SAP. 36 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A gestão da manutenção é um dos mais importantes fatores para o sucesso de qualquer organização. A manutenção planejada é uma grande ferramenta que contribui para o aumento da disponibilidade e redução de custos. Neste relatório foi abordado um ponto específico da manutenção planejada, que é a elaboração de um cronograma de execução de uma revisão. Foi realizado um estudo a partir do mapa do processo atual de elaboração de um cronograma na WEG e elaborada uma nova proposta utilizando as ferramentas disponíveis no sistema atual de gerenciamento da manutenção que é o SAP. O sistema SAP é um grande ERP que promove a integração entre todas as áreas da empresa, mas seu módulo de manutenção apresenta grandes limitações quando utilizado na manutenção planejada, para a manutenção corretiva existente no dia a dia o sistema atende a necessidade de forma satisfatória. No mercado já existem empresas que desenvolvem melhorias para o sistema SAP que auxiliam o planejamento da manutenção, porém o custo da implantação destas ferramentas é alto e requer um estudo de todo o processo de manutenção, pontuando as necessidades de melhoria do sistema de maneira global. O método proposto foi elaborado com base nos conhecimentos adquiridos ao longo do projeto de estágio e com o auxílio dos colegas de empresa. Infelizmente não existem bibliografias específicas quando se trata de manutenção planejada no ambiente do sistema SAP. O manual de utilização do sistema descreve somente os itens para a utilização básica do sistema, que é o gerenciamento da manutenção corretiva. O ambiente de simulação do sistema SAP foi essencial para o estudo e elaboração do método proposto. Nele foram realizados vários testes com a ordem de manutenção e foi possível gerar um cronograma de revisão, sem ter interferência no sistema real que está ligado a toda a operação da empresa. 37 Foi construído o mapa do processo proposto, este apresentou uma etapa a menos no processo de planejamento e elaboração do cronograma da revisão, foi constatada uma redução no tempo de planejamento, o que gera um ganho na produtividade do planejador de manutenção. As limitações do sistema encontradas ao iniciar os testes do novo método foram comparadas com as dificuldades encontradas no método atual. O novo método se mostrou competitivo nos critérios de qualidade da informação e tempo de planejamento, porém no critério elaboração do cronograma foi inferior ao método atual, devido às limitações encontradas no sistema SAP para alocar informações importantes a respeito das operações a serem realizadas na revisão e os responsáveis por estas operações. Ao final do estudo das ferramentas disponíveis no SAP para elaboração do cronograma, desenvolvimento do novo método e comparação com o método atual, foi possível analisar os dados comparativos e concluir que o método proposto é uma boa alternativa para melhorar o processo de planejamento de uma revisão, porém é necessário um desenvolvimento no sistema SAP atual, para atender os pontos em que o método atual se mostrou superior. Os objetivos do projeto de estágio foram concluídos, porém a implantação do método proposto se mostrou inviável devido às limitações do sistema SAP em sua versão atual. 38 REFERÊNCIAS MICHAELIS. Moderno Dicionário da Língua Portuguesa, 1998. Disponível em: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php>. Acesso em: 22 out.2014. PESSOA, Gerisval A. Notas de aula da disciplina PDCA e Seis sigma: metodologia e ferramentas da qualidade. São Luís: FAMA, 2010. RODRIGUES, Eli. Como fazer um cronograma no MS-Project, 2011. Disponível em: http://www.elirodrigues.com/gestao-de-projetos/serie-como-fazer-um-cronograma/parte-3- como-fazer-um-cronograma-no-ms-project/ TAVARES, Lourival Augusto. Administração Moderna da Manutenção. Rio de Janeiro: Novo Polo Publicações e Assessoria, 1999. VIANA, Herbert Ricardo Garcia. Planejamento e Controle da Manutenção. 1ª ed. São Cristovão: Qualitymark Editora, 2002. XENOS, Harilaus Georgius D’Philippos. Gerenciando a Manutenção Produtiva. Belo Horizonte: Editora de Desenvolvimento Gerencial, 1998.
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