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Aula 2 Neurotransmissao 25.02

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Neurotransmissão 
Prof. Isis Suruagy 
Aula 2: 
􀀃Descrever as propriedades celulares que permitem a comunicação entre 
neurônios e efetores. 
 
􀀃Discorrer sobre os fatores que mantêm um potencial de repouso da 
membrana. 
 
􀀃Enumerar a sequência de eventos participantes da geração de um 
potencial de ação neural. 
 
􀀃Explicar os componentes e as etapas da transmissão de sinais, por 
sinapses elétricas e químicas. 
 
􀀃Identificar a importância excitatória e inibitória dos neurotransmissores 
e descrever a classificação e seu mecanismo de atuação nas sinapses 
químicas. 
 
􀀃Descrever a sequência de eventos participantes da geração de um 
potencial de ação na junção neuromuscular 
 
􀀃Descrever a classificação e as funções dos neurotransmissores e 
receptores. 
 
PLANO DE AULA 
 Antes vamos entender o transporte 
de substâncias através da 
membrana celular 
CONCENTRAÇÕES IÔNICAS NO LEC E LIC 
As diferenças são importantes para a vida celular 
e para transmissão de sinais pelos nervos 
A barreira lipídica e as proteínas de transporte 
da membrana celular 
Barreira lipídica proteínas de transporte 
Livre movimento da maior parte das moléculas 
de água entre os compartimentos intra e 
extracelular. 
Proteínas de canal: 
Proteínas Carreadoras 
A barreira lipídica e as proteínas de transporte 
da membrana celular 
Proteínas de canal: 
 
contêm espaços ao longo de toda a sua molécula, e 
permitem o livre movimento de determinados íons e 
moléculas 
 
A barreira lipídica e as proteínas de transporte 
da membrana celular 
 
Proteínas Carreadoras 
 
fixam-se às substâncias que vão ser transportadas, e 
alterações conformacionais da proteína movem as 
substâncias, ao longo dos interstícios da molécula, 
até o outro lado da membrana. 
São extremamente seletivas quanto ao tipo de 
moléculas ou íons que podem atravessar a membrana. 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
TRANSPORTE PASSIVO 
TRANSPORTE ATIVO 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
Obs: difusão ou transporte passivo 
DIFUSÃO TRANSPORTE ATIVO X 
-Movimento aleatório da 
substância pelos espaços da 
membrana ou em 
combinação com proteína 
carreadora. 
 
-A energia causadora da 
difusão é a energia do 
movimento cinético normal 
da matéria (não gasta 
energia extra). 
-Movimento de substâncias, 
em combinação com PTN, 
contra um gradiente de energia 
(ex: de um estado de baixa 
concentração para outro de 
alta). 
 
-Exige outra fonte de 
energia além da cinética. 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
DIFUSÃO ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR 
Difusão simples Difusão facilitada 
Movimento de moléculas ou íons sem 
necessidade de fixação a proteínas 
carreadoras 
Obs: difusão ou transporte passivo 
Interação das moléculas ou íons 
com proteína carreadora que facilita 
sua passagem 
Pode ocorrer por 2 percursos: 
interstícios da bicamada lipídica ou 
pelos canais aquosos de algumas 
proteínas de transporte 
Passam substâncias lipossolúveis 
(lipossolubilidade alta: O2, N, CO2) 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
DIFUSÃO ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR 
• Transporte de água e de outras moléculas insolúveis em 
lipídios 
 
-A água é insolúvel nos lipídios da membrana, - porém 
atravessa facilmente a membrana celular (direto e em sua 
> parte, pelas proteínas de canal – difusão simples) 
 
-Acredita-se que as moléculas sejam pequenas e que sua 
energia cinética grande - antes que sua característica 
"hidrofóbica" consiga detê-las. 
 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
Obs: difusão ou transporte passivo 
 
 
Incapacidade de íons de se difundirem através da 
bicamada lipídica. 
 
Os íons — mesmo os mais pequenos, como os íons 
hidrogênio, sódio, potássio — só penetram na bicamada 
lipídica com velocidades cerca de 1 milhão de vezes menores 
que a da água. 
 
Por conseguinte, qualquer transporte significativo desses 
íons através da membrana celular deve ocorrer pelos canais 
de proteínas. 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
 
 
Incapacidade de íons de se difundirem através da 
bicamada lipídica. PQ???? 
 
(1) a carga elétrica faz com moléculas de água se prendam 
a esses íons, formando íons hidratados. Aumenta as 
dimensões dos íons, o que impede a penetração da 
bicamada lipídica 
 
(2) à carga elétrica do íon interage com as cargas da 
bicamada lipídica e é repelida 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
 
 
A difusão simples através dos canais das proteínas 
e as "comportas" desses canais. 
• As proteínas de canais formam canais em forma de tubos, 
que se estendem entre as duas extremidades da molécula, 
nas faces extra e intracelular da membrana. 
 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
 
 
A difusão simples através dos canais das proteínas 
e as "comportas" desses canais. 
• São distinguidos por duas características importantes: 
 
 (1) são seletivamente permeáveis a determinadas 
substâncias 
 
 (2) muitos desses canais podem ser abertos ou fechados 
por meio de comportas. 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
Permeabilidade seletiva dos diferentes canais 
protéicos 
• A maioria dos canais protéicos é seletivo para o transporte 
de um ou mais íons ou moléculas. 
 
• Isso resulta das características do próprio canal, tais como 
seu diâmetro, forma e a natureza das cargas elétricas nas 
suas superfícies internas. 
 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
 
 
Permeabilidade seletiva dos diferentes canais 
protéicos 
• Um dos mais importantes canais protéicos - canal de sódio - 
suas superfícies internas, fortes cargas negativas. 
 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
 
 
Permeabilidade seletiva dos diferentes canais 
protéicos 
• Uma vez no interior do canal, os íons sódio podem 
difundir-se em qualquer direção, segundo as leis da difusão. 
 
• Por conseguinte, o canal de sódio é especificamente 
seletivo para a passagem dos íons sódio. 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
 
 
Permeabilidade seletiva dos diferentes canais 
protéicos 
• Canais de potássio (diâmetros < canal de sódio) - não 
contêm cargas negativas. 
 
• Não existem forças atrativas que puxem os íons para o 
interior dos canais, e os íons não são retirados das 
moléculas de água que os hidratam. 
 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
 
 
Permeabilidade seletiva dos diferentes canais 
protéicos 
 
• A forma hidratada do íon potássio é muito < que do q a 
do sódio, assim podem passar facilmente por esse canal 
mais estreito, ao passo que os íons sódio são rejeitados, 
o que, causa permeabilidade seletiva para um tipo de íon. 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
Permeabilidade seletiva dos diferentes canais 
protéicos 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
As comportas dos canais protéicos 
• Comportas - meio de controle da 
permeabilidade dos canais. 
 
• A abertura e o fechamento das 
comportas são controlados por 2 
modos principais: 
 
1. Comportas voltagem-dependentes 
2. Comportas ligante-dependentes 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
As comportas dos canais protéicos 
1. Comportas voltagem-dependentes 
 
• Depende do potencial elétrico da membrana 
 
• Ex: qdo existe forte carga negativa no interior da 
membrana, os canais de sódio permanecem fechados; 
 
- - - - -+-+- 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
As comportas dos canais protéicos 
 
• Por outro lado, quando o interior da membrana perde sua 
carga negativa, as comportas se abrem, permitindo a 
passagem de quantidades imensas de sódio para o interior 
da célula. 
 
- - - - - +-+- 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
As comportas dos canais protéicos 
1. Comportas voltagem-dependentes 
 
Essa é a causa básica dos potenciais de ação (P.A) dos nervos, 
responsáveis pelos sinais neurais. 
 
As comportas de potássio também abrem quando o interior 
da membrana celular fica carregado positivamente, mas essa 
resposta é bem mais lenta que a das comportas de sódio. 
- - - - - +-+- 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
As comportas dos canais protéicos 
2. Comportas ligante-dependentes 
 
 
• São abertas quando outra molécula se fixa à proteína; isso 
produz alteração conformacional da molécula de proteína 
que abre ou fecha a comporta 
 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
As comportas dos canais protéicos 
2. Comportas ligante-dependentes 
 
Ex: é o efeito da acetilcolina sobre o canal de acetilcolina. 
Permite a passagem de todas as moléculas e íons positivos 
com diâmetros menores que o do poro. Essa comporta é 
especialmente importante na transmissão de sinais de uma 
cél nervosa a outra, e de uma cél nervosa à cél muscular. 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
DIFUSÃO ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR 
Difusão simples Difusão facilitada 
Movimento de moléculas ou íons sem 
necessidade de fixação a proteínas 
carreadoras 
Obs: difusão ou transporte passivo 
Interação das moléculas ou íons 
com proteína carreadora que facilita 
sua passagem, 
Pode ocorrer por 2 percursos: 
interstícios da bicamada lipídica ou 
pelos canais aquosos de algumas 
proteínas de transporte 
Passam substâncias lipossolúveis 
(lipossolubilidade alta: O2, N, CO2) 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
DIFUSÃO FACILITADA 
• Entre as mais importantes substâncias que atravessam a 
membrana por difusão facilitada devem ser citadas a glicose 
e a maioria dos aminoácidos. 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
OSMOSE ATRAVÉS DE MEMBRANAS SELETIVAMENTE 
PERMEÁVEIS – A DIFUSÃO EFETIVA DE ÁGUA 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
Transporte ativo 
Nenhuma substância pode difundir-se contra um 
"gradiente eletroquímico"' 
Quando a membrana celular transfere moléculas ou íons 
contra um gradiente de concentração o processo é 
chamado de transporte ativo (e há gasto de energia). 
Sofrem transporte ativo: íons sódio, potássio, cálcio, ferro, 
hidrogênio, cloreto, iodeto, urato, diversos e distintos 
açúcares e a maioria dos aminoácidos 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
Transporte ativo 
• 2 tipos de transporte ativo, segundo a fonte de energia 
utilizada para o transporte 
 
• Ativo primário - energia é derivada diretamente da 
degradação do ATP ou de qualquer outro composto 
de fosfato rico em energia 
 
• Ativo secundário - derivada, secundariamente, de 
gradientes iônicos que foram criados, em primeiro 
lugar, por transporte ativo primário 
 
• Depende de proteínas carreadoras 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
Transporte ativo primário – A “bomba” de sódio/potássio 
• bomba de sódio-potássio - bombeia os íons sódio para fora, 
através da membrana celular, enquanto, ao mesmo tempo, 
bombeia os íons potássio de fora para dentro 
Ativo primário 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
Transporte ativo primário – A “bomba” de sódio/potássio 
• Presente em todas as células - responsável pela 
manutenção das diferenças de [ ] de sódio e de 
potássio através da membrana celular, 
 
• É a base do funcionamento nervoso de transmissão de 
sinais nervosos por todo o sistema nervoso. 
 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
Transporte ativo primário – A “bomba” de sódio/potássio 
• Controla volume celular - qdo a cél começa a inchar, 
isso ativa, a bomba Na+-K+, que transfere mais íons 
para o exterior, levando água com eles. 
 
• Por conseguinte, a bomba Na+-K+, exerce papel 
permanente de vigilância para a manutenção do 
volume normal da célula. 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
Transporte ativo primário – A “bomba” de sódio/potássio 
• O fato da bomba Na+-K+, transportar 3 íons Na+ 
para o exterior, em troca de 2 íons K+ transportados 
para o interior, implica a efetiva transferência de uma 
carga + para o exterior, a cada ciclo da bomba. 
 
 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
Transporte ativo primário – A “bomba” de sódio/potássio 
• Isso gera positividade no exterior, mas cria déficit de 
íons positivos no interior; isto é, ela produz 
negatividade nesse interior. Como resultado, a bomba 
Na+-K+ é dita eletrogênica, por criar um potencial 
elétrico através da membrana como consequência de 
seu bombeamento. 
Obs: outro exemplo: Bomba de Cálcio 
+++++ 
----- 
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CELULAR 
Transporte ativo primário – A “bomba” de sódio/potássio 
Ativo secundário co-transporte e contratransporte 
O NEURÔNIO: A CÉLULA NERVOSA 
 
 A unidade funcional do sistema nervoso é o neurônio 
(componente básico do sistema nervoso e neuromuscular); 
 
 Anatomicamente, os neurônios podem ser divididos em 3 
partes: 
 
Corpo celular 
Dendritos 
Axônio 
 
 Corpo celular: é o centro de operação do neurônio; 
 
 Dendritos: são as fibras que se estendem do corpo 
celular. São responsáveis pela recepção da informação de 
outros neurônios 
 
 Axônio: transmite a informação do corpo celular em 
direção a outro neurônio ou a um órgão efetor 
(músculo). 
O NEURÔNIO: A CÉLULA NERVOSA 
 
 Axônio 
 
• Variam de tamanho (alguns milímetros a um metro); 
 
• Cada neurônio possui somente um axônio, porém 
pode se subdividir em vários ramos colaterais que 
terminam em outros neurônios, células musculares ou 
glândulas. 
O NEURÔNIO: A CÉLULA NERVOSA 
SINAPSE 
 
 Os pontos de contato entre o axônio de um 
neurônio e o dendrito de outro. 
 Nas fibras nervosas grandes (ex: as que inervam o 
músculo esquelético), os axônios são revestidos por uma 
camada de células denominadas CÉLULAS DE 
SCHWANN; 
 
 As membranas dessas células contêm grande quantidade 
de BAINHA DE MIELINA. 
O NEURÔNIO: A CÉLULA NERVOSA 
 Existem intervalos entre os segmentos da bainha de 
mielina ao longo do axônio denominados de 
NÓDULOS DE RANVIER. 
 
 O potencial de ação (PA) salta de nódulo em 
nódulo a fibra mielinizada, sendo mais rápida do que 
as não-mielinizadas. 
O NEURÔNIO: A CÉLULA NERVOSA 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 
 Considera-se que o impulso nervoso é o sinal 
elétrico transmitido ao longo do axônio; 
 
 
 Esse sinal elétrico é iniciado por algum estímulo, 
que causa uma alteração da carga elétrica do 
neurônio. 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
Potencial de repouso da membrana 
 
 Em repouso, todas as células (incluindo os 
neurônios) são carregadas negativamente em seu 
interior com relação à carga do exterior 
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 
+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + 
+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + Exterior 
Exterior 
Interior 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 
Potencial de repouso da membrana 
 
 A carga negativa é o resultado de uma distribuição 
desigual de íons carregados pela membrana celular; 
 
 Por isso um neurônio é consideradopolarizado e 
essa diferença de carga elétrica é denominada 
POTENCIAL DE REPOUSO DA MEMBRANA 
 (~ -70mV a -90mV). 
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 
+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + 
+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + Exterior 
Exterior 
Interior -70 - -90mV 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 
Potencial de repouso da membrana 
 
 A magnitude do potencial de repouso da membrana nos 
neurônios encontra-se entre -90 mv a -70mv. 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 
Potencial de repouso da membrana 
 
 Essa magnitude é determinada por dois fatores: 
 
1. A permeabilidade da membrana plasmática aos 
diferentes íons; 
 
1. A diferença da concentração iônica dos líquidos 
intra e extracelular. 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 
Potencial de repouso da membrana 
 
 Embora existam vários íons intra e extracelulares, 
os íons sódio, potássio e cloreto estão em maiores 
concentrações; 
 
 Por isso possuem papéis mais importantes na 
geração do potencial de repouso da membrana. 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 
Potencial de repouso da membrana 
 
 A concentração de sódio é maior no exterior da célula; 
 A de potássio é maior no interior da célula. 
ESTADO DE REPOUSO: NEURÔNIO POLARIZADO 
Na+ 
K+ 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 
Potencial de repouso da membrana 
 
 
1. Contribuição do potencial de difusão do potássio 
 
 O potencial de membrana negativo de um neurônio 
em repouso se deve, à difusão do potássio para 
fora da célula; 
 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 
Potencial de repouso da membrana 
 
• 2. Contribuição da difusão do sódio através da 
membrana 
 
 Pequena difusão de íons sódio pelos canais de 
vazamento Na+ para o interior da célula. 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 
Potencial de repouso da membrana 
 
3. Contribuição da bomba de sódio e potássio 
 
• Essa bomba auxilia na geração do potencial de 
repouso da membrana trocando 3 íons sódio 
por 2 íons potássio, gerando grau adicional de 
negatividade. 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 
Potencial de ação (P.A) 
 
• Os sinais neurais são transmitidos por meio de 
potenciais de ação, que são variações muito 
rápidas do potencial de membrana. 
 
 
 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 
Potencial de ação (P.A) 
 
• Cada P.A começa por modificação abrupta do 
potencial de repouso negativo normal para um 
potencial positivo e, em seguida, termina com 
modificação quase tão rápida para o potencial 
negativo. 
 
 
1 
2 
3 
OS CANAIS DE SÓDIO E DE POTÁSSIO VOLTAGEM 
DEPENDENTES 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
• O agente necessário para a produção da despolarização e 
da repolarização, durante o P.A, é o canal de sódio voltagem-
dependente. 
 
• Contudo, o canal de potássio voltagem-dependente também 
tem participação importante ao aumentar a rapidez da 
repolarização da membrana. 
 
• Esses 2 canais voltagem-dependentes existem juntamente com 
a bomba Na+ -K+ e os canais de vazamento Na+ - K+. 
O canal de sódio voltagem-dependente — 
"ativação“ e "inativação" do canal 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 O canal de sódio voltagem-dependente em três 
estados distintos. 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 O canal de potássio voltagem-dependente — 
"ativação" 
e "inativação" do canal 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 
Potencial de ação (P.A): 
 
Fases 
 
1. Fase de repouso. É o potencial de membrana em 
repouso, antes que comece o potencial de ação. A 
membrana está "polarizada”. 
1 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 
Potencial de ação (P.A): 
 
Fases 
 
2. Fase de despolarização: a membrana fica muito 
permeável aos íons Na, o que permite a entrada de 
grande número para o interior do axônio. O estado 
"polarizado" normal de - 90 mV é perdido, com o potencial 
variando rapidamente na direção da positividade 
(Despolarização). 
2 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 
Potencial de ação (P.A): 
 
Fases 
 
2. Fase de despolarização: Potencial de ação 
 
Quando a despolarização atinge um valor crítico (“limiar”), os 
canais de sódio se abrem e é criado um POTENCIAL DE 
AÇÃO ou impulso nervoso. 
 
 
2 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 
 Gerado o P.A, ocorre uma série de trocas iônicas ao 
longo do axônio para a propagação do impulso 
nervoso; 
 
 Essas trocas iônicas ao longo do neurônio ocorrem de 
forma sequencial nos nódulos de Ravier. 
 
 
 
 
Potencial de ação (P.A): 
 
2. Fase de despolarização: Potencial de ação 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 
Potencial de ação (P.A): 
 
Fases 
 
3 
3. Fase de repolarização: Após milésimos de segundo, os 
canais de Na começam a se fechar, enquanto os canais de 
potássio se abrem mais que o normal. Então, a rápida difusão 
dos íons potássio para o exterior restaura o potencial de 
membrana negativo normal do repouso. Isso é chamado de 
“repolarização”. 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 
Potencial de ação (P.A): 
 
Fases 
 
4. Fase de hiperpolarização 
Próximo ao término do P.A a membrana pode ficar 
excessivamente permeável ao K. 
 
Esse efluxo excessivo transfere número extremamente 
elevado de cargas positivas para fora da membrana, 
criando, no interior da fibra, negatividade, deslocando, 
assim, o potencial de membrana para valor mais baixos 
que o potencial de repouso. 
 
Esse é o estado chamado de hiperpolarização 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 
Potencial de ação (P.A): 
 
Fases 
 
5. Período refratário 
Um novo P.A não pode ser produzido enquanto a membrana 
estiver despolarizada pelo P.A precedente. 
 
A razão disso é que, logo depois que se inicia um P.A, os canais 
de sódio (ou de cálcio, ou os dois) ficam inativados e qualquer 
quantidade de sinal excitatório que seja aplicada a esses canais 
nessa fase não irá abrir as comportas de inativação. 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 
Potencial de ação (P.A): 
 
 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 
Potencial de ação 
 
Lei do “tudo ou nada” 
 
 Se um impulso nervoso for iniciado, ele percorrerá toda a 
sua extensão do axônio sem diminuição da voltagem; 
 
 Analogia: disparo de uma arma é tudo ou nada. A arma 
não depende de quão forte você pressionou o gatilho 
 
PROPAGAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
ASPECTOS ESPECIAIS DA TRANSMISSÃO DE SINAIS 
EM TRONCOS NERVOSOS 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
As fibras mais calibrosas são fibras mielínicas (condução 
saltatória), enquanto as mais delgadas são amielínicas 
(condução contínua). 
 
 
ASPECTOS ESPECIAIS DA TRANSMISSÃO DE SINAIS 
EM TRONCOS NERVOSOS 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
Condução "saltatória", de nodo a nodo, nas fibras mielínicas. 
• Muito embora os íons não possam fluir com intensidade 
significativa através das espessas bainhas de mielina, eles 
podem fluir com grande facilidade pelos nodos de Ranvier. 
 
• Os P.As só podem ocorrer nos nodos (condução saltatória) - > 
velocidade 
Velocidade 
ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
velocidade de condução nas fibras nervosas varia 
desde o mínimo de 0,5 m/s, nas fibras amielínicas 
mais delgadas, até cerca de 100 m/s, nas fibras 
mielínicas mais calibrosas 
mais delgadas – velocidade de transmissão mais lenta 
mais calibrosas – velocidade de transmissão mais rápidaATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS 
 
Sinapse 
 
 Pequeno espaço entre os terminais sinápticos do 
neurônio pré-sináptico e um dendrito de um 
neurônio pós-sináptico. 
 
 Os pontos de contato entre o axônio de um 
neurônio e o dendrito de outro. 
Neurotransmissores e transmissão sináptica 
 
 
Sinapse podem ser: 
 
 Elétricas ou Químicas 
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Sinapse Elétricas: 
 
-Comunicação nervosa que dispensa mediadores químicos; 
 
-Neurotransmissão - estabelecida através da passagem direta 
de íons por meio das junções abertas ou comunicantes 
(gap junctions). 
 
-Os canais iônicos ficam acoplados e formas unidades 
funcionais - conexinas. 
 
Neurotransmissores e transmissão sináptica 
 
Sinapse elétrica 
 
Sinapse Elétricas: 
 
 
-A transmissão é muito rápida, mas oferece quase nenhuma 
versatilidade quanto ao controle da neurotransmissão. 
 
-São particularmente úteis nas vias reflexas rápidas e nas 
respostas sincrônicas de alguns neurônios do SNC. 
 
Neurotransmissores e transmissão sináptica 
 
Sinapse elétrica 
 
Sinapse Química: 
 
- Forma de comunicação entre neurônios ou com as células 
efetuadoras por meio de mediadores químicos denominados 
neurotransmissores (NT). 
 
- NT são sintetizados pelos próprios neurônios e 
armazenados dentro de vesículas. Essas vesículas 
concentram-se no terminal axônico e quando os impulsos 
nervosos chegam a esses terminais os NT são liberados por 
meio de exocitose. 
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Sinapse Química: 
 
- A membrana do terminal que libera os NT denomina-se 
membrana pré-sináptica e a imediatamente vizinha, 
membrana pós-sináptica. 
 
- Entre elas há um espaço em torno de 100-500A chamado 
fenda sináptica. 
 
-A interação dos NT com a membrana pós-sinaptica é 
realizada por meio de receptores protéicos altamente 
específicos. 
Neurotransmissores e transmissão sináptica 
 
Um NT tem como características típicas: 
 
1. Ser sintetizado pelos neurônios pré-sinápticos; 
2. Ser armazenado dentro de vesículas e 
armazenados nos terminais axonicos; 
3. Ser exocitado para a fenda sináptica com a 
chegada do PA; 
4. Possuir receptores pós-sinápticos cuja ativação 
causa potenciais pós-sináptico (excitatórios 
ou inibitórios); 
Neurotransmissores e transmissão sináptica 
 
Neurotransmissores e transmissão sináptica 
 
Junção 
neuromuscular 
CARACTERÍSTICAS DO NEUROTRANSMISSOR 
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 Após a liberação no interior da fenda sináptica, 
eles se ligam a “receptores” da membrana alvo, 
produzindo uma série de despolarizações nos 
dendritos e no corpo celular 
Neurotransmissores e transmissão sináptica 
 
 
 
 
 Essas despolarizações são conhecidas como: 
 
Potenciais Excitatórios Pós-Sinápticos 
(PEPSs) 
Neurotransmissores e transmissão sináptica 
 
 
 
 
 Um neurotransmissor comum é a Acetilcolina 
(mesma da junção neuromuscular); 
 
 Liberada na fenda sináptica, ela se liga a 
receptores da membrana pós-sináptica e abre 
canais, permitindo a entrada de sódio no nervo (ou 
célula muscular). 
Neurotransmissores e transmissão sináptica 
 
 
 
 Para previnir a despolarização crônica pós-
sináptica, a acetilcolina é degradada pela enzima 
acetilcolinesterase, removendo o estímulo para a 
despolarização. 
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 Os neurotransmissores podem ser excitatórios ou 
inibitórios; 
 
 Os inibitórios fazem com que o neurônio se torne 
mais negativo (hiperpolarizado); 
 
 Essa hiperpolarização é denominada de 
Potencial Inibitório Pós-Sináptico (PIPS). 
Neurotransmissores e transmissão sináptica 
 
Neurotransmissores e transmissão sináptica 
 
 
 
 
 A consequência é que esse neurônio 
hiperpolarizado resistirá mais à despolarização; 
 
 O fato de um neurônio atingir ou não o limiar 
depende da relação entre o número de PEPS e 
PIPS. 
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 A acetilcolina pode ser tanto inibitório quanto 
excitatório; 
 
 Ela produz despolarização no músculo esquelético, 
mas gera hiperpolarização no coração reduzindo a 
FC (permite maior difusão do potássio para fora da 
célula). 
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