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Neurotransmissão Prof. Isis Suruagy Aula 2: Descrever as propriedades celulares que permitem a comunicação entre neurônios e efetores. Discorrer sobre os fatores que mantêm um potencial de repouso da membrana. Enumerar a sequência de eventos participantes da geração de um potencial de ação neural. Explicar os componentes e as etapas da transmissão de sinais, por sinapses elétricas e químicas. Identificar a importância excitatória e inibitória dos neurotransmissores e descrever a classificação e seu mecanismo de atuação nas sinapses químicas. Descrever a sequência de eventos participantes da geração de um potencial de ação na junção neuromuscular Descrever a classificação e as funções dos neurotransmissores e receptores. PLANO DE AULA Antes vamos entender o transporte de substâncias através da membrana celular CONCENTRAÇÕES IÔNICAS NO LEC E LIC As diferenças são importantes para a vida celular e para transmissão de sinais pelos nervos A barreira lipídica e as proteínas de transporte da membrana celular Barreira lipídica proteínas de transporte Livre movimento da maior parte das moléculas de água entre os compartimentos intra e extracelular. Proteínas de canal: Proteínas Carreadoras A barreira lipídica e as proteínas de transporte da membrana celular Proteínas de canal: contêm espaços ao longo de toda a sua molécula, e permitem o livre movimento de determinados íons e moléculas A barreira lipídica e as proteínas de transporte da membrana celular Proteínas Carreadoras fixam-se às substâncias que vão ser transportadas, e alterações conformacionais da proteína movem as substâncias, ao longo dos interstícios da molécula, até o outro lado da membrana. São extremamente seletivas quanto ao tipo de moléculas ou íons que podem atravessar a membrana. TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR TRANSPORTE PASSIVO TRANSPORTE ATIVO TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR Obs: difusão ou transporte passivo DIFUSÃO TRANSPORTE ATIVO X -Movimento aleatório da substância pelos espaços da membrana ou em combinação com proteína carreadora. -A energia causadora da difusão é a energia do movimento cinético normal da matéria (não gasta energia extra). -Movimento de substâncias, em combinação com PTN, contra um gradiente de energia (ex: de um estado de baixa concentração para outro de alta). -Exige outra fonte de energia além da cinética. TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR DIFUSÃO ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR Difusão simples Difusão facilitada Movimento de moléculas ou íons sem necessidade de fixação a proteínas carreadoras Obs: difusão ou transporte passivo Interação das moléculas ou íons com proteína carreadora que facilita sua passagem Pode ocorrer por 2 percursos: interstícios da bicamada lipídica ou pelos canais aquosos de algumas proteínas de transporte Passam substâncias lipossolúveis (lipossolubilidade alta: O2, N, CO2) TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR DIFUSÃO ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR • Transporte de água e de outras moléculas insolúveis em lipídios -A água é insolúvel nos lipídios da membrana, - porém atravessa facilmente a membrana celular (direto e em sua > parte, pelas proteínas de canal – difusão simples) -Acredita-se que as moléculas sejam pequenas e que sua energia cinética grande - antes que sua característica "hidrofóbica" consiga detê-las. TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR Obs: difusão ou transporte passivo Incapacidade de íons de se difundirem através da bicamada lipídica. Os íons — mesmo os mais pequenos, como os íons hidrogênio, sódio, potássio — só penetram na bicamada lipídica com velocidades cerca de 1 milhão de vezes menores que a da água. Por conseguinte, qualquer transporte significativo desses íons através da membrana celular deve ocorrer pelos canais de proteínas. TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR Incapacidade de íons de se difundirem através da bicamada lipídica. PQ???? (1) a carga elétrica faz com moléculas de água se prendam a esses íons, formando íons hidratados. Aumenta as dimensões dos íons, o que impede a penetração da bicamada lipídica (2) à carga elétrica do íon interage com as cargas da bicamada lipídica e é repelida TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR A difusão simples através dos canais das proteínas e as "comportas" desses canais. • As proteínas de canais formam canais em forma de tubos, que se estendem entre as duas extremidades da molécula, nas faces extra e intracelular da membrana. TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR A difusão simples através dos canais das proteínas e as "comportas" desses canais. • São distinguidos por duas características importantes: (1) são seletivamente permeáveis a determinadas substâncias (2) muitos desses canais podem ser abertos ou fechados por meio de comportas. TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR Permeabilidade seletiva dos diferentes canais protéicos • A maioria dos canais protéicos é seletivo para o transporte de um ou mais íons ou moléculas. • Isso resulta das características do próprio canal, tais como seu diâmetro, forma e a natureza das cargas elétricas nas suas superfícies internas. TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR Permeabilidade seletiva dos diferentes canais protéicos • Um dos mais importantes canais protéicos - canal de sódio - suas superfícies internas, fortes cargas negativas. TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR Permeabilidade seletiva dos diferentes canais protéicos • Uma vez no interior do canal, os íons sódio podem difundir-se em qualquer direção, segundo as leis da difusão. • Por conseguinte, o canal de sódio é especificamente seletivo para a passagem dos íons sódio. TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR Permeabilidade seletiva dos diferentes canais protéicos • Canais de potássio (diâmetros < canal de sódio) - não contêm cargas negativas. • Não existem forças atrativas que puxem os íons para o interior dos canais, e os íons não são retirados das moléculas de água que os hidratam. TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR Permeabilidade seletiva dos diferentes canais protéicos • A forma hidratada do íon potássio é muito < que do q a do sódio, assim podem passar facilmente por esse canal mais estreito, ao passo que os íons sódio são rejeitados, o que, causa permeabilidade seletiva para um tipo de íon. TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR Permeabilidade seletiva dos diferentes canais protéicos TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR As comportas dos canais protéicos • Comportas - meio de controle da permeabilidade dos canais. • A abertura e o fechamento das comportas são controlados por 2 modos principais: 1. Comportas voltagem-dependentes 2. Comportas ligante-dependentes TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR As comportas dos canais protéicos 1. Comportas voltagem-dependentes • Depende do potencial elétrico da membrana • Ex: qdo existe forte carga negativa no interior da membrana, os canais de sódio permanecem fechados; - - - - -+-+- TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR As comportas dos canais protéicos • Por outro lado, quando o interior da membrana perde sua carga negativa, as comportas se abrem, permitindo a passagem de quantidades imensas de sódio para o interior da célula. - - - - - +-+- TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR As comportas dos canais protéicos 1. Comportas voltagem-dependentes Essa é a causa básica dos potenciais de ação (P.A) dos nervos, responsáveis pelos sinais neurais. As comportas de potássio também abrem quando o interior da membrana celular fica carregado positivamente, mas essa resposta é bem mais lenta que a das comportas de sódio. - - - - - +-+- TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR As comportas dos canais protéicos 2. Comportas ligante-dependentes • São abertas quando outra molécula se fixa à proteína; isso produz alteração conformacional da molécula de proteína que abre ou fecha a comporta TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR As comportas dos canais protéicos 2. Comportas ligante-dependentes Ex: é o efeito da acetilcolina sobre o canal de acetilcolina. Permite a passagem de todas as moléculas e íons positivos com diâmetros menores que o do poro. Essa comporta é especialmente importante na transmissão de sinais de uma cél nervosa a outra, e de uma cél nervosa à cél muscular. TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR DIFUSÃO ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR Difusão simples Difusão facilitada Movimento de moléculas ou íons sem necessidade de fixação a proteínas carreadoras Obs: difusão ou transporte passivo Interação das moléculas ou íons com proteína carreadora que facilita sua passagem, Pode ocorrer por 2 percursos: interstícios da bicamada lipídica ou pelos canais aquosos de algumas proteínas de transporte Passam substâncias lipossolúveis (lipossolubilidade alta: O2, N, CO2) TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR DIFUSÃO FACILITADA • Entre as mais importantes substâncias que atravessam a membrana por difusão facilitada devem ser citadas a glicose e a maioria dos aminoácidos. TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR OSMOSE ATRAVÉS DE MEMBRANAS SELETIVAMENTE PERMEÁVEIS – A DIFUSÃO EFETIVA DE ÁGUA TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR Transporte ativo Nenhuma substância pode difundir-se contra um "gradiente eletroquímico"' Quando a membrana celular transfere moléculas ou íons contra um gradiente de concentração o processo é chamado de transporte ativo (e há gasto de energia). Sofrem transporte ativo: íons sódio, potássio, cálcio, ferro, hidrogênio, cloreto, iodeto, urato, diversos e distintos açúcares e a maioria dos aminoácidos TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR Transporte ativo • 2 tipos de transporte ativo, segundo a fonte de energia utilizada para o transporte • Ativo primário - energia é derivada diretamente da degradação do ATP ou de qualquer outro composto de fosfato rico em energia • Ativo secundário - derivada, secundariamente, de gradientes iônicos que foram criados, em primeiro lugar, por transporte ativo primário • Depende de proteínas carreadoras TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR Transporte ativo primário – A “bomba” de sódio/potássio • bomba de sódio-potássio - bombeia os íons sódio para fora, através da membrana celular, enquanto, ao mesmo tempo, bombeia os íons potássio de fora para dentro Ativo primário TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR Transporte ativo primário – A “bomba” de sódio/potássio • Presente em todas as células - responsável pela manutenção das diferenças de [ ] de sódio e de potássio através da membrana celular, • É a base do funcionamento nervoso de transmissão de sinais nervosos por todo o sistema nervoso. TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR Transporte ativo primário – A “bomba” de sódio/potássio • Controla volume celular - qdo a cél começa a inchar, isso ativa, a bomba Na+-K+, que transfere mais íons para o exterior, levando água com eles. • Por conseguinte, a bomba Na+-K+, exerce papel permanente de vigilância para a manutenção do volume normal da célula. TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR Transporte ativo primário – A “bomba” de sódio/potássio • O fato da bomba Na+-K+, transportar 3 íons Na+ para o exterior, em troca de 2 íons K+ transportados para o interior, implica a efetiva transferência de uma carga + para o exterior, a cada ciclo da bomba. TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR Transporte ativo primário – A “bomba” de sódio/potássio • Isso gera positividade no exterior, mas cria déficit de íons positivos no interior; isto é, ela produz negatividade nesse interior. Como resultado, a bomba Na+-K+ é dita eletrogênica, por criar um potencial elétrico através da membrana como consequência de seu bombeamento. Obs: outro exemplo: Bomba de Cálcio +++++ ----- TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR Transporte ativo primário – A “bomba” de sódio/potássio Ativo secundário co-transporte e contratransporte O NEURÔNIO: A CÉLULA NERVOSA A unidade funcional do sistema nervoso é o neurônio (componente básico do sistema nervoso e neuromuscular); Anatomicamente, os neurônios podem ser divididos em 3 partes: Corpo celular Dendritos Axônio Corpo celular: é o centro de operação do neurônio; Dendritos: são as fibras que se estendem do corpo celular. São responsáveis pela recepção da informação de outros neurônios Axônio: transmite a informação do corpo celular em direção a outro neurônio ou a um órgão efetor (músculo). O NEURÔNIO: A CÉLULA NERVOSA Axônio • Variam de tamanho (alguns milímetros a um metro); • Cada neurônio possui somente um axônio, porém pode se subdividir em vários ramos colaterais que terminam em outros neurônios, células musculares ou glândulas. O NEURÔNIO: A CÉLULA NERVOSA SINAPSE Os pontos de contato entre o axônio de um neurônio e o dendrito de outro. Nas fibras nervosas grandes (ex: as que inervam o músculo esquelético), os axônios são revestidos por uma camada de células denominadas CÉLULAS DE SCHWANN; As membranas dessas células contêm grande quantidade de BAINHA DE MIELINA. O NEURÔNIO: A CÉLULA NERVOSA Existem intervalos entre os segmentos da bainha de mielina ao longo do axônio denominados de NÓDULOS DE RANVIER. O potencial de ação (PA) salta de nódulo em nódulo a fibra mielinizada, sendo mais rápida do que as não-mielinizadas. O NEURÔNIO: A CÉLULA NERVOSA ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Considera-se que o impulso nervoso é o sinal elétrico transmitido ao longo do axônio; Esse sinal elétrico é iniciado por algum estímulo, que causa uma alteração da carga elétrica do neurônio. ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Potencial de repouso da membrana Em repouso, todas as células (incluindo os neurônios) são carregadas negativamente em seu interior com relação à carga do exterior - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + Exterior Exterior Interior ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Potencial de repouso da membrana A carga negativa é o resultado de uma distribuição desigual de íons carregados pela membrana celular; Por isso um neurônio é consideradopolarizado e essa diferença de carga elétrica é denominada POTENCIAL DE REPOUSO DA MEMBRANA (~ -70mV a -90mV). - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + Exterior Exterior Interior -70 - -90mV ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Potencial de repouso da membrana A magnitude do potencial de repouso da membrana nos neurônios encontra-se entre -90 mv a -70mv. ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Potencial de repouso da membrana Essa magnitude é determinada por dois fatores: 1. A permeabilidade da membrana plasmática aos diferentes íons; 1. A diferença da concentração iônica dos líquidos intra e extracelular. ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Potencial de repouso da membrana Embora existam vários íons intra e extracelulares, os íons sódio, potássio e cloreto estão em maiores concentrações; Por isso possuem papéis mais importantes na geração do potencial de repouso da membrana. ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Potencial de repouso da membrana A concentração de sódio é maior no exterior da célula; A de potássio é maior no interior da célula. ESTADO DE REPOUSO: NEURÔNIO POLARIZADO Na+ K+ ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Potencial de repouso da membrana 1. Contribuição do potencial de difusão do potássio O potencial de membrana negativo de um neurônio em repouso se deve, à difusão do potássio para fora da célula; ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Potencial de repouso da membrana • 2. Contribuição da difusão do sódio através da membrana Pequena difusão de íons sódio pelos canais de vazamento Na+ para o interior da célula. ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Potencial de repouso da membrana 3. Contribuição da bomba de sódio e potássio • Essa bomba auxilia na geração do potencial de repouso da membrana trocando 3 íons sódio por 2 íons potássio, gerando grau adicional de negatividade. ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Potencial de ação (P.A) • Os sinais neurais são transmitidos por meio de potenciais de ação, que são variações muito rápidas do potencial de membrana. ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Potencial de ação (P.A) • Cada P.A começa por modificação abrupta do potencial de repouso negativo normal para um potencial positivo e, em seguida, termina com modificação quase tão rápida para o potencial negativo. 1 2 3 OS CANAIS DE SÓDIO E DE POTÁSSIO VOLTAGEM DEPENDENTES ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS • O agente necessário para a produção da despolarização e da repolarização, durante o P.A, é o canal de sódio voltagem- dependente. • Contudo, o canal de potássio voltagem-dependente também tem participação importante ao aumentar a rapidez da repolarização da membrana. • Esses 2 canais voltagem-dependentes existem juntamente com a bomba Na+ -K+ e os canais de vazamento Na+ - K+. O canal de sódio voltagem-dependente — "ativação“ e "inativação" do canal ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS O canal de sódio voltagem-dependente em três estados distintos. ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS O canal de potássio voltagem-dependente — "ativação" e "inativação" do canal ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Potencial de ação (P.A): Fases 1. Fase de repouso. É o potencial de membrana em repouso, antes que comece o potencial de ação. A membrana está "polarizada”. 1 ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Potencial de ação (P.A): Fases 2. Fase de despolarização: a membrana fica muito permeável aos íons Na, o que permite a entrada de grande número para o interior do axônio. O estado "polarizado" normal de - 90 mV é perdido, com o potencial variando rapidamente na direção da positividade (Despolarização). 2 ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Potencial de ação (P.A): Fases 2. Fase de despolarização: Potencial de ação Quando a despolarização atinge um valor crítico (“limiar”), os canais de sódio se abrem e é criado um POTENCIAL DE AÇÃO ou impulso nervoso. 2 ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Gerado o P.A, ocorre uma série de trocas iônicas ao longo do axônio para a propagação do impulso nervoso; Essas trocas iônicas ao longo do neurônio ocorrem de forma sequencial nos nódulos de Ravier. Potencial de ação (P.A): 2. Fase de despolarização: Potencial de ação ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Potencial de ação (P.A): Fases 3 3. Fase de repolarização: Após milésimos de segundo, os canais de Na começam a se fechar, enquanto os canais de potássio se abrem mais que o normal. Então, a rápida difusão dos íons potássio para o exterior restaura o potencial de membrana negativo normal do repouso. Isso é chamado de “repolarização”. ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Potencial de ação (P.A): Fases 4. Fase de hiperpolarização Próximo ao término do P.A a membrana pode ficar excessivamente permeável ao K. Esse efluxo excessivo transfere número extremamente elevado de cargas positivas para fora da membrana, criando, no interior da fibra, negatividade, deslocando, assim, o potencial de membrana para valor mais baixos que o potencial de repouso. Esse é o estado chamado de hiperpolarização ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Potencial de ação (P.A): Fases 5. Período refratário Um novo P.A não pode ser produzido enquanto a membrana estiver despolarizada pelo P.A precedente. A razão disso é que, logo depois que se inicia um P.A, os canais de sódio (ou de cálcio, ou os dois) ficam inativados e qualquer quantidade de sinal excitatório que seja aplicada a esses canais nessa fase não irá abrir as comportas de inativação. ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Potencial de ação (P.A): ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Potencial de ação Lei do “tudo ou nada” Se um impulso nervoso for iniciado, ele percorrerá toda a sua extensão do axônio sem diminuição da voltagem; Analogia: disparo de uma arma é tudo ou nada. A arma não depende de quão forte você pressionou o gatilho PROPAGAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS ASPECTOS ESPECIAIS DA TRANSMISSÃO DE SINAIS EM TRONCOS NERVOSOS ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS As fibras mais calibrosas são fibras mielínicas (condução saltatória), enquanto as mais delgadas são amielínicas (condução contínua). ASPECTOS ESPECIAIS DA TRANSMISSÃO DE SINAIS EM TRONCOS NERVOSOS ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Condução "saltatória", de nodo a nodo, nas fibras mielínicas. • Muito embora os íons não possam fluir com intensidade significativa através das espessas bainhas de mielina, eles podem fluir com grande facilidade pelos nodos de Ranvier. • Os P.As só podem ocorrer nos nodos (condução saltatória) - > velocidade Velocidade ATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS velocidade de condução nas fibras nervosas varia desde o mínimo de 0,5 m/s, nas fibras amielínicas mais delgadas, até cerca de 100 m/s, nas fibras mielínicas mais calibrosas mais delgadas – velocidade de transmissão mais lenta mais calibrosas – velocidade de transmissão mais rápidaATIVIDADE ELÉTRICA NOS NEURÔNIOS Sinapse Pequeno espaço entre os terminais sinápticos do neurônio pré-sináptico e um dendrito de um neurônio pós-sináptico. Os pontos de contato entre o axônio de um neurônio e o dendrito de outro. Neurotransmissores e transmissão sináptica Sinapse podem ser: Elétricas ou Químicas Neurotransmissores e transmissão sináptica Sinapse Elétricas: -Comunicação nervosa que dispensa mediadores químicos; -Neurotransmissão - estabelecida através da passagem direta de íons por meio das junções abertas ou comunicantes (gap junctions). -Os canais iônicos ficam acoplados e formas unidades funcionais - conexinas. Neurotransmissores e transmissão sináptica Sinapse elétrica Sinapse Elétricas: -A transmissão é muito rápida, mas oferece quase nenhuma versatilidade quanto ao controle da neurotransmissão. -São particularmente úteis nas vias reflexas rápidas e nas respostas sincrônicas de alguns neurônios do SNC. Neurotransmissores e transmissão sináptica Sinapse elétrica Sinapse Química: - Forma de comunicação entre neurônios ou com as células efetuadoras por meio de mediadores químicos denominados neurotransmissores (NT). - NT são sintetizados pelos próprios neurônios e armazenados dentro de vesículas. Essas vesículas concentram-se no terminal axônico e quando os impulsos nervosos chegam a esses terminais os NT são liberados por meio de exocitose. Neurotransmissores e transmissão sináptica Sinapse Química: - A membrana do terminal que libera os NT denomina-se membrana pré-sináptica e a imediatamente vizinha, membrana pós-sináptica. - Entre elas há um espaço em torno de 100-500A chamado fenda sináptica. -A interação dos NT com a membrana pós-sinaptica é realizada por meio de receptores protéicos altamente específicos. Neurotransmissores e transmissão sináptica Um NT tem como características típicas: 1. Ser sintetizado pelos neurônios pré-sinápticos; 2. Ser armazenado dentro de vesículas e armazenados nos terminais axonicos; 3. Ser exocitado para a fenda sináptica com a chegada do PA; 4. Possuir receptores pós-sinápticos cuja ativação causa potenciais pós-sináptico (excitatórios ou inibitórios); Neurotransmissores e transmissão sináptica Neurotransmissores e transmissão sináptica Junção neuromuscular CARACTERÍSTICAS DO NEUROTRANSMISSOR L ib e ra çã o d o N e u ro tr an sm is so r – P ap e l d o C ál ci o – Após a liberação no interior da fenda sináptica, eles se ligam a “receptores” da membrana alvo, produzindo uma série de despolarizações nos dendritos e no corpo celular Neurotransmissores e transmissão sináptica Essas despolarizações são conhecidas como: Potenciais Excitatórios Pós-Sinápticos (PEPSs) Neurotransmissores e transmissão sináptica Um neurotransmissor comum é a Acetilcolina (mesma da junção neuromuscular); Liberada na fenda sináptica, ela se liga a receptores da membrana pós-sináptica e abre canais, permitindo a entrada de sódio no nervo (ou célula muscular). Neurotransmissores e transmissão sináptica Para previnir a despolarização crônica pós- sináptica, a acetilcolina é degradada pela enzima acetilcolinesterase, removendo o estímulo para a despolarização. Neurotransmissores e transmissão sináptica Os neurotransmissores podem ser excitatórios ou inibitórios; Os inibitórios fazem com que o neurônio se torne mais negativo (hiperpolarizado); Essa hiperpolarização é denominada de Potencial Inibitório Pós-Sináptico (PIPS). Neurotransmissores e transmissão sináptica Neurotransmissores e transmissão sináptica A consequência é que esse neurônio hiperpolarizado resistirá mais à despolarização; O fato de um neurônio atingir ou não o limiar depende da relação entre o número de PEPS e PIPS. Neurotransmissores e transmissão sináptica A acetilcolina pode ser tanto inibitório quanto excitatório; Ela produz despolarização no músculo esquelético, mas gera hiperpolarização no coração reduzindo a FC (permite maior difusão do potássio para fora da célula). Neurotransmissores e transmissão sináptica
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