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Os elementos primordiais de Hans kelsen A ciência jurídica, segundo Hans Kelsen, fora concebida conforme uma concepção positivista, descritiva, anti-ideológica e afastada da idéia de justiça. Tudo com o objetivo de criar uma teoria pura do direito, afastada da influência de outras ciências, tais como a sociologia e a física. A distinção entre ser e dever ser é um dos temas fundamentais da Teoria Pura do Direito e é o conceito que permite ao autor explicitar o seu conceito de ciência. A inter-relação entre o direito e a ciência constitui-se em primeiro plano sob o aspecto da norma jurídica, e em segundo plano sob a ótica de seu conteúdo através da conduta humana, gerando tal dualismo sempre sob a validade formal. Segundo Kelsen não importa, destarte, à ciência jurídica, uma avaliação de eficácia ou não da norma, mas tão somente sob o aspecto formal uma condição de adaptação entre o ato e a conduta (“ser” - causalidade e “dever ser” - imputação) donde 1 Kelsen distingue dois tipos diferentes de sistema de normas conforme sua natureza de fundamento de validade, quais sejam, o dinâmico e o estático, vide, se conclui o afastamento da ciência jurídica de qualquer análise de descrição dos fatos sociais. Observa-se, entretanto que a função essencial da ciência jurídica é servir à sociedade, como meio de regular situações e pacificar conflitos. Não pode, pois, ser classificada como purante descritiva, pois a ciência jurídica, ao mesmo tempo que descreve a realidade, a contrói e renova constantemente. Kelsen acreditava, igualmente, em uma ciência jurídica anti-ideológica, pois considerava a ideologia aproximava o Direito da política e de uma falsa realidade, representando um elemento de impureza. O que se buscou, na realidade, foi afastar a metafísica da ciência jurídica. Entretanto, esvaziar o Direito de todo e qualquer conteúdo, apresentando-o como algo estático e imutável, ou seja, dogmático, jamais pode ser considerado ciência, de acordo com a concepção atual. Na realidade, ao conceber esse modelo de ciência jurídica puramente positivista, Kelsen buscou legitimar sua teoria e afastá-la de críticas indesejáveis. A ciência jurídica contemporânea, ao contrário do que pregava Hans Kelsen, mostra-se, propositadamente, inabada, para que dessa forma possa se ajustar às necessidades humanas. A norma jurídica para Kelsen possui dois destinatários, ou seja, para verificarmos se uma norma é eficaz devemos observar tanto o comportamento dos indivíduos, essa norma é efetivamente aplicada pelos juízes nos tribunais. http://ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13351&revista_caderno=15
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