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JECRIM - Juizado Especial Criminal

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GESTÃO, TEMPO, TRABALHO E SOFRIMENTO: A ECONOMIA DAS TROCAS PUNITIVAS A PARTIR DE UMA ETNOGRAFIA DE JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS
5º texto – 2º Bim
Introdução
Fenômeno caracterizado pela diversificação e pela flexibilização nas formas de punir (medidas terapêuticas, uso de tornozeleiras eletrônicas, sanções restitutivas e de caráter comunitário, entre outras alheias a prisão);
Os mecanismos utilizados são vistos como estratégias de “aceleração de punição” -> uma nova clientela de baixa ou nenhuma periculosidade -> visa ampliar a atuação estatal e diminuir os gatos;
As alternativas a prisão visão maximizar as respostas estatais -> através de um gerenciamento menos culposo e apoiado na comunidade.
JECRIM -> aceleração de punição -> para penas que não excedam 2 anos de prisão se adota um procedimento judicial mais flexível que não culmina em prisão, mas em modalidades alternativas de sanção, como prestação de serviços a comunidade e as penas de caráter monetário;
Acordo entre o suspeito e o promotor -> a chamada transação penal -> é oferecida ao suspeito a possibilidade de não ser processado;
A lei prevê a possibilidade de composição cível -> reparação do dano causado;
Todavia há preocupação com a produção de desfechos dos acordos, nos moldes de uma justiça “linha de produção”.
As trocas por punição: regras do jogo
A transação penal ocorre na chamada audiência preliminar -> devem estar presentes as partes, o juiz e o advogado ou defensor público do suspeito -> pode resultar em pena de caráter monetário, prestação de serviços a comunidade ou limitação da liberdade aos finais de semana.
Penas de caráter monetário: 1- Prestação pecuniária (podendo ter várias destinação e ser revertida em cestas básicas) 2 – Multa (com destinação para o Fundo Penitenciário).
Duas preferências punitivas: dinheiro para os carentes e serviço comunitário
Maiores desfechos das audiências (transação penal) = prestação pecuniária e PSC.
Mercantilização da punição;
O juiz é responsável pelo cumprimento do acordo feito na audiência -> não intervêm no mento em que esta se realiza, pois quem estabelece a transação penal é o promotor ->mas o juiz pode influenciar em como deve ser aplicada -> garantia de que o caso não voltará para a abarrotada justiça criminal.
PSC -> prestação extremamente individual; mais sujeita a prescrição -> portanto, exige fiscalização redobrada (não dá para saber se está sendo efetuada de maneira correta)
Pecuniária -> pode ser socializada 
Por essas e outras se dá preferência a prestação pecuniária.
O serviço comunitário para a democratização da punição
PSC -> utilizada como contraproposta para a efetuação da transação penal -> permite a democratização penal
Com o surgimento do capitalismo a fiança se tornou destinado aos ricos e a punição aos pobres. 
Segundo os promotores tem que se ponderar a gravidade do fato e a pena que será da dada -> efetivo peso
O promotor não detém informações de como será a PSC;
1 salário mínimo (prestação pecuniária) =1 mês de PSC com oito horas semanais trabalhadas;
Tempo e trabalho: a semântica do sofrimento na pena de serviço comunitário.
Em determinados casos julgados como mais severos é considerada apenas a PSC, pois esta traz a ideia e sensação de punição;
Cabe ao promotor estipular o tempo de PSC, podendo haver discrepâncias entre um ou outro promotor; 
A PSC -> deixa mais marcas na memória do que a prestação pecuniária -> opera na mágica lógica da prisão -> guarda uma garantia de sofrimento.

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