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RC7J R 1G- c. _,~., R &....:~ L L ;_; 
PODt~.M ~~i#Wi•W~W±Mi CURSO !NTENSIVO 2000.1 D. ADMINISTRATIVO Profa Ede/amare Melo 
CENTRO P!IEPARATORIO PAR' CARREIRA JURtCICA 
Fones: 351.1343 I 354.4925 I 9989.1 792 
APONTAMENTOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
1. INTRODUCAO 
1. 0 DIREITO ADMINISTRATIVO NA METODOLOGIA DA CIENCIA. 
.2 ~ 6 '--:__ :o ?:, cy, r 
CJG; iS 7-9A 9 s 
2. POLiTICA, DiREITO E ADMINISTRA9AO. BASES POL[TICAS, CONSTITUCIONAIS E SOCIAlS DO 
DIREITO ADMINISTRATIVO; 
1. 0 0!REITO AIJMINISTR_A,TIVO NA, METODOLOGIA DA CIENCIA 
1. 1. LiNGUAGEM E DIREITO ADMINISTRATIVO. lmportancia da Teoria Geral do Direito e do Direito Administrative. 
0 que e definir ? Qual o sentido das palavras ? Que e e para que serve a classificac;ao ? 0 que e natureza ou 
essencia de uma instituigao jurfdica ? 
1.1.1 A deffnigao das palavras no Direito Administrative como problema metodol6gico. Elementos a 
considerar na estipulagao de definigoes. Definigao e classificagao 
1.1.2.A textura aberta da Linguagem ordinaria e da linguagem jurfdica. 
1.1.3. 0 uso comum ou convencional das palavras. 0 uso comum e a liberdade de estipulagao. A liber-
dade de estipulagao e a palavra no Direito Administrative. 
2. PASSADO, PRESENTEE FUTURO DO DIREITO ADMINISTRATIVO. 
2.1. 0 DIRE!TO ADMINISTRATIVO NO EST ADO DE POLiCIA (Monarquias Abso[utas) c:> direito ilimitado para adminis-
trar; nao reconhecimento de direitos do indivfduo !rente ao soberano. 0 particular e um objeto do poder estatal, 
nao um sujeito .que se relaciona com ele. 
2.2. OS PRINC[PIOS DO PASSADO 
a. lndemandabilidade do soberano; 
B. lrresponsabilidade do soberano c:> o soberano nao provocava danos, no sentido jurfdico, logo nao era 
responsavel por danos materiais. 
' 
C. 0 ato do prfncipe = ato de Deus 
D. Dupla personalidade do Estado. Teoria do Fisco c:> manifestagao privada do soberano, colocando-se 
em plano de igualdade com os particulares. 
E. A Jurisdigao Administrativa. 0 soberano decidia por si as contendas entre as partes. 
F. Poder de Polfcia c:> Poder estatal juridicamente ilimitado de coagir e ditar ordens para realizar o que o 
soberano julgasse conveniente. 
. 
3. 0 DIREITO ADMINISTRATIVO NO PRESENTEE NO FUTURO. 
3.1. 0 ESTABIO POLiTICO ATUAL DA EVOLUc;i\o HIST6RICA. 0 EST ADO DE DIREITO. 
3.2. NOVO IMPULSO DO DIREITO ADMINISTRATIVO. 
Novas desafios da vida moderna. lntegragao economica e jurfdica entre pafses. A mudanga social e a 
Administragao Publica. A motivagao dos atos administrativos como exigencia polftica c:> dever jurfdico, po-
litico, social e cultural. Participagao popular. Necessidade de aprimoramento dos 6rgaos de controle da 
atividade administrativa. Novas 6rgaos e modalidades de controle:: independencia do Ministerio Publico; 
previsao de meios de participagao semi-direta e direta: a consulta popular. 
4. BASES POLiTICAS, CONSTITUCIONAIS E SOCIAlS DO DiREITO ADMINISTRATIVO. 
5. BASES POLiTICAS 
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~:''' 
PODI-"'" M CURSO INTENSIVO D. ADMINISTRATIVO 
. 2000.1 Profa Edelamare Melo 
2 
CENTilO PREPAAATORIO PARA CAAREIU. JURIDICA 
Fones: 351,1343 /354,4925/9989,1792 
A. LIBERDADE X AUTORIDADE NO DIREITO ADMINISTRATIVO. Do despotismo estatal Sabre OS individuos a exa-
cerbagao do individuo !rente a sociedade. 0 anseio pelo equilibria individuo I sociedade, individual Esta-
do. 
B. TEORIAS ESTADISTAS DO DIREITO ADMINISTRATIVO X TAREFA ESSENCIAL DO DIREITO ADMINISTRATIVO = 
Protegao da liberdade humana. 
C. Orientagao a seguir: A liberdade como leit motiv de tudo o que se pensa e resolve em DIREITO 
ADMINISTRATIVO ¢ PREOCUPAQAO: BUSCA DO EQUILiBRIO. 
D. A DIVISAO DE PODERES E 0 DIREITO ADMINISTRATIVO. Teoria concebida como garantia da liberdade para 0 
que poder contivesse o poder atraves de controle mutua e integra<;:ao dos tres grandes 6rgaos do Estado: 
Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciario. Quest6es: Qual e, realmente, o equilibria previsto 
na Constitui<;:ao ? 0 que ocorre na realidade ? Que tendencias devemos evitar ? 
"' D.1. 0 EQUILiBRIO TEORICO DOS PoDERES. A constituigao contempla um determinado equilibria, no qual 
ha hierarquia relativa dos Poderes. 
A) supremacia constitucional do Poder Legislative sabre o Poder Executivo: 0 poder executivo 
disp6e sabre os gastos do Poder Executivo em Lei Or<;:amentaria; 
b) Embora haja possibilidade de veto, pode o Legislative insistir em sua aprovagao. 
A supremacia constitucional do Poder Judiciario sabre o Poder Legislativo, ante a possibilidade de declara-
<;:ao da antijuridicidadel inconstitucionalidade das leis . 
./ D.2. 0 DESEQUILiBRIO REAL. CAUSAS POLITICAS E SOCIAlS. 0 Poder Executivo nao esta submetido ao Po-
der Legislativo, ao reves, este depende daquele. 0 enfraquecimento do Poder Judiciario " Os juizes 
entendem, com desacerto, que tem certa responsabilidade po/ftica na condut;ao do governo, sob essa 
imprecisaa julgam muito benevo/amente os atos do mesmo, entendendo assim cooperar com ele. Nova 
hierarquia: Poder Executivo, Poder Legislativo, Poder Judiciario. 
"' D.3. Criteria a adotar: Corrigir os defeitos do sistema para que funcione bem, de forma que possamos 
chegar ao Estado de Bem Estar atraves do Estado de Direito c:> Necessidade de supera<;:ao da crise 
do Legislativo e do Judiciari~. 
E. DO SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS A FRATURA DO PODER COMO CONTROLE. 
"' E.1. A TRANSFERENCIA E FRATURA DO PoDEr. A cria<;:ao de novas 6rgaos de controle. Velhos 6rgaos, no-
vas procedimentos. 0 controle do Poder Econ6mico c:> Tutela dos direitos dos usuarios e consumido-
res !rente a monop61ios. 
F. A TRANSFERENCIA DE PODER E CONTROLE ESTATAIS: autoridades administrativas independentes : ESTA-
TAJS: a defensoria publica, o Ministerio Publico; os Estados e Municipios. nao ESTATAJS: Partidos Po-
liticos. Associag6es. 
G. 0UTRAS TRANSFERENCIAS DE PODER. 0 PODER EXECUTIVO ¢ Limitagao substancial de sua faculdade re-
gulamentar. Delegag6es Legislativas. Medidas Provis6rias. Poder Legislative c:> Limita<;:ao quanta ao 
modo de exercicio : maior participagao popular. A iniciativa popular. 0 Poder Judiciario X A Corte lnterna-
cional de Direitos Humanos. A ratificagao dos Tratados. 
BASES DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
0:• BASES CONSTITUCIONAIS. 
0 Direito Administrative e a organizagao estatal tem uma estrutura formal e tipos de principios basicos que 
diferem segundo o sistema constitucional adotado e a maneira segundo a qual a Constituigao organizou e 
constituiu o Estado. A relagao entre povo e Estado determina a estrutura do Direito Constitucional, Administra-
tive e a organizagao estatal. A soberania popular como procedimento. a personalidade do Estado no sistema 
do Estado de Direitoc:> as faculdades do Estado emergem sempre de uma ordem juridica previa que !he tem 
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CURSO INTENSIVO 0. ADMINISTRATJVO 3 
.. 2000.1 Profa Ede/amare Melo 
''"" Fones: 351.1343 I 354.4925 I 9989.1792 
sido imposta c:> atua9ao do estado submetida a ordem jurfdica c:> o Estado tern personalidade jurfdica una e os 
particulares titularizam direitos subjetivos. Preexistencia dos direitos individuals a todo ato estatal. A Natureza 
imperativa das normas que estabelecem direitos dos indivfduos .. lnstitui96es adjetivas: Mandado de seguran9a, 
Habeas data, Habeas Corpus, Mandado de lnjun9ao, 
•!• BASES SOCIAlS 
Os direitos individuals no Estado de Direito. 0 estado de Bern Estar ou Estado Social de Direito. Fundamento: 
nivela9ao das desigualdades c:> lgualdade = metal aspira9ao da ordem jurfdica c:> de garantia negativa da liber-
dade e propriedade, a influxo positivono processo de produc;:ao e rle distribuic;ao de riquezas, 
2. DIREtTO ADMINISTRATIVO 
CONCEITO 
(a) CONCEITO E 0BJETO DO DIREITO CONSTITUCIONAL. Ordenac;ao jurfdica do Estado- Poder e do Estado-
Sociedad~. Constitui9ao Material x Constitui9ao Formal. A9ao do Estado-Poder: Normativa, Executiva e 
Judicial . Orgaos fundamentals do estado -poder. Valor formal dos atos jurfdicos e sua for9a: ato legislative 
c:> for9a inovat6ria da ordem jurfdica. ato executive c:> presunc;;ao de veracidade . consequencia: autotutela/ 
autoexecutoriedade. Atos Judiciaries c:> Coisa Julgada, a imutabilidade dos efeitos da senten9a. 
(b) FUN96ES FUNDAMENTAlS DO ESTADO·PODER. Teoria da Trfplice fun980 do Estado (Montesquieu) X Teoria 
Dual: Poder Politico, operative em duas lases: normatiza980 e execu9ao X Poder Jurfdico ( Judiciario, atu-
a9ao do direito, busca assesgurar o direito vigente). 
ADMINISTRACfAO JURISDI9AO 
0 Estado-Poder pratica atos como parte. 0 0 Estado-Poder atua como terceiro desinteres-
direito e instrumento de efetiva<fao da utilidade sado, imparcial na composi9ao de conflitos de 
publica. interesses/ controversies. atua9ao substitutive. o 
direito e o proprio objeto da a9ao 
' 
As Fun96es Legislative e Executive como express6es distintas da mesma faculdade do estado - poder, a reali-
za9ao e integra<fao da ordem social. Gerencia dos neg6cios do Estado-sociedade peia exterioriza9ao da von-
lade do Estado-Poder atraves de delibera9ao normativa e sua execu9ao com vistas ao bern comum. Carre de 
Malberg: Sob o ponto de vista objetivo, os atos jurfdicos do Legislatlvo e do Executive nao tern finalidades 
diversas: concorrem para a organiza9ao da autoridade publica e servi9os estatais para assegurar a ordem pu-
blica e desenvolver o bern estar coletivo. 
OBJETO 
c:> Ordenamento do Estado -Poder, compreendendo os meios, modos e forma de sua a9ao, efetuada de modo 
imediato e direto na consecu9ao do seu lim de cria9ao da utilidade publica. 0 Direito Administrative e ramo do 
Direito Publico porque regula a organiza9ao do Estado-Poder e a sua a9ao, daf o regime autoritario de suas 
normas e dos atos jurfdicos concretes que dizem respeito a sua atua9ao. (Osvaldo Aranha Bandeira de Mello, 
p. 45) 
NATUREZA JURiDICA 
c:> Direito Adjetivo porque tern por objeto a organiza9aci administrative e dos atos jurfdicos pertinentes a a9ao 
administrativa, dai o emprego da expressao Direito Administrative em dais sentidos: 
a) SUBJETIVO c:> REFERIDO A ORGANIZAQAO 
B) OBJETIVO c:> REFERIDO A MANIFESTAQAO DA AQAO ADMINISTRATIVA. 
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IRA JURICI 
CURSO INTENSIVO 
2000.1 
Fones: 351.1343 1 354.4925 I 9989.1792 
D. ADMINISTRATIVO 
Prof" Edelamare Melo 
4 
\ A ordem juridica estatal compreende: 
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a) Normas jurfdicas de organiza~ao e limites de atua~ao o:> Objeto de Estudo do Direito Constitucional 
b) 0 exercfcio da a~ao Negativa ( = condicionamento no exercfcio dos direitos de liberdade e propriedade) 
e Positiva ( disp6e sabre o programa de a~ao, de ingerencia do Estado-Poder no Estado-Sociedade) o:> 
Objeto de estudo do Direito Administrative 
FONTES 
FONTES. 1. CONCEITO E CLASSIFICA9AO DE FONTES. 2. FONTES SUPRANACIONAIS DE DIREITO ADMI-
NISTRATIVO. 2.3. FONTES NACIONAIS E SUPRANACIONAIS DO DIREITO ADMINISTRATIVO: 1- FONTES FORMAlS: 
A CONSTITU19AO; A LEI. OS REGULAMENTOS. FONTES MATERIAlS: JURISPRUDENCIA; COSTUMES; DOUTRINA. 
0 DIREITO ADMINISTRATIVO COMO FONTE E OBJETO DE CONHECIMENTO 
A nogao de fonte deve ser compativel com a de Direito Administrative, dai a necessidade de, como introdu~ao 
ao estudo das fontes, firmar-se posi~ao a cerca da definigao do direito Administrative. 
Como cedigo, distingue-se o Direito Administrative enquanto ramo do conhecimento, e o Direito Administrative 
como parte do ordenamento jurfdico-positivo, como conjunto de normas jurfdicas e princfpios constitucionais e 
supranacionais, tratados , leis administrativas e demais regras que integram a normar:;ao positiva, o regime 
jurfdico positivo da funr:;iio administrativa. 
Na primeira acepgao define-se o Direito Administrative como uma disciplina ou um ramo da ci{mcia do direito. 
Na segunda prevalece o carater normative, antes que o aspecto cognoscitivo. · 
Definir o Direito Administrative como ramo do conhecimento, contudo, nao exclui a segunda acep~ao, au seja, 
como conjunto de normas positivas, isto porque a nogao de direito recebe, quase sempre, esse duple sentido. 
Oaf porque, ao dar-se a no~ao metodol6gica, deve-se efetuar uma opgao semantica. 
CONCEITO E CLASSIFICA9AO DE FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO. 
~ 
+ CONCEITO 
0 conceito de fonte vincula-se ao conceito de Direito Administrative. Se definido como ramo do conhecimento, 
uma disciplina, um saber que analisa o regime juridico relative ao exercfcio da fungao administrativa, as fontes 
da disciplina serao todas as normas e princfpios que integram dito regime jurfdico, tude o que possa contribuir 
para o nascimento de uma regra au principia imperative. 
Se, ao contrario, define-se o Direito Administrative como conjunto de normas e princfpios, nao sera coerente 
expressar que a lei seja fonte dela mesma, daf porque, neste conceito nao se pede falar de fontes. No case, o 
tema sera tratado sob a r6tulo de direito administrative positivo, ordenamento jurfdico-administrativo. 
Assim, para o estudo das fontes do direito administrative, imp6e-se a op~ao semantica pela no~ao de direito 
administrative como ramo do conhecimento que estuda a fun~ao administrativa. 
+ CLASSIFICACAO 
Tradicionalmente, distinguem-se as FONTES FORMAlS da FONTES MATERIAlS do Direito. 
" FoNTES FORMAlS seriam aquelas que diretamente passam a ser o direito aplicavel. Neste sentido seriam 
fontes do direito administrative a Constitui~ao e as Tratados, as leis, as regulamentos. 
" FONTES MATERIAlS sao aquelas que promovem au dao sentido social-politico as primeiras, e tude o que 
possa contribuir para o nascimento de uma regra au principia imperative, mas que nao seja imperative em 
si mesmo. Entre estas incluem-se a jurisprudencia, a doutrina e o costume. Sao fontes, pais, em sentido 
social au politico, nao em sentido jurldico-formal. Ajudam a resolver o confronto entre o texto normative de 
'-
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&_Q P.~,} .·1\j CURS~~~~~tSIVO Pro~; A~:a~~~:~~~j~ 5 
CfNTJI.O PREI'AAATORIO PARA CARREIRA JURlDICA 
Fones: 351.1343 I 354.4925 1 9989.1792 
distintos graus hierarquicos que integram o ordenamento administrative, com os princfpios superiores de 
interpretagao da ordem jurfdica 
Em sentido similar, pode-se, ainda, falar em fontes DIRETAS e. INDIRETAS, conforme tenham por base, ou 
nao, as normas jurfdicas-positivas . 
. Autores, existem, porem, que nao distinguem entre urn e outro tipo de fonte. Alguns incluem o fato como fonte 
formal; outros, falam diretamente do regime ou ordenamento do regime jurfdico administrative em Iugar de 
fontes. Dentre estes, doutrina patria, incluem-se Celso Antonio Bandeira de Melo e Lucia Valle Figueiredo. 
Ao final, convem assinalar que, atualmente, as fontes sao, com proveito, classificadas em: FONTES SUPRA-
NACIONAIS e FONTES NACIONAIS. As primeiras apenas podem ser modificadas ou adequadas pelo consen-
so das na<;:6es, participando e subscrevendo tratados, ou subtraindo-se a comunidade internacional, o que nem 
sempre e uma opgao viavel e indolor. As fontes nacionais, ao seu turno, podem ser modificadas e adequadas 
pela s6 vontade nacional. 
Sao fontes supranacionais nao apenas os textos escritos: tratados internacionais de Direitos Humanos, con-
ven<;:6es e regula<;:6es de comercio, meio ambiente, etc., os acordos de integragao, as normas sabre direito 
marftimo, aeronautico, etc.; como tambem os princfpios jurfdicos gerais, a jurisprudencia internacional, as opi-
ni5es consultivas dos organismos internacionais, o direito comparado e a doutrina.FONTES SUPRANACIONAIS DO DIREITO ADMINISTRATIVO. 
TRATADOS. DECISOES DAS CORTES INTERNACIONAIS. COMPROMISSOS E TRANSA<;:OES REALIZADOS PERANTE 
A COMISSAO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. OS PRINCfPIOS SUPRANACIONAIS. 0 DIREITO 
COMPARADO. 
+ DIREITO CONSTITUCIONAL INTERNACIONAL 
Vivemos uma epoca hist6rica de grandes transformag6es que demanda uma nova ideia de constituigao. 
Modernamente, tem-se entendido a Constituigao segundo a posigao adotada por Verdu como "Constituigao 
Aberta", o que evidencia a ideia de uma Constitui<;:ao que nao esta s6 em razao da interdependencia internaci-
onal, hoje fato marcante. Tal fato e. demonstrado pela crescente recepgao de conteudos internacionais nos 
documentos fundamentals. Tem-se hoje a Constituigao como urn "pluriverso baseado no pluralismo interno, 
internaciona/ e comunitario" (Peter Harbele, apud Celso D. De Albuquerque Mello. Direito Constitucional lnter-
nacional : uma introdugao: (Constituigao de 1988, revista em 1994). Rio de Janeiro: Renovar, 1994, pag.8) 
A ideia de "Constituigao Aberta" demonstra a inser<;:ao do Estado em uma sociedade internacional, razao pela 
qual o Direito Constitucionallnternacional tende a desenvolver-se e adquirir maior relevancia. 
Ao seu turno, o Direito lnternacional Publico apresenta caracterfsticas especiais tendo em vista o meio social 
no qual se manifesta. Sua defini<;:ao varia de autor para autor. Adota-se a evocada por Celso Mello 
( ob.cit.pag.9) 
"0 direito lnternacional e o conjunto de regras e de instituic;oes jurfdicas que regem a sociedade internacional e 
que visam estabelecer a paz e a justic;a e a preservar o desenvolvimento." 
+ CARACTERiSTICAS DA SOCIEDADE INTERNACIONAL 
1. A SOCIEDADE INTERNACIONAL NAO E DOT ADA DE CONSTITUI<;:AO. 
Nao possui uma estrutura polftica institucionalizada, nao existem poderes executive, legislative e judiciario, 
embora possua tais fungoes e sejam elaboradas normas e solvidos conflitos internacionais, estes desde que 
haja consentimento dos Estados; a jurisdi<;:ao obrigat6ria, quando existente, tern sempre por base o consenti-
mento dos Estados em urn tratado, ou atraves de atos unilaterais. 
2. E DESCENTRALIZADA; 
3. Nii.o POSSUI HIERAROUIA. 
> 
.. ,J~ 
·.- --·- ~;r . ...-fQ..R ~"it 1\l 
Cf.NTilO PREI'AAATORIO I'AAA LARREIIlA JURIOICA 
CURSO INTENSIVO 
2000.1 
Fones: 351.1343/354.4925/9989.1792 
D. ADMINISTRATIVO 
Profa Ede/amare Me/o 
6 
A grande questao, porem, e saber-se se existe uma ordem publica nas relac;:oes internacionais que nao esteja 
sujeita, integralmente, ao voluntarismo estatal. A Convenc;:ao sobre Direito dos Tratados ( Viena), estabelece no 
art. 53: 
''Tratado em conflito com uma norma imperativa de direito internacional ( jus cogens). 
E nulo o tratado que, na epoca de sua conclusao esteja em conflito com uma norma imperativa de direito in-
ternacional geral. Para os fins da presente Conven((iiO, uma norma imperativa de direito internacional geral e 
uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados em sua totalidade, como uma 
norma da qual nao se admite derroga9iio e que s6 pode ser modificada par uma nova norma de direito inter-
naciona/ geral da mesma natureza." 
A disposic;:ao deu margem a discuss6es em torno da identificac;:ao das normas imperativas internacionais para 
protec;:ao dos Estados mais fracos nas relac;:oes internacionais. Uma ilnica era do consenso de todos: a proibi-
c;:ao do uso da forc;:a armada nas relac;:6es internacionais. A doutrina acresceu outras: igualdade juridica, res-
peito aos direitos humanos, e princfpios consagrados no art. 2o da Carta da ONU. 
+ TRATADOS E CONTRATOS INTERNACIONAIS 
A CF/88, nos arts. 49 e 52, rende ensejo a constatac;:ao de sua tendencia para reforc;:ar o Poder Executive na 
sua atuac;:ao internacional em detrimento do Poder Legislative. Pelo art. 49, compete exclusivamente ao Con-
gresso Nacional "resolver definitivamente sabre tratados, acordos au atos internacionais que acarretem encar-
gos au compromissos gravosos ao patrim6nio nacional." 0 art. 52, ao seu turno, disp6e que compete privati-
vamente ao Senado Federal "autorizar opera96es externas de natureza financeira de interesse da Uniao, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Territ6rios e dos Municfpios' (inc. V), bern assim "dispor sabre limites e con-
di((6es para a concessao de garantia da Uniao em opera96es de credito externo e interno (inc. VII)). De outra 
parte, o art. 84, inc. VII, dispoe que compete privativamente ao Presidente da Republica "celebrar tratados, 
conven96es e atos internacionais sujeitos a referenda do Congresso Nacional." 
Declara o art. 84 que todos os tratados serao submetidos a aprovac;:ao do Congresso Nacional. Ja o art. 49 
afirma que s6 serao submetidos ao Congresso Nacional os tratados que acarretem compromissos gravosos ao 
patrimonio nacional, isto e, apenas alguns tratados. Sustenta Celso Mello (ob. Cit. Pag. 276) que devera pre-
valecer a norma do art. 84, porque de consagrac;:ao tradicional do nosso direito. 
0 CONCEITO DE TRATADO e sempre dado de forma bastante ampla .. 0 Direito Convencional tern definido o Tra-
tado de urn modo uniforme. A Convenc;:ao de Viena, no art. 2° disp6e: 
''Tratado significa urn acordo internacional celebrado entre Estados em forma escrita e regido pelo direito inter-
nacional, que conste, ou de urn instrumento ilnico ou de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja 
sua denominac;:ao especffica." 
0 tratado e, a urn s6 tempo, ato juridico e norma. Ato juridico, porque resulta da manifestac;:ao de vontade. 
Mas, e, tambem, o seu resultado: norma. 
Resta saber quem pode concluir Tratados. A CF/88 autoriza os estados-membros da federac;:ao, municfpios e 
Distrito Federal, a realizar operac;:oes externas de natureza financeira, que, muitas vezes, sao realizadas sob a 
forma de tratados ( acordos internacionais). 
Cumpre, ainda, analisar a questao relativa a quem pode concluir tratados em nome dos Estados: chefes de 
Estado; ministros das relac;:oes exteriores; os representantes acreditados pelos Estados a uma Conferencia 
I nternacional ou a urn a Organizac;:ao internacional ou a urn de seus 6rgaos, para o prop6sito de adotar o texto 
de urn tratado nesta Conferencia, Organizac;:ao ou 6rgao; Chefes de missao diplomatica junto ao Estado em 
que se encontrem acreditados, e o tratado e entre o Estado acreditando e o acreditado. Nas Organizac;:6es 
internacionais nao sao exigidos plenos poderes des secretaries-gerais e des secretaries-gerais adjuntos. 
Outra questao importante: Quem pede concluir acordo do executive em nome do Estado. E o direito interne, 
enquanto tal, a que pertence, em definitive, determinar a competencia internacional das autoridades encarre-
gadas de concluir as convenc;:oes entre Estados. 
A lase de conclusao des tratados que demanda explicac;:ao e a da ratificac;:ao, porque e ela que exigira, ou nao, 
a aprovac;:ao do Poder Legislative. 
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PODI...,~ M CURSO INTENSIVO D. ADMINISTRATIVO 
-~"'"""'"""''··•<~'""""""'·"''''·u· 2000.1 Profa Edelamare Melo 
7 
CENTRO PREPAIIATORJO PARA CAAAEIRA JURIOLCA 
Fones: 351.1343 I 354.4925 1 9989.1792 
Segundo Celso Mello (ob. Cit.pag. 263), invocando Joao Hermes Pereira de Araujo: 
"Ratificar;rw e o ato pelo qual a autoridade naciona/ competente informa as autoridades correspondentes dos 
Estados cujos plenipotenciarios conclufram, com os seus, um projeto de tratado, a aprovar;ao que da a este 
projeto e que o faz doravante um tratado obrigat6rio para o Estado que esta autoridade encarna nas relaqoes 
internacionais." 
A competencia para fixar o Poder competente para ratificar e fixado pelo Direito Constitucional e, este, dada a 
natureza das rela<;5es externas do Estado, via de regra, a outorga ao Poder Executivo. 
As Constitui<;5es determinam que a ratifica<;ao deve ocorrer apos a aprova<;aodo Poder Legislative, o que, 
contudo, nao impede que o Executive se recuse a ratifica-lo. Daf a afirma<;ao corrente de que a ratifica<;ao e ato 
discricionario do Estado e, no interior deste, do Poder Executive que, inclusive, pode desistir de um tratado 
concluido por seu negociador, nao o enviando a aprova<;ao do Poder Legislative. Existe, porem, uma excec;ao: 
as conven<;5es internacionais do trabalho, concluidas no ambito da OIT, cujo tratado institutivo (art. 19, n. 5, 
letra b) estabelece que, obrigatoriamente, deverao ser submetidas ao Poder Legislative. 
A ratifica<;ao passou a ser considerada a lase mais importante do processo de conclusao dos tratados, porque 
e a troca ou deposito dos instrumentos de ratifica<;ao que torna o tratado obrigatorio, o que nao retira o valor 
da assinatura, vez que a sua concessao mostra que o ato possui algum significado. A doutrina aponta raz5es 
em favor da assinatura: a) o principia da boa-fe impede que o estado pratique atos contraries ao tratado por 
ele assinado; b) entra em vigor, se o tratado tiver, a clausula sabre prazo de ratifica<;ao. 
A preocupagao das Constitui<;5es brasileiras com a vida internacional do pais e encontrada desde a Constitui-
<;ao de 1824 
Questao que, tambem, demanda acurado exame e a de saber se o Poder Legislative pode ou nao emendar 
um tratado. A doutrina brasileira diverge, podendo, porem, ser formulada a seguinte conclusao ( Celso Mello, 
ob. Cit. Pags. 278-279): 
"A apresentar;ao de emenda pelo Legislativo obriga o Executivo a iniciar novas negociaqoes. A emenda, en-
tretanto, nao e nociva em si mesma, porque sem ela o tratado niio obteria a aprovaqiio, isto e, o tratado seria 
rejeitado integra/mente. Ora, a emenda apresentada pelo Legislativo podera, nas novas negociaqoes iniciadas 
pelo Executivo, ser aprovada pelo outro contratante ... Assim sendo, hli para o Executivo uma possibilidade do 
tratado vir a entrar em vigor, o que nao ocorreria com a sua rejeiqiio. Por outro /ado, este procedtmento e um 
verdadeiro principia de economia nesta materia, vez que obtida de outro contratante a aprovar;ao das emendas 
propostas pe/o Legislativo, o _tratado nao necessita mais ser enviado a este para aprovaqao. Neste sent/do, se 
manifestou Valladiio. Pontes de Miranda admite que o Legislativo apresente reservas, mas que ele nao deve 
eliminar, ao aprovar um tratado, reserva que ja tenha sido apresentada pelo Executivo . ... A principal tendencia 
em materia de reserva e a dos estados determinarem expressamente quais os dispositivos que nao estiio su-
jeitos a reservas. Parece-nos ainda que o Legislativo pode aprovar o tratado com ou sem reservas indepen-
dentemente da atitude que o Executivo tenha tido na assinatura do tratado. Niio se pode negar a repercussao 
em termos de polftica internacional a divergencia entre os dois poderes, pe/as seguintes razoes: a) o Legislati-
vo s6 devera apresentar reserva que o texto do tratado admita explfcita ou implicitamente; b) a reserva apre-
sentada pelo Executivo na ass/natura do Tratado para produzir efeito no campo jurfdico internacional devera 
ser repetida na ratificaqao; c) se o Legislativo aprovar o tratado com reserva, o Poder Executivo s6 podera rati-
fica-lo com esta reserva, entre tanto, se o Leglslativo aprovar o tratado por inteiro, nada impede que o Executivo 
apresente reserva. Esta consideraqiio se prende ao fato de que a apresentaqiio da reserva pelo Executiyo nao 
aumenta a obrigaqao do estado no plano externo. As reservas de um modo geral tem sentido restritivo. E o que 
estabelece a ja citada Convent;ao de Viena sabre Dire/to dos Tratados {1969) que denomina de reserva a "de-
claraqao unilateral" que tenha "o objetivo de excluir ou modificar os efeitos jurfdicos de certas disposiqoes do 
tratado." 
Outro problema a respeito de tratados e a questao de saber se o Executive necessita ou nao de autorizac;ao 
do Legislative para denuncia-lo. A questao apenas foi levantada quando o Brasil se retirou da Sociedade das 
Na<;5es, em 1929. Ate entao admitia-se, sem exce<;ao; o Poder do Executive de denunciar tratado, dele a re-
presenta<;ao do Estado nas rela<;5es internacionais, inexistindo, ate entao, caso de denuncia aprovada pelo 
Legislative. Ainda: o tratado so vigora com a ratificac;ao pelo Executive, acrescentado-se o fato de que o trata-
do ao ser aprovado pelo Legislative o e por inteiro, inclusive a clausula de denuncia ( argumentos de Clovis 
Bevilaqua em parecer como Consultor Juridico do Ministerio das Rela<;5es Exteriores). A orienta<;ao e consa-
grada pela quase maioria dos pafses. 
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CURSO INTENSIVO 
00.1 
354.4925 I 9989. 1 792 
+ A CONSTITUCIONALIDADE DOS TRATADOS 
D. ADMINISTRATIVO 
Prof3 Edelamare Melo 
8 
0 estudo da CONSTITUCIONALIDADE dos tratados e importante dada a relevancia para o DIP do direito in· 
terno. Dais aspectos devem ser conslderados: a CONSTITUCIONALIDADE extrfnseca (ratificaQil.o imperfeita) e 
ode CONSTITUCIONALIDADE intrfnseca. 
A ratificaQil.o imperfeita ( CONSTITUCIONALIDADE extrfnseca) e aquela em que o Poder Executive ratifica o 
tratado sem submete-lo a aprova9il.o do Legislative, deixando de cumprir norma constitucional. Tres teorias 
informam a materia: 1. A que entende a validade do tratado, porque a sua submissil.o a aprovaQil.o pelo Legis-
lative e materia do direito interne; 2. Nulidade do Tratado, pe!a necessidade de harmonia entre o os textes 
constitucionais e o Direito lnternacional, nil.o existindo norma internacional que declare a validade de tratado 
ratificado inconstitucionalmente. 3. Teoria Mista, s6 acarretara a invalidade do tratado a violaQil.o not6ria. A 
terceira soluQil.o foi a adotada pela ConvenQil.O de Viena. 0 art. 46 da Conven9il.o disp5e sabre a nulidade des 
tratados, nos termos seguintes: 
"ART. 46 
DISPOSIQOES DE DIREITO INTERNO SOBRE COMPETENCIA PARA CONCLUIR TRATADOS: 
1°.- Urn Estado nil.o podera invocar o fato de que o seu consentimento em obrigar-se por urn tratado lei ex-
presso em violaQil.O de uma disposiQil.O de seu direito interne sabre competencia para concluir tratados, a 
nil.o ser que essa violaQil.o seja manifesta e diga respeito a uma regra de seu direito interne de importancia 
fundamental. 
2°.- Uma vielaQil.o sera manifesta case seja objetivamente evidente, para qualquer estado que proceder, na 
materia, de conformidade com a pratica normal e de boa-!e. 
ART. 47 
RESTRIQAO ESPEClFICA A AUTORIDADE PARA EXPRESSAR 0 CONSENTIMENTO DE UM EST ADO. 
Se a autoridade de urn representante expressa o consentimento de urn Estado em obrigar-se por urn !rata-
do determinado for objeto de restri9il.o especffica, a omissil.o desse representante em observar esta restri-
Qil.e nil.o podera ser invocado como anulado o consentimento expresso, a nao ser que essa restriQil.O tenha 
sido notificada aos outros Estados negociadores antes da expressil.o do seu consentimento." 
Como vista, a convenQil.O sabre direito dos tratados, profbe ao estado alegar disposi96es de direito interne 
para deixar de cumprir urn tratado ( art. 46). 0 direito interne nil.o e causa que justifique a vielaQil.O de tratado. 0 
direito interne nil.o tern efeito normative na ordem jurfdica internacional, que o considera urn simples fato. A 
violaQil.o do tratado acarreta respensabilidade internacional do Estado que podera render ensejo a repara9il.o a 
vftima da violaQil.o. 
Discute-se se a ratificaQil.O imperfeita e urn problema de CONSTITUCIONALIDADE. Na pratica, quando ocorre, 
tern sido resolvida no plano internacional por meio de negocia96es, arbitragem, o que nao impede que seja 
apreciada, no plano interne, pelos Tribunals. 
A questao que suscita maiores problemas eo da CONSTITUCIONALIDADE extrfnseca, que ocorre quando o 
tratado formalmente respeita as normas de conclusil.o fixadas no direito interne ( ex.: aprova9il.O pelo Legislati-
ve), mas o seu conteudo viola a ConstituiQil.o doEstado. Rezek sustenta que, sendo o tratado parte do direito 
interne, sua vigencia deve ser garantida nos mesmos moldes pelos quais se garante a vigencia das leis inter-
nas. 
No Brasil a ConstituiQil.O admite, expressamente, a aprecia9il.o pelo Judiciario da CONSTITUCIONALIDADE 
dos Tratados. 
Disp5e o art. 102, inc Ill, "b", que compete ao STF julgar, mediante recurso extraordinario, as causas decididas 
em unica ou ultima instancia, quando a decisil.o recorrida declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei fede-
ral. 
Como premissas: a) A teoria da CONSTITUCIONALIDADE das leis e base da aplicaQil.o do institute aos trata-
dos; b) equipara-se o tratado, no plano interne, a lei. 
+ RELAC0ES ENTRE 0 DIREITO INTERNACIONAL E 0 DIREITO INTERNO 
•. 
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PODI.\ M 
if*1i4§Ef •Ptm<AJDJ!'mi!E! 
CENTI!.O PREPAAATORIO PA.AA CARREIRA JURIOICA 
CURSO INTENSIVO 
2000.1 
Fones: 351.1343 I 354.4925 I 9989.1792 
D. ADMINISTRATIVO 
Profa Edelamare Melo 
9 
0 unico dispositive existents e de alcance restrito aos direitos humanos. Trata-se do art. 5°, § 2° da CF/88, cujo 
teor e 0 seguinte: 
"Os direitos e garantias expressos nesta Constituiqao nao excluem outros decorrentes do regime e dos 
princfpios por ela adotados, ou dos tratados em que a Republica Federativa do Brasil seja parte." 
Varias decis6es judiciais tern consagrado o primado do Direito lnternacional sobre o Direito Interne, firmando a 
lese de que urn tratado revogava as leis anteriores, isto ate a decisao de 1978, prolatada no RE 80.004, em 
que o STF decidiu que uma lei revoga tratado anterior. A decisao viola a Conven9ao de Viena sobre o Direito 
dos Tratados que nao admite o termino de um tratado por mudan9a de direito superveniente. 
+ OS PRINCfPIOS SUPRANACIONAIS 
NORMAS E PRINCiPIOS INTERNACIONAIS 
c:> Supremacia em face dos principios e normas do direito interne. 
A existencia da Conven9ao Americana de Direitos Humanos nos coloca o dever etico resultants da integra9ao 
na comunidade universal civilizada : nos obriga a reconhecer a todo e a cada um de nos mesmos a condi9ao 
de ser humane. Tendencia futura de impossibilidade de alega9ao do direito interne para justificar lesao a di-
reito supranacional em materia de garantias, direitos e liberdades publicas minimas de todo cidadao em seu 
pais. 
APLICACAO DIRETA DE NORMAS E PRINCfPIOS SUPRANACIONAIS 
c:> Exista ou nao lei nacional que regulamente e desenvolva os preceitos de direito supranacional, e desde logo, 
haja ou nao regulac;;ao administrativa da regulamentac;;ao legal, deve aplicar-se, de forma direta e imediata a 
Convenc;;ao, sem requerer-se a mediac;;ao normativa. 
PRINCiPIOS JURiDICOS SUPRANACIONAIS EM GERAL. 
As normas convencionais devem ser interpretadas buscando-se descobrir seu conteudo valorativo, seu espi-
rito de justic;;a, sua finalidade de propiciar o progresso humane. Sao principios retores do sistema, fundantes 
dos subsistemas. Os principios supranacionais se integram harmonicamente como constitucionais, e, por esta 
razao devem demandam desenvolvimento simultaneo: 
~ -
PRINCiPIOS JURiDICOS CONSTITUCIONAIS E SUPRANACIONAIS: 
c:> 0 principia determina de forma integral qual ha de sera orientac;;ao do ato que se executa. A norma e limite. 
0 principia e limite e conteudo, assinala Gordillo. Na tarefa interpretativa, o principia confers o sentido axiol6gi-
co da norma. 0 principia exige que tanto a lei como o ato administrative respeitem os seus 1imites e possuam 
o mesmo conteudo axiol6gico. Por serem principios sao a base de uma sociedade livre, justa e solidaria. 
A) A DEFESA EM JUiZO COMO PRINCiPIO JURiDICO 
c:> principia do devido processo legal, em sua dupla face: adjetiva e substantiva 
" .. Se tem-se que optar entre viver sob o devido processo legal com leis autoritarias, ou sob leis liberais 
sem o devido processo legal, a primeira alternativa e claramente preferivel." 
c:> defesa da personalidade humana. Do direito de ser ouvido 
B) PRINCiPIO DA RAZOABILIDADE ( DEVIDO PROCESSO EM SENTIDO SUBSTANCIAL) 
c:> garantia da razoabilidade, como parte do devido processo legal em sentido substantive; 
c:> Aplicac;;ao as func;;6es judicial, legislativa e executiva. · 
C) 0 DEVIDO PROCESSO COMO CONTROLE CAS DEMAIS FONTES DO DIREITO 
c:> Controls de CONSTITUCIONALIDADE nao s6 da atividade administrativa, como tambem da atividade legis-
latiV'! e da atividade regulamentar da administrac;;ao 
,, 
CURSO INTENSJVO 
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D) 0 PRINCiPIO DO DEVIDO PROCESSO COMO GARANTIA ADJETIVA 
+ EM MATERIA ADMINISTRATIVA 
~ direito de ser ouvido, em materia de decisoes individuais 
D. ADMINISTRATIVO 
Prof8 Ede/amare Melo 
10 
~ e juridicamente necessario que a pessoa possa ter conhecimento das atuaqao que a ele se referem: direito 
de vista e fotocopia de um expediente; se fazer representar por advogado; oferecer e produzir prova, controla a 
produqao da prova, sobre ela se manifestar e apresentar contraprova, etc. 
~ Direito a decisao suficientemente fundamentada, resolvendc questoes propostas, quest5es nao propostas, 
conhecendo-se dos principais argumentos lanqados pelo interessado; 
~ Direito a um 6rgao judiciario independente e imparcial 
~ Direito ao duple grau de jurisdiqao 
FONTES NACIONAIS DE DIREITO ADMINISTRATIVO. FONTES FORMAlS: CONSTITUI<;:AO. LEI. 
REGULAMENTO 
EST ADO DE DIREITO 
+ PRESSUPOSTOS MATERIAlS SUBJACENTES 
"' JURIDICIDADE 
"' CONSTITUCIONALIDADE 
"' DIREITOS FUNDAMENTAlS 
JURIDICI DADE 
"' MATERIA, PROCEDIMENTO E FORMA 
"' DISTANCIAyAO/ DIFERENCIAyAO 
"' FUNt;AO APELATIVA 
PRINCiPIO DO EST ADO DE DIREITO. NATUREZA 
~ Constitutiva, material, procedimental e formal, visa dar resposta ao problema do conteudo, extensao e modo 
de proceder da atividade do Estado. 
CONSTITUCIONALIDADE 
A) VINCULAyAO DO LEGISLADOR A CONSTITUiyAO 
B) VINCULAyAO DE TODOS OS ATOS DO EST ADO A CONSTITUiyAO -+ PRINCiPIO DA CONSTITUCIO-
NALIDADE DAS LEIS 
C) PRINCIPIO DA RESERVA DA CONSTITUiyAO 
D) FORyA NORMATIVA DA CONSTITUiyAO 
SISTEMA DE DIREITOS FUNDAMENTAlS 
./ RAZAO ANTROPOL6GICA 
~ Das tres dimensoes do Estado de Direito- JURIDICIDADE, CONSTITUCIONALIDADE e direitos fundamen-
tais - decorre a afirmaqao de que o princfpio do Estado de Direito e informado por duais ideias ordenadoras, a 
saber: 
a) ORDENAyAO SUBJETIVA ~ Garante-se um status juridico aos individuos essencialmente apoiado nos 
direitos fundamentais; 
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... ;.''!__.'~-------~ . PODI \/M CURSO INTENSIVO D. ADMINISTRATIVO 
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CENTitO Pli.EPAAAT01UO P.AAA CARRfiRA JURIOLCA 
II 
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b) ORDENA<;:AO OBJETIVA ¢ Assenta-se no princfpio da CONSTITUCIONALIDADE que, por sua vez, 
acolhe como princfpio estruturante a divisao de poderes. 
Por sua vez, a divisao de poderes: 
¢Possui uma dimensao negativa, e outra positiva: limite do Poder e responsabilidade pelo Poder; 
¢Relevancia jurfdica- constitucional. Traduz-se como: 
./ PRINCfPIO JURiDICO·ORGANIZATORIO; 
./ PRINCiPIO NORMATIVO AUTONOMO; 
./ PRINCiPIO FUNDAMENTADOR DE INCOMPATIBILIDADES. 
0 PRINCiPIO DO EST ADO DE DIREITO DEMOCRATICO NA CONSTITUICA0/88 
1. A Constitui9iio eo Princfpio do Estado de Direito 
2. Elementos Formais e materiais 
1. PRINCiPIO DA LEGALIDADE DA ADMINISTRA(fAO; 
2. PRINCfPIO DA SEGURANCA JURfDICA E DA PROTECAO DA CONFIANCA DOS CIDADAOS; 
./ PRINCiPIO DA PRECISAO OU DETERMINABILIDADE DAS LEIS; 
./ PRINCiPIO DA SEGURAN<;:A JURiDICAE DA PROTE<;:AO DA CONFIAN<;:A 
3. PRINCfPIO DA PROIBICAO DO EXCESSO 
./ PRINCiPIO DE CONFORMIDADE OU ADEQUA<;:AO DE MEIOS; 
./ PRINCiPIO DA EXIGIBILIDADE OUDA NECESSIDADE; 
./ PRINCiPIO DA PROPORCIONALIDADE, SENTIDO ESTRITO. 
4. PRINCiPIO DA PROTECAO JURiDICA E DAS GARANTIAS PROCESSUAIS 
4.1. GARANTIAS PROCESSUAIS E PROCEDIMENTAIS: 
./ GARANTIAS DO PROCESSO JUDICIAL 
./ GARANTIAS DO PROCESSO PENAL 
./ GARANTIAS DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 
4.2. PRINCiPIO DA GARANTIA DA VIA JIJDICIARIA 
./ IMPOSI<;:AO JURiDICO·CONSTITUCIONAL AO LEGISLADOR; 
./ FUN<;:AO ORGANIZATORIO-MATERIAL; 
./ GARANTIA DE PROTE<;:AO JURiDICA; 
./ GARANTIA DE UM PROCESSO JUDICIAL; 
./ CRIA<;:AO DE UM DIREITO SUBJETIVO PUBLICO; 
./ PROTE<;:AO JURiDICAE PRINCiPIO DA CONSTITUCIONALIDADE; 
./ PRINCiPIO DA ELIMINA<;:AO DE RESULTADOS LESIVOS E COMPENSA<;:AO DE PREJUiZOS. 
PRINClPIO DA LEGALIDADE 
CONSTITUI<;:AO ¢ NORMA PRIMARIA ¢ FUNCOES: 
1. IDENTIFICA<;:AO DE FONTES ¢ESTABELECE COMPETENCIA PARA IDENTIFICAR AS FONTES DE UM 
ORDENAMENTO JURlDICO 
2. DETERMINA<;:AO DOS CRITERIOS DE VALIDADE E EFICACIA DE CADA UMA DELAS, DE PER 51 
OU EM RELA<;:AO COM OUTRAS FONTES. 
PRINCIPIO 
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, •..•• , •• ,._ ~·.,..... • • ...&· 2000.1 Prof Edelamare Melo 
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CENTII.O PREPAAATORIO PARA CARREIRA JURICICA 
Fones: 351.1343 I 354.4925 I 9989.1 792 
QNENHUMA FONTE PODE CRIAR OUTRAS FONTES COM EFICACIA IGUAL OU MAJOR QUE A DELA 
PROPRIA; PODE APENAS CRIAR FONTES DE EFICACIA INFERIOR => POSTLULADOS: 
1. NENHUMA FONTE PODE ATRIBUIR A OUTRA UM VALOR QUE ELA PROPRIA NAO DIS-
POE; EX.: LEIS COM VALOR SUPERLEGISLATIVO, DECRETOS SUPER-REGULAMENTAR. 
2. NENHUMA FONTE PODE ATRIBUIR A OUTRA UM VALOR IDENTICO AO SEU => PRINCi-
Pia DA TIPICIDADE OU NUMERUS CLAUSUS DAS FONTES; 
3. NENHUMA FONTE PODE DISPOR DO SEU PROPRIO VALOR JURiDICO, AlJMENTANuO-u I 
OU DIMINUIND0-0 
QPROIBI9AO DE DECRETOS DERROGATORIOS DA LEI ( DIMINUI9AO DE VALOR); 
CRIA9AO DE LEIS COM VALOR REFOR9ADO SEM BASE CONSTITUCIONAL; 
4. NENHUMA FONTE PODE TRANSFERIR PARA ATOS DE OUTRA NATUREZA 0 SEU PRO-
PRIO VALOR. EX.: PROIBI<;;AO DE REGULAMENTOS COM VALOR DE LEI. 
• PRINCiPIOS ESTRUTURANTES DOS ESQUEMAS RELACIONAIS ENTRE AS FONTES DE DIREITO 
1. PRINCiPIO DA HIERARQUIA 
QOS ATOS NORMATIVOS NAO POSSUEM A MESMA HIERARQUIA, NAO SE SITUAM NUM PLANO DE 
HORIZONTALIDADE UNS EM RELAyAO AOS OUTROS, MAS, SIM, NUM PLANO DE VERTICALIDADE, A 
SEMELHANyA DE UMA PIRAMIDE JURiDICA DE MODO QUE, EM VIRTUDE DA PLURALIDADE DE 
NORMAS E DA FUN<;;AO ORDENADORA DO DIREITO, AS NORMAS SUPERIORES (CONSTITUI<;;AO, 
EMENDAS CONSTITUCIONAIS) ESTAO COLOCADAS NO TOPO DA PIRAMIDE. · 
QA CONSTITUI<;;AO ORDENA HIERARQUICAMENTE OS ATOS NORMATIVOS INFRACONSTITUCIONAIS 
DE ACORDO COM OS SEGUINTES PRINCiPIOS: 
A) PRINCiPIO DA PROEMINENCIA OU SUPERIORIDADE DOS ATOS LEGISLATIVOS RELATIVA-
MENTE AOS ATOS REGULAMENTARES OU ESTATUTARIOS; 
B) PRINCiPIO DA TENDENCIAL PARIDADE OU IGUALDADE ENTRE AS LEIS E ATOS EQUIPARA-
DOS A LEI=> INTERPRETA9AO, SUSPENSAO, REVOGA9AO RECiPROCA; . . ' 
C) PRINCiPIO DA PREVALENCIA DAS LEIS GERAIS DA REPUBLICA SOBRE OS ATOS LEGISLATI-
vos REGIONAIS, DONDE RESULTA: 
QPRINCiPIO DA SUPERIORIDADE OU PREEMINENCIA DAS NORMAS DE ENQUADRAMENTO OU 
DE BASE SOBRE AS NORMAS COMPLEMENT ARES (REGULAMENTARES) 
2. PRINCiPIO DA COMPETENCIA 
FUN9AO ORDENADORA DOS ATOS NORMATIVOS. PRESSUPOSTOS: 
A), HIERARQUIZA9AO ATRAVES DE RELA90ES SUPRA-INFRA ORDENA9AO Q _ ACENTUA 0 CA-
RATER DE LIMITE NEGATIVO DOS ATOS NORMATIVOS SUPERIORES EM RELA<;;AO AOS INFERIO· 
RES; 
B) DIVISAO ESPACIAL DE COMPETENCIAS. PRESSUPOSTO Q DELIMITA<;;AO POSITIVA, INCLUIN-
DO-SE_NA COMPETENCIA DE CERTAS ENT!DADES A REGL!LAMENTA<;;AO DE CERTAS MATERIAS 
=> VISAO PLURAL DO ORDENAMENTO JURIDICO => EXISTENCIA DE ESPA<;;OS NORMATIVOS RE-
GIONAIS E LOCAlS AUTCNOMOS, 0 QUE JUSTIFICA A COMPETENCIA LEGISLATIVA OUTORGADA 
A ESTES ENTES. 
3. PRINCiPIO DA PREVALENCIA E DA RESERVA DE LEI 
QCONCRETIZA9AO do PRINCIPIO DA HIERARQUIA DAS FONTES. 
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CURSO INTENSIVO D. ADMINISTRATIVO 13 
2000.1 Profa Ede/amare Melo 
Fones: 351.1343/354.4925/ 9989.1792 
¢ ARTICULA<;AO DOS PRINCiPIOS DA CONST/TUC/ONALIDADE E 0 DA PREVALENCIA OU DA PRE-
FERENC/ADA LEI. OBSERVANDO-SE, CONTUDO, QUE, ATUALMENTE, 0 PRINC[PIO DA PREVALENCIA 
DA LEI ESTA SUPLANTADO PELO DA PREVALENCIA DA CONSTITUI<;AO. 
PRINCiPIO DA PREVALENCIA DA LEI. IDEIA BASICA. TRIPLA DIMENSAO: 
i. A LEI E 0 ATO DA VONTADE ESTADUAL JURIDICAMENTE MAIS FORTE; 
2. PREVALENCIA OU PREFERENCIA DA LEI SOBRE TODOS OS OUTROS ATOS DO ESTADO, EM 
ESPECIAL SOBRE OS ATOS DO PODER EXECUTIVO; 
3. A LEI DETEM POSI<;AO DE "TOPO DA TABELADA HIERARQUIA DAS NORMAS, OU SEJA, DES-
FRUTA DE SUPERIORIDADE SOBRE TODAS AS OUTRAS NORM AS DE ORDEM JUR[DICA. 
EFICACIA FORMAL E FORCA DE LEI 
¢ EFICACIA FORMAL ATIVA = FOR<;A DE INOVATIVIDADE EM RELA<;AO A OUTRAS FONTES 
\ o:>EFICACIA FORMAL PASSIVA = CAPACIDADE DE RESISTENCIA A FOR<;A DE INOVA<;AO DE OU-
\ TRAS FONTES. 
( 
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·(' 
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~,, 
CONTEUDO ATUAL 
1. DIMENSAO POSITIVA ¢ EXIGENCIA DE OBSERVANCIA OU DE APLICA<;AO DA LEI; 
2. DIMENSAO NEGATIVA ¢ PROIBI<;AO DE DESRESPEITO OU DE VIOLA<;AO DA LEI 
< RESULTADOS DA ARTICULA<;:AO DAS DUAS DIMENSOES ( POSITIVA E NEGATIVA) => PRINCJPIO DA 
LEGALIDADE COMO POLiCIA DA ORDEM JURJDICA 
o:>EXIGENCIA DA APLICA<;AO DA LEI PELA ADMINISTRA<;AO E PELOS TRIBUNAlS => 0 CUM-
PRIMENTO CONCRETIZADOR DA LEI NAO FICA A DISPOSI<;AO DOS JUIZES OU DOS ORGAOS 
E AGENTES DA ADMINISTRA<;AO; 
¢ PROIBI<;AO DA ADMINISTRA<;AO E DOS TRIBUNAlS ATUAREM OU DECIDIREM CONTRA A 
LEI, DADO QUE ESTA CONSTITUI LIMITE ( FUN<;AO LIMITE = PRINC[PIO DA LEGALIDADE NE-
GATIVA) =>IMPEDE NAO 86 VIOLA<;OES OSTENSIVAS A NORMA, COMO TAMBEM DESVIOS 
OU FRAUDES ATRAVES DAVIA INTERPRETATIVA; 
¢ NULIDADE OU ANULABILIDADE DOS ATOS DA ADMINISTRA<;AO E DAS MEDIDAS JUDICIAIS 
ILEGAIS; 
¢ INADMISSIBILIDADE DE REJEI<;Ao, PELOS ORGAOS E AGENTES DA ADMINISTRA<;AO DE 
LEIS POR MOTIVO DE INCONSTITUCIONALIDADE ( NAO PARA OS JUIZES). 
4. RELATIVIZACAO DO PRINCiPIO 
o:>ESCALA DE DUREZA DAS NORMAS ( CALAMANDREI) 
¢0 PRINC[PIO DA CONSTITUCIONALIDADE MARGA A SUPERIORIDADE HIERARQUICA DAS NORMAS 
CONSTITUCIONAIS => RELATIVIZA<;AO DO PRINC[PIO DA LEGALIDADE EM VIRTU DE DE: 
A) SURGIMENTO DE OUTROS ATOS COM FOR<;A DE LEI 
B) ATOS LEGISLATIVOS COM VALOR REFOR<;ADO. 
I PRINCiPIO DA RESERVA DE LEI 
1. RESERVA DE LEI E ESTRUTURA CONSTITUCIONAL 
< CONCEITO DE RESERV A DE LEI 
\ 
' "-'-: 
.# 
_!•...J=- .....-- ---PODI \./ M CURSO INTENSIVO D~ ADMINISTRATIVO 
X:t,'\1't:,:;;:z\lt:<'i2:~~;l';'l;~'~ 2000.1 Prof Ede/amare Me/o 
CENTRO f>R£P'-l!AT0RIO PARA CAAA.EJRA JURJDJCA 
GUCADOS POR LET(= RESER\7ADUS-ATEf), OU SEJA: T~~i!;ll~r;a~ ~QDERAO S /"~/ D$!£J!JQ8 1<16Jl!A8 ,,J1!-~JC.A,§~ft1.Q)I'J~,f:'ID,;NJ~$..D,5,QuJ? .f~S q/ :'21\!'i z::tgi:· ·. 
1 EXEC011\TdCArl~CE"iSE 'FONDAMENTOLEGAL PARA D NVOLVER SUAS ATIVIDADES 
V /'D _ . TIVO TIVO. 
¢ EXISTE RESERVA DE LEI QUANDO, PARA TANTO, HA PRESCRI<;:AO CONSTITUCIONAL. 
14 
¢ 0 PROBLEMA DA RESERVA DE LEISE COLOCA NO CAMPO DE DELIMITA<;:AO DAS COMPETENCIAS 
=> A RESERW. DE LE! DEPF.NDE DA PROPRIA COMPREENSAO DA ORDF.NA<;:AO DE COMPETENCIAS 
DENTRO DOS ARRANJOS ORGANIZATORIOS DO PODER POLITICO. 
• FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS DA RESERVA DE LEI 
PRINCiPIO DO EST ADO DE DIREITO 
¢ IDEIA DE LEI COMO INSTRUMENTO DE GARANTIA CONTRA 0 PODER EXECUTIVO E COMO RE-
GRA PRIMARIA INDISPENSAVEL AO DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE ADMINISTRATIVA. 
PRINCiPIO DEMOCRATICO 
¢1DEIA DE LEI COMO DECISAO EMERGENTE DE UM PROCEDIMENTO DO QUAL PARTICIPARAM 
FORCAS SOCIAlS E POLfTICAS, MAJORITARIAS E MINORITARIAS, REPRESENTADAS NO PARLA-
MENTO. 
¢ IDEIA DE, LEI COMO ATO DE CONSENTIMENTO {AUTO-ORDENA<;:AO) DOS CIDADAOS RELATI-
VAMENTE AS MEDIDAS NELA PREVISTAS. 
-' DIMENSOES DO PRINCiPIO DA RESERVA DE LEI 
o POSITIVA 
o NEGATIVA¢ NAS MATERIAS RESERVADAS A LEI ESTA PROIBIDA A INTERVEN<;:AO DE OUTRA FONTE DE DIREI-
TO DIFERENTE DA LEI; 
¢A LEI DEVE, ELA MESMA, ESTABELECER 0 REGIME JURiDICO RELATIVO A MATERIA, NAO PODEN-
DO DECLINAR DE SUA COMPETENCIA NORMATIVA EM FAVOR DE OUTRAS FONTES. 
-' CARACTERIZACAO E DELIMITACAO DO AMBITO DA RESERVA DE LEI 
A. RESERVA DO PODER LEGISLATIVO ¢ CONJUNTO DE MATERIAS OU DE AMBITOS MATERIAlS 
QUE DEVEM SER OBJETO DE REGULA<;:AO ATRAVES DO PODER LEGISLATIVO EM FORMA DE 
LEI=> ,RESERVA DE LEI FORMAt.. ESTA A DIMEN~AO INERENTE AO E~TADO DE DIREITO_E AO 
PRINCIPIO DEMOCRATICO ¢ ASSEGURAR ATRAVES DA LEI A OBSERVANCIA DOS PRINCIPIOS 
CONCRETIZADORES DO PRINCfPIO DO EST ADO DE DIREITO, A SABER; 
A) PRINCfPIO DA CONFIAN<;:A E SEGURAN<;:A JURfDICAS; 
B) PRINCfPIO DA PROPORCIONALIDADE; 
C) PRINCiPIO DA IGUALDADE; 
D) PRINCfPIO DA IMPARCIALIDADE. 
B. RESERVA DE ATO LEGISLATIVO ¢ EXIGENCIA CONSTITUCIONAL DE INTERVEN<;:AO DA LEI 
PARA DEFINIR OU FIXAR 0 REGIME JURiDICO DE DETERMINADAS MATERIAS, SEM ESTABE-
LECER RESERVA DO PODER LEGISLATIVO; ¢ RESERVA RELATIVA ¢POUCO IMPORT A SE LEI 
FORMAL, ou DECRETO LE~. 71 ""i£,,~9 f_o1r-~ Ma. \\ 
C. RESERVA DE NORMA JURIDICA ¢ EXIGENCIA DE UMA DISCIPLINA NORMATIVA GERAL, QUE 
DE OS NORMATIVOS INFERI I ¢ RESERVA 
DE LEI MATERIAL: NECES ARIA UMA NORMA MAS NAO A FORMA DE LEI. 
.f 
' 
-..::-.: 
-J 
CURSO INTENSIVO 
2000.1 
J51.1343 I 354.4925 I 9989.1792 
D. ADMINISTRATIVO 
Profa Edelamare Melo 
oM: ()_ lf'~ '\0 
15 
D. RESERVA DE LEI REFORCADA c:> QUANDO 0 REGIME JURJDICO DE DETERMINADAS MATERI· 
AS EXIGE LEI FORMAL DO PODER LEGISLATIVO ACRESCIDA DE FORMA ESPECIAL . 
./ PROBLEMAS ATUAIS DA RESERVA DE LEI 
o RELA<;:AO DA RESERVA DE LEI COM A GARANTIA DE DIREITOS FUNDAMENTAlS; 
D RESERVA TOTAL DE LEI; 
o RESERVA DE LEI NO AMBITO DAS RELAyOES ESPACIAIS DE PODER. 
2. ORGANIZA<;AO ADMINISTRATIVA. ADMINISTRA<;AO PUBLICA 
Organizaviio Administrativa. Serviyos Publicos. Conceito. Classificaviio. Concessiio e autorizaviio. 
Administraviio lndireta. Autarquias. Empresas Publicas. Sociedades de Economia Mista. As Fundavoes. 
Princfpios constitucionais da Administraviio Publica. 
0 EST ADO BRASILEIRO 
ART. 1°. CF/88: 
REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, formada pela uniao indissohlvel dos Estados e Municfpios, constitui-
se em EST ADO DEMOCR.ATICO DE DIREITO" 
SISTEMA DE GOVERNO FORMA DE GOVERNO FORMA DE EST ADO 
PRESIDENCIALISTA REPUBLICA SIMPLES/ FEDERAL 
=> Posi9ao reciproca des poderes e par suas rela· => e conceito que se refere a manei- => As varia96es que se 
96es no processo governamental. Diz respeito "a ra como se dS a instituiciio do po- apresentam na combina-
marcha conjunta des 6rgaos do Estado para atende- der na sociedade e como se opera a 9ao des tres elementos 
rem aos fins deste, segundo as prescri96es legais". relavao governante-governado. do conceito de Estado 
determinam as FORMAS 
0 art. 1° da CONSTITUIQAO FEDE· DE EST ADO a saber: 
. RAL nao instaura a Republica, rece- PERFEITOS au IMPER-
be-ada evolu9ao constitucional a partir FEITOS, SIMPLES ou 
de 1889. COMPOSTOS. 
FORMA DE EST ADO 
DIZ RESPEITO, POlS, 
AO MODO DE EXER· 
CICIO DO PODER PO-
LfTICO EM FUNQAO DO 
TERRITO RIO. 
EM FUNQAO DA DES· 
CENTRALIZA?,AO DO 
PODER POL TICO EM 
DADO TERRITO RIO, 
DISTINGUEM·SE Tl· 
POS (OU FORMAS DE 
EST ADO) 
Criteria adotado para a estabelecimento de uma Principia constitucional que nao mais EST ADO SIMPLES 
tipoiogia de sistemas de governo = a classica divi- se constitui em nucleo imodificavel => E ag_ue/e g_ue corres· 
sao de poderes. (clausula petrea), pode, portanto, ser Q.onde a um grug.o Q.O~ 
objeto de emenda. Q.Uiacional homogeneo, 
SISTEMA DE CONFUSAO DE PODERES, onde com seu territ6rio tradi· 
inexiste a divisao de poderes. Ex. Ditadura; cional e seu Q.Oder Q.libli· 
co constitufdo Q.Or uma 
SISTEMA DE COLABORA!;;AO DE PODERES Linica exQ.ress8.o QUe 8 o 
,no qual existe a divisao de poderes, mas estes g_overno nacional. 
nao sao independentes. Ex. Parlamentarismo; e, 
I par tim, 
( 
~· 
PODI ;:\, M CURSO INTENSIVO D; ADMINISTRATIVO 
!}o,:"'""f~~:;cxzE:1?~~· 2000.1 Prof Edelamare Me/o 
CENTRO PREPAAATOitlO PAAA CARREIRA. JURlOICA 
Fones: 351.1343/354.4925/9989.1792 
SISTEMA DE SEPARACAO DE PODERES. Ex.: 
Presidencialismo 
Silo tecnicas que regem as re/agoes entre o Poder 
Legislative e o Poder Executive, no exercicio das 
fungoes governamentais. 0 modo como se estabele-
ce esse relacionamento, se com maier ou manor 
interdependencia, ou maier colaboragao entre am-
bos, ou a combinac;ao entre ambos numa assem-
bi€:ia, dci origem a tres sistemas bcisicos de govar-
!lQ, a saber: 
PRESIDENCIALISTA 
PARLAMENTARISTA 
CONVENCIONAL 
(DE ASSEMBLEIA) 
Caracterizacao juridica do oresidencialismo. 
Sintese. 
1. Sistema tipico das Republicas; 
2. 0 Presidents da Republica exerce o Poder Execu-
tive em sua inteireza e acumula as func;6es de Chefe 
de Estado (representante da unidade nacional), 
Chefe de Governo e Chefe da Administragao Publi· 
ca. Cumpre mandate per prazo fixe e nao depende 
da confianc;a do 6rgiio do Poder Legislative quer 
para sua investidura, quer para o exercicio do gover-
no. Nao pede o presidents ser destituido por motives 
politicos 
3. 0 6rgiio do Poder Legislative (Congresso, As-
sembleia, Camara) niio e o Parlamento, niio estando 
sujeito a dissoluc;iio; seus membros sao eleitos por 
periodo fixe de mandado. 
4. As relag6es entre o Poder Executive e o Poder 
Legislative sao mais rigidas, prevalecendo o princi-
pia da separac;iio entre os poderes, independentes e 
autOnomos para serem harmOnicas; 
5. Os Ministros de Estado sao meres auxiliares do 
Presidents da Republica demissiveis ad nutum. 
6. Eventual plano de governo, ainda quando apro-
vado per lei, depends da exclusiva coordenac;iio do 
Presidents da Republica que o executara ou nao 
independentemente de satisfagao juridica a outro 
poder. 
E o principia republicano protegido 
contra os Estados atraves do institute 
da intervenc;ao federal ( art. 34, VII, 
"a"-CONSTITUIQAO FEDERAUBB). 
0 que extrema a forma republicans 
da monarquica nao e apenas a coe-
xistencia des tres poderes indispensa-
veis em todos os governos constitucio-
nais, mas, sim, a condigiio de que os 
poderes legislative e executive deri-
vem de eleigoes populares 
ESTADO FEDERAL 
POR SEGREGAQAO, 
QUANTO A SUA FOR· 
MACAO => DESCEN-
TRALIZQAO DO EST A· 
DO UNITARIO GERAN-
DO ESTADOS QUE 
FORAM SUPOSTOS AO 
EST ADO FEDERAL (Ex.: 
Brasil) 
1. No Estado Federal, a 
estrutura federativa e 
pasta como intocavel. 
(CONSTITUII;:Ao FE-
DERAL. art. 6", § I) 
2. Neles sempre se da a 
participac;ao dos Estados 
Membros no Poder Cen-
tral por meio de uma 
camara que os repre-
senta (SENADO). c:> 
Existencia de urn 6rgao 
que dita a vontade dos 
Membros da Federac;ao 
(0 SENADO) no qual 
reUnem-se os represen-
tantes dos Estados 
Membros. 
3. Aos Estados Membros 
se reconhece a auto-
organizagiio per urn 
poder constituinte pr6· 
prio. c:> Descentralizac;iio 
politico-administrativa 
constitucionalmente 
prevista; 
c:> REPARTIQAO DE 
COMPETENCIAS PELO 
RECURSO A TECNICA 
DE COMPETENCIAS 
ENUNCIADAS E COM-
PETENCIAS REMA· 
NESCENTES; 
c:> EM DECORRENCIA 
DA TECNICA DE RE-
PARTIQAO DE COMPE-
TENCIAS ADOTADA 
FAZ-SE NECESSARIO 
ASSEGURAR QUE A 
PARTILHA DE COMPE-
TENCIAS NAO SEJA 
SUBVERTIDA => NE-
CESSIDADE DE FOR-
TALECIMENTO DO 
JUDICIARIO 
[ (elemento indispensavel 
16 
. , 
"' 
)-. 
CURSO INTENSIVO 
2000.1 
Fones: 351 .1343 I 354.4925 I 9989.1 792 
D. ADMINISTRATIVO 
Profa Edelamare Melo 
de toda federagao) => 
Existencia de um 6rgao 
superior para dirimir 
conflitos entre a Uniao e 
Estados. 
q Autonomia Financei-
ra constitucional 
mente prevista para 
que os entes federadosnao fiquern na depen-
dencia do Poder Central. 
4. CONSTITUiyAO Ri· 
GIDA que nao permite a 
alteragao de repartigao 
de competencia por in· 
termedio de legislagao 
ordinaria (se assim fosse 
estariamos diante de um 
Estado Unitario politica· 
mente descentralizado 
como foi o Brasil lmpe· 
rio). 
E inerente a toda federa· 
gao um TEXTO CONS· 
TITUCIONAL RiGIDO ou 
seja, que nao fique ao 
sabor de alterag6es por 
via de lei ordinaria, mas 
que s6 possa ser modifi· 
cado por emenda a 
Constituigao produzida 
mediante a satisfagao de 
requisites exigentes => 
ELEMENTO DE ESTA· 
BILIZAyAO CONSTITU· 
ClONAL que acaba por 
assegurar a partilha de 
competencia => CONS· 
TITUiyAO ESCRITA E 
RiGIDA. 
5. Existencia de um 6r· 
gao constitucional encar· 
regado do CONTROLE 
DE CONSTITUCIONALI 
DADE DAS LEIS, para 
que nao haja invasao 
de competencias. 
Nos itens 2 e 3 esta o 
cerne da autonomia dos 
Estados·Membros da 
Federagao a saber: 
o:o participar;ao do Poder 
Central (SENADO) 
o:o reconhecimento da 
auto-organizar;ao par urn 
poder constituinte pr6· 
prio . 
17 
:Pont''\ M CURSO INTENSIVO o. ADMINISTRATIVO 
'""~······"'~· .. ·~·····"~--~,;..,...,_,_, 2000 1 Profa Edelamare Melo 
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C£NT1t0 PR£PAAAT0RJO PARA CAAA.EIItA JURIDICI>. 
18 
Fones: 351.1343 I 354.4925 1 9989.1 792 
INTRODUc;;Ao: 
+ IMPORTANCIA DO PRINCiPIO FEDERATIVO PARA 0 ESTUDO DA ORGANIZACAO ADMINISTRATIVA 
lndagar sobre a forma de Estado e questao necessariamente previa para o estudo da organizac;ao administra-
tiva, dadas as suas repercuss6es no modelo de gestao administrativa a ser implementado para a persecuc;ao 
dos seus fins/ func;6es materiais. 
No caso brasileiro, tem-se que o modelo de forma de Estado adotado foi o do federalismo. Se assim e, o 
estudo da organizac;:ao administrativa r.ao pede, nem deve, desconsiderar as repercussOes que sotrer~ deste 
especial modo de ser de um Estado que optou por uma descentralizac;ao polftica territorial, na qual as partes 
componentes do todo sao dotadas de autonomia como se depreende do texto constitucional, artigo 18, verbis: 
" A organizac;iio politico -administrative da Republica Federative do Brasil compreende a Uniiio, os Esta· 
dos, 0 Oistrito Federal e OS Municfpios, todos AUT6NOMOS, NOS TERMOS DESTA CONST/TVI9AO". 
Adiante, constata-se que o nfvel de autonomia que e conferido as entidades integrantes da federac;ao e o mais 
amplo, porque politico, implicando, pois, no reconhecimento expresso do poder de auto-organizac;ao (arts. 
25, 29 e32, da CF/88) das entidades federadas. Ainda, porque de federalismo se trata, e impostergavel conhe· 
cer a questao fulcral do federalismo: a distribuic;ao de competencia entre as entidades federadas com respeito 
ao princfpio da autonomia e paridade entre as entidades federadas. 
Assim, como se constata, a organizac;ao administrativa do Estado Federal e necessariamente complexa, 
porque a func;:ao administrativa e institucionalmente imputada a diversas entidades governamentais 
autonomas, que, no caso brasileiro, estao expressamente referidas nos arts 18 e 37, do que decorre a exis· 
tencia de varias administrac;6es publicas: Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal, cada qual subme· 
tida a um Poder politico proprio, expresso por uma organizac;ao governamental autonoma. 
0 EST ADO FEDERAL, e uma organizac;ao tormada sob a base de uma repartic;ao de competencias entre o 
Governo Nacional e os Governos Estaduais, de sorte que a Uniao nao tem supremacia sobre os Estados 
Membros, estes sao entidades dotadas de autonomia constitucional perante a mesma Uniao. E a forma de 
Estado pela qual se objetiva distribuir o poder, preservando a autonomia dos entes politicos que a compi5em 
(CELSO RIBEIRO BASTOS). 
lsto posto, mister se faz caracterizar o estado federal, determinando o seu trac;:o especffico, bem assim a tecni· 
ca de distribuic;:ao de competencia. 
CARACTERIZACAO 
1. No Estado Federal, a estrutura federativa e posta como ir>tocavel. (CONSTITUIQAO FEDERAL art. 6°, §1. 0 ) 
2. Neles sempre se da a participac;ao dos Estados Membros no Poder Central por meio de uma camara que os 
representa (SENADO). o:> Existencia de um orgao que dita a vontade dos Membros da Federac;ao ( 0 SENA-
00) no qual reunem-se os representantes dos Estados Membros. 
3. Aos Estados Membros se reconhece capacidade de auto-organizac;ao por um poder constituinte proprio. o:> 
Descentraliza<;:ao polftico-administrativa constitucionalmente prevista; 
o:> REPARTIQAO DE COMPETENCIAS PELO RECURSO A TECNICA DE COMPETENCIAS ENUNCIA· 
DAS E COMPETENCIAS REMANESCENTES; 
o:> EM DECORRENCIA DA TECNICA DE REPARTIQAO DE COMPETENCIAS ADOTADA FAZ·SE NE-
CESSARIO ASSEGURAR QUE A PARTILHA DE COMPETENCIAS NAO SEJA SUBVERTIDA, daf a 
NECESSIDADE DE FORTALECIMENTO DO JUDICIARIO ( elemento indispensavel de toda federac;ao) 
atraves da existencia de um orgao superior para dirimir conflitos entre a Uniao e Estados. 
o:> Autonomia Financeira constitucionalmente prevista para que os entes federados nao tiquem na depen-
dencia do Poder Central. 
4. CONSTITUIQAO RfGIDA que nao permite a alterac;ao de reparti<;:ao de competencia por intermedio de le-
gisla<;:ao ordinaria (se assim fosse estarfamos diante de um Estado Unitario politicamente descentralizado 
.•• como o foi o Brasil Imperio). 
-.,;. 
ii' 
CURSO INTENSIVO D. ADMINISTRATIVO 19 
2000.1 Profa Edelamare Me/o 
Fones: 351.1343 I 354.4925 I 9989.1 792 
E inerente a toda federa.;:ao um TEXTO CONSTITUCIONAL RfGIDO ou seja, que nao fique ao sabor de altera· 
.;:oes por via de lei ordinaria, mas que s6 possa ser modificado por emenda iJ. Constitui.;:ao produzida mediante 
a satisfa.;:ao de requisites exigentes => ELEMENTO DE ESTABILIZA<;AO CONSTITUCIONAL que acaba por 
assegurar a partilha de competencia => CONSTITUI<;AO ESCRITA E RfGIDA. 
5. Existencia de um 6rgao constitucional encarregado do CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DAS 
LEIS, para que nao haja invasao de competencias. 
Nos itens 2 e 3 esta o cerne da autonomia dos Estados-Membros da Federa.;:ao a saber: 
c:> participac;ao do Poder Central (SENADO) 
c:> reconhecimento da auto·organizac;ao par um poder constituinte proprio. 
BERNARD SCHIWARTZ aponta como CARACTER[STICAS PRINCIPAlS DA FEDERA<;AO: 
1. Uniao de certas entidades polfticas aut6nomas (EST ADOS) para finalidades comuns. 
2. Divisao de PODERES LEGISLATIVOS entre o Governo Federal e os Estados componentes. 
PRINCfPIO REGENTE DA DIVISAO: 
• Governo Federal c:> Governo de Poderes ENUMERADOS 
• Governo Estadual c:> Governo de Poderes RESIDUAlS 
3. Opera.;:ao direta de cada um desses centres de Governo (na maior parte REGRA nao absoluta, portanto) 
dentro de suas esteras especfficas sabre todas as pessoas e propriedades compreendidas nos seus limites 
territoriais. 
4. A previsao de cada centro com o complexo aparelhamento de execu.;:ao da lei, quer por parte do Executive, 
quer do Judiciario. 
5. Supremacia do Governo Federal dentro de sua esfera especffica, sabre qualquer ponto discutfvel, do poder 
estadual. 
+ TRACO DISTINTIVO ESPECfFICO 
0 EST ADO FEDERAL embora seja uma reuniao ou uma associa.;:ao de Estados, de outra parte, da Iugar a 
um novo Estado que eo ilnico, reconhecido pela ordem Jurfdica lnternacional. 
+ TRACO TiPICO DO FEDERALISMO 
Sobreposi.;:ao de duas ordens jurfdicas (central x regional) dando Iugar a dois governos diferentes, sendo que 
0 PODER CENTRAL tern imediata atua.;:ao sabre as pessoas e sabre o territ6rio dos Estados-membros. 0 
cidadao se relaciona de maneira autonoma com as duas ordens. 
+ REGRA PRINCIPAL DO PRINCiPIO FEDERATIVO 
Nada sera exercido porum poder amplo quando puder ser exercido pelo poder local. Portanto, o PRINCfPIO 
FEDERATIVO deve informar o legislador infraconstitucionalque esta obrigado a acata-lo na elabora.;:ao das 
leis ordinarias, bern como os interpretes da Constitui.;:ao, a come.;:ar pelos membros do judiciario. 
+ TEORIA DOS PODERES IMPLiCITOS 
0 CERNE DA FEDERA<;AO esta na DIVISAO DE PODERES ENTRE 0 EST ADO CENTRALE OS EST A-
DOS MEMBROS. 
A CONVEN<;Ao DE FILADELFIA , de 1787 , teve como preocupa.;:ao predominante evitar qualquer possibili-
dade de asfixia dos Estados que deveriam remanescer com todos os elementos necessaries iJ. sua integra.;:ao, 
em consequencia preconizou a limita.;:ao dos poderes da Uniao tao somente aos PODERES ENUNCIADOS, 
. ~~ garantia de que nao haveria urn engrandecimento exagerado do Estado Central. 
) 
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..... J~ 
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J!.O !?J.:ik¥M CuRs~ci~~~1Nslvo Pro~~ A::a~~;>:~;~~~ 20 
C~NT!I.O PREPARATORIO PARA CAitR.EIRA JURICICA 
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A TEORIA oos PODERES IMPLiCITOS surge de interpretagao da Suprema Corte posterior a 1787 e e acolhida pela 
maioria des estudiosos do modele federative. 
Segundo a teoria, alem des poderes expressamente enunciados seriam tambem indispensaveis a Uniao os 
PODERES IMPLfCITOS, ou seja, aqueles que fossem instrumentals ao atingimento das finalidades expressa-
mente enunciadas. 
Tem-se, pais, depois de 1787: 
! .... 1.01 jUI'(i'"' I 
I I¢ PODERES ENUNCIADOS 
1¢ PODERES IMPLICITOS (instrumentals) 
+ IMPORTANCIA DO PRINCiPIO FEDERATIVe 
1°. A federagao implica na delicada REPARTit;:Ao DE COMPETENCIAS entre o orgao do Poder Central de-
nominado Uniao, e as expressoes da organizagao regionais (Estados-Membros, Provincias, Cantoes). Essa 
partilha de competencias entre a Uniao e os Estados e bastante rigida, vista que se apresenta esculpida na 
propria Constituigao Federal, razao pela qual s6 por intermedio de Emenda a Constitui9ao pode ser alterada. 
Outrossim, os Estados Membros participam na formagao da Uniao atraves des Senadores que compoem uma 
Casa do Congresso Nacional. 
FEDERAQAO => REPARTfi;:AO DE COMPETENCIAS RiGIDA PORQUE COM ASSENTO CONSTITUCIO-
NAL. 
FEDERACAO 
~ 
I + PODER CENTRAL = UNIAO 
I + ORGANIZAI;:OES REGIONAIS =EST ADOS 
MEMBROS 
2°. Na federagao os cidadaos se apresentam submetidos a dais poderes politicos diferentes: o REGIONAL 
e o CENTRAL, ou seja, sabre o mesmo territ6rio ha incidencia de duas ordens juridicas diferentes cada uma 
atuando no ambito especifico de suas competencias. 0 EST ADO FEDERAL legis/a diretamente para os Esta-
dos Membros, sem necessidade de interven9ao destes para que suas normas se torn em eficazes. 
FEDERAI;:AO ¢ DUPLICIDADE DE-PODERES POLiTICOS SOBRE 0 MESMO TERRITORIO, A SABER : 
PODER REGIONAL 
PODER CENTRAL 
{) 
legisla diretamente para o poder regional sem interveno;:iio deste para que suas normas se tornem efi-
cazes. 
3°. Os Estados Membros nao podem retirar-se da Federagao. 0 ViNCULO ASSOCIATIVO E INDISSOLUVEL. 
4°. A significagao do fenomeno federative se exaure dentro do mesmo Estado, ou seja, o direito internacio-
nal niio faz difereno;:a entre o Estado Unitario e o Estado Federal, e isso porque a federagao, embora le-
vando a extreme a possibilidade de descentralizagao do poder, toda ela transcorre dentro des limites de um 
unico Estado . 
.,. Autonomia e Equilibria Federative 
0 Estado federal assenta no principia da AUTONOMIA DAS ENTIDADES FEDERADAS que, per sua vez, se 
apoia em dais elementos basicos: existencia de governo proprio e posse de competencia exclusiva. 
AUTO NOM IA e capacidade de agir dentro de cfrculo preestabelecido. E pais, poder limitado e circunscrito e e 
nisso que se verifica o equilibria da federagao, que rege as selagoes entre a Uniao, Estados, Municfpios e Dis-
trite Federal, todos autonomos nos termos da CONSTITUiyAO FEDERAL (art. 18) 
'~. 
'.,-.. 
~~ 
CURSO INTENSJVO 
2000.1 
Fones: 351.1343 I 354.4925 1 9989.1792 
D. ADMINISTRATIVO 
Profa Edelamare Me/o 
21 
Este equilibrio federativo se realiza por mecanismos instituidos na constitui9iio rigida, entre os quais o da inter-
ven9iio federal nos Estados e, agora tambem no Distrito Federal e dos Estados nos Municipios (CF/88, arts. 
34-36). 
o1 Problema da repartir;:tio de competi!ncias federativas 
.A autonomia das entidades federativas pressup6e reparti9iio de competencias para o exercicio e desenvolvi-
mento de sua atividade normativa. esta distnbuictio constitucional de poderes e o oonto nuclear da noctio de 
estado federal. 
Os limites da REPARTI<;:Ao REGIONAL E LOCAL DE PODERES depende da natureza e do tipo hist6rico de 
federa9ao. A CONSTITUI<;:Ao FEDERAU88 estruturou um sistema que combina competencias exclusivas, 
privativas e principiol6gicas com competencias comuns e concorrentes buscando reconstruir o sistema federa-
tivo segundo criterios de equilibrio ditados pela experiencia hist6rica. 
ol PRINCiPIO DA PREDOMINANCIA DO INTERESSE 
0 principio g_eral que norteia a reparti9iio de competencia entre as entidades componentes da federa9iio e o da 
PREDOMINANCIA DO INTERESSE, segundo o qual a Uniao caberao aquelas materias e questoes de predo-
minante interesse geral, nacional, ao passo que aos Estados tocarao as materias e assuntos de predominante 
interesse regional, e aos Municipios concernentes aos assuntos de interesse local. 
./ TECNICAS DE REPARTICAO DE COMPETENCIAS 
As constitui96es solucionavam o problema mediante a aplica9iio de tres tecnicos que conjugam poderes enu-
merados e poderes reservados ou remanescentes, que consistem: 
a) na enumeractio dos poderes da Unitio, reservando-se aos Estados poderes remanescentes: 
b) na atribui9iio dos poderes enumerados aos Estados e dos remanescentes a Unitio; 
c) na enumeractio das competencias das entidades federativas. 
0 3° sistema e o que vigora no Brasil para a reparti9iio de competencia, com competencia residual para a Uni-
ao (arts. 145 a 162). 
A CONSTITUI<;:Ao FEDERAU88 adota sistema complexo que busca realizar o equilibrio federativo, por meio 
de uma reparti9iio de competencias que se fundamenta na tecnica de enumeractio dos poderes da Unitio (arts. 
21 e 22), com poderes remanescentes para os Estados (art. 25, § 1°) e poderes definidos indicativamente para 
os Municipios (art. 30), mas combina com essa reserva de campos especificos (nem sempre exclusives mas 
apenas privativos), possibilidades de delega9iio (art. 22, § un.), areas comuns em que seve atua96es paralelas 
da Uniao, Estados, Municipios e Distrito Federal (art. 23) e setores concorrentes entre Uniiio e Estados em que 
a competencia para estabelecer politicas gerais, diretrizes gerais ou normas gerais cabem a Uniiio, enquanto 
se defere aos Estados e ate aos Municipios competencia suplementar. 
TECNICA DE PARTILHA DE COMPETENCIAS 
( Manoel Gongalves Ferreira Filho) 
I~ REPARTI(:AO HORIZONTAL 
1~ REPARTII(:AO VERTICAL 
I * Uniiio= Normas gerais 
1- REPARTI(:AO HORIZONTAL 
~ RESERVA DE MATERIAS A UNIAO OU AOS EST ADOS 
~ COMPETENCIAS RESERVADAS OU EXCLUSIVAS 
Neste Caso somente quem recebeu a competencia pode dispor sobre a materia com exclusao de qual-
quer outro. 
Conseqiiencia: 
\, 
-~I.),. 
. ''·[ PODI ~ M CURSO INTENSIVO D. ADMINISTRATIVO 
wesw '"""''~--'"'·"·"'"''-·· . ...,. 2000.1 Profa Edelamare Me/o 
CEMTitO PREPAAATORIO PAM CAlui.ElltA JURIOICA 
Fones: 351.1343 I 354.4925 1 9989.1 792 
0 Poder Constitufdo da Uniao nao pode invadir a competencia dos Estados sob pena de insconstitucio· 
nalidade. 
In- REPARTit;:Ao VERTICAL I 
I A 
1<:> COMPETENCIA CONCORRENTE 
I A 
I<:> COMPETENCIA COMPLEMENTAR OU SUPLETIVA 
Consiste em distinguir niveis de competencia ern reia9ao a deierrninada materia. Atribui, pois, a mesma 
materia a Uniao e aos Estados mas em niveis diferentes que se superp!iem. 
Ex.: UN/AO. Competencia = dlretrizes e bases ou fixar;iio de normas gerais EST ADOS. Competencia 
= desdobramento e complementar;iio (competencia Complementar, supletiva).• CLASSIFICAt;:Ao DAS COMPETENCIAS 
22 
Competencia e a faculdade juridicamente atribufda a uma entidade, ou a urn 6rgao ou agents do poder publico 
para emitir decisoes. Competencias sao as diversas modalidades de poder de que se servem os 6rgaos esta-
tais para realizar suas fungoes. Oaf falar-se em especies de competencias, visto que as materias que com-
poem seu contetldo podem ser agrupadas em classes, segundo sua natureza, vinculagao cumulativa a mais de 
uma entidade e seu vinculo a fungao de governo. 
Sob esses varies criterios, podemos classificar as competencias, primeiramente em dais grandes grupos: 
a) EXCLUSIV A ( CF/88, art. 21 ); e, 
b) COMUM, CUMULATIVA OU PARALELA; 
Trata-se no caso de CLASSIFICACAO OUANTO A MATERIA. 
COMPETENCIA LEGISLATIVA, que pode ser: 
a) EXCLUSIVA; 
b) PRIVATIVA; 
c) CONCORRENTE; 
d)SUPLEMENTAR 
Disciplinadas, respectivamente, nos arts. 21, 23, 25 §§ 1 o e 2°, 22. 24 e 24 § 2°. 
Sob outre prisma, podem essas competencias ser classificadas quanta A FORMA, CONTEUDO, EXTENSAO 
E ORIGEM. 
< 0UANTO A FORMA OU PROCESSO DE SUA DISTRIBUICAO 
I 1. ENUMERADA ou EXPRESSA I 
-+ Quando estabelecido de modo direto, explicito pela CONSTITUIQAO FEDERAL para determinada entidade 
(arts. 21 e 22, por ex.); 
I 2. RESERVADA, REMANESCENTE au RESIDUAL 
o+Compreende toda materia nao expressamente inclufda numa enumeragao (art. 24, § 1 o e 154, I); 
I J.IMPLiCITA ou RESULTANTE ou INERENTE au DECORRENTE. 
-+ Decorre da natureza do ente, quando se retere a pratica de atos ou atividades razoavelmente considerados 
necessaries ao exercfcio de poderes expresses, ou reservados. 
v' 0UANTO AO CONTEUDO 
;J_:. 
CURSO INTENSIVO 
2000.1 
Fones: 351.1343/ 354.4925 /9989.1792 
D. ADMINISTRATIVO 
Profa Ede/amare Melo 
A competencia distingue-se em ECONOMICA. SOCIAL. POLiTICO-ADM. FINANCEIRA E TRIBUTARIA. 
23 
E cabivel !alar tambem numa COMPETENCIA INTERNACIONAL que, por principio, no Estado Federal, e exclusiva da 
Uniao, se bern que se permite aos Estados federados, geralmente autorizados por 6rgaos federais (Senado, no 
caso brasileiro, art. 52, V), realizar neg6cios externos . 
./ OUANTO A EXTENSAO 
Ou seja, quanto a participac;:ao de uma ou mais entidades na esfera da normatividade ou da realizac;:ao materi-
al, a cornpet&ncia se distingue em: 
I 1. EXCLUSIVA 
-+Quando e atribuida a uma entidade com exclusao das demais (art. 21 ); 
I 2. PRIVATIVA 
-+ Quando enumerada como propria de uma entidade, com possibilidade, no entanto de delegac;:ao e de com-
petencia suplementar (art. 22 § un. e 23 e §); 
I 3. COMUM, CUMULATIVA ou PARALELA 
-+ Significa a faculdade de legislar ou praticar certos atos, em determinada esfera, juntamente e em pe de 
igualdade. Consiste, pois, num campo de atuac;:ao comum as varias entidades sem que o exercicio de uma 
venha a excluir a competencia de outra, que pode, assim, ser exercida cumulativamente; 
I 4. CONCORRENTE 
-+ 0 conceito compreende dois elementos: possibilidade de disposigao sobre o mesmo assunto ou materia por 
mais de uma entidade federativa; e primazia da Uniao no que tange a fixac;:ao de normas gerais (art. 24 e 
§§,CF/88); SUPLEMENTAR, que e a correlativa da COMPETENCIA CONCORRENTE e significa o poder de 
formular normas que desdobrem o conteudo de principios ou noras gerais ou que supram a ausencia ou omis-
sao destas (art. 23 §§ 1° e 4°, CF/88) 
./ 0UANTO A ORIGEM 
A competencia pode ser : 
I 1' ORIGINARIA 
-+ Quando desde o inicio e estabelecida em favor de uma entidade; 
I 2. DELEGADA 
-+ Quando a entidade recebe sua competencia por delegagao daquela que a tern originariamente (art. 22, pa-
nigrafo unico, e art. 23 paragrafo unico, CF/88) 
REPARTIQAO DE COMPETENCIAS. MODELO BRASILEIRO 
REGRAGERAL 
A Uniao cumpre o papel hegem6nico na atividade legislativa em todos os nfveis. 
I COMPETENCIAS DA UNIAO I 
I I¢ LEGISLATIVAS (PODER LEGISLATIVO) 
I -I¢ NAO LEGISLATIVAS (Art. 21, Poder Executive) 
CURSO INTENSJVO 
2000.1 
Fones: 351.1343 I 354.4925 I 9989.1 792 
D. ADMINISTRATIVO 
Profa Edelamare Melo 
Sao competencias que a Uniiio devera exercer diretamente. SAO COMPETENCIAS EXCLUSIVAS DA 
UNIAO, isto e, nem Estados, nem Distrito Federal, nem Municfpios tern qualquer ingestiio no desempe-
nho dessas tarefas. 
COMPETENCIAS LEGISLATIVAS PRIVATIVAS lart.22l 
-+ Assuntos sobre as quais compete a Unifio PRIVATIVAMENTE LEGISLAR. Contudo, LEI COMPLE-
MENTAR PODERA AUTORIZAR OS ESTADOS LEGISLAREM SOBREQUESTOES ESPEC[FICAS das 
materias relacionadas. 
o+AUTORIZA<;:AO CONSTITUCIONAL QUE PREVE DELEGA<;:AO DE COMPETENCIAS A FAVOR 
DOS ESTADOS·MEMBROS. REQUISITOS. 
• Necessidade de Lei Complementar: 
• Limite da delegac;:iio: 
Nao podera ser todo um inciso, au melhor, nao podera envo/ver a regu/amenta9ao integral da materia. A 
delega9ao e limitada a questi5es especfficas de determinada materia. 
I COMPETENCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE I 
I -I¢=> UNIAO = NORMA$ GERAIS 
I . I¢ EST ADOS= COMPETENCIA SUPLEMENTAR. 
A legislac;:iio da Uniao niio exclui o poder dos Estados-membros e do Distrito Federal, suplementarmen-
te, de disporem sobre a mesma materia. 
Por suplementarmente deve-se entender: 
A) INEXISTINDO LEI FEDERAL -+ COMPETENCIA PLENA DOS EST ADOS E DO DISTRITO FE· 
DERAL 
B) SOBREVINDO OU PREEXISTINDO LEI FEDERAL -+ PERMANECEM VALIDAS AS DISPOS/-
90ES DA LEG/SLA9AO DA UN/DADE FEDERADA NO QUE NAO CONTRARIEM AS NORMAS 
GERAIS DA UN/AO. 
I • 085.: A superviniencia de /ei~ederal sobr_~:ppfm,as_g~j~j~ ~LJSP.EN_DE A. EFICACJA DA LEI ESTADU~ 
l AL N!J QUE L_HE FORCONTRAf1/A (niioha,.pdis,f(jvagaqao) 
1 NOT AS SOBRE A LEGISLA<;:AO CONCORRENTE DA UNIAO 
1 1. UN lAO: Se limitara a estabelecer NORMAS GERAIS ¢ A competencia da Uniiio para legislar. sobre 
normas gerais nao exclui a dos Estados/Distrito Federal. Em verdade ate pressup6e a COMPETENCIA 
1 SUPLEMENTAR dos EST ADOS e DISTRITO FEDERAL. 
I 
2. INEXISITNDO LEI FEDERAL SOBRE NORMAS GERAIS ¢Qs Estados exerceriio a competencia le-
1 gislativa plena, para atender suas peculiaridades. 
I' 
1 
3. SUPERVINIENCIA DE LEI FEDERAL SOBRE NORMAS GERAIS ¢ Suspende a eficacia da Lei Es-
, tadual, no que lhe for contraria. A lei federal superveniente nfio revoga a lei estadual nem a derroga no 
1 aspecto contradit6rio. Apenas perde sua aplicabilidade porque fica a eficacia suspensa. Assim, ~EVO-
. 
1 
GADA A LEI FEDERAL, PURA E SIMPLESMENTE, A. LEI ESTADUAL RECOBRA A SUA EFICACIA E 
PASSA OUTRA VEZ A INC!DIR. 
1 OBS. : A Constitui~tiio nao situou o Municipio na area de competencia concorrente do art. 24, 
mas lhe outorgou competencia suplementar a legislagao federal e estadual no que couber o que 
1 pode possibilitar ao Municipio dispor sobre: a)Materias do art. 24 (competencia concorrente Uni-
1 iio- EstadosiDF); b) Materias que reconhecem a Uniao apenas normatividade geral. 
24 
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PODI \~ M CURSO INTENSIVO D. ADMINISTRATIVO 
b·"B§@#JF :!!!! 2000.1 Profa Ede/amare Melo 
CENTRO PREPAAATORJO PARA CAII.REIAA JURIOICA 
21i 
Fones: 351.1343 I 354.4925 I 9989.1792 
Assentado no principia da autonomia das entidades componentes, que se apoia na exist€mcia de governo pro-
prio e posse de competencia exclusivas, inclusive em materia tributaria, bern assim como na tecnica de reparti-
gao de receitas correspondentes. 
QUADRO SiNTESE. COMPETENCIAS DA UNIAO 
1. ART. 21: MATERIA EXCLUSIVA INAO LEGISLATIVA) 
lnternacional, polftica, ADMINISTRATIVA, PRESTAr;iio DE SERVI90S materia urbanfstica, econ6mfca, sccia!. 
financeira e monetaria 
2. ART. 22: LEGISLATIVA PRIVATIVA 
Admite delegar;ao aos Estados-membros e Distrito Federal dependendo de : 
a) autorizar;ao em lei complementar; 
b) limitar;ao de materia = questao especffica de materia regulada nos incisos. 
3. ART. 23: COMUM COM OS EST ADOS. DISTRITO FEDERAL E MUNICJPIOS

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