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Autores: Profa. Divane A. da Silva Prof. Alexandre Saramelli Colaboradores: Profa. Elisabeth Alexandre Garcia Prof. Maurício Felippe Manzalli Análise de Custos Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Professores conteudistas: Divane A. da Silva / Alexandre Saramelli © Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Universidade Paulista. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) S586a Silva, Divane Alves da. Análise de custos. / Divane Alves da Silva, Alexandre Saramelli. – São Paulo: Editora Sol, 2014. 100 p., il. Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XX, n. 2-041/14, ISSN 1517-9230. 1. Análise de custos. 2. Departamentalização. 3. Custo padrão. I. Título. 681.3 Divane A. da Silva Graduada em Ciências Contábeis pela Faculdade de Administração e Ciências Contábeis Tibiriçá (1990) e em Filosofia, Bacharelado e Licenciatura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2009). Mestre em Contabilidade pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1998), com especializações em: Controladoria e Contabilidade Gerencial, pela Faculdade Santana São Paulo (1992); Didática do Ensino Superior, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1996); Formação de Professores em Educação a Distância (EaD), pela Universidade Paulista (2011). Possui livros editados sobre a área contábil, além de participações em congressos, tanto na área contábil quanto na educacional, inclusive sobre os assuntos relacionados à modalidade de ensino a distância (EaD). Atuou em funções empresariais na área técnica: controller, contadora, auditora e consultora. Em relação à área acadêmica, atualmente, ocupa funções de coordenadora e professora adjunta para o curso de Ciências Contábeis, nas modalidades presencial e a distância, todos pela Universidade Paulista – UNIP. Para a EaD, além da coordenação, atua como conteudista de livros didáticos e realiza gravações de aulas. É professora também de pós-graduação (lato sensu) para diversos cursos e disciplinas correlatas à formação nas seguintes instituições de Ensino Superior: Universidade Presbiteriana Mackenzie, Universidade Paulista – UNIP, Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU. É credenciada pela Fundação para o Desenvolvimento Administrativo – Fundap, atuando como consultora/docente para elaboração e aplicação de cursos de capacitação para servidores públicos estaduais, todos na modalidade a distância (EaD). Alexandre Saramelli Nascido na cidade de São Paulo, é contador formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo e mestre profissional em Controladoria pela mesma universidade. Atuou em empresas nacionais e internacionais de médio e grande porte como contador em áreas de custos e orçamentos e foi consultor em sistemas de controladoria da desenvolvedora alemã SAP. Atualmente é professor adjunto na Universidade Paulista e consultor empresarial. Entusiasta de tecnologia da informação e ambientes altamente informatizados, é um incentivador da pesquisa, difusão e uso eficiente e intensivo das modernas ferramentas de gestão, “transferência de conhecimento”, ensino a distância e audiovisual. É autor de materiais para ensino a distância, redige livros didáticos e atividades de apoio educacional e instrucional, elabora avaliações e grava aulas em estúdio audiovisual, além de ser radialista e apresentador de televisão com DRT. Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Prof. Dr. João Carlos Di Genio Reitor Prof. Fábio Romeu de Carvalho Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças Profa. Melânia Dalla Torre Vice-Reitora de Unidades Universitárias Prof. Dr. Yugo Okida Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez Vice-Reitora de Graduação Unip Interativa – EaD Profa. Elisabete Brihy Prof. Marcelo Souza Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar Prof. Ivan Daliberto Frugoli Material Didático – EaD Comissão editorial: Dra. Angélica L. Carlini (UNIP) Dra. Divane Alves da Silva (UNIP) Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR) Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT) Dra. Valéria de Carvalho (UNIP) Apoio: Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos Projeto gráfico: Prof. Alexandre Ponzetto Revisão: Carla Moro Amanda Casale Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Sumário Análise de Custos APRESENTAçãO ......................................................................................................................................................7 INTRODUçãO ...........................................................................................................................................................8 Unidade I 1 CUSTOS PARA CONTROLE ............................................................................................................................ 11 1.1 Conceitos e aplicação ......................................................................................................................... 11 2 DEPARTAMENTALIzAçãO ............................................................................................................................. 12 2.1 Conceitos e aplicação ......................................................................................................................... 13 2.2 Uma alternativa para apropriação dos custos indiretos aos produtos .......................... 14 2.2.1 Com departamentalização .................................................................................................................. 18 2.2.2 Sem departamentalização .................................................................................................................. 26 2.3 Exercício proposto ................................................................................................................................ 30 3 CUSTO PADRãO ................................................................................................................................................ 45 3.1 Conceitos e aplicação ......................................................................................................................... 46 3.2 Análise das variações entre o Custo Padrão e o Custo Real ............................................... 47 3.2.1 Variação de materiais diretos ............................................................................................................ 48 3.2.2 Variação da mão de obra direta ........................................................................................................ 51 3.2.3 Variação do custo indireto de fabricação ..................................................................................... 54 4 EXERCíCIO PROPOSTO E RESOLVIDO ....................................................................................................... 58 Unidade II 5 CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES – ABC .......................................................................................... 66 5.1 Conceito e aplicação ........................................................................................................................... 67 6 EXEMPLO: FORMAçãO DO CUSTO DE PRODUçãO POR PRODUTO UTILIzANDO O CUSTEIO ABC ......................................................................................................................................................... 69 7 COMPARAçãO: FORMAçãO DO CUSTO DE PRODUçãO UNITáRIA POR PRODUTO – ABC – COM O MÉTODO TRADICIONAL (COM E SEM DEPARTAMENTALIzAçãO) ................. 80 8 EXERCíCIO PROPOSTO E RESOLVIDO .......................................................................................................86 7 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 APreSentAção Este livro-texto propõe atingir o objetivo da disciplina Análise de Custos dentro do contexto do curso de Ciências Contábeis que, de acordo com a ementa do curso, é o de “contribuir para o desenvolvimento das competências requeridas dos alunos, para que possam exercer o papel de contador (e de administradores), conforme definidas no Projeto Pedagógico do Curso (PPC), em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para Graduação em Ciências Contábeis – Resolução CNE/CES nº 10/2004”. Mais especificamente, o objetivo traçado para esta disciplina é o de proporcionar meios ao(a) aluno(a) de conhecer e vivenciar as diferenças entre os principais métodos de custeio em prática no Brasil (e em outros países, aqui pensando também em organizações internacionais e/ou multinacionais) e saber agir, tomar decisões e realizar julgamentos profissionais como profissional da contabilidade, em sinergia e interdisciplinaridade com profissionais de outras áreas, como a engenharia, além de criar um comparativo entre custeio por absorção e o custeio variável e custeio padrão. É importante também comentar que muitos dos termos que são utilizados já foram estudados em outras disciplinas em um caminhar contínuo ao longo do curso, e que esta disciplina tem um objetivo fortemente prático de lidar com a “ação”, com o “como fazer”. Elaborou-se um texto com a intenção de ser de fácil compreensão, com alguma teoria, que é imprescindível, além de muita prática. O conteúdo a ser abordado aplica-se sem distinção a empresas de qualquer porte e/ou ramo, pois, atualmente, com as normas internacionais de contabilidade, aplica-se em praticamente todos os países do planeta. Neste material, houve uma preocupação em mesclar exemplos de instituições de pequeno, médio e grande porte. Há o intuito de orientar o aluno em relação ao processo de convergência contábil internacional, um grande esforço dos contadores que está em pleno andamento. Há espaço também para lidar com a cultura corporativa, os jargões próprios da área contábil/financeira e administrativa, ajudando o estudante a se inserir no mercado de trabalho. Na elaboração deste livro-texto, foram seguidas orientações do Conselho Federal de Contabilidade, da Fundação Brasileira de Contabilidade (proposta nacional de conteúdo para os cursos de graduação em Ciências Contábeis) e do Ministério da Educação (Resolução CNE/CES nº 10/2004 e Parecer CNE/CES nº 269/2004). Além disso, foram respeitadas as orientações da ONU – Organização das Nações Unidas; da Unctad – United Nations Conference on Trade and Development; da Iasb – International Accounting Standards Board, com as Normas Internacionais de Contabilidade; da Ifac – International Federation of Accountants, com as Normas Internacionais de Educação Contábil; e dos pronunciamentos do CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. 8 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 IntroDução Olá, aluno (a). Nesta disciplina você terá a oportunidade de consolidar seus conhecimentos sobre contabilidade de custos, o que demandará um bom esforço para estudar. Contudo, sem sombra de dúvida, isso terá um benefício muito grande e que compensará todo seu esforço: você irá desenvolver habilidades para lidar com os vários tipos de custeio encontrados no mercado. Esta disciplina se distancia bastante do universo corporativo. Embora em muitos escritórios de contabilidade seja muito comum que contadores tenham contato com vários tipos de custeio, já que atendem a diferentes clientes, os contadores que trabalham em uma única empresa utilizam apenas um método de custeio, não raramente por anos. Assim, esta nossa vivência será muito útil para que você sinta as diferenças que os vários métodos de custeio proporcionam. Elimine de sua mente o sofisma ou a desídia de que contabilidade de custos e análise de custos “é coisa para grandes empresas, que têm muito dinheiro para gastar com controles internos”. De forma alguma, não podemos nos dar ao luxo de pensar dessa forma, precisamos levar contabilidade de custos e análise de custos também para pequenas e médias empresas, que são as que mais precisam desse conhecimento para enfrentar os mercados extremamente competitivos e não raramente hostis. Atualmente, existem inúmeros softwares muito bons de análise de custos, e se de fato não é mais possível realizar cálculos manuais, uma simples planilha de Excel basta para colocar tudo o que estamos estudando em prática. É importante principalmente saber motivar a todos dentro da empresa para que colaborem. Ao final deste estudo, espera-se que você tenha formado habilidades para conhecer as diferenças entre os vários métodos de custeio, além de saber agir, analisar, fazer julgamentos profissionais. Bom (e entusiasmado) estudo! Algumas orientações para estudar análise de custos: Todo e qualquer lugar pode ser um ambiente perfeito para estudar. Mas, para estudar da melhor forma possível, cada um tem suas individualidades e manias. Há pessoas que conseguem absorver bem um assunto a partir de uma simples leitura. Outros não têm muita paciência para ler e preferem fazer exercícios. Há ainda os que têm predileção por livros coloridos, preenchidos com gráficos, elementos visuais e resumos, ou aqueles que não gostam de teorias acadêmicas e dão preferência a livros que ilustrem exemplos práticos e, assim, retratem o cotidiano empresarial. Desse modo, quando este trabalho foi elaborado, pensou-se em mesclar estratégias de ensino para que se tornasse interessante. No entanto, o que viria a ser um conteúdo interessante? O que seria um conteúdo chato? Essas respostas dependem de sua postura como aluno. Por isso, a recomendação é: aproveite este livro-texto com olhos interessados. É claro que você é livre para estudar da maneira que achar melhor e que acreditar ser mais eficiente. Porém, sugerimos que, antes de qualquer atitude, seu estudo seja iniciado pela bibliografia. Verifique 9 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 livros, artigos e referências que foram utilizados na elaboração deste livro-texto. Em seguida, percorra as unidades, sempre fazendo as atividades propostas. Esta disciplina vai exigir bastante atenção. Recomendo veementemente reservar algumas horas do seu tempo exclusivamente para estudar análise de custos, não se dedique ao mesmo tempo a mais nada (evite atender ao telefone, receber mensagens, conversar com os amigos nas redes sociais da internet, deixar a TV ligada em um noticiário, estar próximo a crianças ou animais e a outras distrações). E para tornar o seu estudo mais agradável e prazeroso, recomendo escutar música clássica! Isso mesmo, estudos internacionais tem mostrado que a música clássica é excelente nesse sentido! Escolha músicas que você goste muito, não necessariamente clássicas, mas evitando músicas que distraiam em demasia, como o rock. Ao início de cada unidade, ofereço uma sugestão de música. observação Interaja sempre com os tutores, com seus colegas e com o professor nos fóruns. Além disso, contribua com pesquisas, curiosidades e observações. Na primeira unidade deste livro-texto, estudaremos o custeio por absorção, que é o mais usado nas empresas (com e sem departamentalização), e o custeio padrão. Na segunda unidade, estudaremos o método ABC – Activity Based Costing. 11 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Análise de Custos Unidade I 1 CuStoS PArA Controle Para Martins (2003, p. 25), “controlar significa conhecer a realidade, compará-la com o que deveria ser, tomar conhecimento rápido das divergências e suas origens e tomar atitudes para correção”. Em outras palavras, sabendo quanto vou gastar para fabricar determinado produto, é possível não somente controlar o gasto, mas também atingir o valor previamentedeterminado e, assim, estabelecer diversas decisões sobre o assunto em si, como reduzir o desperdício. Diversas, portanto, são as aplicações do custo para controle. Bertó e Beulke (2005, p. 10) apresentam um tabela que evidencia essa afirmação: Finalidades e abragências do custo na atividade empresarial Finalidade contábil Finalidade de planejamento • Avaliação dos estoques pelo sistema integração Custo X Contabilidade; • Imobilizações próprias; • Peças componentes de fabricação própria. • Instrumento base para elaboração e controle do orçamento operacional; • Instrumento para estudos de viabilidade; • Instrumento para análise de investimento. Custos Finalidades Gerenciais Finalidade de controle de econimicidade • Formação do custo, resultado e preço de venda dos produtos, mercadorias e serviços; • Estabelecimento da política de produtos, mercadorias e serviços; • Estabelecimento da política de distribuição de produtos, mercadorias e serviços; • Avaliação de negociações. • Análise de eficiência interna; • Análise de minimização do custo por meio do ABC; • Técnicas de redução de custos; • Análise de valores; • Just in time (justo no tempo). 1.1 Conceitos e aplicação Sabe-se que qualquer sistema de controle gera um desconforto tanto para quem controla quanto para quem é controlado, porém, quando se trata de controlar gastos, toda e qualquer empresa sabe da sua necessidade e importância para o mundo corporativo, tamanha é a concorrência entre as empresas. Sendo assim, o desconforto do controle cede lugar à informação, e dela partirão diversas decisões. Conforme aponta Martins (2003, p. 305), é a partir do conhecimento do custo que será possível aplicar qualquer tipo de controle. Sendo assim, entende-se que não há uma fórmula mágica ou um controle universal que permite que as empresas tomem essa medida de forma singular, o que deve ser feito é adaptar o controle à realidade da empresa, tomando-se como base o envolvimento, principalmente, das 12 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Unidade I pessoas que farão parte do processo fabril, mostrando o quão necessário é o conhecimento e o controle dos gastos de uma empresa e, a partir daí, a implantação do sistema de controle terá uma porta aberta, caso contrário, por mais sofisticado que seja o sistema, sempre haverá uma maneira de burlá-lo. observação Observe que Eliseu Martins, como também outros autores da área de custos, costuma enfatizar o aspecto da participação. Ninguém gosta de ser “controlado”, mas se sente bem ao ter a oportunidade de contribuir, participar. Ou, como diz a expressão popular, de ter “um dedinho meu” no trabalho. Claro que quando alguém faz um bom trabalho, quer ser reconhecido. Nascimento (2001, p. 315) comenta sobre a necessidade de planejamento e controle de custos, e entende que se trata de uma questão cultural ao defender que: “no mundo desenvolvido, uma empresa é criada para produzir e atender ao mercado mundial, por conseguinte, os empresários procuram e cercam-se de todos os instrumentos gerenciais possíveis e imagináveis, desde que efetivamente ajudem a cumprir seus objetivos. Aí, os instrumentais do planejamento, controle de custos, orçamento etc. são ferramentas indispensáveis de gestão empresarial, tornando-os competentes e insuperáveis”. E assim, pode-se entender, por essa breve apresentação, a necessidade do planejamento e controle dos custos, tanto para o auxílio nas mais diversas decisões empresariais, quanto pela sua própria sobrevivência. 2 DePArtAmentAlIzAção Segundo Martins (2003, p. 306), se o objetivo é o controle de custos o ideal seria controlá- los por departamento, pois seria possível conhecer os gastos com cada departamento envolvido no processo produtivo e ter as pessoas responsáveis pelo departamento e, consequentemente, pelos gastos ali ocorridos, ou seja, tanto o controle quanto a formação dos custos teriam um melhor acompanhamento. Martins (2003, p. 306-307) recomenda que “essa ideia de se trabalhar muito mais em cima de departamentos é realmente mais válida para essa finalidade – controle de custos. E não há necessidade de se fazer um sistema para isso (o autor refere-se a um sistema informatizado), já que se trata de uma análise feita numa fase do processo normal. Todo sistema por absorção variável ou qualquer forma intermediária que se adote terá sempre condições de também fornecer dados com relação aos custos por departamento, incluindo diretos e indiretos, fixos e variáveis”. Megliorini (2001, p. 64) também defende o uso do departamento para controle dos custos, ele entende que, ao controlarmos os gastos que cada departamento despende ao produto, além de estarmos conhecendo tais custos, estaríamos ao mesmo tempo tendo condições de reduzi-los, e reduzindo tais custos o preço de venda ficaria mais atrativo. 13 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Análise de Custos observação Megliorini defende o conceito de que não é possível controlar aquilo que não se sabe, portanto, é necessário conhecer os custos. Outros autores, como Feingenbaum, da área de qualidade, já pensam que não necessariamente é relevante conhecer os custos para se tomarem decisões. No entanto, entende-se que, quanto melhor forem as informações dentro das possibilidades de controle da empresa, melhor! Nos próximos itens abordaremos passo a passo a utilização do departamento como controle de custos, desde seu conceito, aplicação e formação do custo de produção por produto, e ainda faremos uma comparação, no caso de a empresa não optar pela departamentalização, uma vez que é importante advertir que o “Controle de Custos” também gera um gasto para a empresa (com funcionários, materiais etc.) e, dependendo do seu porte, não é viável arcar com mais esse gasto, já que todos serão levados ao produto e, consequentemente, ao preço de venda. Portanto, mesmo sabendo do benefício que a departamentalização traz em termos de controle de custos, sua implantação requer um planejamento por parte dos dirigentes da empresa, a análise “Custo x Benefício” deve ser uma constante para qualquer inovação no meio corporativo. 2.1 Conceitos e aplicação Tomando por base algumas informações até agora já fornecidas sobre o controle de custos, é possível entendermos que a divisão da área de produção em departamentos irá propiciar um melhor conhecimento dos custos ali envolvidos e, também, o quanto deverá ser apropriados aos produtos, sendo assim, vamos abordar o conceito e a aplicação da departamentalização na formação do custo de produção por produto. Martins (2003, p. 65 e 66) conceitua departamento como sendo a “unidade mínima administrativa para a contabilidade de custos, representada por pessoas e máquinas (na maioria dos casos), em que se desenvolvem atividades homogêneas. Diz-se unidade mínima administrativa porque sempre há um responsável para cada departamento ou, pelo menos, deveria haver. Esse conceito que liga a atribuição de departamento à responsabilidade de uma pessoa dará origem a uma das formas de uso da contabilidade de custos como forma de controle”. Podemos entender que a partir da departamentalização é mais adequado conhecer e controlar os custos ali envolvidos. Nascimento (2001, p. 37) traz outra abordagem sobre departamentalização, veremos: “custo departamentalizado é aquele agregado a determinado centro de custeio, seja ele direto ou indireto e, ainda, o custo departamentalizado permite agregar e determinar o custo do produto em processo ou em fase de fabricação, produto final, comercialização e vendas. 14 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Unidade I Veja que Nascimento traz uma nova informação sobre centro de custeio (ou custo). Podemos entender que centro de custos e departamentos são sinônimos? Martins (2003, p. 66) responde negativamente, “embora na maioria das vezes um departamentoseja um centro de custos, pois nele são acumulados os custos indiretos para posterior alocação aos produtos (departamentos de produção) ou outros departamentos (departamentos de serviços)”. Logo, podemos entender que um departamento poderá ser um ou mais centros de custos, acreditamos que o exemplo trazido por Megliorini (2001, p. 65) esclarece a situação: o departamento de costura pode ser subdividido em dois centros de custos, um produz calças e outro produz camisas. O apontamento feito por Martins sobre dois tipos de departamentos dentro do processo fabril e ainda seu comentário sobre a acumulação de custos indiretos nos fazem refletir, primeiramente, sobre qual a diferença entre esses dois departamentos e, também, por que não mencionou a acumulação dos custos diretos. Pensemos na primeira questão: Martins (2003, p. 66) aponta que a divisão entre dois grandes departamentos no processo fabril é importante para um melhor controle de custos. Enquanto no departamento de produção os produtos, literalmente, são ali fabricados, consequentemente recebendo todos os custos ali gastos, os departamentos de serviços (ou auxiliares) atuam de uma forma indireta aos produtos, uma vez que os produtos não dependem deles para sua formação. Porém, todos os custos dos departamentos de produção e/ou de serviços devem ser atribuídos aos produtos, e é aqui que a departamentalização irá dar sua contribuição de como atribuir esses custos. São exemplos de departamentos de produção: pintura, montagem, costura, corte etc., já para os departamentos de serviços temos: almoxarifado, manutenção, administração geral da fábrica etc. Nos itens a seguir iremos entender como os custos são levados aos produtos por meio dos departamentos. Quanto à questão seguinte (por que somente a menção sobre os custos indiretos?), aqui vale relembrar a disciplina Contabilidade de Custos em relação à distinção e à apropriação dos custos aos produtos, enquanto os custos diretos são apropriados diretamente aos produtos por serem mensuráveis e identificáveis, portanto, cada produto receberá de custos diretos o valor exatamente de seu consumo (exemplos de custos diretos: matéria-prima, mão de obra direta etc.); já os custos indiretos sempre necessitarão de uma base de rateio para sua apropriação aos produtos, e justamente por serem indiretos não é possível mensurar e identificar o seu gasto com cada produto. Sendo assim, a departamentalização vem contribuir sobre uma melhor alocação dos custos indiretos aos produtos; os itens a seguir nos permitirão ter uma visão adequada sobre o assunto. 2.2 uma alternativa para apropriação dos custos indiretos aos produtos A preocupação de apresentarmos neste item a departamentalização como uma alternativa para a apropriação dos custos indiretos aos produtos nos leva a entender o quanto são necessários 15 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Análise de Custos os estudos para uma base adequada de rateio desses custos aos produtos, uma vez que sempre dependeremos de uma forma para distribuí-los aos produtos e toda e qualquer forma de rateio sempre será arbitrária. Sendo assim, você estará se perguntando: O que faz essa departamentalização? Qual é o seu benefício? lembrete Entre todos os malefícios e benefícios que a departamentalização traz, há o temor de ser “controlado”. Mas, lembre-se, também traz o benefício do responsável pelo departamento ser avaliado e reconhecido por um bom trabalho, o que certamente passaria despercebido se não houvesse a departamentalização. Podemos afirmar que a departamentalização ameniza o problema do rateio dos custos indiretos aos produtos, uma vez que ao separarmos os departamentos em dois grandes grupos (produção e serviços) já estaremos não só conhecendo os custos por departamento, como também os controlando, e a atribuição será de uma maneira mais criteriosa, por exemplo: se um produto não passar pelo departamento de pintura, não levará custos desse departamento, sendo assim, seu custo de produção será mais próximo a uma realidade (vale lembrar que o critério de rateio para os custos indiretos sempre existirão), mas jamais será o efetivo. Portanto, é fato continuarmos entendendo que os custos indiretos continuarão sendo rateados aos produtos e a base de rateio deve ser escolhida de uma forma racional, lógica, ou seja, aquela que melhor possa aproximar o custo ao produto, mesmo com a departamentalização. Megliorini (2001, p. 64) sugere algumas bases de rateios para os custos indiretos aos produtos: • Área ocupada pelos departamentos: para ratear o custo do aluguel, a depreciação do prédio e os impostos prediais. • Número de empregados: para ratear os custos do departamento de administração da fábrica, ambulatório e refeição. • Potência instalada em quilowatts/hora: para ratear o custo com energia elétrica. • Número de requisições de matérias: para ratear os custos do departamento de almoxarifado. • Número de chamada de manutenção nas máquinas e equipamentos industriais: para ratear os custos do departamento de manutenção. 16 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Unidade I Sugestões para rateio dos custos indiretos aos produtos: – Exemplo: formação do custo de produção por produto (com e sem departamentalização). Conforme já estudado na disciplina Contabilidade de Custos, a formação do custo de produção por produto depende de três etapas: 1ª) Separação entre custos e despesas. 2ª) Apropriação dos custos diretos diretamente aos produtos, tomando-se como base o seu gasto efetivo. 3ª) Apropriação dos custos indiretos de fabricação aos produtos, utilizando-se de um critério de rateio escolhido pela própria empresa para distribuí-los. Assim temos: Custo de Produção por Produto = CD + CIF Porém, quando a empresa optar pelo sistema de departamentalização serão os custos indiretos de fabricação que terão um tratamento mais detalhado sobre o seu processo de rateio, uma vez que sempre serão rateados, justamente por não serem passíveis de identificação e mensuração, como acontece com os custos diretos. Sendo assim, podemos, de imediato, demonstrar as etapas que serão seguidas para a formação do custo de produção por produto, tomando-se como base a departamentalização, conforme ilustra Martins (2003, p.73 e 74): 1ª) separação entre custos e despesas; 2ª) apropriação dos custos diretos diretamente aos produtos, tomando-se como base o seu gasto efetivo; 3ª) apropriação dos custos indiretos que pertencem aos departamentos, agrupando, à parte, os comuns; 4ª) rateio dos custos indiretos comuns aos diversos departamentos, tanto de produção quanto de serviços; 5ª) escolha da sequência de rateio para distribuir os custos indiretos que estão acumulados nos departamentos de serviços aos demais departamentos (tanto a outros de serviços quanto aos de produção); 6ª) atribuição dos custos indiretos que agora só estão nos departamentos de produção aos produtos, segundo critérios fixados para esse rateio. 17 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Análise de Custos Portanto, no sistema de departamentalização, os custos indiretos de fabricação ficariam assim distribuídos: Total dos Custos Indiretos de Fabricação - CIF -> Departamentos . Comum . Produção . Serviços -> Departamentos . Produção . Serviços -> Departamentos . Produção -> Custos indiretos de fabricação por produto Podemos entender que no sistema de departamentalização os custos indiretos de fabricação, que passam por quatro etapas de rateios até chegar aos produtos, tornam a formação do custos de produção por produto mais próxima a uma realidade, porém é impossível compreender o seu valor exato. Para ilustrar a formação do custo de produção por produto com base na departamentalização, utilizaremos o exemplo desenvolvido por Martins (2003, p. 68-73), o qual adaptamos, e a partir dosmesmos dados apresentaremos o custo de produção por produto sem a departamentalização (ou seja, apenas com critério de rateio para os custos indiretos de fabricação) para, finalmente, fazermos a comparação entre as duas abordagens. Exemplo: Uma determinada empresa fabrica três modelos de fechaduras: simples , luxo e super luxo. Os custos durante o mês foram os seguintes: Produto CD CIF Total Fechadura – Mod. Básico 288.000 - - Fechadura – Mod. Luxo 365.000 - - Fechadura – Mod. Super Luxo 467.000 - - Total.......................... 1.120.000 720.000 1.840.000 Os custos diretos não geram quaisquer problemas para a empresa em relação à mensuração e à identificação com o respectivo produto, conforme ilustra a tabela, porém os custos indiretos, como já sabemos, também devem integrar a formação do custo de produção por produto, e para tanto, vamos utilizar o processo da departamentalização para melhor adequá-los. Os Custos Indiretos de Fabricação – CIF, são os seguintes: . Aluguel da área de produção.................... 150.000 . Energia elétrica.................................................. 90.000 . Materiais indiretos........................................... 60.000 . Mão de obra indireta.................................... 350.000 . Depreciação das máquinas................... .... 70.000 Total..................................................................... 720.000 18 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Unidade I 2.2.1 Com departamentalização A empresa possui três departamentos de produção e quatro departamentos de serviços. São os seguintes: Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Usinagem Cromeação Montagem Controle de Qualidade Almoxarifado Manutenção Adm. Geral Conhecendo os departamentos e sua respectiva classificação: Produção e Serviços, começa-se a investigação sobre a ligação de cada custo com o departamento para, em seguida, determinar o critério de rateio a ser adotado. Conforme Martins (2003, p. 68), os custos inicialmente foram assim identificados: a) Aluguel: por ser um custo comum à produção, inicialmente ficará locado no “DS – Administração Geral” - $ 150.000. b) Energia elétrica: a empresa possui medidores para consumo de energia elétrica para os DPs: DP – Usinagem: 30.000 DP – Cromeação: 10.000 DP – Montagem: 10.000 DS – Adm. Geral (*) 40.000 Total.............................. 90.000 (*) A princípio deixamos o custo não identificado com energia elétrica por conta do departamento de Administração Geral, devendo, posteriormente, ser rateado para todos os departamentos – Produção e Serviços, por se tratar de gastos com bico de luz. c) Materiais indiretos: por meio de requisições, foi possível identificar os departamentos que consumiram esses materiais durante o mês: DS – Administração geral...... 18.000 DS – Almoxarifado.................... 10.000 DS – Controle de qualidade.... 5.000 DS – Manutenção........................ 9.000 DP – Usinagem.............................. 6.000 DP – Cromeação........................... 4.000 DP – Montagem........................ _ 8.000 Total................................................. 60.000 19 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Análise de Custos d) Mão de obra indireta: a área de Recursos Humanos da empresa apresenta os seguintes gastos com salários e encargos sociais: DS – Administração geral........... 80.000 DS – Almoxarifado......................... 60.000 DS – Controle de qualidade....... 30.000 DS – Manutenção........................... 60.000 DP – Usinagem................................. 40.000 DP – Cromeação.............................. 30.000 DP – Montagem............................ _50.000 Total.................................................... 350.000 e) Manutenção das máquinas: os controles do imobilizado apontam: DS – Administração geral............. 8.000 DS – Controle de qualidade....... 10.000 DS – Manutenção........................... 16.000 DP – Usinagem................................ 21.000 DP – Cromeação.............................. 13.000 DP – Montagem............................. _ 2.000_ Total....................................................... 70.000 É possível apresentarmos o seguinte tabela, lembrando que ainda não efetuamos o rateio dos custos indiretos aos produtos, mas é possível saber os custos em cada departamento, tanto de Produção quanto de Serviços. Tabela 1 – Custos indiretos de fabricação por departamento Custos Indiretos Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Usinagem Cromeação Montagem Controle de Qualidade Almoxarifado Manutenção Administr. Geral Aluguel 150.000 150.000 Energ. Elétrica 30.000 10.000 10.000 40.000 90.000 Mat. Indiretos 6.000 4.000 8.000 5.000 10.000 9.000 18.000 60.000 M.O. Indireta 40.000 30.000 50.000 30.000 60.000 60.000 80.000 350.000 Depreciação 21.000 13.000 2.000 10.000 16.000 8.000 70.000 Total............. 97.000 57.000 70.000 45.000 70.000 85.000 269.000 720.000 Conforme já informado, o processo de departamentalização exige uma análise criteriosa para distribuição dos custos indiretos, tanto entre os departamentos de serviços (quando for o caso) quanto 20 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Unidade I entre os departamentos de produção (quando também for o caso), e/ou entre ambos, porém sempre haverá a escala de distribuição dos custos indiretos, e essa deverá ser pautada de maneira extremamente racional. Martins (2003, p. 70-73) utiliza-se da seguinte sequência: Rateio dos custos da administração geral da fábrica: após diversos estudos, são escolhidos diversos critérios para distribuir o montante de $ 296.000, são esses: 1) Aluguel: o rateio de $ 150.000 será com base na área ocupada, e chega-se aos seguintes valores: DS – Manutenção........................... 25.000 DS – Almoxarifado......................... 20.000 DS – Controle de qualidade....... 15.000 DS – Montagem.............................. 40.000 DP – Cromeação............................. 20.000 DP – Usinagem............................. 30.000 Total.................................................. 150.000 2) Energia elétrica: agora vamos distribuir o valor de $ 40.000, tomando como base o número de pontos de luz: DS – Manutenção......................... 13.000 DS – Almoxarifado......................... 6.000 DS – Controle de qualidade....... 8.000 DS – Montagem.............................. 7.000 DP – Cromeação............................. 2.000 DP – Usinagem............................. 4.000 Total.................................................. 40.000 3) Materiais indiretos, mão de obra indireta e depreciação: a empresa resolveu somar os três valores ($ 18.000 + $ 80.000 + $ 8.000), atingindo o total de $ 106.000, com distribuição proporcional ao número de supervisores em cada departamento: DS – Manutenção............................. 22.000 DS – Almoxarifado.............................. 9.000 DS – Controle de qualidade......... 19.000 DS – Montagem................................ 21.000 DP – Cromeação............................... 16.000 DP – Usinagem................................. 9.000 Total.................................................... 106.000 21 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Análise de Custos Vamos analisar a posição dos custos indiretos, até o momento, em relação aos DSs e DPs: Tabela 2 – Custos indiretos de fabricação por departamento Custos Indiretos Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Usinagem Cromeação Montagem Controle de Qualidade Almoxarifado Manutenção Adm. Geral Aluguel 150.000 150.000 Ener. Elétrica 30.000 10.000 10.000 40.000 90.000 Mat. Indiretos 6.000 4.000 8.000 5.000 10.000 9.000 18.000 60.000 M.O. Indireta40.000 30.000 50.000 30.000 60.000 60.000 80.000 350.000 Depreciação 21.000 13.000 2.000 10.000 .- 16.000 8.000 70.000 Total............. 97.000 57.000 70.000 45.000 70.000 85.000 296.000 720.000 a) Rateio dos Custos da Adm. Geral 30.000 20.000 40.000 15.000 20.000 25.000 (150.000) 4.000 2.000 7.000 8.000 6.000 13.000 (40.000) 19.000 16.000 21.000 19.000 9.000 22.000 (106.000) Total............. 150.000 95.000 138.000 87.000 105.000 145.000 720.000 Podemos verificar na tabela que o total dos custos indiretos de fabricação que estavam alocados no DS - Administração Geral - foi distribuído para os demais departamentos - DS e DP-, sendo assim, temos novos valores para os respectivos departamentos, o que faz entender que o processo de rateio continua até termos os custos indiretos de fabricação alocados somente nos DPs. Para, então, levarmos aos produtos e, assim, conhecermos o custos de produção por produto, conforme já explicado. Rateio dos custos da manutenção: são os custos do DS e equivalem a $ 145.000, que deverão ser apropriados aos outros departamentos (DS e DP), e o critério de rateio escolhido terá como base o número de horas trabalhadas da manutenção em cada departamento, e, assim, temos: DS – Almoxarifado........................... 15.000 DS – Controle de qualidade......... 40.000 DP – Cromeação................................ 40.000 DP – Usinagem................................. 50.000 Total...................................................... 145.000 Portanto, a tabela tem os custos indiretos assim distribuídos: 22 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Unidade I Tabela 3 – Custos indiretos de fabricação por departamento Custos Indiretos Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Usinagem Cromeação Montagem Controle de Qualidade Almoxarifado Manutenção Adm. Geral Aluguel 150.000 150.000 Ener. Elétrica 30.000 10.000 10.000 40.000 90.000 Mat. Indiretos 6.000 4.000 8.000 5.000 10.000 9.000 18.000 60.000 M.O. Indireta 40.000 30.000 50.000 30.000 60.000 60.000 80.000 350.000 Depreciação 21.000 13.000 2.000 10.000 16.000 8.000 70.000 Total............. 97.000 57.000 70.000 45.000 70.000 85.000 296.000 720.000 a) Rateio dos Custos da Adm. Geral 30.000 20.000 40.000 15.000 20.000 25.000 (150.000) 4.000 2.000 7.000 8.000 6.000 13.000 (40.000) 19.000 16.000 21.000 19.000 9.000 22.000 (106.000) Total............. 150.000 95.000 138.000 87.000 105.000 145.000 720.000 b) Rateio dos Custos da Manutenção 50.000 40.000 40.000 15.000 (145.000) (150.000) (40.000) (106.000) Total............. 200.000 135.000 138.000 127.000 120.000 720.000 É de fácil compreensão que o DS (Manutenção) não serviu ao DP (Montagem), logo, esse não recebeu custos. Acredito que estejam ficando claras a utilização e a importância da departamentalização sobre a apuração dos custos indiretos de fabricação por DS e DP. E, assim, a distribuição dos custos continua, e sempre da direita para esquerda, conforme aponta a tabela. c) Rateio dos custos do almoxarifado: os custos desse DS estão em $ 120.000 e, pelo fato de servirem somente aos DPs, a empresa resolve distribuí-los igualmente: DP – Monagem................... 40.000 DP – Cromeação................. 40.000 DP – Usinagem.................. 40.000 Total...................................... 120.000 Nova tabela é apresentada: 23 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Análise de Custos Tabela 4 – Custos indiretos de fabricação por departamento Custos Indiretos Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Usinagem Cromeação Montagem Controle de Qualidade Almoxarifado Manutenção Adm. Geral Aluguel 150.000 150.000 Ener. Elétrica 30.000 10.000 10.000 40.000 90.000 Mat. Indiretos 6.000 4.000 8.000 5.000 10.000 9.000 18.000 60.000 M.O. Indireta 40.000 30.000 50.000 30.000 60.000 60.000 80.000 350.000 Depreciação 21.000 13.000 2.000 10.000 16.000 8.000 70.000 Total............. 97.000 57.000 70.000 45.000 70.000 85.000 296.000 720.000 a) Rateio dos Custos da Adm. Geral 30.000 20.000 40.000 15.000 20.000 25.000 (150.000) 4.000 2.000 7.000 8.000 6.000 13.000 (40.000) 19.000 16.000 21.000 19.000 9.000 22.000 (106.000) Total............. 150.000 95.000 138.000 87.000 105.000 145.000 720.000 b) Rateio dos Custos da Manutenção 50.000 40.000 40.000 15.000 (145.000) (150.000) (40.000) (106.000) Total............. 200.000 135.000 138.000 127.000 120.000 720.000 c) Rateio dos Custos do Almoxarifado 40.000 40.000 40.000 (120.000) (145.000) (150.000) (40.000) (106.000) Total............. 240.000 175.000 178.000 127.000 720.000 Resta-nos apenas o rateio dos custos indiretos do DS – controle de qualidade aos demais DPs. d) Rateio dos custos do controle de qualidade: o critério adotado para ratear os custos desse DS que estão em $ 127.000 tem como base o número de testes aplicados nos respectivos DPs e nesse período temos a seguinte informação: DP – Monagem............... 136 53,6 % DP – Cromeação............... 88 34,6 % DP – Usinagem................ 30 11,8 % Total e testes.................... 254 -> 100,0 % (*) (*) Aplicamos a regra de três para o cálculo dos percentuais e, assim, temos como distribuir o custo total de $ 127.000 aos DPs. DP – Montagem............... 68.000 DP – Cromeação............... 44.000 DP – Usinagem................. 15.000 Total ................................... 127.000 Observação: houve um arredondamento dos valores por parte do autor (Martins, 2003, p. 72). 24 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Unidade I Agora o rateio dos custos indiretos de fabricação dos DSs foram todos alocados aos DPs, conforme demonstra a tabela a seguir: Tabela 5 – Custos indiretos de fabricação por departamento Custos Indiretos Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Usinagem Cromeação Montagem Controle de Qualidade Almoxarifado Manutenção Adm. Geral Aluguel 150.000 150.000 Ener. Elétrica 30.000 10.000 10.000 40.000 90.000 Mat. Indiretos 6.000 4.000 8.000 5.000 10.000 9.000 18.000 60.000 M.O. Indireta 40.000 30.000 50.000 30.000 60.000 60.000 80.000 350.000 Depreciação 21.000 13.000 2.000 10.000 16.000 8.000 70.000 Total............. 97.000 57.000 70.000 45.000 70.000 85.000 296.000 720.000 a) Rateio dos Custos da Adm. Geral 30.000 20.000 40.000 15.000 20.000 25.000 (150.000) 4.000 2.000 7.000 8.000 6.000 13.000 (40.000) 19.000 16.000 21.000 19.000 9.000 22.000 (106.000) Total............. 150.000 95.000 138.000 87.000 105.000 145.000 720.000 b) Rateio dos Custos da Manutenção 50.000 40.000 40.000 15.000 (145.000) (150.000) (40.000) (106.000) Total............. 200.000 135.000 138.000 127.000 120.000 720.000 c) Rateio dos Custos do Almoxarifado 40.000 40.000 40.000 (120.000) (145.000) (150.000) (40.000) (106.000) Total............. 240.000 175.000 178.000 127.000 720.000 d) Rateio dos Custos - contr. de qualidade 68.000 44.000 15.000 (127.000) (120.000) (145.000) (150.000) (40.000) (106.000) Total............. 308.000 219.000 193.000 720.000 Para concluirmos o processo de departamentalização, resta-nos transferir aos produtos os custos indiretos de fabricação que estão somente nos DPs, a partir de um processo de rateio a ser escolhido pela empresa, para, em seguida, termos como apurar o custo de produção por produto. A empresa precisa distribuir os custos indiretos de fabricação que estão nos DPs (Usinagem, Cromeação e Montagem), nos respectivos valores de $ 308.000, $ 219.000 e $ 193.000, aos três produtos por ela fabricados: Fechaduras nos modelos básico, luxo e super luxo, e o critério de rateio escolhido foi a base no número de horas-máquinas que cada produto utilizou nesses DPs. Assim temos: 25 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 2014 Análise de Custos Produto Usinagem Cromeação Montagem Total / hm Fechadura – modelo básico 80 60 43 183 Fechadura – modelo luxo 120 120 70 310 Fechadura – modelo super luxo 150 120 80 350 Total.................................... 350 300 193 843 A tabela a seguir mostrará o custo industrial / hm e o gasto com o respectivo produto: Usinagem Cromeação Montagem Total Custo $ 308.000 = $ 880/hm $ 219.000 = $ 730/hm $ 193.000 = $ 1.000/hm Industrial / hm 350hm 300hm 193hm Fechadura - modelo básico 80hm x $ 880/hm = 60hm x $ 730/hm 43 hm x $ 1.000/hm = $ 70.400 $ 43.800 $ 43.000 $ 157.200 Fechadura - modelo luxo 120hm x $ 880/hm = 120hm x $ 730/hm 70 hm x $ 1.000/hm = $ 105.600 $ 87.600 $ 70.000 $ 263.200 Fechadura - modelo super luxo 150hm x $ 880/hm = 120hm x $ 730/hm 80 hm x $ 1.000/hm = $ 132.000 $ 87.600 $ 80.000 $ 299.600 Total.......................... $ 308.000 $ 219.000 $ 193.000 $ 720.000 Já temos os custos indiretos de fabricação atribuídos aos produtos, portanto, é possível apurar o custo de produção por produto (CD + CIF). Produto CD CIF Total Fechadura – modelo básico 288.000 157.200 445.200 Fechadura – modelo luxo 365.000 263.200 628.200 Fechadura – modelo super luxo 467,000 299.600 766.600 Total...................... 1.120.000 720.000 1.840.000 Para conhecer o custo de produção por unidade de produto, basta dividir o custo de produção por produto pela quantidade fabricada no período. Seguindo com o exemplo, temos: Produto Custo de Produção Total Quantidade Custo de Produção Unitária Fechadura – modelo básico 445.200 13.000 $ 34,25 Fechadura – modelo luxo 628.200 11.000 $ 57,11 Fechadura – modelo super luxo 766.600 9.000 $ 85,18 Total.......................... 1.840.000 33.000 26 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Unidade I 2.2.2 Sem departamentalização Utilizando-se dos mesmos dados do exemplo, vamos apurar o custo de produção por produto, porém sem o uso da departamentalização, ou seja, atribuindo apenas uma etapa de rateio para os custos indiretos de fabricação aos produtos: Produto CD CIF Total Fechadura – modelo básico 288.000 Fechadura – modelo luxo 365.000 Fechadura – modelo super luxo 467,000 Total.......................... 1.120.000 720.000 1.840.000 Sabemos que há diversos critérios de rateio para a atribuição dos custos indiretos aos produtos, porém a escolha para esse exemplo parte da atribuição com base na quantidade fabricada de cada produto. Assim temos: Produto Quantidade % CIF Fechadura – modelo básico 13.000 39,4 $ 283.680 Fechadura – modelo luxo 11.000 33,3 $ 239.760 Fechadura – modelo super luxo 9.000 27,3 $ 196.560 Total.......................... 33.000 100,0 $ 720.000 Custo de produção por produto: Produto CD CIF Total Fechadura – modelo básico 288.000 283.680 571.680 Fechadura – modelo luxo 365.000 239.760 604.760 Fechadura – modelo super luxo 467.000 196.560 663.560 Total.......................... 1.120.000 720.000 1.840.000 Custo de produção por unidade de produto: Produto Custo de Produção Total Quantidade Custo de Produção Unitária Fechadura – modelo básico 571.680 13.000 $ 43,97 Fechadura – modelo luxo 604.760 11.000 $ 54,99 Fechadura – modelo super luxo 663.560 9.000 $ 73,73 Total.......................... 1.840.000 33.000 27 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Análise de Custos Custo de produção unitária com e sem departamentalização Produto Com departamentalização Sem departamentalização Variação em % Fechadura – modelo básico $ 34,25 $ 43,97 28,4 % Fechadura – modelo luxo $ 57,11 $ 54,99 - 3,7 % Fechadura – modelo super luxo $ 85,18 $ 73,73 - 13,4 % Conforme observamos, o custo de produção unitária por produto sem departamentalização elevou em 28,4% o custo da fechadura com modelo básico, ficando os outros dois produtos com um custo unitário inferior ao critério da departamentalização. Vale lembrar que não houve redução dos custos indiretos de fabricação, tanto no critério com departamentalização quanto sem foram os mesmos $ 720.000 distribuídos aos produtos; o que temos na departamentalização (conforme já exposto) é uma maneira mais racional de distribuir os custos indiretos aos produtos. Utilizamos diversas fases para essa atribuição, considerando o gasto efetivo de cada departamento, e quando não é possível essa informação recorremos ao rateio, porém sempre de uma maneira criteriosa. Portanto, a formação do custo de produção por produto leva a empresa a tomar decisões com maior proximidade de seu gasto efetivo, uma vez que jamais a empresa o conhecerá, por sempre depender do processo de rateio dos custos indiretos de fabricação. Exemplo de aplicação A Ford do Brasil mantém na cidade de Taubaté, Estado de São Paulo, um significativo complexo industrial para a produção de motores desde 1974. Em 2009 construiu uma nova planta para a produção de um novo e inovador modelo de motor, com o nome comercial “Sigma Flex”, que em 12/05/2014 atingiu a marca de 1 milhão de unidades produzidas. Santoro e Moraes (2000) produziram um artigo em que descreveram a linha de montagem de motores na Ford Brasil de Taubaté: A linha de montagem de motores compõe-se de várias dezenas de estações de trabalho manuais e automáticas, interligadas por um transportador acumulativo. Os motores são montados sobre paletes, sendo que o processo de montagem se inicia com a colocação do bloco de cilindros, previamente lavado, sobre um palete vazio. A partir disso, diversos componentes são montados em cada estação de trabalho: conjunto de pistões, casquilhos, virabrequim, cabeçote, bomba de óleo, cárter, bomba de água, etc. Em duas posições da linha o motor é testado e, em caso de falha, é desviado para que possa ser retrabalhado. Ao final do processo, existe uma área de teste a quente (hot test), descrita em detalhes no item 7, e também um desvio para reparo de motores defeituosos. No final da linha de montagem o motor completo é retirado do palete e depositado em um contenedor, e o palete 28 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Unidade I retorna para a primeira estação – após passar por uma lavadora –, onde um novo bloco será montado. Saiba mais Veja uma foto histórica da comemoração da produção de um milhão de motores de um modelo inovador, na Planta de Taubaté, São Paulo: FORD Celebrates Production of 1-Millionth Sigma Engine at Taubaté. Ford online, 12 maio 2014. Disponível em: <http://www.at.ford.com/news/ cn/Pages/Ford%20Celebrates%20Production%20of%201-Millionth%20 Sigma%20Engine%20at%20Taubat%C3%A9.aspx>. Acesso em: 14 jul. 2014. Esses autores identificaram os seguintes trabalhos que são realizados nessa linha de montagem, os quais denominaram “subsistemas” e a abrangência do trabalho de cada “subsistema”, como você pode observar na tabela a seguir: Tabela 6 – Subsistemas da linha de montagem da Ford Brasil Subsistema Limites Linha principal (primeiro segmento). Da lavadora de paletes até a primeira travessia do corredor. Linha principal (segundo segmento). Da primeira travessia do corredor até o acesso às células de teste a quente. área de teste a quente (hot test). Do acesso às células de teste até a saída de motores. Lavadora de blocos. Do abastecimento de peças até a operação de montagem do bloco. Lavadora de virabrequins. Do abastecimento de peças até a operação de montagem do virabrequim. Submontagem de pistões. Do abastecimento de peças até a operação de montagem do conjunto pistão e biela. Lavadora e submontagem de cabeçotes. Do abastecimento de peças até a operação de montagem do cabeçote. Fonte: Santoro; Moraes (2000). observação A linha de montagem que esses autores descrevem é a tradicional da Ford de Taubaté, não é a nova planta que conta com robôs industriais e que foi inauguradaem 2009. Santoro e Moraes (2000) demonstraram graficamente esses trabalhos ou “subsistemas” na figura a seguir: 29 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Análise de Custos Linha principal área de teste a quente Segundo segmento Corredor de abastecimento Saída de motores Subsistemas em paralelo Subsistemas em paralelo (Equivalem aos principais componentes do motor) A: bloco de cilindros B: conjunto de pistão-biela C: virabrequim D: cabeçote dos cilindros Submontagem Lavadora Lavadora de paletes Abastecimento de principais componentes ABCD Primeiro segmento P P Figura 1 – Representação geral da linha de montagem de motores da Ford Na controladoria da Ford, esses trabalhos realizados na linha de montagem ou “subsistemas”, conforme esses autores, podem ser considerados “departamentos” ou, ainda, “centros de custo”. Exatamente como foi definido para a Ford, a menos que a empresa venha a divulgar isso, não saberemos porque se trata de uma contabilidade produzida essencialmente para usuário interno, ou seja, apenas para uso dentro da Ford. Entende-se que um departamento precisa ter um gestor responsável, mas não necessariamente isso poderá ocorrer, depende do entendimento e julgamento do contador face às necessidades da empresa. 30 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Unidade I Esses mesmos trabalhos, ou um detalhamento deles, podem vir a ser considerados no custeio por atividades (ABC), conforme estudaremos mais a frente. 2.3 exercício proposto A empresa Caldeirinha Ltda. fabrica equipamentos de uso siderúrgico. Sua linha de produtos é composta de panelas, tambores e caçambas. Os departamentos de produção são: Pintura, Montagem, Usinagem e Caldeiraria, e os departamentos de serviços são: Administração, Almoxarifado, Manutenção e Controle de qualidade. No mês de agosto, a produção e os tempos apontados foram: Produtos Quantidadeunidade Tempos Unitários (horas) Caldeiraria Usinagem Montagem Pintura Panela 12 35 17,5 15 Tambor 8 60 30 20 Caçamba 25 28 6 14,8 10 Os custos indiretos de fabricação, bem como as informações e os rateios, são discriminados na tabela a seguir: Tabela 7 – Informações sobre os custos indiretos de fabricação Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS TotalPintura Monta-gem Usinagem Caldei- raria Adm. Almoxari- fado Manu- tenção Controle de Qualidade Nº de funcionários 22 23 12 25 8 3 5 6 104 Área ocupada 70 150 90 100 75 60 30 25 600 Nº de requisições 212 382 295 320 5 2 18 23 1.257 Potência em KW 400 500 1.300 850 70 50 120 30 3.320 Horas de Manutenção 50 130 200 150 12 8 20 570 Horas C. Qualidade 100 230 180 210 720 Mão de obra indireta 10% 15% 20% 22% 10% 5% 8% 10% $ 250.000 Deprecação 7% 15% 40% 15% 5% 5% 8% 5% $ 12.00 Material auxiliar 10% 25% 40% 15% 2% 1% 4% 3% $ 63.000 Comb. lubrificantes 10% 20% 20% 20% 10% 20% $ 8.000 Telefone 100% $ 2.000 Água 100% $ 500 Aluguel $ 120.000 Energia Elétrica $ 149.400 Seguros $ 23.000 Outros custos $ 52.000 31 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Análise de Custos Seguem as informações para a distribuição dos custos indiretos de fabricação aos produtos: • O aluguel é rateado aos departamentos conforme a área ocupada. • A energia elétrica é rateada conforme a potência instalada. • O seguro é rateado conforme o custo da depreciação. • Os outros custos são rateados conforme o custo da mão de obra indireta. • A Administração Geral da fábrica é rateada aos demais departamentos pelo número de funcionários. • O Almoxarifado é rateado aos demais departamentos, conforme o número de requisições de materiais atendido. • A Manutenção e o Controle de qualidade são rateados conforme suas horas apontadas. • Os departamentos produtivos são rateados aos produtos conforme os tempos apontados. Pede-se: determinar o custo indireto de fabricação de cada produto. Fonte: Megliorini (2002, p. 90-91) Resolução: Neste exercício, iremos treinar o custeio departamental. Como em todo processo de custeio, para a formação do custo de produção, devemos seguir os seguintes passos: 1. Separação entre custos e despesas. 2. Apropriação dos custos diretos diretamente aos produtos, tomando-se como base o seu gasto efetivo. 3. Apropriação dos custos indiretos de fabricação aos produtos, utilizando-se de um critério de rateio escolhido pela própria empresa para distribuí-los. E seguir esta equação: Custo de produção por produto = CD + CIF 32 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Unidade I Nesse sentido, temos os seguintes passos no custeio departamentalizado: • separação entre custos e despesas (no enunciado do exercício pode-se observar que essa etapa já foi realizada, mostram-se apenas os custos); • apropriação dos custos diretos diretamente aos produtos, tomando-se como base o seu gasto efetivo (no enunciado do exercício pode-se observar que não há menção a custos diretos, apenas a custos indiretos. Portanto, não se trata de um exercício completo, mas um exercício para treinar rateios (e critérios) de custos indiretos. Não se aplica então esta etapa); • apropriação dos custos indiretos que pertencem aos departamentos, agrupando, à parte, os comuns. Começaremos então a trabalhar de acordo com os dados fornecidos no enunciado e nas tabelas: Tabela 8 Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção Controle de Qualidade Material auxiliar 10% 25% 40% 15% 2% 1% 4% 3% $63.000 Material auxiliar rateado 6.300,00 15.750,00 25.200,00 9.450,00 1.260,00 630,00 2.520,00 1.890,00 63.000,00 Rateio por porcentagem (regra de três) Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção Controle de Qualidade Comb. lubrificantes 10% 20% 20% 20% 10% 20% $8.000 Comb. lubrificantes 800,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 800,00 1.600,00 8.000,00 Rateio por porcentagem (regra de três) Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção Controle de Qualidade Telefone 100% $ 2.000 Telefone 2.000,00 2.000,00 Rateio por porcentagem (regra de três) Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção Controle de Qualidade água 100% $ 500 água 500,00 500,00 Rateio por porcentagem (regra de três) 33 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Análise de Custos • rateio dos custos indiretos comuns aos diversos departamentos, tanto de produção quanto de serviços. Aqui continuamos a trabalhar de acordo com os dados fornecidos no enunciado e as tabelas: — O aluguel é rateado aos departamentos conforme a área ocupada. Tabela 9 Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção Controle de Qualidade área ocupada 70 150 90 100 75 60 30 25 600 Aluguel $120.000 Com os dados disponíveis: Gasto com aluguel 120.000,00 área ocupada total 600 aluguel por m2 de rea ocupada gasto com aluguel rea ocupada total á á 200,00 por m 2 então: (70 x 200,00) (150 x 200,00) (90 x 200,00) (100 x 200,00) (75 x 200,00) (60 x 200,00) (30 x 200,00) (25 x 200,00) Aluguel 14.000,00 30.000,00 18.000,00 20.000,00 15.000,00 12.000,00 6.000,00 5.000,00 120.000,00 — A energia elétrica é rateada conforme a potência instalada. Tabela 10 Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção Controle de Qualidade Qualidade Potência em KW 400 500 1.300 850 70 50 12030 3.320 Energia Elétrica $149.400 Com os dados disponíveis: Gasto com energia elétrica 149.00,00 Potência em KW 3.320 Energia el trica por KV consumido gasto com energia el trica pot nc é é ê iia instalada 45,00 por KW então: (400 x 45,00) (500 x 45,00) (1.300 x 45,00) (850 x 45,00) (70 x 45,00) (50 x 45,00) (120 x 45,00) (30 x 45,00) Energia Elétrica 18.000,00 22.500,00 58.500,00 38.250,00 3.150,00 2.250,00 5.400,00 1.350,00 149.400,00 34 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Unidade I — O seguro é rateado conforme o custo da depreciação. Calcula-se também a própria depreciação: Tabela 11 Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção Controle de Qualidade Depreciação 7% 15% 40% 15% 5% 5% 8% 5% $12.00 Depreciação rateada 0,84 1,80 4,80 1,80 0,60 0,60 0,96 0,60 12,00 Rateio por porcentagem (regra de três) Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção Controle de Qualidade Depreciação 7% 15% 40% 15% 5% 5% 8% 5% 100% Seguros 1.610,00 3.450,00 9.200,00 3.450,00 1.150,00 1.150,00 1.840,00 1.150,00 23.000,00 Rateio por porcentagem (regra de três) — Os outros custos são rateados conforme o custo da mão de obra indireta. Tabela 12 Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção Controle de Qualidade Mão de obra Indireta 10% 15% 20% 22% 10% 5%8% 10% $250.000 MOI rateada 25.000,00 37.500,00 50.000,00 55.000,00 25.000,00 12.500,00 20.000,00 25.000,00 250.000,00 Rateio por porcentagem (regra de três) Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção Controle de Qualidade Mão de obra Indireta 10% 15% 20% 22% 10% 5% 8% 10% 100% Outros custos 5.200,00 7.800,00 10.400,00 11.440,00 5.200,00 2.600,00 4.160,00 5.200,00 52.000,00 Rateio por porcentagem (regra de três) — Finalizamos o rateio dos custos indiretos aos departamentos. Temos então, neste momento, a seguinte posição: 35 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Análise de Custos Tabela 13 Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção Controle de Qualidade Mão de Obra Indireta 25.000,00 37.500,00 50.000,00 55.000,00 25.000,00 12.500,00 20.000,00 25.000,00 250.000,00 Depreciação 0,84 1,80 4,80 1,80 0,60 0,60 0,96 0,60 12,00 Material auxiliar 6.300,00 15.750,00 25.200,00 9.450,00 1.260,00 630,00 2.520,00 1.890,00 63.000,00 Comb. lubrificantes 800,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 800,00 1.600,00 8.000,00 Telefone 2.000,00 2.000,00 água 500,00 500,00 Aluguel 14.000,00 30.000,00 18.000,00 20.000,00 15.000,00 12.000,00 6.000,00 5.000,00 120.000,00 Energia Elétrica 18.000,00 22.500,00 58.500,00 38.250,00 3.150,00 2.250,00 5.400,00 1.350,00 149.400,00 Seguros 1.610,00 3.450,00 9.200,00 3.450,00 1.150,00 1.150,00 1.840,00 1.150,00 23.000,00 Outros custos 5.200,00 7.800,00 10.400,00 11.440,00 5.200,00 2.600,00 4.160,00 5.200,00 52.000,00 Totais 70.910,84 118.601,80 172.904,80 139.191,80 54.060,60 31.130,60 41.520,96 39.590,60 667.912,00 — A administração geral da fábrica é rateada aos demais departamentos pelo número de funcionários. Nesta etapa, começamos a ratear os valores dos departamentos de serviços aos outros departamentos. Note que alguns departamentos de serviços também prestam serviços a outros departamentos de serviços e não só aos produtivos. Temos então que organizar quais serão os primeiros departamentos a serem rateados, para facilitar esse trabalho. No enunciado, a sequência pede para que rateemos a administração geral da fábrica. Portanto, vamos seguir essa sugestão. Não necessariamente precisaríamos começar por esse departamento. Temos então o seguinte rateio para o departamento de administração geral: Tabela 14 Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção Controle de Qualidade Nº de funcionários 22 23 12 25 8 3 5 6 104 Administração 54.060,60 54.060,60 Com os dados disponíveis: Gasto com energia elétrica 54.060,60 Potência em KW 104 Rateio do depto. de Administra o geralçã Custos rateados Quantidade dde funcion rios por deptoá 519,81por funcionário Rateio administração: (22 x 519,81) (23 x 519,81) (12 x 519,81) (25 x 519,81) (8 x 519,81) (3 x 519,81) (5 x 519,81) {(6 x 519,81) + (0,36 para arredondar)} Administração Geral 11.435,82 11.955,63 6.237,72 12.995,25 4.158,48 1.559,43 2.599,05 3.119,22 54.060,60 36 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Unidade I Após esse rateio, transportamos os dados para a planilha, que ficará com o seguinte panorama: Tabela 15 Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção Controle de Qualidade Mão de Obra Indireta 25.000,00 37.500,00 50.000,00 55.000,00 12.500,00 20.000,00 25.000,00 225.000,00 Depreciação 0,84 1,80 4,80 1,80 0,60 0,96 0,60 11,40 Material auxiliar 6.300,00 15.750,00 25.200,00 9.450,00 630,00 2.520,00 1.890,00 61.740,00 Comb. lubrificantes 800,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 7.200,00 Telefone água Aluguel 14.000,00 30.000,00 18.000,00 20.000,00 12.000,00 6.000,00 5.000,00 105.000,00 Energia Elétrica 18.000,00 22.500,00 58.500,00 38.250,00 2.250,00 5.400,00 1.350,00 146.250,00 Seguros 1.610,00 3.450,00 9.200,00 3.450,00 1.150,00 1.840,00 1.150,00 21.850,00 Outros custos 5.200,00 7.800,00 10.400,00 11.440,00 2.600,00 4.160,00 5.200,00 46.800,00 Depto de Adm. Geral 11.435,82 11.955,63 6.237,72 12.995,25 4.158,48 1.559,43 2.599,05 3.119,22 54.060,60 Totais 82.346,66 130.557,43 179.142,52 152.187,05 4.158,48 32.690,03 44.120,01 42.709,82 667.912,00 Observe que os totais de cada despesa foram alterados e os gastos da administração também, que ainda está com um resíduo de $ 4.158,48. — Vamos passar agora para a próxima fase: o almoxarifado é rateado aos demais departamentos, conforme o número de requisições de materiais atendido. 37 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Análise de Custos Tabela 16 Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção Controle de Qualidade Nº de requisições 212 382 295 320 5 2 18 23 1.257 Almoxarifado 32.690,03 32.690,03 Com os dados disponíveis: Custos rateados do depto de Almoxarifado 54.060,60 Quantidade de requisições por depto. 1.257 Rateio do depto. de Almoxarifado requ Custos rateados Quantidade de iisições por depto 26,01por requisição (212 x 26,01) (382 x 26,01) (295 x 26,01) (320 x 26,01) (5 x 26,01) (2 x 26,01) (18 x 26,01) (23 x 26,01) Almoxarifado 5.513,35 9.934,44 7.671,88 8.322,04 130,03 52,01 468,11 598,15 32.690,03 Vamos observar agora qual será a consequência na planilha de custos: Tabela 17 Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção Controle de Qualidade Mão de Obra Indireta 25.000,00 37.500,00 50.000,00 55.000,00 20.000,00 25.000,00 212.500,00 Depreciação 0,84 1,80 4,80 1,80 0,96 0,60 10,80 Material auxiliar 6.300,00 15.750,00 25.200,00 9.450,00 2.520,00 1.890,00 61.110,00 Comb. lubrificantes 800,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 7.200,00 Telefone água Aluguel 14.000,00 30.000,00 18.000,00 20.000,00 6.000,00 5.000,00 93.000,00 Energia Elétrica 18.000,00 22.500,00 58.500,00 38.250,00 5.400,00 1.350,00 144.000,00 Seguros 1.610,00 3.450,00 9.200,00 3.450,00 1.840,00 1.150,00 20.700,00Outros custos 5.200,00 7.800,00 10.400,00 11.440,00 4.160,00 5.200,00 44.200,00 Depto de Adm. Geral 11.435,82 11.955,63 6.237,72 12.995,25 4.158,48 2.599,05 3.119,22 52.501,17 Depto de Almoxarifado 5.513,35 9.934,44 7.671,88 8.322,04 130,03 52,01 468,11 598,15 32.690,03 Totais 87.860,01 140.491,87 186.814,40 160.509,09 4.288,51 52,01 44.588,12 43.307,97 667.912,00 — E passemos aos outros departamentos de serviços: a manutenção e o controle de qualidade são rateados conforme suas horas apontadas. 38 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Unidade I Iremos distribuir agora os custos da manutenção: Tabela 18 Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção Controle de Qualidade Horas de Manutenção 50 130 200 150 12 8 20 570 Manutenção 44.588,12 44.588,12 Com os dados apurados: Custos rateados do depto. de Manutenção 44.588,12 Horas de manutenção 570 Rateio do depto de Manuten Custos rateados Horas de Manuten . ção ção 78,22 por hora de manutenção (50*78,22) (130*78,22) (200*78,22) (150*78,22) (12*78,22) (8*78,22) (Não rateia) (20*78,22) Manutenção 3.911,24 10.169,22 15.644,95 11.733,72 938,70 625,80 1.564,50 44.588,12 E esta é a consequência na planilha de custos: Tabela 19 Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção Controle de Qualidade Mão de Obra Indireta 25.000,00 37.500,00 50.000,00 55.000,00 25.000,00 192.500,00 Depreciação 0,84 1,80 4,80 1,80 0,60 9,84 Material auxiliar 6.300,00 15.750,00 25.200,00 9.450,00 1.890,00 58.590,00 Comb. lubrificantes 800,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 Telefone água Aluguel 14.000,00 30.000,00 18.000,00 20.000,00 5.000,00 87.000,00 Energia Elétrica 18.000,00 22.500,00 58.500,00 38.250,00 1.350,00 138.600,00 Seguros 1.610,00 3.450,00 9.200,00 3.450,00 1.150,00 18.860,00 Outros custos 5.200,00 7.800,00 10.400,00 11.440,00 5.200,00 40.040,00 Depto de Adm. Geral 11.435,82 11.955,63 6.237,72 12.995,25 4.158,48 3.119,22 49.902,12 Depto de Almoxarifado 5.513,35 9.934,44 7.671,88 8.322,04 130,03 52,01 598,15 32.221,92 Depto de Manutenção 3.911,24 10.169,22 15.644,95 11.733,72 938,70 625,80 1.564,50 44.588,12 Totais 91.771,25 150.661,09 202.459,36 172.242,81 5.227,21 677,81 - 44.872,46 667.912,00 39 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Análise de Custos Vamos agora distribuir os custos do controle de qualidade: Tabela 20 Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção Controle de Qualidade Horas C. Qualidade 100 230 180 210 720 Controle de Qualidade 44.872,46 44.872,46 Com os dados apurados: Custos rateados do depto de Controle de Qualidade 44.872,46 Horas de manutenção 720 Rateio do depto de Controle de Qualidade Custos rateados Horas de Co . nntrole de Qualidade 62,32 por hora de controle de qualidade( (100 x 62,32) (100 x 62,32) (100 x 62,32) (100 x 62,32) (Não rateia) (Não rateia) (Não rateia) (Não rateia) Controle de Qualidade 6.232,29 14.334,26 11.218,12 13.087,80 – 44.872,46 E esta é a consequência na planilha de custos: Tabela 21 Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção Controle de Qualidade Mão de Obra Indireta 25.000,00 37.500,00 50.000,00 55.000,00 167.500,00 Depreciação 0,84 1,80 4,80 1,80 9,24 Material auxiliar 6.300,00 15.750,00 25.200,00 9.450,00 56.700,00 Comb. lubrificantes 800,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 5.600,00 Telefone – água – Aluguel 14.000,00 30.000,00 18.000,00 20.000,00 82.000,00 Energia Elétrica 18.000,00 22.500,00 58.500,00 38.250,00 137.250,00 Seguros 1.610,00 3.450,00 9.200,00 3.450,00 17.710,00 Outros custos 5.200,00 7.800,00 10.400,00 11.440,00 34.840,00 Depto de Adm. Geral 11.435,82 11.955,63 6.237,72 12.995,25 4.158,48 46.782,90 Depto de Almoxarifado 5.513,35 9.934,44 7.671,88 8.322,04 130,03 52,01 31.623,77 Depto de Manutenção 3.911,24 10.169,22 15.644,95 11.733,72 938,70 625,80 43.023,62 Depto Controle Qualidade 6.232,29 14.334,26 11.218,12 13.087,80 44.872,46 Totais 98.003,54 164.995,35 213.677,47 185.330,61 5.227,21 677,81 - – 667.912,00 40 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Unidade I Observe que os custos dos departamentos de serviços estão praticamente todos rateados, no entanto, permanecem valores nos departamentos de administração e almoxarifado. Devemos então proceder a uma segunda rodada de rateio para distribuição dos gastos aos departamentos produtivos e ao almoxarifado, ou seja, não ratearemos mais aos departamentos que já tiveram seus saldos zerados, apenas aos que terão rateios (o almoxarifado). observação Há contadores que costumam simplesmente não ratear gastos de departamentos de serviços a outros departamentos de serviços para evitar essa segunda rodada. Vamos lá, vamos distribuir o resíduo do departamento de administração geral ($ 5.227,2): Tabela 22 Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção Controle de Qualidade Nº de funcionários 22 23 12 25 8 3 5 6 104 Administração 5.227,21 5.227,21 Com os dados apurados: Custos rateados do depto de Administração 5.227,21 Quantidade de funcionários por depto. 85 (104 - 19 = os funcionários deptos de Adm, Manutenção e Controle Qualidade) Rateio do depto de Ad istra o Geral Custos rateados Quantidade . min çã dde funcion rios por deptoá 61,50 por funcionário Rateio administração: (22 x 61,50) (23 x 61,50) (12 x 61,50) (25 x 61,50) (Não rateia) (3 x 61,50) (Não rateia) (Não rateia) Administração Geral 1.352,92 1.414,42 737,96 1.537,41 184,49 5.227,21 E esta é a consequência na planilha de custos: somamos os valores da segunda rodada de cálculo na linha do departamento de administração geral. 41 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 15 /0 7/ 20 14 Análise de Custos Tabela 23 Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção Controle de Qualidade Mão de Obra Indireta 25.000,00 37.500,00 50.000,00 55.000,00 167.500,00 Depreciação 0,84 1,80 4,80 1,80 9,24 Material auxiliar 6.300,00 15.750,00 25.200,00 9.450,00 56.700,00 Comb. lubrificantes 800,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 5.600,00 Telefone – água – Aluguel 14.000,00 30.000,00 18.000,00 20.000,00 82.000,00 Energia Elétrica 18.000,00 22.500,00 58.500,00 38.250,00 137.250,00 Seguros 1.610,00 3.450,00 9.200,00 3.450,00 17.710,00 Outros custos 5.200,00 7.800,00 10.400,00 11.440,00 34.840,00 Depto de Adm. Geral 12.788,74 13.370,05 6.975,68 14.532,66 184,49 47.851,63 Depto de Almoxarifado 5.513,35 9.934,44 7.671,88 8.322,04 52,01 31.493,74 Depto de Manutenção 3.911,24 10.169,22 15.644,95 11.733,72 625,80 42.084,93 Depto Controle Qualidade 6.232,29 14.334,26 11.218,12 13.087,80 44.872,46 Totais 99.356,46 166.409,77 214.415,43 188.868,03 – 862,30 - – 667.912,00 Vamos partir agora para o último departamento que tem saldo nesta segunda rodada, o departamento de almoxarifado: Tabela 24 Departamentos de Produção - DP Departamentos de Serviços - DS Total Pintura Montagem Usinagem Caldeiraria Adm. Almoxarifado Manutenção Controle de Qualidade Nº de requisições 212 382 295 320 5 2 18 23 1.257 Almoxarifado 862,30 862,30 Com os dados apurados: Custos rateados do depto de Almoxarifado 862,30 Quantidade de requisições por depto. 1.209 (1.257 - 48 = requisições dos departamentos de serviços) Rateio do depto de Ad istra o Geral Custos rateados Quantidade . min çã dde funcion rios por deptoá 0,71 por requisição (212
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