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gestão de CUSTOS Carlos Ubiratan da Costa Schier 2ª edição incluindo conteúdos sobre gestão contábil Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da Editora Ibpex. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal. Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.O selo DIALÓGICA da Editora Ibpex faz referência às publicações que privilegiam uma linguagem na qual o autor dialoga com o leitor por meio de recursos textuais e visuais, o que torna o conteúdo muito mais dinâmico. São livros que criam um ambiente de interação com o leitor – seu universo cultural, social e de elaboração de conhecimentos –, possibilitando um real processo de interlocução para que a comunicação se efetive. C a r l o s U b i r a t a n d a C o s t a S c h i e r G e s t ã o d e c u s t o sNenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da Editora Ibpex. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal. Av. Vicente Machado, 317. 14º andar Centro . CEP 80420-010 . Curitiba . PR . Brasil Fone: (41) 2103-7306 www.editoraibpex.com.br editora@editoraibpex.com.br Conselho editorial Dr. Ivo José Both (presidente) Drª. Elena Godoy Dr. Nelson Luís Dias Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Dr. Ulf Gregor Baranow Editor-chefe Lindsay Azambuja Editor-assistente Ariadne Nunes Wenger Editor de arte Raphael Bernadelli Preparação de originais Amanda Santos Borges Copidesque Sandra Regina Klippel Capa Design Stefany Conduta Wrublevski Ilustração Marcelo Lopes – Estúdio Leite Quente Fotografia Photos to Go Projeto gráfico Raphael Bernadelli Iconografia Danielle Scholtz 1ª edição, 2006 (31.575 exemplares). 2ª edição rev., ampl. e atual., 2011. Foi feito o depósito legal. Schier, Carlos Ubiratan da Costa Gestão de custos [livro eletrônico] / Carlos Ubiratan da Costa Schier. – 2. ed. rev., atual. e ampl. – Curitiba: Ibpex, 2012. – (Série Gestão financeira) 2 MB ; PDF Bibliografia. ISBN 978-85-417-0012-2 1. Contabilidade de custos 2. Contabilidade gerencial 3. Custos baseados em atividades I. Título. II. Série.. 12-08294 CDD-658.1552Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Índices para catálogo sistemático: Custos : Gestão : Empresas : Administração financeira 658.1552 Gestão de custos : Empresas : Administração financeira 658.1552 Informamos que é de inteira responsabilidade do autor a emissão de conceitos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da Editora Ibpex. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei nº 9.610/98 e punido pelo art. 184 do Código Penal. Esta obra é utilizada como material didático nos cursos oferecidos pelo Grupo Uninter. Sumário Apresentação 9 Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Como aproveitar ao máximo este livro 11 Parte 1 Gestão contábil Os subsídios do sistema contábil para as atividades de gestão dos negócios 17 Apresentação histórica da contabilidade 20 O ambiente da gestão contábil 21 Elementos constitutivos de gestão contábil 27 1 As bases conceituais para a elaboração da 2 demonstração contábil 51 Quais são os princípios que devemos observar ao elaborarmos uma demonstração contábil? 53 Qual é a concepção contábil de patrimônio? 58 3 Conta e plano de contas 72 3 A contabilidade e suas interligações: gerência, tributos e custos 77 1 Contabilidade gerencial 79 Aspectos tributários em contabilidade 82 Parte 2 Gestão de custos 4 Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Aspectos gerais da concepção de custos 95 4.1 Considerações básicas sobre custos 97 5 Contabilidade de custos 117 Introdução à contabilidade de custos 119 2 Plano de contas na gestão contábil de custos 124 Esquema básico da contabilidade de custos 125 Classificação dos gastos 133 Separação dos gastos em custos e despesas 135 Apuração dos custos dos produtos vendidos 137 Custo de aquisição de mercadorias destinadas 6 à revenda 140 7 Considerações gerais sobre materiais e mão de obra 147 1 Controle do material 150 Mão de obra 153 8 Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Estoques: métodos de avaliação, sistema de controle e normas 161 Tipos de métodos de avaliação de estoques 163 Sistema de controle ABC dos estoques 167 8.3 Custos para fins fiscais 168 9 Gastos gerais de fabricação e os rateios de custos de uma empresa 173 Departamentalização 175 2 Considerações sobre os gastos gerais de fabricação 178 Custo: fator de controle e otimização 187 10.1 Custos para fins de controle 190 10 Determinação do custo-padrão 192 ontrole de custos administrativos 194 Custos para otimização de resultados 195 Sistema de custeio por atividades 196 Implantação de um sistema de apuração de custos 202 11 Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Custos para a tomada de decisão 211 istema de custeio direto ou variável e custo fixo 213 Análise do ponto de equilíbrio e margem de contribuição 214 Análise do grau de alavancagem e lucro 216 Custos para formação depreço de venda 217 Custos e orçamentos 228 Para concluir 237 Referências 239 Respostas 249 Sobre o autor 251 Apresentação P Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.odemos observar que, independentemente do setor de atuação e do porte da organização, a gestão contábil e de custos, em virtude de sua contribuição em nível estratégico para as operações das empresas, deve receber atenção especial no que diz respeito ao seu aprendizado por parte dos gestores. Ao afirmarmos isso, temos como objetivo argu- mentar que o profissional da área de gestão que domine o processo de contabilidade em nível gerencial, bem como os fatores de racionalização e controle de custos, será competitivamente diferenciado no mercado. O processo de gestão contábil e de custos demonstra ser, hoje, um instrumento de suma importância no contexto empresarial, posto que é um fator que pode estabelecer vantagem competitiva para as organizações que utilizarem adequadamente suas ferramentas no contexto mercado- lógico atual, visando à obtenção de máxima eficácia em suas operações. Logo, a integração da contabilidade com a gestão de custos se dá em função da importância comprovada que ambas têm no processo gerencial e na eficácia nos resultados. Assim, nesta obra, introduzimos a complementação do processo de gestão de custos por meio da inserção de conteúdo inerente à gestão contábil. Indicamos a gestão contábil como assunto complementar ao conteúdo da primeira edição, porque, além de tratarmos do assunto “custo” de forma simples e direta, também abordamos o processo contábil, em que sabidamente são registradas todas as operações das empresas, inclusive as informações referentes ao controle e à gestão de custos. Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.O intuito é o de contribuirmos para o entendimento do processo contábil e de custeio, propósito com o qual todo o conteúdo teórico é exemplificado e passível de aplicação em estudos de caso e/ou exercícios resolvidos que estão incluídos na obra, bem como na resolução de questões práticas rela- tivas à gestão contábil e de custos. Ao longo do texto você poderá observar uma constante preocupação com a contextualização dos assuntos abordados. Isso se reflete na linguagem, pois optamos pelo diálogo, ou seja, trouxemos você para o interior do discurso, para a construção do texto. Nesse processo, destacamos as falas e as sínteses, ao mesmo tempo que agrupamos e escalonamos os tópicos abordados, procurando, dessa maneira, deixar mais visível o processo de gestão contábil e de custos. Nessa tarefa, e com os objetivos já citados, dividimos a obra em duas partes complementares. Na primeira, tratamos especificamente da gestão contábil. Já na segunda, abordamos a gestão de custos por meio da expli- citação de conceitos e exemplificações objetivas ao longo de oito subtemas ou capítulos. Agora, é nos colocarmos no caminho do texto e realizarmos mais um percurso. Como aproveitar ao máximo este livro No intuito de que você possa aproveitar todas as ferramentas desta obra e possa absorver o máximo de informações que o seu conteúdo oferece, este livro foi incrementado com algumas estruturas textuais diversificadas e com atividades especiais, para a visualização rápida dos assuntos tratados e para melhorar o seu conhecimento sobre os temas abordados. Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Para uma visão geral do conteúdo, cada capítulo inicia expondo os principais temas nele abordados. Também apresenta uma expectativa de aprendizagem, isto é, o resultado esperado da sua leitura e estudo. Os capítulos também dispõem de exercícios resolvidos, de forma a possibilitar que você compreenda a aplicação prática dos conceitos e das teorias abordadas. Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.As questões para revisão possibilitam que você teste seus conhecimentos, bem como fixe os conteúdos analisados em cada capítulo. As questões são diretamente relacionadas com os temas abordados. O propósito deste quadro é justamente estabelecer conexões entre a teoria exposta na obra e a prática do entorno. Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.No final de cada capítulo é apresentada uma síntese que condensa os pontos mais importantes nele abordados, oferecendo para você, leitor, uma visão geral e concisa dos temas discutidos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da Editora Ibpex. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal. G e s t ã o c o n t á b i l P a r t e 1 –Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da Editora Ibpex. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da Editora Ibpex. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal. O s s u b s í d io s d o s i s t ema co n t á b i l p a ra a s a t i v i d a d e s d e g e s t ã o d os n e g ó c io s sem a prévia autorização da Editora Ibpex. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei nº Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. Aviolaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Conteúdos do capítulo O sistema contábil. As formas de constituição de uma empresa. Conceitos e características das sociedades simples e empresárias. Os demonstrativos contábeis. Após o estudo deste capítulo, você será capaz de: utilizar o sistema de informações contábeis para análise das operações; conceituar e definir as formas de constituição de empresas de acordo com as novas leis e resoluções; elaborar e analisar os vários demonstrativos contábeis. 19 G Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.estão contábil, o que isso significa? Você conhece o conceito de conta- bilidade, bem como suas funções e sua importância no contexto de ge- renciamento das organizações? Primeiramente, iremos tratar especificamente do processo de gestão contábil, sua fundamentação, sua importância legal e gerencial e sua estrutura. Tal processo é importante, pois conhecer as operações contá- beis implica vantagem competitiva para profissionais da área de gestão. A criação de uma base informacional contábil é fundamental para que as empresas alcancem efetivamente seus objetivos. Você já havia observado essa situação? Sendo sim ou não a sua resposta, é interessante fazer uma análise dessa condição para ter a dimensão do processo que envolve a base contábil de uma empresa. 20Apresentação histórica da contabilidade1 Você sabia que inscrições em cavernas, datadas de aproximadamente 8 mil anos, indicam uso de técnicas para controle do patrimônio? Sim, isso foi detectado e a descoberta desse fato demonstra que a preocupação com o controle da riqueza e das posses vem de muito longe. Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.É evidente que, em sua forma primitiva, os controles e registros contá- beis não eram formalizados ou padronizados e o termo contabilidade não era uma palavra instituída. Porém, não temos como negar que a origem da contabilidade, como a conhecemos hoje, é decorrente desses controles, ou seja, o sistema contábil atual nada mais é do que a evolução dos registros patrimoniais do homem primitivo. E de Frei Luca Pacioli (1450-1517 − data consensual entre os estudiosos), você já ouviu falar? Frade franciscano, esse estudioso e pesquisador com foco multidisciplinar foi quem deu a contribuição histórica mais relevante para o desenvolvimento da ciência contábil. Essa contribuição, com base em adaptação feita por Frei Luca a partir de observações da forma como os mercadores faziam e controlavam suas transações na Idade Média, foi denominada de método das partidas dobradas. Esse método, basicamente, indica que não há um débito sem que haja um crédito correspondente de igual valor. Nada mais justo e perfeito em termos de transação comercial e registro. Por exemplo: se vendermos uma mercadoria por $ 100 e recebermos esse valor à vista, isso significa que, no registro contábil, devemos registrar a operação da seguinte forma: um débito na conta‑caixa, devido à entrada de dinheiro, e um crédito de igual valor na conta de receita de vendas. Veja a tabela a seguir: 1 S e ç ã o b as e a d a e m C r u z ; S ch ie r; A n d r i c h ( 2 0 1 0) .Tabela 1.1 − Exemplo ilustrativo do método de partidas dobradas Conta‑caixa Conta de receitas de vendas Débito Crédito $ 100 $ 100 Diante da concorrência acirrada que observamos atualmente, do fenô- meno de globalização da economia e da busca incessante pela eficácia nas 21operações, surge a necessidade de um fluxo de informação e qualidade de comunicação ágil e consistente para a tomada de decisão. Observe que esta é uma oportunidade para maior valorização de profissionais que dominam a ciência contábil, pois quem conhece o fluxo contábil tem noção da organização como um todo, uma vez que tudo o que ocorre na empresa é obrigatoriamente registrado e integrado nos relatórios contábeis. Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Se você parar para refletir, a contabilidade está presente na maioria dos momentos de nossa vida, tanto profissional quanto pessoal. Em princípio, as definições clássicas da contabilidade indicam que esta é uma ciência que tem como objetivos mensurar, controlar, analisar e interpretar o patri- mônio das entidades jurídicas (empresas, organizações, instituições) ou físicas (indivíduos). 2 O ambiente da gestão contábil 2 P a r a o b t e r m a i s in f o r m a ç õ e s , co n s u l t a r o s i te : < ht t p: / / ww w . p l a n a l t o. go v . b r / c c i v il_ 0 3 / Le i s / L 6 404co n s ol . h t m > . 3 P a r a o b t e r m a i s in f o r m a ç õ e s , co n s u l t a r o s i te : <h t t p: / / ww w . p l a n a l t o. go v . b r / c c i v il_ 0 3 / _ a t o 2 0 0 7 - 2 0 1 0 /2 0 0 7 / l ei / l 11 6 3 8 . h t m > . 4 P a r a o b t e r m a i s in f o r m a ç õ e s , co n s u l t a r o s i te : < ht t p: / / ww w . p l a n a l t o. go v . b r / c c i v il_ 0 3 / _ a t o 2 0 0 7 - 2 0 1 0 /2 0 0 9 / l ei / l 1 1 9 4 1 . h t m > .Em virtude da evolução experimentada pela contabilidade, em termos legais e tecnológicos, e devido também a sua importância comprovada no processo decisório das organizações, podemos defini-la como um sistema integrado de informações e de mensuração das operações da organização, cujo objetivo maior consiste em auxiliar e embasar o gestor em suas tomadas de decisões. Será a essa perspectiva que daremos ênfase em nosso estudo. Isso fica claro se considerarmos que, para o gestor ter a exata noção da situação patrimonial de uma organização, todas as operações da empresa devem ser registradas, respeitando-se, além dos preceitos ditados nos prin- cípios fundamentais de contabilidade, a legislação vigente sobre a matéria, que hoje reside especificamente nas legislações referentes ao Imposto de Renda (Lei nº 6.404/19762, Lei nº 11.638/20073 e Lei nº 11.941/20094), bem como as legislações pertinentes ao âmbito federal, estadual e municipal, que possam interferir nos registros contábeis. Por conta disso, não se esqueça: atualize‑se sempre sobre as legislações relacionadas à contabilidade, pois isso pode lhe render um diferencial de mercado. Todo tipo de organização e sociedade formalmente registrada deve por obrigação formalizar suas operações por meio da contabilidade. Isso abrange sociedades com ou sem fins lucrativos, de qualquer segmento ou porte, de iniciativa pública ou privada. 22No entanto, énecessário que façamos uma ressalva, ou seja, a obser- vação de que muitas empresas de pequeno e médio porte não utilizam instrumentos contábeis como base da gestão de seus negócios, a despeito de a contabilidade ser um importante recurso para fins gerenciais. Fazem parte do público-alvo das informações contábeis, de forma geral: sócios ou acionistas; Nenhuma parte desta p ublicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.governo e fisco; gestores; sindicatos e órgãos de classe; instituições financeiras; clientes e fornecedores. 5 Es t a s e ç ã o t e m p o r b a s e a L e i nº 1 0 . 40 6 / 2 0 0 2 , q u e in s t i t u i o C ó d ig o C i v i l , e v e r s a s o b r e i m p l e m e n t a ç ã o , r e g u l a m e n t a ç ã o e g e s t ã o d a s so c i e d a d e s m er c a n t i s . P a r a o b t e r m a i s in f o r m a ç õ e s , co n s u l t a r o s i t e : < ht t p: / / ww w . p l a n a l t o. go v . b r / c c i v i l / l e i s/2 0 0 2 / L 1 040 6 . h t m > .Assim, você pode concluir que o processo de gestão contábil é, por conseguinte, obrigatório para todo tipo de sociedade, de qualquer porte e segmento, cada uma utilizando os métodos contábeis cabíveis às suas situações específicas. Diante desse panorama, podemos concluir que, essa é uma área ampla- mente diversificada em relação aos tipos de organizações ou de sociedades nas quais a contabilidade opera como instrumento de gestão. Ou seja, diversos são os ambientes em que aplicamos a gestão contábil. 1.2.1 Como se classificam as atividades empresariais para fins contábeis? Se você analisar o novo Código Civil5, poderá observar que, no que se refere, especificamente, às atividades empresariais – considerando os aspectos econômicos de suas atividades e não mais a atividade desenvol- vida pela empresa que era carategorizada como comércio ou serviços –, elas podem ser executadas das seguintes formas: individual e societária. Estabelecendo conexões Qual o conceito de empresa? Por que apresentamos esse questionamento? Você verá que ele é fundamental para entender a caracterização das formas de classi- ficação das sociedades de atividades econômicas. Segundo Coelho (2002, p. 12-13, grifo do original), “empresa é uma atividade; a de produção ou circulação de bens 23ou serviços. Em que devemos considerar que deve ser uma 'atividade econômica organizada'”. O autor acrescenta, ainda, após discorrer sobre situações nas quais usamos o vocábulo empresa de forma errônea (entre outras: “a empresa faliu”; “a empresa pegou fogo”; “fulano e beltrano abriram uma empresa”), que “somente se emprega de modo técnico o conceito de empresa quando for sinônimo de empreendimento”. Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Na sequência, descreveremos as características básicas desses dois tipos de formação. A forma individual contempla a atividade exercida por conta e risco do empresário. Nessa forma, o gestor tem mais liberdade de ação no geren- ciamento do negócio. Desde que o empreendimento seja bem planejado, organizado e estruturado, isso significa vantagem competitiva. De acordo com o novo Código Civil, 6 A t i v o e p a s s i v o c o r re s p o n d e m à t e r m i n o l o g i a d e co n c e i t o s b á s i co s d a co n t a b i l i d a d e , co n f o r m e v e re m o s m a i s a d i a n t e. P o ré m , a d i a n t a n d o u m p o u c o , po d e m o s d e f i n i r a t i v o c o mo o co n j u n t o d e b e n s e d i re i t o s d a e m p r e s a e p a s s i v o c o mo a s o b r i g a ç õ e s .podem exercer a atividade empresarial, na forma individual, as pessoas maiores de 18 anos e consideradas legalmente desimpedidas; são considerados impedidos de exercer esse tipo de atividade os seguintes segmentos da sociedade: militares na ativa, funcionários públicos, magistrados e juízes vitalícios, falidos, corretores, leiloeiros, deputados, senadores, governadores e médicos na exploração do ramo farmacêutico, entre outros. Na base dos impedimentos, encontramos os princípios éticos, em razão da função que a pessoa exerce, e os aspectos de legalidade. Além dessas considerações, existem a perspectiva de desvio de funções e a facilitação inadequada das atividades, bem como o vício no desempenho das operações. Na forma individual, o ativo e o passivo6 podem ser transferidos para outra empresa, mas não podemos transferir a razão social, devido às responsabilidades assumidas por ela serem constituídas por uma só pessoa. A forma societária nada mais é do que a união de duas ou mais pessoas por meio de contrato, com vistas a obter retorno do capital investido. Atualmente, as sociedades (forma societária de constituição da empresa) são classificadas em duas categorias: sociedades empresárias e sociedades simples, em conformidade com o aspecto econômico de suas atividades e a fundamentação teórica da empresa. 24 Estabelecendo conexões a produção ou a circulação de bens ou de serviços’ (art. 986)”. 1.2.1.1 Sociedades empresárias Sociedades empresárias são aquelas que se ocupam com atividades voltadas ao processo produtivo, à prestação de serviços e à comerciali zação de mercadorias ou bens. São cinco os tipos de sociedades empresárias: Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.A análise das determinações, definições e denominações das empresas é uma tratativa da área do direito empresarial. No entanto, para poder estabelecer parâ- metros contábeis em sua gestão, você precisa conhecer suas características. Nesse caso, como esclarece Reale (2003) em seu artigo A sociedade simples e a empresária no Código Civil, “uma das modificações básicas do novo Código Civil refere-se ao direito empresarial”. Segundo ele, nesse âmbito, “a alteração começa na Parte Geral com a distinção do art. 53 entre sociedade e associação, aquela constituída pela união de pessoas que se organizam para fins econômicos, e esta por terem outras finalidades." [grifo nosso]. Salienta o referido autor que “surge uma distinção essen- cial entre sociedade simples e sociedade empresária sociedade empresária" [grifo nosso], contexto no qual a nova Lei Civil não define “o que seja ‘sociedade empre- sária’, mas seu conceito resulta da definição dada à figura do empresário, assim considerado ‘quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para 7 P a r a v oc ê e s t a be l ec e r o s cr i t ér i o s de c l as s i f i c a ç ã o de c a d a u m a d e s s a s so c i e d ad e s e m p res á r i a s, u m a l e i t u r a ú t i l é a o br a M a n u a l d e d i r e i t o com e r ci a l , d e F á b i o U l h o a C o e l h o .- sociedade em comandita simples; sociedade em comandita por ações; sociedade em nome coletivo; sociedade limitada; sociedade anônima. Não iremos discorrer sobre as características típicas de cada um desses tipos de sociedades, pois não é o escopo de nosso estudo.7 No entanto, fazemos uma exceção em relação à sociedade limitada. Isso se deve ao fato de ela ser a mais escolhida pelos empresários, devido à simplicidade dos atos de sua constituição e à limitação da responsabilidade 25dos sócios. É ainda oportuno nos atentarmos para o fato de que a maioria das sociedades limitadas é de pequeno e médio porte. As grandes empresas são, em sua maioria, sociedades anônimas de capital aberto ou fechado. Nesse contexto, iremos transcrever algumas considerações e particu- laridades importantes sobre as sociedades limitadas, de acordo com Cruz, Schier e Andrich (2010, p. 147): Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.de acordo com o novo Código Civil, a sociedade limitada substituiu as socie- dades por quotas de responsabilidade limitada; a responsabilidade dos sócios é limitada ao montante do capital social; pode ser administrada por pessoa não sócia desde que conste no contrato social a autorização para tanto; os sócios admitidos após a constituição da sociedade se obrigam a honrar dívidas sociais anteriores ao seu ingresso; em caso de liquidação da sociedade, se os ativos não forem suficientes para cobrirem as dívidas, os sócios respondem solidariamente com seus bens particulares. No cenário das sociedades empresárias, um fator que merece atenção por parte do gestor contábil é o de que as sociedades anônimas ainda são regidas, ao contrário das demais sociedades, pela Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/1976). Portanto, se você for responsável pela gestão contábil de uma empresa categorizada como sociedade anônima, deve observar as determinações dessa lei com suas respectivas atualizações. 1.2.1.2 Sociedades simples Criadas pelo novo Código Civil, as sociedades simples são aquelas que não desenvolvem atividades econômicas organizadas para a produção ou a circulação de bens ou serviços e que não constituem um tipo específico de sociedade. Elas são registradas em cartórios de registro civil de pessoas jurídicas. É importante que você saiba que, de acordo com o art. 1.023, os inte- grantes que queiram, por acaso, deixar uma dada sociedade têm como responsabilidade a administração dos passivos do empreendimento pelo período de dois anos, contados a partir do desligamento dos referidos sócios. Ainda de acordo com o novo Código Civil, mais especificamente em seus arts. 966 e 982, as sociedades simples foram direcionadas às cooperativas (Cruz; Schier; Andrich, 2010). 26Essa classificação de cooperativas na categoria de sociedades simples deve-se ao fato de tais sociedades se constituírem como uma sociedade de pessoas solidárias, cujo objetivo é também o lucro; no entanto, o regime de produção e distribuição é diverso daquele das sociedades empresárias. Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.As sociedades empresárias, como você pôde conferir, agregaram o conceito das antigas sociedades mercantis no que se refere a sua cons- tituição (sociedade de capital) e aos quesitos de organização para fins de produção e distribuição de produtos, bem como para a prestação de serviços. Já nas cooperativas, quem exerce a função de vendas de bens e de serviços é o cooperado. A cooperativa apenas administra o processo e oportuniza essa ação. No que se refere à distinção entre as sociedades empresárias e as sociedades simples, ela foi, de forma objetiva, caracterizada por Coelho (2002, p. 111, grifo nosso), o qual declarou o seguinte: O que irá de verdade caracterizar a pessoa jurídica de direito privado não estatal como sociedade simples ou empresária será o modo de explorar seu objeto. O objeto social explorado sem empresarialidade (isto é, sem profissio- nalmente organizar os fatores de produção) confere à sociedade o caráter de simples, enquanto a exploração empresarial do objeto social caracterizará a sociedade empresária. Assim, podemos concluir, de forma resumida, que a sociedade empre‑ sária é aquela que exerce atividade econômica em relação a bens e serviços, seja para a produção ou para a circulação. E, o que é essencial, funda- menta-se e estrutura-se com base no capital, com o objetivo de lucro. A sociedade simples, por sua vez, abarca as situações societárias em que as atividades exercidas situam-se no âmbito da produção intelectual, artística e científica, também com a finalidade de lucros, mas sem haver a organização dos aspectos pontuais que caracterizam uma sociedade empresária, como, por exemplo, funcionários e especialistas contratados em regime de trabalho constante. A sociedade simples abrange as coope- rativas, as quais, embora não sejam instituídas pelo capital, mas sim por pessoas, também têm por objetivo o lucro. 27Elementos constitutivos de gestão contábil Você conhece o conceito de contabilidade, bem como suas funções e sua importância no contexto de gerenciamento das organizações? O nosso foco é a contabilidade na gestão contábil. O que isso significa? Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Significa que estamos tratando, especificamente, do processo de gestão contábil, sua fundamentação, sua importância legal e gerencial e sua estrutura. Na continuidade do nosso estudo, iremos desenvolver todos esses aspectos, detalhando os seus elementos constitutivos: as demons- trações contábeis. Demonstrações contábeis As demonstrações contábeis são também comumente denominadas de demonstrações financeiras; portanto, caso você ouça ou leia qualquer uma dessas definições, elas se referem ao mesmo objeto, ou seja, aos demons- trativos contábeis definidos e exigidos conforme a legislação vigente. As demonstrações contábeis são exigidas pela Lei nº 6.404/1976 (Lei das Sociedades Anônimas, aplicável às demais sociedades), que, em alguns aspectos referentes aos demonstrativos, foi alterada primeiramente pela Lei nº 11.638/2007 e posteriormente pela Lei nº 11.941/2009. Tais leis, em conjunto, passaram a delimitar a elaboração desses relatórios. Pela legislação brasileira, são exigidas as seguintes demonstrações contábeis: balanço patrimonial; demonstração do resultado do exercício; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração das mutações do patrimônio líquido; demonstração do valor agregado; demonstração do fluxo de caixa; notas explicativas. A demonstração das origens e aplicações de recursos (Doar) ainda é usada poralgumas empresas, embora a lei já desobrigue seu uso e indique como alternativa a demonstração de fluxo de caixa. 28Então, vamos explorar o tema das demonstrações contábeis? Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Antes disso, é importante que você saiba que um profissional só deve assinar demonstrativos contábeis se estiver devidamente habilitado, isto é, se for graduado em Ciências Contábeis ou se tiver algum curso técnico em contabilidade; além disso, o profissional deve possuir registro no Conselho Regional de Contabilidade (CRC). Lembre-se, como enfatizam Cruz, Schier e Andrich (2010, p. 148), de que as atribuições dos bacharéis em Ciências Contábeis são diferenciadas das atividades que podem ser exercidas pelos técnicos em contabilidade. Caso você queira se aprofundar nessa questão, faça uma pesquisa no CRC de seu estado. Agora, veremos os principais aspectos de cada demonstração, bem como suas particularidades, iniciando pelo estudo do balanço patrimonial, demonstração esta a qual você já deve ter ouvido falar. Balanço patrimonial O balanço patrimonial consiste em uma demonstração obrigatória para todas as empresas. Sua finalidade é apresentar a posição financeira e patri- monial da empresa em um momento estático. Em conformidade com o art. 178 da Lei nº 6.404/1976, “no balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”. O balanço patrimonial exige três elementos básicos: ativo, passivo e patrimônio líquido. Ativo: consiste no conjunto dos bens e direitos da organização, no qual se situam as aplicações de recursos da empresa (ativos imobilizados, duplicatas a receber, estoques etc.). Passivo: compreende as obrigações da empresa e indica as origens dos recursos da organização (contas a pagar, financiamentos, emprés- timos a pagar etc.). Denomina-se também como capital de terceiros. Patrimônio líquido: é onde consta o registro do capital dos sócios e onde se lança o resultado apurado do exercício (lucro ou prejuízo). É chamado também de capital próprio. Por que os denominamos de "componentes básicos"? 29No balanço patrimonial temos mais componentes, no entanto, esses três – ativo, passivo e patrimônio líquido – são aqueles diretamente rela- cionados à mensuração da posição patrimonial financeira. Eles atuam como eixos de construção e leitura da situação contábil da empresa. Na Deliberação nº 539/2008 consta que8 : Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade; Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos; Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. Mas o que são o passivo circulante e o não circulante? E o que significam o ativo circulante e o não circulante? 8 P a r a o b t e r m a i s in f o r m a ç õ e s , co n s u l t a r o s i te : < ht t p: / / ww w . cv m . go v . b r / p o r t / s n c / d e l i5 3 9 . p d f > .O ativo circulante fazpartedocapitaldegirolíquidooucapitalcirculante líquido, o qual representa as aplicações de recursos dos financiamentos e investimentos. Ele é constituído pelos valores disponíveis, contas a receber, investimentos temporários, estoques e despesas pagas antecipadamente. Já o passivo circulante constitui-se de fornecedores, contas a pagar e outras exigibilidades do exercício seguinte. Da mesma forma que existem ativo circulante e passivo circulante, temos também ativo não circulante e passivo não circulante. O ativo não circulante é constituído de realizável a longo prazo, que são direitos que se convertem em dinheiro em prazo superior a 12 meses. Como exemplo, podemos ter: duplicatas a receber e empréstimos a receber. O passivo não circulante é assim denominado porque trata das obriga- ções vencíveis em prazo superior a 12 meses. Por exemplo, financiamentos de longo prazo e notas promissórias a pagar. Por meio dos arts. 178 e 179 da Lei nº 6.404/1976, com as modificações introduzidas pela Lei nº 11.638/2007 e pela Lei nº 11.941/2009, foi definida a disposição das contas do balanço, com vistas a que os gestores pudessem efetuar uma análise e interpretação adequadas da situação patrimonial e financeira de suas empresas. O ativo deve ser classificado em ordem decrescente de grau de liquidez, apresentando primeiramente as contas 30que se convertem em disponibilidades de uma forma mais rápida. O passivo, por sua vez, deve ser classificado em ordem decrescente de prioridade de pagamento, classificando-se primeiramente as contas cujo vencimento ocorre antes. No Quadro 1.1, você pode observar as contas em que se subdividem o ativo e o passivo de uma empresa para fazer a leitura de um balanço patrimonial. Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Quadro 1.1 − Estrutura do balanço patrimonial Balanço patrimonial Ativo Passivo ATIVO CIRCULANTE ATIVO NÃO CIRCULANTE Ativo Realizável a Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangível PASSIVO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO Fonte: Cruz; Schier; Andrich, 2010, p. 100. Essa divisão foi estabelecida pelo art. 178 da Lei nº 6.404/1976, com as respectivas alterações proporcionadas pela Lei nº 11.941/2009. Assim, no ativo temos a demonstração do ativo circulante e do ativo não circulante (ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado, intangível); já no passivo, temos as contas do passivo circulante, do passivo não circu- lante e do patrimônio líquido. Demonstração do resultado do exercício (DRE) Essa demonstração contábil é também de caráter obrigatório. Ela evidencia o resultado das operações em determinado exercício, ou seja, demonstra se houve lucro ou prejuízo nas operações da empresa em determinado período, pois é a comparação entre tudo o que foi faturado, em termos de valores, com tudo o que foi gasto para obtenção desse faturamento. 31O conteúdo da DRE se fundamenta na Lei nº 6.404/1976, mais especi- ficamente em seu art. 187, parágrafo 1º, que determina os seguintes procedimentos: [...] § 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em moeda; e Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. Portanto, você pode observar que o conceito estipulado pela lei reflete, basicamente, o princípio da competência, no qual fica definido que: 9 P a r a o b t e r m a i s in f o r m a ç õ e s , co n s u l t a r o s i te : < ht t p: / / ww w . p l a n a l t o. go v . b r / c c i v il_ 0 3 / d e c re t o / d 3 00 0 . h t m > . 1 0 P a r a o b t e r m a i s in f o r m a ç õ e s , co n s u l t a r o s i te : < ht t p: / / ww w . p l a n a l t o. go v . b r / c c i v il_ 0 3 / Le i s / L 9 2 4 9 . h t m > .as receitas, os custos e as despesas, operacionais ou não, deverão ser contabilizados no período da ocorrência do fato gerador e não quando são pagos ou recebidos (regime de caixa), ou seja, a receita da venda deve ser contabilizada por ocasião da venda e não no seu recebimento; a despesa com pessoal (salários) deve ser reconhecida no mês em que o funcionário prestou o serviço, e não no mês subsequente, quando é efetuado o pagamento; no caso de resultado positivo, o Imposto de Renda deve ser regis- trado no mesmo período de apuração dos resultados em que haja a necessidade de o tributo ser recolhido no exercício posterior. Com o intuito de fornecer aos usuários das demonstrações contábeis subsídios para apuração e análise do resultado do período, o art. 187 da Lei nº 6.404/1976, em conjunto com a legislação do Imposto de Renda − Decreto nº 3.0009 de 26 de março de 1999 − e as alterações elencadas na Lei nº 9.24910, de 26 de dezembro de 1995, disciplina os critérios básicos de apresentação da DRE. Vejamos no Quadro 1.2 um exemplo do que afir- mamos neste parágrafo: 32Quadro 1.2 − Estrutura básica de uma empresa comercial Demonstração de resultado do exercício (DRE) (+) RECEITA OPERACIONAL BRUTA Venda de mercadorias Serviços prestados (−) DEDUÇÕES Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Devoluções Impostos sobre vendas (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (−) CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS (=) LUCRO BRUTO (–) DESPESAS OPERACIONAIS (=) LUCRO OPERACIONAL (−) DESPESAS NÃO OPERACIONAIS (+) RECEITAS NÃO OPERACIONAIS (=) LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IR E DA CS (−) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (=) LUCRO OU PREJUÍZO DO EXERCÍCIO Fonte: Cruz; Schier; Andrich, 2010, p. 90. Para que você entenda melhor a composição dessa demonstração, descrevemos a seguir cada um de seus elementos. Receita operacional bruta: é a soma de todas as receitas oriundas das atividades da empresa (vendas de mercadorias, venda de produtos e prestação de serviços). Deduções: referem-se às devoluções de clientes e aos impostos inci- dentes sobre a venda ou prestação de serviços. Receita operacional líquida: indica o montante da receita operacional bruta deduzido das devoluções e dos impostos sobre vendas. Custo das mercadorias vendidas: é o quanto custou a mercadoria que foi vendida e tem sua origem na baixa do estoque. Lucro bruto: representa o valor da receita operacional líquida menos o custo das mercadorias vendidas. Despesas operacionais: são gastos decorrentes das atividades-fim da empresa e englobam as despesas administrativas, financeiras e comerciais. 33Lucro operacional: indica o lucro originado pelas atividades-fim da empresa, ou seja, seu foco operacional. Despesas não operacionais: são os gastos originados pelos esforços de comercialização de bens e ativos não decorrentes da atividade-fim da organização. Exemplo: venda de imobilizado. Receitas não operacionais: são receitas obtidas pela venda de materiais ou bens que não fazem parte do objeto social da empresa. Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Lucro líquido antes do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social (CS): refere-se ao resultado líquido do período antes do cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social incidentes sobre as operações da empresa, de acordo com o regulamento do Imposto de Renda. 1 1 P a r a o b t e r m a i s in f o r m a ç õ e s , co n s u l t a r o s i te : <h t t p: / / ww w . cv m . go v . b r / a s p / cv m ww w / a t o s / e x i a t o . a s p ? Ti p o = I & F i l e = / in s t / in s t 0 5 9 . h t m > .Imposto de Renda e Contribuição Social: são valores resultantes da aplicação das alíquotas vigentes, de acordo com o regulamento do Imposto de Renda e da legislação pertinente sobre o lucro líquido antes do IR e CS. Lucro ou prejuízo líquido do exercício: significa o resultado final líquido das operações da empresa em determinado período. Como você pôde observar, analisar e concluir pelos dados apresentados, a DRE é, basicamente, a comparação entre as receitas geradas pelas opera- ções da organização e os custos e as despesas necessários para geração dessas receitas. Você já ponderou sobre a importância de visualizar essa situação contábil para a atividade de gestão em uma empresa? Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA) A demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, por sua vez, possi- bilita visualizarmos claramente o resultado do período, a distribuição de lucro e toda a movimentação ocorrida na conta lucros ou prejuízos acumu- lados, já que se trata da transcrição dessa conta. Somente a elaboramos após o efetivo encerramento do exercício. Essa é uma demonstração obrigatória, conforme a legislação do Imposto de Renda. Entretanto, no caso das companhias abertas, existe, além da elaboração, a obrigatoriedade de publicação da demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL), que deverá conter em uma de suas colunas a DLPA para assim cumprirmos o disposto na Instrução nº 59/198611, estabelecida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 34A respeito desse procedimento contábil, o art. 186 da Lei nº 6.404/1976 estabelece que: A demonstração de lucros e prejuízos acumulados discriminará: I – o saldo do início do período e os ajustes de exercícios anteriores; II – as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício; III – as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incor- porada ao capital e o saldo final do período. [...] Quadro 1.3 − Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA) Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Assim, o que observamos é que essa lei deixa claro que devemos lançar diretamente na conta de lucros ou prejuízos acumulados os valores rela- tivos a ajustes de exercícios anteriores. Esse procedimento evita que sejam afetadas as receitasou despesas do exercício corrente, de forma a não distorcer o resultado do período atual. Exercício atual Exercício anterior Saldo inicial do exercício Lucro ou prejuízo líquido do exercício Transferências para reservas Reserva de capital Reserva de lucros (−) Dividendos Saldo de lucro acumulado no final do período Fonte: Cruz; Schier; Andrich, 2010, p. 105. Destacamos na DLPA a visualização das reservas e das reversões de reservas no processo de gestão contábil. Isso porque a primeira (reservas) representa as explicações de aumento do patrimônio líquido, não decorrentes de aumento de capital, tais como reservas de ágio, reservas para contingências etc.; e, a segunda, é muito importante em virtude de que essas reversões de reservas passam muitas vezes a ser incluídas no cálculo dos dividendos a serem distribuídos. 35Por exemplo, se você reverter a reserva de lucros a realizar, constituída em anos anteriores de dada empresa, para lucros acumulados no ano em que são realizados financeiramente os lucros reconhecidos como receitas em período passado, você fará reversões de reservas. REVERTER reserva de lucros a realizar lucros acumulados = reversões de reservas Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Já as transferências para reservas são apropriações do lucro que fazemos para formação de reservas patrimoniais. Essas reservas são constituídas na forma de estatutos e de acordo com a proposta da admi- nistração da empresa para destinação do lucro, devendo ser contabilizadas em conformidade com os arts. 176 e 192 da Lei das Sociedades por Ações. As apropriações para reservas devem ser elencadas, de forma destacada e individual, na DLPA. TRANSFERÊNCIA/APROPRIAÇÃO lucros reservas = reservas patrimoniais Demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL) De acordo com Lei das Sociedades por Ações em vigência, essa demons- tração não é obrigatória. No entanto, para as sociedades anônimas de capital aberto, a CVM emanou a Instrução nº 59/1986, exigindo a publi- cação da DMPL. Mas você deve estar se perguntando: Qual é a real utilidade dessa forma de demonstração? Ela evidencia a movimentação ocorrida nas contas do patrimônio líquido durante o exercício, sendo complementar às informações prestadas pelo balanço patrimonial e pela demonstração de resultados do exercício. Além disso, essa demonstração indica a formação e a utilização de todas as reservas, não apenas as que têm sua origem nos lucros, servindo, inclusive, para uma melhor compreensão no que tange ao cálculo dos dividendos obrigatórios. Essa demonstração é útil e necessária para a elaboração da demonstração das origens e aplicações de recursos (Doar). As variações das contas que formam o patrimônio líquido podem ocorrer em virtude de vários fatores. Entre eles, você encontra aqueles que afetam o patrimônio total e os que afetam apenas parte do patrimônio. 36 ITENS QUE AFETAM O PATRIMÔNIO TOTAL: acréscimo por lucro ou redução pelo prejuízo líquido do exercício; redução por dividendos; redução por pagamento ou crédito de juros sobre o capital próprio; acréscimo por reavaliação de ativos; Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.acréscimo por doações e subvenções12 para investimentos recebidos; acréscimos por subscrição e integralização de capital; 1 2 S u b v e n ç ã o , n o â mb i t o j u r í d i c o , s i g n i f i c a “ s u bs í d io o u a u xí l io p e c un i á r i o , e m ger a l co n f e r i d o p e l o s po d e re s p ú b l i co s ” ( H o u a is s ; V i l l a r; F r a n c o , 2 0 0 9 , p . 1 7 8 4 ) . 1 3 A l i e naç ã o , n o â mb i t o j u r í d i c o , s i g n i f i c a a “ t r an s f e r ê n c i a p a r a o u t r a p e s s o a de u m be m o u di re i t o” ( H o u a is s ; V i l l a r; F r a n c o , 2 0 0 9 , p . 9 5 ) .acréscimo pelo recebimento de valor que exceda o valor nominal das ações integralizadas ou o preço de emissão das ações sem valor nominal; acréscimo pelo valor da alienação13 de partes beneficiárias e bônus de subscrição; acréscimo por prêmio recebido na emissão de debêntures; redução por ações próprias adquiridas ou acréscimo por sua venda; acréscimo ou redução por ajustes de exercícios anteriores. ITENS QUE NÃO AFETAM O TOTAL DO PATRIMÔNIO: aumento de capital com utilização de lucros e reservas; apropriações do lucro líquido do exercício, reduzindo a conta de lucros acumulados para a formação de reservas, como reserva legal, reserva de lucros a realizar, reserva para contingências e outras; reversões de reservas patrimoniais para a conta de lucros ou pre- juízos acumulados; compensação de prejuízos com reservas. Para prepararmos essa demonstração, devemos transcrever os saldos de cada conta do balanço final do exercício anterior, adicionar ou subtrair os movimentos ocorridos nas contas no período, fazendo a abertura de linha para cada natureza de transação e, por fim, totalizarmos as colunas cujos saldos devem coincidir com os saldos do balanço, além de totalizarmos as linhas. Você não pode esquecer que, por substituir a DLPA, a DMPL deve conter todas as informações exigidas para a demonstração substituída. 37Podemos incluir a DLPA, de acordo com o disposto no parágrafo 2º do art. 186 da Lei nº 6.404/1976, na DMPL, como você pode observar no Quadro 1.4: Quadro 1.4 – Demonstração das mutações do patrimônio líquido Demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL) Capital Reservas capital Dividendos Lucros acumulados Total Saldo inicial do exercício (+/–) Ajustes critérios contábeis ( = ) Saldo ajustado Lucro ou prejuízo líquido do exercício Proposta da administração Reserva de lucro Reserva de capital ( – ) Dividendos Saldo final do exercício Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Fonte: Cruz; Andrich; Schier, 2010, p. 106. As mutações do patrimônio líquido, nessa demonstração, podem ser, alternativamente, objeto de informação em nota explicativa que agre- garmos às demonstrações financeiras. Demonstração das origens e aplicações de recursos (Doar) Apesar de ser muito abrangente e de representar uma demonstração das mutações na posição financeira em sua totalidade, essa forma de demons- tração é denominada em alguns países como demonstração das mutações na posição financeira e, atualmente, são poucos países que utilizam a Doar como instrumento de gestão, apesar de sua riqueza de informações. 38Estabelecendo conexões No Brasil, a Doar foi substituída pela demonstração de fluxos de caixa, seguindo uma tendência mundial e conforme determina a legislação pertinente. Veja o texto legal da Lei nº 6.404/1976. O que está tachado (riscado) é o texto da lei que foi revo- gado, isto é, deixou de vigorar. SEÇÃO VI Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Demonstrações dos Fluxos de Caixa e do Valor Adicionado (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) Art. 188. A demonstração das origens e aplicações de recursos indicará as modificações na posição financeira da companhia, discriminando: − as origens dos recursos, agrupadas em: lucro do exercício, acrescido de depreciação, amortização ou exaustão e ajustado pela variação nos resultados de exercícios futuros; realização do capital social e contribuições para reservas de capital; recursos de terceiros, originários do aumento do passivo exigível a longo prazo, da redução do ativo realizável a longo prazo e da alienação de investimentos e direitos do ativo imobilizado. − as aplicações de recursos, agrupadas em: dividendos distribuídos; aquisição de direitos do ativo imobilizado; aumento do ativo realizável a longo prazo, dos investimentos e do ativo diferido; d) redução do passivo exigível a longo prazo. Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo: (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) I – demonstração dos fluxos de caixa – as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando‑se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos: (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) a) das operações; (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) b) dos financiamentos; e (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) c) dos investimentos; (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) II – demonstração do valor adicionado – o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída. (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) III − o excesso ou insuficiência das origens de recursos em relação às aplicações, represen‑ tando aumento ou redução do capital circulante líquido; (Revogado pela Medida Provisória nº 449, de 2008) (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009) 39IoVs −saldos, no início e no fim do exercício, do ativo e pa ssivo circulantes, o montante do capital circulante líquido e o seu aumento ou redução durante o exercício. (Revogado pela Medida Provisória nº 449, de 2008) (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009) Demonstração do fluxo de caixa (DFC) Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Essa demonstração substituiu a Doar, a qual foi utilizada até 2007, período anterior à Lei nº 11.638/2007. Essa lei altera e revoga dispositivos da Lei nº 6.404/1976 e da Lei nº 6.385/1976 14 e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e à divulgação de demonstrações financeiras. Em seu art. 188, encontramos, entre outras, a determinação de que a demonstração dos fluxos de caixa deve conter: [...] as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos: das operações; dos financiamentos; e 1 4 P a r a o b t e r m a i s in f o r m a ç õ e s , co n s u l t a r o s i te : <h t t p: / / ww w . b c b . go v . b r / p r e / l e is e d e c re t o s / P o r t / l e i 6 3 8 5 . p d f > . 1 5 O co n te ú d o s ob r e DF C e o s Q u a d ro s 1 . 5 e 1 .6 tê m c o mo b as e S ch ie r ( 2 0 1 0) .dos investimentos. [...] A DFC15 tem como objetivo disponibilizar informações relevantes sobre os recebimentos e pagamentos ocorridos durante determinado período e efetuados em dinheiro pela empresa. Essa demonstração é um instru- mento que permite aos investidores, aos credores e aos gestores avaliarem alguns fatores: a evolução e a capacidade da empresa de gerar fluxos de caixa positivos; a capacidade da empresa em saldar compromissos, pagar dividendos e quitar empréstimos obtidos; os índices de liquidez, solvência e flexibilidade financeira da organização. Para que atenda ao fim a que se destina, quando for realizar a DFC, você deve evidenciar o efeito periódico das atividades de caixa, além de considerar, separadamente, em notas explicativas que façam referência à demonstração, as transações de investimento e financiamento que afetam a posição patrimonial da empresa, mas que não impactam diretamente os fluxos de caixa do período. Essa demonstração deve, ainda, reconciliar os 40resultados de lucro ou prejuízo com o caixa líquido consumido nas ativi- dades operacionais. A DFC permite extrair importantes informações sobre o comportamento financeiro da empresa no exercício, como você pode ver nos Quadros 1.5 e 1.6 a seguir: Quadro 1.5 − Demonstração do fluxo líquido de caixa do exercício RESULTADO DO EXERCÍCIO Depreciação do exercício DIMINUIÇÃO BRUTA DE CAIXA Variação de fornecedores Variação de outros passivos operacionais Variação de clientes Variação de estoques VARIAÇÃO LÍQUIDA DIMINUIÇÃO OPERACIONAL DE CAIXA Acréscimo de imobilizado DIMINUIÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA Saldo inicial de caixa Saldo final de caixa Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Quadro 1.6 – Demonstração das entradas e saídas de caixa do exercício ENTRADAS Vendas líquidas TOTAL SAÍDAS Custo das mercadorias vendidas Despesas operacionais Aquisição de imobilizado TOTAL Diminuição do saldo de caixa Saldo inicial de caixa Saldo final de caixa 41A normatização da DFC segue as premissas e as orientações ditadas pelo Financial Accounting Standards Board (Fasb), órgão que rege as práticas contábeis americanas, e pelo International Accounting Standards Committee (Iasc), órgão que estabelece normas internacionais de contabi- lidade. No entanto, diante das operações nada ortodoxas, em termos contábeis, ocorridas em grandes corporações norte-americanas, as normas da Fasb terão de ser inadiavelmente revistas. Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art.184 do Código Penal.Uma DFC que pode lhe servir de exemplo é a da Petrobras. Tabela 1.2 − Demonstração de fluxo de caixa 04 – Demonstração do Fluxo de Caixa 04.01 – Demonstração do Fluxo de Caixa (x R$ 1000)ITR – Informações trimestrais Relatório trimestral (Legislação societária) 2010/1 14/05/2010 18:07 Relatórios | Índice Código da Conta: Descrição da Conta: Valor do Trimestre Atual 01/01/2010 a 31/03/2010: Valor Acumulado do Atual Exercício 01/01/2010 a 31/03/2010: Valor do Igual Trimestre do Exercício Anterior 01/01/2009 a 31/03/2009: Valor Acumulado do Exercício Anterior 01/01/2009 a 31/03/2009: 4.01 Caixa Líquido Atividades Operacionais 3.030.236 3.030.236 11.957.308 11.957.308 4.01.01 Caixa Gerado nas Operações 7.986.407 7.986.407 7.147.244 7.147.244 4.01.01.01 Lucro Líquido do Exercício 7.691.485 7.691.485 6.281.457 6.281.457 4.01.01.02 Part. dos Acionistas não Controladores 0 0 0 0 4.01.01.03 Resultado de Part. em Invest. Relevantes (992.547) (992.547) (1.341.516) (1.341.516) 4.01.01.04 Ágio/Deságio – Amortização 0 0 0 0 4.01.01.05 Depreciação, Depleção e Amortização 2.288.635 2.288.635 2.154.469 2.154.469 (continua) 42 Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.(Tabela 1.2 – continuação) 4.01.01.06 Perdas na Recuperação de Ativos 2.766 2.766 98.687 98.687 4.01.01.07 Baixa de Poços Secos 576.880 576.880 473.262 473.262 4.01.01.08 Valor Resid. de Bens Perm. Baixados 13.283 13.283 4.563 4.563 4.01.01.09 Var. Camb. Monet. e Enc. s/ Financ. (1.352.515) (1.352.515) (1.154.713) (1.154.713) 4.01.01.10 Imposto Renda e Contrib. Soc. Dif. Líq. (241.580) (241.580) 631.035 631.035 4.01.02 Variações nos Ativos e Passivos (5.635.218) (5.635.218) 4.936.526 4.936.526 4.01.02.01 Contas a Receber (679.928) (679.928) (39.249) (39.249) 4.01.02.02 Estoques (572.514) (572.514) (792.776) (792.776) 4.01.02.03 Contas Petróleo e Álcool – STN (436) (436) (3.584) (3.584) 4.01.02.04 Var. Cambial de Ativo Permanente 0 0 0 0 4.01.02.05 Forncedores (1.085.599) (1.085.599) (853.190) (853.190) 4.01.02.06 Impostos, Taxas e Contribuições (831.550) (831.550) 296.595 296.595 4.01.02.07 Obrigações com Projetos Estruturados 61.435 61.435 5.002 5.002 4.01.02.08 Plano de Pensão e Saúde 552.364 552.364 248.749 248.749 4.01.02.09 Oper. Curto Prazo com Subsid/Contr/ Colig. (3.078.990) (3.078.990) 6.074.979 6.074.979 4.01.03 Outros 679.047 679.047 (126.462) (126.462) 4.01.03.01 Outros Ativos 14.713 14.713 (376.475) (376.475) 4.01.03.02 Outros Passivos 664.334 664.334 250.013 250.013 4.02 Caixa Líquido Atividades de Investimento (10.467.579) (10.467.579) (10.342.283) (10.342.283) 43(Tabela 1.2 – conclusão) 4.02.01 Investimentos nos Segmentos de Negócio (9.549.997) (9.549.997) (9.737.534) (9.737.534) 4.02.02 Investimentos em Títulos e Valores Mobil (1.143.646) (1.143.646) 81.150 81.150 4.02.03 Outros Investimentos 202.965 202.965 (374.344) (374.344) 4.02.04 Dividendos Recebidos 0 0 53.416 53.416 4.02.05 Empreendimentos em Negociação 23.099 23.099 (364.971) (364.971) 4.03 Caixa Líquido Atividades Financiamento 8.161.368 8.161.368 2.293.475 2.293.475 4.03.01 Financiamentos e Operações de Mútuo, Líq. 6.066.285 6.066.285 1.410.898 1.410.898 4.03.02 Fundo Inv. em Direitos Créd. Não Padron. 2.119.146 2.119.146 893.833 893.833 4.03.03 Dividendos Pagos a Acionistas (24.063) (24.063) (11.256) (11.256) 4.04 Variação Cambial s/ Caixa e Equivalentes 0 0 0 0 4.05 Aumento (Redução) de Caixa e Equivalentes 724.025 724.025 3.908.500 3.908.500 4.05.01 Saldo Inicial de Caixa e Equivalentes 16.798.113 16.798.113 11.268.314 11.268.314 4.05.02 Saldo Final de Caixa e Equivalentes 17.522.138 17.522.138 15.176.814 15.176.814 Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Fonte: Petrobras, 2010. Você consegue fazer uma leitura da situação econômica e financeira da empresa por meio desse fluxo? A condição de liquidez da empresa fica expressa nesses dados? Seria interessante você fazer uma análise das 44informações contidas no fluxo e também pesquisar os demonstrativos de outras empresas, para dessa forma se familiarizar com o processo de gestão contábil. Demonstração do valor agregado − ou valor adicionado – (DVA) Nenhuma parte desta publicação poderá se r reproduzida por qualquer meio ou forma se m a prévia autorização da Editora Ibpex. A violaçã o dos direitos autorais é crim e estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.Essa é uma demonstração que visa mostrar informações a respeito da riqueza gerada pela organização em determinado período. Os elementos para sua composição devem ser extraídos da contabilidade, respeitando-se o regime de competência. Você pode estruturar essa demonstração conforme o exemplo que apre- sentamos a seguir: Quadro 1.7 − Demonstração do valor agregado ou adicionado – INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS – VALOR ADICIONADO BRUTO (1‑2) – DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO – VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO (3‑4) – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA – Resultado de equivalência patrimonial – Receitas financeiras 7 – VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6) 8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 8.1 – Pessoal1 – RECEITAS – Impostos, taxas e contribuições – Remuneração de capitais de terceiros – Remuneração de capitais próprios Fonte: Cruz; Schier; Andrich, 2010, p. 108. Como ficou demonstrado no Quadro 1.7, são vários os fatores que pode- mos analisar no DVA; portanto, ele se torna um importante documento da área contábil no processo de gestão ao oferecer informações que vão do âmbito tributário ao social da empresa. Para exemplificarmos esse tipo de demonstração, recorremos à tabela a seguir. Assim, você pode conferir os dados apresentados e fazer uma análise do processo. Tabela 1.3 − Demonstração do valor adicionado BB– Banco Múltiplo BB– Consolidado 1º Trimestre/2010 Saldo % 1º Trimestre/2009 Saldo % 1º Trimestre/2010 Saldo % 1º Trimestre/2009 Saldo % Receitas 17.679.072 14.251.570 20.815.798 15.721.999 Receitas da intermediação financeira 16.554.410 14.411.368 18.812.655 15.144.407 Receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias
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