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Ep27_Baudrillard

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Baudrillard – The Uncollected Baudrillard
Podemos confiar na Mídia?
À luz de eventos recentes, concernentes a repórteres sendo perdidos na névoa da...memória, pode ser pertinente nos perguntarmos: “podemos confiar na mídia de notícias?”
Pelo proclamado “padre do pós-modernismo”, Jean Baudrillard, não é a falta de informação que torna o noticiário sem sentido, é a proliferação de imagens que a torna tão desonesta. Dependendo de onde você consegue suas notícias, você vera “evidencias” de que a mudança climática é um mito, ou um problema sério. Pesquisando o suficiente revelará que Paul McCartney está realmente morto, Stanley Kubrick falsificou o pouso à Lua, e o 9-11 foi um trabalho interno (inside job). Se você olhar o bastante, verá a contraposição (contrapositive), abaixo, ou oposto a qualquer evento. Estas múltiplas informações não tornam o mundo mais acessível – a explosão de informação, de eventos, torna a capacidade (ability) de compreender o mundo, quase impossível. A lente da câmera torna qualquer imagem suspeita: a guerra é reduzida a um teatro, doenças em Teleton, fome em capa de revistas. Torna os eventos mais atrozes, questionáveis - cada imagem é possivelmente encenada, recriada, simulada para um fim político ou lançar um produto (push a product).
Há centenas de canais de notícias, todos competindo por espectadores, seguidores e tuiteiros. A mídia e a propaganda operam na mesma medida (same wavelenght), e como resultado, a linha entre realidade, marketing e notícias é quase impossível de discernir.
Meios de comunicação e anúncios competem para manter pessoas grudadas em seus sofás, perpetuamente excitadas (perpetually titillated) pela explosão de conteúdo na tela. É a venda de um estilo de vida, a promessa de acesso a verdade, como algo para produzir sentido – é o motivo pelo qual repórteres aparecem nas cenas dos crimes, incorporam-se a unidades militares durante a guerra, e permanecem nas margens dos oceanos durante furacões – os sinais de desastres são imagens a serem consumidas.
Enquanto nossas vidas podem ser completamente entediantes e sem sentido – as notícias da noite informam que há de fato lugares em que coisas estão acontecendo (places where things take place). Ela vende a promessa de que coisas significativas ocorrem realmente.
Eles transmitem histórias de eventos atuais – mas longe de dar aos espectadores acesso ao mundo – a mídia cria cópias de um evento. Eles criam não-eventos (non-events), cópias xerocadas da realidade que são facilmente digeridas por uma sociedade que foi treinada para aceitar propaganda, propostas e desinformação.
Para Baudrillard, somos cúmplices nesta campanha de desinformação. As pessoas voluntariamente escolhem desilusão – as massas querem ser enganadas e distraídas da realidade de suas vidas.
-“... os mais graves problemas colocados pela publicidade derivam menos da falta de escrúpulos de quem nos engana do que de nosso prazer em ser enganado.” (...the most serious problems posed by advertising derive less from the unscrupulousness of those who fool us than from our pleasure in being fooled. THE UNCOLLECTED BAUDRILLARD).
Simplificando, nós preferimos a cópia da realidade.
No mundo da mídia social, nós não somos mais espectadores passivos. Nós interagimos, criamos e ditamos as notícias; nós somos a tela, o editor, o repórter, e inscrito, tudo de uma vez só.
Este texto pertence à Wisecrack –YouTube Channel e detém toda sua autoria. Esta versão é meramente uma tradução livre.

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