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Libras _resumo da materia _ aulas de 1 a 10

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Aula 1: Diferença, Inclusão e Identidade na sociedade contemporânea
Começando a trabalhar.
Muitas vezes, os ouvintes acreditam que as palavras em LIBRAS são construídas letra a letra, mas veremos que isso não é bem verdade.
Entretanto, para algumas palavras, especialmente nomes de pessoas e lugares, essa teoria é válida, já que as letras do alfabeto compõem uma palavra da mesma maneira como ocorre em qualquer língua.
Datilologia (alfanumérico)
No vídeo ao lado, você assiste a um surdo sinalizando as letras do alfabeto manual da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Ao final, ele também irá sinalizar os números de 0 a 9.
Entendendo o cenário
Faremos, nesta primeira aula, algumas considerações sobre inclusão, identidade e diferença, principalmente no âmbito dos estudos sobre surdez e língua de sinais.
A crise de identidade
Vamos começar, então, refletindo um pouco sobre a sociedade contemporânea e suas “novas” formas de relacionamento, construção de identidade e preservação da cultura; em especial, as influenciadas pela chamada globalização. Para tal, é necessário que se investiguem as relações entre língua, cultura e sociedade.
Atenção!
A sociedade contemporânea reivindica uma revisão das próprias formas de se pensar a linguagem e o papel e lugar da(s) ciência(s) e política(s) que a tomam como objeto. Nesse sentido, a sociedade é convocada a enfrentar as constantes incompletudes, provocadas por um mundo globalizado, onde o global e o local se interpenetram, e as diferenças não se encaixam na “completude” (Bauman, 2005).
Mundo moderno, comunicação e identidade.
As novas formas de relacionamento (através da internet, chat etc.) e o intercâmbio cultural são significativamente mais velozes e dinâmicos do que no passado. Além da internet, o celular é hoje um aparelho quase que indispensável à sobrevivência na sociedade urbana. Este aspecto atinge inclusive as pessoas surdas, cujo uso do celular é bastante frequente, tornando-se um excelente meio de comunicação para esse grupo social.
Além disso, a própria disciplina que você está fazendo neste exato momento faz parte da evolução tecnológica que permite a comunicação a qualquer hora e em qualquer lugar, como você pode observar no vídeo ao lado.
Através dessas novas relações, o local e o global passaram a se interpenetrar constantemente, dificultando sua identificação e tornando incoerente um conceito de identidade (linguística e cultural) que não seja o mesmo para qualquer indivíduo; em outras palavras, uma identidade fluida, comum a todos.
Mas será que somos iguais?
Atualmente, a sociedade experimenta certa insatisfação em relação às promessas da modernidade, entre elas, a de igualdade, de liberdade, de paz etc. Tais promessas não foram cumpridas, o que tem colocado em evidência a fragilidade do mundo moderno e da contemporaneidade.
Língua e identidade para os surdos
Esse fenômeno da crise de identidade pode ser observado em vários setores da sociedade. Em relação aos surdos e às comunidades sinalizantes não é diferente. Após vários anos de total exclusão, e subjugamento a padrões culturais inerentes a uma vida tipicamente ouvinte, os surdos - conduzidos pelas pesquisas na área da linguística, da educação e outras - puderam reconhecer-se como seres dotados de uma língua. Suas comunidades linguísticas apresentam peculiaridades culturais a elas inerentes.
Os surdos passam então a afirmar suas identidades com base, principalmente, em características linguísticas e culturais. Devido aos longos anos de uma experiência não favorável ao seu reconhecimento, foi necessária a criação de associações diversas, a produção de discurso de defesa e luta, entre outros, que garantissem esse espaço na sociedade.
Preconceito X Preconceito
Ouvinte X Surdo
Surdez e a Língua Portuguesa
O surdo e a relação com a família
Surdez e identidade
A identidade do surdo deve ser construída com base em suas capacidades, em suas peculiaridades linguístico-culturais. Por isso, alguns estudiosos referem-se aos surdos como sujeitos sinalizantes, usuários de LIBRAS. A questão das identidades se faz, portanto, presente e não pode ser dissociada das experiências da sociedade contemporânea que vive o conflito inerente à fluidez dessas identidades.
Atencão!
Não podemos esquecer que cada surdo tem uma história de vida, que nem todos os surdos dominam a língua de sinais; alguns são oralizados e têm orgulho disso. Isso nos faz refletir sobre o que é ser diferente, e se há alguma coisa chamada “diferença”.
Aula 2 : Especificidades da língua de sinais e os parâmetros que regem a formação de sinais e o uso da LIBRAS
O que você entende por gramática?
Quando relembramos nossos tempos de colégio, nos vêm à mente as aulas de língua portuguesa e as "chatices" (pelo menos para a maioria) das regras gramaticais. Colocação pronominal, predicativo do sujeito, oração subordinada substantiva objetiva direta etc. Isso porque entendemos (ou nos foi assim ensinado) que a gramática reduz-se à ideia de "um livro em que se expõem as normas de uso de uma determinada língua". Mas não é bem assim...
Explicação expandida...
Sem maiores aprofundamentos, podemos entender gramática no contexto da capacidade linguística afirmando que todo ser humano é dotado de capacidade linguística. 
Em segundo lugar, há que se pensar em gramática como um sistema, mentalmente compartilhado entre os usuários de uma língua, cujo funcionamento e estrutura não dependem de uma educação formal para serem aprendidos. 
Isso equivale a dizer, por exemplo, que qualquer falante, mesmo alguém considerado analfabeto, possui uma gramática (um conjunto de regras em sua mente), a qual aprendeu no convívio com a sua comunidade linguística.
E a língua de sinais?
A língua de sinais, a exemplo de qualquer língua oral, tem uma gramática própria, constituída por um conjunto de regras presente na mente dos seus usuários. Poderemos ter a tendência a acreditar que a língua de sinais seja uma espécie de “língua oral sinalizada”. Em consequência disso, acabaremos acreditando que o léxico (dicionário mental), os aspectos sintáticos, semânticos, pragmáticos e quirológicos da LIBRAS constituem um emaranhado de sinais, aleatoriamente utilizados, que mais pareceriam uma língua oral mal falada.
Atenção !!!
Por isso, podemos afirmar que os surdos, como qualquer ouvinte, possuem uma língua, na medida em que, dotados desta capacidade linguística, decodificam logicamente o mundo, organizando-o em suas mentes, através dos recursos físicos e mentais dos quais dispõem. Assim, sua capacidade linguística exterioriza-se, formando uma língua específica que, ao invés de sinais orais e auditivos, usa sinais espaciais e visuais, valendo-se do pleno funcionamento de sua visão, de suas mãos e do restante do corpo como um todo.
Basta aprender os sinais que já estamos nos comunicando?
Na LIBRAS, os níveis de descrição da língua são os já conhecidos sintático, semântico, pragmático. Em função da língua de sinais usar as mãos como principal canal de manifestação, temos ainda o nível quirológico que diz respeito justamente ao aspecto manual em si.
Atenção !!!
Desfazendo mitos...
A língua de sinais não é uma língua universal, conforme muitos pensam. Cada país tem a sua própria língua de sinais. Além disso, há variações regionais dentro de cada país. Assim, podemos citar: a ASL (American Sign Language), a LSF (língua de sinais francesa), a Língua de Sinais Urubu Kaapor (Maranhão, Brasil) etc.
Começando a começar...
Uma boa descrição da língua de sinais não pode ser feita, naturalmente, a partir da mesma lógica utilizada para a descrição de línguas orais. Afinal, a modalidade linguística é totalmente diferente. No entanto, existem parâmetros que regem o uso da língua de sinais.
Costuma-se apresentar cinco parâmetros que possibilitam entender a formação dos sinais e as bases para os seus usos durante a produção discursiva.
Percebeu-se que um sinal é produzido a partir da combinação de elementos espaciais,visuais e motores que determinam o lugar onde as mãos devem estar na hora da produção do sinal, como as mãos devem estar configuradas, para que direção elas devem estar apontando, se devem ou não estar se movimentando e como deve ser feito este movimento.
Além disso, é preciso considerar a posição do corpo e a expressão facial que acompanham a produção desse sinal para que ele seja plenamente entendido em seu contexto de produção.
Comentários
 
Aula 3: Políticas linguísticas e educacionais
Inclusão ou preconceito? 
Parece oportuno pensar em que medida políticas (educacionais, linguísticas etc.), no afã de defender minorias linguísticas e preservar a língua, podem ser transformar em práticas sutis de preconceito. Afinal, políticas linguísticas e políticas de línguas, expressas em leis, projetos de lei e outros tipos documentos oficiais, refletem contextos sócio-históricos e servem não apenas como dado, mas também como pano de fundo para uma discussão sobre o preconceito no contexto brasileiro.
Não é raro detectar, tanto nos discursos sobre o direito à diferença quanto naqueles que procuram proteger grupos sociais, atitudes preconceituosas e certa crença de estarem os seus propositores investidos de autoridade suficiente para avaliar o grau e intensidade do problema do outro. Uma atitude que implicitamente reforça aquelas ideias contra as quais o próprio grupo parece lutar.
Perspectivas de política lingüística na sociedade
Essas são questões que auxiliam a estudar políticas linguísticas sob o ponto de vista das relações entre sujeito e sociedade na pós-modernidade. Daí, uma discussão sobre a dimensão ética das políticas. É preciso perceber que as políticas também nomeiam e categorizam indivíduos a partir de determinado ponto de vista.
Pretende-se, na perspectiva das políticas linguísticas, uma ética que ultrapasse a ideia humanitária dos direitos humanos e dos direitos linguísticos e que permita superar o dualismo do sujeito-ético como vítima e sujeito ético como piedoso (cf. Chauí, 1999).
Em outras palavras, a proposição de políticas linguísticas será eticamente efetiva se acompanhada de ações propositivas em torno do sujeito e da sociedade. Se, ao contrário, decorrer tão somente de consenso sobre a injustiça e preconceito, poderá representar apenas uma forma de "acalmar a consciência". Muito mais uma forma de "redimir-se de pecados", de autopunição do que de construir e de viver uma sociedade justa.
Perspectivas de política linguística na educação
Em termos da atuação pedagógica, é bom pensar sobre a necessidade de se estabelecer um olhar sobre os aprendizes que ultrapasse qualquer tipo de hierarquização. Interessa reconhecer a existência de alunos, pesquisadores, sujeitos que não podem se eximir, nem serem eximidos de suas responsabilidades, nem privados de seus direitos. Nesse sentido, deixa-se de lado a lógica de “atendimento ao aluno” e se passa à lógica e à dinâmica de extração e ampliação de suas potencialidades.
Nesse contexto não existiria “o surdo”, “o deficiente”. O problema está em não nos deixarmos levar uma identificação do sujeito feita a partir de uma “deficiência”. Seria negar a surdez enquanto único fator preponderante para identificar um sujeito. O sujeito surdo não é constituído única e exclusivamente de sua surdez, enquanto fato físico. Há milhões de outras facetas nesse sujeito para as quais frequentemente não se busca olhar.
 
Aula 4: Cultura em comunidades sinalizantes
Cultura surda?
A sociedade passou a ser apresentada, e continua paulatinamente a ser, à língua, aos hábitos, às diferenças e semelhanças com os ouvintes, às necessidades (educativas) especiais dos sujeitos surdos. Aqueles sujeitos que até então eram vistos como deficientes auditivos limitados em suas capacidades, passam a ser reconhecidos como sujeitos (surdos) complexos, com identidade própria e com um conjunto de hábitos, transmitidos principalmente através da sua língua, ao qual tem se convencionado chamar de “cultura surda”.
Embora bastante recorrente, o termo "cultura surda" ainda é alvo de muita polêmica. Para além da dificuldade habitual de se definir o que é ou não é cultura, os sujeitos surdos estão ? quer queiram, quer não ? inseridos em uma comunidade ouvinte e convivem com esses ouvintes, trocando experiências diariamente.
Não há um país, estado, cidade ou mesmo bairro de surdos. O que se pode encontrar com facilidade são associações e instituições que constituem uma espécie de reduto das ditas “comunidades surdas”, embora essas comunidades não estejam restritas a esses ambientes, suas atividades e formas de interação.
Cultura a partir da relação familiar
Os sujeitos surdos são, em sua grande maioria, filhos de pais ouvintes. Situação que provoca, por maior a rejeição que tenha sofrido da família ou a falta de conhecimento sobre língua de sinais e surdez, algum tipo de interação com o que é conhecido como “cultura ouvinte”. Há também os casos em que pais surdos têm filhos ouvintes, o que pode provocar um redimensionamento de condutas e valores não no sentido de abandonar ou renegar a “cultura surda”, mas de estabelecer novas relações e interesses em relação à “cultura ouvinte”. 
Podem ser identificadas também famílias em que pais surdos têm filhos surdos e todos no núcleo daquela família são usuários e dominam LIBRAS como sendo sua língua materna. Percebe-se mesmo diferença no desempenho linguístico desses surdos, pois não sofreram tanta influência da língua oral (portuguesa) no processo de aquisição da língua de sinais. Vale lembrar que muitos surdos não têm acesso às associações de surdos nem mesmo à língua de sinais e ainda aprenderam a língua de sinais com o apoio da língua portuguesa escrita ou oral.
Ensinar Libras ou ensinar a falar?
Muitos surdos são oralizados. Em função do método educativo utilizado durante a sua formação (durante muitos anos optou-se pelo chamado Oralismo nas escolas especializadas), alguns surdos simplesmente não compartilham os mesmos hábitos dos surdos que dominam a língua de sinais.
Colocando-se no lugar do outro...
Bem da verdade, os sujeitos surdos sinalizantes possuem suas próprias estratégias de compartilhar hábitos, valores, a língua e suas variações em ambientes de todos os tipos, inclusive aqueles que seriam pensados como exclusivamente de ouvintes por pessoas que não têm conhecimento da “cultura surda”.
A cultura surda no cotidiano 
Já pensou em como é a casa de uma pessoa surda? O que ela precisa fazer para saber se alguém está tocando a campainha da casa? E se o telefone estiver tocando? Será que surdos possuem um telefone? Será que dá para usar um despertador para não perder a hora para o trabalho? Quais as diferenças mais marcantes entre a “cultura surda” e a “cultura ouvinte”? O que seria considerado “falta de educação” para um também o seria para outro?
Momento diversão
Iremos agora contar uma piada para você. Isso mesmo! Uma piada que envolve ouvintes e um surdo. Obviamente há um quê de preconceito nesta anedota. Ao final, será solicitada uma tarefa a você. Vamos começar?
Um chefão da Máfia descobriu que seu contador havia desviado dez milhões de dólares do caixa. O contador era surdo. Por isso fora admitido. Nada poderia ouvir e, em caso de um eventual processo, não poderia depor como testemunha. Quando o chefão foi dar um arrocho nele sobre os dez milhões de dólares, levou junto sua advogada, que sabia a linguagem de sinais dos surdos.
O chefão perguntou ao contador: “Onde estão os dez milhões de dólares que você levou?”. A advogada, usando a linguagem dos sinais, transmitiu a pergunta ao contador que logo respondeu (em sinais): “Eu não sei do que vocês estão falando”. A advogada traduziu para o chefão a resposta do contador surdo.
O mafioso sacou uma pistola 45 e a encostou na testa do contador, gritando: “Pergunte a ele de novo”. A advogada, sinalizando, disse ao infeliz: “Ele vai te matar, se você não contar onde está o dinheiro”.
O contador sinalizou em resposta: “OK, vocês venceram, o dinheiro está numavalise marrom de couro, que está enterrada no quintal da casa de meu primo Enzo, no nº 400, da Rua 26, quadra 08, no bairro Projetado”, respondeu em tom assustado.
O mafioso, então, perguntou à advogada: “O que ele disse?”. A advogada respondeu: “Ele disse que não tem medo de otário e que você não é macho o bastante para puxar o gatilho”.
Você leu uma piada que envolve uma situação perigosa para surdos. 
Que tipos de preconceitos ela aponta? Como é vista a relação intérprete - surdo nessa piada? Discuta as coerências e incoerências, pensando no cotidiano dos surdos, no fórum de discussão da aula 4.
Aula 5: Aspectos sociolinguísticos da língua de sinais
Língua e linguagem
Antes mesmo de falarmos pela primeira vez já possuímos, portanto, um sistema mental através do qual estruturamos nosso pensamento, nosso conhecimento de mundo. Dessa forma, cada povo desenvolve uma língua específica possibilitado pelas infinitas combinações permitidas pelas regras desse sistema inato.
Isso quer dizer que se uma criança nasce no Japão, a faculdade de aprender japonês é a mesma de uma criança que nasce no Brasil. Apenas cada criança irá desenvolver a língua específica do meio em que vive.
Língua e sociedade
Podemos, por isso, estabelecer várias perspectivas para descrever a linguagem que privilegiam alguns de seus aspectos, suas formas de manifestação etc. Podemos, por exemplo, pensar na língua como um meio de comunicação, como uma estrutura, como um valor social, entre outras formas. 
Explicação expandida 
Nesta aula, ressaltamos os aspectos sociolinguísticos das línguas de sinais. Em outras palavras, fazemos referência às relações entre linguagem e sociedade que podem nos ajudar a entender as línguas (de sinais) como valores, produtos de um determinado grupo. Essas possíveis relações nos permitem levantar algumas questões.
Aula 6: Algumas categorias gramaticais da LIBRAS: pronomes, advérbios, adjetivos
O sistema pronominal
	Pessoa do discurso
	Singular
	Plural
	Primeira pessoa
	Eu
	Nós
	Segunda pessoa
	Tu / Você
	Vós / Vocês
	Terceira pessoa
	Ele(a)
	Eles(as)
O sistema pronominal da língua brasileira de sinais, a exemplo do português, é formado por três pessoas do discurso. Dependendo da configuração de mãos utilizada e da direção para qual aponta no espaço, as pessoas do discurso podem ser especificadas. Inclusive, podem aparecer tanto no singular quanto no plural
Observação: Lembre-se de que pessoa do discurso refere-se à forma pronominal cuja função é a de indicar: 
aquele que fala (emissor);
para quem fala (destinatário);
de quem se fala (não faz parte da interlocução).
Obs.: Os pronomes em LIBRAS tem a função semântica de estabelecer pelo apontamento as pessoas do discurso, como por exemplo, especificando a quantidade de pessoas em NÓS-DOIS, NÓS-TRÊS.
O sistema pronominal em LIBRAS: pronomes pessoais
Em LIBRAS, o sujeito da ação pode apontar alternadamente para o interlocutor e para si próprio ? mãos formando o número dois, para significar "nós dois". Da mesma forma, pode-se especificar tanto a primeira quanto a segunda e terceiras pessoas em três pessoas, quatro pessoas, plural etc.
Nas frases em LIBRAS o sujeito pode ser omitido (no caso das primeira e segunda pessoas) desde que o contexto possibilite identificá-lo. No caso da terceira pessoa, essa não será apontada se, mesmo estando presente, não for intenção do usuário ressaltar a sua presença por motivos culturais como, por exemplo, isso ser ou não falta de educação.
O sistema pronominal em LIBRAS: pronomes demonstrativos e advérbios de lugar
Em termos de sinais utilizados, essas duas categorias não apresentam diferença, sendo possível diferenciá-las apenas a partir do contexto. As relações estabelecidas são as mesmas da norma padrão encontrada em boa parte das línguas orais, a saber: este/isto/aqui, esse/isso/aí, aquele/aquilo/lá.
O sistema pronominal em LIBRAS: pronomes interrogativos
Os pronomes como QUE e QUEM (que + pessoa ou quem) são utilizados no início ou final da frase, dependendo do contexto. QUANDO pode ser especificado em relação ao passado ou ao futuro, dependendo da direção do movimento da mão.
O sistema pronominal em LIBRAS: pronomes possessivos
Os possessivos não apresentam concordância de número (pelo menos não em relação ao objeto) e nem de gênero. Concordam sempre em relação à pessoa do discurso. Eles são: a) “meu”; b) “teu/seu”; c) “dele”; d) “nosso”; e) “vosso”; f) “deles”.
Advérbios de tempo
São utilizados como uma espécie de marca sintática para indicar o tempo verbal na frase. Em geral, ficam no início da frase.
Adjetivos
Não há concordância em relação ao gênero ou ao número. São fundamentais para a formação de classificadores descritivos, assumindo de maneira icônica a qualidade/forma de um objeto. São posicionados na frase logo após o substantivo.
Obs.: Apresentam fundamentos para formação de classificadores descritivos.
Aula 7: Princípios de estruturação de uma sentença em LIBRAS
Estrutura de sentenças
Para estudar a construção de frases em LIBRAS, é preciso pensar que esta linguagem se estrutura a partir de recursos espaciais e visuais, ou seja, se utiliza do espaço para dar coerência e coesão às palavras que formam a sentença.
Em Libras, encontramos quatro tipos de frases. Veja:
Afirmativa;
Negativa;
Interrogativa;
Exclamativa;
Aula 8: Categorias gramaticais da LIBRAS: verbos e classificadores
Estrutura de sentenças
Em LIBRAS, encontramos categorias gramaticais que também estão presentes nas línguas orais. Sendo assim, na língua dos sinais, encontraremos itens lexicais que podem ser classificados como verbo, advérbio, adjetivo e pronome. A categoria artigo, no entanto, recorrente em inúmeras línguas orais, não existe em LIBRAS.
Embora o conceito atribuído às categorias gramaticais de LIBRAS seja semelhante ao das línguas orais, suas formas de classificação e de funcionamento são diferentes. Portanto, a LIBRAS não pode ser estudada tendo como base a Língua Portuguesa, já que sua gramática é independente da língua oral.
A ordem dos sinais na construção de uma frase em LIBRAS obedece a regras próprias, que refletem a forma de o surdo processar suas ideias tendo como parâmetro a sua percepção visual-espacial da realidade.
A importância dos classificadores em LIBRAS
- Definição do classificadores
- Os classificadores como ícones 
Aula 10: Literatura em língua de sinais
Você já parou pra pensar como quase não existem manifestações artísticas feitas para sudos ???
Surdos participam muito pouco das ações culturais na sociedade. Isso ocorre, sobretudo, por falta de acesso dessa parcela da população às produções artísticas, já que a maioria das ações culturais tem sua comunicação com o publico baseada na oralidade, ou seja, na fala.
Um exemplo importante de iniciativa para aumentar a inclusão cultural deste nicho às manifestações artísticas é a Companhia de Teatro Mãos Livres, que luta para que as barreiras de comunicação sejam minimizadas através de espetáculos produzidos tanto para surdos como para a sociedade ouvinte.
A Companhia de Teatro Mãos Livres surgiu em 2005, a partir de uma prática pedagógica desenvolvida dentro das salas de aula de escolas públicas regulares e especializadas cuja metodologia está fundamentada no aprendizado e desenvolvimento integral dos alunos surdos.
Esta forma de ensino tem sua didática baseada nas linguagens artísticas como a música, o teatro e a dança, que funcionam como estímulos às relações interculturais.

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