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FACULDADE ESTÁCIO DE SÃO LUÍS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DOS DOCUMENTOS 
 
 
Lucileide Chaves Rodrigues 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís 
2015 
 
A Lei n.° 13.058/2014 altera alguns artigos do Código Civil para estabelecer o significado 
da expressão “guarda compartilhada” e dispor sobre sua aplicação. 
Além de fixar a guarda compartilhada como prioridade, a lei também trouxe algu-
mas regras para disciplinar essa espécie de guarda. Vejamos: 
Tempo de convivência 
Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser dividido de 
forma equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e 
os interesses dos filhos (§ 2º do art. 1.583). 
Orientação técnico-profissional 
Para estabelecer as atribuições do pai e da mãe e os períodos de convivência sob 
guarda compartilhada, o juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, poderá 
basear-se em orientação técnico-profissional ou de equipe interdisciplinar, que deverá vi-
sar à divisão equilibrada do tempo com o pai e com a mãe (§ 3º do art. 1.584 do CC). 
Assim, com a ajuda de psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais, o juiz 
já deverá estabelecer as atribuições que caberão a cada um dos pais e o tempo de convi-
vência com o filho. 
Dever de os estabelecimentos públicos e privados prestarem informações aos 
pais 
Tanto na guarda compartilhada como na guarda unilateral, tanto o pai como a mãe 
possuem o direito de acompanhar e fiscalizar a educação e saúde de seus filhos. 
Pensando nisso, e a fim de evitar qualquer embaraço, a Lei n.° 13.058/2014 acres-
centou o § 6º ao art. 1.584 do CC, com a seguinte redação: 
§ 6º Qualquer estabelecimento público ou privado é obrigado a prestar informa-
ções a qualquer dos genitores sobre os filhos destes, sob pena de multa de R$ 200,00 
(duzentos reais) a R$ 500,00 (quinhentos reais) por dia pelo não atendimento da solicita-
ção. 
Essa regra vale mesmo que o pai (ou a mãe) que esteja requerendo a informação 
não detenha a guarda do filho. Ex: João e Maria divorciaram-se e a mãe ficou com a 
guarda exclusiva da criança; determinado dia, João foi até o colégio de sua filha para ter 
acesso às notas do boletim escolar, tendo a escola negado acesso afirmando que somente 
a mãe poderia obtê-lo. Esse estabelecimento de ensino poderá ser multado na forma do § 
6º do art. 1.584 do CC. O mesmo vale para um hospital, por exemplo. 
Essa multa deve ser cobrada na via judicial (Justiça Estadual / Vara de Família), 
devendo o pai (ou a mãe) comprovar que fez a solicitação não atendida. 
Descumprimento das regras 
A alteração não autorizada ou o descumprimento imotivado de cláusula de guarda 
unilateral ou compartilhada poderá implicar a redução de prerrogativas atribuídas ao seu 
detentor. (§ 4º do art. 1.584). 
Poder familiar 
Por fim, a Lei n.° 13.058/2014 alterou o art. 1.634 do Código Civil, que trata sobre 
o poder familiar. Vejamos o que mudou: 
Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, 
o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos: 
A redação do caput do art. 1.634 foi apenas atualizada, não tendo havido modifi-
cação substancial. Confira o caput anterior: 
Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores: 
I - dirigir-lhes a criação e a educação; 
Não houve alteração, sendo exatamente a mesma redação do inciso I anterior. 
II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art. 1.584; 
A redação desse inciso II foi melhorada, suprimindo a expressão “companhia” que 
não era adequada, mantendo-se apenas “guarda”. Confira o inciso II anterior: 
II - tê-los em sua companhia e guarda; 
III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem; 
Não houve alteração, sendo exatamente a mesma redação do inciso III anterior. 
IV - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para viajarem ao exterior; 
Trata-se de novidade no Código Civil. Vale ressaltar, no entanto, que esse con-
sentimento já era exigido no ECA. Confira: 
Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da comarca onde reside, desa-
companhada dos pais ou responsável, sem expressa autorização judicial. 
(...) 
Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é dispensável, se 
a criança ou adolescente: 
I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável; 
II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro 
através de documento com firma reconhecida. 
V - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para mudarem sua residência per-
manente para outro Município; 
Trata-se de novidade no Código Civil. 
VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais 
não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar; 
Houve apenas alteração da numeração do inciso, , sendo exatamente a mesma re-
dação do inciso IV anterior. Confira: 
IV - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais 
não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar; 
VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos 
atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-
lhes o consentimento; 
Não houve alteração substancial, sendo praticamente a mesma redação do inciso 
V anterior. Confira: 
V - representá-los, até aos dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após 
essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento; 
VIII - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha; 
Houve apenas alteração da numeração do inciso, sendo exatamente a mesma re-
dação do inciso VI anterior. Confira: 
VI - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha; 
IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua 
idade e condição. 
Houve apenas alteração da numeração do inciso, sendo exatamente a mesma re-
dação do inciso VII anterior. Confira: 
VII - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua 
idade e condição.

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