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Sintese do documentário justiça

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FACULDADE ESTÁCIO DE SÃO LUÍS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Lucileide Chaves Rodrigues 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís 
2015 
JUSTIÇA. Direção e produção de Maria Augusta Ramos. Documentário. Brasil: produção 
independente, 2004. 1 DVD (100 min). Ntsc, son., color. Port. 
 
 
O filme Justiça é um documentário gravado quase integralmente no interior do 
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em que com uma câmera “parada” e observadora 
expõe o cotidiano dos réus, da defensoria pública, da promotoria, da polícia e dos juízes. 
O documentário de Maria Augusta, brasileira radicada na Holanda, consegue 
mostrar, acompanhando três casos diferentes, a ineficiência no Tribunal de Justiça. 
Tendo como sua primeira cena, uma audiência em que um paraplégico é acusado 
de um delito em que não existem provas nem testemunhas além dos policiais que 
efetuaram sua prisão e que, além disso, o réu teria pulado um muro para fugir dos 
policiais, Justiça mostra a verdadeira injustiça chamada Sistema Judiciário Brasileiro. 
Julgando cerca de dez audiências por dia, é impossível que um juiz consiga ser 
eficiente, além da frieza com que julga os processos. Frieza essa, que podemos observar 
na cena em que o réu, deficiente físico sem uma perna, pede para que seja transferido para 
um hospital, já que em sua cela, por conta da lotação, não tem como ficar na cadeira de 
rodas e se arrasta pelas fezes e urina dos outros detentos, e que o magistrado diz que nada 
pode fazer por ele. 
Com uma polícia corrupta, provas implantadas, ausência de testemunhas por conta 
do medo da polícia e do tráfico, ausência de penas alternativas, a promotoria pública junto 
a uma defensoria antiética, completam o quadro de injustiça. Em uma cena chocante, o 
réu Carlos Eduardo jura de pés juntos à juíza que a acusação feita a sua pessoa é 
inverídica, e confessa para sua defensora que realmente é culpado, essa última, antiética, 
briga pela absolvição do acusado, colocando em risco sua própria família, com a ideia de 
que as carceragens já estão superpovoadas. 
Com uma simples câmera, e diferentemente dos outros documentários pois não 
acontecem entrevistas, Maria Augusta alertou a sociedade sobre o caos carcerário 
existente no Rio de janeiro. Mesmo sabendo que esse não é somente um problema carioca, 
ao mostrar o interior da Polinter, observamos centenas de pessoas empilhadas dentro de 
celas, que nem mesmo a SUIPA (Sociedade Protetora dos Animais) permitiria que 
abrigassem animais. Sem nenhuma política de reeducação e reinserção na sociedade, 
aquilo se torna mais um antro de marginalidade, onde os detentos acabam saindo piores 
do que quando entraram. 
Originalmente, o documentário Justiça faz um alerta para a reforma que o sistema 
judiciário necessita. Ao filmar o interior de um tribunal consegue retratar com delicadeza 
que não é colocando os marginais na cadeia que resolveremos o problema de violência 
no Brasil.

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