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Incidente de inconstitucionalidade, Homologação de sentença estrangeira, e Ação rescisória;

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Introdução
O presente resumo tem como objetivo analisar as seguintes áreas do Processo Civil: Incidente de inconstitucionalidade, Homologação de sentença estrangeira, e Ação rescisória; Com base nas obras de Alexandre Freitas Câmara e Humberto Theodoro Júnior. 
Incidente de Inconstitucionalidade
O Código de Processo Civil regula em seus arts. 480 a 482 o incidente de inconstitucionalidade. Este se instaurará toda vez que, perante a órgão fracionário de um tribunal (Salvo o órgão especial), se questionar a constitucionalidade das leis e atos normativos do poder público. Apenas o tribunal pleno (ou órgão especial) pode reconhecer a inconstitucionalidade das leis e atos normativos (art.97 CF). Os juízos e primeira instancia, podem considerar inconstitucional uma norma jurídica, e deixar de atuá-la.[1: CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil. Vol.2, 23 ed. Pag. 45.]
Toda vez que se questionar em um processo, a constitucionalidade de uma lei ou ato normativo, afirmando-se ser tal norma incompatível com a Constituição da Republica, terá lugar o incidente de inconstitucionalidade, podendo ser feita nos recursos que chegam ao tribunal ou nos processos de sua competência originaria, ou até mesmo nos casos de força do duplo grau de jurisdição obrigatório (art.475.CPC). 
O questionamento sobre a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo pode ser feito por qualquer das partes, por seus assistentes simples ou qualificados, pelo Ministério Publico, ou por ex ofício por qualquer dos juízes que iriam participar do julgamento do feito no tribunal. A arguição de inconstitucionalidade pelas partes pode se dar a qualquer tempo, na petição inicial, na contestação, em razões ou contrarrazões de recurso, por qualquer outra petição e, mesmo, verbalmente, quando houver sustentação oral perante o órgão fracionário do tribunal. O Ministério Público poderá manifestar-se no processo, em qualquer outra promoção que venha a fazer, ou oralmente perante o órgão julgador. Já a arguição ex officio será formulada durante a sessão de julgamento. [2: THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual. Vol.1, pag. 630]
Uma vez arguida a inconstitucionalidade, deverá o órgão julgador do feito, ouvir o Ministério Público, e então o órgão fracionário pronunciar-se á sobre a questão suscitada. Acolhida a arguição, será lavrado o acórdão, a fim de submeter a questão a tribunal pleno ou órgão especial , onde um destes deliberará acerca da constitucionalidade ou não da lei ou do ato normativo. Apenas pelo voto de maioria absoluta de seus membros que é possível o tribunal considerar a lei ou ato normativo inconstitucional. 
A decisão terá eficácia vinculante para o órgão fracionário, o qual, ao retomar o julgamento do feito, deverá acatar a solução da questão. Será retomado o julgamento feito pelo órgão fracionário, que complementará a decisão. A ,ES,a pode ser atacada por via de recurso, de acordo com o que está disposto n Enunciado n° 513 da Súmula da Jurisprudência Predominante do STF. A deliberação do plenário ou do órgão especial não alcança a autoridade de coisa julgada, já que se trata de apreciação de questão prejudicial (art.469, III, do antigo CPC).
Homologação de Sentença Estrangeira 
A “ação de homologação de sentença estrangeira” é uma “ação de conhecimento”, em que se busca obter sentença constitutiva, já que a sentença estrangeira não produz efeitos no Brasil, senão depois de homologada. É um instrumento destinado a reconhecer a sentença proveniente de Estado estrangeiro, permitindo que mesma passe a produzir efeitos no Brasil. É tratada nos arts. 483 e 484, e é de competência originaria do STJ (art. 105,I,i CF, com redação da Emenda Constitucional n°45/2004).[3: CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil. Vol.2, 23 ed. Pag.36.]
O STF não deverá julgar novamente a demanda original, mas sim, apreciar a presença dos requisitos necessários para a homologação de sentença estrangeira, sendo esses: 
Para que a sentença estrangeira seja homologada é necessário que:
I – a sentença tenha sido proferida no exterior por autoridade competente (rectius, juízo);
II – as partes tenham sido citadas ou que tenha havido legalmente a revelia;
III – tenha havido o trânsito em julgado da sentença, e estar revestida das formalidades necessárias para que produza efeitos no pais em que foi proferida. 
IV – a sentença estrangeira esteja autenticada pelo cônsul brasileiro e acompanhada de tradução por tradutor oficial ou juramentado no Brasil.
V – a sentença estrangeira não viole a soberania nacional, os bons costumes e a ordem pública.
No que concerne a homologação de decisões arbitrais estrangeiras, a Lei n°9.307/1996, conhecida como “Lei da Arbitragem”, é expressa em seus art. 35. “Para ser reconhecida ou executada no Brasil, a sentença arbitral estrangeira está sujeita, unicamente a homologação do Supremo Tribunal Federal”. 
Quanto ao procedimento, uma vez proposta a ação de homologação de sentença estrangeira, e estando em termos a petição inicial, deverá ser determinada a citação do demandado para contestar em 15 dias. É competente para o feito o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, que atua como órgão monocrático. 
A contestação fica limitada, podendo versar apenas sobre a autenticidade dos documentos, a inteligência da sentença e a observância dos requisitos exigidos pelo sistema jurídico positivo para a homologação, não se admitindo discussões sobre o objeto do processo onde se prolatou a sentença homologada. Em caso de revelia do demandado, será nomeado curador especial, o mesmo será feito se o demandado for incapaz (Resolução n° 9/2005, da Presidência do STJ, art. 9 § 3°). 
 O demandante poderá falar em replica, no prazo de 5 dias. Decorrido o prazo da contestação, manifestar-se-á o Procurador Geral da Republica, que disporá de um prazo de 10 dias para apresentar seu parecer. Se houver por parte do réu, do curador ou do Procurador Geral da Republica, impugnação ao pedido de homologação, deverá o processo ser distribuído a Corte Especial do STJ, onde será julgado, cabendo neste o relator, e não mais o presidente, a pratica de todos os atos ordinatórios e instrutórios (Resolução n° 9/2005, da Presidência do STJ, art. 9 § 1°).
Uma vez homologada a sentença estrangeira, esta se converte em titulo executivo judicial (art. 475-N, VI, do antigo CPC), sendo competente para o processo de execução o juízo federal de primeira instancia (art. 109, X, da Constituição Federal).
Ação Recisória
A ação rescisória pode ser utilizada em qualquer ato jurídico onde houver vicio ou nulidade jurídica. A devida ação juntamente com outros tipos de recursos, são para atacar a sentença, por tanto, que a mesma não esteja já em trânsito em julgado, verificando este ato, logo a mesma vira coisa julgada, assim, priva o interessado a sanar seu prejuízo.
	Na verdade a ação rescisória, não pode ser confundida com um recurso,onde o foco principal deste é a decisão, local que já tem um efeito, mas sim tentar alterar a sentença já imposta pelo magistrado,pois visa rescindir a coisa julgada e não anulá-la. Caso a decisão for alvo da anulação, a mesma vai agir contra a norma jurídica cogente, sendo assim, norma de ordem pública, que não pode ser afastada por mera vontade das partes.
	A natureza jurídica da ação rescisória é desconstrutiva ou construtiva negativa.Tendo em vista que a sua finalidade precípua é a supressão da coisa julgada. Dependendo do caso a ação rescisória terá o emprego das expressões tradicionais, natureza declaratória, construtiva, condenatória, executiva ou mandamental. É importante lembrar que tal ação não possui uma natureza jurídica, pois, não é um recurso, porque a mesma trata-se de uma nova ação e não se confundindo daquela que a direciona, cuja a sua decisão já transitou em julgado.
	Em outros termos, pode-se afirmar que nãoexistem regras disciplinadoras da competência desse instituto. Porém na carta magna, existe um dispositivo que acerca do tema. No art. 102, I do CR/88 têm-se a competência originaria do STF para julgar as ações rescisórias e seus julgados. Já no art. 105, I da CR/88 está a competência originária do STJ para julgar tais ações rescisórias e seus devidos julgados.
	O art. 108, I, B quanto à competência originária dos Tribunais Regionais Federais para conhecer as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região. Tal ação só pode ser apreciada por tribunais, assim, não podendo ser ajuizada em órgãos hierarquicamente inferiores de primeira instância. 
	Contra quaisquer decisões por ele for proferido, cada tribunal é competente para o julgamento de tal. Quando transitada em julgado a sentença que for proferida perante a primeira instância, será competente para a ação rescisória, o tribunal que é competente também, para apreciar a apelação que contra aquela sentença poderia ter sido interposta.
	Pode ocorrer prorrogação de competência do STJ e STF, de modo a incluir na rescisória, questões de mérito que não chegaram a ser examinadas por aquelas cortes. De qualquer forma a competência do STJ ou do STF só se firmará a partir do fato de ser objeto da rescisória alguma questão de mérito por eles enfrentados e decididos. Para a propositura da ação rescisória são comuns em qualquer ação, além dos taxativamente elencados no art. 485 do Código Processual Civil.
	Deve existir sentença de mérito para o seu total cabimento e também ser transitado em julgado. Para a propositura da ação é contado a partir do trânsito em julgado da sentença que visa ser rescindida, tendo em questão um período de 2 (dois) anos decadencial de acordo o art. 495 do CPC.
	Podendo alguns pressupostos específicos por sentença de mérito que estão previstas no art. 269 do CPC. Não sendo necessário que se tenham esgotados todos os recursos contra uma determinada decisão. De acordo com o novo código é de maneira expressa entre a legitimação de parte, dentro dos efeitos da ação rescisória, afirmando a sua propositura a partir de quem for parte no processo ou seu sucessor á titulo universalizou singular, o terceiro interessado, o Ministério Público, durante casos de omissão de sua audiência, quando era obrigatória sua intervenção e quando a sentença é o efeito de colusão das partes, a fim de fraudar a lei.
	Segundo a mesma tese, a partir do processo em que se deu a sentença pode ser o autor, como o réu e ainda o assistente. Caso ocorrer sucessão inter vivos ou mortis causa durante a relação jurídica onde foi o objeto da sentença, admite que o sucessor da parte também proponha a rescisória. 
	Se a sentença for por meio de confissão viciada por erro, dolo ou coação, somente o confidente tem direito a legitimação, e só ocorre a transferência para os herdeiros, caso o falecimento ocorrer após a propositura da ação, o terceiro só será legitimado quando tiver interesse jurídico, não sendo suficiente o de fato.
O Ministério Público pode sempre manejar a ação rescisória, principalmente quando ocorrer duas hipóteses no art. 487 do CPC. O réu da ação rescisória será a parte contrária do processo em que se proferiu a sentença impugnada.
Bibliografia
CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil: volume 2. 23 ed. São Paulo: Atlas, 2014.
THEODORO JÚNUOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 55. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014.

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