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* * * * * * Prof. Antônio Divino Jacob M.Sc em Educação Agrícola * * * Segurança Microbiológica Segurança Química Qualidade Nutricional Aparência Palatabilidade Qualidade da . Cor . Maciez Carne . Textura . Suculência . Marmoreio . Flavor Características Tecnológicas Segurança Qualidade . pH Sanitária Ética . Capacidade de retenção de água * * * Como assegurar a qualidade da carne? * * * Rastreabilidade da carne Recentes episódios na Europa (2001), como a crise provocada pela Encefalopatia Espongiforme Bovina (“doença da vaca louca”) e pela febre aftosa, afetaram gravemente o comércio e reafirmaram a necessidade de melhorar os métodos para o rastreamento de animais vivos e seus derivados, especialmente quando são objetos de intercâmbios comerciais de âmbito internacional. Brasil: Normativa N. 1 de 10 de janeiro de 2002 - alterada Normativa N. 21 de 02 de abril de 2004 * * * Episódios que influenciaram exigência de Rastreabilidade Focos de Aftosa * * * Episódios que influenciaram exigência de Rastreabilidade: Bioterrorismo Encefalopatia Espongiforme Bovina * * * Visão do Brasil na Europa de acordo com o Jornal Irish Farmers Journal. 2001 A realidade a nível de propriedade é que o controle da Aftosa é totalmente inadequado, a rastreabilidade não existe, há degradação ambiental e a exploração social está disseminada Os riscos para Europa das carnes importadas do Brasil são extremamente altos. A União Européia não pode continuar ignorando os riscos que estão sendo expostos os produtores e consumidores europeus em termos de ausência de aftosa e de rastreabilidade. Rastreabilidade certamente não é prática comum na grande maioria das propriedades. * * * * * * Rastreabilidade Rastreabilidade é um sistema de controle de animais que permite sua identificação individual desde o nascimento até o abate, registrando todas as ocorrências relevantes ao longo de sua vida. Rastreabilidade é a capacidade de traçar o histórico, a aplicação ou a localização de um item por meio de informações previamente registradas. A rastreabilidade é parte da qualidade total e é a base de todos os programas de certificação, sendo o produtor o primeiro envolvido e o que demanda a adequada identificação dos animais, fazendo com que toda a cadeia produtiva da carne mantenha documentação que comprove a sua aplicação (NORMA ISSO 8402). * * * Para que serve A Rastreabilidade foi o meio encontrado para garantir a sanidade do produto (carne), pois com ela será capaz de identificar quando foi produzido e comercializado, tornando possível a busca desse produto em qualquer ponto de venda (recall). Com esse procedimento podemos identificar todos os lotes produzidos em um determinado dia, tornando o processo mais seguro, sendo este um diferencial no produto oferecido e agregando valor a cadeia produtiva. Capacidade de rastrear, ou seja, identificar a origem e acompanhar o trajeto dos animais. * * * Justificativa A Rastreabilidade existe para garantir ao consumidor um produto seguro e saudável, por meio do controle de todas as fases de produção, industrialização, transporte, distribuição e comercialização, possibilitando uma perfeita correlação entre o produto final e a matéria-prima que lhe deu origem. Recentes episódios na Europa, como a crise provocada pela Encefalopatia Espongiforme Bovina (“doença da vaca louca”) e pela febre aftosa, afetaram gravemente o comércio e reafirmaram a necessidade de melhorar os métodos para o rastreamento de animais vivos e seus derivados, especialmente quando são objetos de intercâmbios comerciais de âmbito internacional. * * * Importância Segundo sua aplicação: - no país, - na produção, - no varejista, - na indústria, Importância: para a saúde pública e a proteção do consumidor; Importância: no rastreamento de animais e produtos de origem animal, na epidemiologia; Importância: na gestão da produção da carne bovina; Importância: como fator fundamental na exportação de carnes. * * * Objetivos Identificar, registrar e monitorar individualmente todos os bovinos e bubalinos nascidos no Brasil ou Importados; Identificar ações, medidas e procedimentos adotados para caracterizar a origem, o estado sanitário, a produção e a produtividade da pecuária nacional e a segurança dos alimentos provenientes dessa exploração econômica; Permitir ter um histórico do produto desde o campo até o consumidor; Permitir um gerenciamento da qualidade (APPCC, Boas Práticas de Produção, Boas Práticas de Fabricação). * * * Finalidades 1. Controlar o deslocamento de animais e seus produtos com o objetivo da sanidade animal; 2. Gestionar os processos empresariais; 3. Gestionar riscos em crises alimentares, permitindo a rápida retirada de produtos e determinar responsabilidades; 4. Controlar a qualidade dos alimentos evitando práticas fraudulentas 5. Garantir a segurança e a qualidade comercial do alimento * * * Competência Secretaria de Defesa Agropecuária (MAPA): responsável pela normalização, regulamentação, implementação, promoção e supervisão. Entidades Certificadoras: Organizações governamentais ou privadas credenciadas - responsáveis pela certificação. * * * Etapas da rastreabilidade 1 - Processo de identificação dos animais: Procedimento que utiliza a marcação permanente no corpo do animal ou aplicação de dispositivo interno ou externo, que permitam a identificação e o monitoramento individual dos animais * * * Etapas da rastreabilidade 2 - Documentos de Identificação Animal Deve acompanhar o animal do nascimento até o abate ou morte acidental ou natural, registrando as movimentações ocorridas: Número do animal no SISBOV; Número do animal na certificadora; País de origem; Raça; Sexo * * * Etapas da rastreabilidade 2 - Documentos de Identificação Animal Propriedade de nascimento; Município e Unidade Federativa da propriedade de nascimento e da propriedade de identificação; Data de identificação do animal; Logotipo da certificadora; Logotipo do MAPA * * * Método alternativo SISBOV – Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Animais de Origem Bovina e Bubalina SISBOV - É um sistema é de adesão voluntária, permanecendo a obrigatoriedade de adesão para a comercialização para mercados que exijam a rastreabilidade nos moldes da Circular 41/2006 de 26/09/2006. (Instrução Normativa no 17, de 13 de julho de 2006). SISBOV - É o conjunto de ações, medidas e procedimentos adotados para caracterizar a origem, o estado sanitário, a produção e a produtividade da pecuária nacional e a segurança dos alimentos provenientes dessa exploração econômica. * * * Objetivos do SISBOV Identificar, registrar e monitorar, individualmente, todos os bovinos e bubalinos nascidos no Brasil, como também aqueles importados de outros países. Os procedimentos adotados nesse sentido devem ser previamente aprovados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. Cadastrar e identificar propriedades e seus sistemas de criação; Dispor de amplo espectro de informações, favorecendo a vigilância epidemiológica; Disponibilizar ao consumidor informações confiáveis sobre a qualidade do produto; Conferir maior competitividade ao produto brasileiro no mercado internacional. * * * SISBOV ÂMBITO DE APLICAÇÃO: Aplica-se, em todo o território nacional, às propriedades rurais de criação de bovinos e bubalinos, às agroindústrias que processam esses animais, às entidades credenciadas pelo MAPA como certificadoras e as empresas produtoras de elementos de identificação. * * * Legislação do SISBOV Credenciamento: As organizações interessadas em participar do SISBOV como entidades certificadoras submeterão ‘a SDA/MAPA projeto para implantação e controle operacional, visando à homologação e credenciamento, instruído com os seguintes documentos: (a) Requerimento de Credenciamento; (b) Contrato Social Registrado em Junta Comercial; (c) Termo de Compromisso para cumprimento das normas e requisitos do MAPA, firmado pelo representante legal e pelo responsável técnico; (d) Descrição e Modelo do Processo de Identificação e Sistema Operacional. * * * Legislação do SISBOV Infrações e Penalidades: As entidades certificadoras credenciadas, as propriedades rurais e as agroindústrias identificadas e registradas no SISBOV que não cumprirem as regras estabelecidas pelo MAPA poderão, além da responsabilização civil e penal, sofrer as seguintes penalidades: (a) advertência por escrito, com desclassificação dos dados relativos aos animais da propriedade, para efeitos de identificação e certificação oficial; (b) suspensão do reconhecimento de dados oficiais de identificação e certificação, pelo tempo requerido para a solução do problema; (c) exclusão do SISBOV. * * * Legislação do SISBOV Passos para o produtor certificar sua propriedade: 1º passo: Escolher uma Certificadora credenciada ao MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária); 2º passo: solicitar os documentos para cadastramento de sua propriedade; 3º passo: A certificadora encaminha alguns documentos para preenchimento (Formulário de cadastro do produtor, formulário de cadastro da propriedade e inventário de animais); 4º passo: o produtor realiza a identificação individual dos animais e assinala tudo na planilha encaminhando-a posteriormente a Certificadora; 5º passo: O produtor após a identificação de todos os animais em sua propriedade agenda a vistoria da propriedade pela Certificadora, o qual após a vistoria atualiza o BND (Banco Nacional de Dados). * * * Estrutura do código de identificação * * * Estrutura do código de identificação O Sistema de Identificação para bovinos é individual, deve conter 15 dígitos e é solicitado pela empresa certificadora à Coordenação do SISBOV (MAPA). a)Três dígitos iniciais caracterizando o país de nascimento. b) Dois representando a Unidade Federativa de origem c) Nove identificando o animal d) Um verificador. * * * Características de identificação Identificação individual; Documento de identificação animal; Base informatizada de dados; Registros individuais. * * * Sistemas de identificação Utilização de brincos e de marcação a ferro Tatuagem Uso do padrão vascular da retina Identificação pelo DNA Identificação eletrônica 4.1 Utilização de brincos e de marcação a ferro 4.2 Uso do padrão vascular da retina 4.3 Identificação pelo DNA 4.4 Identificação eletrônica * * * Utilização de brincos * * * Padrão vascular da retina Detalhes de veias e artérias em olhos de bovinos: o padrão vascular é único para cada animal. * * * Identificação eletrônica Transponder intra-ruminal (Bolus). Fonte: Lopes (2001). * * * Identificação eletrônica Aplicador do transponder intra-ruminal. Fontes: Lopes (2001). * * * Identificação eletrônica Transponder subcutâneo. * * * Identificação eletrônica Esquema de um transponder subcutâneo. * * * Cadeia de DNA * * * Prazos para identificação * * * Fases de desenvolvimento Industrialização: Simplesmente produzir o bastante; Chegar a sistemas de produção mais confiáveis e eficientes; Melhorar a qualidade da mercadoria ou produto (alimento – carne). * * * Novos conceitos de Qualidade Boas Práticas de Produção; Boas Práticas Agropecuárias; APPCC (HACCP); Bem – estar animal; Abate Humanitário; Conformidade de processos e produtos; * * * Exigências da UE Identificação individual do animal; Bancos de dados informatizados; Passaporte animal; Registro individual dos animais vistos nas propriedades. * * * Rotulagem obrigatória Assegurar a ligação entre o animal e a carcaça: cortes e produtos; - número de referência animal (brinco) ou lote; - país de nascimento; - país de abate; - pais de desossa; - idade do animal; - sexo do animal; * * * Contribuição da Rastreabilidade Certificação de Qualidade: - garantia de produção de alimento seguro; - facilita a busca de melhores resultados; - atendimento dos requisitos legais e de mercado; - auxilia na melhoria de qualidade dos produtos; * * * Contribuição da Rastreabilidade Certificação de Qualidade: - é diferencial de competitividade; - fortalece a imagem da cadeia produtiva - auxilia no posicionamento dos produtos no mercado; - estreita a relação com os fornecedores e consumidores. * * * Rastreabilidade Considerações gerais: - com a criação da rastreabilidade da carne bovina, surgiu a rastreabilidade da carne suína (DICS) e da carne de aves (DICAO) - conhecer a origem da carne é um fator fundamental para a entrada em mercados exigentes como Japão e EUA; - com a melhoria genética e técnicas de nutrição avançadas a precocidade dos rebanhos aumenta a produtividade da carne no país; - melhores contratos com fornecedores; - explorar mercados emergentes no Brasil e no exterior; - produtos com maior valor agregado.
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