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Afetos em jogo nos tribunais do júri

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
TRABALHO 
DE 
SOCIOLOGIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA
Professor : VINICIUS ESPERANÇA LOPES 
Rio de janeiro 19 de Junho de 2015.
IDENTIFICAÇÃO DO GRUPO	
	
BIANCA DOS SANTOS TEIXEIRA DA SILVA – MAT 2014.07.385781
JOAO CARLOS STOGMULLER – MAT 2014.08.292424
MERIANE ZAGO BARBOSA – MAT 2013.08.221177
RODRIGO ALMEIDA C SANTOS – MAT 2014.08.017555
SAMUEL DA SILVA SANTOS – MAT 2104.08.483793
SUMÁRIO
RESUMO DO AUTOR .................................................. 4 
RESUMO DOS TEXTOS ............................................... 5
PRINCIPAIS IDEIAS DOS TEXTOS ........................... 6
COMENTÁRIO DO GRUPO.......................................... 8
	BIBLIOGRAFIA .............................................................9
RESUMO DO AUTOR 
Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer possui graduação em Ciências Sociais (1986) e em Direito (1988) pela Universidade de São Paulo (USP); mestrado e doutorado em Antropologia Social também pela USP (1994 e 2002, respectivamente) na qual, desde 2003, é professora no Departamento de Antropologia em Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa (RDIDP). Coordena o Núcleo de Antropologia do Direito da USP (NADIR). É membro da Cátedra UNESCO de Educação para a Paz, Direitos Humanos, Democracia e Tolerância no Instituto de Estudos Avançados da USP (IEA-USP). Integra o Projeto Inter unidades em Violência, Democracia e Direitos do Núcleo de Estudos da Violência da USP (NEV) com o subprojeto "Sujeitos, Discursos e Instituições". Trabalha na área de Antropologia do Direito, principalmente com os temas: tribunais do júri, direitos humanos, sistemas de justiça e profissionais do direito
Brasil, Universidade de São Paulo Disponível em https://uspdigital.usp.br/tycho/CurriculoLattesMostrar?codpub=E7A0C40129EE acesso em 14 de Junho de 2015.
RESUMO DOS TEXTOS:
AFETO EM JOGO NOS TRIBUNAIS DO JURI 
e 
ETNOGRAFIA DISSONANTE NOS TRIBUNAIS DO JURI
Os artigos intitulados de Afetos em Jogo nos Tribunais do Júri e etnografia em jogo nos tribunais do júri escritos pela autora Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer buscam questionar a presença da Instituição do Tribunal do Júri no ordenamento jurídico pátrio, assim como sua estrutura e formação atual. Para isso a autora aborda o tema por meio de críticas a quanto à sobreposição de considerações não técnicas, sociais e culturais que orientam os jurados em suas decisões, bem como tece uma análise acerca da eficácia social de juízes leigos julgarem os crimes dolosos contra a vida.
PRINCIPAIS IDEIAS DO CAPITULO
	
O autor faz uma análise crítica acerca da permanência do tribunal do júri no sistema jurídico criminal pátrio, trazendo à tona suas mazelas e contestando o caráter democrático da instituição ao proferir uma analogia sistêmica com o sistema jurídico criminal de outros países democráticos onde não existe tribunal do júri ou estes já foram retirados de seus ordenamentos.
No Brasil, os o Tribunal do Júri é competente para o processo e julgamento dos crimes dolosos contra a vida sejam homicídios, abortos, Induzimento, infanticídios e instigação ou auxílio a suicídio, ainda que em sua forma tentada, entre outros. Os jurados, membros do conselho de sentença, possuem a incumbência de decidir o futuro do acusado, deliberando pela condenação ou absolvição com total autonomia para tanto. A eles, cabe a decisão com relação à autoria e a materialidade do delito, bem como uma possível incidência de excludente de ilicitude, ou mesmo de culpabilidade ou diminuição de pena. Em suma, os jurados têm enorme poder, decidindo a vida de inúmeros réus que passam pelo julgamento do Tribunal popular.
Neste diapasão, faz-se insurgir a problemática quanto à eficácia social das decisões proferidas pelo denominado tribunal popular principalmente no que se refere ao fato de a maioria dos jurados não expressarem a opinião do povo, que teoricamente, representariam, mas apenas os interesses da classe média da qual provem, inferindo, desta maneira, a conclusão de que as sentenças emanadas pelo júri possuem na maioria das vezes um caráter cultural, social e até mesmo ideológico, em detrimento do técnico jurídico necessários ao julgamento da lide, causando desta forma inúmeras distorções e erros em seus vereditos e por consequência denegrindo o princípio da efetividade da justiça. E isso ocorre por quatro fatores elementares;
Em primeiro lugar, nos debates do júri os argumentos emocionais sobrepõem as normas positivada na legislação penal ludibriando os jurados e os fazendo perder de vista a imparcialidade que se faz como condição “sine qua non” à tutela jurisdicional e ainda mais aos julgamentos dos crimes dolosos contra a vida constitucional e infra constitucionalmente atribuídos à instituição do júri.
Em segundo lugar a complexidade dos crimes dolosos contra a vida exigem rigor técnico na exposição e na apreciação de provas e nesta esteira é cediço que grande parte dos membros do conselho de sentença não possuem bom senso jurídico podendo não considerar provas e depoimentos testemunhais de caráter pontual, por motivos puramente emocionais. 
Ressalte-se, desta forma, que a pressão midiática nos processos criminais principalmente aqueles de grande comoção social servem como verdadeiro julgamento antecipado dos réus, não tendo estes a mínima chance de defesa, com base nas provas e de um julgamento conforme prerroga a Carta magna, que delega a todos o amplo direito a defesa e ao contraditório, caracterizando, portanto, uma “pré condenação. ”
Em terceiro lugar insurge a crítica de que a missão de julgar requer profissionais e preparo, não podendo ser feita por leigos, sob o pretexto de representação social. É impossível constituir um grupo de jurados preparados a entender as questões complexas que muitas vezes são apresentadas para decisão no Tribunal do Júri. Na sua Grande maioria o Tribunal é composto por pessoas despreparadas para exercer uma função tão relevante que é julgar outro ser humano, pois em diversas oportunidades o processo se mostra complexo e de difícil compreensão para uma pessoa leiga.
Neste raciocínio tem-se que o magistrado, em função de sua instrução jurídico científico e das garantias a ele outorgadas, consiga com mais facilidade, discernir entre o que é apresentado nos jornais, e a realidade fática do processo, mantendo sua imparcialidade.
 Deve-se salientar ainda que a justiça não pode escorar-se sob o manto da representação democrática e do exercício pleno da cidadania, com essas características, isto porque a cidadania e a democracia são muito mais que isso, elas representam acima de tudo um julgamento justo e imparcial, onde se assegura os direitos preconizados na Constituição Federal.
Observa-se que conhecimento jurídico, com a mais absoluta certeza, é fundamental para a realização de um julgamento mais acertado, ou no mínimo menos falho. Pesquisas apontam que a instituição do júri comete mais erros do que os tribunais não populares, somando ao fato das soluções “extras legais” de muitos veredictos desprestigiam a efetividade da justiça.
Por fim é imperioso mencionar que a grande maioria dos acusados provém das classes menos favorecidas, em contraponto com seus julgadores (provenientes majoritariamente da classe média). E não raras vezes, os réus têm antecedentes criminais e estes são usados amplamente como arma da acusação para obter uma condenação utilizando-se disso como uma espécie de “vingança social” tão almejada pelas classes mais abastadas. 
Diante do exposto, o autor buscou demonstrar ao longo os problemas relevantes referentes à forma de julgar desta Instituição em comento e a principal conclusão que se chega é necessidade de reformas para que este tipo de julgamentoatenda melhor ao fim buscado: Operar o Direito na busca pela justiça.
COMENTÁRIOS DO GRUPO
O conceito de tribunal do júri está intrinsicamente vinculado à ideia de democracia e é basilar sua atuação. O cidadão, acusado de um crime doloso contra a vida, é julgado por seus iguais, por homens que expressam os anseios da comunidade, e não por uma decisão monocrática. Nos tempos atuais o tribunal do júri tem sido objeto de severas críticas, acusado de inadequado para os tempos modernos. Haja vista o caráter autoritário, face ao arbítrio e poder concentrado nas mãos de leigos, jurados em Conselho de Sentença, que decidem soberanamente através do veredito, sem expor sua justificativa, adentrando sobre o destino de uma pessoa praticante de crime doloso contra a vida.
É notório que o tribunal do júri, como instituição ineficiente que é, tem resistido ao tempo. O que não é valido argumentar, é que em virtude de tais defeitos, a Instituição do Júri esteja ultrapassada e até superada. Os argumentos que buscam extinguir o Júri, talvez a única esfera do Poder Judiciário permeável à efetiva intervenção da sociedade, não resistem a uma avaliação mais sensata e ponderada. Os defeitos desta instituição não podem ser tomados como justificativa para sua extinção, uma vez que seus benefícios, sendo mais numerosos, impõem que se busque seu aperfeiçoamento. O ideal seria um aprimoramento, a fim de que o Júri se adeque à realidade de nossa sociedade, já que pode ser entendido como a melhor maneira de se julgar o acusado, haja vista a harmonia que tem o Tribunal do Júri popular com a sociedade.
Isso posto, praticar o positivado na Carta magna, talvez, traria uma nova ótica a esta prática, “todos são inocentes até prova em contrário”, adotando-se o conceito da dúvida razoável, e ainda sem “anseios midiáticos” ou “vinganças sociais”, poderemos realmente proporcionar, aos julgados, a ampla defesa e o direito ao contraditório. 
Bibliografia 
SCRITZMEYER, Ana Lucia Pastore. Afetos em jogo nos tribunais do júri. São Paulo em Perspectiva, v. 21, n. 2, p. 70-79, jul./dez. 2007. Disponível em: http://www.seade.gov.br/produtos/spp/v21n02/v21n02_06.pdf 
SCRITZMEYER, Ana Lucia Pastore. Etnografia dissonante dos tribunais do júri. Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 19, n. 2. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ts/v19n2/a04v19n2.pdf

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