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TIAGO CASTRO DE MOURA SILVA 
LEGISLAÇÃO COMERCIAL 12/0137003 
O capítulo VI, que vai do artigo 487 ao 491, faz referência ao Aviso 
Prévio. O artigo 487 trata da rescisão do contrato de trabalho sem justo 
motivo, tanto por parte do empregado quanto do empregador, sendo 
estipulado o aviso prévio com antecedência de no mínimo 8 dias para 
trabalhadores que recebem pagamentos semanais e de no mínimo 30 dias 
para quem recebem quinzenalmente, mensalmente ou que estejam a mais de 
12 meses a serviço da mesma empresa. No inciso§ 1º determina-se que a 
falta do aviso prévio por parte do empregador acarretará no direito ao 
empregado de recebimento dos salários correspondentes ao prazo do aviso, 
garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço. No § 
2º define-se o inverso, ou seja, a consequência da falta de aviso prévio por 
parte do empregado, que é empregador o direito de descontar os salários 
correspondentes ao prazo respectivo. O § 3º determina que o pagamento de 
salário pago na base de tarefa, terá a base de cálculo referente à média dos 
últimos 12 meses trabalhados. Já o inciso § 4º fala que é devido o aviso 
prévio na despedida indireta, caracterizada por falta grave praticada pelo 
empregador em relação ao empregado que lhe preste serviço. Há também o 
§ 5o que inclui as horas “extras” no aviso prévio. E por último o § 6o fala 
que o reajustamento salarial coletivo será agregado ao empregado pré-
avisado da despedida mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários 
correspondentes ao período do aviso, que integra seu tempo de serviço para 
todos os efeitos legais. 
O artigo 488 indica a diminuição de 2 horas diárias ao horário normal 
de trabalho do empregado, sem nenhuma redução de salário ou outro 
prejuízo aplicável ao salário integral, sendo este direito facultativo, e 
podendo ser substituído por 1 (uma) falta no caso do inciso I do art. 487 e 7 
dias corridos de falta ao serviço no caso do inciso II do art.487. 
O artigo 489 estabelece que a rescisão será efetivada logo após 
expirado o prazo do aviso prévio, porém, existe a possibilidade de retroagir 
essa decisão antes de expirado o prazo. Sendo assim, caso a pessoa que pediu 
a rescisão decidir voltar atrás, é opcional aceitar ou recusar a reconsideração 
à outra parte. Se continuar a prestação de serviço após expirado o prazo o 
contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tivesse sido dado. 
O artigo 490 trata do caso em que o empregador praticar ato que 
justifique a rescisão imediata do contrato. Se isso ocorrer, deve-se pagar a 
remuneração correspondente ao aviso prévio (não ocorrido por razão de 
rescisão imediata) sem que ocorra prejuízo ás indenizações devidas. 
Em contrapartida ao artigo 490, o artigo 491 dispõe da situação em 
que ocorre falta passível de rescisão por parte do empregado durante o aviso 
prévio, caso em que a punição é a perda dos direitos sobre o aviso prévio 
restante. 
Entre os artigos 492 e 500, temos o capítulo VII que trata daquestão 
da Estabilidade. No artigo 492 determina-se que empregado que contar mais 
de 10 (dez) anos de serviço na mesma empresa não poderá ser despedido 
senão por motivo de falta grave ou circunstância de força maior, 
devidamente comprovadas. Constitui falta grave a prática de qualquer dos 
fatos a que se refere o artigo 482 da CLT, quando por sua repetição ou 
natureza representam séria violação dos deveres e obrigações do empregado 
(artigo 493 da CLT). E existe uma observação sobre este artigo, descrita no 
parágrafo único subsequente que define o tempo de serviço como todo o 
tempo em que o empregado esteja à disposição do empregador. 
O artigo 493 define falta grave como a prática de qualquer dos fatos a 
que se refere o art. 482, quando por sua repetição ou natureza representem 
séria violação dos deveres e obrigações do empregado. 
No artigo 494, há a delimitação das punições para empregados 
acusados de falta grave, que podem ser suspensos (suspensão que dura até a 
decisão final do processo) de suas funções porém não podem ser demitidos 
sem primeiro passarem por inquérito e este confirmar as acusações. 
Se constatado que não houve falta grave, assunto que é tratado no 
artigo 495, fica o empregador obrigado a readmiti-lo no serviço e a pagar-
lhe os salários a que teria direito no período da suspensão. 
O artigo 496 estabelece a possibilidade de conversão, se o tribunal do 
trabalho entender como o melhor, do direito de reintegração para 
indenização caso haja incompatibilidade entre as partes (empregador e 
empregado). 
O Art. 497 determina o pagamento em dobro de indenização garantida 
por rescisão de contrato por tempo indeterminado se ocorrer extinção da 
empresa, sem a ocorrência de motivo de força maior, ao empregado estável 
despedido. Direito repetido no artigo 498 para casos de fechamento do 
estabelecimento, filial ou agência, ou supressão necessária de atividade, sem 
ocorrência de motivo de força maior. 
Na sequência, o artigo 499 define que existe o cômputo do tempo de 
serviço para todos os efeitos legais, mas não haverá estabilidade no exercício 
dos cargos de diretoria, gerência ou outros de confiança imediata do 
empregador. Os incisos § 1º, § 2º e § 3º dizem que ao empregado 
garantido pela estabilidade que deixar de exercer cargo de confiança, é 
assegurada, salvo no caso de falta grave, a reversão ao cargo efetivo que haja 
anteriormente ocupado; ao empregado despedido sem justa causa, que só 
tenha exercido cargo de confiança e que contar mais de 10 (dez) anos de 
serviço na mesma empresa, é garantida a indenização proporcional ao tempo 
de serviço nos termos dos arts. 477 e 478; e a despedida que se verificar com 
o fim de obstar ao empregado a aquisição de estabilidade sujeitará o 
empregador a pagamento em dobro da indenização prescrita nos arts. 477 e 
478, respectivamente. 
Temos no artigo 500 as condições para o pedido de demissão do 
empregado estável, que só será válido quando feito com a assistência do 
respectivo Sindicato e, se não o houver, perante autoridade local competente 
do Ministério do Trabalho e Previdência Social ou da Justiça do Trabalho. 
Logo a seguir chegamos ao capítulo VIII que trata da Força maior e 
tem como primeiro artigo o artigo 501, que nos é apresentada uma definição 
de “força maior”, que pode ser entendida como todo acontecimento 
inevitável, em relação à vontade do empregador, e para a realização do qual 
este não concorreu, direta ou indiretamente. Os incisos relacionados à esse 
artigo indica que a imprevidência do empregador exclui a razão de força 
maior e que não se aplicam as restrições desta Lei referentes ao disposto 
neste Capítulo à ocorrência do motivo de força maior que não afetar 
substancialmente, nem for suscetível de afetar, em tais condições, a situação 
econômica e financeira da empresa. 
Ocorrendo motivo de força maior que determine a extinção da 
empresa, ou de um dos estabelecimentos em que trabalhe o empregado, é 
assegurada a este, pelo artigo 502, quando despedido, uma indenização na 
forma seguinte: sendo estável, nos termos dos arts. 477 e 478; não tendo 
direito à estabilidade, metade da que seria devida em caso de rescisão sem 
justa causa; havendo contrato por prazo determinado, aquela a que se refere 
o art. 479 desta Lei, reduzida igualmente à metade. 
O artigo 503 permite a redução salarial em casos de força maior, como 
descrito a seguir: É lícita, em caso de força maior ou prejuízos devidamente 
comprovados, a redução geral dos salários dos empregados da empresa, 
proporcionalmente aos salários de cada um, não podendo, entretanto, ser 
superior a 25% (vinte e cinco por cento), respeitado,em qualquer caso, o 
salário mínimo da região. No parágrafo único referente a este artigo, define-
se que cessados os efeitos decorrentes do motivo de força maior, é garantido 
o restabelecimento dos salários reduzidos. 
Enquanto o artigo 504 estipula as consequências de falsa alegação de 
força maior e diz que ao ser comprovada a falsa alegação do motivo de força 
maior, é garantida a reintegração aos empregados estáveis, e aos não-estáveis 
o complemento da indenização já percebida, assegurado a ambos o 
pagamento da remuneração atrasada. 
O CAPÍTULO IX trata das DISPOSIÇÕES ESPECIAIS e se inicia 
com o artigo 505 que equipara os trabalhadores rurais ao outros 
trabalhadores de acordo com os direitos e deveres descritos nos Capítulos l, 
lI e VI do presente Título. 
Já o artigo 506, define a possibilidade de pagamento da remuneração 
in natura, acordado em contrato, contanto que seja de produtos obtidos pela 
exploração do negócio e não exceda de 1/3 (um terço) do salário total do 
empregado. 
No artigo 507, há o veto das disposições do Capítulo VII do presente 
Título aos empregados em consultórios ou escritórios de profissionais 
liberais. 
Por fim, o artigo 510 estabelece a multa que será imposta à empresa, 
pela infração das proibições constantes deste Título, no valor igual a 1 (um) 
salário mínimo regional, elevada ao dobro, no caso de reincidência, sem 
prejuízo das demais cominações legais.

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