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Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA ARQUITETURA EFÊMERA Aula 2: O efêmero na arte – Paralelo da arte com a arquitetura Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Arte Efêmera Arte de caráter passageiro, temporário, transitório no local onde tenha sido construída. Estudo de pinturas, instalações e performances que tenham o caráter de permanência relativizado com sua função em determinado período de tempo. Segundo a Enciclopédia Itaú Cultural (2016) Arte Efêmera é um conceito “curatorial utilizado para denominar instalações, happenings e performances que não têm pretensão de ser perenes e se opõem às formas mais tradicionais da arte, como a pintura ou a escultura”. Conceito Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Arte Efêmera • Explorar as diferenças entre o Efêmero e o Perene na arte como forma de estabelecer um paralelo com a arquitetura. • Expor a linha tênue que define o limite entre arquitetura e arte, especialmente no que se refere ao tema da efemeridade. Objetivos Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances, site-specific. Hélio Oiticica Artista plástico carioca (1937-1980), que inovou em conceitos e práticas artísticas do que ele denomina como “antiarte por excelência” ou parangolés. Em 1965, produziu a exposição que denominou como Manifestações Ambientais que incluía capas, tendas e estandartes. A partir desse período intensificou o conceito denominado “programa ambiental” com a montagem de uma sala de sinuca (1966) e a mostra Tropicália (abril, 1967), formada por um jardim com pássaros, plantas vivos, e poemas-objetos, no Museu de Arte Moderna (MAM), na exposição Nova Objetividade Brasileira. Instalação Parangolés, Museu de Arte Moderna (MAM), Rio de Janeiro, 1967. Disponível em: Educação, Ministério da Educação, nov 2016. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances, site-specific. Hélio Oiticica Sua obra Tropicália inspiraria o compositor e cantor Caetano Veloso a compor, em 1968, a música Tropicália. A letra apresenta sinalizações da sua percepção sobre a obra de Oiticica e sobre o que não é definitivo, efêmero: “...O monumento é de papel crepom e prata.... ...O monumento não tem porta A entrada é uma rua antiga estreita e torta.... ...O monumento é bem moderno Não disse nada do modelo do meu terno Que tudo mais vá pro inferno, meu bem.” (VELOSO, 1968, Faixa 1). Tropicália. Data: 1967. Disponível em: Educação, Ministério da Educação, nov 2016. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances, site-specific. Hélio Oiticica O Parangolé – Trata-se de uma espécie de capa (lembra um pouco uma bandeira, estandarte, tenda) que não desfralda plenamente seus tons, cores, formas, texturas, grafismos ou as impregnações dos seus suportes materiais (pano, borracha, tinta, papel, vidro, cola, plástico, corda, esteira) senão a partir dos movimentos - da dança- de alguém que a vista. O Parangolé foi elaborado, concebido ou descoberto, segundo o próprio Oiticica, em 1964. Parangolés – Encuentros de Pamplona, artistas Hélio Oiticica (Brasil) e Leandro Katz (Argentina), Registro AD05370, 2009. Fonte: Museu Reina Sofia, Madrid, Espanha, 2016 Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances, site-specific. Hélio Oiticica Muitas definições têm sido apresentadas sobre esses estranhos objetos denominados Parangolés e merecem ser consideradas as observações do poeta baiano Waly Salomão (1943-2003): "O primeiro Parangolé foi calcado na visão de um pária da família humana que transformava o lixo que catava nas ruas num conglomerado de pertences". O Parangolé também é visto pelo poeta Antonio Cícero (1945- ) “como parte do processo brasileiro de radicalização do construtivismo”. (CÍCERO, 1993). Parangolés, 1965-1979. Exposiçãon MMK Museum für Moderne Kunst. Photo: Axel Schneider © MMK Museum für Moderne Kunst, 1965-1979. Fonte: Jeu de Paume, 2013. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances, site-specific. Hélio Oiticica O significado da palavra Parangolé, segundo o Dicionário Aurélio (2016) é: - palavreado desalinhavado, substantivo masculino. Segundo Paulo O. Reis, no Dicionário Português (2006), era uma gíria do Rio de Janeiro para "agitação súbita", "animação", "alegria", "situações inesperadas entre pessoas”. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances, site-specific. Lygia Clark A artista mineira (Belo Horizonte 1920 – Rio de Janeiro 1988), importante expoente do experimentalismo nas artes plásticas nos anos 1960 e 1970 no Brasil. Assim como Hélio Oiticica, construiu percurso que nasceu na pintura e se projetou para o espaço tridimensional. Ela utiliza os elementos da vida cotidiana para aproximar a arte da vida como na proposição “Caminhando” – recorte em uma fita de Moebius praticado pelo participante – apresentado em 1964, no Rio de Janeiro, quando estabeleceu que a “arte é o seu ato” (SPERLING, 2015). Lygia Clark em seu ateliê Fonte: Museu Reina Sofia, Madrid, Espanha, 2016 Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances, site-specific. Lygia Clark Estabelece um vínculo com a vida identificável em "Objetos Sensoriais, 1966-1968”: a proposta de utilizar objetos do nosso cotidiano (água, conchas, borracha, sementes), aponta para uma intenção de desvincular o lugar do espectador dentro da instituição de Arte. Ao mesmo tempo, aproximá-lo de um estado, onde o mundo se molda em constante transformação (SPERLING, 2015). Para ela “A obra (de arte) deve exigir uma participação imediata do espectador e o espectador deve ser jogado dentro dela” (CLARK apud SPERLING, 2016, p. 26). Arquitetura fantástica, Museu Virtual do Itau Cultural . Fonte: Lygyaclark.org.br, 2016 Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances, site-specific. Lygia Clark Alguns filmes disponíveis: Lygia Clark: Um convite à experimentação. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?time_continue=24&v=-o9VwIWxYwY. Lygia Clark, Caminhando - Episódio 1 - Santarém, Portugal. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=e3qTDGLkKkI. Lygia Clark, por Franz Manata | Curta! –Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=KW-s1VbTf_8. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances,site-specific. Cildo Meireles Artista plástico (Rio de Janeiro 1948- ) Cria objetos e instalações que acoplam diretamente o visor em uma experiência sensorial completa, questionando entre outros lemas, a política e a dependência do país na economia global. Em Belo Horizonte, durante os anos 1970-1980, ele participa com “Totem - Monumento aos presos políticos”, no qual evocava aos presos e desaparecidos políticos do regime militar (1964- 1980). Neles, a questão política sempre vem acompanhada da investigação da linguagem. Cildo Meireles, Desvio para o vermelho I: Impregnação, II: Entorno, III: Desvio, materiais diversos, 1967-84, foto: Pedro Motta. Fonte: Instituto Inhotim, 2016. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances, site-specific. Cildo Meireles No final da década de 1970, passa a explorar, através de seus trabalhos, a capacidade sensorial do público (gustativa, térmica, oral, sonora) como chave da fruição estética, e em detrimento da predominância visual das artes plásticas. Emprega cada vez mais, mas sempre em função de uma ideia, materiais precários, efêmeros, de uso cotidiano e popular. “Inmensa”, obra inicialmente elaborada em madeira no Rio de Janeiro, 1982, foi produzida em aço para Inhotim, Minas Gerais, em 2002. Fonte: Tibério França, Instituto Inhotim, 2016. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances, site-specific. Cildo Meireles A sua intensa produção, ainda em pleno andamento, ampliou seu campo criativo ao inserir instalações, objeto e tecnologia. Ele situa-se na transição da arte brasileira entre a produção neoconcretista dos anos 1960 e a arte conceitual contemporânea com instalações e performances. Suas obras têm importante diálogo com as questões poéticas e sociais específicas do Brasil, assim como com as relações plásticas da arte e do objeto artístico. “Através”, obra com materiais diversos, técnica mista e diversidade de suportes, 1983-1989. Inhotim, Minas Gerais, em 2002. Fonte: Pedro Motta, Instituto Inhotim, 2016. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances, site-specific. Artur Barrio Artista plástico luso-brasileiro (Porto, Portugal 1945- ) que vive no Rio de Janeiro desde 1955. A característica principal de suas obras é a de não poder ser guardada em galerias, museus e também não poder ser penduradas em paredes. Ele utiliza materiais efêmeros e precários como o papel higiênico, sal, pão, pó de café, sangue, carne, areia, serragem. Barrio define os seus materais como “objetos dejetos” (FANTINI, 2016, p.1). Uma das obras mais expressivas de Artur Barrio é “Trouchas ensaguentadas” que foram colocadas no rio Arrudas, Centro de Belo Horizonte, MG, abril de 1970. Fonte: Artur Barrio, Blog, 2016 Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances, site-specific. Artur Barrio Uma de suas obras mais importantes é a performance/instalação realizada às margens do rio Arrudas, no Parque Municipal, em Belo Horizonte, quando, em 20 de abril de 1970, 14 trouxas ensanguentadas foram encontradas por transeuntes. As trouxas eram compostas de ossos, carne, sangue, argila, espuma de borracha, pano e cordas envoltos em um tecido branco já manchado. A polícia e o Corpo de Bombeiros foram acionados pela população. Tratava-se do projeto artístico Situação T/T1, uma proposição artística de Artur Barrio para a manifestação “Do corpo à terra”. “Trouxas ensaguentadas “ observadas por policiais e transeuntes às margens do Rio Arrudas, Centro de Belo Horizonte, MG, abril de 1970. Fonte: Artur Barrio, Blog, 2016. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances, site-specific. Artur Barrio A sua produção pode ser considerada como arte conceitual, ele cria performances em espaços públicos e em ambientes culturais. Faz o inusitado na arte. Outra de suas obras muito conhecidas é justamente a intitulada Livro de carne (1978-9), exposta na Bienal de Artes de São Paulo e em Paris. Era um pedaço de carne talhado em forma de livro que, após alguns dias, decompunha-se diante do público e tinha que ser reposto a cada 3 dias. O Livro de Carne exposto na Bienal de Artes de São Paulo, 1978/9. Fonte: Artur Barrio, Blog, 2016. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances, site-specific. Márcia X A artista plástica carioca (1959-2005) Márcia Pinheiro de Oliveira adotou o X. de seu nome quando realizou performance em parceria com o também artista Alex Hamburguer na Bienal do Livro, em 1985, no Rio de Janeiro. Vestida com duas “não roupas”, uma capa preta e uma outra transparente e sem nada por baixo, Márcia despiu-se até ficar nua. A reação da estilista homônima Márcia Pinheiro dizendo dedicar-se a vestir e não a despir pessoas fez com que a artista adotasse Márcia X. como assinatura. Macambíada volante. Marcia X e Alex Hamburguer, 1985 Fonte: marciax.art.br, 2016. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances, site-specific. Márcia X Uma de suas marcas, quase sempre polêmicas, foi a utilização de objetos eróticos, brinquedos infantis e objetos religiosos, suas performances e instalações foram marcadas pela relação sexo/infância, em que objetos pornográficos são transformados em brinquedos infantis e estes em objetos eróticos. O movimento em suas peças procurava evidenciar a percepção do objeto como um corpo vivo e utilizava, com frequência, a performance como meio de expressão. Macambíada volante. Marcia X e Alex Hamburguer, 1985 Fonte: marciax.art.br, 2016. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances, site-specific. Ernesto Neto Artista plástico nascido no Rio de Janeiro (1964- ), com formação em escultura, mais conhecido por sua atuação multimídia. Tem importante produção da exploração da articulação formal e simbólica entre matérias diversas. Mais tarde, passa a utilizar predominantemente meias de poliamida e outros materiais mais flexíveis e cotidianos. Sua atuação profissional mais relevante situa-se entre a escultura e a instalação. O artista e a obra “A vida é uma obra da qual fazemos parte”, 2012. Fonte: Revista Vogue, 2014. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances, site-specific. Ernesto Neto Uma de suas obras mais representativas na sua trajetória de artista é Copulônia, 1989, feita com poliamida e esferas de chumbo, apresenta opacidade e transparência, tensão e repouso, peso e leveza, cheioe vazio, todo e parte, corpo e paisagem criando relações não necessariamente opostas entre si. O título é referência à "cópula" (termo utilizado para caracterizar um tipo de elemento em que duas partes se penetram) e à "colônia" (seção da obra na qual os elementos se repetem). Copulônia, obra de 1989, está instalada no Instituto Inhotim, Minas Gerais. Fonte: Instituto Inhotim, 2016. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances, site-specific. Ernesto Neto O artista realiza ainda outro grupo de trabalhos nos quais revela a vontade de capturar o corpo humano no interior das esculturas, como ocorre com Humanoides (2001), nas quais o espectador se envolve na escultura, o que transmite uma sensação de conforto e aconchego. Em 2014 (14 fevereiro – 14 março), realiza a exposição “The body that carries me” no Museu Guggenheim de Bilbao, Espanha, com utilização de materiais diversos e características efêmeras. Oca dos Sonhos, 2014. Fonte: Museu Guggenheim, Bilbao, Espanha, 2016. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances, site-specific. Iole de Freitas Escultora, gravadora e artista multimídia nascida em Belo Horizonte, Minas Gerais (1945- ) tem relevante atuação na arte contemporânea. Iole iniciou sua carreira na década de 1970, participando de um grupo de artistas em Milão, Itália, ligado a Body art, fotografia e filmes Super-8, nos quais a representação do corpo surge como tema principal. No início dos anos 1980, passou a trabalhar as questões relativas ao campo tridimensional com arames, estruturas de fios, tubos, serras e tecidos. Instalação na sala central da Casa França Brasil, Iole de Freitas, 2009. Fonte: Divulgação, Sérgio Araújo, 2016. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances, site-specific. Iole de Freitas Em 1999, instala no Museu do Açude, no Rio de Janeiro, a peça Dora Maar na Piscina. Utiliza materiais como tubos de aço inox e policarbonato que dão um novo aspecto à escultura. A artista compõe formas sinuosas mais intensas e que tentam atribuir nova dinâmica ao local onde estão instaladas. A partir de 1989, a relação entre arquitetura e escultura passa a ser cada vez mais frequente no trabalho da artista. A obra Dora Maar na Piscina instalada no Museu do Açude, 1999. Fonte: brasil Artes Enciclopédia, 2016. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances, site-specific. Vik Muniz O artista plástico José Vicente de Oliveira Muniz nascido em São Paulo (1961- ) reside desde 1983 nos Estados Unidos, onde tem concentrado suas atividades profissionais. O seu processo de trabalho consiste em compor imagens com os materiais, frequentemente perecíveis, sobre uma superfície e fotografá-las, resultando no produto final de sua produção. Esses trabalhos com fotografias fazem parte de acervos particulares e também de museus de Londres, Los Angeles, São Paulo e Minas Gerais. Parte da Exposição “Somos Libres” promovida pela Associación Mario Testino (MATE) realizada em Lima, Peru, outubro de 2013. Fonte: Vik Muniz, 2016. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Estruturas de conteúdo As formas assumidas pela arte efêmera: o perecível, instalações, performances, site-specific. Vik Muniz Na abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, em 7 de setembro de 2016, Vik Muniz criou uma obra de arte formada por peças de um quebra-cabeça que eram levadas por cada delegação, com o nome do país de um lado e a foto dos atletas do outro. Cada peça era colocada no centro do palco do Maracanã, e com a colocação da última peça, pelo artista, formou-se um enorme coração que começou a pulsar com o uso de projeção de luzes. A obra de arte fez referência ao conceito central da cerimônia: “O coração não conhece limites”. Com peças de quebra-cabeça, atletas formam coração na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 no Estádio do Maracanã. Tomaz Silva/Agência Brasil Fonte: EBC Agência Brasil, 2016. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Referências Referências BACHELARD, Gaston. Poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes, 2000. CÍCERO, Antonio. Ensaios: O Parangolé. Valencia, Espanha; Revista Kallías, IVAM Centre, 1º semester 1993. Disponível em: http://www2.uol.com.br/antoniocicero/parangole.html . Acesso em: 25 nov 2016. CLARK, Lygia. O Mundo de Lygia Clark. Biografia. 2016. Disponível em: http://www.lygiaclark.org.br/biografiaPT.asp. Acesso em: 25 nov 2016. CURTIS, William J. R. Modern Architecture Since 1900. 3. ed. London: Phaidon Press Limited, 1996, 736 p. Enciclopédia Itaú Cultural. Arte Efêmera. Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras, 2009. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/en/termo343/arte-efemera. Acesso em: 24 nov 2016. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Referências Referências JÚNIOR, Gonçalo. A Tropicália, segundo Hélio Oiticica. Arte. Pesquisa FAPESP, Edição 144, São Paulo, Fevereiro 2008, p. 90-93. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2008/02/90- 93-tropicalia-144.pdf?0e66d2 . Acesso em: 21 nov 2016. SPERLING, David M. Corpo + Arte = Arquitetura. Proposições de Hélio Oiticica e Lygia Clark. Concinnitas, ano 16, volume 01, número 26, julho de 2015, p. 18-35. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/David_Sperling/publication/287204903_Corpo_Arte_Arquitetura_Prop osicoes_de_Helio_Oiticica_e_Lygia_Clark/links/567306d808aedbbb3f9f7b36.pdf. Acesso em: 22 nov 2016. VELOSO, Caetano. Verdade Tropical. Tropicália. In: Caetano Veloso. Polygram/Philips Brasil, 1968. Faixa 1. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Saiba mais Articulação prático-teórica • Assistir ao filme Performance – a arte efêmera, disponível em: http://tvbrasil.ebc.com.br/brasilvisual/episodio/performance-a-arte-efemera. • Visitar museus de arte contemporânea e elaborar avaliações sobre as obras de arte que apresentem aspectos relacionados à arquitetura efêmera e à sustentabilidade ambiental. • Apresentar exemplos da sua cidade ou região onde as características da arte contemporânea sejam evidentes. Comentar os aspectos conceituais e sociais relacionados e apresentar imagens, desenhos e croquis. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA Saiba mais Articulação prático-teórica • Ler o artigo A Tropicália segundo Hélio Oiticica, escrito por Gonçalo Júnior, 2008, disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2008/02/90-93-tropicalia-144.pdf?0e66d2. • Elaborar resumo sobre os principais aspectos relacionados à arte efêmera com intervenções urbanas. Arquitetura efêmera AULA 2: O EFÊMERO NA ARTE – PARALELO DA ARTE COM A ARQUITETURA VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? O Efêmero na Arte – Os materiais utilizados na arte efêmera; As intervenções urbanas.AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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