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2 
CAPITULO 01 - WANs e roteadores 
 
Visão Geral 
Uma rede de longa distância (WAN) é uma rede de comunicações de dados que abrange uma 
grande área geográfica. As WANs têm várias características importantes que as diferem das 
redes locais. A primeira lição deste módulo oferecerá uma visão geral das tecnologias e 
protocolos utilizados em WANs. Explicará também as diferenças e semelhanças entre WANs e 
redes locais. 
É importante ter uma compreensão dos componentes da camada física de um roteador. Essa 
compreensão cria uma base para outros conhecimentos e habilidades necessários para 
configurar roteadores e gerenciar redes roteadas. Este módulo oferece um exame mais 
detalhado dos componentes físicos internos e externos de um roteador. Ele também descreve 
técnicas para conectar fisicamente as diversas interfaces dos roteadores. 
Ao concluírem este módulo, os alunos deverão ser capazes de: 
• Identificar as organizações responsáveis pelos padrões utilizados em WANs; 
• Explicar a diferença entre uma WAN e uma rede local e o tipo de endereço que cada 
uma delas utiliza; 
• Descrever a função de um roteador em uma WAN; 
• Identificar os componentes internos do roteador e descrever suas funções; 
• Descrever as características físicas do roteador; 
• Identificar portas comuns de um roteador; 
• Conectar adequadamente portas Ethernet, WAN serial e de console 
1.1 WANs 
1.1.1 Introdução às WANs 
Uma rede de longa distância (WAN) é uma rede de comunicações de dados que abrange uma 
grande área geográfica, como um estado, região ou país. As WANs geralmente utilizam meios 
de transmissão fornecidos por prestadoras de serviços de telecomunicações, como por 
exemplo, as companhias telefônicas. 
Estas são as principais características das WANs: 
• Conectam dispositivos que estão separados por grandes áreas geográficas. 
• Usam os serviços de prestadoras, como Regional Bell Operating Companies (RBOCs), 
Sprint, MCI, VPM Internet Services, Inc. Alguns exemplos no Brasil são: Embratel, 
Telemar, Intelig, Telefônica, Brasil Telecom, entre outras. 
• Usam conexões seriais de vários tipos para acessar a largura de banda através de 
grandes áreas geográficas. 
Uma WAN difere de uma rede local de diversas maneiras. Por exemplo, diferentemente de 
uma rede local, que conecta estações de trabalho, periféricos, terminais e outros dispositivos 
em um único prédio ou outra área geográfica pequena, uma WAN estabelece conexões de 
dados através de uma ampla área geográfica. As empresas usam WANs para conectar 
diversas localidades, de maneira que seja possível trocar informações entre escritórios 
distantes. 
Uma WAN opera na camada física e na camada de enlace do modelo de referência OSI. Ela 
interconecta redes locais que, geralmente, estão separadas por grandes áreas geográficas. As 
WANs propiciam o intercâmbio de pacotes de dados e quadros entre roteadores e switches e 
as redes locais suportadas por eles. 
 3 
Os seguintes dispositivos são usados nas WANs: 
 
• Roteadores, que oferecem diversos serviços, tais como portas para interconexão de 
redes e portas de interface WAN. 
• Modems, que incluem serviços de interface de voz, unidades de serviço de canal/digital 
(CSU/DSUs) que fazem interface com serviços T1/E1, e adaptadores de terminal / 
terminação de rede tipo 1 (TA/NT1s), que fazem interface com serviços ISDN 
(Integrated Services Digital Network – Rede Digital de Serviços Integrados). 
• Servidores de comunicação, que concentram as comunicações através de linha de 
escada (dial-in e dial-out). 
 
Os protocolos de enlace da WAN descrevem como os quadros são transportados entre os 
sistemas de um único enlace de dados. Eles incluem protocolos criados para operar sobre 
serviços comutados dedicados ponto a ponto, multiponto e mutiacesso, tais como Frame 
Relay. Os padrões da WAN são definidos e gerenciados por diversas autoridades 
reconhecidas, como as seguintes agências: 
• International Telecommunication Union-Telecommunication Standardization Sector – 
União Internacional de Telecomunicações-Setor de Padronização das 
Telecomunicações (ITU-T), antigo Consultative Committee for International Telegraph 
and Telephone – Comitê Consultivo para Telégrafo e Telefone Internacional (CCITT). 
• International Organization for Standardization – Organização Internacional de 
Padronização (ISO). 
• Internet Engineering Task Force – Força-Tarefa de Engenharia da Internet (IETF). 
• Electronic Industries Association – Associação das Indústrias Eletrônicas (EIA). 
 
 4 
1.1.2 Introdução aos roteadores de uma WAN 
Um roteador é um tipo especial de computador. Ele tem os mesmos componentes básicos de 
um PC desktop padrão. Tem uma CPU, memória, um barramento do sistema e diversas 
interfaces de entrada/saída. Entretanto, os roteadores são projetados para realizar algumas 
funções muito específicas, que geralmente não são realizadas pelos computadores desktop. 
Por exemplo, os roteadores conectam e permitem a comunicação entre duas redes e 
determinam o melhor caminho para que os dados viajem através dessas redes conectadas. 
Assim como os computadores precisam de sistemas operacionais para executar aplicativos de 
software, os roteadores precisam do IOS (Internetwork Operating System – Sistema 
Operacional de Interconexão de Redes) para executar as funções definidas nos arquivos de 
configuração. Esses arquivos de configuração contêm as instruções e os parâmetros que 
controlam o fluxo de tráfego que entra e sai dos roteadores. Especificamente, usando 
protocolos de roteamento, os roteadores tomam decisões com relação ao melhor caminho para 
os pacotes. O arquivo de configuração especifica todas as informações para uma configuração 
e uma utilização corretas dos protocolos roteados e de roteamento, selecionados ou ativados, 
no roteador. 
Este curso mostrará como definir os arquivos de configuração a partir dos comandos do IOS, a 
fim de fazer com que o roteador realize diversas funções essenciais de rede. O arquivo de 
configuração do roteador pode parecer complexo à primeira vista, mas parecerá muito menos 
complicado até o final do curso. 
Os principais componentes internos do roteador são a memória de acesso aleatório (RAM), a 
memória de acesso aleatório não-volátil (NVRAM), a memória flash, a memória somente de 
leitura (ROM) e as interfaces. 
A RAM, também chamada de RAM dinâmica (DRAM), tem as seguintes características e 
funções: 
• Armazena tabelas de roteamento; 
• Mantém a cache do ARP; 
• Mantém a cache de fast-switching (comutação rápida); 
• Armazena pacotes em buffers (RAM compartilhada); 
• Mantém filas para armazenamento temporário de pacotes (queues); 
• Fornece memória temporária para o arquivo de configuração do roteador enquanto ele 
estiver ligado; 
• Perde seu conteúdo quando o roteador é desligado ou reiniciado. 
A NVRAM tem as seguintes características e funções: 
• Armazena o arquivo de configuração que será utilizando na inicialização (startup 
configuration); 
• Retém seu conteúdo quando o roteador é desligado ou reiniciado. 
A memória flash tem as seguintes características e funções: 
• Mantém a imagem do sistema operacional (IOS); 
• Permite que o software seja atualizado sem remover nem substituir chips do 
processador; 
• Retém seu conteúdo quando o roteador é desligado ou reiniciado; 
• Pode armazenar várias versões do software do IOS; 
• É um tipo de ROM programável, apagável eletronicamente (EEPROM). 
A memória somente de leitura (ROM) tem as seguintes características e funções: 
 5 
• Mantém instruções que definem o autoteste realizado na inicialização do roteador 
(Power-on self test - POST); 
• Armazena o programa de bootstrap e softwares básicos do sistema operacional; 
• Requer a substituição de chips plugáveisna placa-mãe para as atualizações de 
software. 
As interfaces têm as seguintes características e funções: 
• Conectam o roteador à rede para entrada e saída de pacotes; 
• Podem ficar na placa-mãe ou em um módulo separado 
1.1.3 Redes locais e WANs com roteadores 
Embora um roteador possa ser usado para segmentar redes locais, seu principal uso é como 
dispositivo WAN. Os roteadores têm tanto interfaces de rede local como de WAN. Na verdade, 
as tecnologias WAN geralmente são usadas para conectar roteadores, ou seja, os roteadores 
se comunicam entre si por meio de conexões WAN. Os roteadores são os dispositivos que 
compõem o backbone das grandes intranets e da Internet. Eles operam na camada 3 do 
modelo OSI, tomando decisões com base nos endereços de rede. As duas principais funcões 
de um roteador são a seleção do melhor caminho para chegar ao destino e a comutação de 
pacotes para a interface apropriada. Os roteadores fazem isso criando tabelas de roteamento e 
trocando informações de rede com outros roteadores. 
Um administrador pode manter tabelas de roteamento através da configuração de rotas 
estáticas, mas geralmente as tabelas de roteamento são mantidas dinamicamente por meio do 
uso de um protocolo de roteamento, que troca informações sobre a topologia (caminhos) da 
rede com outros roteadores. 
Se, por exemplo, o computador (x) precisar se comunicar com o computador (y) de um lado do 
mundo e com o computador (z) em outro local distante, é necessário um recurso que defina 
como será o roteamento do fluxo de informações, assim como caminhos redundantes para haja 
uma maior confiabilidade. Muitas decisões de projeto de rede e das tecnologias a utilizar 
podem ser tomadas para que possa ser atingida a meta de conseguir que os computadores x, 
y e z se comuniquem. 
Uma interconexão de redes (internetwork) corretamente configurada oferece as seguintes 
funcionalidades: 
• Endereçamento fim-a-fim consistente; 
• Endereços que representam topologias de rede; 
• Seleção do melhor caminho; 
• Roteamento dinâmico ou estático; 
• Comutação 
1.1.4 Função do roteador em uma WAN 
Considera-se que uma WAN opera na camada física e na camada de enlace. Isso não significa 
que as outras cinco camadas do modelo OSI não sejam encontradas em uma WAN. Significa 
simplesmente que as características que diferenciam uma WAN de uma rede local 
normalmente são encontradas na camada física e na camada de enlace. Em outras palavras, 
os padrões e os protocolos usados nas camadas 1 e 2 das WANs são diferentes dos utilizados 
nas mesmas camadas das redes locais. 
A camada física da WAN descreve a interface entre o equipamento terminal de dados (DTE) e 
o equipamento de terminação do circuito de dados (DCE). Geralmente, o DCE é o provedor do 
serviço e o DTE é o dispositivo conectado. Nesse modelo, os serviços oferecidos para o DTE 
são disponibilizados através de um modem ou CSU/DSU. 
 6 
A principal função de um roteador é o roteamento. Este ocorre na camada de rede, a camada 
3, mas se uma WAN opera nas camadas 1 e 2, então o roteador é um dispositivo de rede local 
ou de WAN? A resposta é que ele é os dois, como geralmente ocorre na área de redes. Um 
roteador pode ser exclusivamente um dispositivo de rede local, pode ser exclusivamente um 
dispositivo WAN ou pode estar na fronteira entre uma rede local e uma WAN e ser um 
dispositivo de rede local e de WAN ao mesmo tempo. 
Uma das funções de um roteador em uma WAN é rotear pacotes na camada 3, mas essa 
também é uma função de um roteador em uma rede local. Portanto, roteamento não está 
estritamente relacionado à função WAN do roteador. Quando um roteador usa os padrões e os 
protocolos das camadas física e de enlace que estão associados às WANs, ele opera como um 
dispositivo WAN. As principais funções na WAN de um roteador, portanto, não são de 
roteamento, mas de oferecer conexões entre os vários padrões físicos e de enlace de dados da 
WAN. Por exemplo, um roteador pode ter uma interface ISDN, que usa encapsulamento PPP, 
e uma interface serial na terminação de uma linha T1, que usa encapsulamento Frame Relay. 
O roteador deve ser capaz de mover um fluxo de bits de um tipo de serviço, como ISDN, para 
outro, como T1, e mudar o encapsulamento do enlace de dados de PPP para Frame Relay. 
Muitos dos detalhes dos protocolos das camadas 1 e 2 da WAN serão abordados mais adiante 
no curso, mas alguns dos principais protocolos e padrões WAN estão listados aqui para 
referência. 
Protocolos e padrões da camada física da WAN: 
• EIA/TIA-232 
• EIA/TIA-449 
• V.24 
• V.35 
• X.21 
• G.703 
• EIA-530 
• ISDN 
• T1, T3, E1 e E3 
• xDSL 
• SONET (OC-3, OC-12, OC-48, OC-192) 
Protocolos e padrões da camada de enlace da WAN: 
• High-level data link control (HDLC) 
• Frame Relay 
• Point-to-Point Protocol (PPP) 
• Synchronous Data Link Control (SDLC) 
• Serial Line Internet Protocol (SLIP) 
• X.25 
• ATM 
• LAPB 
• LAPD 
• LAPF 
1.1.5 Abordagem da Academia para laboratórios práticos 
No laboratório da Academia, todas as redes estarão conectadas com cabos seriais ou Ethernet 
e os alunos poderão ver e tocar todos os equipamentos. 
 7 
 
Diferentemente da configuração do laboratório da Academia, os cabos seriais no mundo real 
não estão conectados back-to-back. Em uma situação do mundo real, um roteador pode estar 
em Nova York, nos Estados Unidos, enquanto outro está em Sydney, na Austrália. Um 
administrador em Sydney teria que se conectar ao roteador de Nova York através da nuvem da 
WAN para solucionar problemas no roteador de Nova Iorque. 
 
No laboratório da Academia, os dispositivos que formam a nuvem da WAN são simulados pela 
conexão entre cabos DTE-DCE back-to-back. A conexão da interface s0/0 de um roteador para 
a interface s0/1 de outro roteador simula um circuito completo na nuvem. 
1.2 Roteadores 
Embora a arquitetura exata dos roteadores varie de um modelo para outro, esta seção 
introduzirá os principais componentes internos. As figuras e mostram os componentes internos 
de alguns modelos de roteadores da Cisco. Os componentes comuns são abordados nos 
parágrafos abaixo. 
 8 
 
 
CPU: A unidade central de processamento (CPU) executa instruções do sistema operacional. 
Dentre estas funções estão a inicialização do sistema, o roteamento e o controle da interface 
de rede. A CPU é um microprocessador. Roteadores de maior porte podem ter várias CPUs. 
RAM: A memória de acesso aleatório (RAM) é usada para manter informações da tabela de 
roteamento, para cache de comutação rápida (fast-switching), para manter a configuração em 
uso e para filas de pacotes. Na maioria dos roteadores, a RAM oferece espaço temporário de 
armazenamento em tempo de execução para os processos do Cisco IOS e seus subsistemas. 
Geralmente, a RAM é dividida logicamente em memória principal do roteador e memória 
compartilhada de entrada/saída (E/S). A memória compartilhada de E/S é compartilhada entre 
as interfaces para armazenamento temporário de pacotes. O conteúdo da RAM é perdido 
quando a energia é desligada. Geralmente, a RAM é uma memória de acesso aleatório 
dinâmico (DRAM) e pode ser aumentada adicionando-se módulos DIMM (Dual In-Line Memory 
Modules – Módulos de Memória Dual em Linha). 
Flash: A memória flash é usada para armazenar uma imagem completa do software Cisco IOS. 
Normalmente, o roteador carrega o IOS da flash. Essas imagens podem ser atualizadas 
carregando-se uma nova imagem na memória flash. O IOS pode estar na forma compactada 
 9 
ou não compactada. Na maioria dos roteadores, uma cópia executável do IOS é transferida 
para a RAM durante o processo de inicialização. Em outros roteadores, o IOS pode ser 
executado diretamente da memória flash. Adicionar ou substituir módulos SIMM (Single In-Line 
MemoryModules – Módulos de Memória Simples em Linha) ou cartões PCMCIA pode 
aumentar a quantidade de memória flash. 
NVRAM: A memória de acesso aleatório não-volátil (NVRAM) é usada para armazenar a 
configuração a ser utilizada na inicialização (startup configuration). Em alguns dispositivos, a 
NVRAM é implementada usando memórias somente de leitura programáveis e eletronicamente 
apagáveis (EEPROMs) separadas. Em outros dispositivos, ela é implementada no mesmo 
dispositivo flash a partir do qual o código de inicialização (boot code) é carregado. Nos dois 
casos, esses dispositivos retêm seus conteúdos quando a energia é desligada. 
Barramentos: A maioria dos roteadores contém um barramento do sistema e um barramento 
da CPU. O barramento do sistema é usado para comunicação entre a CPU e as interfaces e/ou 
slots de expansão. Esse barramento transfere os pacotes para as interfaces e a partir delas. 
O barramento da CPU é usado pela CPU para ter acesso aos componentes de 
armazenamento do roteador. Esse barramento transfere instruções e dados para endereços de 
memória especificados ou a partir deles. 
ROM: A memória somente de leitura (ROM) é usada para armazenar permanentemente o 
código de diagnóstico de problemas na inicialização (ROM Monitor). As principais tarefas da 
ROM são os testes do hardware durante a inicialização do roteador e a carga do software 
Cisco IOS da flash para a RAM. Alguns roteadores também têm uma versão reduzida do IOS, 
que pode ser usada como uma fonte alternativa de inicialização. As ROMs não podem ser 
apagadas. Elas só podem ser atualizadas substituindo os chips da ROM instalados nos 
soquetes. 
Interfaces: As interfaces são as conexões do roteador com o ambiente externo. Os três tipos 
de interfaces são: rede local (LAN), rede de longa distância (WAN) e Console/AUX. 
Geralmente, as interfaces de rede local são de uma das variedades de Ethernet ou Token 
Ring. Essas interfaces têm chips controladores, que fornecem a lógica para conectar o sistema 
ao meio físico. As interfaces de rede local podem ser de configuração fixa ou modular. 
As interfaces WAN incluem as seriais, as ISDN e as que têm uma CSU (Channel Service Unit) 
integrada. Assim como as interfaces de rede local, as interfaces WAN também têm chips 
controladores especiais para as interfaces. As interfaces WAN podem ser de configuração fixa 
ou modular. 
As portas de Console/AUX são portas seriais usadas principalmente para a configuração inicial 
do roteador. Essas portas não são portas de rede. Elas são usadas para sessões de terminal a 
partir das portas de comunicação do computador ou através de um modem. 
Fonte de alimentação: A fonte de alimentação fornece a energia necessária para operar os 
componentes internos. Os roteadores de maior porte podem usar fontes de alimentação 
múltiplas ou modulares. Em alguns dos roteadores de monor porte, a fonte de alimentação 
pode ser externa. 
1.2.2 Características físicas do roteador 
Não é essencial saber a localização exata dos componentes físicos dentro do roteador para 
entender a maneira de utilizá-lo. Entretanto, em algumas situações, como para a instalação de 
mais memória, isso pode ser muito útil. 
Os componentes exatos utilizados e a sua localização variam de um modelo de roteador para 
outro. A figura identifica os componentes internos de um roteador 2600. 
 10 
 
A figura mostra alguns dos conectores externos de um roteador 2600. 
 
1.2.3 Conexões externas do roteador 
Os três tipos básicos de conexões possíveis em um roteador são as interfaces de rede local, as 
interfaces WAN e as portas de gerenciamento. As interfaces de rede local permitem que o 
roteador seja conectado ao meio físico de uma rede local. É comum neste caso, o uso de 
algum tipo de Ethernet. Entretanto, podem ser utilizadas outras tecnologias de rede local, como 
Token Ring ou FDDI. 
 11 
 
WANs provêem conexões através de um provedor de serviços a uma localidade distante ou à 
Internet. Estas conexões podem utilizar interfaces seriais ou qualquer outro tipo de interface 
WAN. Com alguns tipos de interfaces WAN, é necessário um dispositivo externo, tal como uma 
CSU, para conectar o roteador ao equipamento local do provedor de serviços. Com outros tipos 
de conexões WAN, o roteador pode ser conectado diretamente ao provedor de serviços. 
A função das portas de gerenciamento é diferente daquela exercida pelas outras conexões. As 
conexões de LAN e de WAN provêem conexões de rede por onde os pacotes de dados são 
encaminhados. A porta de gerenciamento fornece uma conexão baseada em texto que pode 
ser utilizada para configurar e solucionar problemas do roteador. As interfaces de 
gerenciamento comumente utilizadas são as portas de console e a auxiliar. Essas portas são 
seriais assíncronas EIA-232 e podem ser conectadas a uma porta de comunicação (COM) de 
um computador. O computador precisa executar um programa de emulação de terminal que 
provê uma sessão com o roteador utilizando linha de comando baseada em texto. Através 
dessa sessão, o administrador da rede pode gerenciar o dispositivo. 
1.2.4 Conexões das portas de gerenciamento 
A porta de console e a porta auxiliar (AUX) são portas de gerenciamento. Essas portas seriais 
assíncronas não foram concebidas como portas de rede. Uma dessas duas portas é 
necessária para realizar a configuração inicial do roteador. A porta de console é recomendada 
para essa configuração inicial. Nem todos os roteadores têm uma porta auxiliar. 
Quando o roteador entra em funcionamento pela primeira vez, nenhum parâmetro da rede está 
configurado. Portanto, o roteador não pode comunicar-se com nenhuma rede. Para prepará-lo 
para a inicialização e configuração iniciais, conecte um terminal ASCII RS-232, ou um 
computador que emule um terminal ASCII, à porta de console do sistema. Assim, é possível 
inserir os comandos de configuração do roteador. 
Uma vez inserida essa configuração inicial no roteador através da porta de console ou da porta 
auxiliar, o roteador poderá ser conectado à rede para fins de solução de problemas ou 
monitoramento. 
O roteador também pode ser configurado remotamente, através da porta de configuração 
usando Telnet em uma rede IP, ou discando para um modem conectado à porta de console ou 
à porta auxiliar do roteador. 
Para a solução de problemas, também é preferível usar a porta de console em vez da porta 
auxiliar. Isso porque ela mostra, por default, as mensagens de inicialização, depuração e de 
erros do roteador. A porta de console também pode ser usada quando os serviços de rede não 
tiverem sido iniciados ou tiverem alguma falha. Assim, a porta de console pode ser usada para 
procedimentos de recuperação de desastres e recuperação de senhas. 
 
 12 
1.2.5 Conectando as interfaces de console 
A porta de console é uma porta de gerenciamento usada para fornecer acesso fora de banda 
(out-of-band) ao roteador. Ela é usada para a configuração inicial do roteador, para 
monitoramento e para procedimentos de recuperação de desastres. 
Um cabo de console ou rollover e um adaptador RJ-45/DB-9 são usados para conectar a porta 
de console a um PC. A Cisco fornece o adaptador necessário para conectar-se à porta de 
console. 
O PC ou terminal precisa suportar a emulação de terminal VT100. Geralmente são utilizados 
softwares de emulação de terminal, tais como o HyperTerminal. 
Para conectar o PC a um roteador: 
1. No software de emulação de terminal do PC, configure: 
• A porta COM correta; 
• 9600 baud; 
• 8 bits de dados; 
• Sem paridade; 
• 1 bit de parada; 
• Sem fluxo de controle. 
2. Conecte o conector RJ-45 do cabo rollover à porta de console do roteador. 
3. Conecte a outra ponta do cabo rollover ao adaptador RJ-45 / DB-9. 
4. Conecte o adaptador DB-9 fêmea a um PC. 
1.2.6 Conectando a interfaces LANNa maioria dos ambientes de rede local, o roteador é conectado à rede local usando uma 
interface Ethernet ou Fast Ethernet. O roteador é um host que se comunica com a rede local 
através de um hub ou de um switch. Para fazer essa conexão, é usado um cabo direto. Uma 
interface de roteador 10/100BaseTX requer um cabo de par trançado não blindado (UTP) de 
categoria 5 ou melhor, independentemente do tipo de roteador. 
Em alguns casos, a interface Ethernet do roteador é conectada diretamente ao computador ou 
a outro roteador. Para esse tipo de conexão, é necessário um cabo cruzado (crossover). 
Em qualquer conexão ao roteador, a interface correta deve ser utilizada. Se for usada uma 
interface errada, o roteador ou os outros dispositivos de rede podem ser danificados. Muitos 
tipos diferentes de conexões usam o mesmo tipo de conector. Por exemplo, interfaces 
Ethernet, ISDN BRI, Console, AUX com CSU/DSU integrados e Token Ring usam o mesmo 
conector de oito pinos: RJ-45, RJ-48 ou RJ-49. 
Para ajudar a diferenciar as conexões do roteador e identificar a utilização dos conectores, a 
Cisco usa um esquema de código de cores. A figura mostra alguns deles para um roteador 
2600. 
 13 
 
 
1.2.7 Conectando as interfaces WAN 
As conexões WAN podem assumir inúmeras formas. Uma WAN estabelece conexões de dados 
através de uma ampla área geográfica, usando muitos tipos diferentes de tecnologia. Esses 
serviços WAN geralmente são alugados de provedores de serviços. Dentre esses tipos de 
conexão WAN estão: linhas alugadas, comutadas por circuitos e comutadas por pacotes. 
 
Para cada tipo de serviço WAN, o equipamento instalado no cliente (CPE – Customer Premises 
equipment), geralmente um roteador, é o DTE (Data Terminal Equipment - Equipamento 
Terminal de Dados). Eles são conectados ao provedor de serviços usando um dispositivo DCE 
(Data Circuit-Terminating Equipment - Equipamento de terminação do circuito de dados), 
geralmente um modem ou uma unidade de serviço de canal/dados (CSU/DSU). Esse 
dispositivo é usado para converter os dados do DTE em uma forma aceitável para o provedor 
de serviços de WAN. 
 14 
 
Talvez as interfaces de roteador mais utilizadas para os serviços WAN sejam as interfaces 
seriais. Para selecionar o cabo serial adequado, basta saber as respostas para estas quatro 
perguntas: 
• Qual é o tipo de conexão ao dispositivo Cisco? Os roteadores Cisco podem usar 
diferentes conectores para as interfaces seriais. A interface à esquerda é uma interface 
Smart Serial. A interface à direita é uma conexão DB-60. Isso torna a escolha do cabo 
serial que conecta o sistema de rede aos dispositivos seriais uma parte essencial da 
configuração de uma WAN. 
• A rede está sendo conectada a um dispositivo DTE ou DCE? DTE e DCE são dois 
tipos de interfaces seriais que os dispositivos utilizam para se comunicar. A principal 
diferença entre os dois é que o dispositivo DCE fornece o sinal de clock que sincroniza 
a comunicação entre os dispositivos. A documentação do dispositivo deve especificar 
se é um DTE ou DCE. 
• Qual é o padrão de sinais exigido pelo dispositivo? Para cada dispositivo, pode-se usar 
um padrão serial diferente. Cada padrão define os sinais no cabo e especifica o 
conector na ponta do cabo. A documentação do dispositivo deve sempre ser 
consultada quanto ao padrão de sinais. 
• O cabo requer um conector macho ou fêmea? Se o conector tiver pinos externos 
visíveis, ele é macho. Se tiver encaixes para pinos externos, é fêmea. 
 15 
 
Resumo 
Devem ter sido compreendidos os importantes conceitos a seguir: 
• Conceitos de WAN e de rede local; 
• Função de um roteador em WANs e LANs; 
• Protocolos WAN; 
• Configuração do encapsulamento; 
• Identificação e descrição dos componentes internos de um roteador; 
• Características físicas de um roteador; 
• Portas mais comuns em um roteador; 
• Como conectar as portas de console, de LAN e de WAN do roteador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
CAPITULO 02 - Introdução aos roteadores 
 
Visão Geral 
A tecnologia Cisco foi concebida em torno do Cisco IOS (Internetwork Operating System – 
Sistema Operacional de Interconexão de redes), que é o software que controla as funções de 
roteamento e de comutação nos dispositivos de interconexão de redes. Uma compreensão 
sólida do IOS é essencial para um administrador de redes. Este módulo apresentará uma 
introdução aos fundamentos do IOS e oferecerá práticas que permitirão examinar os seus 
recursos. Todas as tarefas de configuração da rede, das mais básicas às mais complexas, 
exigem uma base sólida a respeito dos fundamentos da configuração do roteador. Este módulo 
fornecerá as ferramentas e as técnicas para a configuração básica do roteador, as quais serão 
usadas ao longo do curso. 
Ao concluir este módulo, os alunos deverão ser capazes de: 
• Descrever a finalidade do IOS; 
• Descrever a operação básica do IOS; 
• Identificar vários recursos do IOS; 
• Identificar os métodos para estabelecer uma sessão com o roteador utilizando a 
interface de linha de comando (CLI); 
• Alternar entre o modo EXEC de usuário e o modo EXEC privilegiado; 
• Estabelecer uma sessão HyperTerminal com um roteador; 
• Efetuar login em um roteador; 
• Usar o recurso de ajuda na interface de linha de comando; 
• Solucionar problemas de erros no uso dos comandos. 
 
2.1 Operando o software Cisco IOS 
2.1.1 A finalidade do software Cisco IOS 
Assim como um computador, um roteador ou switch não pode funcionar sem um sistema 
operacional. A Cisco chama seu sistema operacional de Internetwork Operating System 
(Sistema Operacional de Interconexão de Redes) ou IOS. Essa é a tecnologia de software 
embutida em todos os roteadores da Cisco, sendo também o sistema operacional dos switches 
da linha Catalyst. Sem um sistema operacional, o hardware não tem qualquer funcionalidade. 
O Cisco IOS oferece os seguintes serviços de rede: 
• Funções básicas de roteamento e comutação; 
• Acesso confiável e seguro aos recursos da rede; 
• Escalabilidade. 
2.1.2 Interface do usuário do roteador 
O software Cisco IOS usa uma interface de linha de comando (CLI) como seu ambiente de 
console tradicional. O IOS é uma tecnologia central que se estende por quase toda a linha de 
produtos da Cisco. Seus detalhes de operação podem variar nos diferentes dispositivos de 
internetworking. 
Esse ambiente pode ser acessado através de diversos métodos. Uma maneira de acessar a 
CLI é através de uma sessão de console. Uma console usa uma conexão serial de baixa 
velocidade diretamente de um computador ou terminal para a porta de console do roteador. 
Outra maneira de acessar uma sessão da CLI é usando uma conexão discada (dial-up) através 
de um modem ou de um cabo null-modem conectado à porta AUX do roteador. Nenhum 
desses métodos requer que o roteador tenha qualquer serviço de rede configurado. Outro 
método para acessar uma sessão CLI é conectar-se via Telnet ao roteador. Para estabelecer 
 17 
uma sessão Telnet com o roteador, pelo menos uma interface do roteador deve estar 
configurada com um endereço IP e as sessões de terminais virtuais precisam estar 
configuradas para solicitar o login do usuário e devem ter uma senha associada. 
2.1.3 Modos da interface do usuário do roteador 
A interface de linha de comando (CLI) da Cisco usa uma estrutura hierárquica. Essa estrutura 
exige a entrada em diferentes modos para realizar determinadas tarefas. Por exemplo, para 
configurar a interface de um roteador, o usuário deve entrar no modo Setup de interface. A 
partir desse modo, todas as configurações inseridas aplicam-se somente a essa interface 
específica. Cada modo Setup é indicado por um prompt distinto e permite apenas os comandos 
que sejam adequados a esse modo. 
O IOS forneceum serviço de interpretação de comandos conhecido como executivo de 
comandos (EXEC). Depois que cada comando é inserido, o EXEC valida e executa o comando. 
Como recurso de segurança, o software Cisco IOS separa as sessões EXEC em dois níveis de 
acesso. Esses níveis são o modo EXEC de usuário e o modo EXEC privilegiado. O modo 
EXEC privilegiado também é conhecido como modo de ativação. Os recursos do modo EXEC 
de usuário e do modo EXEC privilegiado são os seguintes: 
• O modo EXEC de usuário permite somente uma quantidade limitada de comandos 
básicos de monitoramento. Ele geralmente é chamado de modo "somente de 
visualização". O modo EXEC de usuário não permite nenhum comando que possa 
alterar a configuração do roteador. O modo EXEC de usuário pode ser identificado pelo 
prompt ">". 
• O modo EXEC privilegiado permite acesso a todos os comandos do roteador. Esse 
modo pode ser configurado para que seja exigida uma senha do usuário antes de 
acessá-lo. Para maior proteção, ele também pode ser configurado para exigir uma 
identificação do usuário (user ID). Isso permite que somente os usuários autorizados 
acessem o roteador. Os comandos de configuração e gerenciamento exigem que o 
administrador da rede esteja no modo EXEC privilegiado. O modo Setup global e 
outros modos de configuração mais específicos só podem ser alcançados a partir do 
modo EXEC privilegiado. O modo EXEC privilegiado pode ser identificado pelo prompt 
"#". 
Para acessar o nível EXEC privilegiado a partir do nível EXEC de usuário, digite o comando 
enable no prompt ">". 
 
Se uma senha estiver configurada, o roteador pedirá essa senha. Por razões de segurança, um 
dispositivo de rede da Cisco não mostra a senha digitada. Quando a senha correta for digitada, 
o prompt do roteador mudará para "#", indicando que o usuário passou para o modo EXEC 
 18 
privilegiado. Inserir um ponto de interrogação (?) no modo EXEC privilegiado revela muitas 
outras opções de comandos, além das disponíveis no modo EXEC de usuário. 
2.1.4 Características do software Cisco IOS 
A Cisco fornece imagens de IOS para atender uma grande variedade de produtos de rede de 
diferentes plataformas. 
Para otimizar o software Cisco IOS exigido por essas várias plataformas, a Cisco está 
trabalhando no desenvolvimento de várias imagens diferentes do software Cisco IOS. Cada 
imagem representa um conjunto diferente de recursos para atender às várias plataformas 
existentes de dispositivos, os recursos disponíveis de memória nos equipamentos e às 
necessidades dos clientes. 
Embora existam muitas imagens de IOS para diferentes modelos de dispositivos e conjuntos 
de recursos da Cisco, a estrutura básica dos comandos de configuração é a mesma. As 
habilidades de configuração e solução de problemas adquiridas em qualquer um dos 
dispositivos aplicam-se a uma ampla gama de produtos. 
A convenção de nomes para as diferentes versões do Cisco IOS contém três partes: 
• A plataforma na qual a imagem é executada; 
• Os recursos especiais suportados pela imagem; 
• Onde a imagem é executada e se ela foi zipada ou compactada. 
Recursos específicos do IOS podem ser selecionados com auxílio do Cisco Software Advisor, 
uma ferramenta interativa que fornece as informações mais atuais e permite selecionar opções 
que atendam as necessidades da rede. 
Uma das principais considerações ao selecionar uma nova imagem de IOS é a compatibilidade 
com a memória flash e RAM disponíveis no roteador. Em geral, quanto mais nova a versão e 
quanto mais recursos ela oferecer, mais memória será necessária. Use o comando show 
version no dispositivo Cisco para verificar a imagem atual e a memória flash disponível. O 
site de suporte da Cisco tem ferramentas disponíveis para ajudar a determinar a quantidade de 
flash e RAM necessárias para cada imagem. 
Antes de instalar uma nova imagem do software Cisco IOS no roteador, verifique se este 
atende às exigências de memória para essa imagem. Para ver a quantidade de RAM, use o 
comando show version: 
...<saída omitida>... cisco 1721 (68380) processor (revision C) with 
3584K/512K bytes of memory. 
Essa linha mostra quanto há de memória principal e compartilhada instalada no roteador. 
Algumas plataformas usam uma parcela da DRAM como memória compartilhada. A 
necessidade de memória leva isso em consideração, portanto as duas quantidades devem ser 
somadas para encontrar a quantidade de DRAM instalada no roteador. 
Para encontrar a quantidade de memória flash, use o comando show flash. 
GAD#show flash 
...<saída omitida>... 
15998976 bytes total (10889728 bytes free) 
 
 
 
2.1.5 Modo de operar do software Cisco IOS 
 19 
Os dispositivos que utilizam o IOS Cisco têm três ambientes ou modos operacionais distintos: 
• ROM Monitor; 
• Boot ROM; 
• Cisco IOS. 
 
Normalmente, o processo de inicialização do roteador carrega um destes ambientes 
operacionais na RAM e o executa. O valor definido no configuration register (registrador de 
configuração) pode ser usado pelo administrador do sistema para controlar o modo como o 
roteador será inicializado. 
No modo ROM Monitor é realizado o processo inicial de inicialização (bootstrap) e oferecido ao 
usuário um conjunto de comandos para operação de baixo nível e para diagnóstico do 
equipamento. É usado para corrigir falhas do sistema e recuperar senhas perdidas. O modo 
ROM monitor não pode ser acessado através de nenhuma das interfaces de rede. Só pode ser 
acessado por meio de uma conexão física direta através da porta de console. 
Quando o roteador está operando no modo boot ROM, somente um subconjunto limitado dos 
recursos do Cisco IOS está disponível. No modo Boot ROM são permitidas operações de 
gravação na memória flash que são usadas principalmente para substituir a imagem do Cisco 
IOS que está armazenada na flash. No modo Boot ROM, a imagem do Cisco IOS pode ser 
modificada usando o comando copy tftp flash, que copia uma imagem do IOS 
armazenada em um servidor TFTP para a memória flash do roteador. 
A operação normal de um roteador requer o uso da imagem completa do Cisco IOS, conforme 
armazenada na flash. Em alguns dispositivos, o IOS é executado diretamente a partir da flash. 
Entretanto, a maioria dos roteadores Cisco requer que uma cópia do IOS seja carregada na 
RAM e executada também a partir da RAM. Algumas imagens do IOS são armazenadas na 
flash em formato compactado e precisam ser expandidas ao serem copiadas para a RAM. 
Para ver a imagem e versão do IOS que está sendo executado, use o comando show 
version, que também indica como o configuration register está definido. O comando show 
flash é usado para verificar se o sistema tem memória suficiente para carregar uma nova 
imagem do Cisco IOS 
2.2 Inicializando um roteador 
2.2.1 Inicializando roteadores Cisco pela primeira vez 
Um roteador é inicializado com a carga do bootstrap, do sistema operacional e de um arquivo 
de configuração. Se não conseguir encontrar um arquivo de configuração, ele entra no modo 
Setup. Após a conclusão do modo Setup, uma cópia de backup do arquivo de configuração 
pode ser salva na memória RAM não volátil. 
O objetivo das rotinas de inicialização do software Cisco IOS é iniciar a operação do roteador. 
Para isso, as rotinas de inicialização devem realizar as seguintes tarefas: 
• Certificar-se de que o hardware do roteador foi testado e está funcional. 
• Encontrar e carregar o software Cisco IOS. 
• Encontrar e aplicar o arquivo de configuração armazenado (startup configuration) ou 
entrar no modo Setup. 
 20 
Quando um roteador Cisco é ligado, é realizado um autoteste (POST - Power-on Self Test). 
Durante esse autoteste, o roteador executa uma série de testes a partir da ROM em todos os 
módulos de hardware. Esses testes verificam a operação básica da CPU,da memória e das 
portas das interfaces de rede. Após verificar as funções de hardware, o roteador passa à 
inicialização do software. 
Após o POST, ocorrem os seguintes eventos ocorrem durante a inicialização do roteador: 
 
Etapa 1 O bootstrap é executado a partir da ROM. Um bootstrap é um conjunto simples de 
instruções que testam o hardware e inicializam o IOS para que seja iniciada a operação do 
roteador. 
Etapa 2 O IOS pode ser encontrado em diversos lugares. testam o hardware e inicializam o 
IOS para que seja iniciada a operação do roteador. Se o campo de boot indicar uma carga a 
partir da flash ou da rede, os comandos boot system existentes no arquivo de configuração 
indicam o nome exato e a localização da imagem a ser utilizada. 
Etapa 3 A imagem do sistema operacional é carregada. Quando o IOS é carregado e está 
operacional, uma listagem dos componentes de hardware e software disponíveis é exibida na 
tela do terminal de console. 
Etapa 4 O arquivo de configuração salvo na NVRAM é carregado na memória principal e 
executado linha a linha. Os comandos de configuração iniciam os processos de roteamento, 
fornecem endereços para as interfaces e definem outras características operacionais do 
roteador. 
Etapa 5 Se não existir nenhum arquivo de configuração válido na NVRAM, o sistema 
operacional busca um servidor TFTP disponível. Se nenhum servidor TFTP for encontrado, o 
diálogo de configuração (modo setup) é iniciado. 
A configuração não é o modo para entrada de recursos complexos de protocolo no roteador. A 
finalidade do modo Setup é permitir que o administrador instale uma configuração mínima para 
um roteador que não seja capaz de localizar uma configuração a partir de outra fonte. 
No modo Setup, as respostas padrão aparecem entre colchetes [ ] depois das perguntas. 
Pressione a tecla Enter para usar esses padrões. Durante o processo de configuração, pode-
se pressionar Ctrl-C a qualquer momento para encerrar o processo. Quando a configuração é 
encerrada por meio de Ctrl-C, todas as interfaces do roteador são desabilitadas (administrative 
shutdown). 
 21 
Quando o processo de configuração é concluído no modo Setup, são exibidas as seguintes 
opções: 
[0] Go to the IOS command prompt without saving this config. (Ir para 
o prompt de comando do IOS sem salvar esta configuração.) 
[1] Return back to the setup without saving this config. (Voltar à 
configuração sem salvar esta configuração.) 
[2] Save this configuration to nvram and exit. (Salvar esta 
configuração na NVRAM e sair.) 
Enter your selection [2]: (Digite a sua opção [2]:) 
 
 2.2.2 LEDs Indicadores utilizados no roteador 
Os roteadores Cisco utilizam LEDs para fornecer informações sobre seu estado operacional. 
Dependendo do modelo do roteador Cisco, os LEDs podem variar. 
Um LED de interface indica a atividade da interface correspondente. Se um LED estiver 
desligado quando a interface estiver ativa e conectada corretamente, isso pode indicar um 
problema. Se uma interface estiver excessivamente ocupada, seu LED estará sempre aceso. O 
LED verde de OK à direita da porta AUX estará sempre aceso depois que o sistema for 
inicializado corretamente. 
2.2.3 Examinando a inicialização (boot) do roteador 
Os exemplos das figuras – mostram informações e mensagens exibidas durante inicialização. 
Essas informações variam, dependendo das interfaces instaladas no roteador e da versão do 
Cisco IOS. As telas exibidas nesse gráfico são apenas para referência e podem não refletir 
exatamente o que é exibido na tela de console. 
 
Na figura , a declaração "NVRAM invalid, possibly due to write erase" ("NVRAM inválida, 
possivelmente devido a ter sido apagada pelo comando write erase"), indica ao usuário que 
esse roteador ainda não foi configurado ou que a NVRAM foi apagada. Um roteador deve ser 
configurado, o arquivo de configuração deve ser salvo na NVRAM e, em seguida, deve ser 
configurado para usar o arquivo de configuração armazenado na NVRAM. O valor padrão de 
fábrica do configuration register é 0x2102, que indica que o roteador deve tentar carregar uma 
imagem do Cisco IOS a partir da memória flash. 
 22 
 
Na figura , o usuário pode determinar as versões do bootstrap e do IOS que estão sendo 
usadas pelo roteador, assim como o modelo do roteador, o processador e a quantidade de 
memória do roteador. Outras informações listadas nesse gráfico são: 
• A quantidade de interfaces; 
• Os tipos de interfaces; 
• A quantidade de NVRAM; 
• A quantidade de memória flash. 
 
Na figura , o usuário tem a opção de entrar no modo Setup. Lembre-se de que a finalidade 
principal do modo Setup é permitir que o administrador instale uma configuração mínima em 
um roteador que não seja capaz de localizar uma configuração a partir de outra fonte 
 2.2.4 Estabelecendo uma sessão HyperTerminal 
Todos os roteadores Cisco contêm uma porta de console serial assíncrona (RJ-45) TIA/EIA-
232. Para conectar um terminal à porta de console, são necessários cabos e adaptadores. Um 
terminal de console pode ser um terminal ASCII ou um PC que esteja executando um software 
de emulação de terminal, como o HyperTerminal. Para conectar um PC que esteja executando 
um software de emulação de terminal à porta de console, use o cabo rollover RJ-45 / RJ-45 
com o adaptador fêmea RJ-45 / DB-9. 
 23 
Os parâmetros padrão para a porta de console são 9600 baud, 8 bits de dados, sem paridade, 
1 bit de parada, sem controle de fluxo. A porta de console não suporta controle de fluxo de 
hardware. 
Siga as etapas a seguir para conectar um terminal à porta de console no roteador: 
Etapa 1 Conecte o terminal usando o cabo rollover RJ-45 / RJ-45 e um adaptador RJ-45 / DB-9 
ou RJ-45 / DB-25. 
Etapa 2 Configure o terminal ou o software de emulação de terminal do PC para 9600 baud, 8 
bits de dados, sem paridade, 1 bit de parada, sem controle de fluxo. 
 
A figura mostra uma lista de sistemas operacionais e os softwares de emulação de terminal 
que podem ser usados. 
2.2.5 Efetuando o login no roteador 
Para configurar os roteadores Cisco, a interface do usuário do roteador deve ser acessada com 
um terminal ou através de acesso remoto. Ao acessar um roteador, o usuário deve efetuar o 
login no roteador antes de inserir qualquer outro comando. 
Por razões de segurança, o roteador tem dois níveis de acesso aos comandos: 
• Modo EXEC de usuário: As tarefas típicas incluem as de verificação do status do 
roteador. Neste modo, não são permitidas alterações na configuração do roteador 
• Modo EXEC privilegiado: As tarefas típicas incluem as de alteração da configuração 
do roteador. 
Após o login em um roteador, é exibido o prompt do modo EXEC de usuário. Os comandos 
disponíveis neste nível do usuário são um subconjunto dos comandos disponíveis no nível 
EXEC privilegiado. Em linhas gerais, esses comandos permitem que o usuário exiba 
informações sem alterar as definições da configuração do roteador. 
Para acessar todo o conjunto de comandos, deve-se entrar no modo EXEC privilegiado. No 
prompt ">", digite enable. No prompt password:, digite a senha que foi definida com o 
comando enable secret. Dois comandos podem ser usados para definir uma senha de 
acesso ao modo EXEC privilegiado: enable password e enable secret. Se os dois 
comandos forem usados, enable secret tem precedência. Uma vez concluídas as etapas 
de login, o prompt muda para "#", indicando que se entrou no modo EXEC privilegiado. O modo 
Setup global só pode ser acessado a partir do modo EXEC privilegiado. Os modos específicos 
listados a seguir também podem ser acessados a partir do modo Setup global: 
• Interface 
• Subinterface 
• Line 
• Router 
• Route map 
 24 
Para voltar ao modo EXEC de usuário a partir do modo EXEC privilegiado, pode-se usar ocomando disable. Para voltar ao modo EXEC privilegiado a partir do modo Setup global, 
digite exit ou Ctrl-Z. Ctrl-Z também pode ser usado para voltar diretamente ao modo EXEC 
privilegiado a partir de qualquer submodo da configuração global. 
 2.2.6 Ajuda do teclado na CLI do roteador 
Ao digitar um ponto de interrogação (?) no prompt do modo EXEC de usuário ou no prompt do 
modo EXEC privilegiado é exibida uma lista útil dos comandos disponíveis. Observe o "--
More--" na parte inferior do exemplo exibido. A tela mostra várias linhas de uma única vez. O 
prompt "--More--" na parte inferior da tela indica que há várias telas disponíveis como saída. 
Sempre que aparecer um prompt "--More--", a próxima tela disponível pode ser visualizada 
pressionando-se a barra de espaço. Para exibir apenas a linha seguinte, pressione a tecla 
Enter. Pressione qualquer outra tecla para voltar ao prompt. 
Para acessar o modo EXEC privilegiado, digite enable ou a abreviação ena. Isso pode fazer 
com que o roteador solicite uma senha ao usuário, caso ela tenha sido definida. Se um "?" 
(ponto de interrogação) for digitado no prompt do modo EXEC privilegiado, a tela exibe uma 
lista com um número mairo de comandos do que os que estão disponíveis no prompt do modo 
EXEC privilegiado. 
A saída na tela varia de acordo com a versão do software Cisco IOS e com a configuração do 
roteador. 
Se um usuário quiser ajustar o clock do roteador mas não souber o comando necessário, pode 
usar a função de ajuda para verificar o comando correto. O exercício a seguir ilustra um dos 
muitos usos da função de ajuda. 
A tarefa é ajustar o clock do roteador. Supondo que o comando não seja conhecido, siga as 
seguintes etapas: 
Etapa 1 Use ? para encontrar o comando de ajuste do clock. A saída da ajuda mostra que é 
necessário usar o comando clock. 
Etapa 2 Verifique a sintaxe para alteração do horário. 
 
 25 
Etapa 3 Insira o horário atual, usando horas, minutos e segundos, conforme mostrado na figura 
. O sistema indica que é necessário fornecer informações adicionais para concluir o comando. 
Etapa 4 Pressione Ctrl-P (ou a seta para cima) para repetir a entrada de comando anterior 
automaticamente. Em seguida, adicione um espaço e um ponto de interrogação (?) para 
revelar os outros argumentos. Agora a entrada do comando pode ser concluída. 
Etapa 5 O símbolo de acento circunflexo (^) e a mensagem de ajuda apresentada indicam um 
erro. A posição do símbolo de acento circunflexo mostra onde está localizado o possível 
problema. Para inserir a sintaxe correta, digite novamente o comando até o ponto onde está 
localizado o símbolo de acento circunflexo e digite um ponto de interrogação (?). 
Etapa 6 Insira o ano, usando a sintaxe correta, e pressione Enter para executar o comando. 
2.2.7 Comandos avançados de edição 
A interface do usuário inclui um modo de edição avançado, que oferece um conjunto de 
funções de teclas de edição, que permitem que o usuário edite uma linha de comando durante 
a digitação. As seqüências de teclas indicadas na figura podem ser usadas para mover o 
cursor na linha de comando e fazer correções ou alterações. Embora o modo de edição 
avançada esteja ativado automaticamente na versão atual do software, ele pode ser desativado 
se interferir na interação com os scripts gravados. Para desativar o modo de edição avançada, 
digite terminal no editing no prompt do modo EXEC privilegiado. 
 
O conjunto de comandos de edição oferece um recurso de rolagem horizontal para comandos 
que se estendem além de uma única linha da tela. Quando o cursor atinge a margem direita, a 
linha de comando desloca-se dez espaços para a esquerda. Os dez primeiros caracteres da 
linha não podem ser vistos, mas o usuário pode fazer a rolagem para trás e verificar a sintaxe 
no início do comando. Para fazer a rolagem para trás, pressione Ctrl-B ou a seta para a 
esquerda repetidamente até atingir o início da entrada do comando. Ctrl-A leva o usuário 
diretamente de volta ao início da linha. 
 
No exemplo mostrado na figura , a entrada do comando estende-se além de uma única linha. 
Quando o cursor atinge o final da linha pela primeira vez, a linha é deslocada dez espaços para 
a esquerda e exibida novamente. O cifrão ($) indica que a linha foi rolada para a esquerda. 
Cada vez que o cursor alcança o final da linha, ela é deslocada novamente dez espaços para a 
esquerda. 
A saída na tela varia de acordo com o nível do software Cisco IOS e com a configuração do 
roteador. 
Ctrl-Z é um comando usado para sair do modo Setup, levando o usuário de volta ao prompt do 
modo EXEC privilegiado. 
 26 
2.2.8 Histórico de comandos do roteador 
A interface do usuário oferece um histórico ou registro dos comandos que foram inseridos. 
Esse recurso é particularmente útil para relembrar comandos longos ou complexos. Com o 
recurso de histórico de comandos, é possível realizar as seguintes tarefas: 
• Definir o tamanho do buffer do histórico de comandos; 
• Relembrar comandos; 
• Desativar o recurso de histórico de comandos. 
O histórico de comandos é ativado por padrão e o sistema registra dez linhas de comandos em 
seu buffer de histórico. Para alterar a quantidade de linhas de comandos registradas pelo 
sistema durante uma sessão do terminal, use o comando terminal history size ou 
history size. A quantidade máxima de comandos é 256. 
 
Para relembrar os comandos do buffer do histórico a partir do mais recente, pressione Ctrl-P 
ou a tecla de seta para cima. Pressione-as repetidamente para relembrar os comandos mais 
antigos sucessivamente. Após relembrar os comandos com as teclas Ctrl-P ou seta para cima, 
pressione Ctrl-N ou a tecla para baixo repetidamente para voltar aos comandos mais recentes 
no buffer histórico. 
Para encurtar a digitação de um comando, é possível usar a quantidade mínima de caracteres 
exclusiva desse comando. Pressione a tecla Tab e a interface completará a entrada. Quando 
as letras digitadas identificarem o comando de maneira exclusiva, a tecla Tab simplesmente 
confirmará visualmente que o roteador entendeu o comando específico desejado. 
Na maioria dos computadores, também estão disponíveis funções adicionais de seleção e 
cópia de textos. Uma parte de um comando anterior pode então ser copiada e colada ou 
inserida como entrada do comando atual. 
2.2.9 Solucionando erros de linha de comando 
Os erros de linha de comando ocorrem principalmente devido a erros de digitação. Se a 
palavra-chave de um comando for digitada de maneira incorreta, a interface do usuário 
proporciona o isolamento do erro, na forma de um indicador de erro (^). O símbolo "^" aparece 
no ponto da linha de comando onde foi inserido um comando, palavra-chave ou argumento 
incorreto. O indicador de localização do erro e o sistema interativo de ajuda permitem que o 
usuário encontre e corrija facilmente os erros de sintaxe. 
 
 
 27 
 Router#clock set 13:32:00 23 February 
 99 
 ^ 
 % Entrada inválida detectada no marcador "^". 
O acento circunflexo (^) e a mensagem da ajuda indicam um erro onde aparece o 99. Para 
listar a sintaxe correta, digite o comando até o ponto em que ocorreu o erro, seguido de um 
ponto de interrogação (?): 
Router#clock set 13:32:00 23 February ? 
<1993-2035> Year 
Router#clock set 13:32:00 23 February 
Insira o ano usando a sintaxe correta e pressione Enter para executar o comando. 
Router#clock set 13:32:00 23 February 1999 
Se uma linha de comando for inserida incorretamente e a tecla Enter for pressionada, a tecla 
de seta para cima pode ser pressionada para repetir o último comando. Use as teclas de seta 
para a direita ou esquerda para mover o cursor para o local onde o erro foi cometido. Em 
seguida, digite a correção que precisa ser feita. Se algo precisar ser excluído, usea tecla 
<backspace>. 
2.2.10 O comando show version 
O comando show version exibe informações sobre a versão do software Cisco IOS que está 
em execução no momento no roteador. Isso inclui os valores definidos do configuration register 
(registrador de configuração) e do boot field (campo de inicialização). 
 
A figura mostra as seguintes informações do comando show version: 
• Versão e informações descritivas do IOS em uso; 
• Versão da Bootstrap ROM; 
• Versão da Boot ROM; 
 28 
• Tempo decorrido desde a inicialização do roteador; 
• Método utilizado na última reinicialização do roteador; 
• Arquivo da imagem do sistema em uso e sua localização; 
• Plataforma de hardware do roteador; 
• Valor do configuration register. 
Use o comando show version para identificar a imagem do IOS em uso no roteador e de 
onde foi obtida. 
Resumo 
Devem ter sido compreendidos os importantes conceitos a seguir: 
• A finalidade do IOS; 
• A operação básica do IOS; 
• Identificação das várias funcionalidades do IOS; 
• Identificação dos métodos para estabelecer uma sessão CLI com o roteador; 
• As diferenças entre os modos EXEC de usuário e privilegiado; 
• Estabelecimento de uma sessão HyperTerminal; 
• Login no roteador; 
• Utilização do recurso de ajuda na interface de linha de comando; 
• Utilização dos comandos avançados de edição; 
• Utilização do histórico de comandos; 
• Solução de erros de linha de comando; 
• Utilização do comando show version 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPITULO 03 - Configurando um roteador 
 29 
 
Visão Geral 
Configurar um roteador para realizar tarefas complexas entre redes pode ser um grande 
desafio. Entretanto, os procedimentos iniciais para configurar um roteador não são nada 
difíceis. Se esses procedimentos e as etapas para alternar entre os vários modos do roteador 
forem seguidos, as configurações mais complexas ficarão muito menos assustadoras. Este 
módulo introduz os modos básicos de configuração do roteador e oferece oportunidades para 
praticar configurações simples. 
Uma configuração de roteador que seja clara, fácil de entender e com backups regulares deve 
ser um objetivo de todos os administradores de rede. O Cisco IOS oferece ao administrador 
diversas ferramentas para adicionar informações ao arquivo de configuração para fins de 
documentação. Assim como um programador competente fornece documentação para cada 
passo de programação, um administrador de rede deve fornecer o máximo possível de 
informação, para a eventualidade de outra pessoa precisar assumir a responsabilidade sobre a 
rede. 
Ao concluírem este módulo, os alunos deverão ser capazes de: 
• Dar nome a um roteador; 
• Definir senhas; 
• Examinar comandos show; 
• Configurar uma interface serial; 
• Configurar uma interface Ethernet; 
• Executar alterações em um roteador; 
• Salvar alterações em um roteador; 
• Configurar a descrição de uma interface; 
• Configurar um banner com a mensagem do dia; 
• Configurar tabelas de hosts; 
• Entender a importância dos backups e da documentação. 
 
 
 
 
3.1 Configurando um roteador 
3.1.1 Modos de comando da CLI 
Todas as alterações de configuração de um roteador Cisco através da interface da linha de 
comando (CLI) são feitas a partir do modo de configuração global. É possível entrar em outros 
modos mais específicos, dependendo da alteração de configuração que for necessária, mas 
todos esses modos específicos são subconjuntos do modo de configuração global. 
 30 
 
Os comandos do modo de configuração global são usados em um roteador para aplicar 
instruções de configuração que afetem o sistema como um todo. O comando a seguir muda o 
roteador para o modo de configuração global e permite inserir comandos a partir do terminal: 
 
OBSERVAÇÃO: 
O prompt muda para indicar que agora o roteador está no modo de configuração global. 
Router#configure terminal 
Router(config)# 
O modo de configuração global, muitas vezes apelidado config global, é o principal modo de 
configuração. Estes são apenas alguns dos modos em que se pode entrar a partir do modo de 
configuração global: 
• Modo de interface; 
• Modo de linha; 
• Modo de roteador; 
• Modo de subinterface; 
• Modo de controlador. 
Quando se entra nesses modos específicos, o prompt do roteador muda para indicar o modo 
de configuração atual. Quaisquer alterações de configuração que forem feitas aplicam-se 
somente às interfaces ou aos processos cobertos por esse modo específico. 
Digitar exit a partir de um desses modos de configuração específicos leva o roteador de volta 
ao modo de configuração global. Pressionar Ctrl-Z faz com que o roteador saia completamente 
dos modos de configuração e o leva de volta ao modo EXEC privilegiado. 
 
 
 
 
 
 
3.1.2 Configurando o nome de um roteador 
 31 
Uma das primeiras tarefas de configuração é dar um nome exclusivo ao roteador. Essa tarefa é 
realizada no modo de configuração global usando os seguintes comandos: 
Router(config)#hostname Tokyo 
Tokyo(config)# 
Assim que a tecla Enter é pressionada, o prompt muda, passando do nome do host padrão 
(Router) para o nome do host recém-configurado, que, neste exemplo, é Tokyo. 
3.1.3 Configurando senhas de roteador 
As senhas restringem o acesso aos roteadores. Sempre se deve configurar senhas para as 
linhas do terminal virtual e para a linha do console. As senhas também são usadas para 
controlar o acesso ao modo EXEC privilegiado, para que apenas usuários autorizados possam 
fazer alterações no arquivo de configuração. 
Os comandos a seguir são usados para definir uma senha opcional, mas recomendável, na 
linha do console: 
Router(config)#line console 0 
Router(config-line)#password <senha> 
Router(config-line)#login 
Deve-se definir uma senha em uma ou mais linhas de terminal virtual (VTY), para que os 
usuários tenham acesso remoto ao roteador usando Telnet. Geralmente, os roteadores Cisco 
suportam cinco linhas VTY numeradas de 0 a 4, embora diferentes plataformas de hardware 
suportem quantidades diferentes de conexões VTY. Freqüentemente, usa-se a mesma senha 
para todas as linhas, mas às vezes uma linha é definida de maneira exclusiva para oferecer 
uma entrada de fall-back (respaldo) ao roteador se as outras quatro conexões estiverem 
ocupadas. São usados os seguintes comandos para definir a senha nas linhas VTY: 
Router(config)#line vty 0 4 
Router(config-line)#password <senha> 
Router(config-line)#login 
A senha de ativação e o segredo de ativação são usados para restringir o acesso ao modo 
EXEC privilegiado. A senha de ativação só é usada se o segredo de ativação não tiver sido 
definido. É recomendável que o segredo de ativação esteja sempre ativado e seja sempre 
usado, já que ele é criptografado e a senha de ativação não é. Estes são os comandos usados 
para definir as senhas de ativação: 
Router(config)#enable password <senha> 
Router(config)#enable secret <senha> 
Às vezes não é desejável que as senhas sejam mostradas em texto claro na saída dos 
comandos show running-config ou show startup-config. Este comando é usado para 
criptografar as senhas na saída da configuração: 
Router(config)#service password-encryption 
O comando service password-encryption aplica criptografia fraca a todas as senhas 
não criptografadas. O comando enable secret <senha> usa um algoritmo MD5 forte para 
a criptografia. 
3.1.4 Examinando os comandos show 
Há muitos comandos show que podem ser usados para examinar o conteúdo de arquivos do 
roteador e para a solução de problemas. Tanto no modo EXEC privilegiado quanto no modo 
 32 
EXEC do usuário, o comando show ? fornece uma lista dos comandos show disponíveis. A 
lista é consideravelmente maior no modoEXEC privilegiado do que no modo EXEC do usuário. 
• show interfaces: Exibe todas as estatísticas para todas as interfaces do roteador. 
Para ver as estatísticas de uma interface específica, insira o comando show 
interfaces seguido da interface específica e do número da porta. Por exemplo: 
Router#show interfaces serial 0/1 
• show controllers serial: Exibe informações específicas da inteface de 
hardware. Este comando deve incluir também o número de porta ou slot/porta da 
interface serial. Por exemplo: 
Router#show controllers serial 0/1 
• show clock: Mostra o horário definido no roteador 
• show hosts: Mostra uma lista em cache dos nomes e endereços dos hosts 
• show users: Exibe todos os usuários que estão conectados ao roteador 
• show history: Exibe um histórico dos comandos que foram inseridos 
• show flash: Exibe informações sobre a memória flash e quais arquivos do IOS 
estão armazenados nela 
• show version: Exibe informações sobre a versão do software carregado no 
momento, além de informações de hardware e dispositivo 
• show ARP: Exibe a tabela ARP do roteador 
• show protocol: Exibe o status global e o status específico da interface de quaisquer 
protocolos de camada 3 configurados 
• show startup-config: Exibe o conteúdo da NVRAM, se presente e válido, ou 
exibe o arquivo de configuração apontado pela variável de ambiente CONFIG_FILE 
• show running-config: Exibe o conteúdo do arquivo de configuração em execução 
ou o arquivo de configuração para uma interface específica, ou informação de mapa de 
classes 
3.1.5 Configurando uma interface serial 
Uma interface serial pode ser configurada a partir do console ou através de uma linha de 
terminal virtual. Para configurar uma interface serial, siga estas etapas: 
1. Entre no modo de configuração global; 
2. Entre no modo de interface; 
3. Especifique o endereço da interface e a máscara de sub-rede; 
4. Se houver um cabo DCE conectado, defina a taxa do clock; pule esta etapa se houver 
um cabo DTE conectado; 
5. Ligue a interface. 
Cada interface serial conectada precisa ter um endereço IP e uma máscara de sub-rede se for 
esperado que a interface roteie pacotes IP. Configure o endereço IP usando os seguintes 
comandos: 
Router(config)#interface serial 0/0 
Router(config-if)#ip address <endereço IP> <máscara de rede> 
As interfaces seriais necessitam de um sinal de clock para controlar a temporização das 
comunicações. Na maioria dos ambientes, um dispositivo DCE (por exemplo, um CSU) fornece 
o clock. Por padrão, os roteadores Cisco são dispositivos DTE, mas podem ser configurados 
como dispositivos DCE. 
 33 
Em links seriais que estão diretamente interconectados, como em um ambiente de laboratório, 
um lado deve ser considerado um DCE e fornecer um sinal de clock. O clock é ativado e a 
velocidade é especificada com o comando clock rate. As taxas de clock disponíveis, em bits 
por segundo, são: 1200, 2400, 9600, 19200, 38400, 56000, 64000, 72000, 125000, 148000, 
500000, 800000, 1000000, 1300000, 2000000 ou 4000000. Entretanto, algumas taxas de bits 
podem não estar disponíveis em certas interfaces seriais, dependendo de sua capacidade. 
Por padrão, as interfaces ficam desligadas, ou desativadas. Para ligar ou ativar uma interface, 
use o comando no shutdown. Se uma interface precisar ser desativada administrativamente 
para manutenção ou solução de problemas, use o comando shutdown para desligá-la. 
No ambiente do laboratório, a configuração da taxa de clock que será usada é de 56000. Os 
comandos para definir uma taxa de clock e ativar uma interface serial são os seguintes: 
Router(config)#interface serial 0/0 
Router(config-if)#clock rate 56000 
Router(config-if)#no shutdown 
 
3.1.6 Alterando Configurações 
 
Se uma configuração exigir modificação, vá para o modo apropriado e insira o comando 
adequado. Por exemplo, se for necessário ativar uma interface, entre no modo de configuração 
global, entre no modo de interface e emita o comando no shutdown. 
Para verificar as alterações, use o comando show running-config. Esse comando exibe a 
configuração atual. Se as variáveis exibidas não forem as esperadas, o ambiente pode ser 
corrigido através de uma ou mais das seguintes ações: 
• Emita a forma no de um comando de configuração. 
• Recarregue o sistema para voltar ao arquivo de configuração original da NVRAM. 
• Copie um arquivo de configuração armazenado a partir de um servidor TFTP. 
• Remova o arquivo de configuração de inicialização com erase startup-config e, 
em seguida, reinicie o roteador e entre no modo de configuração. 
Para salvar as variáveis de configuração no arquivo de configuração de inicialização na 
NVRAM, insira o seguinte comando no prompt EXEC privilegiado: 
 34 
Router#copy running-config startup-config 
 
3.1.7 Configurando uma interface Ethernet 
Uma interface Ethernet pode ser configurada a partir do console ou de uma linha de terminal 
virtual. 
Cada interface Ethernet precisa ter um endereço IP e uma máscara de sub-rede se for 
esperado que a interface roteie pacotes IP. 
 
Para configurar uma interface Ethernet, siga estas etapas: 
1. Entre no modo de configuração global; 
2. Entre no modo de configuração da interface; 
3. Especifique o endereço da interface e a máscara de sub-rede; 
4. Ative a interface. 
Por padrão, as interfaces ficam desligadas, ou desativadas. Para ligar ou ativar uma interface, 
use o comando no shutdown. Se uma interface precisar ser desativada administrativamente 
para manutenção ou solução de problemas, use o comando shutdown para desligá-la. 
3.2 Terminando a configuração 
3.2.1 Importância dos padrões de configuração 
É importante desenvolver padrões para os arquivos de configuração dentro de uma 
organização. Isso permite controlar a quantidade de arquivos de configuração que devem ser 
mantidos, e como e onde esses arquivos são armazenados. 
 
Um padrão é um conjunto de regras ou procedimentos que são amplamente utilizados ou são 
especificados oficialmente. Sem padrões em uma organização, uma rede pode ficar caótica 
caso ocorra uma interrupção do serviço. 
Para gerenciar uma rede, deve haver um padrão de suporte centralizado. Configuração, 
segurança, desempenho e outras questões devem ser tratados adequadamente para que a 
rede funcione sem problemas. Criar padrões para a consistência da rede ajuda a reduzir a sua 
complexidade, o tempo de inatividade não planejado e a exposição a incidentes que podem ter 
impacto no desempenho da rede. 
3.2.2 Descrições de interface 
Uma descrição de interface deve ser usada para identificar informações importantes, tais como 
um roteador distante, um número de circuito ou um segmento de rede específico. Uma 
descrição de uma interface pode ajudar um usuário da rede a lembrar-se de informações 
específicas sobre a interface, tais como qual rede a interface atende. 
 35 
 
O objetivo da descrição é ser simplesmente um comentário sobre a interface. Embora a 
descrição apareça nos arquivos de configuração que existem na memória do roteador, ela não 
afeta a operação do roteador. As descrições são criadas seguindo um formato padrão que se 
aplica a cada interface. A descrição pode incluir a finalidade e a localização da interface, outros 
dispositivos ou locais conectados à interface e identificadores de circuitos. As descrições 
permitem que o pessoal de suporte entenda melhor o escopo dos problemas relacionados a 
uma interface e permitem uma solução mais rápida dos problemas. 
3.2.3 Configurando a descrição da interface 
Para configurar a descrição de uma interface, entre no modo de configuração global. A partir 
daí, entre no modo de configuração de interface. Use o comando description seguido da 
informação. 
Etapas do procedimento: 
1.Entre no modo de configuração global, inserindo o comando configure terminal. 
2. Entre no modo da interface específica (por exemplo, interface Ethernet 0) interface 
ethernet 0. 
3. Insira a descrição do comando seguida da informação que deve ser exibida. Por 
exemplo, Rede XYZ, Prédio 18. 
4. Saia do modo de interface, voltando para o modo EXEC privilegiado, usando o 
comando ctrl-Z. 
5. Salve as alterações da configuração na NVRAM, usando o comando copy running-
config startup-config. 
Eis dois exemplos de descrições de interface: 
interface Ethernet 0 
description LAN Engenharia, Prédio 2 
interface serial 0 
description ABC rede 1, Circuito 1 
 
3.2.4 Banners de login 
Um banner de login é uma mensagem que é exibida no login e que é útil para transmitir 
mensagens que afetam todos os usuário da rede, tais como avisos de paradas iminentes do 
sistema. 
Os banners de login podem ser vistos por qualquer pessoa. Portanto, deve-se tomar cuidado 
com as palavras da mensagem do banner. "Bem-vindo" é um convite para que qualquer 
pessoa entre em um roteador e, provavelmente, não é uma mensagem adequada. 
Um banner de login deve ser um aviso para que não se tente o login a menos que se tenha 
autorização. Uma mensagem tal como "Este sistema é protegido. Só é permitido acesso 
autorizado!" instrui os visitantes indesejáveis que qualquer intrusão além daquele ponto é 
indesejada e ilegal. 
3.2.5 Configurando a mensagem do dia (MOTD) 
Um banner com a mensagem do dia pode ser exibido em todos os terminais conectados. 
 36 
Entre no modo de configuração global para configurar um banner com a mensagem do dia 
(MOTD). Use o comando banner motd, seguido de um espaço e um caractere delimitador, tal 
como o sinal de sustenido (#). Adicione uma mensagem do dia seguida de um espaço e de um 
caractere delimitador novamente. 
 
Siga estas etapas para criar e exibir uma mensagem do dia: 
1. Entre no modo de configuração global, inserindo o comando configure terminal. 
2. Insira o comando banner motd # <Aqui vai a mensagem do dia> #. 
3. Salve as alterações, emitindo o comando copy running-config startup-
config. 
3.2.6 Resolução de nomes de hosts 
A resolução de nomes de hosts é o processo usado por um sistema computacional para 
associar um nome de host a um endereço IP. 
 
A fim de usar os nomes de hosts para se comunicar com outros dispositivos IP, os dispositivos 
de rede, tais como os roteadores, devem ser capazes de associar os nomes dos hosts a 
endereços IP. Uma lista de nomes de hosts e seus respectivos endereços IP é chamada de 
tabela de hosts. 
Uma tabela de hosts pode incluir todos os dispositivos da organização de uma rede. Cada 
endereço IP exclusivo pode ter um nome de host associado a ele. O software Cisco IOS 
mantém em cache mapeamentos entre nomes de hosts e endereços, para serem usados pelos 
comandos EXEC. Essa cache acelera o processo de conversão de nomes em endereços. 
Os nomes de hosts, diferentemente dos nomes DNS, têm significado somente no roteador no 
qual estão configurados. A tabela de hosts permite que o administrador da rede digite o nome 
do host (por exemplo, Auckland) ou o endereço IP para fazer Telnet para um host remoto. 
3.2.7 Configurando tabelas de hosts 
Para atribuir nomes de hosts a endereços, primeiro entre no modo de configuração global. 
Emita o comando ip host seguido do nome do destino e todos os endereços IP onde o 
dispositivo puder ser encontrado. Isso mapeia o nome do host a cada um dos endereços IP da 
sua interface. Para alcançar o host, use um comando telnet ou ping com o nome do 
roteador ou um endereço IP que esteja associado ao nome do roteador. 
Este é o procedimento para configurar a tabela de hosts: 
 37 
1. Entre no modo de configuração global do roteador. 
2. Insira o comando ip host seguido do nome do roteador e todos os endereços IP 
associados às interfaces em cada roteador. 
3. Continue inserindo até que todos os roteadores da rede tenham sido inseridos. 
4. Salve a configuração na NVRAM. 
3.2.8 Backup e documentação da configuração 
A configuração dos dispositivos de rede determina a maneira como a rede se comportará. O 
gerenciamento da configuração dos dispositivos inclui as seguintes tarefas: 
• Listar e comparar arquivos de configuração em dispositivos em funcionamento; 
• Armazenar arquivos de configuração em servidores de rede; 
• Realizar instalações e atualizações de software. 
 
Os arquivos de configuração devem ser armazenados em backup para a eventualidade de 
algum problema. Os arquivos de configuração podem ser armazenados em um servidor de 
rede, em um servidor TFTP ou em um disco guardado em local seguro. A documentação deve 
ser incluída com essa informação off-line. 
3.2.9 Fazendo backups de arquivos de configuração 
Uma cópia atual da configuração pode ser armazenada em um servidor TFTP. O comando 
copy running-config tftp, conforme mostrado na figura: 
 
 Pode ser usado para armazenar a configuração atual em um servidor TFTP de rede. Para 
isso, realize as seguintes tarefas: 
Etapa 1 Insira o comando copy running-config tftp. 
Etapa 2 Insira o endereço IP do host em que o arquivo de configuração será armazenado. 
Etapa 3 Insira o nome a ser atribuído ao arquivo de configuração. 
Etapa 4 Confirme as opções, respondendo sim todas as vezes. 
 38 
 Um arquivo de configuração armazenado em um dos servidores da rede pode ser usado para 
configurar um roteador. Para isso, realize as seguintes tarefas: 
1. Entre no modo de configuração, inserindo o comando copy tftp running-config, 
conforme mostrado na figura . 
2. No prompt do sistema, selecione um arquivo de configuração de hosts ou de rede. O 
arquivo de configuração de rede contém comandos que se aplicam a todos os 
roteadores e servidores de terminal da rede. O arquivo de configuração de hosts 
contém comandos que se aplicam a um roteador em particular. No prompt do sistema, 
insira o endereço IP do host remoto onde o servidor TFTP está localizado. Neste 
exemplo, o roteador está configurado a partir do servidor TFTP no endereço IP 
131.108.2.155. 
3. No prompt do sistema, insira o nome do arquivo de configuração ou aceite o nome 
padrão. A convenção dos nomes de arquivos é baseada no UNIX. O nome de arquivo 
padrão é hostname-config para o arquivo de hosts e network-config para o 
arquivo de configuração da rede. No ambiente DOS, os nomes de arquivos são 
limitados a oito caracteres, mais uma extensão de três caracteres (por exemplo: 
roteador.cfg ). Confirme o nome do arquivo de configuração e o endereço do 
servidor tftp fornecido pelo sistema. Observe na figura que o prompt do roteador muda 
imediatamente para tokyo. Isso é uma evidência de que a reconfiguração acontece 
assim que o novo arquivo é descarregado. 
 
A configuração do roteador também pode ser salva em um disco, capturando o texto no 
roteador e salvando-o no disco. Se o arquivo precisar ser copiado de volta para o roteador, use 
os recursos padrão de edição de um programa emulador de terminal para colar o arquivo de 
comandos no roteador. 
 
 
 
Resumo 
Esta seção resume os pontos principais da configuração de um roteador. 
O roteador tem diversos modos: 
• Modo EXEC do usuário; 
• Modo EXEC privilegiado; 
• Modo de configuração global; 
• Outros modos de configuração. 
 39 
A interface da linha de comando pode ser usada para fazer alterações na configuração: 
• Definir o nome do host; 
• Definir senhas; 
• Configurar interfaces; 
• Modificar configurações; 
• Mostrar configurações. 
Devem ter sido compreendidos os importantes conceitos a seguir: 
• Os padrões de configuração são elementos essenciais para o êxito na manutenção de 
uma rede eficiente por qualquer organização. 
• As descrições

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