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Processo civil IV
Matéria da B2
28.04.2015
Procedimento Cautelar:
Proteção processual = Esse é o objetivo do processo
Ação cautelar=
Medida cautelar=
Característica da MC / Provisioridade
 Revogabilidade
 Autonomia
 Acessoridade
Classificação
Pelo tipo = Típicas ou nominadas
 Atípica ou inominadas
Pelo momento =Prega – ratorias ( será que isso ta certo????)
 Incidentais
Requisitos 282 CC + F.B.I = Fumaça do bom direito
 P.I.M = Perigo da demora
EX:O bem não é o remédio, mas sim o que o remédio irá proporcionar para preservar o Direito.
O Direito que se busca vinculo entre o titular da ação com RES
Bem da vida no processo civil= Res VINCULO Titular
*Título vencido não é indicado ação cautelar, tem que ser ação de execução.
05.05.15
Novo CPC – 294 a 311
Tutelas provisórias:
Hipóteses
_ De urgência = Impedir que o bem da vida pereça , medida necessária da preservação da vida, não tem como esperar.
_ Cautelar= “ Preservar” o bem , não integrando, apenas conversando.
_ Antecipada =
Requisitos
_ Prova= Evidencias da probabilidade do direito.
_ Perigo de dano OU risco a resultado útil – Periculum in mora
Tipos
_ Antecedente = Feita preliminar
_ Incidental = requerimento direito
Formas
_ Liminar = medida
_ Justificação prévia = O Réu é citado, exceto nas de urgência
Ler princípio da fungibilidade
Recurso 1003 combinado com novo CPC 
Tutela de evidencia 
_ Abuso de direito de defesa
_ Manifesto proposto protelatório
_ direito comprovado documentalmente
_ Matéria pacífica = Pec repetitivo
 Sum vinculante
02.06.2015
Procedimentos Especiais.
Jurisdição contenciosa:
Consignação em pagamento artigo 890 e ss , quando o devedor recusa o recebimento, mas o credor tem o direito de receber o recibo.
Extrajudicial , avisa o credor por notificação.
Só dinheiro, conta para consignação e pagamento, vai no banco e paga todos os encargos .
Ação de depósito artigos 901 e SS
Previsão – P único, art 904 inconstitucionalidade
Anulação e substituição de título ao portador artigos 907 e SS
Ação possessórias = Reintegração , liminar posse nova, menos de um ano e um dia.(esbulho
 = Manutenção, turbação
 = interditos , interdito probatório
Depois de um ano consolida a ação.
Usucapião = 941 e SS prova documental
Divisão / demarcação – 946 e SS
Contenciosa – Não há possibilidade de converter, pois os ritos são diferentes a não ser que tenha acordo
Embargos de terceiro – 1046 e SS
Ação monitória – 1102 e SS
Procedimentos ordinário – 282
 Sumario – 278
 Cautelar
Prestação de contas-( tem que haver gestão)
Denuncia de Obra nova- Relação jurídica entre o autor e réu
09.062015
Procedimentos Especiais – cont
_ Ação de prestação de contas artigos 914 e SS CPC
Artigos 941 e SS CPC
_ Legitimidade = para exigir, Para prestar.
_ Procedimentos 1ª Fase – julgamento do direito de prestar ou exigir
 2ª Fase _ Julgamento de contas
_ Contas –
 Forma _ Tudo comentado
 Mercantil - Contábil ou mercantil
5 dias decisão Intermediária
Nunciação de obra Nova artigos 934 ss ( Antes do telhado)
Objetivo
Depois do telhado = ação demolitória( rito ordinário)
Assim que o vizinho começar a construir e for prejudicar a minha propriedade. Tem que haver um dano.
Embargos extrajudicial = Urgência, documento 
Suspensão da obra
Tem que ter aplicação de multa
Petição com todos os requisitos
Valor da causa = valor do bem
Embargos de terceiros = Autônoma mais não é independente.
Distribui por dependência (conexão), mesmas partes ou causa de pedir
1 autor + 2Réu + 3º que não está na ação, mas foi prejudicado.
Constituição Judicial = Apreensão + bloqueio + penhora hol exemplificativo
Ação monitoria Artigos 1.102 e SS
Título desprovido de executividade
Prazo conta do primeiro carimbo no caso do cheque como exemplo
Definição =
Procedimentos =
3- Embargos Monitórios ( contestação)
Fase ordinária, audiência de conciliação, perícia.
Tutelas de urgência e de evidência são explicadas à luz do Novo CPC 
Brasília – O sexto e último painel do Congresso Brasileiro sobre o Novo CPC apresentou os conceitos de tutela de urgência e tutela de evidência no texto. O debate foi presidido pelo advogado processualista Cristiano Zanin, tendo como debatedores o desembargador federal Aluisio Mendes e o jurista Eduardo Talamini.
Segundo Zanin, o tema da tutela no âmbito do novo Código de Processo Civil é muito interessante. “As palavras que guiam o CPC são previsibilidade, efetividade e celeridade. Podemos ter uma solução estável logo no começo do processo”, afirmou. “O tema da tutela é muito interessantes, mas o desafio será bem compreendê-lo e aplicá-lo da melhor forma possível para atingir os objetivos do código.”
O desembargador do Rio de Janeiro Aluisio Mendes traçou um histórico sobre o instrumento da tutela dentro do processo civil no Brasil. “O Código de 1973 teve grande avanço na tutela cautelar ao trazer preocupação com efetividade do processo e medidas acessórias necessárias para isso. Deixou a desejar em relação a situações satisfativas, que começaram casuisticamente aos tribunais, mas só com reforma de 1994 chegou, com tutela antecipada. Depois, teve momento de inclusão da fungibilidade de forma mais expressa no Código de Processo”, lembrou.
O jurista afirmou aos congressistas que, a partir do momento em que a tutela antecipada foi incluída, o processo cautelar ficou de lado na preocupação da doutrina dos processualistas, mas que na prática o Código tinha toda uma previsão típica de procedimentos cautelares. “Percebemos que aquilo perdia sua utilidade. Muitas vezes a medida cautelar era concedida e ninguém sabia o que fazer com o processo cautelar, que seguia à frente do original, sendo extinto ou apenso”, contou.
As mudanças na sociedade –e no sistema Judiciário- trouxeram a questão do tempo e da urgência, tendo a tutela provisória melhorado o panorama. “O problema é que temos um sistema em que a tutela provisória sempre depende da principal, quando, na realidade, a resolução com a provisória já encerra o conflito. Isso trouxe preocupação que já existia em outros países quanto ao aprimoramento do sistema para fazer a estabilização da tutela de urgência ou provisória”, explicou.
No Novo Código de Processo Civil, segundo Mendes, a tutela provisória está estruturada em três títulos, que abarcam a tutela de urgência e a tutela de evidência. A tutela provisória é usada no sentido de semelhança com temporariedade, tendo modificação especialmente em relação à perspectiva de estabilização, deixando de ter ideia de superação quanto à tutela principal. Há no texto duas espécies de tutelas de urgência: a satisfativa, chamada de antecipada, e a cautelar.
Quanto à tutela provisória, o Novo CPC dá mais ênfase ao contraditório. “O Código de Processo Civil acaba com toda sistemática de estrutura cautelar em torno de processo autônomo, mas mantém possibilidade de se requerer de forma antecedente a tutela cautelar. A idéia que foi agasalhada foi de processo sincrético, ampliando processo em relação à tutela cautelar. Ela não deve nem precisa vir autônima e isolada da principal”, explicou.
Aluisio também explicou os momentos de requerimento e de concessão. “Temos agora a chamada tutela provisória antecedente, que vem antes da formulação. Em termos de competência, o art. 299 tem preocupação a competência da tutela antecedente, que será ajuizada perante juízo competente também para o processo principal. Quanto à tutela de urgência, é necessária a natureza cautelar ou antecipada, havendo a substituição de várias expressões parao binômio “probabilidade do direito e perigo de dano” ou “risco ao resultado útil do processo”.
As maiores inovações, na visão do palestrante, vieram com a tutela antecipada antecedente, cuja petição inicial limita-se a: requerimento da tutela antecipada, indicação de tutela final, exposição da lide e do direito que se buscar realizar, perigo de dano ou do risco do resultado útil do processo, indicação do caráter antecedente. Depois da decisão, deve haver o aditamento da petição inicial, sob pena de extinção do processo sem o julgamento do mérito. Na emenda, há a possibilidade de complementação da argumentação, juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final. Em caso de concessão, prazo de 15 dias. Se indeferida, prazo de 5 dias para a emenda.
Sobre a tutela cautelar antecedente, a petição inicial deve conter a lide e seu fundamento, exposição sumária do direito que se quer assegurar e perigo de dano ou do risco do resultado útil do processo. Após a citação do réu, estabeleceu-se prazo de cinco dias para a contestação e indicação das provas que pretende produzir. Não havendo contestação, a decisão sobre a cautelar sai em até 5 dias. Se contestado, segue-se o procedimento comum. A formulação do pedido principal, uma nova demanda, é feita nos mesmos processos e autos, no prazo de 30 dias.
A tutela de evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado do processo quando: ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte ou ainda se as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada com julgamentos de casos repetitivos ou em súmula vinculantes.
Outra possibilidade é se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito ou se a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Para Eduardo Talamini, o aspecto positivo do Novo CPC é a unificação do regime jurídico das medidas antecipatórias e cautelares. As medidas urgentes poderão ser concedidas em caráter preparatório ou incidental. O jurista também abordou o ônus da formulação principal, explicando que, concedida a medida cautelar preparatória, o autor deverá sempre formular o pedido principal em até 30 dias. Se concedida a tutela antecipada preparatória, o autor tem ônus de complementar sua argumentação e confirmar o pedido de tutela final em 15 dias ou em outro prazo maior que o juiz lhe der.
Quanto à estabilização da tutela antecipada, Talamini esclareceu que, se o réu não recorrer da tutela urgente antecipada preparatória, o processo preparatório será extinto, mas a medida manterá sua eficácia por tempo indeterminado.
Outro ponto abordado foi a função monitória no Novo Código de Processo Civil, com a criação acelerada de título executivo, mediante cognição sumária e em caso de inércia do réu, além da transferência para o réu do ônus da instauração de processo de cognição exauriente. O jurista também abordou como pontos positivos a ausência de coisa julgada material e possíveis atalhos para o fim do processo.
No entanto, alertou para alguns inconvenientes práticos dentro do Novo CPC, caso do recrudescimento da disputa classificatória entre cautelar e antecipada, além do risco de proliferação de pedidos de tutela urgente em desvio de finalidade. Outro perigo poderá ser o exagero no rigor para a concessão de medida urgente.
Liminar, tutela antecipada, tutela provisória, tutela definitiva, tutela cautelar, tutela satisfativa. 
Meus queridos jusbrasileiros, todos sabemos que há diferentes espécies de tutela. Saber distingui-las é fundamental, não só para concursos como para o trabalho diário com o Direito. A seguir, estão os pontos distintivos, seguidos de exemplos que muito ajudarão a compreender o tema.
Tutela definitiva – Há tutela definitiva quando o órgão julgador decide a respeito do que foi pedido pela parte. O vocábulo pedido, aqui, é utilizado no sentido técnico e, por isso, abrange apenas a postulação que integra o mérito da causa. Ao prestar a tutela definitiva o órgão julgador decide a questão principal do processo. 
Observem, a seguir, exemplos de tutela definitiva:
1 - na sentença, o pedido é acolhido para que seja imposta ao réu a obrigação de pagar ao autor o valor que o autor entende que lhe é devido a título de indenização (tutela definitiva satisfativa – CPC, art. 269, I); 
2 – na sentença, o pedido formulado pelo autor é rejeitado (tutela definitiva satisfativa – CPC, art. 269, I); 
3 – por sentença, é indeferida liminarmente a petição inicial em razão da pronúncia de prescrição ou de decadência (tutela definitiva satisfativa – CPC, arts. 269, I, e 295, IV); e
4 – num processo cautelar antecedente a um processo de conhecimento, é deferido, na sentença, o pedido formulado pelo autor, de adoção de medidas de arresto ou de sequestro (tutela definitiva cautelar – CPC, arts. 817 e 823). 
Bem se vê, pois, que a tutela definitiva tanto pode ser satisfativa como pode ser cautelar.
Tutela provisória – Há tutela provisória quando o órgão julgador antecipa os efeitos da tutela definitiva (não importando se a tutela definitiva é satisfativa ou cautelar), bem como quando o órgão julgador, num processo sem natureza cautelar, determina, no curso do procedimento, a adoção de uma medida de natureza cautelar (CPC, art. 273, § 7º). A tutela provisória, seja ela satisfativa, seja cautelar, será substituída pela tutela definitiva. 
Vejamos quatro exemplos de tutela provisória: 
1 - num processo em que o pedido principal é o de que seja determinado o fornecimento de uma certidão negativa, o juiz ordena, de imediato, antes do proferimento da sentença, o fornecimento da certidão negativa (tutela provisória satisfativa – CPC, art. 461, § 3º);
2 – num processo em que o pedido principal é o de realização de um arresto (um processo cautelar, portanto), o juiz, antes da sentença, determina que o arresto seja realizado (tutela provisória cautelar – CPC, arts. 814/816);
3 - num processo de conhecimento (sem natureza cautelar, portanto) em que o autor pede que seja imposta ao réu a obrigação de lhe entregar determinada coisa, o juiz ordena, no curso do procedimento, o sequestro da coisa a ser futuramente entregue (tutela provisória cautelar – CPC, arts. 273, § 7º, e 822); e
4 - num processo em que o autor pede que seja imposta ao réu a obrigação de lhe pagar uma quantia em dinheiro, o juiz defere, no curso do procedimento, a adoção de uma medida de arresto (tutela provisória cautelar – CPC, arts. 273, § 7º, e 814/816). 
Assim, tal qual acontece com a tutela definitiva, a tutela provisória tanto pode ter natureza satisfativa como natureza cautelar.
Tutela antecipada – Quando a tutela provisória é do tipo que antecipa, total ou parcialmente, exatamente os mesmos efeitos da tutela definitiva, diz-se que se trata de uma tutela antecipada. Neste sentido estrito, a tutela antecipada é espécie de tutela provisória. Aquele que pretende obter uma tutela antecipada quer que, antes do momento em que será concedida a tutela definitiva, lhe seja dado acesso, total ou parcialmente, ao mesmo bem da vida que é objeto do pedido principal. Esta tutela, por ser provisória, será, depois, substituída, no mesmo processo, pela tutela definitiva. 
Muitos autores chegam a afirmar que tutela antecipada e tutela provisória são a mesma coisa. Quem assim pensa, usa a expressão tutela antecipada de forma mais abrangente. Neste ponto, vale considerar que somente pode ser antecipado o que foi pedido ao final. E como a tutela provisória pode ter natureza distinta da tutela definitiva (CPC, art. 273, § 7º), nos casos em que isto acontecer, não estará sendo concedida, no sentido estrito, uma tutela antecipada.
Para facilitar a fixação, vamos sacar, dos exemplos dados anteriormente, dois exemplos de tutela antecipada:
1 - num processo em que o pedido principalé o de que seja determinado o fornecimento de uma certidão negativa, o juiz ordena, de imediato, antes do proferimento da sentença, o fornecimento da certidão desejada (tutela antecipada satisfativa – CPC, art. 461, § 3º);
2 - num processo em que o pedido principal é o de realização de um arresto (um processo cautelar, portanto), o juiz, antes da sentença, determina que o arresto seja realizado (tutela antecipada cautelar – CPC, arts. 814/816).
A tutela antecipada, como espécie que é da tutela provisória, pode, obviamente, ter natureza satisfativa ou cautelar, a depender de a tutela definitiva que está sendo antecipada ser satisfativa ou ser cautelar.
Tutela satisfativa – Há tutela satisfativa quando o órgão julgador certifica a existência ou a inexistência de um direito (processo de conhecimento) ou efetiva um direito previamente certificado (processo de execução), bem como quando ele concede, provisoriamente, acesso ao bem da vida objeto da disputa (tutela antecipada em processo de conhecimento ou de execução).
Assim, tratando-se de processo de conhecimento ou de execução, a tutela definitiva tem natureza satisfativa. Assim como tem natureza satisfativa a tutela antecipada que vier a ser concedida em qualquer dos dois tipos de processo.
Percebam que o adjetivo satisfativa, ao qualificar a tutela, não indica que a pretensão deduzida pelo autor tenha sido satisfeita e que, portanto, o autor tem razão. Não. A satisfatividade está relacionada à apreciação, com resultado positivo ou negativo, do pleito formulado.
Dentre os exemplos dados anteriormente, alguns são claramente de tutela satisfativa:
1 - na sentença, o pedido é acolhido para que seja imposta ao réu a obrigação de pagar ao autor o valor que o autor entende que lhe é devido a título de indenização (tutela definitiva satisfativa – CPC, art. 269, I); 
2 – na sentença, o pedido formulado pelo autor é rejeitado (tutela definitiva satisfativa – CPC, art. 269, I); 
3 – por sentença, é indeferida liminarmente a petição inicial em razão da pronúncia de prescrição ou de decadência (tutela definitiva satisfativa – CPC, arts. 269, I, e 295, IV); e
4 - num processo em que o pedido principal é o de que seja determinado o fornecimento de uma certidão negativa, o juiz ordena, de imediato, antes do proferimento da sentença, o fornecimento da certidão desejada (tutela provisória satisfativa – CPC, art. 461, § 3º).
Tutela cautelar – Há tutela cautelar quando o órgão julgador adota uma providência para conservar determinada situação, resguardando-a dos efeitos maléficos do tempo, sem que, com isto, esteja permitindo o acesso ao bem da vida objeto da disputa. Por meio da tutela cautelar, assegura-se a conservação do direito afirmado, de modo a que, depois, a decisão por meio da qual vier a ser concedida a tutela satisfativa possa produzir todos os seus efeitos. 
O arresto e o sequestro (CPC, arts. 813/821 e 822/825) são exemplos bem evidentes de tutela cautelar. Observem que, no caso do arresto, o bem arrestado servirá para garantir o futuro cumprimento de uma obrigação de dar dinheiro. Com ele, o credor não tem acesso ao dinheiro. O mesmo ocorre com o sequestro: o seu objetivo é preservar a coisa a ser entregue. E mesmo que uma das partes fique como depositária do bem arrestado ou sequestrado, ela, na qualidade de depositária, estará atuando como auxiliar da justiça, e não como titular de direito sobre o bem.
Vamos agora identificar, dentre os exemplos anteriormente dados, aqueles em que há tutela cautelar:
1 - num processo em que o autor pede que seja imposta ao réu a obrigação de lhe pagar uma quantia em dinheiro (um processo de conhecimento, portanto), o juiz defere, no curso do procedimento, a adoção de uma medida de arresto (tutela provisória cautelar – CPC, arts. 273, § 7º, e 814/816);
2 - num processo de conhecimento (sem natureza cautelar, portanto) em que o autor pede que seja imposta ao réu a obrigação de lhe entregar determinada coisa, o juiz ordena, no curso do procedimento, o sequestro da coisa a ser futuramente entregue (tutela provisória cautelar – CPC, arts. 273, § 7º, e 822);
3 – num processo cautelar antecedente, é deferido, na sentença, o pedido formulado pelo autor, de adoção de medidas de arresto ou de sequestro (tutela definitiva cautelar – CPC, arts. 817 e 823); e
4 – num processo em que o pedido principal é o de realização de um arresto ou de um sequestro (um processo cautelar, portanto), o juiz, antes da sentença, determina que o arresto ou o sequestro seja realizado (tutela provisória cautelar – CPC, arts. 814/816 ).
Liminar – Uma decisão judicial qualquer – não importa se provisória ou definitiva, ou se cautelar ou satisfativa – será uma decisão liminar quando proferida no limiar, no início da instalação de um determinado quadro processual. Observem: não necessariamente no início do processo, mas no início de uma determinada fase ou mesmo de um certo momento processual. 
O vocábulo liminar, pois, está atrelado ao momento em que a decisão é proferida. Nesta linha, até uma sentença pode ser proferida liminarmente, se o caso for, por exemplo, de indeferimento da petição inicial (CPC, art. 295), de improcedência prima facie do pedido (CPC, art. 285-A) ou de rejeição liminar dos embargos opostos a uma execução fundada em título extrajudicial (CPC, art. 739). Do mesmo modo, o relator pode, liminarmente, converter o agravo por instrumento em agravo retido (CPC, art. 527, II, e seu parágrafo único). 
Comumente, na vida forense, há uma tendência, equivocada, para confundir tutela provisória com tutela liminar, como se fossem a mesma coisa. Não são. 
Basta lembrar que, como já vimos, há possibilidade de a tutela definitiva ser concedida liminarmente (ex.: por sentença, é indeferida liminarmente a petição inicial em razão da pronúncia de prescrição ou de decadência – CPC, arts. 269, I, e 295, IV). 
Ao lado disso, a tutela provisória pode ser concedida por meio de uma decisão proferida liminarmente ou não. É só imaginar que há situações em que o juiz resolve ouvir primeiro a parte contrária para somente depois decidir a respeito do pleito de concessão de uma tutela provisória. A decisão que ele proferir depois de apresentada a defesa será uma decisão por meio da qual ele concederá uma tutela provisória, mas não será uma decisão liminar. Porém, se o juiz conceder a tutela provisória sem sequer ouvir a parte contrária, estaremos diante de uma tutela provisória concedida liminarmente.
Nunciação de Obra Nova Art. 934. Compete esta ação: 
I - ao proprietário ou possuidor, a fim de impedir que a edificação de obra nova em imóvel vizinho Ihe prejudique o prédio, suas servidões ou fins a que é destinado; 
II - ao condômino, para impedir que o co-proprietário execute alguma obra com prejuízo ou alteração da coisa comum; 
III - ao Município, a fim de impedir que o particular construa em contravenção da lei, do regulamento ou de postura. 
Art. 935. Ao prejudicado também é lícito, se o caso for urgente, fazer o embargo extrajudicial, notificando verbalmente, perante duas testemunhas, o proprietário ou, em sua falta, o construtor, para não continuar a obra. 
Parágrafo único. Dentro de 3 (três) dias requererá o nunciante a ratificação em juízo, sob pena de cessar o efeito do embargo. 
Art. 936. Na petição inicial, elaborada com observância dos requisitos do art. 282, requererá o nunciante: 
I - o embargo para que fique suspensa a obra e se mande afinal reconstituir, modificar ou demolir o que estiver feito em seu detrimento; 
II - a cominação de pena para o caso de inobservância do preceito; 
III - a condenação em perdas e danos. 
Parágrafo único. Tratando-se de demolição, colheita, corte de madeiras, extração de minérios e obras semelhantes, pode incluir-se o pedido de apreensão e depósito dos materiais e produtos já retirados. 
Art. 937. É lícito ao juiz conceder o embargo liminarmente ou após justificação prévia. 
Art. 938. Deferido o embargo, o oficial de justiça, encarregado de seu cumprimento,lavrará auto circunstanciado, descrevendo o estado em que se encontra a obra; e, ato contínuo, intimará o construtor e os operários a que não continuem a obra sob pena de desobediência e citará o proprietário a contestar em 5 (cinco) dias a ação. 
Art. 939. Aplica-se a esta ação o disposto no art. 803. 
Art. 940. O nunciado poderá, a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição, requerer o prosseguimento da obra, desde que preste caução e demonstre prejuízo resultante da suspensão dela. 
§ 1º A caução será prestada no juízo de origem, embora a causa se encontre no tribunal. 
§ 2º Em nenhuma hipótese terá lugar o prosseguimento, tratando-se de obra nova levantada contra determinação de regulamentos administrativos.
1 – Tutela de urgência 
Nos termos do art. 276 do relatório final no novo CPC, a tutela de urgência será deferida quando forem demonstrados elementos que evidenciem a plausibilidade do direito, bem como o risco de dano irreparável ou de difícil reparação. O parágrafo único do referido artigo acentua que, na concessão liminar da tutela de urgência, o juiz poderá exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que o requerido possa vir a sofrer, ressalvada a impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente.
Assim, enquanto o art. 273 do atual CPC exige prova inequívoca e verossimilhanças das alegações, o novel dispositivo exige apenas a comprovação da plausibilidade do direito, atenuando em parte os requisitos para o deferimento da tutela antecipada de urgência. Já no que se refere ao requisito do dano irreparável ou de difícil reparação, a redação do novo CPC manteve inalterada a previsão do art. 273, I, do CPC atual.
Importante deixar consignado que o art. 284 do projeto original do novo CPC (art. 277 das alterações apresentadas no relatório-geral do Senador Valter Pereira) prevê a possibilidade, em casos excepcionais ou expressamente autorizados por lei, de o juiz conceder as medidas de urgência de ofício.
Embora tal alteração seja uma evolução no sistema processual brasileiro, não se pode olvidar que o art. 797 do CPC atual já prevê a concessão, sem oitiva das partes, em hipóteses excepcionais, de medidas de natureza cautelar.
2 – Tutela de evidência 
Conforme o art. 278 do relatório final no novo CPC, a tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de risco de dano irreparável ou de difícil reparação, quando, alternativamente:
a) ficar caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do requerido;
b) um ou mais dos pedidos cumulados ou parcela deles mostrar-se incontroverso, caso em que a solução será definitiva;
c) a inicial for instruída com prova documental irrefutável do direito alegado pelo autor a que o réu não oponha prova inequívoca; ou
d) a matéria for unicamente de direito e houver tese firmada em julgamento de recursos repetitivos, em incidente de resolução de demandas repetitivas ou em súmula vinculante.
O parágrafo único do referido dispositivo dispõe, por sua vez, que independerá igualmente de prévia comprovação de risco de dano a ordem liminar, sob cominação de multa diária, de entrega do objeto custodiado, sempre que o autor fundar seu pedido reipersecutório em prova documental adequada do depósito legal ou convencional.
A doutrina de Marinoni faz severas críticas à redação do caput do dispositivo, sugerindo como melhor alternativa uma previsão geral da tutela de evidência, seguida de um rol exemplificativo, de modo a facilitar a sua aplicação pelo juiz no caso concreto. Ademais, o autor também sugere a possibilidade da concessão da referida tutela com base em firme precedente nos tribunais superiores no sentido do pedido, o que facilitaria sobremaneira a celeridade e a instrumentalidade processual
3- Procedimento 
O procedimento das tutelas de urgência está previsto nos arts. 279 a 286 da redação final do novo CPC determina que a petição inicial da medida de urgência indicará a lide, seu fundamento e a exposição sumária do direito ameaçado e do receio de lesão.
O requerido será citado para, no prazo de cinco dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir. Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo requerente presumir-se-ão aceitos pelo requerido como verdadeiros, caso em que o juiz decidirá dentro de cinco dias. Contestada a medida no prazo legal, o juiz designará audiência de instrução e julgamento, caso haja prova a ser nela produzida.
Concedida a medida em caráter liminar e não havendo impugnação, após sua efetivação integral, o juiz extinguirá o processo, conservando a sua eficácia. Impugnada a medida liminar, o pedido principal deverá ser apresentado pelo requerente no prazo de trinta dias ou em outro prazo que o juiz fixar.
Frise-se que as medidas conservam a sua eficácia na pendência do processo em que esteja veiculado o pedido principal, mas podem, a qualquer tempo, ser revogadas ou modificadas, em decisão fundamentada, exceto quando um ou mais dos pedidos cumulados ou parcela deles mostrar-se incontroverso, caso em que a solução será definitiva. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da medida, é vedado à parte repetir o pedido, salvo sob novo fundamento.
A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revogar, proferida em ação ajuizada por uma das partes.
O indeferimento da medida não obsta a que a parte deduza o pedido principal, nem influi no julgamento deste, salvo se o motivo do indeferimento for a declaração de decadência ou de prescrição.
Por fim, a lei ressalva que se aplicam às medidas concedidas incidentalmente as disposições relativas às requeridas em caráter antecedente, no que couber.
4- Conclusão: 
O novo Código de Processo Civil, que recebeu recente aprovação pelo Senado Federal e deverá entrar em vigor a partir do próximo ano, trouxe profundas alterações no tocante às tutelas de urgência e de evidência, aproximando-se do direito alemão e buscando, sobretudo, atingir a efetividade e a celeridade da prestação jurisdicional.
Nesse sentido, a antiga diferenciação entre tutela antecipada e medida cautelar, prevista no atual CPC, cede lugar à previsão das tutelas de urgência e de evidência, que podem ser requeridas de forma preparatória ou incidental, e inclusive deferidas de ofício pelo juiz, em casos excepcionais e previstos expressamente em lei.
Caberá à doutrina e à jurisprudência, com a entrada em vigor do novo diploma processual civil, sanar eventuais incorreções e controvérsias na aplicação da lei processual. Do contrário, o que se verá é um incontável número de recursos, sobrecarregando os Tribunais e colocando por terra os objetivos almejados pelo legislador.
A ação monitória 
Destina-se à constituição de título executivo e, se for o caso, à sua posterior execução.
Compete a quem pretenda, com base em prova escrita, mas sem eficácia de título executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou de bem móvel determinado (art. 1.102.a).
A Lei não exige que a prova escrita seja documento firmado pelo devedor.
Além de documentos emanados do devedor (vales, cartas, etc), constituem prova escrita, para os fins do art. 1.102, os provenientes de terceiros (guias de internação em hospitais para fins de cobrança de honorários médicos, extratos contábeis regulares, requisições de exames laboratoriais ou serviços protéticos, etc). Também títulos de crédito prescritos ou imperfeitos, saques automáticos, documentos comprobatórios de consumo de água, luz e serviço telefônico, prova emprestada de outro processo, acordos não homologados, sentença declaratória de existência de dívida, etc.
Segundo Paulo Eduardo Campanella Eugênio, o escrito deve traduzir, não certeza da existência do direito alegado, mas razoável grau de probabilidade de sua existência, entendendo-se como razoavelmente provada a alegação, quando, em ação de conhecimento, simples negativa do réu não bastaria para julgamentode improcedência (A certeza do crédito e a causa de pedir na ação monitória. Revista de Processo, São Paulo, 112: 33-42, out-dez/2003.
Não cabe ação monitória, por falta de interesse, existindo título executivo que autorize desde logo a execução (João Batista Lopes).
Pergunta-se: a causa de pedir, na ação monitória, é o documento apresentado pela parte ou a relação jurídica cuja existência ele comprova? Informa Paulo Eduardo Campanella Eugênio que se formaram, a respeito do tema, duas correntes, contrárias e cheias de poderesos argumentos. Há os que afirmam prescindível a indicação da origem do crédito, constituída a causa de pedir unicamente pelo título monitório. Há os que afirmam a obrigatoriedade de se indicar o fato do qual emana o direito alegado. Posiciona-se ele no sentido da indispensabilidade da indicação da relação jurídica subjacente, sob pena de inépcia da inicial, com ressalva, porém, da ação monitória fundada em cheque prescrito, enquanto não decorrido o prazo para o exercício da ação de locupletamento (Revista de Processo, São Paulo, 112: 33-42, out-dez/2003).
Obrigações de fazer e de não fazer estão fora do âmbito da ação monitória. Também não cabe essa ação, se o credor não pede o pagamento de quantia certa em dinheiro.
Recebendo a inicial, o juiz determina a expedição de mandado de pagamento de soma determinada em dinheiro ou de entrega da coisa no prazo de quinze dias (art. 1.102.b).
Quanto à forma da citação, há divergência. Vicente Greco Filho admite seja feita segundo a regra geral, ou seja, pelo correio (CPC, art. 222) ; Elaine Harzhein Macedo exige citação pessoal (art. 222, d, por analogia) .
Cabe a citação por edital em ação monitória (Súmula 282 do STJ).
A decisão que recebe a inicial, deferindo a expedição do mandado monitório, é irrecorrível (Nelson Nery [) por falta de interesse, dada a previsão dos embargos, como meio de defesa do citado. Contra, sustentando o cabimento de agravo: Carreira Alvin , mas equivocadamente, porque o conteúdo decisório contido no despacho que ordena a citação em ação monitória não é essencialmente diverso do lançado em outras ações.
Citado o réu, desenham-se três cenários:
O réu cumpre o mandado monitório, caso em que fica isento do pagamento de custas e honorários advocatícios (art. 1.102.c, § 1º).
O réu oferece embargos, que são então processados nos próprios autos, segundo o rito ordinário (art. 1.102.c, § 2º). A rejeição dos embargos implica a constituição de título executivo judicial, intimando-se, então o devedor, para a execução. O devedor é intimado para, no prazo de 24 horas, pagar ou nomear bens à penhora (art. 652) ou para entregar a coisa, no prazo de dez dias (art. 621).
O réu não paga nem embarga, o que implica, de pleno direito, a constituição de título executivo judicial, convertendo-se o mandado inicial em mandado executivo (art. 1.102.c).
Sem dúvida, há coisa julgada material, se acolhidos ou rejeitados os embargos, com a prolação de sentença de mérito. Há divergência, porém, quanto à produção de coisa julgada, nos casos em que se constitui de pleno direito o título judicial, por não oferecidos embargos, ou de serem eles desacolhidos, sem a prolação de sentença de mérito (art. 1.102.c). Nesses casos, segundo Cruz e Tucci, pode o devedor embargar a execução, suscitando, além das matérias previstas no artigo 741, qualquer outra que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento  . Essa é também a lição de Ada Grinover  . Vicente Greco Filho, porém, afirma aplicar-se ao caso o artigo 474 do CPC, que dispõe sobre a eficácia preclusiva da sentença, motivo por que eventuais embargos do devedor somente poderão versar sobre as matérias do artigo 741 do CPC. Invoca dois fortes argumentos: 1 – A lei é clara no sentido de que o título executivo constituído decorrente da omissão do réu é judicial, motivo porque os embargos opostos atacam execução fundada em sentença, e não em título executivo extrajudicial. A diferença quanto à impugnabilidade de títulos constituídos em processo com contraditório efetivo ou contraditório ficto é própria dos países que adotam a figura do processo contumacial; não é o caso do Brasil, em que os motivos de impugnação do título são os mesmos, tenha ou não havido contraditório efetivo, bastando que ao réu se tenha dado oportunidade para se defender  .
Nessa linha de entendimento, decidiu o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul: Não opostos oportunamente os embargos ao mandado monitório, os que eventualmente sejam ofertados à execução que em seqüência se desenvolve tem os limites do art. 741 do CPC .
Cabe agravo da decisão que rejeita liminarmente os embargos que, no caso, constituem defesa, e não ação (Nelson Nery ).
Nesse sentido decidiu o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. A rejeição liminar dos embargos à ação monitória deve ser tratada como decisão interlocutória, reclamando, em conseqüência, agravo de instrumento .
Cabe apelação da sentença que acolhe os embargos. E da sentença que os rejeita? A dúvida decorre da circunstância de que, nesse caso, o processo não se extingue, mas prossegue com a execução. Esta não constitui novo processo, tanto que a Lei determina a intimação, e não a citação, do devedor. Tem-se, contudo, admitido apelação, com efeito suspensivo .
Procedimentos especiais 
Nessa fase introdutória cumpre explanar que o atual CPC, em matéria de processo de conhecimento, um procedimento ordinário (Livro I, Título VIII), um procedimento sumário (Livro, I, Título VII, Capítulo III) e vários procedimentos especiais (Livro IV, Título I) e, ainda em legislação esparsa.
É precioso logo de prima vicejar em doutrina e nas leis, os conceitos de ação, processo, procedimento e jurisdição. 
Ação é direito subjetivo público de obter do Estado por meio do juiz ou de que lhe faça às vezes (como o árbitro conforme os termos da Lei 9.307/96) em resposta à pretensão regularmente formulada.
Confirma-se ainda ação como direito autônomo e abstrato, e como direito de obter a resposta à pretensão formulada, desde que estejam totalmente preenchidos todos os pressupostos de admissibilidade do julgamento do mérito (além de todas as condições de ação, e os pressupostos processuais de existência e de validade da relação jurídica processual).
Além de estarem devidamente ausentes os chamados pressupostos processuais negativos (coisa julgada, litispendência e convenção de arbitragem).
Portanto, sendo patente a presença desses todos os requisitos, o juiz reconhece, por meio da sentença (art. 269 do CPC) o direito de ação do litigante, oferecendo-lhe resposta à pretensão de direito material formulada, que poderá ser positiva, nos casos de ser procedente o pedido, ou será negativa, nos casos de improcedência.
Também se forem ausentes os referidos pressupostos processuais, o juiz também por meio da sentença (art. 267 do CPC) não conhece o direito de ação do litigante, deixando de dar resposta ao pedido formulado, extinguindo-lhe o feito sem apreciação ou resolução do mérito.
Já processo é instrumento da ação, é o veículo pelo qual o Estado/Juiz exerce jurisdição (esse poder/dever de dizer o direito ao caso concreto de forma definitiva). O processo propicia ao autor o direito de ação e, ao réu o direito de defesa (contraditório) e, ainda mesmo o direito de ação (reconvenção), caso o procedimento permita.
Finalmente o procedimento nada mais é que a face extrínseca do processo, é seu ritmo, é a forma de como são produzidos os atos processuais são encadeados até a prolação da sentença.
Quando enfim, o feito é extinto seja sem resolução do mérito (por ser ausente o juízo de admissibilidade) ou com resolução com mérito. 
No procedimento são fixadas as regras relativas às prazos, modos e publicações para que as partes, o juiz e os auxiliares da justiça pratiquem os atos processuais tendentes a conduzir a procura da boa justiça e da paz social, o processo até o fim.
Em face da celeridade empreendida no procedimento sumário, a contestação do réu pode serescrita ou oral (mas será reduzida a termo) na ata de audiência (conforme nos informa o art. 278 do CPC). No procedimento sumaríssimo, a sentença pode dispensar o relatório conforme nos informa o art. 38 da Lei 9.099/95.
Tecnicamente, o processo é o mesmo (processo de conhecimento ou cognição) mas o modo e o tempo para realização dos atos processuais (tais como contestação, audiência e sentença) são distintos.
De acordo com a natureza da prestação jurisdicional desejada, e do direito material a ser aplicado, o processo de jurisdição contenciosa pode ser classificado em processo de conhecimento, de execução ou cautelar.
O processo de conhecimento é onde se dá o acertamento, a declaração de direitos pondo fim ao estado de dúvida jurídica capaz de prejudicar o direito material em litígio. É um processo caracterizado pela sentença de mérito onde o juiz afirma o direito às partes, apontando para quem tem razão em face do pedido jurisdicionado.
Poderá a sentença somente declarar a existência ou inexistência de uma relação jurídica, sendo assim chamada de sentença declaratória. A princípio, todas as sentenças são declaratórias.
Há também a sentença constitutiva, a desconstitutiva ou constitutiva negativa se esta objetivar a criar, modificar ou extinguir uma relação jurídica, alterando um status dos litigantes.
Todavia, se a sentença impõe sanção a quem viola norma jurídica, e que constitui ilícito, diz que é condenatória, podendo ser executiva quando decreta, por exemplo, despejo ou reintegração de posse.
Pode ainda a sentença ser mandamental por exprimir um mando ou ordem, como verbi gratia, a reintegração de um funcionário ao cargo através de um mandado de segurança.
Variando essas sentenças na forma que impõe a sanção, sendo todas condenatórias em verdade. O processo de execução é veículo que o Estado representado pelo juiz para impor coerção sobre o patrimônio alheiro, obrigando o violador (nesse caso, o devedor) de um direito a cumprir um comando contido na sentença condenatória, ou em título que contenha igual expressão (art. 584, 585 do CPC).
É notório que o viés caracterizante do processo cautelar é subsidiário além de servir de garantia auxiliar para os outros tipos de processo (o de conhecimento e o executivo). Pode objetivar proteger provas, bens, pessoas tendo em vista futuro ou incidental processo de conhecimento ou execução.
Visa garantir a eficácia de outro processo sendo dotado de dupla instrumentalidade. É o caso do arresto de bens (arts. 813 e seguintes do CPC), da produção antecipada de provas (art. 846 do CPC).
Todo mecanismo processual nos ensina Humberto Theodoro Junior nasceu e se aperfeiçou em função da necessidade de se eliminar do seio social, os conflitos jurídicos que são os conteúdos dos litígios.
O objeto visado pela prestação jurisdicional é, então, o direito subjetivo dos litigantes em nível material. O processo não pode ignorar as exigências da realidade de origem substancial, devendo promover o ajuste necessário e coerente da forma à substância.
Anota José Alberto dos Reis apud Theodoro Junior sobre a criação de procedimentos especiais, que obedece ao pensamento de ajustar a forma ao objeto da ação estabelecendo, correspondência harmônica entre os trâmites processuais e a configuração do direito material que se pretende fazer reconhecer ou efetivar. 
É a fisionomia especial do direito postulado que decreta a forma especial do processo.
Restam positivados em nosso direito processual os procedimentos especiais também nas leis extravagantes (mandado de segurança, ação popular, busca e apreensão de bem gravado por alienação fiduciária, execução fiscal e, etc.).
Os procedimentos especiais de jurisdição contenciosa são, a saber:
a) ação de consignação em pagamento ( arts. 890 – 900 do CPC);
b) ação de depósito ( arts. 901/906 do CPC);
c) ação de anulação e substituição de títulos ao portador ( arts. 907-913 do CPC);
d) ação de prestação de contas ( arts 914 – 919 do CPC);
e) ações possessórias (arts. 920 – 933 do CPC);
f) ação de nunciação de obra nova (art. 934 – 940 do CPC);
g) ação de usucapião de terras particulares (arts. 941-945 do CPC);
h) ação de divisão e demarcação de terras particulares (art. 946-981 do CPC);
i) inventário e partilha ( arts. 982 e 1.045 do CPC);
j) embargos de terceiro (art. 1.046 – 1.054 do CPC);
l) habilitação (arts 1.055 – 1.062 do CPC);
m) vendas a crédito com reserva de domínio ( arts. 1.070-1.071 do CPC);
n) arbitragem (Lei 9.307/96);
o) ação monitória (arts. 1102 a - 1102 c do CPC).
 
Além da escorreita adequação do procedimento à pretensão dos litigantes inspiram-se os procedimentos especiais os seguintes objetivos:
a) simplificação e agilização dos trâmites processuais, por meio de expedientes como o de redução de prazos e de eliminação de atos processuais desnecessários e redundantes;
b) delimitação do tema que se pode deduzir na inicial e na contestação;
c) explicitação dos requisitos materiais e processuais para que o procedimento especial seja eficazmente utilizado;
Resta também anulada ou pelo menos mitigada a clássica dicotomia entre ação de cognição e ação de execução. Pois numa única relação jurídica processual se permitem atividades de declaração de direito e de sua execução, que se realizam desde logo, tornando desnecessária a actio iudicati em processo autônomo posterior.
Desenvolvem-se um método compor lides tanto com o direito como com a força. Opera um acertamento com preponderante função executiva. 
As ações executivas lato sensu com sua peculiar tônica fazem identificar que os procedimentos especiais não são meros apêndices do processo de conhecimento ou cognição.
Neste procedimento mesclam-se as funções de declaração e realização do direito. Aliás, as recentes reformas do CPC pátrio vêm pouco a pouco derrubando as demarcações clássicas entre processo de conhecimento e processo de execução.
Cumpre aduzir que não é fatal o erro na escolha do procedimento pelo autor. Ademais, o art. 250 CPC dispõe que “compete ao juiz adequar a forma ao pedido”, corrigindo eventual erro do litigante e, dispensando apenas atos incompatíveis com procedimento necessário.
Entende a doutrina que ao juiz cabe o dever de “determinar a conversão quando possível” e, no mesmo sentido advoga a jurisprudência dominante que não vê na erronia de procedimento uma inapelável invalidade do processo. Aproveitando-se os atos já praticados já que úteis.
Muitas vezes o rito especial tem por fim apenas abreviar a solução do litígio pois a adoção do rito ordinário, em caráter de substituição facultativa, pois não é vedada às partes mesmo porque a ampliação do debate processual não lhes causará prejuízo algum.
Donde conclui-se que para nosso ordenamento jurídico, o procedimento especial salvo hipóteses especialíssimas, não é imposição absoluta.
Naturalmente, quando o procedimento especial corresponder aos atos imprescindíveis ao processamento lógico da pretensão, essa substituição não será admissível. 
É o caso da ação de divisão e demarcação, inventário e partilha onde o rito ordinário torna-se naturalmente inadequado.
Assim em razão da pretensão deduzida excepcionalmente o processo pode mudar o modo de se formar e de se desenvolver. Embora a lei preveja o procedimento especial, esta pode ser deduzida no procedimento ordinário.
É o caso dos pedidos de proteção possessória, cuja liminar informa a especialidade do procedimento, pode ser dispensada. Porém, existem pretensões que somente são dedutíveis no procedimento especial é o caso da consignação em pagamento, da divisão e demarcação de terras, do inventário e partilha, embargo de terceiro, habilitação de crédito em falência, restauração de autos, mandado de segurança e ação popular.
A Constituição Federal Brasileira de 1988 reservou à União competência exclusiva para legislar sobre direito processual (art. 22, I) e também estabeleceu competência concorrente desta com os Estados-membros para fazê-lo sobre os procedimentos (art. 24, IX).
Faz mister distinguir de formanítida os dois tipos de jurisdição e, a doutrina majoritária considera que a jurisdição contenciosa tem como objetivo a aplicação da lei material a fim de eliminar, o conflito de interesses.
O legislador cuidou da jurisdição contenciosa nos três primeiros livros. E, apesar de eleger os casos específicos de cada tipo de jurisdição não o faz com intuito de esgotar o tema, mas apenas traz a baila situações mais comuns em que os dois tipos de jurisdição atuam, de sorte que é possível ver outras situações que irão se enquadrar ora num tipo e ora em outro caso, e que não estão ali tipicificadas e elencadas.
Há também na jurisdição voluntária processo e ação, e,  também jurisdição certamente. É certo porém que predomina a atividade de cooperação entre o Estado e os particulares para solução do conflito de interesses que não chega a caracterizar-se como um litígio tal como temos na jurisdição contenciosa.
Ademais os atos da jurisdição voluntária não são típicos de atividade jurisdicional, são mais afetos à função executiva. Usam a simples aquisições, extinções ou transmissões de direitos.
Pode-se até qualificá-los como atos administrativos mas não se confundem com os atos típicos administrativos. Através da jurisdição voluntária ou graciosa o Estado interfere na administração da esfera privada a fim de que os particulares possam realizar seus objetivos.
A atividade do magistrado incide sobre direitos que já estão pré-constituídos, de modo que não há decisão sobre o mérito em si das questões trazidas, mas mero controle ou acertamento de atos que se deseja realizar.
Na verdade, o Estado-juiz atua não no sentido de resolver lides, mas de chancelá-los. Mas na jurisdição voluntária justifica-se a intervenção do Estado de direito munido da finalidade de bem-comum e da segurança jurídica.
Ressalte-se que a atividade de jurisdição voluntária não se realiza apenas no Poder Judiciário, mas também perante a autoridade administrativa, como por exemplo, as atividades realizadas perante o tabelião para reconhecimento de firmas, autenticação de cópias, tradutor público, juiz de paz entre outros. Até o MP administra interesses privados quando aprova estatutos de uma fundação.
Embora seja de cooperação, não é menos correto identificar a jurisdição voluntária no âmbito efetivamente jurisdicional. A expressão “voluntária” é usada em sentido impróprio. O processo aqui se revela em ser modo pelo qual o Estado exerce soberania estatal realizando a pacificação social e garantindo a segurança jurídica nas relações.
É antes de tudo instrumento político para cumprir o direito de ação assegurado constitucionalmente no art. 5º, XXXV da CF e que não admite qualquer expediente que resulte em sua limitação ou dificuldade de exercício.
Em doutrina há três categorias de atos da jurisdição voluntária: os meramente receptivos, onde o juiz simplesmente recebe, alguma coisa, dando publicidade (art. 1.877 CC); os simplesmente certificantes em que o juiz autentica alguma coisa (art. 1.878 do CC) e os pronunciamentos ditos, relativos aos procedimentos de jurisdição voluntária (ex: homologação de divórcio consensual, para tanto vide também a Lei 11.441/2007).Grifo meu.
Cuidou o legislador de estabelecer dois diferentes tipos de procedimentos (um destinado ao contencioso e o outro ao voluntário).
A técnica utilizada pelo legislador pode ser assim resumida:
a) criação de atos para adequar o rito;
b) simplificação e agilização dos trâmites;
c) delimitação do tema a contestar;
d) explicitação dos requisitos materiais e processuais;
e) superação da dicotomia entre ação de cognição e execução, pois numa única relação podem conviver;
f) aplicação subsidiária do procedimento ordinário (que é o padrão).
Alexandre Freitas Câmara alega que não há qualquer liberdade de escolha do procedimento sendo as normas que determinam sua utilização de ordem pública, e portanto, totalmente cogentes.
Não se pode, por exemplo, optar pelo procedimento comum em detrimento do especial. Há apenas uma exceção a esta regra: o procedimento monitório cuja utilização é opcional. (vide TJRJ, ap. Cível 18359, julg. 22/09/81).
Serão os procedimentos especiais considerados como processo de conhecimento? Afirmam negativamente alguns doutrinadores, pelo menos em alguns dos procedimentos especiais, onde existe uma atividade cognitiva e executiva num só processo.
Afirma Alexandre Freitas Câmara que nos procedimentos especiais são manifestações extrínsecas de processos cognitivos. Predomina, na maioria das vezes a atividade cognitiva.
Consignamos algumas peculiaridades comuns aos procedimentos especiais, que passamos a arrolar:
- a alteração de prazos, sendo possível prazo maior que havido no procedimento ordinário (como na ação de demarcação de terras onde o prazo para resposta do demandado é de vinte dias e, por vezes, menor como é o caso da ação de depósito onde o prazo para a resposta pe de cinco dias);
- também se percebe alteração das regras atinentes à legitimidade e à iniciativa das partes, como ocorre nas ações de usucapião onde são citados todos os proprietários confrontantes com o usucapiendo, ou no inventário e partilha sendo procedimento que pode até ser instaurado de ofício pelo juiz;
- a constatação das chamadas “ações dúplices” onde as partes assumem reciprocamente as posições de demandante (autor) e demandado (réu), o que permite ao réu formular juntamente com a contestação seu pedido sem a necessidade de reconvenção. Isto se dá  com as ações de divisão de terras, e nas ações possessórias, na ação de prestação de contas e mesmo na ação consignatória em pagamento.
O CPC brasileiro alinhou dois procedimentos distintos, regulando-se ainda uma terceira espécie de procedimento previsto na Lei 9.099/95(sumaríssimo) nos Juizados Especiais Cíveis.
Disciplina então, o procedimento comum que possui as espécies:  ordinário e o sumário, e o procedimento especial. O procedimento quanto mais burocratizado for, admitindo a prática de vários atos, mais será complexo o processo, impingindo uma tardança ou demora na efetiva entrega da prestação jurisdicional.
Ao revés, quanto menor a complexidade do procedimento, mais célere será. É claro que o procedimento comum ordinário revela-se em ser o mais completo dentre todos os procedimentos previstos.
Repisando que o procedimento sumário por ser mais simplificado veda a prática de certos atos processuais (como reconvenção, intervenção de terceiro), impondo a sintetização de atos processuais (um bom exemplo é a AIJ) e, a audiência de tentativa de conciliação (art. 277 do CPC) é voltada para prática de múltiplos atos processuais.
Mais enxuto ainda é o procedimento sumaríssimo (incompatível até com produção de provas de certa complexidade) e, baseado em princípios fundamentais esculpidos pelo art. 2º da Lei 9.099/95, ressaltando-se os princípios da celeridade, da informalidade, da concentração de atos processuais e da oralidade.
O procedimento especial refere-se ao disciplinamento da prática de atos processuais em algumas ações específicas, sem a necessária observância das regras do procedimento comum.
O legislador separou as ações de procedimento especial em dois grupos: o primeiro para ações caracterizadas pela litigiosidade, onde há partes antagônicas, sentença tipicamente de mérito.
E o segundo compartimento voltado para ações da jurisdição voluntária marcadas pela presença de requerentes, ou interessados, a prolação de sentença meramente homologatória, laborando somente coisa julgada formal. Sem ter como traço caracterizante o de pôr fim ao feito com julgamento de mérito.
Não obstante a referida divisão observamos algumas ações que apesar de inseridas nos procedimentos de jurisdição contenciosa são típicos procedimentos de jurisdição voluntária, destacando-se o inventário e partilha.
O parágrafo único do art. 272 do CPC informa da aplicação subsidiária das regras do procedimento comum ordinário seja no procedimento sumário ou, mesmo, no procedimento especial. 
É visto que o procedimento maior é o comum e,é visto como procedimento geral. E a referida aplicação subsidiária nos casos de:
a) houver omissão legislativa no reger de procedimentos especiais;
b) a aplicação não afrontar a essência das normas de procedimento especial
Misael Montenegro Filho aponta, por exemplo, que apesar  da omissão legislativa quanto a tutela antecipada, é perfeitamente possível o deferimento da medida de urgência nas ações de rito especial, como é o caso, das possessórias.
Também alguns atos do procedimento ordinário podem ser importados para a dinâmica do procedimento especial. 
Os procedimentos especiais diferenciam-se do ordinário com maior ou menor intensidade, sendo bastante freqüente que em alguns deles aquele rito passe a vigorar a partir de um determinado momento, até o provimento final.
Assim há procedimentos especiais diferenciados do ordinário apenas pelo acréscimo de um ato inicial (como ocorre nas ações possessórias de força nova), outros são inicialmente especiais, mas conversíveis ao ordinário (v.g. ação de reintegração de posse de bem alienado com reserva de domínio), alguns inicialmente especiais mas conversíveis ao rito das ações cautelares ( v.g. ação de nunciação de obra nova) e, outros, finalmente, irredutivelmente especiais (v.g. inventário). Marcato, Antonio Carlos apud Misael Montenegro Filho.
Desde que a lei não preveja para determinada ação em rito especial um prazo específico de contestação, haverá de prevalecer o ordinário, ou seja, de quinze dias. Da mesma forma, se aplica aos procedimentos especiais o sistema recursal comum, desde que não haja previsão em sentido contrário.
Procedimento cautelar
O legislador regulou o procedimento da ação cautelar nos arts. 801 e seguintes do Código de Processo Civil. No entanto, para algumas medidas cautelares, introduziu alterações que levam em consideração a natureza da medida pleiteada.
Processo cautelar
O legislador regulou o procedimento da ação cautelar nos arts. 801 e seguintes do Código de Processo Civil. No entanto, para algumas medidas cautelares, introduziu alterações que levam em consideração a natureza da medida pleiteada. 
Como qualquer outra ação, o exercício do direito se faz através de um ato denominado petição inicial. Com ela se instaura a relação jurídica processual entre o requerente e o Estado, que irá se completar com a citação do requerido. 
No caso da ação cautelar, a petição inicial deve atender os requisitos previstos no art. 801 do Código de Processo Civil, além do pedido de citação do requerido e do valor da causa. 
O primeiro dos requisitos é a indicação da autoridade judiciária a que for dirigida. Lembre-se que as medidas cautelares, quando incidentais - isto é, requeridas quando já existe o processo principal cuja eficácia visa proteger -, são requeridas ao juiz da ação principal; quando preparatórias - isto é, requeridas antes da existência do processo principal que ela visa proteger -, são requeridas ao juiz competente para a ação principal (CPC, art. 800). Assim, se a medida cautelar é incidental, a petição inicial deve indicar o juízo onde tramita a ação principal, distribuindo-se a ele, por dependência, a cautelar. Se for preparatória, e existirem vários Juízos competentes no mesmo foro, ela será distribuída a um deles, prevenindo a competência do mesmo para a ação principal. Nesse caso, é a ação principal que será distribuída, por dependência, ao juízo onde tramita ou tramitou a ação cautelar. 
Também não se deve olvidar que se a medida cautelar objetivar proteger o processo de uma ação de competência originária dos tribunais - uma ação rescisória, por exemplo -, deve indicar o Tribunal e o órgão julgador - Câmara, Grupo, Turma etc, - onde tramita a ação principal, ou apenas o tribunal competente para onde será dirigida a ação principal. 
Nas ações que não são de competência originária dos tribunais, nas quais já foram proferidas sentenças e interpostos recursos, também a ação cautelar deverá ser interposta diretamente ao tribunal competente para o julgamento do recurso interposto (CPC, art. 800, § único.). 
O segundo requisito é a identificação das partes - requerente e requerido. Essa identificação se faz com a indicação do nome, estado civil, profissão e residência de ambos. É importante lembrar que somente aquele que tiver legitimidade para ajuizar a ação principal, e aquele em relação ao qual ela é ajuizada, ou, em outras palavras, aqueles que são partes legítimas para a ação principal é que poderão figurar como partes na ação cautelar. Afinal, se a sentença a ser proferida na ação principal somente poderá beneficiar ou prejudicar as partes daquele processo (CPC, art. 472), somente elas é que podem ser prejudicadas pelos danos decorrentes da demora da tutela nele buscada, e, em conseqüência, somente elas é que têm legitimidade para figurar no pólo ativo e passivo da relação processual da ação cautelar. 
Exige-se, também, a indicação da lide e seu fundamento. Aqui há uma imprecisão, pois os fundamentos não são propriamente da lide - pretensão resistida - mas da ação que visa compô-la. E, melhor seria se o dispositivo aludisse à lide principal, pois a exigência é exatamente da indicação da lide principal, bem como dos fundamentos a serem indicados na ação que visa compô-la. Tal requisito destina-se a permitir ao juiz analisar o fumus boni iuris, que, para alguns é a plausibilidade do direito e para outros é a presença das condições da ação principal. Obviamente, se se tratar de cautelar incidental, desnecessária essa indicação, pois o exame desse requisito será feito pelo exame da petição inicial da ação principal. 
Também deve, a petição inicial, conter a exposição sumária do direito ameaçado e o receio da lesão. Aqui se situa mais um requisito da ação cautelar - o periculum in mora. Deve se indicar os elementos utilizados para se chegar à conclusão positiva do juízo de probabilidade da ineficácia da tutela principal em razão do tempo do processo. Se se pretender obter a cautelar liminarmente, deve-se indicar as razões que levaram à conclusão da ineficácia da cautelar, se dela tomar conhecimento o requerido antes de sua concessão. 
Havendo outras provas a serem produzidas, a petição inicial deve indicá-las. Também deve conter o pedido de citação do requerido e a indicação do valor, pois a toda causa deve ser atribuído um valor (CPC, art. 258). 
A petição inicial deverá, também, estar instruída com os documentos essenciais e fundamentais. 
Ao examinar a petição inicial, se o juiz constatar que ela não preenche os requisitos exigidos na lei, ou que apresenta defeitos ou irregularidades capazes de dificultar o julgamento do mérito - o exame do fumus boni iuris e o periculum in mora -, deverá determinar que o requerente a emende ou a complete no prazo de 10 (dez) dias (CPC, art. 284). Se o requerente não atender a determinação, a petição inicial será indeferida (CPC, art. 284, § único), ato que se qualifica como sentença, pois põe fim ao processo da ação cautelar, impugnável através de apelação (CPC, art. 513). 
Se a petição inicial estiver em ordem e houver pedido de concessão liminar da medida cautelar, ou após justificação prévia, o juiz, aferindo em cognição não aprofundada a possibilidade do acolhimento, ao final, da pretensão cautelar, e o risco de ineficácia da providência, se concedida após a citação do réu, deferirá a medida ou designará justificação prévia. Esta justificação somente é necessária se, para aferir a necessidade de sua concessão liminar, alguns fatos tiverem de ser demonstrado por testemunhas. Lembra-se que os testemunhos colhidos na justificação prévia não podem, depois, serem utilizados para a sentença final, como elementos únicos, porque colhidos sem o amparo do contraditório. 
Ao conceder a medida cautelar liminarmente, ou após justificação prévia, o juiz poderá exigir do requerente uma contra-cautela consistente em caução, real ou fidejussória, para garantir a indenização dos danos que a execução da cautelar ocasionar ao requerido. Entende-se tal possibilidade porquea medida, que pode ocasionar danos, está sendo concedida sem ouvir o requerido (CPC, art. 804). 
A citação do requerido será feita por qualquer das formas previstas nos arts. 213 e seguintes do Código de Processo Civil. Do mandado, da carta ou do edital deverá constar a advertência de que, não sendo contestado o pedido, presumir-se-ão aceitos pelo requerido, como verdadeiros, os fatos alegados na petição inicial. Ausente a advertência, os efeitos da ausência de contestação não poderão ser admitidos. 
O prazo para contestar é de 5 (cinco) dias. Se do mandado, por equívoco, constar prazo maior, deverá este ser observado. Esse prazo conta-se: da juntada do mandado aos autos; do mandado de citação devidamente cumprido; do mandado de execução da medida concedida liminarmente; ou após justificação prévia (CPC, art. 802). 
Não vindo a contestação, o juiz verificará se ocorreram os efeitos da ausência dela. Em caso positivo, decidirá em 5 (cinco) dias (CPC, art. 803). Lembre-se que a presunção de veracidade, decorrente da ausência de contestação, é relativa. 
A contestação deve, em princípio, limitar-se ao fumus boni iuris e ao periculum in mora. O requerido procurará demonstrar a ausência da aparência do bom direito ou das condições da ação principal, bem como demonstrar a ausência de risco de ineficácia da sentença a ser proferida no processo principal em razão do tempo. Mas, além desses dois temas, poderá abordar, também, a decadência e a prescrição do direito alegado. A contestação também deve vir instruída com os documentos destinados a comprovar as alegações feitas e indicar, se for o caso, as provas que o requerido pretende produzir. 
Embora não haja previsão expressa, o juiz poderá novamente ouvir o requerente, em réplica. Isto somente será necessário se a contestação trouxer fato novo, como é a decadência ou a prescrição, ou se vier instruída com documentos relevantes e que poderão ser utilizados na sentença. 
Se, nesta fase, existirem ainda fatos controvertidos e que podem ser demonstrados por provas orais, o juiz designará audiência de instrução e julgamento para a colheita dessas provas. Colhidas as provas e debatidas, o juiz decidirá no ato ou em 5 (cinco) dias. A decisão é uma sentença, contra a qual caberá apelação, com efeito apenas devolutivo, de sorte que, concedida a medida, deverá ser executada independentemente do recurso. 
Concedida a medida, quer liminarmente, quer após justificação prévia, quer na sentença recorrível, ela deverá ser executada no prazo máximo de 30 (trinta) dias, sob pena de perda da eficácia da medida concedida (CPC, art. 808, II). Também, se for cautelar preparatória, a ação principal deverá ser ajuizada no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da efetivação da medida cautelar, sob pena de perda de sua eficácia (CPC, art. 808, I). 
Uma vez concedida a medida e efetivada, ela conserva sua eficácia até o encerramento da ação principal. Caso haja suspensão da ação principal, ainda que por convenção das partes, permanece a eficácia da medida cautelar, salvo se em contrário decidir o juiz. Mas, a cautelar poderá ser modificada ou revogada, se alterações ocorrerem a justificar essa modificação ou revogação (CPC, art. 807). 
Outras hipóteses podem acarretar a perda da eficácia da medida. Se ela foi concedida liminarmente e o requerente não providenciar a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias, também haverá perda da eficácia da medida (CPC, art. 811, II). Da mesma forma, se o processo principal for julgado extinto, com ou sem julgamento do mérito, ou se a sentença proferida no processo principal for desfavorável ao requerente da medida cautelar. 
Nada impede que, enquanto não decidido o processo principal, seja renovada a medida cautelar que perdeu sua eficácia, desde que o novo pedido se apóie em fundamento novo. 
Por fim, nos casos de perda de eficácia da medida cautelar, se a sua execução provocou prejuízos, o requerente por eles responde. Nesse caso, a responsabilidade é objetiva e apenas se apurará o montante dos danos, nos próprios autos da cautelar, através de liquidação (CPC, art. 811 e § único).

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