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Intermediação Financeira
e Órgãos de Regulação
Intermediação Financeira
De�nição
A intermediação �nanceira tem a função de aproximar os poupadores (agentes econômicos com excesso de
recursos) e os tomadores (agentes econômicos que necessitam de recursos) de acordo com suas necessidades
�nanceiras de curto, médio e longo prazo.
Os benefícios da intermediação �nanceira são:
baixos custos transacionais;
concessão de empréstimos a prazos maiores;
redução de risco.
Classi�cam-se como intermediários bancários as instituições que operam ativos monetários (papel-moeda e
depósitos à vista) e como intermediários não bancários aqueles que operam ativos �nanceiros não
monetários (diferentes títulos que sustentam as operações realizadas nos mercados de crédito e de capitais).
E quem seriam os principais intermediários
�nanceiros?
Os principais intermediários �nanceiros são as instituições do sistema �nanceiro, como: bancos
comerciais, Caixa Econômica, corretoras e distribuidoras de valores mobiliários, associações de
poupança e empréstimo, seguradoras, companhias hipotecárias, além dos fundos de investimento
e de pensão.
Função dos Intermediários Financeiros
Conforme o quadro a seguir, o mercado �nanceiro apresenta os seguintes segmentos em função
dos tipos e �nalidades das operações de intermediação praticadas:
Mercado Monetário Mercado de Crédito
Algumas das principais funções exercidas pelos intermediários �nanceiros são citadas abaixo:
Transformação de ativos �xos em ativos líquidos
A emissão de debêntures com a garantia do patrimônio imobilizado permite o aumento do capital de
giro da empresa e do volume de transações de seus títulos no mercado secundário.
Adequação de prazos
Os intermediários �nanceiros emitem direitos contra si mesmos e concedem empréstimos com os
recursos captados, compatibilizando a demanda por aplicações de curto prazo por parte dos ofertantes
e satisfazendo a necessidade de �nanciamentos de longo prazo por parte dos tomadores.
Transformação das grandezas de capital
Os intermediários �nanceiros possibilitam o �nanciamento de projetos de infraestrutura ao agruparem
pequenos montantes de diversos investidores em um grande empréstimo.
Garantia contra riscos
Há a minimização dos riscos com a diversi�cação dos títulos em carteira, com diferentes emissores
ligados a setores distintos da economia, além de diversi�carem prazos e retornos esperados.
Intermediários Financeiros
Operações de curto e curtíssimo prazos que suprem
as necessidades de caixa dos agentes econômicos e
dos próprios intermediários �nanceiros. A liquidez
deste segmento é regulada pelas autoridades
monetárias, via colocação, recompra e resgate de
títulos da dívida pública de curto prazo.
Transações feitas principalmente por intermediários
�nanceiros bancários para atender às necessidades
de crédito de curto e médio prazos (�nanciamento
para a aquisição de bens de consumo duráveis e de
capital de giro das empresas, por exemplo).
Mercado de Capitais
Segmento voltado aos setores produtivos quanto às
suas necessidades de �nanciamento de médio e
longo prazo e provenientes em grande parte dos
intermediários não bancários. As operações se
realizam nas bolsas de valores. Na verdade, o
mercado de capitais inclui os 3 outros mercados:
monetário, crédito e câmbio.
Mercado Cambial
Operações de compra e venda de moedas
estrangeiras conversíveis que ocorrem, por exemplo,
para suprimento de necessidades momentâneas de
moedas estrangeiras decorrentes da importação de
mercadorias ou para conversão das divisas
estrangeiras recebidas pelos exportadores por moeda
corrente do país. Podem ser feitas sob a
intermediação de instituições �nanceiras autorizadas,
bancárias e não bancárias.
Bancos Múltiplos
Os Bancos Múltiplos foram criados para racionalizar a administração das instituições �nanceiras,
permitindo que algumas delas se constituam em uma instituição �nanceira única (banco múltiplo), reduzindo
seus custos. Na prática, as funções de cada uma são mantidas em separado, mas as operações são
contabilizadas em um único balanço.
E como uma instituição �nanceira pode se con�gurar
como banco múltiplo?
Para que se con�gure a existência de um banco múltiplo, este deve possuir pelo menos duas
carteiras bancárias, sendo que uma delas deverá ser necessariamente comercial ou de
investimento.
Outras possíveis carteiras envolvidas em um banco múltiplo:
de investimento e/ou de desenvolvimento;
de crédito imobiliário;
de arrendamento mercantil (leasing) e de crédito;
de �nanciamento e investimento.
Todas as carteiras seguem a regulamentação dos bancos de investimento, das sociedades de crédito imobiliário,
das �nanceiras, dos bancos de desenvolvimento (o BNDES, por exemplo) e das sociedades de arrendamento
mercantil, respectivamente.
Bancos Comerciais
Os Bancos Comerciais têm como atividade típica o
recebimento de depósitos à vista em contas de
movimento. Efetuam empréstimos, a curto e médio
prazo, ao comércio, à indústria, às empresas
prestadoras de serviços e às pessoas físicas. Prestam
serviços de cobrança bancária mediante o pagamento
de comissões e taxas e transferências de fundos de
uma para outra praça. São constituídas como
sociedade anônima e consta na denominação social o
termo "banco".
Bancos de Investimento
Os Bancos de Investimento têm como objetivo
oferecer apoio �nanceiro às empresas por meio de
�nanciamento para o suprimento de capital �xo e
de giro utilizando a administração de recursos de
terceiros. Podem operar como agentes �nanceiros
do BNDES. Além disso, podem oferecer leasing
�nanceiro, administrar fundos de investimentos de
renda �xa e de ações e clubes de investimento. (Para
saber mais: Resolução n. 2.624/99 do Conselho
Monetário Nacional.)
Órgãos de Regulação, Autorregulação e
Fiscalização
Todas as intermediações �nanceiras são reguladas e �scalizadas por órgãos responsáveis por determinadas
atribuições. São eles:
Conselho Monetário Nacional - CMN;
Banco Central do Brasil - Bacen;
Comissão de Valores Mobiliários - CVM;
Superintendência de Seguros Privados – SUSEP;
Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC;
ANBIMA.
A seguir, conheça cada órgão e suas principais atribuições.
Conselho Monetário Nacional – CMN
É o órgão normativo responsável pela �xação das diretrizes das políticas monetária, creditícia e cambial do
país. O CMN teve diferentes composições ao longo de sua história. A partir do Plano Real, o Conselho passou a
ter um per�l monetário, sendo integrado por apenas três membros: Ministro da Fazenda (Presidente), Ministro
de Planejamento, Orçamento e Gestão e Presidente do Banco Central. Junto ao CMN funciona a Comissão
Técnica da Moeda e do Crédito, cuja competência básica é a de regular as matérias tratadas pela Lei nº 9.069,
que dispõe sobre o Plano Real. Também funcionam junto ao CMN sete outras Comissões Consultivas, como
discriminado na �gura abaixo.
E quais seriam as funções básicas do CMN?
Como entidade superior do sistema �nanceiro, compete ao CMN:
Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia.
Regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos.
Orientar a aplicação dos recursos das instituições �nanceiras.
Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos �nanceiros.
Zelar pela liquidez e pela solvência das instituições �nanceiras.
Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, �scal e da dívida pública
interna e externa.
Estabelecer a meta de in�ação.
Principais atribuições do CMN
A partir destas funções básicas, o CMN �ca responsável por várias atribuições especí�cas,
destacando-se:
Autorizar as emissões de papel-moeda.
Fixar as diretrizes e normas da política cambial.
Disciplinar o crédito em suas modalidades e as formas das operações creditícias.Determinar as taxas de recolhimento compulsório das instituições �nanceiras e
regulamentar as operações de redesconto de liquidez.
Regular a constituição, o funcionamento e a �scalização de todas as instituições
�nanceiras que operam no país.
Outorgar ao Bacen o monopólio de operações de câmbio quando o balanço de
pagamentos exigir e estabelecer normas nas transações de títulos públicos.
Determinar o capital mínimo que as instituições �nanceiras privadas deverão ter de
acordo com a sua natureza e localização.
Banco Central do Brasil – Bacen
É o órgão executivo central do sistema �nanceiro, cabendo-lhe cumprir e fazer cumprir as disposições que
regulam o funcionamento do sistema e as normas expedidas pelo CMN. É por meio do BC que o Estado
intervém diretamente no sistema �nanceiro e, consequentemente, na economia.
O Bacen pode ser considerado:
Banco dos bancos: depósitos compulsórios e redescontos de liquidez;
Gestor do sistema �nanceiro nacional: normas, autorizações, �scalização, intervenção;
Executor da política monetária: determinação da taxa Selic, controle dos meios de pagamento
(liquidez no mercado), orçamento monetário, instrumentos de política monetária;
Banco emissor: emissão e saneamento do meio circulante;
Banqueiro do governo: administração da dívida pública interna e externa, gestor e �el depositário das
reservas internacionais do país;
Centralizador do �uxo cambial: normas, autorizações, registros, �scalização, intervenção.
Principais atribuições do Bacen
As atribuições especí�cas do Bacen são:
Atuar com o objetivo de manter a in�ação dentro da Meta estabelecida pelo Comitê de
Política Monetária (COPOM).
Emitir papel-moeda segundo autorizações do CMN e executar os serviços de meio
circulante.
Receber os recolhimentos compulsórios e realizar operações de redesconto.
Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis.
Comprar e vender títulos públicos federais dentro da execução da política monetária.
Exercer o controle de crédito sob todas as suas formas.
Autorizar o funcionamento e exercer a �scalização de todas as instituições �nanceiras.
Controlar o �uxo de capitais estrangeiros e garantir o correto funcionamento do mercado
cambial.
Comissão de Valores Mobiliários – CVM
É o órgão supervisor do sistema �nanceiro responsável pelo desenvolvimento, disciplina e �scalização do
mercado de valores mobiliários não emitidos pelo sistema �nanceiro e pelo Tesouro Nacional. Sua atuação
também abrange as Bolsas de Mercadorias e Futuros, as entidades do mercado de balcão organizado e as
entidades de compensação e liquidação de operações com valores mobiliários.
E quais seriam as atividades básicas da CVM?
Sob sua alçada foram consolidadas as seguintes atividades:
Regulação e �scalização de valores mobiliários no mercado.
Negociação e intermediação nos mercados de valores mobiliários e de derivativos.
Organização, funcionamento e operações das bolsas de valores e das bolsas de
mercadorias e futuros.
Administração de carteiras e custódia de valores mobiliários.
Auditoria das companhias abertas.
Serviços de consultor e analista de valores mobiliários.
Principais atribuições da CVM
Com estas atividades, a CVM tem por objetivo o fortalecimento do mercado de capitais e
valores mobiliários através das seguintes atribuições:
Estímulo à aplicação de poupança no mercado acionário.
Garantia do funcionamento e�ciente e regular das bolsas de valores e instituições
auxiliares que operem neste mercado.
Proteção aos titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e outros tipos de
atos ilegais que manipulem preços de valores mobiliários nos mercados primários e
secundários de ações.
Fiscalização da emissão, do registro, da distribuição e da negociação de títulos emitidos
pelas sociedades anônimas de capital aberto.
Superintendência de Seguros Privados – SUSEP
A SUSEP é o órgão responsável pelo controle e �scalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta,
capitalização e resseguro.  Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, foi criada pelo Decreto-Lei nº. 73 de 21
de novembro de 1966, que também instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual fazem parte o
Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP, a SUSEP, o Instituto de Resseguros do Brasil – IRB, as sociedades
autorizadas a operar em seguros privados e capitalização, as entidades de previdência complementar aberta e
os corretores habilitados.
Principais atribuições da SUSEP
Suas principais atribuições são:
Controlar e �scalizar dos mercados de seguro e previdência complementar aberta;
Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades
Seguradoras e Entidades de Previdência Privada Aberta;
Proteger os investidores desses mercados.
Superintendência Nacional de Previdência
Complementar – PREVIC
A PREVIC é um órgão do Ministério da Previdência Social responsável por �scalizar as atividades das
Entidades Fechadas de Previdência Complementar, que gerem Fundos de Pensão. A PREVIC se relaciona com
os órgãos normativos do sistema �nanceiro na observação das exigências legais de aplicação das reservas
técnicas, fundos especiais e provisões que as entidades sob sua jurisdição são obrigadas a constituir e que têm
diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional – CMN.
Principais atribuições da PREVIC
À PREVIC compete:
Propor as diretrizes básicas para o Sistema de Previdência Complementar;
Harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar com as
políticas de desenvolvimento social e econômico-�nanceira do Governo;
Fiscalizar, supervisionar, coordenar, orientar e controlar as atividades relacionadas com a
previdência complementar fechada;
Analisar e aprovar os pedidos de autorização para constituição, funcionamento, fusão,
incorporação, grupamento, transferência de controle das entidades fechadas de
previdência complementar, bem como examinar e aprovar os estatutos das referidas
entidades, os regulamentos dos planos de benefícios e suas alterações;
Examinar e aprovar os convênios de adesão celebrados por patrocinadores e instituidores,
autorizar a retirada de patrocínio e decretar a administração especial em planos de
benefícios operados pelas entidades fechadas de previdência complementar, bem como
propor ao Ministro a decretação de intervenção ou liquidação das referidas entidades.
Associação Brasileira das Entidades dos Mercados
Financeiro e de Capitais – ANBIMA
A ANBIMA representa as instituições do mercado de capitais brasileiro. Faz parte do quadro associativo um
número grande e heterogêneo de instituições que atuam em diversos segmentos de mercado. Dentre os mais
de 340 associados, �guram bancos comerciais e múltiplos, bancos de investimento, gestores e administradores
de fundos, corretoras e distribuidoras de valores mobiliários e gestores de patrimônio.
A ANBIMA assume quatro compromissos com o mercado, com os investidores e com o país:
Representar e defender o interesse dos associados.
Informar e disseminar o conhecimento produzido e adquirido pela associação.
Educar e certi�car pro�ssionais.
Autorregular os associados, incentivando o constante aprimoramento do mercado.
Processo de autorregulação
Comum nos mercados desenvolvidos, o processo de autorregulação costuma ocorrer em
mercados não regulamentados (como, por exemplo, o publicitário no Brasil) ou naqueles em que a
autoridade reguladora e os agentes privados estabelecem, através de algum tipo de negociação,
níveis de responsabilidade diferentes quanto à de�nição das normas e dos procedimentos que
devem ser observados na realização de seus negócios.
E como funciona o processo de autorregulação?
Trata-se de substituir, a partir de certo nível mínimo de regulamentação, a ação do poder
governamental pela iniciativa de autorregulação dos mercados, signi�candoa troca da ação
exclusiva do poder estatal pelo fortalecimento do poder público da sociedade. Tendo em vista a
complexidade e a diversidade cada vez maior das sociedades contemporâneas, é necessário que
outros organismos atuem, em auxílio à ação governamental, como instituições reguladoras e
�scalizadoras.
Convencida, portanto, da importância dessa transição, a Associação Nacional dos Bancos de
Investimento (ANBIMA) decidiu propor, ao conjunto das instituições participantes do
mercado de capitais, a implantação de Códigos de Regulação e Melhores Práticas para as
atividades por elas desenvolvidas. Você conhecerá especi�camente cada Código e as
Melhores Práticas mais adiante neste treinamento.
Principais Intermediadores do Mercado
de Capitais
Bolsa: BM&FBovespa
As Bolsas de Valores em geral são associações civis sem �ns lucrativos (com exceção às bolsas com
capital aberto que visam obter lucros). Sua �nalidade é prover um ambiente propício para negociação,
realização, registro e liquidação de transações com títulos e valores mobiliários como ações, bônus de
subscrição, debêntures e derivativos.
Embora sejam instituições autônomas administrativa e �nanceiramente, são �scalizadas pela CVM e
estão sujeitas às normas do Conselho Monetário Nacional (CMN). Como visto anteriormente, apenas as
corretoras de valores podem efetuar transações na bolsa, tendo assim, investidores pessoas físicas e jurídicas
que operam através delas.
Em sua maioria, as bolsas de valores dispõem de um pregão físico, onde são realizadas as negociações, porém,
algumas entidades só operam com pregão eletrônico.
Principais funções das bolsas de valores
As principais funções das bolsas de valores são:
Manter local ou sistema adequado à realização de operações de compra e venda de títulos
e valores mobiliários.
Dotar o local ou sistema com facilidades para a realização das operações.
Estabelecer sistemas de negociação que propiciem continuidade e liquidez ao mercado de
títulos e valores mobiliários.
Efetuar registro de operações.
Divulgar as operações realizadas em pregões com e�ciência e rapidez.
Conceder às sociedades corretoras, se necessário, crédito para assistência de liquidez.
Preservar elevados padrões éticos de negociação.
Criar mecanismos regulamentares e operacionais (autorregulação) que facilitem o
atendimento de procedimentos relativos a comitentes inadimplentes, atividades dos
agentes de compensação, uniformização de cadastros das sociedades corretoras, regras
de conduta e tipos de ordens aceitos, entre os principais.
Os mercados de capitais são mais e�cientes em países onde existem bolsas de valores bem estruturadas,
transparentes e líquidas. Para que elas desempenhem suas funções, o ambiente de negócios do país tem que
ser livre e as regras devem ser claras. Nestes contextos, as bolsas podem bene�ciar todos os indivíduos da
sociedade e não somente aqueles que detêm ações de companhias abertas.
Mercado de Balcão
O Mercado de Balcão (Over the Counter Market) é um mercado de títulos sem local físico determinado
para a realização das transações. Elas são realizadas por telefone, entre as instituições �nanceiras, mas fora
do pregão. Neste mercado, normalmente são negociadas ações de empresas registradas nas bolsas de
valores, além de outras espécies de títulos, principalmente de renda �xa.
O mercado de balcão é dito organizado quando se estrutura como um sistema de negociação de títulos e
valores mobiliários administrado por entidade autorizada pela CVM. É um segmento de negociação de
ativos organizado pela BM&FBOVESPA, mas com regras diferentes às da bolsa de valores. Um exemplo disso é
que, no mercado de balcão organizado, atuam como intermediários não somente corretoras (como ocorre na
bolsa), mas também outras instituições �nanceiras como bancos e distribuidoras de valores.
Além das ações, outros valores mobiliários são negociados em mercados de balcão organizado, tais como
debêntures, cotas de fundos de investimento imobiliário, fundos fechados, Fundos de Investimento em Direitos
Creditórios – FIDCs, Certi�cados de Recebíveis Imobiliários – CRIs, entre outros.
Como são negociadas as ações na Bolsa de Valores?
As ações podem ser negociadas de forma unitária ou como lote-padrão, dependendo da
de�nição da Bolsa de Valores. No caso das ações negociadas em lotes, a cotação divulgada em
jornal será sempre a do lote.
Para comprar ou vender ações no mercado, é necessária a intermediação de uma sociedade
corretora que esteja credenciada a executar, em pregão, a ordem de compra ou venda de seu
cliente, através de um de seus representantes (operadores).
Uma maneira que vem ganhando popularidade entre os investidores é a negociação de ações e
derivativos através do Home broker de uma corretora. Através deste sistema, a corretora autoriza
seu cliente a registrar ordens no Sistema Eletrônico de Negociação da BM&FBovespa. O investidor
se cadastra em alguma corretora e executa suas próprias ordens de compra ou venda a partir de
um computador que tenha acesso à internet.
A BM&FBovespa
A BM&FBOVESPA é uma companhia de capital brasileiro formada, em 2008, a partir da integração das operações
da Bolsa de Valores de São Paulo e da Bolsa de Mercadorias & Futuros.
A BM&F é uma companhia que administra mercados organizados de títulos, valores mobiliários e contratos
derivativos, além de prestar serviços de registro, compensação e liquidação, atuando, principalmente, como
contraparte central garantidora da liquidação �nanceira das operações realizadas em seus ambientes,
oferencendo assim gestão de risco aos participantes.
A Bolsa oferece ampla gama de produtos e serviços, tais como: negociação de ações, títulos de renda �xa,
câmbio pronto e contratos derivativos referenciados em ações, ativos �nanceiros, índices, taxas, mercadorias,
moedas, entre outros; listagem de empresas e outros emissores de valores mobiliários; depositária de ativos;
empréstimo de títulos; e licença de softwares.
Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários
As Corretoras operam com compra, venda e distribuição de títulos e valores mobiliários (ações, ouro e câmbio,
por exemplo) por conta de terceiros, fazendo a intermediação com as bolsas de valores e de mercadorias e
futuros. Também podem administrar carteiras e fundos de investimento, bem como custodiar valores
mobiliários, operar no mercado aberto e efetuar lançamentos públicos de ações. Sua constituição e
funcionamento dependem da autorização do Banco Central e da CVM, respectivamente.
Distribuidores de Títulos e Valores Mobiliários
Através da Decisão Conjunta Nº 17 do Banco Central e CVM (março/2009), as Distribuidoras �cam autorizadas a
operar diretamente nos ambientes e sistemas de negociação dos mercados organizados de bolsa de valores.
Com isso, passaram a ter condições de exercer as mesmas atividades das CTVM, que possuíam anteriormente
exclusividade operacional para atuarem nesses ambientes e sistemas. Por �m, as DTVMs também efetuam a
subscrição e a intermediação da colocação de emissões de títulos e valores mobiliários.
Código Anbima de Regulação e Melhores
Práticas para o Programa de Certi�cação
Continuada
Propósito e Abrangência
O objetivo deste Código é estabelecer os princípios e regras que deverão ser observados pelas instituições
participantes que atuam nos mercados �nanceiro e de capitais, de maneira a buscar a permanente elevação da
capacitação técnica de seus pro�ssionais, bem como a observância de padrões de conduta no desempenho de
suas respectivas atividades.
Dispõe ainda da obrigatoriedade das instituições �liadas à ANBIMA, assim como as instituições que, embora não
associadas, expressamente aderirem a este Código mediante a assinatura do termo de adesão, de exigirem e
�scalizarem o cumprimento das disposições deste código por todos os integrantes de seu conglomerado ou
grupo econômico que desempenhem qualquer das atividadesdisciplinadas por este Código.
As instituições participantes, submetidas à ação reguladora e �scalizadora do Conselho Monetário Nacional, do
Banco Central do Brasil e da CVM, concordam expressamente em submeter-se aos procedimentos estabelecidos
por este Código, uma vez que o adequado desempenho das atividades objeto deste Código excedem o limite da
simples observância das normas legais e regulamentares que lhes são aplicáveis.
Este Código não se sobrepõe à legislação e à regulamentação vigentes que sejam contrárias às disposições ora
trazidas. Caso haja contradição entre regras estabelecidas neste Código e normas legais ou regulamentares, a
disposição deste Código deverá ser desconsiderada, sem prejuízo de suas demais regras.
Princípios e Padrões de Conduta
As instituições participantes deverão exigir que seus Pro�ssionais desempenhem as atividades para as quais
seja exigida certi�cação pertinente, observando os seguintes padrões de conduta:
Com relação ao mercado �nanceiro e de capitais em geral:
a. Manter elevados padrões éticos na condução de todas as atividades, bem como em suas relações
com clientes e demais participantes do mercado �nanceiro e de capitais, independentemente do
ambiente em que tais atividades sejam desenvolvidas;
b. Conhecer e observar todas as normas, leis e regulamentos, inclusive as normas de regulação e
melhores práticas da ANBIMA, aplicáveis ao exercício de suas atividades pro�ssionais, e fazer
com que seus subordinados os observem e respeitem;
c. Assegurar a observância de práticas negociais equitativas em operações no mercado �nanceiro e
de capitais;
d. Recusar a intermediação de investimentos ilícitos;
e. Não contribuir para a veiculação ou circulação de notícias ou de informações inverídicas ou
imprecisas sobre o mercado �nanceiro e de capitais;
f. Manter conhecimento atualizado das matérias e normas relacionadas à sua atividade no
mercado �nanceiro e de capitais;
g. Referir-se à sua certi�cação de maneira a demonstrar sua importância e seriedade, explicando,
sempre que possível, seu procedimento e conteúdo;
h. Não participar de qualquer negócio que envolva fraude, simulação, manipulação ou distorção de
preços, declarações falsas ou lesão aos direitos de investidores;
i. Manter sigilo a respeito de informações con�denciais a que tenha acesso em razão de sua
atividade pro�ssional, excetuadas as hipóteses em que a sua divulgação seja exigida por lei ou
tenha sido expressamente autorizada;
j. Não dar informações imprecisas a respeito dos serviços que é capaz de prestar, bem como com
relação a suas quali�cações, seus títulos acadêmicos e experiência pro�ssional.
Com relação à instituição participante:
a. Não participar de atividades independentes que compitam direta ou indiretamente com seu
empregador, a não ser que obtenha autorização expressa para tanto;
b. Informar seu empregador sobre a propriedade de quaisquer valores mobiliários ou outros
investimentos que possam in�uenciar ou ser in�uenciados por sua atividade pro�ssional;
c. Informar seu empregador sobre quaisquer valores ou benefícios adicionais que receba em sua
atividade pro�ssional, além daqueles recebidos desse mesmo empregador;
d. Observar as restrições impostas por seu empregador na negociação de valores mobiliários em
situações de con�ito de interesses;
e. Não manifestar opinião que possa prejudicar a imagem do seu empregador ou de qualquer
outra instituição que atue no mercado �nanceiro e de capitais;
f. Evitar pronunciamentos a respeito de investimentos sob a responsabilidade de outras
instituições participantes e/ou de seus Pro�ssionais, a menos que esteja obrigado a fazê-lo no
cumprimento de suas responsabilidades pro�ssionais;
g. Manter sigilo com relação às informações con�denciais, privilegiadas e relevantes para a
atividade do seu empregador a que tenha acesso em razão de sua função na instituição
participante, excetuadas as hipóteses em que a sua divulgação seja exigida por lei ou tenha sido
expressamente autorizada.
Com relação aos investidores:
a. Utilizar-se de especial diligência na identi�cação e respeito aos deveres �duciários envolvidos na
atividade de gestão pro�ssional de recursos de terceiros, priorizando os interesses dos clientes
em detrimento dos seus;
b. Manter independência e objetividade no aconselhamento de investimentos;
c. Distinguir fatos de opiniões, pessoais ou de mercado, com relação aos investimentos
aconselhados;
d. Informar aos clientes, efetivos e potenciais, os padrões básicos e os princípios gerais do processo
de seleção dos produtos de investimento na atividade de gestão pro�ssional de recursos de
terceiros, bem como quaisquer alterações nesses processos;
e. Agir com ética e transparência quando houver situação de con�ito de interesse com seus
clientes;
f. Informar ao cliente sobre a possibilidade de recebimento de remuneração ou benefício pela
instituição participante em razão da indicação de investimentos;
g. Conduzir os negócios de seus clientes com o cuidado que toda pessoa diligente e íntegra
costuma empregar na administração de seus próprios negócios;
h. Orientar o cliente sobre o investimento que pretende realizar, evitando práticas capazes de
induzi-lo ao erro.
Investidores Pro�ssionais,
Quali�cados e Não
Residentes
Investidores Pro�ssionais, Quali�cados e
Não Residentes
Investidores Pro�ssionais
São considerados investidores pro�ssionais:
instituições �nanceiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil;
companhias seguradoras e sociedades de capitalização;
entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos �nanceiros em valor superior a R$ 10
milhões e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor pro�ssional
mediante termo próprio;
fundos de investimento;
clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por administrador de carteira de
valores mobiliários autorizado pela CVM;
agentes autônomos de investimento, administradores de carteira, analistas e consultores de valores
mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus recursos próprios;
investidores não residentes.
Investidores Quali�cados
Segundo a Instrução CVM nº 554/2014, são considerados como investidores quali�cados:
investidores pro�ssionais;
pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos �nanceiros em valor superior a R$ 1
milhão e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidores quali�cados
mediante termo próprio;
as pessoas naturais que tenham sido aprovadas em exames de quali�cação técnica ou possuam
certi�cações aprovadas pela CVM como requisitos para o registro de agentes autônomos de
investimento, administradores de carteira, analistas e consultores de valores mobiliários, em
relação a seus recursos próprios;
clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por um ou mais cotistas que sejam
investidores quali�cados.
Os regimes próprios de previdência social instituídos pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal ou por
municípios são considerados investidores pro�ssionais ou investidores quali�cados apenas se reconhecidos
como tais, conforme regulamentação especí�ca do Ministério da Previdência Social.
Os fundos para esses tipos de investidores têm várias regras diferenciadas em razão de serem entendidos como
investidores mais esclarecidos.
Neste sentido, fundos destinados exclusivamente a investidores quali�cados podem dispensar a elaboração
da lâmina.
O fundo destinado exclusivamente a investidores quali�cados, desde que previsto em seu regulamento, pode
também:
Admitir a utilização de ativos �nanceiros na integralização e resgate de cotas, com o estabelecimento de
critérios detalhados e precisos para adoção desses procedimentos.
Cobrar taxas de administração e de performance,conforme estabelecido em seu regulamento.
Estabelecer prazos para conversão de cota e para pagamento dos resgates diferentes daqueles
previstos na Instrução CVM nº 555.
Prestar �ança, aval, aceite ou coobrigar-se de qualquer outra forma, em nome do fundo, relativamente a
operações direta ou indiretamente relacionadas à carteira do fundo, sendo necessária a concordância
de cotistas representando, no mínimo, dois terços das cotas emitidas pelo fundo.
Os limites por emissor e os de concentração por modalidades de ativo �nanceiro de até 20% do patrimônio
líquido do fundo para determinados ativos previstos na Instrução CVM nº 555 (exceto aqueles para os quais não
há limites, tais como títulos emitidos pela União) serão computados em dobro quando se tratar de fundo
destinado exclusivamente a investidores quali�cados e Fundos Previdenciários, sem prejuízo, contudo, às
normas aplicáveis a cada classe de fundo.
Investidores Não Residentes
De acordo com a Resolução do Banco Central nº 2.689/2000, considera-se investidor não residente (individual
ou coletivo) as pessoas físicas ou jurídicas, os fundos ou outras entidades de investimento coletivo com
residência, sede ou domicílio no exterior.
As movimentações �nanceiras com o exterior, decorrentes das aplicações de investidor não residente, somente
poderão ser efetuadas mediante contratação de operação de câmbio.
Previamente ao início de suas operações, o investidor não residente deve:
Política de Investimento para Entidade
Fechada de Previdência Complementar –
EFPC
A Entidade Fechada de Previdência Complementar – EFPC deve de�nir a política de investimento para a
aplicação dos recursos de cada plano por ela administrado. Tal política deve ser elaborada pela diretoria
executiva e aprovada pelo conselho deliberativo da EFPC antes do início do exercício a que se referir.
As informações contidas nesta política devem ser encaminhadas à Secretaria de Previdência Complementar –
SPC, substituída desde 2009 pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar – Previc, no prazo de
30 dias contados da data da respectiva aprovação.
A política de investimento de cada plano deve conter, no mínimo, os seguintes itens:
a alocação de recursos e os limites por segmento de aplicação;
os limites por modalidade de investimento, se forem mais restritivos que os estabelecidos na Resolução
CMN nº 3.792/2009;
a utilização de instrumentos derivativos;
a taxa mínima atuarial ou os índices de referência, observado o regulamento de cada plano de
benefícios;
a meta de rentabilidade para cada segmento de aplicação;
a metodologia ou as fontes de referência adotadas para apreçamento dos ativos �nanceiros;
a metodologia e os critérios para avaliação dos riscos de crédito, de mercado, de liquidez, operacional,
legal e sistêmico;
a observância ou não de princípios de responsabilidade socioambiental.
Segmento de Renda Fixa
São classi�cados no segmento de renda �xa:
Renda Fixa
os títulos das dívidas mobiliárias municipais, estaduais e também federais;
os títulos e valores mobiliários de renda �xa de emissão ou coobrigação de instituições autorizadas a
funcionar pelo Banco Central do Brasil – BC;
os depósitos em poupança em instituições autorizadas a funcionar pelo BC;
os títulos e valores mobiliários de renda �xa de emissão de companhias abertas, incluídas as Notas de
Crédito à Exportação – NCEs e Cédulas de Crédito à Exportação – CCEs;
as obrigações de organismos multilaterais emitidas no país;
certi�cados de recebíveis de emissão de companhias securitizadoras;
as cotas de fundos de investimento em direitos creditórios e as cotas de fundos de investimento em
cotas de fundos de investimento em direitos creditórios.
Os títulos ou valores mobiliários de emissores não relacionados acima somente podem ser adquiridos se
observadas as seguintes condições:
com coobrigação de instituição �nanceira autorizada a funcionar pelo BC;
com seguro que não exclua cobertura de eventos relacionados a casos fortuitos ou de força maior e que
garanta o pagamento de indenização no prazo máximo de 15 dias após o vencimento do título ou valor
mobiliário;
com coobrigação de instituição �nanceira, no caso de Cédula de Crédito Imobiliário – CCI;
com emissão de armazém certi�cado, no caso de Warrant Agropecuário – WA.
Os títulos e valores mobiliários recebidos como lastro em operações compromissadas são classi�cados no
segmento de renda �xa e devem ser considerados no cômputo dos limites estabelecidos na Resolução CMN nº
3.792/2009.
Segmento de Renda Variável
São classi�cados no segmento de renda variável:
Renda Variável
as ações de emissão de companhias abertas e os correspondentes bônus de subscrição, recibos de
subscrição e certi�cados de depósito;
as cotas de fundos de índice, referenciados em cesta de ações de companhias abertas, admitidas à
negociação em bolsa de valores;
os títulos e valores mobiliários de emissão de Sociedades de Propósito Especí�co — SPEs, com ou sem
registro na CVM (nesse caso, a SPE deve ser constituída para �nanciamento de novos projetos,
incluindo aqueles decorrentes de concessões e permissões de serviços públicos, ter prazo de duração
determinado e �xado na data de sua constituição e ter as atividades restritas àquelas previstas no
objeto social de�nido na data de sua constituição);
as debêntures com participação nos lucros;
os Certi�cados de Potencial Adicional de Construção – CEPAC, de que trata o art. 34 da Lei nº 10.257,
de 10 de julho de 2001;
os certi�cados de Reduções Certi�cadas de Emissão – RCEs ou de créditos de carbono do mercado
voluntário, admitidos à negociação em bolsa de valores, de mercadorias e futuros ou mercado de
balcão organizado, ou registrados em sistema de registro, custódia ou liquidação �nanceira
devidamente autorizado pelo BC ou pela CVM, nas suas respectivas áreas de competência;
os certi�cados representativos de ouro físico no padrão negociado em bolsa de mercadorias e de
futuros.
Cobrança de Performance para uma EFPC
A aplicação de recursos pela EFPC em fundos de investimento ou em carteiras
administradas, quando os regulamentos ou contratos contenham cláusulas que tratem de
taxa de performance, está condicionada a que o pagamento da referida taxa atenda às
seguintes condições:
Controle e Avaliação de Riscos
Na aplicação dos recursos, a EFPC deve identi�car, avaliar, controlar e monitorar os riscos (incluídos os de
crédito, de mercado, de liquidez, operacional, legal e sistêmico) e a segregação das funções de gestão,
administração e custódia.
A EFPC deve:
Avaliar a capacidade técnica e potenciais con�itos de interesse dos seus prestadores de serviços.
Assegurar-se de que o prestador de serviços tomou os cuidados necessários para lidar com os con�itos
existentes sempre que houver alinhamento de interesses entre ele e a contraparte da EFPC.
Adotar regras, procedimentos e controles internos (observados o porte, a complexidade, a modalidade e
a forma de gestão de cada plano por ela administrado), que possibilitem ser permanentemente
observados limites, requisitos, condições e demais disposições estabelecidos na Resolução CMN nº
3.792/2009.
Gerenciar os ativos de cada plano, de forma a garantir o permanente equilíbrio econômico-�nanceiro
entre eles e o passivo atuarial e as demais obrigações do plano.
Acompanhar e gerenciar o risco e o retorno esperado dos investimentos diretos e indiretos, com uso de
modelo que limite a probabilidade de perdas máximas toleradas para os investimentos.
Calcular a divergência não planejada entre o resultado dos investimentos e o valor projetado para eles
até a implementação desse modelo de monitoramento.
Vedações
É vedado à EFPC:
Realizar operações de compra e venda ou qualquer outra forma de troca de ativos entre planos de
uma mesma EFPC.
Atuar como instituição �nanceira, salvo noscasos expressamente previstos na Resolução CMN nº
3.792/2009.
Realizar operações de crédito com suas patrocinadoras.
Prestar �ança, aval, aceite ou se coobrigar de qualquer forma.
Aplicar em ativos ou modalidades não previstas na Resolução CMN nº 3.792/2009.
Aplicar recursos em títulos ou valores mobiliários de companhias sem registro na CVM, ressalvados
os casos expressamente previstos na Resolução CMN nº 3.792/2009.
Aplicar recursos em companhias que não estejam admitidas à negociação nos segmentos Novo
Mercado, Nível 2 ou Bovespa Mais da BM&FBOVESPA, salvo se elas tiverem realizado sua primeira
distribuição pública em data anterior a 29 de maio de 2009.
Realizar operações com ações fora de bolsa de valores ou mercado de balcão organizado por
entidade autorizada a funcionar pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM, exceto nas seguintes
hipóteses:
a. distribuição pública de ações;
b. exercício do direito de preferência;
c. conversão de debêntures em ações;
d. exercício de bônus ou de recibos de subscrição;
e. casos previstos em regulamentação estabelecida pela Previc;
f. demais casos expressamente previstos na Resolução CMN nº 3.792/2009.
Manter posições em mercados derivativos diretamente ou por meio de fundo de investimento:
a. a descoberto;
b. que gerem possibilidade de perda superior ao valor do patrimônio da carteira ou do fundo de
investimento.
Realizar operações de compra e venda de um mesmo título, valor mobiliário ou contrato derivativo
em um mesmo dia (operações day-trade), exceto as realizadas em plataforma eletrônica ou em
bolsa de valores ou de mercadorias e futuros, desde que devidamente justi�cadas em relatório
atestado pelo Administrador Estatutário Tecnicamente Quali�cado – AETQ ou pelo administrador do
fundo de investimento.
Aplicar no exterior por meio da carteira própria ou administrada, ressalvados os casos
expressamente previstos na Resolução CMN nº 3.792/2009.
Locar, emprestar, tomar emprestado, empenhar ou caucionar títulos e valores mobiliários, exceto
nas seguintes hipóteses:
a. depósito de garantias em operações com derivativos no âmbito de cada plano de benefícios;
b. operações de empréstimos de títulos e valores mobiliários, nos termos do art. 24 da Resolução
CMN nº 3.792/2009;
c. depósito de garantias de ações judiciais no âmbito de cada plano administrado pela EFPC.
Atuar como incorporadora de forma direta, indireta ou por meio de fundo de investimento
imobiliário.
Adquirir ou manter terrenos, exceto aqueles destinados à realização de empreendimentos
imobiliários ou construção de imóveis, para aluguel, renda ou uso próprio, e desde que haja
previsão na política de investimentos do plano de benefícios.
Tais vedações aplicam-se à carteira própria, à carteira administrada, aos fundos de investimento e
fundos de investimento em cotas de fundo de investimento, incluindo aqueles que têm as suas
cotas tratadas como ativos �nais, exceto:
fundos de investimento e fundos de investimento em cotas de fundos de investimento
classi�cados como dívida externa;
fundos de investimento em direitos creditórios e fundos de investimento em cotas de
fundos de investimento em direitos creditórios;
fundos de investimento e fundos de investimento em cotas de fundos de investimento em
participações;
fundos de investimento em empresas emergentes.
Observações:
Para os fundos de investimento imobiliário, não se aplicam as vedações estabelecidas nos
itens 5, 6 e 7 acima.
Para os fundos de investimento e fundos de investimento em cotas de fundos de
investimento classi�cados como multimercado, incluídos no segmento de investimentos
estruturados, não se aplicam as vedações estabelecidas nos itens 7, 9, 10 e 11 acima.
A vedação de que trata o item 4 não se aplica à prestação de garantias em obrigações
contraídas por SPE na qual as EFPCs participem desde o dia 1º de janeiro de 2010.
A vedação estabelecida no item 1 não se aplica às transferências de recursos entre planos
de benefícios e o Plano de Gestão Administrativa – PGA, referentes ao custeio
administrativo e, em caráter excepcional, àquelas resultantes de reorganização societária
ou de outros movimentos previamente autorizados pela Superintendência Nacional de
Previdência Complementar, desde que a transação se mostre de inequívoco interesse dos
planos envolvidos (inclusive quanto ao preço dos ativos a ser praticado) e a operação seja
aprovada pela diretoria executiva e pelo conselho deliberativo das EFPCs, com anuência
do conselho �scal.
Sistemas e Câmaras de
Liquidação e Custódia
Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB
Em termos gerais, um sistema de pagamentos refere-se ao conjunto de procedimentos, regras, instrumentos
e sistemas operacionais integrados e utilizados pelo sistema �nanceiro para transferir fundos entre os
agentes econômicos.
Como esse sistema envolve a transferência de recursos, necessariamente a instituição que estiver
recebendo um pagamento acusará um aumento de recursos �nanceiros em sua conta e, por
consequência, a instituição que estiver efetivando o pagamento deverá ter sua conta sensibilizada
de forma negativa. Ou seja, o aumento de liquidez (recursos �nanceiros) em uma instituição
se dará em função da diminuição de liquidez de outra.
Para que essas transações sejam realizadas, cada banco possui uma conta-corrente de movimentação no Banco
Central, conhecida por Conta Reservas Bancárias.
Veja um esquema simpli�cado de como isso funciona na prática.
Suponha que o correntista do Banco A queira transferir recursos para o correntista do Banco B. O �uxo
esperado do dinheiro seria o recurso sair da conta do correntista do Banco A e ser creditada na conta do
correntista do Banco B (conforme a seta preta). Porém, não é exatamente assim que ocorre.
Quando o correntista do Banco A efetiva a transferência em favor do correntista do Banco B, sua conta-corrente
é debitada do montante referente ao valor da transferência, mas trata-se apenas de um lançamento escritural,
isto é, eletrônico.
Para que a transação seja processada, o Banco A deverá enviar uma mensagem ao Banco Central, solicitando
que sua conta reserva seja debitada no valor referente à transferência que seu correntista acabou de efetivar,
em benefício da conta reserva do Banco B. Sendo aprovada a operação, a conta reserva do Banco A é debitada e
a conta reserva do Banco B, creditada. Cabe então ao Banco B fazer um lançamento eletrônico na conta-
corrente do correntista bene�ciário da transferência e, assim, concluir a operação.
No Sistema de Pagamentos Brasileiro, ocorrem inúmeras transações como essa ao longo do dia, pois
correntistas fazem saques, realizam pagamentos, contraem empréstimos e fazem investimentos. Por sua vez,
esse mecanismo também é utilizado por empresas e bancos que efetuam negociação com títulos públicos e
privados das mais variadas categorias.
O grande risco refere-se à possibilidade de, nesse emaranhado de transações, algum banco não honrar
determinado pagamento, o que pode provocar uma sequência de inadimplências dentro do sistema
bancário - é o chamado risco sistêmico. Quando materializado, o risco sistêmico pode implicar desde
pequenas perdas até a quebra do sistema bancário como um todo.
Visando diminuir esse risco, o Sistema de Pagamentos Brasileiro é constituído por Câmaras de Compensação.
As câmaras são instituições que proporcionam, de forma eletrônica, rápida e segura, a compensação e a
liquidação referentes às mais diversas operações que envolvam transferência de fundos.
Você verá, mais à frente, como funcionam as câmaras de compensação em detalhes.
Câmaras de Compensação
Câmaras de compensação são instituições que proporcionam, de forma eletrônica, rápida e segura, a
compensação e a liquidação referentes às mais diversas operações que envolvem transferência de fundos.
Qual a diferença entre compensação e liquidação?
Compensação:refere-se a procedimentos de troca de informação para que uma transferência
seja realizada, tais como conferência da existência de acordos ou contratos e contabilização da
transferência, ou seja, quantidade monetária que está sendo transferida e conferência de saldo
disponível da contraparte que está efetivando a transferência.
Liquidação: refere-se à movimentação propriamente dita dos recursos. Via de regra, a liquidação
e a compensação são totalmente interligadas, isto é, a transferência dos fundos (liquidação) só
ocorre após con�rmação de todos os dados da operação (compensação).
Em resumo, o processamento de transferências de fundos é composto por dois elementos fundamentais:
Assim, câmaras ou clearings privadas de ativos e de pagamentos foram estruturadas com o objetivo de
promover a liquidação de operações nos respectivos segmentos. As clearings têm a responsabilidade de:
Garantir operações por elas autorizadas.
Gerenciar riscos envolvidos em operações realizadas por seus participantes.
Liberar as operações.
Dentre as principais clearings, destacam-se:
Selic – Destina-se à emissão, ao resgate, ao pagamento dos juros e à custódia dos títulos emitidos pelo
Tesouro Nacional tais como: LFT; LTN; NTN-B, NTN-B Principal e NTN-F.
Cetip – Câmara de Custódia e Liquidação. Utilizada principalmente para liquidação de títulos privados
tais como: CDB, Swap, Debêntures, LCI, NP, Cotas de Fundos, Letras Financeiras.
Câmara de Ações – É a depositária central do mercado de ações no Brasil.
Clearing da BM&F – Câmara de Ativos, de Câmbio e Derivativos. Utilizada para liquidação,
respectivamente, de títulos públicos e privados, operações interbancárias de câmbio e de instrumentos
derivativos.
A seguir, você conhecerá estas câmaras em maiores detalhes.
Selic, Cetip e Câmara de Ações
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – Selic
Criado em 1979, o Selic é o Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. Ele é gerido pelo Banco Central e por
ele operado em parceria com a ANBIMA. O sistema destina-se à emissão, ao resgate, ao pagamento dos
juros e à custódia dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo BC.
A entrada em vigor do novo Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB trouxe uma importante alteração em
relação ao desenho original do sistema, uma vez que muitas transações passaram a ser efetuadas pelo valor
bruto em tempo real (LBTR). Com isso, a liquidação �nal da ponta �nanceira e da ponta do título para operações
de�nitivas e compromissadas (realizadas em seu ambiente) ocorre ao longo do dia, de forma simultânea,
operação por operação.
Todos os títulos são escriturais, isto é, emitidos exclusivamente na forma eletrônica. A liquidação da ponta
�nanceira de cada operação é realizada por intermédio do STR, ao qual o Selic é interligado. O sistema tem seus
centros operacionais (principal e de contingência) localizados na cidade do Rio de Janeiro. O horário normal de
funcionamento é das 6h30 às 18h30, em todos os dias úteis.
Para comandar operações, os participantes liquidantes e os participantes responsáveis por sistemas de
compensação e de liquidação encaminham mensagens por intermédio da Rede do Sistema Financeiro Nacional
– RSFN, observando padrões e procedimentos previstos em manuais especí�cos.
Tratando-se de um sistema de liquidação em tempo real, a liquidação de operações é
sempre condicionada à disponibilidade do título negociado na conta de custódia do
vendedor e à disponibilidade de recursos por parte do comprador. Na forma do regulamento
do sistema, são admitidas algumas associações de operações. Nestes casos, embora ao �m a
liquidação seja feita operação por operação, são considerados, na veri�cação da
disponibilidade de títulos e de recursos �nanceiros, os resultados líquidos relacionados com
o conjunto de operações associadas.
Participam do sistema, na qualidade de titular de conta de custódia, além do Tesouro Nacional e do BC: bancos
comerciais, múltiplos e de investimento, caixas econômicas, distribuidoras e corretoras de títulos e valores
mobiliários, entidades operadoras de serviços de compensação e de liquidação, fundos de investimento e
diversas outras instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.
Além do BC, são considerados liquidantes, respondendo diretamente pela liquidação �nanceira de operações, os
participantes titulares de conta reservas bancárias. Os não liquidantes liquidam suas operações por intermédio
de participantes liquidantes, conforme acordo entre as partes, e operam dentro de limites �xados por eles.
O Selic é o depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central do Brasil. O
Sistema processa os títulos, além de realizar emissão, resgate, pagamento dos juros e custódia.
Quais são os principais títulos custodiados no Selic?
Letras Financeiras do Tesouro – LFT;
Letras do Tesouro Nacional – LTN;
Notas do Tesouro Nacional – NTN, NTN-B, NTN-B Principal e NTN-F.
Câmara de Custódia e Liquidação – Cetip
A Câmara de Custódia e de Liquidação – Cetip é uma companhia de capital aberto que, por meio de soluções de
tecnologia e infraestrutura, proporciona liquidez, segurança e transparência para as operações �nanceiras.
Em operação desde 1986, ela é a entidade processadora da emissão, ou seja, é a depositária do
resgate e da custódia dos títulos e, dependendo do caso, do pagamento dos juros e demais
eventos a eles relacionados. As operações são realizadas no mercado de balcão, incluindo
aquelas realizadas por intermédio do CetipNet (sistema eletrônico de negociação).
No novo desenho do Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB, a liquidação por valores líquidos de
negócios da BM&FBOVESPA deixou de ser feita na própria Cetip, pois não atua como
contraparte central nas operações que liquida, ainda que permaneça como câmara de
compensação sistemicamente importante.
A entrega do ativo e o correspondente pagamento são mutuamente condicionados e ocorrem no mesmo
momento. Esse tipo de entrega, também chamado de entrega contra pagamento, é observado em todas as
operações com títulos. A liquidação �nanceira �nal é realizada via STR, em contas de liquidação mantidas no BC.
No sistema Cetip, os títulos registrados e liquidados
são:
Derivativos de balcão: swap, opções e termos.
Renda Fixa: Certi�cado de Depósito Bancário – CDB, Recibo de Depósito Bancário – RDB,
Letra Financeira – LF e Depósito Inter�nanceiro – DI.
Títulos agrícolas: Cédula de Produto Rural – CPR, Certi�cado de Recebíveis do
Agronegócio – CRA e Letra de Crédito do Agronegócio – LCA.
Título de Crédito: Cédula de Crédito Bancário – CCB.
Títulos Imobiliários: Cédula de Crédito Imobiliário – CCI, Certi�cado de Recebíveis
Imobiliários – CRI e Letra de Crédito Imobiliário – LCI.
Valores Mobiliários: Debêntures e Notas Promissórias – NP.
Cotas de fundos.
Câmara de Ações
A Câmara de Ações presta serviços de compensação e liquidação física e �nanceira do mercado de ações e de
operações realizadas nos mercados à vista e a prazo da BM&FBOVESPA.
A Câmara de Ações é a depositária central do mercado de ações no Brasil.
A Câmara de Ações é uma empresa com �ns lucrativos pertencente aos participantes do mercado
brasileiro.
É a única Depositária Central de Ativos e Contraparte Central (CCP) para os mercados à vista e
balcão organizado de ações, de derivativos de ações e de títulos de renda �xa privada.
Possui um gerenciamento de riscos sólido e vários mecanismos de proteção para lidar com falhas de
pagamento ou de entrega.
Possui uma estrutura segura de depositária e uma estrutura de contas segregada que garante a
proteção dos ativos do investidor �nal.
Todos os critérios de participação são públicos e claramente de�nidos, assegurando aos participantes
do mercado as mesmas condições de acesso.
Possui um plano de contingência que garante aos investidores a máxima proteção e integridade de seus
investimentos.Lavagem de Dinheiro e
Suitability
Conceito de Lavagem de Dinheiro
O que é lavagem de dinheiro?
A lavagem de dinheiro constitui um conjunto de operações comerciais ou �nanceiras que buscam
a incorporação dos recursos, bens e serviços que se originam ou estão ligados a atos ilícitos na
economia de cada país.
Com a Lei nº 12.683 de 2012, não há mais crimes antecedentes especí�cos para a constituição do
crime de Lavagem de Dinheiro. Atualmente a lavagem de dinheiro poderá ocorrer diante de
qualquer "infração penal".
Como acontece?
Ela é realizada por meio de um processo dinâmico, com três etapas independentes que, com
frequência, ocorrem simultaneamente:
colocação;
ocultação;
integração.
Conheça melhor cada etapa desse processo:
Colocação
Objetivando ocultar sua origem, o criminoso procura movimentar o dinheiro em países com regras mais
permissivas e naqueles que possuem um sistema �nanceiro mais liberal. A colocação se efetua por meio de
depósitos, compra de instrumentos negociáveis ou de bens. Para di�cultar a identi�cação da procedência do
dinheiro, os criminosos aplicam técnicas so�sticadas e cada vez mais dinâmicas, como o fracionamento dos
valores que transitam pelo sistema �nanceiro e a utilização de estabelecimentos comerciais que usualmente
trabalham com dinheiro em espécie.
Ocultação
Consiste em di�cultar o rastreamento contábil dos recursos ilícitos. O objetivo é quebrar a cadeia de
evidências diante da possibilidade da realização de investigações sobre a origem do dinheiro. Os criminosos
buscam movimentá-lo de forma eletrônica, transferindo os ativos para contas anônimas, em países amparados
por lei de sigilo bancário ou realizando depósitos em contas "fantasmas".
Integração
Consiste em incorporar formalmente os ativos ao sistema econômico. As organizações criminosas prestam
serviços entre si ou buscam investir em empreendimentos que facilitem suas atividades. Uma vez formada a
cadeia, torna-se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal.
Processos de Identi�cação do Cliente e
Operações Suspeitas
Princípio do "Conheça Seu Cliente"
De acordo com este processo, proveniente do inglês Know Your Customer, a identi�cação do cliente deve ser
satisfatoriamente estabelecida antes da concretização de uma operação. Caso o possível cliente se recuse
a fornecer as informações requeridas, a instituição �nanceira não deve aceitá-lo como cliente. Além disso, o
conceito recomenda que se utilize um formulário de identi�cação, cujo modelo pode ser elaborado pelas
próprias instituições, de acordo com suas necessidades.
Todo o processo de "Conheça Seu Cliente" deve ser elaborado pelo responsável da conta, passando por uma
pré-avaliação e uma aprovação do seu superior imediato, antes do envio para a avaliação e validação do
compliance o�cer da instituição.
Qual é o papel do compliance o�cer?
O compliance o�cer tem a responsabilidade de avaliar a qualidade das informações
apresentadas no formulário e se elas atendem aos requisitos mínimos exigidos para a
concretização de operações ou abertura de contas. Ele pode solicitar ao responsável da
conta que forneça mais informações que julgar necessárias. Para isso, é necessário manter um
procedimento regular de atualização e complementação das informações inicialmente
apresentadas, cabendo a cada instituição de�nir o prazo desejável para tanto.
Análise da Capacidade Financeira do Cliente
O princípio "Conheça Seu Cliente" deve ser aplicado sempre que for feita a análise da capacidade �nanceira do
cliente.
Para identi�cação e registro das operações, as instituições estão obrigadas a manter controles e
registros internos consolidados, que permitam veri�car a compatibilidade entre as movimentações de
recursos, atividade econômica e capacidade �nanceira.
Essas operações podem envolver moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, metais ou
qualquer outro ativo passível de ser convertido em dinheiro. Caso as informações obtidas não sejam su�cientes
para justi�car a movimentação �nanceira do cliente, deve-se fazer a comunicação de indício de lavagem de
dinheiro.
Manutenção de Informações Cadastrais Atualizadas
As instituições �nanceiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem
implementar políticas, procedimentos e controles internos, de forma compatível com seu porte e volume de
operações, destinados a prevenir sua utilização na prática dos crimes de lavagem de dinheiro.
Estas instituições devem coletar e manter atualizadas as informações cadastrais de seus clientes permanentes,
incluindo, no mínimo:
Quali�cação do cliente:
a. Pessoas naturais: nome completo, �liação, nacionalidade, data e local do nascimento,
documento de identi�cação (tipo, número, data de emissão e órgão expedidor) e número de
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF;
b. Pessoas jurídicas: �rma ou denominação social, atividade principal, forma e data de
constituição, informações referidas na alínea "a" que quali�quem e autorizem os
administradores, mandatários ou prepostos, número de inscrição no Cadastro Nacional da
Pessoa Jurídica – CNPJ e dados dos atos constitutivos devidamente registrados na forma da lei;
Endereços residencial e comercial completos;
Número do telefone e código de Discagem Direta a Distância – DDD
Valores de renda mensal e patrimônio, no caso de pessoas naturais, e de faturamento médio
mensal referente aos doze meses anteriores, no caso de pessoas jurídicas;
Declaração �rmada sobre os propósitos e a natureza da relação de negócio com a instituição.
As informações relativas a cliente pessoa natural devem abranger as pessoas naturais autorizadas a
representá-la.
As informações cadastrais relativas a cliente pessoa jurídica devem abranger as pessoas naturais autorizadas a
representá-la, bem como a cadeia de participação societária, até alcançar a pessoa natural caracterizada como
bene�ciário �nal.
Exceção
As pessoas jurídicas constituídas sob a forma de companhia aberta ou entidade sem �ns
lucrativos, para as quais as informações cadastrais devem abranger as pessoas naturais
autorizadas a representá-las, bem como seus controladores, administradores e diretores, se
houver.
As informações cadastrais relativas a cliente fundo de investimento devem incluir a respectiva denominação,
número de inscrição no CNPJ, bem como as informações de que tratam os incisos I a III relativas às pessoas
responsáveis por sua administração.
As instituições �nanceiras devem realizar testes de veri�cação, com periodicidade máxima de um ano,
que assegurem a adequação dos dados cadastrais de seus clientes.
Identi�cação e Registro de Operações
A Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, representa o marco legal relacionado a crimes de lavagem
ou ocultação de bens, direitos e valores. Ela também dispõe sobre a prevenção da utilização do
sistema �nanceiro contra atos relacionados a operações de lavagem de dinheiro e cria o Conselho
de Controle de Atividades Financeiras – COAF.
De�nição de Crime de Lavagem de Dinheiro: 
Art. 1 – Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou
propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.
Pena: 
Reclusão, de 3 a 10 anos, e multa.
A quem se aplica: 
Art. 9 – Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou
valores provenientes de infração penal:
os converte em ativos lícitos;
os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em
depósito, movimenta ou transfere;
importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros;
utiliza, na atividade econômica ou �nanceira, bens, direitos ou valores provenientes de
infração penal;
participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade
principal ou secundária é dirigida à práticade crimes previstos na Lei.
Quem está sujeito à Lei:
A Lei nº 9.613/98 - Art. 9 e a Lei nº 12.683/2.012 estipulam todas as pessoas físicas e jurídicas que
tenham, em caráter permanente ou eventual, como atividade principal ou acessória,
cumulativamente ou não:
a captação, intermediação e aplicação de recursos �nanceiros de terceiros, em moeda
nacional ou estrangeira;
a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como ativo �nanceiro ou instrumento
cambial;
a custódia, emissão, distribuição, liquidação, negociação, intermediação ou administração
de títulos e valores mobiliários.
Parágrafo único – Sujeitam-se às mesmas obrigações:
as bolsas de valores, as bolsas de mercadorias ou futuros e os sistemas de negociação
do mercado de balcão organizado;
as seguradoras, as corretoras de seguros e as entidades de previdência complementar
ou de capitalização;
as administradoras de cartões de credenciamento ou cartões de crédito, bem como as
administradoras de consórcios para aquisição de bens ou serviços;
as administradoras ou empresas que se utilizem de cartão ou qualquer outro meio
eletrônico, magnético ou equivalente, que permita a transferência de fundos;
as empresas de arrendamento mercantil (leasing) e as de fomento comercial
(factoring);
as sociedades que efetuem distribuição de dinheiro ou quaisquer bens móveis,
imóveis, mercadorias, serviços, ou, ainda, concedam descontos na sua aquisição,
mediante sorteio ou método assemelhado;
as �liais ou representações de entes estrangeiros que exerçam no Brasil qualquer das
atividades listadas neste artigo, ainda que de forma eventual;
as demais entidades cujo funcionamento dependa de autorização de órgão regulador
dos mercados �nanceiro, de câmbio, de capitais e de seguros;
as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que operem no Brasil como
agentes, dirigentes, procuradoras, comissionárias ou por qualquer forma representem
interesses de ente estrangeiro que exerça qualquer das atividades referidas neste
artigo;
as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades de promoção imobiliária ou
compra e venda de imóveis;
as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem joias, pedras e metais preciosos,
objetos de arte e antiguidades.
as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de luxo ou de alto valor,
intermedeiem a sua comercialização ou exerçam atividades que envolvam grande
volume de recursos em espécie;
as juntas comerciais e os registros públicos;
as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de
assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de
qualquer natureza, em operações:
de compra e venda de imóveis, estabelecimentos comerciais ou industriais ou
participações societárias de qualquer natureza;
de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos;
de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança, investimento ou de
valores mobiliários;
de criação, exploração ou gestão de sociedades de qualquer natureza,
fundações, fundos �duciários ou estruturas análogas;
�nanceiras, societárias ou imobiliárias; e
de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos relacionados a
atividades desportivas ou artísticas pro�ssionais.
pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promoção, intermediação, comercialização,
agenciamento ou negociação de direitos de transferência de atletas, artistas ou feiras,
exposições ou eventos similares;
as empresas de transporte e guarda de valores;
as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de alto valor de origem rural ou
animal ou intermedeiem a sua comercialização; e
as dependências no exterior das entidades mencionadas neste artigo, por meio de sua
matriz no Brasil, relativamente a residentes no País.
Todas elas sujeitam-se à identi�cação e aos registros de operações previstos nessas leis.
Penalidades
Às pessoas sujeitas à lei, bem como aos administradores das pessoas jurídicas, que deixem de
cumprir as obrigações previstas na lei serão aplicadas, cumulativamente ou não, pelas autoridades
competentes, as seguintes sanções:
advertência;
multa pecuniária variável não superior:
ao dobro do valor da operação;
ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela
realização da operação; ou
ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais);
inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o exercício do cargo de
administrador das pessoas jurídicas sujeitas à lei;
cassação ou suspensão da autorização para o exercício de atividade, operação ou
funcionamento.
Pela Lei nº 9.613/98 - art. 10, essas pessoas:
Identi�carão seus clientes e manterão cadastro atualizado, nos termos de instruções
emanadas das autoridades competentes.
Manterão registro de toda transação em moeda nacional ou estrangeira, títulos e
valores mobiliários, títulos de crédito, metais ou qualquer ativo passível de ser
convertido em dinheiro, que ultrapassar limite �xado pela autoridade competente e
nos termos de instruções por esta expedidas.
Deverão adotar políticas, procedimentos e controles internos compatíveis com seu
porte e volume de operações, que lhes permitam atender ao disposto neste artigo e
no Art. 11, na forma disciplinada pelos órgãos competentes.
Deverão cadastrar-se e manter seu cadastro atualizado no órgão regulador ou
�scalizador e, na falta deste, no Conselho de Controle de Atividades Financeiras –
COAF, na forma e condições por eles estabelecidas.
Deverão atender às requisições formuladas pelo COAF na periodicidade, forma e
condições por ele estabelecidas, cabendo-lhe preservar, nos termos da lei, o sigilo das
informações prestadas.
§ 1º — Na hipótese de o cliente constituir-se em pessoa jurídica, a identi�cação referida
no inciso I deste artigo deverá abranger as pessoas físicas autorizadas a representá-la,
bem como seus proprietários.
§ 2º — Os cadastros e registros referidos nos incisos I e II deste artigo deverão ser
conservados durante o período mínimo de cinco anos, a partir do encerramento da
conta ou da conclusão da transação, prazo este que poderá ser ampliado pela
autoridade competente.
§ 3º — O registro referido no inciso II deste artigo será efetuado também quando a
pessoa física ou jurídica, seus entes ligados, houver realizado, em um mesmo mês-
calendário, operações com uma mesma pessoa, conglomerado ou grupo que, em seu
conjunto, ultrapassem o limite �xado pela autoridade competente.
Operações Suspeitas
Operações suspeitas podem ser caracterizadas como aquelas que são realizadas com menor frequência e
podem fornecer indícios da possibilidade de ocorrência de lavagem de dinheiro. São alguns exemplos:
realização de depósitos, saques, pedidos de provisionamento para saque ou qualquer outro
instrumento de transferência de recursos em espécie, que apresentem atipicidade em relação à
atividade econômica do cliente ou incompatibilidade com a sua capacidade econômico-�nanceira;
movimentações em espécie realizadas por clientes cujas atividades possuam como característica a
utilização de outros instrumentos de transferência de recursos, tais como cheques, cartões de débito ou
crédito;
aumentos substanciais no volume de depósitos em espécie de qualquer pessoa natural ou jurídica, sem
causa aparente, nos casos em que tais depósitos forem posteriormente transferidos, dentro de curto
período de tempo, a destino não relacionado com o cliente;
fragmentação de depósitos, em espécie, de forma a dissimular o valor total da movimentação.
A lista completa de operações suspeitas se encontra na Circular do Banco Central 3.542/2.012
Obrigatoriedade de comunicação e controle
As instituições abrangidas pela lei estão obrigadas a comunicar às autoridades competentes uma
série de atividades suspeitas, sem dar ciência de tal ato aos clientes envolvidos.
Registro Interno – A instituição�nanceira deve manter registros de todas as operações ≥ R$ 10 mil e também
de operações com mesma pessoa/conglomerado/grupo (mês) ≥ R$ 10 mil.
Comunicação das operações �nanceiras
Dispensarão especial atenção às operações que, nos termos de instruções emanadas
das autoridades competentes, possam constituir-se em sérios indícios dos crimes
previstos na Lei nº 9.613 ou com eles se relacionarem.
Deverão comunicar ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras – COAF,
abstendo-se de dar ciência de tal ato a qualquer pessoa, inclusive àquela à qual
se re�ra a informação, no prazo de 24 horas, a proposta ou realização:
a. de todas as transações em moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores
mobiliários, títulos de crédito, metais ou qualquer ativo passível de ser convertido
em dinheiro que ultrapassar limite �xado pela autoridade competente e nos
termos de instruções por esta expedidas, acompanhadas da identi�cação;
b. das operações referidas no inciso I acima.
Deverão comunicar ao órgão regulador ou �scalizador da sua atividade ou, na sua
falta, ao Coaf, na periodicidade, forma e condições por eles estabelecidas, a não
ocorrência de propostas, transações ou operações passíveis de serem comunicadas.
Novas regras de procedimentos de combate à lavagem
de dinheiro, conforme Circular nº 3.839 do Banco
Central
Das Operações com Recursos em Espécies
Com início em 27/12/2017, a circular tem como objetivo a redução de R$ 100.000,00 para R$
50.000,00 o valor para Comunicações de Operações Automáticas (COA) ao COAF.
Estão inseridas as seguintes operações:
Emissão ou recarga de valores em um ou mais cartões pré-pagos, em montante
acumulado igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) ou o equivalente em
moeda estrangeira, no mês calendário.
Depósito em espécie, saque em espécie, ou saque em espécie por meio de cartão pré-
pago, de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
Emissão de cheque administrativo, TED ou de qualquer outro instrumento de
transferência de fundos contra pagamento em espécie, de valor igual ou superior a R$
50.000,00 (cinquenta mil reais).
De acordo com a Circular nº 3839/17, as instituições devem requerer de seus clientes e dos
sacadores não clientes comunicação prévia, com, no mínimo, três dias úteis de antecedência, dos
saques e pagamentos em espécie de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
As seguintes informações exigidas deverão ser fornecidas através de um formulário eletrônico
padronizado, disponibilizado pelas agências bancárias e Postos de Atendimento (PA):
Data e o valor do depósito, do saque em espécie, do saque em espécie por meio de
cartão pré-pago ou do provisionamento para saque.
Finalidade do saque ou do pagamento em espécie.
No formulário também deverá constar a identi�cação dos responsáveis e dos bene�ciários do
saque. As informações fornecidas pelos clientes serão automaticamente encaminhadas para o
COAF.
Análise do Per�l do Investidor – API
As pessoas habilitadas a atuar como integrantes do sistema de distribuição e os consultores de valores
mobiliários não podem recomendar produtos, realizar operações ou prestar serviços sem que veri�quem sua
adequação ao per�l do cliente.
Para tornar o processo de adequação de produtos de investimento mais claro e objetivo, pode-se
desenvolver uma Análise do Per�l do Investidor. Trata-se de uma metodologia que orienta o investidor a
identi�car seu per�l e veri�car a adequação de produtos de investimento.
A Instrução CVM 539 de 2013 regulamenta o dever de veri�cação da adequação dos produtos, serviços e
operações ao per�l do cliente. As regras previstas na instrução são aplicáveis às recomendações de produtos ou
serviços, direcionadas a clientes especí�cos, realizadas mediante contato pessoal, seja sob forma oral, escrita,
eletrônica ou pela internet.
A API é geralmente desenvolvida a partir de um questionário ao investidor, antes da decisão sobre em quais
produtos ele irá aplicar seus recursos.
Fatores que Determinam o Per�l do Investidor
Para veri�car se há adequação entre a recomendação de produtos ou serviços ao per�l do cliente, deve-se
checar se:
o produto, serviço ou operação é adequado aos objetivos de investimento do cliente;
a situação �nanceira do cliente é compatível com o produto, serviço ou operação;
o cliente possui conhecimento necessário para compreender os riscos relacionados ao produto,
serviço ou operação.
Para tal, é necessário analisar, no mínimo:
o período em que o cliente deseja manter o investimento;
as preferências declaradas do cliente quanto à assunção de riscos;
as �nalidades do investimento.
Para determinar a tolerância aos riscos do cliente, é preciso analisar, no mínimo:
o valor das receitas regulares declaradas pelo cliente;
o valor e os ativos que compõem o patrimônio do cliente;
a necessidade futura de recursos declarada pelo cliente.
Após esta análise, deve-se avaliar e classi�car o cliente em categorias de per�l de risco previamente
estabelecidas.
Para determinar a necessidade futura de recursos do cliente, devem analisar, no mínimo:
os tipos de produtos, serviços e operações com os quais o cliente tem familiaridade;
a natureza, o volume e a frequência das operações já realizadas pelo cliente no mercado de valores
mobiliários, bem como o período em que tais operações foram realizadas;
a formação acadêmica e a experiência pro�ssional do cliente (quando pessoa física).
Adequação de Produtos em Função do Per�l do
Investidor
Pro�ssionais devem analisar e classi�car as categorias de produtos com que atuam, identi�cando as
características que possam afetar sua adequação ao per�l do cliente, devendo ser considerados, no mínimo:
os riscos associados ao produto e seus ativos subjacentes;
o per�l dos emissores e prestadores de serviços associados ao produto;
a existência de garantias;
os prazos de carência.
É vedada a recomendação de produtos ou serviços ao cliente quando:
o per�l do cliente não for adequado ao produto ou serviço;
não sejam obtidas as informações que permitam a identi�cação do per�l do cliente; ou
as informações relativas ao per�l do cliente não estiverem atualizadas.
Quando o cliente ordenar a realização de operações, antes da primeira operação, o pro�ssional deve:
alertar o cliente acerca da ausência ou desatualização de per�l ou da sua inadequação, com a
indicação das causas da divergência;
obter declaração expressa do cliente de que está ciente da ausência, desatualização ou
inadequação de per�l.
A atualização das informações relativas ao per�l de clientes, assim como a análise e a classi�cação das
categorias de valores mobiliários que compõem as carteiras de clientes, devem ser feitas em intervalos de, no
mínimo, 24 meses.
O pro�ssional �ca dispensado do dever de veri�car a adequação de produtos e serviços ao per�l do cliente
quando ele for de:
pessoas habilitadas a atuar como integrantes do sistema de distribuição;
companhias seguradoras e sociedades de capitalização;
entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
fundos de investimento;
investidores não residentes;
pessoas jurídicas que sejam consideradas investidores quali�cados, conforme regulamentação
especí�ca;
analistas, administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM,
em relação a seus recursos próprios.
Prazo de Manutenção de Documentos
Os pro�ssionais devem manter, pelo prazo mínimo de cinco anos contados da última recomendação prestada
ao cliente ou da última operação realizada pelo cliente, conforme o caso, ou por prazo superior por
determinação expressa da CVM, em caso de processo administrativo, todos os documentos e declarações
exigidos pela Instrução CVM 539.
Código Anbima de Regulação e Melhores
Práticas de Distribuição de Produtos de
Investimento no Varejo
Propósito

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