Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Universidade Federal de Santa Maria Centro de Cieˆncias Naturais e Exatas Departamento de Matema´tica Disciplina: A´lgebra Linear Autovalores e Autovetores Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Conteu´do Autovetores Autovalores Matrizes Semelhantes Matrizes Diagonaliza´veis Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Autovetores Seja f : V → V um operador linear. Dizemos que um vetor na˜o-nulo v ∈ V e´ um autovetor do operador f se existe λ ∈ R tal que f (v) = λv . Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Autovalores O nu´mero real λ que satisfaz f (v) = λv e´ denominado autovalor de f associado ao autovetor v . Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Observac¸a˜o Por definic¸a˜o, um vetor na˜o-nulo v e´ um autovetor se a imagem f (v) for um mu´ltiplo escalar de v . No R2 e no R3, diz-se que v e f (v) teˆm a mesma direc¸a˜o. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Observac¸a˜o Na figura abaixo, o vetor v e´ um autovetor de f . Dependendo do valor de λ, o operador f dilata v , contrai v , inverte o sentido de v ou o anula, no caso em que λ = 0. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Observac¸a˜o O vetor v , na figura a seguir, e´ um autovetor de f ? Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Observac¸a˜o O vetor v = 0 sempre satisfaz a igualdade f (v) = λv , para todo λ ∈ R. Entretanto, por definic¸a˜o, o autovetor e´ sempre um vetor na˜o-nulo. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Exemplo 1 Mostre que v = (5, 2) e´ um autovetor do operador f : R2 → R2 definido por f (x , y) = (4x + 5y , 2x + y), associado ao autovalor λ = 6. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Observac¸a˜o Em outras palavras, a multiplicac¸a˜o do autovetor v pelo autovalor λ ou pela matriz canoˆnica A de f , tem como resultado o mesmo vetor, mu´ltiplo escalar de v . Assim a matriz A atua na multiplicac¸a˜o por v como se fosse o nu´mero real λ. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Exemplo 2 Mostre que v = (2, 1) na˜o e´ autovetor do operador f : R2 → R2 definido por f (x , y) = (4x + 5y , 2x + y). Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Exemplo 3 Sempre que um vetor v e´ autovetor de um operador linear f associado a um autovalor λ, isto e´ f (v) = λv , o vetor αv , para qualquer nu´mero real na˜o-nulo α, e´ tambe´m autovetor de f associado ao mesmo autovalor λ. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Exemplo 4 Na simetria do R3 definida por f (v) = −v , qualquer vetor na˜o-nulo v e´ autovetor de f associado ao autovalor λ = −1. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Exemplo 5 O vetor v = (0, 1) ∈ R2 e´ autovetor do operador linear definido por f (x , y) = (x , 0), associado ao autovalor λ = 0. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Observac¸a˜o Por este u´ltimo exemplo, fica evidente que o vetor zero na˜o poder ser, por definic¸a˜o, autovetor na˜o impede que o nu´mero zero seja autovalor. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Exemplo 6 Seja I : R2 → R2 o operador identidade. Mostre que todo vetor na˜o-nulo do R2 e´ um autovetor de I . Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Exemplo 7 Seja T : R2 → R2 o operador linear definido por T (x , y) = (x ,−y) o qual representa uma reflexa˜o no eixo x . Mostre que (x , 0) e (0, y) sa˜o autovetores de T , para x , y na˜o-nulos. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Determinac¸a˜o dos Autovalores Seja f : R2 → R2 o operador linear do R2 tal que f (v) = A.v , onde A = [ a11 a12 a21 a22 ] . Seja v um autovetor de f associado ao autovalor λ. Enta˜o, por definic¸a˜o, f (v) = λv . Ou seja, f (v) = Av = λv e, com isso, Av − λIv = (A− λI )v = 0 Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Determinac¸a˜o dos Autovalores Fazendo v = [ x y ] , obtemos: (A− λI )v = ([ a11 a12 a21 a22 ] − λ [ 1 0 0 1 ])[ x y ] = [ 0 0 ] Esta igualdade representa um sistema homogeˆneo de duas equac¸o˜es e duas varia´veis. Como precisamos determinar v 6= 0, enta˜o det(A− λI ) = 0. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Determinac¸a˜o dos Autovalores Esta e´ a equac¸a˜o caracter´ıstica do operador f e suas ra´ızes sa˜o os autovalores de f . Os autovetores correspondentes sera˜o obtidos ao substituirmos os valores de λ na equac¸a˜o[ a11 − λ a12 a21 a22 − λ ] [ x y ] = [ 0 0 ] Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Exemplo 8 Determine os autovalores e os autovetores do operador linear f : R2 → R2 definido por f (x , y) = (4x + 5y , 2x + y) Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Exemplo 9 Determine os autovalores e os autovetores da transformac¸a˜o linear f representada pela matriz A = 7 −2 0−2 6 −2 0 −2 5 Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonetv e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Exemplo 10 Determine os autovalores e os autovetores da transformac¸a˜o linear f representada pela matriz A = [ −16 10 −16 8 ] Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Matrizes Semelhantes Seja f : V → V um operador linear. Se A e B sa˜o bases de V e TA e TB as matrizes que representam o operador f nas bases A e B, respectivamente, enta˜o TB = Q −1TAQ sendo Q a matriz mudanc¸a de base de B para A. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Prova Segue da definic¸a˜o de transformac¸a˜o linear que f (v)A = TAvA (1) f (v)B = TBvB (2) Ale´m disso, vA = QvB (3) f (v)A = Qf (v)B (4) Substituindo (3) e (4) em (1), obtemos: Qf (v)B = TAQvB Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Prova Como Q e´ uma matriz invers´ıvel, pode-se escrever Q−1Qf (v)B = Q−1TAQvB ou f (v)B = Q −1TAQvB (5) Comparando (5) com (2), obtemos TB = Q −1TAQ Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Observac¸o˜es As matrizes TA e TB sa˜o chamadas de matrizes semelhantes. Duas matrizes sa˜o semelhantes quando definem, em V , um mesmo operador linear f , em duas bases diferentes. Mais precisamente, duas matrizes TA e TB sa˜o semelhantes se existe uma matriz invers´ıvel Q tal que TB = Q −1TAQ. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Exerc´ıcio 1 Sejam f : R2 → R2 um operador linear e as bases A = {(3, 4), (5, 7)} e B = {(1, 1), (−1, 1)}. Sabendo que TA = [ −2 4 2 −1 ] calcular TB utilizando a relac¸a˜o TB = Q −1TAQ. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Exerc´ıcio 2 Dado o operador linear f : R2 → R2 definido por f (x , y) = (2x + 9y , x + 2y), determinar T , a matriz canoˆnica de f , e a seguir, utilizando a relac¸a˜o entre matrizes semelhantes, calcular a matriz de f na base B = {(3, 1), (−3, 1)}. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Observac¸a˜o Observe que a matriz diagonal TB que representa f na base B e´ mais simples, no sentido de estrutura do que a matriz canoˆnica T . Esta simplificac¸a˜o esta´ associada a escolha adequada de uma base, pois e´ a matriz mudanc¸a de base Q que atua sobre a matriz de um operador linear para transforma´-la em outra matriz do mesmo operador. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Propriedade 1 Se λ e´ um autovalor de um operador linear f : V → V , o conjunto Sλ de todos os vetores v ∈ V , inclusive o vetor v = 0, tais que f (v) = λv , e´ um subespac¸o vetorial de V . O conjunto Sλ e´ denominado autoespac¸o associado ao autovalor λ. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Propriedade 2 Matrizes semelhantes teˆm o mesmo polinoˆmio caracter´ıstico e, por isso, os mesmos autovalores. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Exerc´ıcio 3 Determine a matriz de f : R2 → R2 definido por f (x , y) = (x + 2y ,−x + y) na base A = {(−1, 1), (1, 2)} e, utilizando a relac¸a˜o entre matrizes semelhantes, calcular a matriz de f na base B = {(1,−3), (0, 2)}. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Exerc´ıcio 4 Seja f : R2 → R2 um operador linear. Dadas as base A = {(1, 0), (0, 1)} e B = {(4, 1), (−11,−3)}, e sabendo que TB = [ 3 5 1 2 ] determinar TA utilizando a relac¸a˜o entre matrizes semelhantes. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Exerc´ıcio 5 Dado o operador linear f : R2 → R2 definido por f (x , y) = (x + y , x − y), a) Determinar TB sendo B = {(1, 2), (0,−1)}. b) Utilizar TB para calcular f (v)B , sabendo que v = (4, 2). Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Diagonalizac¸a˜o de Operadores Sabe-se que, dado um operador linear f : V → V , a cada base B de V corresponde uma matriz TB que representa f nesta base. Pretendemos obter uma base do espac¸o vetorial V de modo que a matriz de f nessa base seja a mais simples poss´ıvel. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Propriedade I Autovetores associados a autovalores distintos sa˜o linearmente independentes. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Prova Seja f : R2 → R2 com autovalores distintos λ1 e λ2 tais que f (v1) = λ1v1 e f (v2) = λ2v2 Consideremos a1v1 + a2v2 = 0. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Prova Segue da linearidade de f que: f (a1v1 + a2v2) = a1f (v1) + a2f (v2) = 0 ou seja, a1λ1v1 + a2λ2v2 = 0 Mas, multiplicando ambos membros de a1v1 + a2v2 = 0 por λ1 obtemos a1v1λ1 + a2v2λ1 = 0 Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Prova Subtraindo estas igualdades, obtemos a2(λ2 − λ1)v2 = 0 Como v2 e´ na˜o nulo e λ1 e λ2 sa˜o autovalores distintos, enta˜o a2 = 0. Da mesma forma, como v1 e´ na˜o nulo e a1λ1v1 + a2λ2v2 = 0 enta˜o a1 = 0. Portanto, o conjunto {v1, v2} e´ LI. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Propriedade 2 Se f : V → V e´ um operador linear, dimV = n e f possui n autovalores distintos, o conjunto {v1, v2, ..., vn} formado pelos respectivos autovetores e´ uma base de V . Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Exemplo 11 Determine os autovalores e os autovetores do operador linear f : R2 → R2 definido por f (x , y) = (−3x − 5y , 2y). Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes MatrizesDia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Propriedade 3 Se um operador linear f : R3 → R3 admite autovalores λ1, λ2, λ3 distintos, associados a v1, v2, v3, respectivamente, a propriedade 2 assegura que o conjunto {v1, v2, v3} e´ uma base de R3. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Propriedade 3 Tendo em vista que f (v1) = λ1v1 + 0v2 + 0v3 f (v2) = 0v1 + λ2v2 + 0v3 f (v3) = 0v1 + 0v2 + λ3v3 o operador f e´ representado na base P dos autovetores pela matriz diagonal TP = λ1 0 00 λ2 0 0 0 λ3 = D cujos elementos da diagonal principal sa˜o os autovalores de f . A matriz D e´ a mais simples representante do operador f . Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Propriedade 3 Sendo A a matriz canoˆnica do operador linear f , as matrizes A e D sa˜o semelhantes por representarem o mesmo operador em bases diferentes e, portanto, D = Q−1AQ, onde Q e´ a matriz mudanc¸a de base de P para a base canoˆnica C do R3. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Propriedade 3 Tendo em vista que Q = C−1P = I−1P = P obtemos que D = P−1AP, sendo P a matriz cujas colunas sa˜o os autovetores de f . Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Matriz Diagonaliza´vel A matriz quadrada A e´ diagonaliza´vel se existe uma matriz invers´ıvel P tal que P−1AP seja uma matriz diagonal. Equivalentemente, um operador f : V → V e´ diagonaliza´vel se existe uma base para V formada de autovetores de f . Diz-se, neste caso, que a matriz P diagonaliza A ou que P e´ a matriz diagonalizadora. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Exerc´ıcio 6 Determinar uma matriz P que diagonaliza a matriz A = 3 −1 1−1 5 −1 1 −1 3 e calcular P−1AP. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Exerc´ıcio 7 Dado o operador linear f : R2 → R2 definido por f (x , y) = (4x + 5y , 2x + y) determinar uma base do R2 em relac¸a˜o a` qual a matriz de f e´ diagonal. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Exerc´ıcio 8 Determinar uma matriz P que diagonaliza a matriz A = 2 −1 00 1 −1 0 2 4 . Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Propriedade 1 A equac¸a˜o caracter´ıstica de uma matriz sime´trica tem apenas ra´ızes reais. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Prova Consideremos a matriz sime´trica A = [ p r r q ] cuja equac¸a˜o caracter´ıstica e´ det(A− λI ) = (p − λ)(q − λ)− r2 = 0 Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Prova Tendo em vista que esse discriminante e´ uma soma de quadrados, as ra´ızes da equac¸a˜o caracter´ıstica sa˜o reais e, portanto, a matriz A possui dois autovalores. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Propriedade 2 Se f : V → V e´ um operador linear sime´trico com autovalores distintos, os autovetores correspondentes sa˜o ortogonais. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Lembre que uma matriz A e´ diagonalizada pela matriz P da base de autovetores por meio de D = P−1AP. No caso particular de A ser uma matriz sime´trica, P sera´ uma matriz de uma base ortogonal, de acordo com a Propriedade 2. A`s vezes, por convenieˆncia, ha´ interesse que a base P seja ortonormal, o que se obte´m normalizando cada vetor. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Assim, segue de P ser uma matriz ortogonal, que P−1 = Pt e, com isso, D = P−1AP = PtAP Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Exerc´ıcio 9 Determinar uma matriz ortogonal P que diagonaliza a matriz sime´trica A = 7 −2 0−2 6 −2 0 −2 5 . Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Exerc´ıcio 10 Dado o operador linear sime´trico f : R3 → R3 definido pela matriz A = 1 0 −20 0 0 −2 0 4 determinar uma matriz ortogonal P que diagonaliza A. Autovalores e Autovetores Profa. Dra. Luciane Gobbi Tonet v e λ Matrizes Semelhantes Matrizes Dia- gonaliza´veis Diagonalizac¸a˜o de matrizes sime´tricas Importante E´ importante observar que se v2.v3 6= 0, seria necessa´rio utilizar o processo de Gram-Schmidt para se obter os autovetores ortogonais, isto e´ v2.v3 = 0 e, em consequeˆncia, os vetores µ1, µ2, µ3 serem ortonormais. v e Matrizes Semelhantes Matrizes Diagonalizáveis Diagonalização de matrizes simétricas
Compartilhar