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Rochas Sedimentares

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1 
Rochas 
As rochas são, basicamente, associações naturais de dois ou mais minerais 
agregados ou não e, normalmente, cobrindo vastas áreas da crosta (crosta) 
terrestre e, por vezes, embora raras, constituídas por um só mineral. São, 
normalmente, agrupadas, de acordo com a sua origem, em três grandes 
classes: magmáticas ou ígneas (ignis = fogo), metamórficas e 
sedimentares. 
O domínio da Geologia que se dedica ao estudo da composição, origem e 
história natural das rochas designa-se por Petrologia. Assim sendo, passamos 
a ter três subdomínios da Petrologia: 1) das rochas magmáticas, 2) das 
rochas metamórficas e 3) das rochas sedimentares. 
 
Rochas Sedimentares 
Rochas sedimentares são compostas por sedimentos carregados pela água e 
pelo vento, acumulados em áreas deprimidas. Correspondem a 80% da área 
dos continentes, existe grande probabilidade de conterem material fóssil e 
formam as bacias. 
As rochas sedimentares formam-se por três processos principais: 
� pela deposição (sedimentação) das partículas originadas pela erosão de 
outras rochas (conhecidas como rochas sedimentares clásticas); 
� pela deposição dos materiais de origem biogénica; e 
� pela precipitação de substâncias em solução. 
Rochas Detríticas ou Clásticas – constituídas a partir de sedimentos 
detríticos; Rochas Quimiogénicas ou de Precipitação – com origem em 
sedimentos constituídos por precipitados e Rochas Biogénicas ou 
Organogénicas – formadas por restos de animais ou plantas ou substâncias 
resultantes da sua atividade. 
 2 
Gênese das Rochas Sedimentares 
Pelo intemperismo são produzidos os sedimentos na área-fonte. Os agentes 
geológicos promovem: a remoção dos produtos do intemperismo, em um 
processo chamados de erosão; o transporte dos sedimentos das áreas-fonte 
até o local de acumulação denominado bacia sedimentar e a deposição na 
bacia sedimentar. 
 As áreas-fonte de sedimentos são todas as porções elevadas da superfície da 
Terra. As bacias sedimentares são porções deprimidas da superfície do 
planeta, que sofrendo subsidência, são capazes de acumular sedimentos. 
Após a deposição nas bacias sedimentares os sedimentos são litificados, isto 
é, convertidos em rochas, por um conjunto de processos chamado diagênese. 
A diagênese inclui: 
� compactação dos sedimentos e expulsão de água; 
� precipitação de minerais nos poros, causando a cimentação; 
� amplo espectro de reações químicas a baixas temperatura e pressões 
entre soluções aquosas e rocha. 
É vulgar observarem-se, na Natureza, rochas com formas caprichosas e nós 
vamos tentar dar uma explicação para a origem de algumas dessas formas nas 
rochas. 
 
 
 
 
Erosão marinha de estratos ou camadas 
calcárias. 
Erosão pluvial, fluvial e eólica de estratos 
de arenitos e calcários. 
 3 
Para começarmos vamos olhar para o esquema da gênese das rochas 
sedimentares (Figura 1), e fazer uma análise sucinta do mesmo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Esquema simplificado da gênese das rochas sedimentares. 
 4 
As rochas expostas à superfície da crosta terrestre ficam sujeitas às ações 
físicas e químicas exercidas pelo contacto com a atmosfera (temperatura e 
vento), hidrosfera (água) e biosfera (seres vivos). A meteorização 
(intemperismo) não é mais que o resultado das ações físicas e químicas sobre 
as rochas. Como conseqüência, as rochas são gradualmente alteradas e 
desagregadas. Assim, temos a desintegração das rochas por meios 
mecânicos e a decomposição das mesmas por meios químicos. 
Evidentemente, estes dois processos não atuam separadamente mas em 
função das diferentes condições climáticas há um que é predominante sobre o 
outro. 
A desagregação ou desintegração acontece pela contração e expansão 
provocadas pelas variações de temperatura, facilitada pela existência de 
fendas, as diáclases, resultantes quer das condições de arrefecimento das 
rochas ígneas, quer do relaxamento da pressão durante a ação das forças 
tectônicas. As diáclases enchem-se de água das chuvas e, sobretudo, à noite 
quando se dá o abaixamento da temperatura, a água gela e aumenta de 
volume, partindo as rochas por efeito da pressão. Quando a rocha é porosa, a 
água penetra mais profundamente e o aumento de volume por congelamento 
da água provoca tensões internas capazes de a fragmentar. Também, as 
variações de temperatura entre o dia e a noite, implicam que os distintos 
coeficientes de dilatação dos minerais que formam as rochas se traduzam 
em tensões que tendem a aumentar as fissuras e diáclases existentes. Os 
seres vivos, sobretudo, as raízes de árvores que se desenvolvem nas fissuras, 
ao crescerem partem grandes blocos com facilidade. 
A decomposição das rochas por meios químicos envolve, quase sempre, a 
presença de água que atua, particularmente, como dissolvente (Figuras 2 e 3). 
A decomposição por dissolução é desigual nas distintas rochas, dependendo 
dos minerais que as constituem. O quartzo é dificilmente solúvel, ao contrário 
da calcita que é muito solúvel em águas ricas em CO2. A dissolução efetua-se 
tanto à superfície, pelas águas superficias (runoff), como em profundidade 
pela ação das águas subterrâneas, bem como próximo da superfície pelas 
 5 
águas de infiltração. A água, ao realizar esta ação, atua ao mesmo tempo 
como agente de transporte das substâncias dissolvidas. 
Pela sua natureza, os processos e produtos da meteorização química 
originadas pelos diferentes agentes são complexos e interdependentes. A 
dissolução, hidratação, hidrólise, oxidação, redução e lixiviação dos 
compostos mais solúveis combinam-se de formas diferentes de acordo com o 
tipo de rocha, o clima e a morfologia da região. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: Esquema simplificado de um modelado cársico numa formação calcária, 
resultante da acção dissolvente da água. A - Dolina; B - Campos de lapiás; C - Gruta 
com rio subterrâneo; D - Estalagmite; E - Estalactite; F - Algar; G - Exsurgência. 
 
 
 
 
 
Figura 3: Aspecto de uma gruta 
numa formação calcária, 
mostrando as estalagmites e 
estalactites. 
 6 
Como conseqüência da ação dos agentes meteóricos sobre as rochas, estas 
vão sendo desagregadas originando fragmentos e grãos de diferentes 
dimensões, os chamados detritos ou clastos. A ação de desgaste e remoção 
dos diferentes detritos e soluções, que acontece a seguir ou em simultâneo à 
meteorização, chama-se erosão. Os agentes são, praticamente, os mesmos 
que atuam na meteorização. O vento, por exemplo, tem uma ação importante 
principalmente nos locais onde os produtos da meteorização não estão 
protegidos por vegetação ou outros obstáculos. O vento arranca detritos 
incoerentes e secos. Este fenômeno denomina-se deflação. Arrastando 
consigo os detritos arrancados, o vento, próximo do solo, provoca a erosão das 
rochas, podendo originar um modelado designado por blocos pedunculados 
(massas rochosas escavadas na parte inferior). Este tipo de erosão eólica 
denomina-se corrosão. 
A ação erosiva causada pelos diferentes tipos de águas (pluviais, fluviais, 
subterrâneas, lacustres, marinhas, glaciares, etc.) é sobejamente conhecida. 
Por exemplo, a capacidade de erosão de um rio é máxima quando experimenta 
grande cheia e a sua água atinge grande velocidade. A velocidade de desgaste 
do leito do rio depende do caudal, do declive, da natureza dos detritos 
arrastados e das rochas constituintes do leito, e varia ao longo do curso do rio. 
Como acabamos de ver os materiais resultantes da meteorização, 
normalmente, não ficam no seu local de origem. São deslocados para outros 
locais: pelo vento, gravidade, águas (estado líquido e sólido) - dissolução e 
detritos ou clastos, e seres vivos, particularmente pelo homem. Destaforma 
ocorre o transporte. 
A sedimentação ou deposição ocorre, em vários ambientes (deltáico, 
lagunar, marinho, lacustre, etc.), sobretudo por ação da gravidade. O agente 
transportador perde a força de arraste e deposita os detritos que transportava, 
segundo a dimensão e densidade dos detritos. Como resultado de sucessivos 
transportes e deposições formam-se camadas ou estratos de sedimentos, 
disposição característica da grande maioria das rochas sedimentares. 
 7 
A diagênese consiste nas mudanças ou transformações, químicas, físicas e 
biológicas, sofridas por um sedimento após a sua deposição. Inclui processos 
tais como: compactação e rearranjo espacial dos grãos, consolidação, 
cimentação, autigênese, substituição, solução de pressão, precipitação, 
recristalização, oxidação, redução, desidratação, hidratação, lexiviação, 
polimerização, adsorção, ação bacteriológica (exemplo: origem do petróleo), os 
quais são normais na parte superficial da crosta terrestre. Os processos 
diagenéticos não só se iniciam logo após a deposição do sedimento, como 
têm um tempo variável na sua ocorrência. 
As rochas sedimentares devem ser observadas como produtos finais de um 
complexo processo. 
 
 
 
 
 
 
 
Esquema da compactação dos sedimentos 
detríticos e circulação dos fluidos entre os 
poros. 
Esquema do fenômeno da solução de 
pressão, refletindo a dissolução dos 
grãos de um mineral resultado das 
pressões e a cimentação dos poros. 
 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A classificação das rochas sedimentares é feita com base em vários critérios. O 
esquema que apresentamos subdivide as rochas sedimentares em três grandes 
grupos: (S) siliciclastos (fragmentos silicatados e grãos associados); (A) 
aloquímicos e (P) precipitados químicos e bioquímicos. 
 
Os conglomerados (Figura 4) são, sobretudo, formados por calhaus, cascalho 
e saibro arredondados e cimentados por um cimento silicoso, calcário, argiloso, 
ferruginoso ou misto. A natureza dos detritos depende das rochas donde 
derivaram e da história do seu transporte e deposição. Quando os detritos são 
angulosos, isto é com arestas vivas (não erodidas), designam-se os 
conglomerados deste tipo por brechas (Figura 5). 
As areias são fragmentos de rochas constituídas por detritos desagregados, de 
tamanhos compreendidos entre 0,063 e 2 milímetros. Há uma grande 
variedade de areias no que se refere á composição, granulometria, forma do 
grão e origem. Todas as areias apresentam um elevado grau de 
permeabilidade. 
Os limos, também conhecidos por nateiros ou siltes, diferem das areias pela 
dimensão do grão, que apresenta tamanhos entre 0,002 e 0,063 milímetros. 
 9 
Apresentam uma elevada percentagem de argilas (dimensões inferiores a 
0,002 mm). 
 
 
 
 
Os arenitos (Figura 6) são rochas constituídas por areias aglutinadas por um 
cimento natural. O cimento pode ser silicoso, argiloso, ferruginoso, calcário e 
misto. Forma-se a partir das areias que por diagênese são aglutinadas por um 
cimento. 
Os argilitos (Figura 7) são argilas agregadas e consolidadas por compactação, 
devido à pressão exercida pelas camadas ou estratos que as sobrepõem. 
Podem conter, além das argilas, materiais finos não argilosos, em proporções 
variáveis, como por exemplo, matéria carbonosa proveniente da matéria 
orgânica. 
Há todas as transições entre conglomerados, arenitos e argilitos, bem como 
entre as classes dos siliciclastos, precipitados e aloquímicos. 
Figura 4: Amostra de conglometado com 
cimento misto silicoso e ferruginoso. 
Figura 5: Amostra de brecha, com 
cimento misto ferruginoso e silicoso. 
 10 
 
 
 
 
 
 
No grupo (P), os precipitados vão passar a referir algumas rochas. Os 
calcários são rochas formadas essencialmente por calcita, que resultou da 
precipitação e deposição do carbonato de cálcio. Existe uma grande variedade 
de calcários. Calcário formado por pequenos grãos arredondados (oólitos) 
cimentados por carbonato de cálcio são por esse motivo denominado calcário 
oolítico (Figura 8). Calcário formado por grãos arredondados 
aproximadamente do tamanho de ervilhas, cimentados por carbonato de cálcio 
são denominados calcários pisolíticos (Figura 9). Calcários comuns 
apresentando uma estrutura compacta com colorações variadas, por vezes, 
com conteúdo fossilífero. As dolomitas são rochas sedimentares de 
precipitação da dolomita, as chamadas dolomitas primárias, e/ou resultado da 
substituição da calcita dos calcários por carbonato duplo de cálcio e magnésio. 
É uma rocha compacta, granular e cinzenta clara a escura ou com um tom 
amarelo. 
 
 
 
Figura 6: Amostra de arenito. 
Figura 7: Amostra de argilito carbonoso. 
Figura 8: Amostra de calcário oolítico. Figura 9: Amostra de calcário pisolítico 
 11 
O sílex (Figura 10) é formado por um precipitado de silício criptocristalino e/ou 
resultado da diagênese em determinados calcários. É compacto apresentando 
cor escura à cinzenta clara. 
Pertencentes ao grupo (A), os aloquímicos existem como em todos os outros 
grupos, uma grande variedade de rochas, entre as quais faremos apenas 
referência aos calcários conquíferos (Figura 11). São constituídos por 
fragmentos de conchas (aloquímicos), que por sua vez são calcários 
biogênicos, tendo sofrido transporte ou não, agregadas por um cimento 
calcário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As noções de rochas magmáticas ou ígneas, metamórficas e sedimentares 
conduzem-nos a uma relação de interdependência entre as rochas, 
representada no esquema do ciclo das rochas (Figura 12). Podemos afirmar 
que as rochas transformam-se umas nas outras ao longo do tempo geológico. 
Assim, e analizando o esquema abaixo representado, a partir de um magma 
profundo originam-se rochas ígneas ou magmáticas. Os processos 
geodinâmicos externos – meteorização (intemperismo), erosão, transporte, 
sedimentação - originam sedimentos a partir de qualquer rocha preexistente. 
Os sedimentos dão origem, por diagênese, a rochas sedimentares. Quando os 
sedimentos alcançam profundidades elevadas da crosta terrestre, ocorrem 
Figura 10: Amostra de sílex. Figura 11: Amostra de calcário conquífero 
(coquina). 
 12 
fenômenos de metamorfismo e originam rochas metamórficas, ou podem fundir 
originando um magma. As rochas metamórficas e ígneas podem entrar em 
fusão dando origem ao magma. Deste modo fecha-se o ciclo. 
A Terra, aparentemente estável, está em constante transformação. Os 
fenômenos que ocorrem à superfície e em profundidade sucedem-se 
ciclicamente, á escala do tempo geológico. 
Num sistema dinâmico fechado, como é a Terra "Viva", cada um dos seus 
componentes participa em um ou vários tipos de ciclos diferentes (Exemplos: 
ciclo hidrológico, do oxigênio, do carbono, biológico). Não esqueçamos também 
que estes ciclos se inter-relacionam de um modo complexo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12: Esquema do ciclo das rochas, litológico ou petrogenético.

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