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Unidade I ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR Profa. Ma. Paula Castro Apresentação Para o profissional de segurança do trabalho, é importante conhecer as técnicas de primeiros socorros e como acontece o atendimento pré-hospitalar, pois os acidentes podem acontecer em qualquer local e em qualquer hora, e é preciso estar pronto para prestar o primeiro atendimento. Fonte: livro-texto Histórico das emergências médicas A história das emergências médicas teve início em 1966 nos EUA, após estudo sobre a forma adequada de se atender vítimas de trauma. Em seguida, houve a criação do telefone para chamadas de emergência = 911. A ocorrência de uma doença ou de um agravo que coloca pessoas em situação de risco de morte ou incapacidade é um cenário dramático. No Brasil, o SUS sofre um impacto importante pelo aumento dos casos de acidentes. Impacto para o SUS e sociedade Assistência = aumento de gastos com internação. Social = aumento de 30% no índice de anos potenciais de vida perdidos (APVP). Urgências e emergências Definição segundo o CFM: urgência – “... a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de morte, cujo portador necessita de assistência médica imediata”; emergência – “... a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem risco iminente de morte ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, o tratamento médico imediato”. As principais causas no Brasil Divisão em dois grupos: causas externas; causas internas. As causas externas ocupam o 3º lugar na mortalidade da população, e corresponde a 12,5% do total de mortes. Na faixa etária de 1 a 39 anos, as causas externas são a primeira causa de morte. Causas = homicídios e acidentes de trânsito. Atendimento básico Atendimento pré-hospitalar (APH) é o conjunto de medidas e procedimentos no tempo compreendido entre o instante em que ocorreu o acidente ou uma crise súbita até a chegada da vítima à unidade hospitalar. Este atendimento se inicia no local onde a vítima está e dura até que a vítima seja colocada sob cuidados médicos. Divisão em 3 momentos: antes de chegar ao hospital; na sala de emergência; no centro intensivo. SAMU Serviço de Atendimento Móvel de Urgência = 192. É um serviço do SUS, atende 24 horas, urgências de natureza: traumática; clínica; pediátrica e neonatal; cirúrgica; gestacional; saúde mental. Atendimento pré-hospitalar O APH envolve uma sequência de atividades que compreende: a segurança do local; a avaliação inicial da vítima; a estabilização dos sinais vitais; o transporte adequado e rápido para a unidade especializada. O APH pode ser realizado em dois modelos: Suporte Básico de Vida (SBV); Suporte Avançado de Vida (SAV). Interatividade Ao encontrar um funcionário inconsciente após uma queda de escada, o correto a fazer é, exceto: a) chamar ajuda. b) avaliar o nível de consciência do funcionário. c) avaliar o local do acidente para identificar uma possível causa. d) manter o local seguro para o socorro adequado ao funcionário. e) pegar a vítima no colo e levá-la o mais rápido possível para um pronto-socorro. Corrente de sobrevida Acesso precoce. Ressuscitação cardiopulmonar (RCP) precoce. Desfibrilação precoce. Chegada do serviço de emergência e do profissional de saúde. Suporte avançado rápido. Fonte: livro-texto Corrente de sobrevida Acesso precoce: reconhecer a PCR e chamar o serviço de emergência o mais breve possível; verificar o estado de inconsciência, ausência de pulso e iniciar manobras re reanimação. Ressuscitação cardiopulmonar precoce: início das manobras de reanimação = massagem cardíaca = compressões torácicas = 10 minutos. Corrente de sobrevida Desfibrilação precoce: o evento PCR ocorre por ritmos caóticos do batimento do coração e, assim, há a necessidade de realização de choque elétrico = DEA (desfibriladores externos automáticos). Chegada do serviço de emergência e do profissional de saúde: seja um suporte básico ou avançado, o profissional terá uma responsabilidade fundamental para o sucesso daquele atendimento. Pontos importantes para o atendimento: segurança do local; uso de equipamentos de proteção individual; avaliação da cena quanto à presença de situações de risco. Verificação dos sinais vitais Os sinais vitais são indicadores das funções vitais e podem orientar o acompanhamento da evolução do quadro da vítima. As informações sobre as funções vitais podem ser obtidas por: sinais vitais; sinais de apoio; nível de consciência; motilidade e sensibilidade do corpo. Sinais vitais: temperatura; pulso; respiração; sinais de apoio; pupilas; cor e umidade da pele; nível de consciência; motilidade e sensibilidade do corpo. Interatividade A corrente de vida é uma expressão usada para uma série coordenada de eventos para garantir a sobrevida da vítima. O elo mais importante para a garantia da sobrevida é: a) acesso precoce. b) ressuscitação cardiopulmonar precoce. c) desfibrilação precoce. d) chegada do serviço de emergência. e) chegada do suporte avançado. Aspectos éticos e legais Não existem no Brasil normas claras e precisas sobre o atendimento pré-hospitalar, seja ele médico ou não. Todos os profissionais que atuam no APH devem se familiarizar com os principais conceitos éticos e legais. Responsabilidade da equipe Ocorre quando a equipe não cumpre a obrigação que tem em relação ao paciente, causando-lhe dano. Isso inclui alguns atos que caracterizam o erro, como: a negligência, que constitui a omissão ou a não observância de determinados deveres por parte da equipe; a imprudência, que constitui a omissão de cautela, precipitação ou audácia do ato a ser realizado pela equipe; a imperícia, que constitui inaptidão, ignorância, falta de destreza ou insuficiência de conhecimento. Responsabilidade do paciente Fidelidade, confidencialidade e veracidade das informações prestadas são as principais responsabilidades do paciente. Outra realidade a ser considerada é a recusa do atendimento, em especial de pacientes adultos conscientes e orientados. A vítima não pode ser forçada a receber o atendimento. Responsabilidade civil De acordo com o Código Civil, aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência violar direito ou causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito, sendo obrigado a reparar o dano. Não gera responsabilidade civil o erro profissional que corresponde ao risco e não apresenta vínculos com negligência, imperícia ou imprudência. Aspectos éticos e legais A omissão de socorro é prevista pelo Código Penal, no artigo 135, e consiste em não prestar assistência a qualquer pessoa ou criança, seja inválida ou ferida em situação de perigo, sem caracterizar risco ao socorrista. Contudo, se a pessoa que irá prestar socorro não se sentir segura quanto ao procedimento e chamar ajuda especializada, isso descaracterizará a omissão de socorro. Interatividade Ao ser chamado no canteiro de obras de sua empresa, você encontra um funcionário caído de barriga para baixo, após queda de um andaime. Por estar longe de um serviço médico, imediatamente, você pede ajuda a outros funcionários para colocar o colega em um carro e levá-lo ao hospital. Tal atitude é classificada como: a) negligência. b)imprudência. c) imperícia. d) omissão de socorro. e) lesão corporal dolosa. Protocolos para atendimento de urgência Para a padronização de atendimento, encontramos cursos de capacitação difundidos em todo o mundo: PHTLS; ATLS; ACLS; PALS. Avaliação inicial da cena Aspectos a serem considerados: segurança do local do acidente; quantidade de vítimas; gravidade do caso; nível de consciência da(s) vítima(s); necessidade de remoção/movimentação da(s) vítima(s); informação de testemunhas; mecanismo de lesão e cinemática do trauma; estado geral da(s) vítima(s). Avaliação geral da vítima Este último item é de suma importância. Para que não haja contaminação, o socorrista deverá utilizar equipamentos de proteção individual (EPI) antes de iniciar a manipulação da vitima, como: luvas de procedimentos, avental, óculos e máscara. Na ausência desse material, deve-se ter o máximo de cuidado ao manipulá-la. A segurança da vítima e do socorrista é primordial, mesmo antes do atendimento. Portanto, deve-se observar rapidamente se existem perigos, como fios elétricos soltos e desencapados, tráfego de veículos, andaimes, vazamento de gás, entre outros. Avaliação da vítima Nível de consciência. Respiração. Presença de hemorragia. Tamanho e simetria das pupilas. Temperatura corporal. Presença de ferimentos e incapacidade funcional. Áreas dolorosas: cabeça; coluna dorsal; tórax. Exame da vítima na cena Caso encontre a vítima inconsciente: ausência de respiração; ausência de circulação; hemorragia abundante; sinais de envenenamento. Exame da vítima na cena A ausência de oxigênio para a vítima poderá acarretar um sofrimento fatal à maioria dos órgãos do corpo humano. As células nervosas do cérebro podem morrer após três minutos sem oxigênio. Identificar a causa da falta de oxigênio é essencial para a melhora da vítima.Por exemplo: obstrução das vias aéreas superiores; PCR; grandes hemorragias; intoxicações; convulsões; alteração glicêmica; queimaduras. Interatividade O ônibus que transporta seus funcionários se envolve em um grave acidente. Ao chegar no local do acidente, são informações importantes para a avaliação da cena, exceto: a) quantas pessoas são vítimas. b) qual o nível de consciência das vítimas. c) se houve alguma vítima fatal. d) se as vítimas haviam se alimentado. e) como ocorreu o acidente. ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 Apresentação Histórico das emergências médicas Impacto para o SUS e sociedade Urgências e emergências As principais causas no Brasil Atendimento básico SAMU Atendimento pré-hospitalar Interatividade Resposta Corrente de sobrevida Corrente de sobrevida Corrente de sobrevida Pontos importantes para o atendimento: Verificação dos sinais vitais Sinais vitais: Interatividade Resposta Aspectos éticos e legais Responsabilidade da equipe Responsabilidade do paciente Responsabilidade civil Aspectos éticos e legais Interatividade Resposta Protocolos para atendimento de urgência Avaliação inicial da cena Avaliação geral da vítima Slide Number 30 Avaliação da vítima Exame da vítima na cena Exame da vítima na cena Slide Number 34 Interatividade Resposta Slide Number 37
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