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RESUMO Teoria e pratica Narrativa jurídica av2

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RESUMO – AV2 TEORIA E PRATICA DA NARRATIVA JURIDICA
POLIFONIA NA NARRATICA JURÍDICA:
A polifonia é extrema importância nos textos jurídicos, pois como todos os discursos este também necessita se apoiar-se ou contrariar discursos anteriores.
O discurso jurídico se produz no meio social, portanto é considerado um discurso contextualizado. Este que vem por existir sempre em função de outros discursos, que possibilidade com isso um diálogo contínuo entre eles, e isso garante uma constante atualização. A percepção desses outros discursos, ou dessas outras vozes, facilita a interpretação do texto, já que se caracterizam como fonte reveladora de sentidos.
Intertextualidade : Inter= Entre e Textualidade = Texto, é a relação entre dois textos, ocorre quando um texto cita a outro de maneira clara, ou implícita.
Existem sete tipos de intertextualidade, são elas:
Epígrafe: Uma frase que da ideia do que o texto retrata,a mesma não é escrito pelo autor, funciona como resumo, um exemplo, seria a introdução de casa capítulo da Biblia.
Paráfrase: As palavras são mudadas, porém sua ideia é confirmada pelo novo texto resumido,é dizer com outras palavras o que já foi dito.
Paródia: Criar um 2º texto a partir do 1º, mudando a ideia original, para gerar um critica ou ironia.
Pastiche: É a fusão do 1º texto, com o 2º,originando o 3º texto,um bom exemplo seria a canção de Renato Russo, Ainda que eu falasse a língua dos homens e falasse a língua dos anjos (citação de São Francisco de Assis) sem amor eu nada teria (1 corintios 13) é o não querer mais que o bem querer ... ... ...(o autor)
Tradução: É a versão de um autor para o texto.
Referencia: É o ato de mencionar determinadas obras, de forma direta ou indireta.
Alusão: É a figura de linguagem que se vale da citação de um evento ou de uma pessoa, 
Citação direta, literal ou textual: É a parte de um texto original sem modificações, sendo mencionado no texto a ser criado, ou seja, é usada a ideia e trechos do primeiro texto que será identificado por aspas.Se subdivide em citações Curtas, que possui até três linhas, citada entre aspas e obedecendo a norma de parágrafo estabelecida no texto, e citações Longas, que contém mais de três linhas, recuo de parágrafo de 4cm, margem esquerda, espaçamento entre linhas simples, fonte arial, e tamanho 10, neste caso não precisa de aspas, mas se introduzir comentário é recomendado usa-las
concreta ou integrante do universo de ficção, denominada interlocutor, criando um 2º texto baseando –se no 1º para manter-se a ideia, um exemplo que se encaixa, seria usar um super herói da ficção “Super Man” a uma pessoa que fica exposta na mídia e neste caso seria o apresentador William Bonner.
O Réu disse em audiência ; “ Eu sou inocente”
Citação Indireta ou Livre: Criação de um texto com suas próprias palavras, explicando as ideias e informações do autor referencial, sem nenhuma transcrição do texto original, lembrando sempre de citar o autor . Ex: O Réu disse em audiência que é inocente.
Modalizadores :
Os modalizadores podem ser utilizados por um locutor, para que este possa transmitir ao interlocutor a sua posição quanto ao fato que esteja sendo narrado.
É uma forma de valorar um fato de forma positiva ou negativa, ou seja – da forma que mais lhe convêm na situação em que se encontra.
É modalizando um texto que se pode, por exemplo, transformar um indivíduo em uma pessoa boa ou em um indivíduo de má índole, desonesta, etc... Tudo isso seguindo a descrição dos fatos de forma a proporcionar uma visão mais avantajada de um ponto de vista e minimizar ou outro.
 Modalizadores aplicados a narrativa jurídica
Primeiro precisamos saber quais são as informações necessárias e relevantes que sempre devem constar em um caso concreto de contexto jurídico, sendo elas:
a) O fato jurídico.
b) As partes envolvidas no conflito
c) Onde o fato ocorreu
d) Quando ele se passou
e) A sua causa
f) Como ele aconteceu
ILEGITIMIDADE ATIVA : NÃO PODE CONFIGURAR O POLO ATIVO DA AÇÃO . 
FUNDAMENTAÇÃO SIMPLES: Já é a argumentação
NEGLIGENCIA -
 = JUIZO DE VALOR
IMPERICIA --- 
EX1:
FATO : MÉDICA INDICOU O USO DO MEDICAMENTO X
VALORAÇÃO: AGIU COM NEGLIGENCIA
JUSTIFICATIVA: PORQUE SABIA QUE A PACIENTE ERA ALERGICA AO MEDIDAMENTO
EX2: 
FATO: É DOENTE RENAL CRONICA
VALORAÇÃO: PACIENTE SEM CONDIÇÕES FINANCEIRAS
JUSTIFICATIVA: NECESSITA QUE O REMÉDIO SEJA CEDIDO PELO ESTADO, JÁ QUE O MESMO TEM A OBRIGAÇÃO DE PROTEGER A SAÚDE DO CIDADÃO.
FUNDAMENTAÇÃO SIMPLES:
. DESENVOLVIMENTO DE IDEIAS
TIPO DE TEXTO ARGUMENTATIVO QUE ORGANIZA POR MEIO DE 3 TIPOS DE ARGUMENTO . 
 Argumento Pró-Tese
EX : O Réu merece ser condenado, porque agiu covardemente contra mulher indefesa e também premeditou o crime. Além disso evadiu-se do local e encontra-se desaparecido.
 TESE+PORQUE+ E TAMBÉM+ ALÉM DISSEO
 Argumento de Autoridade
.LEI
.DOUTRINA
.JURISPRUDENCIA
EX: O código penal Art.121, dispões sobre o homicídio e estabelece pena de até 30 anos de reclusão e como condenação para o crime cometido pelo Réu ;
 Argumento de Oposição
. Argumento de defesa 
EX: Mesmo que a vítima traísse o marido com outros homens e isso não era segredo, nada justifica o ato covarde e brutal motivado por razão tão fútil . 
 A MODALIZAÇÃO 
Considerando que, no interagir com o outro e com a linguagem, os falantes mobilizam recursos linguísticos e expressivos para atingir seus objetivos numa dada situação comunicativa. A linguagem é o lugar da interação humana, visto que ela permeia todos os nossos atos, articula nossas relações com os outros e nos constitui enquanto sujeitos. Essa interação social, por intermédio da língua, caracteriza-se, necessariamente, pela argumentatividade.
Esses elementos modalizadores têm como função principal indicar a força argumentativa dos enunciados ao relacionar, contrapor temas, valores e crenças compartilhadas por uma comunidade linguística. É, nesse sentido que a modalização destaca-se por indicar a orientação
argumentativa dos enunciados e servir como instruções que permitem especificar a conclusão para a qual o enunciado aponta. 
O fenômeno da modalização ganha destaque nos estudos linguísticos, pois tem a função de determinar “o modo de como aquilo que se diz é dito”. Na produção de um discurso, o locutor manifesta suas intenções e sua atitude no enunciado que produz, o que pode ser considerado como atitude ilocucionária de modalização. 
Observemos os exemplos abaixo. 
a) Eu ordeno que você se retire daqui. 
b) É preciso que você se retire daqui. 
Em (a) o locutor coloca-se explicitamente num patamar de autoridade e manifesta em seu enunciado a intenção de levar o interlocutor a agir conforme o citado. Já em (b) o locutor é menos incisivo e autoritário, porém manifesta a necessidade de que a ação seja concretizada. 
c) É possível que Maria tenha feito a prova. 
d) Provavelmente será preciso estudar. 
Em (c), o locutor parte de suas percepções acerca da realidade, de suas convicções, porém não garante a verdade da proposição, o que permite que a responsabilidade sobre a asseveração seja atenuada. Já no exemplo (d) nota-se que o locutor, avalia o conteúdo como uma possibilidade não como uma verdade. Ele deseja ver realizada a ação de estudar, porém a apresenta de modo menos incisivo, podendo receber contestações, pois não é apresentada como uma certeza. 
Modalidade do discurso: 
– modalização e modulação 
– valores 
A polaridade e a modalidade são recursos interpessoais da linguagem. A polaridade ocorre em respostas a perguntas do tipo sim/não. A modalidade, por sua vez, pode ocorrer como probabilidade, usualidade, obrigação e prontidão. 
A probabilidade e a usualidade servem a proposições (declarações e perguntas). É o caso propriamente dito de modalização. A obrigação e a prontidão, por sua vez, servem a propostas (ofertas e comandos). É o caso da modulação. 
Valores da modalidade: 
Sempre com base na polaridade, a modalidade pode trazerum grau alto, médio ou baixo de julgamento. 
– Grau alto: “certamente”, “sempre”... 
– Grau médio: “provável”, “usualmente”... 
– Grau baixo: “possível”, “às vezes”... 
A função interpessoal também ocorre por meio do metadiscurso. O metadiscurso consiste em “comentários” do locutor que permeiam seu discurso. O metadiscurso pode ser analisado por meio de seus índices (tarefa da interpretação). 
Índices do metadiscurso: 
 Marcadores ilocucionais: – “afirmo”, “prometo”, “discuto”, “por exemplo”... 
 Narradores: – “O diretor informou que...” 
 Salientadores: – “mais necessário”, “mais importante”... 
 Enfatizadores: – “sem dúvida”, “é óbvio”, “é lógico”... 
 Marcadores de validade: – “pode”, “deve”, “talvez”... 
 Marcadores de atitude: – “infelizmente”, “é incrível que”, “curiosamente”... 
 Comentadores: – “talvez você queira...”, “meus amigos” e todas as formas de vocativo, “vocês poderão”...
RELATÓRIO JURÍDICO: 
1. O relatório é um texto de tipo narrativo; 
2. Caracteriza-se por ser uma narrativa simples, sem valoração. Sempre que possível, aponte as alegações de ambas as partes; 
3. Todos os fatos relevantes do caso concreto devem ser narrados no pretérito e na 3ª pessoa; 
4. O que não existir no relatório não pode figurar como argumento na fundamentação; 
5. A organização dos eventos deve seguir a ordem cronológica; 
6. O primeiro parágrafo deve indicar o fato gerador da demanda e os sujeitos envolvidos; 
7. O texto não pode deixar de responder às seguintes indagações: qual o fato gerador do conflito? Quem são os envolvidos na lide? Onde e quando os fatos ocorreram? Como se desenvolveu o conflito? Por que ocorreu o conflito de interesses? Quais as consequências dos fatos narrados? 
8. Sugere-se, para iniciar o primeiro parágrafo, a redação “Trata-se de questão sobre...”; 
9. A paragrafação deve seguir as orientações tradicionais de um texto redigido em norma culta; 
10. Cada parágrafo deve receber um recuo inicial de, aproximadamente, 1,5 cm; 
11. Não há limite mínimo ou máximo de linhas, mas sua narração deve ser clara e concisa; 
12. Recorra à polifonia; 
13. Terminado o relatório, na linha abaixo, use a expressão “É o relatório”. 
Relatório (imparcial) 
Relatório 
Edson Izidoro Guimarães, 42 anos, auxiliar de enfermagem, foi preso em 07/05/99, sob a acusação de ter matado cinco pacientes em estado grave na UTT do Hospital Salgado Filho, no Méier, crimes por cuja prática foi indiciado. A direção do hospital, desconfiada do número elevado de mortes em determinados plantões, chamou a polícia, alertada pela morte de cinco pacientes em 04/05/99, no plantão de Edson. Segundo a direção do hospital, nos três plantões anteriores, em que Edson não trabalhara, não houvera mortes. Comunicado do caso, Ronaldo Gazola, secretário municipal de Saúde, solicitou audiência especial com o secretário de segurança Pública, coronel PM Josias Quintal, em 06/05/99, que infiltrou policiais no hospital no dia seguinte. O coronel informa que foi ouvida uma auxiliar de limpeza, não identificada, que afirmou ter visto Edson aplicar uma injeção em um paciente, que morreu. Dada voz de prisão a Edson, às 9h, não houve reação por parte do auxiliar. O indiciado confirmou cinco mortes. Conforme seu depoimento, os pacientes eram mortos com aplicações de ampolas de 10g de cloreto de potássio ou com o desligamento de aparelhos de respiração.Segundo Josias Quintal, há desconfianças de que Edson esteja envolvido numa rede que receberiacomissões de funerárias: "Creio que as funerárias constroem uma rede de comissões, para informação sobre óbitos. Edson deve estar envolvido nisso. Ele diz ter matado cinco pacientes. Mas nós desconfiamos de mais de cem óbitos**. Edson confirma que existe um esquema de comissões entre os funcionários e agências funerárias, mas apenas nos casos de óbitos motivados por acidentes de trânsito, porque envolvem o recebimento de seguro. Edson está na Divisão de Homicídios, aguardando o recebimento de mandado de prisão.
 É O RELATÓRIO.
NARRATIVA JURÍDICA:
Algumas características da narrativa jurídica: Impessoalidade, Verbos no passado, Paragrafação, Elementos, constitutivos da demanda (Quem quer? O quê? De quem? Por quê?), Correta identificação do fato gerador, Narrativa jurídica simples, Narrativa jurídica valorada, A construção de versões.
Os fatos mais relevantes no mundo jurídico: O que narrar? ; Os fatos que contribuem para a ênfase daqueles mais relevantes; Os fatos que satisfazem a curiosidade do leitor, despertando seu interesse; Os fatos que contribuem para a compreensão dos mais relevantes.
 Narrativa simples dos fatos: É uma narrativa sem o compromisso de representar qualquer das partes. Deve apresentar todo e qualquer fato importante para a compreensão da lide, de forma imparcial. O quê; Quem (ativo e passivo); Onde; Quando; Como; Por quê; Inicia-se por “trata-se de questão sobre...”
A Narrativa simples  é uma narrativa sem compromissos de representar qualquer das partes. Deve apresentar todo e qualquer fato importante para a compreensão da lide, de forma imparcial. Seus elementos a serem narrados são: o que?, quem?, onde?, quando? Como?, por que?. A redação deve-se iniciar por “trata-se de questão sobre...”.Exemplo: Maria esta com problema de saúde e necessita de uma cirurgia.
Narrativa Valorada dos fatos: É uma narrativa marcada pelo compromisso de expor os fatos de acordo com a versão da parte que se representa em juízo. Por essa razão, apresenta o pedido (pretensão da parte autora) e recorre a modalizadores. Inicia-se por “Fulano ajuizou ação de... em face de Beltrano, na qual pleiteia...”. 
Narrativa valorada uma narrativa marcada pelos compromisso de expor os fatos de acordo com a versão da parte que se representa em juízo. Por essa razão, apresenta o pedido (da parte autora) e recorre a modalizadores. Os elementos a serem narrados são: o que?, quem?, onde?, quando? Como?, Por quê? e por isso (consequências) Sugerimos iniciar a redação por “fulano ajuizou ação de... em face de Beltrano, na qual pleiteia...” Exemplo: Maria, uma idosa, mãe de duas filhas com problemas de saúde, necessita de uma cirurgia, urgentemente! Deve-se valorar os fatos, dessa maneira.

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