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03- BARRA. Literatura Brasileira II. Simbolismo e Parnasianismo. Paulo Marcos F. Andrade

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UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE LINGUAGENS
DEPARTAMENTO DE LETRAS
CURSO DE LETRAS
PAULO MARCOS FERREIRA ANDRADE
LIETRATURA BRASILEIRA
ATIVIDADE AVALIATIVA 03
Barra do Bugres, MT.
2015
�
1. Apresentar três traços simbolistas que se realizam em “Antífona” de Cruz e Sousa, com exemplos. 
	Segundo pensamento de Coutinho, (1986) o simbolismo intensificou uma corrente em que o belo se baseou fortemente na alusão do misterioso e místico, no vago, no subjetivo. Onde o objeto não esta nomeado, mas era evidenciado gradativamente em um processo “processo encantatório que caracteriza o símbolo. (Coutinho, 1986 p. 319).
Antífona é um poema que representa muito bem o simbolismo enquanto escola literária, pois apresenta de forma muito clara elementos como metalinguagem, sinestesia, subjetividade, misticismo, musicalidade, bem recursos estilísticos como aliterações e assonâncias, traços típicos do simbolismo. Vejamos alguns exemplos:
Sinestesia e musicalidade: “Que brilhe a correção dos alabastros  Sonoramente, luminosamente.” Nestes versos as palavras sonoramente e luminosamente são advérbios que sugerem a música e a cor dentro da poética simbolista. Já em “Harmonias da Cor e do Perfume...” o leitor é remetido a uma poética que o leva a perscrutar as sensações olfativas e visuais.
Subjetividade: Valemo-nos aqui do fato de sugestão está a cima da descrição o que fica claro no seguinte verso da primeira estrofe:” Ó formas alvas, brancas, Formas claras.De luares, de neves, de neblinas!... Ó formas vagas, fluidas, cristalinas... Incensos dos turíbulos das aras...
Aliterações: “Visões, salmos e cânticos serenos, Surdinas de órgãos flébeis, soluçantes... Dormências de volúpicos venenos Sutis e suaves, mórbidos, radiantes...” os versos sujerem a aliteração do fonema da desinência que indica o plural. O texto apresenta também uma aliteração de sinônimos que elucida a fascinação do autor pela branco , quem sabe pelo fato de o mesmo ter sido negro mostra o preconceito vigente na estética poética: alvas, brancas, claras, luares, neves, neblinas, cristalinas,lírios, alabastros, aras.
Metalinguagem: recurso simbolista que busca contraposição com a poesia parnasiana. “Que fuljam, que na Estrofe se levantem”
Misticismo religioso: a poesia simbolista se caracteriza também por incansável busca pelo não atingido atrelando a esta busca elementos místicos como recurso: “Incensos nos turíbulos das aras. De Virgens e de Santas vaporosas...” é muito forte a presença de palavras em que o leitor é remetido a elementos religiosos na escrita simbolista. Os simbolistas se apegam a estes atributos para caracterizarem o estado da alma.
2- Comente o vocabulário usado no poema “Antífona.”  
	O vocabulário usado em Antífona é extremamente culto e observa-se que este é também, influenciado pela liturgia da igreja católica, com a qual o poeta se identifica ao ponto de trazer estes elementos em seu vocabulário. Onde se observa: Turíbulo: vaso onde se queima incenso, ou incensário. Ara: como sinônimo de altar. Réquiem: parte do ofício dos mortos, na liturgia católica; música sobre esta temática. O próprio nome do poema Antífona trata se de versículo que poderia ser cantado antes ou depois da leitura de um salmo, como se vê na liturgia atual o cântico conhecido como aclamação do evangelho. Assim o que pode afirmar é o vocabulário de Antífona é extremante influenciado pela religiosidade, mas também por expressões que sugerem a subjetividade. Por outro lado o vocabulário revela tendência de um escritor fascinado ou obcecado pela cor branca, ou quem sabe insatisfeito com sua condição social de negro e filho de negros em uma sociedade extensamente preconceituosa.
3- O poema de Bilac dialoga com o Romantismo. Fale a respeito, com exemplos de como isso ocorre no texto.  (10)
Embora a poesia de Bilac represente o parnasianismo no Brasil e esteja marcado pela objetividade e impessoalidade do poeta ao discorrer sua temática, exímio rigor com a questão da forma, versificação e rimas, usando o soneto como forma fixa e apoiar-se no pensamento da arte pela arte, pode-se observa ainda algumas características do romantismo como se vê em Tercetos ( primeira parte).
Observa que o texto de Bilac é tomado pela emoção, senda esta uma característica do romantismo, imprimindo uma poética cheia de fantasias entre o amor real e o pretendido. 
Como queres que eu vá, triste e sozinho, 
Casando a treva e o frio de meu peito 
Ao frio e à treva que há pelo caminho?! 
O poema desvela um amor escondido que precisa se for antes do amanhecer, revelando uma vida social extremeente patriarcal e os amantes são dominados pelo medo, ora do escuro, ora do esquecimento, ora do exílio. Estas características melancólicas e até nostálgica do romantismo. Outro fato é que a poesia de Bilac sugere a pessoalidade ao invés uma escrita impessoal como se espera da poesia parnasiana. A sensualidade é uma característica parnasiana, mas o amor idealizado, a mulher idealizada, muito embora aqui não seja descrita, mas sugerida é obvia do romantismo. A poesia de Bilac transmite uma sensação de escapismo:
Ouves? é o vento! é um temporal desfeito! 
Não me arrojes à chuva e à tempestade! 
Não me exiles do vale do teu leito! 
Morrerei de aflição e de saudade... 
O que se vê nos verso acima é que o seio da amada é um porto seguro, que pode abrigar o amante dos perigos da noite escura, da tempestade. A expressão do subjetivo fica evidente não nas razões que o impedem de ir, mas nas que o faz ficar. 
Referências 
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Literatura – história & texto – vol 2. 8.ed. São Paulo: Saraiva, 2003. 
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Literatura Brasileira: ensino médio. 2.ed reform. São Paulo: Atual, 2000
Ensino Médio - 2ª Fase - Tema: Romantismo, Realismo, Naturalismo, Parnasianismo E Simbolismo: Semelhanças E Diferenças Na Poesia E Na Prosa

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