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Eutanásia uma questão de vida e de... morte

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EUTANÁSIA UMA QUESTÃO DE VIDA E DE... MORTE 
Daiane Cristina Reis 
Janaína Pereira Silva 
 
 
RESUMO: Através de um estudo pelo direito constitucional, é possível perceber que 
este assunto é muito mais que direitos humanos, envolvem a dignidade, religião e o 
direito da personalidade. No Brasil esta pratica não é permitida, o art. 121 do C.P., 
independente da sua circunstancia está pratica aqui não é permitida, enquanto alguns 
países este procedimento é aceitável. 
 
PALAVRA CHAVE: Religião, código penal brasileiro, morte digna. 
 
 
1 Introdução 
A eutanásia tem a origem Grega (eu+thanatos), que significa boa morte ou morte sem 
dor. Por ter um sentido amplo a eutanásia resulta em uma morte suave e indolor, ou seja 
é o ato de terminar a vida de uma pessoa, ou ajudá-la no seu suicídio. Segundo o 
filosofo inglês Francis Bacon a eutanásia era uma maneira de proporcionar uma morte 
boa ao doente, quando os médicos tendo feito o necessário não teria sido o suficiente 
para cura-lo, conforme seu entendimento os médicos deveriam possuir a habilidade de 
amenizar os sofrimentos e agonias da morte. De forma geral é quando uma pessoa 
deliberadamente causa a morte de outra que esteja debilitada ou em sofrimento. Esse é 
um tema que gera uma grande polemica. 
 O tema eutanásia, vem sendo estudado desde à Grécia Antiga, sendo pautadas por 
valores sociais, religiosos, e culturais, um exemplo disso é que filósofos como Platão, 
Sócrates, Epicuro, justificavam o suicídio em caso de doenças dolorosas. Já Aristóteles, 
Pitágoras, e Hipocrates, condenavam o suicídio, tanto que em juramento Hipocrates diz: 
"eu não darei qualquer droga fatal a uma pessoa, se me for solicitado, nem sugerirei o 
uso de qualquer uma deste tipo". Com o passar dos anos o tema continuou sendo 
considerado assunto polêmico, porem a grande maioria dos países não aceitam, muitas 
vezes por religião, já que o Cristianismo e Judaísmo condenam essa pratica, outros 
porque a eutanásia é considerada uma forma de homicídio. 
Quem é a favor da pratica defende a eutanásia, com o argumento de que acredita que 
este seja o caminho para evitar a dor e o sofrimento de pessoas em fase terminal ou sem 
qualidade de vida. Usando do direito da autodeterminação, o direito ha escolha pela 
vida ou pela morte, para eles a eutanásia não defende a morte mais sim a uma opção, 
seja ela a melhor ou a única. 
A também quem discorde, defendendo que é uma forma de evitar a dor e o sofrimento a 
pessoas que estão em fase terminal de doença ou sem qualidade de vida, acham que 
aceitar o pedido da eutanásia, seria respeitar a autodeterminação do paciente sobre o seu 
corpo e vida, tornando assim o aumento do respeito pela vida humana . 
 
2.1Tipos de Eutanásia 
Existem dois elementos básicos na caracterização da eutanásia: a intenção e o efeito da 
ação. A intenção de realizar a eutanásia pode gerar uma ação que e chamada de 
eutanásia ativa, ou pode ser em forma de omissão, isto é, a não realização de uma ação 
que seria a indicação terapêutica naquela circunstância resultando na eutanásia passiva. 
Existem alguns tipos de eutanásia: 
2.2 Eutanásia ativa 
É quando a um acordo entre o medico e o paciente para que seja provocada a morte 
imediata, sem sofrimento, assim o medico intervém de forma consciente e direta na 
decisão do paciente, os acontecimentos que podem dar fim a vida do paciente pode ser 
através do uso de injeção letal, ou medicamentos em doses excessivas. 
2.3 Passiva ou ortotanásia 
Acontece quando o médico não dá ao doente nenhuma substância que faça com que ele 
morra, mas de certa forma, provoca a sua morte, removendo alguma máquina ou 
acabando com um tratamento que seja um suporte de vida, a morte do doente pode 
ocorrer por falta de recursos necessários para suas funções vitais, como a falta de água, 
alimentos, fármacos, ou cuidados médicos. 
2.4 Involuntária 
Quando alguém dá assistência à morte do paciente contra a sua vontade, ou sem a sua 
autorização, pois este deseja continuar a viver. Isto faz com que o doente não seja um 
fardo para os outros e impede que ele continue a sofrer. 
2.5 Distanásia 
É ao contrario da eutanásia, é destinada para o ato de prolongar ao máximo a vida de um 
paciente que tenha uma doença incurável, resultante em uma morte lenta e sofrida. 
3 Suicídio assistido 
O suicídio assistido quando uma pessoa ajuda outra a matar a si própria. Por exemplo, 
quando um médico prescreve um veneno, remédios em altas doses, quando uma pessoa 
põe no paciente uma máscara ligada a uma botija de monóxido de carbono e lhe dá 
instruções sobre como ligar o gás de forma a morrer. Hoje em dia, em geral, utiliza-se o 
termo eutanásia para designar tanto a eutanásia propriamente dita como o suicídio 
assistido. 
4 Países que permitem a pratica da eutanásia 
O primeiro pais a legalizar a eutanásia e o suicídio assistido foi a Holanda, em abril de 
2002, mais para a realização dessa pratica teria algumas condições, o pedido do 
paciente deveria ser feito em total consciência, ser portador de doença incurável e sofrer 
de dores insuportável, na pratica eles ministravam coquetéis de provas letais, tudo com 
supervisão medica, so em 2010 essa pratica foi realizada em aproximadamente 3.136 
pessoas diagnosticadas com câncer terminal. 
Na Bélgica também legalizou a pratica no mesmo ano da Holanda, em 2002. Por ser 
considerado um pais onde a legislação é menos restritiva as pessoas saldáveis podiam 
fazer registros preventivos desejando a morte se por um acaso entrassem em estado de 
inconsciência, ou coma durante alguma doença ou acidente, é permitido também a 
eutanásia em crianças, sendo autorizadas pelos pais. 
 A Suíça e a Alemanha eles não permitem a eutanásia, mais o suicídio assistido é 
permitido, desde que o paciente não tenha ajuda de terceiros no momento da morte, são 
conhecidos também pelo turismo da morte onde doentes de diversos países viajam ate 
os dois países justamente para morrer. 
Nos EUA existem algumas cidades que permitem o suicídio assistido em caso 
comprovado de doença terminal, são eles, Oregon, Washington, Vermont, Novo 
México, e em Montana, são através decisões judiciais, pois não existem leis especificas. 
5 Como é vista a eutanásia no Brasil 
 No escopo do direito brasileiro os bens ou interesses são tidos como tutela, sendo 
assim a saúde é um bem assegurado, tornando uma obrigação do estado a sua 
acessibilidade, sendo vedado fazer qualquer tipo de diferenciação entre os seus 
destinatários. Sendo regida pelos princípios da moralidade, legalidade, eficiência e 
igualdade. 
 No Brasil é proibido a pratica da eutanásia. Previsto no código Penal Brasileiro, a 
eutanásia é vista como homicídio privilegiado, e o profissional que cometer essas 
pratica poderá ser condenado por crime de homicídio, com pena de prisão de 12 a 30 
anos, se for somente auxilio, prisão de 2 a 6 anos. A eutanásia passiva esta tipificada no 
código Penal brasileiro como crime previsto no artigo 135, como omissão de socorro. 
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada 
ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, 
nesses casos, o socorro da autoridade pública: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza 
grave, e triplicada, se resulta a morte. 
Condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012). 
 
Próximo da eutanásia esta o suicídio assistido, porem são diferentes. Na eutanásia, omedico age ou omiti-se dessa ação ou omissão surge a morte, no suicídio assistido a 
morte não depende da ação de terceiros, ela é consequentemente uma ação do próprio 
paciente, que pode ter sido orientado ou auxiliado por esse terceiro,não se confundindo 
com a indução, instigação ou auxilio ao suicídio. 
6 Dignidade na morte e na vida 
Sobre a dignidade humana no processo de morrer é também fala de uma vida digna de 
ser vivida. Quando temos o entendimento de que a morte faz parte da vida, podemos 
compreender que também a morte faz parte da vida, a morte merece uma consideração 
maior por parte de nossa população que a deixou renegada, às margens da vida humana, 
a uma total banalização. Quando já não há mais esperança e o paciente somente respira 
por meios artificiais de manutenção da vida, privado de consciência e submetido a uma 
condição de degradação humana, quando a morte é inexorável, abre-se à comunidade 
acadêmica a discussão acerca da Eutanásia, atualmente, entendida por muitos, como 
forma legítima de morrer, isenta de dor e de sofrimento, porém uma prática ainda longe 
de pacificação pela doutrina, necessitando regramento legal. A Eutanásia, como objeto 
de estudo, se mostra um tema extremamente complexo, apresentando uma série de 
controvérsias, dúvidas, angústias e interrogações que trazem a fatídica realidade da 
morte. Não se trata somente de uma questão de direito, senão fundamentalmente um 
problema interdisciplinar da Medicina, envolvendo a Religião, as crenças, interessando 
o que pensam a comunidade acadêmica, os estudiosos do tema, os sociólogos, os 
filósofos, os antropólogos, os escritores e até mesmo as pessoas que formam a 
população em geral. 
7 A eutanásia e as religiões 
A eutanásia é vista de diferentes formas nas mais diversas religiões. 
7.1 O Cristianismo 
 É dentro do cristianismo que encontramos o que seria o primeiro relato da eutanásia 
da história: a morte do rei Saul, de Israel, que, ferido na batalha, se lançara sobre a sua 
espada, sem morrer, quando solicitou que um malícia lhe tirasse a vida. (Bíblia, Samuel, 
capítulo 31, versículos 1 à 13). Jesus, o patriarca máximo da obediência e submissão, 
quando chegou ao Calvário, onde foi submetido aos suplícios da crucificação, segundo 
Cícero, deram-lhe de beber vinagre e fel, o chamado vinho da morte, mas ele provando 
a mistura, não a quis tomar. Esses são dois exemplos da imposição ou da recusa à 
prática da eutanásia sob o aspecto religioso. O documento mais completo, dessa 
religião, de que dispomos é a Declaração Sobre a eutanásia (05/05/1980), da Sagrada 
Congregação para a Doutrina da Fé. Segundo a Declaração entende-se por eutanásia 
“uma ação ou omissão que, por sua natureza ou nas intenções provoca a morte a fim de 
eliminar toda a dor. A eutanásia situa-se, portanto ,no nível das intenções e no nível dos 
métodos empregados.” O II Concílio do Vaticano (26 de Julho de 1980), através do 
Papa João Paulo II, condenou a eutanásia, reafirmando que “nada nem ninguém pode 
autorizar a morte de um ser humano inocente, porém, diante de uma morte inevitável, 
apesar dos meios empregues, é lícito em consciência tomar a decisão de renunciar a 
alguns tratamentos que procurariam unicamente uma prolongação precária e penosa da 
existência, sem interromper, entretanto, as curas normais devidas ao enfermo em casos 
similares. Por isso, o médico não tem motivo de angústia, como se não houvesse 
prestado assistência a uma pessoa em perigo”. Em Fevereiro de 1993, o Vaticano voltou 
a condenar a eutanásia em face de decisão do Parlamento Holandês a ter aprovado. 
7.2 Judaica 
 Para o judaísmo, o homem não tem disponibilidade da vida e do próprio corpo, 
pertencentes a Deus, que é o árbitro. A vida é considerada um dom de valor infinito e 
indivisível, inexistindo diferença moral entre a abreviatura desta em longos anos ou 
poucos minutos. O direito de morrer não é reconhecido, mas se é sensível ao 
sofrimento. A Halakah, ou seja, a tradição legal hebraica, é contrária à eutanásia. O 
médico é visto como um instrumento de Deus para preservar a vida humana, sendo-lhe 
defeso usurpar o direito divino de escolha entre a vida ou a morte dos seus pacientes. 
Para Halakah, a definição de morte não deriva exclusivamente dos factos médicos e 
científicos, que apenas descrevem o aspecto fisiológico que observam, mas é uma 
questão ética e legal, da mesma forma que a fixação do tempo do óbito é uma questão 
moral e teológico. Halakah faz, contudo, uma distinção entre o prolongamento da vida 
do paciente, que é obrigatório, e o prolongamento da agonia, que não o é. Assim, se o 
médico está convencido que o seu paciente poderá falecer em três dias, fica autorizado a 
suspender as manobras reanima tórias e o tratamento não analgésico. 
Islâmica 
Para a unanimidade das quatro grandes escolas islâmicas, respectivamente fundadas por 
Abou Hassifa, Malek, Chaffei e Ahmed Ibm Handibal, é ilícita a eutanásia. A posição 
da Escola de Handibal, em relação à pena a ser aplicada ao infrator, é a de que o 
consentimento da vítima equivale à renúncia de reclamar a imposição da pena, devendo, 
contudo, responder o algoz, pelos seus atos perante Deus. 
Hindu 
Embora a Escritura Hindu não faça uma referência expressa à eutanásia, extrai-se de seu 
texto a proibição de sua realização, pois que a alma deve sustentar todos os prazeres e 
dores do corpo em que reside, embora na Índia Antiga terem sido prescritas medidas 
particulares para por termo à vida de pessoas afetadas por moléstias incuráveis. 
Budista 
Para o budismo, a nossa personalidade deriva da interação de cinco atividades: a 
atividade corporal, as sensações, as percepções, a vontade e a consciência. De todas, a 
vontade é a mais importante, porquanto representa a capacidade de escolha, de orientar 
a consciência: a morte de alguém, assim, ocorre quando alguém não mais possa exercer 
uma vontade consciente, quando o seu encéfalo perdeu definitivamente a capacidade de 
viver, quando o último traço de actividade eléctrica o abandonou. O sofrimento tem 
grande importância no pensamento do Buda: as Quatro Verdades Nobres para obter a 
Iluminação são a sua verdadeira causa. A eutanásia activa e a passiva podem ser 
aplicadas em numerosos casos, admitindo o budismo que a vida vegetativa seja 
abreviada ou facilitada. 
8 A eutanásia e a visão médica 
Desde que temos conhecimento escrito sobre temas médicos, isso há séculos atrás, a 
medicina vem traçando uma postura moral em relação à eutanásia, bem exemplificado 
pelo juramento de Hipócrates, considerado o pai da medicina e velho sábio de Cós, que 
sempre foi obedecido como lei e ainda hoje é parte integrante e obrigatória da colação 
de grau dos futuros médicos. Resumidamente ajuíza o seguinte: “A ninguém darei, para 
agradar, remédio mortal, nem conselho que o induza a perdição”. Em última análise é 
uma aceitação expressa sobre o posicionamento em relação à eutanásia. Na norma 
vigente, o que está previsto no Código de Ética dos Conselhos de Medicina do Brasil, 
Lei nº 3.268/57, é: 
I – São deveres fundamentais do medico: 
1 – “Guardar absoluto respeito pela vida humana, jamais usando seus 
conhecimentos técnicos ou científicos para sofrimentos ou extermínio do 
homem”. 
2- “Não pode o médico, seja qual for a circunstância, praticar atos que afetem a 
saúde ou a resistência física ou mental do ser humano, salvo quando se tratar de 
indicações estritamente terapêuticas ou profiláticas em benefício do próprio 
paciente”. 
II – Relações com o doente: 
1 – “O médico tem o dever de informar o doente quanto ao diagnóstico, 
prognóstico e objetivos do tratamento, salvo se as informações puderem causar-
lhes dano, devendo ele, nestecaso, presta-los a família ou aos responsáveis”. 
2- “Não é permitido ao médico abandonar o tratamento do doente, mesmo em 
casos crônicos ou incuráveis, salvo por motivos relevantes”. 
9 Pratica da eutanásia em animais 
Na medicina veterinária, esta prática é utilizada para interromper o sofrimento de um 
animal em decorrência de processos muito dolorosos ou incuráveis e, diferentemente do 
que acontece com a espécie humana, este procedimento pode ser indicado pelo médico 
veterinário, de acordo com a legislação vigente. A decisão deve, na medida do possível, 
deixar de lado a "paixão" para que possamos enxergar e analisar a qualidade de vida que 
o animal terá. Mesmo assim, essa é uma análise bastante subjetiva, por exemplo, 
quando um cão perde completamente a mobilidade das patas traseiras, muitos donos 
crêem que viver se arrastando ou atrelado a um "carrinho de rodas", não seja uma vida 
feliz para um animal, outros já consideram um crime o sacrifício e se dispõem a cuidar 
do cão, movendo-o sempre que preciso, levando-o para defecar e urinar, ou 
providenciando um "carrinho de rodas". São visões diferentes e temos que respeitar a 
opção de cada proprietário. Devemos tomar cuidado, entretanto, para que o amor pelo 
animal não se transforme numa obsessão. E a obsessão leve o dono a ser cruel, sem 
perceber, mantendo o animal ao seu lado mesmo que isso custe a dor e sofrimento do 
cão... A eutanásia animal é recomendada para casos em que o bichinho esteja em um 
sofrimento muito grande, sem possibilidades de melhora e quando já se esgotou toda 
forma de tratamento. No caso de animais idosos que sofrem de alguma doença 
debilitante cujo tratamento seria apenas paliativo, adiando por pouco tempo o 
inevitável, é consenso entre os veterinários que esse bichinho merece o descanso. A 
injeção letal é a forma mais utilizada para realizar a eutanásia animal. Ela consiste em 
uma primeira injeção, anestésica e sedativa, que coloca o bichinho para dormir, sem 
dor. Em seguida, outra substância, capaz de fazer o coração do pet parar, é injetada na 
veia. O procedimento todo costuma durar cerca de 20 minutos, podendo demorar um 
pouco mais ou um pouco menos. O animalzinho é declarado em óbito quando não 
apresentar mais nenhum sinal de vida, nem neurológico nem cardiovascular. 
 
 
Conclusão 
 Todos nos temos direito de morrer dignamente, o que não deve ser confundido como 
direito a morte. Morrer dignamente não se trata de defender qualquer procedimento que 
cause a morte, mais se poder reconhecer a sua liberdade pode fazer uma escolha. 
Neste trabalho mostramos a difícil decisão de saber quando interromper a vida de 
alguém que esteja em estado terminal, ou em estado vegetativo. Este é um tema muito 
polêmico pois a pratica da eutanásia é ir contra a vida. Porem a pessoas que não 
gostariam de sofrer as consequências de doenças que não tem cura, ou ver seus parentes 
em cima de uma cama sem dar nenhum sinal de vida. 
Hoje em dia o avanço da medicina tem permitido a cura de várias enfermidades, tem 
também permitido que o processo de morrer seja prolongado e tratado como um 
fenômeno puramente biológico, gerando sofrimento para os pacientes e suas famílias. 
Com isso, a eutanásia e a morte assistida surgem como uma possibilidade de alívio para 
o sofrimento e tornam-se realidades cada vez mais presentes na sociedade, mesmo que a 
grande maioria das pessoas não aceitem, nem concordem, por vários mativos, um deles 
e a religião. Essa discussão leva à reflexão sobre a prática médica no cuidado dos 
pacientes, a necessidade de entendimento total dos casos, e o papel consciente do 
próprio paciente e de seus familiares, cujos os direitos e a autonomia devem ser 
totalmente respeitados. 
Sendo assim concluímos que não podemos julgar a decisão do próximo ate que 
passamos pela mesma situação, só assim poderemos julgar as suas atitudes, cada uma 
deles fazem o que acham de correto para suas próprias vidas, e a de seus parentes. 
Relembramos um caso verídico citado por Flamínio Fávero que dizia... 
Em uma de suas memoráveis aulas, Estácio de Lima, citado por Flamínio Fávero, dizia 
que adoecera gravemente uma criança, a muitos quilômetros de Paris, anos atrás. Seu 
pai era médico e não se afastava do lado dela nem se descuidava de seu mal. Sua 
moléstia porém, era a terrível e incurável difteria, para a qual não havia remédio. Sofria 
esse homem duas vezes, o que é uma forma de sofrer mais: sofria como médico, e sofria 
como pai. Usou todos os recursos possíveis e imagináveis para salvar sua filhinha, mas 
a asfixia era progressiva e a cianose anunciava-se como sinal precursor da morte. 
Desesperado, consultava Paris através de seus maiores vultos e a resposta não vinha. 
Desesperado e sem meios, pois sabia que a cura era impossível e o sofrimento 
insuportável, pensou em amenizar aquela dor. E naquele resto de noite injetou na 
criança uma forte dose de ópio, e Anjo da Noite levou-a para o Vale das Sombras. Com 
o chegar do novo dia, vinha também de Paris um comunicado que dizia: "Roux 
descobriu o milagre. Segue o soro antidiftérico...". 
 
Referencias Bibliográficas 
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ortotana 
http://www.papodehomem.com.br/o-caso-eluana-englaro-e-a-discussao-sobre-eutanasia/ 
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http://juliosevero.blogspot.com.br/2005/11/eutansia-na-holanda.html

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